Resumo de História – 1º Ano

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Resumo de História – 1º Ano
1º Bimestre – Grécia Antiga
Periodização da Grécia:
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Período
Período
Período
Período
Período
Pré-Homérico (até XII a.C)
Homérico (XII a.C – VIII a.C)
Arcaico (VIII a.C – V a.C)
Clássico (V a.C – IV a.C)
Helenístico (IV a.C em diante)
Período Pré-Homérico (até XII a.C):
Período de formação da Grécia. É importante saber o nome das quatro tribos indoeuropeias que formaram a Grécia: Aqueus, que formaram a civilização Missênica; Eólios, que se
espalharam entre as cidades; Jônios, que formaram Atenas pacificamente, mesclando-se aos
povos pré-existentes; e, por fim, Dórios, formadores de Esparta. Dominação por meio de
guerras, destrói tudo. Porém, tem o ferro: se cair um teste de “os dórios só trouxeram
malefícios à Grécia, blábláblá”, é falso, porque tem o ferro, apesar de terem destruído muita
coisa. Com a chegada dos Dórios, dá-se início ao Período Homérico.
Período Homérico (XII a.C – VIII a.C):
É conhecido como “Idade das Trevas”, porque os dórios destruíram quase todos os
registros históricos da época e causou muitos a fugirem (1ª Diáspora Grega). Assim, pouco é
sabido dessa época.
Econômico: predomínio do agropastoreio, voltado para a substistência (oikos), trabalho
familiar.
Social: Genos, os clãs, que são como famílias, liderados por um patriarca. No início,
sem diferenças sociais, até que comece a degeneração do sistema gentílico (mais pra frente).
Político: No final do período, monarquia. O basileu, que tinha poderes supremos (juiz,
comandante, sacerdote), era o “rei”. Além disso, a maior parte da população é excluída da
política e tinha o Conselho de Nobres, que ajudava nas decisões.
No fim do período, os genos passaram a disputar entre si. Então, começou a haver
guerras, diferenças sociais, genos com mais poder, gerando a monarquia. O conselho dos
nobres tinha “mais poder” que o Basileu, porque as decisões dependiam do conselho. Com o
tempo, nobres mandavam mais, assumiram diretamente o poder e...
Período Arcaico (VIII a.C – IV a.C):
Com os nobres mandando, formou-se a polis grego, a cidade-Estado, que não eram
submetidas a algum governo maior como um país: eram independentes. Isso pode ser
explicado pelo relevo/condições geográficas da Península Balcânica, porque dificultava
comunicação entre as cidades-Estado. O “conjunto” de poleis, que se dava pela união da língua
e cultura grega, era chamado de “Hélade”.
Crise do Período Arcaico: Com a degeneração do sistema gentílico, tudo tava uma
baderna. Desigualdade social, as terras e poderes políticos estavam concentrados nas mãos da
aristocracia, havia superpopulação, o comércio era limitado... Tudo isto causava fome, miséria e
escravidão por dívidas.
Soluções das cidades-Estado: As poleis seguiram diferentes caminhos, quanto a solução
para a crise que assolava o povo. A maioria delas começou a colonização (Segunda Diáspora
[fuga] Grega), ou seja, mais terras férteis, além do aumento do comércio e difusão da cultura
grega (espalhou para o litoral da Ásia menor, Península Itálica, tudo quanto é lugar). Atenas
buscou transformações internas, que acabaram culminando na democracia (mais a frente),
além de estimular o comércio, principalmente marítimo. Esparta partiu para a expansão
territorial (Messênia) e reformas internas, que culminaram no aprofundamento da aristocracia e
a criação da oligarquia.
Esparta: Só falando o que é óbvio – Esparta se baseia no militarismo. Escola militar,
tudo militar. A mulher era mais valorizada que no resto. Todo espartano era guerreiro, devido à
herança dórica.
Esparta, depois da Crise do Período Arcaico, viveu uma oligarquia. Predominava a
economia agrícola. Só era cidadão os homens espartanos (descendentes de dórios) de mais de
18 anos. A hierarquia política era:
– Ápela: cidadões se reúnem para votações, escolher gerontes, reis, etc.
– Diarquia: os dois reis, um religioso e outro militar.
– Gerontes: a instituição mais importante, 28 gerontes + 2 reis. Dirigem política
interna e externa, e podem vetar a Ápela.
– Éforos: responsáveis pela fiscalização da Gerúsia e dos Reis. Eram 5 espartanos.
A pirâmide social de Esparta era:
– Espartanos: cidadãos.
