ANTROPOLOGIA DA DANÇA EXTÁTICA

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Universidade Federal do Pará
Instituto de Ciências da Arte
CURSO DE EXTENSÃO:
Antropologia da Dança: 2011.2
Local: Escola de Teatro e Dança da UFPA
Dias e Horários: segundas-feiras / 14h às 18h
Ministrante: Profª Drª Giselle Guilhon Antunes Camargo
Ementa e Programa do Curso
ANTROPOLOGIA DA DANÇA
EMENTA: Estudo antropológico da dança (forma, estrutura e conteúdo), e de sua relação com a
cultura (mitologia, religião, pensamento, arte, estética, cotidiano, etc.), a partir do diálogo entre
categorias nativas (cultura praticante) e categorias analíticas (abordagens epistemológicas).
JUSTIFICATIVA: Durante muito tempo a Antropologia tratou a dança – em comparação com
outros elementos da cultura, considerados mais essenciais – como um fenômeno supérfluo de
observação. Graças aos esforços de alguns antropólogos e de algumas antropólogas – dentre os
quais e as quais citamos Franz Boas, Gertrud Kurath e Adrienne Kaeppler – reconheceu-se,
finalmente, que um estudo mais sistemático da dança é de fundamental importância, não apenas
para a compreensão da mesma em seu próprio contexto cultural como também e principalmente
para o entendimento da estrutura mais profunda da sociedade a qual ela pertence.
OBJETIVO: O objetivo geral do curso é fixar, em paralelo com os demais campos teóricos que
norteiam as pesquisas em dança no Brasil – Estudos Semióticos (PUC/SP), Estudos da
Performance (USP/UFSC/UNIRIO), Etnocenologia (UFBA/UFPA), entre outros –, um
referencial teórico e metodológico suficientemente consistente para o estudo e a análise da dança
em diferentes contextos culturais.
METODOLOGIA: Os conteúdos serão trabalhados em aulas expositivas e dialógicoreflexivas, seminários temáticos e eventuais laboratórios práticos. Para cada texto do
programa, será solicitado um fichamento, acompanhado de um parágrafo comentado. Os
seminários serão apresentados, preferencialmente, em equipes. As aulas (teóricas ou
práticas) poderão ser entremeadas com exibições de filmes, seguidas de debates.
AVALIAÇÃO: Fatores como pontualidade, assiduidade [mínimo de 70%], realização
das atividades propostas [leituras, seminários, atividades práticas] serão levados em
consideração. Como trabalho final do curso, os alunos deverão escrever um texto de, no
mínimo 3 páginas e, no máximo 10, articulando, livremente, as abordagens teóricas
trabalhadas em sala de aula com os conhecimentos adquiridos acerca de determinada forma de
“dança” – ou descrita na literatura, ou trabalhada nas aulas de laboratório ou registrada em um
dos filmes assistidos ou, ainda, a partir de dados originais coletados em um trabalho de campo
pessoal, previamente acordado com a professora do curso.
1. Introdução à noção de “técnica corporal”
MAUSS, Marcel. “As Técnicas do Corpo”. In: Sociologia e Antropologia. São Paulo,
EPU/EDUSP, 1994, p. 211-233.
DE FRANCE, Claudine. “Técnicas Corporais”. In: Cinema e Antropologia. Campinas,
SP: Editora da UNICAMP, 1998, 135-189.
2. Introdução à Antropologia da Dança
CAMARGO, Giselle Guilhon Antunes Camargo. “Antropologia da Dança: um campo teórico e
metodológico em consolidação no Brasil”. (Comunicação apresentada na VI Reunião Científica
da ABRACE. Porto Alegre, 5 a 7 de setembro de 2011.
CAMARGO, Giselle Guilhon Antunes. “Antropologia da Dança: ensaio bibliográfico”.
In: XAVIER, Jussara; MEYER, Sandra; TORRES, Vera. (Orgs.) Coleção Dança Cênica.
Joinville: Letradágua, 2008, p. 13-23.
ZEMP, Hugo. “Para entrar na dança”. (Tradução livre: Maria Acselrad [UFPE]; do
original “Pour entré dans la danse”, que corresponde à Introdução do Livro-disco Les
danses du monde, coleção CNRS, Musée de l’Homme, 2010, p. 3-25.)
3. A abordagem estruturalista
KAEPPLER, Adrienne. “A dança segundo uma perspectiva antropológica”. (Tradução
livre: Giselle G. A. Camargo [UFPA]; do original “La danse selon une perspective
anthropologique”. In: Nouvelles de Danse 34 et 35: Danse Nomade – Regards
d’Anthropologues et d’Artistes. Bruxelles: Contredanse, 1998, p. 24-46.)
KAEPPLER, Adrienne. “Dança e o conceito de estilo”. (Tradução livre: Giselle G. A.
Camargo [UFPA]; do original “Dance and the concept of style”. In: Yearbook for
Traditional Music, Vol. 33, 2001, p. 49-63.)
4. A abordagem funcionalista
WILLIAMS, Drid. “Explanações funcionais” (Tradução livre: Giselle G. A. Camargo
[UFPA], do original “Functional explanations”. In: Ten lectures on theories of the
dance. New Jersey & London, The Scarecrow Press, 1991, p. 117-150.)
5. O método semasiológico
WILLIAMS, Drid. “Espaço, intersubjetividade e o imperativo conceitual”. (Tradução
livre: Giselle G. A. Camargo; do original “Space, intersubjectivity, and the conceptual
imperative: three ethnographic cases”. In: FARNELL, Brenda. Human action signs in
cultural context. The Visible and Invisible in Movement and Dance. The Scarecrow
Press, Inc. Metuchen, N. J. & London, 1995, p. 44-73.)
6. A abordagem evolucionista
YOUNGERMAN, Suzanne. “Curt Sachs e sua herança: uma resenha crítica da história
mundial da dança com um levantamento de estudos recentes que perpetuam suas idéias.”
(Tradução livre: Giselle G. A. Camargo [UFPA]; do original “Curt Sachs and his
heritage: a critical review of world history of the dance with a survey of recent studies
that perpetuate his ideas”. In: Cord News, 6, n 2, 1974, p. 06-24.)
7. Tópico Especial 1: o Ballet como forma de dança étnica
KEALIINOHOMOKU, Joan. “Uma antropóloga olha o Ballet como uma forma de dança
étnica” (Tradução: Giselle G. A. Camargo, do original “Une anthropologue regarde le
ballet comme une forme de danse ethnique”.) In: Nouvelles de Danse, 34 et 35: Danse
Nomade – Regards d’Anthropologues et d’Artistes. Bruxelles: Contredanse, 1998, p. 4767.
MONTEIRO, Mariana. “Balé, tradição e ruptura”. In: Lições de Dança 1. Rio de Janeiro,
UNIVERCIDADE Editora, 1999, p. 169-189.
8. Tópico Especial 2: em aberto
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