! CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DAS FOLHAS DE Genipa americana L. (JENIPAPEIRO) ANDRÉA VIDAL DOS SANTOS1; BÁRBARA MARIA NUNES1; RAYANNE V I T Ó R I A O L I V E I R A D A C O S TA TAVA R E S 1 ; A L E X L U C E N A D E VASCONSCELOS1; KARINA PERRELLI RANDAU1 1 Laboratório de Farmacognosia, Departamento de Ciências FarmacêuticasUFPE Introdução: Genipa, um dos gêneros integrantes de Rubiaceae, apresenta apenas duas espécies: Genipa infundibuliformis Zappi & Semir e Genipa americana Linnaeus. Esta última, que pode alcançar 25 m de altura, possui em sua composição manitol, taninos, hidantoína, ácidos tânicos e principalmente iridoides, característicos da família. Na medicina popular, várias partes desta espécie são utilizadas de diversas maneiras para tratar enfermidades hepáticas, servir de tônico para anemias, como antidiarreica, antissifilítica, como purgativo, antifebril, contra faringite, no tratamento de contusões e luxações. Objetivos: Caracterizar, anatomicamente, as folhas de Genipa americana L. (jenipapeiro). Métodos: Secções transversais e paradérmicas foram obtidas à mão livre e submetidas a uma solução de hipoclorito de sódio 50% para processo de descoloração. Após lavagem em água destilada, foram coradas com safranina e azul de Astra e montadas em lâminas semipermanentes. As análises foram realizadas em imagens obtidas por câmera digital acoplada a microscópio óptico. Resultados: Em secções paradérmicas, observa-se que as folhas de G. americana apresentam células de contornos pouco sinuosos em ambas as faces e apresentam estômatos anisocíticos apenas na face inferior. Inclusões podem ser observadas nas células da face abaxial. Em cortes transversais, nota-se um único estrato de células epidérmicas, mesofilo dorsiventral, onde se observam inclusões em forma de grãos e drusas, e uma nervura central que apresenta colênquima angular e um grande feixe colateral centralizado. Conclusões: As estruturas anatômicas identificadas são uma ferramenta para a caracterização de uma amostra vegetal. Tais informações podem servir de auxílio na correta identificação da espécie e em seu controle de qualidade. Palavras-chave: Anatomia; Genipa americana; Rubiaceae. Apoio Financeiro: CNPq ! AVALIAÇÃO DO USO E CONSUMO DE PLANTAS MEDICINAIS PELA COMUNIDADE ASSISTIDA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, PARNAMIRIM-RN ANA ALESSANDRA DA COSTA1; JOSEFA WALDENORA DA COSTA1; MANUELA SOUZA CORREIA DE ARAÚJO1; VILANI MEDEIROS DE ARAÚJO NUNES1; POLLYANA STEFFANY PAIVA DE LIMA TOCCHIO1; LAIANNE SHIRLEY DE AZEVEDO ARAÚJO1 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN Introdução: O uso de plantas medicinais como método terapêutico é muito antigo e tem uma estreita relação com a evolução da humanidade. É possível que nossos ancestrais tenham aprendido a partir da observação da natureza o valor terapêutico das plantas. No Brasil, o uso de plantas medicinais no tratamento básico da saúde sofreu influência de vários povos em decorrência da miscigenação ocorrida no período colonial. A dificuldade em se obter tratamento médico nas regiões distantes da metrópole, levou a população a buscar na natureza a solução para seus males. Objetivos: Avaliar o uso e o consumo de plantas medicinais no tratamento básico da saúde em comunidades assistidas pela Estratégia Saúde da Família (ESF) no município de Parnamirim-RN. Métodos: A pesquisa foi realizada no período de julho a setembro de 2014 e caracterizou-se pela aplicação de questionário semiestruturado com ênfase na coleta de dados quali-quantitativos, mediante entrevistas realizadas com a comunidade atendida pela ESF daquele município. Resultados: Hortelã (14,2%), boldo (14,1%) e capim-santo (8,1%) foram as espécies mais citadas pela comunidade para o tratamento primário á saúde onde a forma de preparo era por meio de chás (74%). As principais partes da planta utilizada foram as folhas (81%); os sintomas e doenças mais tratados por essa população foi má digestão (28,7%), gripe (16,8%) e o estresse (15,9%). A população também possui cultivo de algumas plantas em casa, entre elas destaca-se hortelã (18,7%), capim santo (13,8%) e erva cidreira (12,5%). Conclusão: Foi identificado, em alguns casos, não haver coerência entre a espécie citada pelo participante e a doença tratada com as indicações encontradas na literatura para aquela espécie. Evidenciou-se a importância do uso de plantas medicinais no tratamento primário a saúde, tendo sido constatada elevada freqüência deste método na população estudada, mesmo quando esta não tem pleno conhecimento sobre seu uso e/ ou comprovação cientifica, contribuindo para elevar o índice de automedicação. Palavras-chave: Plantas medicinais; Doença; Cultivo. ! CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E HISTOLOCALIZAÇÃO DE METABÓLITOS PRESENTES NAS FOLHAS E BRÁCTEAS DE Spigelia anthelmia L. MARÍLIA BARBOSA CADENA1; BÁRBARA PRISCYLLA LIRA DE ARAÚJO1; GLENDA LAÍSSA OLIVEIRA DE MELO CANDEIA1; ANDRÉA VIDAL DOS SANTOS1; BÁRBARA MARIA NUNES1; RAFAELA DAMASCENO SÁ1; KARINA PERRELLI RANDAU1 1 Laboratório de Farmacognosia, Departamento de Ciências FarmacêuticasUFPE Introdução: Spigelia anthelmia L., conhecida popularmente