– Periecos: sem direitos políticos, dominados sem guerra (pacificamente, da Lacônia).
– Hilotas: propriedade do Estado, sem quaisquer direitos, dominados em guerra
(Messênia).
Atenas: Atenas, antes das reformas de Sólon, era, também, uma aristocracia, formada
pela Eclésia (assembléia de cidadãos, que votavam e elegiam arcontado. Sem muita influencia
até então), Arcontado (magistratura limitada aos eupátridas, mais a frente), que representavam
a religião, o militar, decisões jurídicas e legisladores, e o Areópago (ex-arcontes), que eram
conselheiros de poder vitalício, responsável pela supervisão dos arcontes, tribunal de justiça e
segurança do Estado. Assim, somente Eupátridas estavam no poder. A estruturação social:
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Eupátridas: proprietários de terra
Georghois: não tem que saber direito, mas... pequenos proprietários
Demiurgos: também meio inúteis, mas... trabalhadores urbanos
Thetas: trabalhadores sem terra e sem especialização
Escravos: escravos, oras. Por dívidas ou guerra
Poréeeem, como sempre, tudo muda.
Saiba: cidadão em Atenas são os homens livres e adultos, filhos de pais atenienses e
habitantes de Atenas. Com a crise, alguns legisladores se destacam:
Drácon: Registro por escrito da tradição oral. Manteve os privilégios da aristocracia e
criou leis com punições meio tensas. Muito rigoroso nas leis. Agravou as crises sociais.
Sólon: O cara que queria a felicidade geral da nação. Acabou com a escravidão por
dívidas, dividiu a sociedade em camadas censitárias (critério = riqueza), e garantiu mais
poderes políticos aos mais ricos (timocracia, governo dos ricos, mesmo que não fossem
“eupátridas”), além de manter o Areópago, prevalecendo o poder eupátrida. Muita gente achou
radical demais ou pouco radical e ainda queriam mais mudanças. Tinham também os
Estrategos, que eram eleitos pela Eclésia e dirigiam a política e o exército.
Psístrato: O tirano. Só que tirania era apoiada pelo povo. Beneficiou camadas
populares, removendo o poder dos eupátridas, afastando-os da política. Isso abriu caminho
para a democracia, visto que os proprietários de terra não retomaram o poder.
Clístenes: O pai da democracia. Criou os demos, como se fossem “bairros arcaicos”,
que separavam a cidade. Criou a isonomia – igualdade de todos perante a lei – e a isegoria –
liberdade de expressão na Eclésia. Os cargos na Bulé (legislativo) e na Hiléia (julgamentos)
passaram a ser sorteados entre os cidadãos nos demos. Todos participavam diretamente na
Eclésia, que agora era a instituição mais importante. O ostracismo era o mecanismo de “defesa”
da democracia: quem ameaçasse o funcionamento do sistema, era exilado e perderia direito
aos seus bens em Atenas por 10 anos, período após o qual poderia retornar com plenos
direitos.
FINALMENTE ACABOU O PERÍODO ARCAICO, acreditem, odiei fazer essa parte do
resumo. Período desgraçado.
Período Clássico (V a.C – IV a.C):
Os persas, vindos do oriente, ameaçavam a paz na Grécia, vinham conquistando muitos
povos e os gregos se opunham à hegemonia persa no Mar Mediterrâneo. Assim, foram
inevitáveis o conflito chamado “Guerras Médicas”, gregos VS persas, que todo mundo sabe.
Quem nunca viu 300?!
Pra se defenderem contra os persas, formaram as “simaquias”, uma aliança militar
temporária, liderada por Atenas e Esparta. Conseguiram vencer os persas, que foram expulsos
da Grécia. No entanto, ainda eram uma ameaça. Então os gregos formaram as Ligas, pra se
proteger de futuras ameaças. Esparta formou uma associação com cidades oligárquicas, a “Liga
do Peloponeso”. Atenas também formou sua associação, a “Confederação de Delos”. Como
Esparta perdeu uma guerra (a do filme 300, Termópilas), Atenas conseguiu mais apoio. E seria
a mais importante no Período Clássico, tendo a hegemonia na história da Grécia.
O século de Péricles, foi o mais poderoso de Atenas. Ele criou a mistoforia, o salário dos
políticos, que aumentou ainda mais a participação popular no governo ateniense, fortalecendo a
democracia. Além disso, com o Tesouro de Delos, grana que os safados tinham que usar pra
fortalecer o exército, começou a ser usado em benefício de Atenas, pra criação de templos,
esculturas, etc.
