Audiovisual e editorial são setores da Cultura que mais reúnem

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Audiovisual e editorial são setores da Cultura que mais reúnem dados
econômicos
Coleção Atlas Econômico da Cultura, lançada nesta quarta (5) pelo Ministério da Cultura, vai dimensionar o
impacto de cada segmento cultural na economia do País, usando metodologia padrão
Brasília, 5 de abril de 2017 - Os setores de Audiovisual e o de Editorial são os que mais reúnem dados sobre
o impacto econômico que exercem sobre a Cultura. As informações desses setores estão contidas nos dois
primeiros volumes da Coleção Atlas Econômico da Cultura, lançados nesta quarta-feira (5/4) pelo
Ministério da Cultura (MinC) na sede do Itaú Cultural, em São Paulo. Trata-se de um documento inédito no
Brasil, elaborado pelo MinC em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Os dois primeiros volumes do Atlas – que terá um total de seis, com data de conclusão prevista para abril
de 2018 – trazem o marco referencial teórico e metodológico, apresentam cases de outros países e dados
já existentes de diversos segmentos em artigos de pesquisadores de instituições como a Organização das
Nações Unidades para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e universidades estaduais e
federais.
Apesar de existirem diferentes fontes de bases de dados para mensuração econômica de atividades
culturais, o Brasil ainda não dispõe da totalidade das informações requeridas para a elaboração da matriz
de recursos e usos do setor cultural. Os dados de economia da cultura de cada setor (audiovisual, editorial
etc.) são heterogêneos e cada fonte usa diferentes metodologias. Além disso, há lacunas de informações
que as pesquisas oficiais dos órgãos estatísticos não cobrem.
O Atlas trará os dados necessários para dimensionar o impacto de cada segmento cultural na economia do
País, em levantamento construído com uma metodologia padrão nas diferentes regiões do Brasil. Os dois
primeiros volumes do Atlas consistem na apresentação do marco referencial teórico e metodológico e
reúnem artigos de pesquisadores renomados no setor, que apresentam dados já existentes, e cases de
outros países. A Coleção completa terá seis volumes e deve ser finalizada em abril de 2018.
AUDIOVISUAL – Entre os dados trazidos pelo Atlas, há muita informação sobre o mercado audiovisual
brasileiro, que é responsável por 0,44% do valor agregado da economia brasileira, com receita operacional
estimada das empresas que compõem o setor de R$ 42,7 bilhões em 2015. É o que revela o artigo
“Panorama Geral do Mercado Audiovisual Brasileiro”, de autoria de Odete Cruz, coordenadora geral do
estudo “Mapeamento e Impacto Econômico do Setor Audiovisual no Brasil”, organizado pela Associação
Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro), Sebrae e Fundação Dom Cabral (FDC) em 2016. Um
dos destaques, segundo o estudo, é o aumento significativo de estabelecimentos de produção e pósprodução, passando de 1.091, em 2007, para 2.495 em 2014. Em relação ao video on demand (VOD), há
estimativas importantes de crescimento. O VOD muda as formas de consumo para muitos indivíduos, mas
até 2020 é possível prever que os modelos tradicionais de consumo de serviços audiovisuais ainda vão se
manter como mais relevantes. Em relação ao segmento cinematográfico, o número de salas de exibição no
país passou de 2.110, em 2009, para de 3.005, em 2015. O percentual de salas de cinema digitais dobrou
em dois anos, passando de 31,1% (equivalente a 784 salas), em 2012, para 95,6% (equivalente a 2.874
salas) em 2015. O público total também cresceu 53% de 2009 a 2015, passando a 172,9 milhões de
espectadores nesse último ano. As mudanças regulatórias promovidas pela Agência Nacional do Cinema
(Ancine) elevaram o desempenho do setor, que passou a produzir mais de 100 obras nos últimos anos, bem
acima das 70 a 90 obras nacionais lançadas até 2012.
EDITORIAL – Estimado em R$ 5,4 bilhões, o mercado editorial brasileiro está entre os dez maiores do
mundo, de acordo com a mais recente pesquisa anual da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato
Nacional dos Editores de Livros (SNEL), publicada em 2014, segundo o artigo “Setor editorial: Tendências da
era digital no mercado brasileiro”, trazido pelo Volume I da Coleção Atlas. O texto é de autoria dos
economistas do BNDES Gustavo A. T. de Mello, Diego Nyko, Fernanda M. J. N. Garavini e Patrícia Zendron.
Segundo os autores, o setor editorial atrai grandes players internacionais, que investem no mercado
brasileiro por meio da aquisição de editoras nacionais. FTD, Saraiva e Abril Educação figuraram na lista das
maiores editoras do mundo em 2014.
No meio digital, há um enorme potencial a ser explorado, diz o texto. A base de smartphones e tablets
cresce em ritmo acelerado. A penetração do livro digital, por sua vez, ainda é tímida, analisam os
economistas, apesar de apresentar crescimento significativo. Em 2012, a participação dos livros digitais no
número de exemplares vendidos foi de 0,5%. Em 2014, essa participação chegou a 3,5%, segundo
estimativas do Publish News.
Assessoria de Imprensa
Ministério da Cultura
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