Assim, havia uma guerra ideológica entre Esparta (oligarquia) e Atenas (democracia),
além da disputa pela supremacia na Grécia e do imperialismo Ateniense, que visava a expansão
do sistema ateniense pelas póleis, se opondo aos interesses espartanos.
Guerra do Peloponeso: Primeiro, Atenas e Esparta não levavam vantagem na guerra
uma à outra. Depois, houve a Paz de Nícias, Trégua, um Armistício. No entanto, Atenas rompe
esse Armistício e ataca Esparta, o que leva os espartanos a utilizarem ajuda persa, e, assim,
destruir Atenas. Só que aí, Tebas ficou revoltadinha e dominou tudo depois. Ou seja, tava todo
mundo se matando, todo mundo enfraquecido, o que facilitou a dominação da Grécia pelos
Macedônios (Felipe II), dando início ao...
Período Helenístico (IV a.C em diante):
Quando Felipe II morreu, o Império da Macedônia ficou para Alexandre, o Grande, que
ainda conquistou a Pérsia e todo o Oriente. Ele fez com que a cultura Grega se misturasse à
cultura Oriental, criando todo um novo tipo de arte, a Arte Helenística. Alexandre uniu seu
Império por meio da aceitação de culturas variadas, consolidando seu poder. Como ele não
deixou descendentes, quando morreu o Império foi dividido entre os Generais do Exército.
2º Bimestre – Roma Antiga
Periodização de Roma:
– Período da Realeza (VIII a.C – VI a.C)
– Período da República (VI a.C – I a.C)
– Período do Império (I a.C – V d.C)
Quadro natural e Povoamento:
Não há áreas muito isoladas umas das outras. Roma se localiza próximo ao Litoral, na
região do Lácio, e o sistema fluvial é muito rico, com rios importantes, como Tibre, Arno e Pó,
que facilitam o comércio. O solo é fértil, devido à erupções vulcânicas. Há 3 ilhas: Córsega,
Sardenha e Sicília. Os povos que formaram Roma são os latinos, uma tribo indo-europeia, além
da influência de gregos e etruscos (da toscana), por exemplo, na Península Itálica.
Período da Realeza (VIII a.C – VI a.C):
Sabe-se muito pouco sobre esse período, tal como o Período Homérico, na Grécia.
Sabe-se, no entanto, que Roma era governada por Reis e, durante certo período, esteve sobre
domínio etrusco. Cidadão em Roma: todos os homens livres que se armavam com seus próprios
recursos. A economia era agropastoril, voltada à subsistência. A pirâmide social de Roma, que
era Estamental, ou seja, não há mobilidade social:
– Patrícios: proprietários (aristocratas).
– Plebeus: homens livres e pobres.
– Escravos: por dívidas ou guerras (poucos na Realeza [não conquistavam]).
– NÃO É CAMADA SOCIAL: Clientes. São plebeus que desfrutuam da confiança de
um patrício/família patrício, como fiscais, por exemplo.
Além dos Reis, havia o Senado (Conselho de Anciãos), que detinha o poder legislativo e
outras funções. Era o mais poderoso. Além disso, havia a Assembleia (Comício), que votava
propostas do Senado.
No século VI a.C, os plebeus e patrícios expulsam o último rei Etrusco, Tarquínio, o
Soberbo, e assim, instituem a República Romana.
Período da República (VI a.C – I a.C):
Na república, tem os cargos públicos. Sim, tem que saber. Sim, são chatos. Cá estão
eles, e, à princípio, eram exclusivos dos patrícios (ainda viviam uma aristocracia):
– Pretores: Responsáveis pela aplicação da justiça. Dois.
– Edis: Responsáveis pelo policiamento, abastecimento da cidade (tipo um “visto” de
hoje em dia, quem pode entrar/sair, mas também quem comercia, etc. não muito importante),
e conservação pública. Seja lá o que tudo isso significa, eles faziam. Dois.
– Censores: Elaboração da lista dos candidatos a Senador e contagem da população
(censo). Dois.
– Questores: Administração do tesouro público. Dois, depois oito.
– Cônsules: Magistrados “supremos”, somente submetidos ao Senado. Um para
religião, um para o exército.
– Ditador: Em períodos de crise ou alguma coisa qualquer, ou casos excepcionais, o
Senado podia indicar um ditador, que substituiria os Cônsules por um tempo delimitado.
Todas estas magistraturas eram votadas pela Assembleia Centuriata anualmente, na
qual havia 95 centúrias plebeias e 98 patrícias – ou seja, plebeus desfavorecidos.
Além disso, há o Senado, que é o poderoso chefão da coisa. Eles criam propostas de
leis, cuidam da política tanto interna quanto externa, a fiscalização das magistraturas, tinham
poder de veto sobre a Assembleia... Mandavam, em geral.
E, enfim, Roma partiu pra guerra. Dominou toda a Península Itálica, o Mar
Mediterrâneo Ocidental e depois, Oriental. Ficou grande, e aí vinhas as conseqüências:
Boas: Mais terras para o Estado, ou seja, Ager Publicus, que podiam ser vendidas,
leiloadas, cedidas, etc. Além disso, muitos escravos, o que aumentou a produção da economia,
levando ao desenvolvimento do comércio, e, consequentemente, enriquecimento de alguns
setores da plebe ou da nobreza (comerciantes). Fora isso, tem também aqueles plebeus
safados que conseguiram ganhar uma grana cuidando das terras, ou então pelos saques de
guerra. A esses plebeus safados e os comerciantes, dá-se o nome de “Homens Novos” ou
“Cavaleiros”.
Más: É, porém, sempre tudo tem problema. Além da distribuição mediocremente
desigual dos benefícios, mais grana pros patrícios e etc., os pequenos proprietários e
camponeses iam à ruína, visto que a grande propriedade passa a utilizar escravos e não mais
homens livres e também passa a produzir muito, deixando pequena a competição com os
minifúndios. Além disso, havia os produtos das províncias conquistadas, que auxiliava a ruína
do pequeno proprietário. Aí, surgiu a Villa: o latifúndio escravista romano.
Pequeno parêntesis: Guerras Púnicas. Foram as guerras entre Cartago e Roma, as duas
maiores “potências” da época. Cartago se opunha a Roma, com o domínio de parte do Mar
Mediterrâneo (Ocidental). Assim, com os gregos enfraquecidos e dominados, somente os dois
Estados buscavam a supremacia do mediterrâneo. Com as guerras, Roma adquire Córsega,
Sardenha e Sicília, indenizações e posse da frota cartaginesa e, por fim, Cartago é destruído,
deixando Roma com o “Mare Nostrum”. E o principal rival estava derrotado.
Então, revoltados, os plebeus começaram a fazer greves, pararem de participar do
exército. Como eram a base deste, conseguiram com que algumas medidas fossem tomadas, a
fim de melhorar a condição da plebe:
– Tribunos da Plebe: Uma magistratura que podia, em tese, vetar e propor novas
leis. Não podiam ir conta o ditador, se bem que isso é meio irrelevante.
– Escolha dos Tribunos: A princípio, os tribunos eram escolhidos pela Assembleia
Centuriata. Somente com a criação da Assembleia da Plebe, passaram a ser escolhidos pelos
plebeus.
– Doze Tábuas: Fixação das leis tradicionais, em praça pública.
– Licínia Sextia: Proibição da Escravidão por Dívidas.
Uns dois negos tentam arrumar a situação: os irmãos Graco, Tribunos da Plebe. O
Tibério queria que tivesse um limite de terras e, assim que um latifúndio atingisse esse limite, o
excedente deveria ser vendido (a preços pequenos) aos cidadãos mais pobres. Porém, ele foi
assassinado. Aí veio o Caio e criou a Lei Frumentária: o Estado venderia trigo pela metade do
preço. Além disso, conseguiu alguns poderes aos Cavaleiros. No entanto, quando tenta
estender a cidadania romana a todo mundo da Península, geral se revolta e mata ele também.
Mas ainda tava todo mundo infeliz. A crise não tinha sido solucionada, havia miséria e
desemprego; o minifúndio ruíra. A plebe e os patrícios se opunham, assim como os cavaleiros,
que queria mais poderes, e os patrícios, conservadores. Um cavaleiro muito espertinho, Mário,
começa a fazer milícias, um exército pessoal, assalariado. A plebe passou a apoiar o general.
Sila também faz o mesmo, e há um “conflito de milícias”, um conflito civil, fazendo com que
houvesse caos. Decidiu-se, então, dividir o Império entre três dos generais das milícias: os
Triunviratos.
Primeiro Triunvirato: Julio César, Crasso e Pompeu. Crasso morre em batalha, Pompeu
é assassinado por homens de Júlio César, que toma o poder somente para si. Os aristocratas
republicanos, ainda esperando salvar a República, mandam assassinar o general.
Segundo Triunvirato: Lépido, Otávio e Marco Antônio. Deste triunvirato, somente
prevaleceu Otávio, depois chamado de Augusto. Ele, por fim, fundou o Império Romano.
Período do Império (I a.C – V d.C):
O governo de Caio Otávio não foi nem uma república e nem uma monarquia, mas uma
mistura dos dois. Apesar de não ser hereditária e do imperador não aceitar o título de rei, o
poder se concentrava nas mãos dele, e também havia magistraturas. Assim, foi criado um novo
tipo de governo: o Principado.
Augusto também fez algumas outras reformas: nomeou cavaleiros os chefes do
exército, fez dos soldados das milícias funcionários do Estado, manteve o critério censitário,
organizou obras públicas e estabeleceu a Pax Romana (guarda pretoriana), que se refere a
pacificação do Império Romano e suas fronteiras. Além disso, criou o “pão e circo”: distribuição
gratuita de trigo e promoção de espetáculos, como as lutas de gladiadores. Isto diminuía os
riscos de revoltas, acalmando as massas e manipulando a plebe, além da redução da miséria.
Com as reformas de Otávio, tudo ia muito bem. A Villa prosperava, o comércio era
intenso... Surgiu o cristianismo, que dava esperança aos plebeus. No entanto, eram
perseguidos pelo Império, visto que eram contra o politeísmo e contra a suposta “divindade” do
Imperador, que ostentava tal imagem. Tem a coisa das catacumbas e tal, que eles se
escondiam... Fugiam das caças aos cristãos. E a religião só ganhava mais “adeptos”. A
sociedade romana era elitizada, ou seja, havia poucas chances de mobilidade social.
Não esquecer que, com o tempo, o Principado se tornou corrupto. O personalismo
(interesse privado > interesse público) passou a ser predominante no governo.
Em 89 a.C, todos os homens livres da Península Itálica foram considerados cidadãos;
em 212 d.C, pelo Edito de Caracala, todos de todo o Império tornaram-se, de fato, cidadãos de
Roma (devido a pressões dos habitantes do Império).
Crise do Século III:
O Império estava estável, a não ser pela corrupção do governo. No entanto, Trajano,
um dos Imperadores, decidiu parar de conquistar – havia muitas fronteiras para cuidar, terras
para administrar e poucos locais para dominar, visto que o Império já havia atingido um
tamanho considerável. Com esta parada nas conquistas, o número de escravos diminuiu; assim,
o preço do escravo aumentava, o que levava o preço dos produtos a aumentar e a produção, a
diminuir. O aumento dos preços em geral, ou seja, a Inflação, fez com que a economia
retraísse, ou seja, o comércio fosse reduzido; assim, o império arrecadava menos impostos.
Com menos impostos, o Estado tinha menos dinheiro para manter o Império em ordem.
Desesperado, o governo começa a caçar e açoitar quem não pagasse impostos, o que causou
êxodo urbano (o plebeu passaria a trabalhar na Villa, recebendo, em troca, parte da produção e
alguns dias de trabalho gratuito – o Colonato, que viria a se tornar a servidão nos feudos).
Além disso, gastos com o exército foram cortados, pagamentos foram atrasados, o que levou a
uma greve militar, fragilizando as fronteiras.
Resumindo: Revoltas da Plebe e do Exército; Inflação; Empobrecimento da Plebe;
Retração da Economia. Assim, deu-se a crise do século III.
Ainda, nas fronteiras, havia a ameaça bárbara: tinham que se defender.
Tentativas de Minimizar Crise:
– Concessão de Benefícios, como terras;
– Principado substituído pela Monarquia Hereditária;
– Tratos com tribos germânicas, devido às fronteiras frágeis (bárbaros no exército,
doações de terras, etc.);
– Edito de Milão: liberdade para os Cristãos (cristianismo muito popular pós-crise, pois
buscam “esperança” na religião);
– Capital do Império muda para Bizâncio/Constantinopla, mais longe das fronteiras com
tribos germânicas (possíveis ameaças);
– Teodósio divide o Império em Ocidente (Roma) e Oriente (Constantinopla); também
declara o Cristianismo a religião oficial do Estado.
Apesar das tentativas, os Unos, uma tribo asiática muito temida, ameaçava as tribos
germânicas. Então, elas tentam fugir, invadindo o Império Romano do Ocidente que, frágil, é
dominado. Dá-se, assim, o fim do Império Romano e da Idade Média. A partir de então, o
Império Romano do Oriente, ainda sobrevivente, passa a se chamar Império Bizantino.
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