como lombrigueira, é um dos principais representantes da família Loganiaceae. É usada tradicionalmente no Brasil como anti-helmíntica. Investigações fitoquímicas descrevem a presença de alcaloides onde, um deles, spigantina, demonstrou atividade cardiovascular. Percebe-se, entretanto, a necessidade de estudos sobre os demais metabolitos da espécie. Objetivos: Caracterizar os metabólitos presentes em folhas e brácteas de S. anthelmia e determinar seus locais de acúmulo. Métodos: Uma exsicata foi depositada no IPA-PE (tombamento 89980). Foi realizada uma prospecção fitoquímica de extratos metanólicos de folhas e brácteas para pesquisa de compostos fenólicos, alcaloides, mono e sesquiterpenos, triterpenos e esteroides, saponinas, açúcares e antraquinonas, através de Cromatografia em Camada Delgada (CCD). Testes histoquímicos foram realizados em secções transversais do material fresco, usando reagentes específicos. Resultados: Através da CCD, foram identificados todos os metabólitos pesquisados em folhas e brácteas, exceto antraquinonas. Substâncias lipofílicas foram evidenciadas na cutícula da epiderme abaxial da nervura central e nos tricomas. Os tricomas também possuem óleo essencial, de acordo com reagente de NADI. Dragendorff revelou os alcaloides nas células da epiderme da nervura central e do mesofilo e também no parênquima paliçádico e lacunoso. Nas folhas, triterpenos e esteroides localizam-se no parênquima paliçádico e lacunoso, enquanto que em brácteas também são verificados no parênquima da nervura central. Compostos fenólicos foram visualizados nas células da epiderme da nervura central e do mesofilo de folhas e brácteas. Pode-se observá-los também nos tricomas das brácteas. A principal diferença encontrada entre folhas e brácteas foi quanto aos taninos, evidenciados apenas nas brácteas. Conclusões: A junção de técnicas fitoquímicas e histoquímicas contribuem no estabelecimento de parâmetros de qualidade para a espécie. Palavras-chave: Spigelia anthelmia; Fitoquímica; Histoquímica. Apoio Financeiro: CAPES, FACEPE ! CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DAS FOLHAS DE Petroselinum crispum (Mill.) Nym BÁRBARA MARIA NUNES1; VICTOR BRAINER FERREIRA1; RAIANA LUZIA DA SILVA1; GIRLLENE DA SILVA CAVALCANTI1; RAFAELA DAMASCENO SÁ1; KARINA PERRELLI RANDAU1 1 Laboratório de Farmacognosia, Departamento de Ciências FarmacêuticasUFPE Introdução: A espécie Petroselinum crispum (Mill.) Nym é conhecida popularmente como salsa, salsinha ou cheiro-verde. Pertencente à família Apiaceae, é uma erva anual ou bianual, ereta e fortemente aromática. Essa espécie possui grande interesse comercial, utilizada principalmente como condimento. Utilizada como matéria prima vegetal, estudos para obter seus parâmetros de qualidade foram realizados e servirão para diferenciá-la de outras espécies condimentares. Objetivo: Realizar a descrição anatômica das folhas de Petroselinum crispum. Métodos: Secções transversais e paradérmicas de material fixado foram obtidas à mão livre e submetidas a uma solução de hipoclorito de sódio 50% para processo de descoloração. Após lavagem em água destilada, foram coradas com safrablau (secções transversais) e azul de metileno (secções paradérmicas) e montadas em lâminas semipermanentes. As análises foram realizadas em imagens obtidas por câmera digital acoplada a microscópio óptico de luz. Resultados: Em secção paradérmica, observou-se estômatos em ambas as faces do tipo anisocítico, anomocítico e diacítico. A lâmina foliar, transversalmente, apresenta cutícula lisa e epiderme uniestratificada. O mesofilo é dorsiventral. Na nervura central o colênquima é angular com duas camadas de células. O feixe vascular é do tipo colateral e encontra-se na parte inferior canal secretor. No parênquima são encontrados grãos de amido. Conclusões: A análise microscópica das folhas de Petroselinum crispum evidenciou características anatômicas que podem ser utilizadas na caracterização farmacognóstica da espécie. Palavras-chave: Petroselinum crispum; Salsa; Anatomia. Apoio Financeiro: CNPq, Facepe. CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DE FOLHA E PECÍOLO DE Azadirachta indica A. Juss FELIPE RIBEIRO DA SILVA1; CAMILA GOMES DE MELO1; LEONARDO GOMES PEREIRA1; RAFAELA DAMASCENO SÁ1; KARINA PERRELI RANDAU1 1 Laboratório de Farmacognosia, Departamento de Ciências Farmacêuticas UFPE Introdução: Azadirachta indica A. Juss (Meliaceae), conhecida como nim, é uma planta de origem indiana que vêm sendo largamente cultivada no Brasil nas últimas décadas. O crescente interesse pela espécie deve-se aos numerosos estudos que demonstram suas propriedades medicinais e agrícolas. Muitas dessas propriedades, como o marcante efeito inseticida, são associadas à presença de terpenoides nos extratos e no óleo da planta. Além de estudos que identifiquem os metabólitos, a descrição dos aspectos anatômicos contribuem para a caracterização farmacognóstica da espécie. Objetivos: Realizar a descrição anatômica de folha e pecíolo de Azadirachta indica. Métodos: Secções transversais (folha e pecíolo) e paradérmicas (folha) foram obtidas à mão livre e submetidas a uma solução de hipoclorito de sódio 50% para processo de descoloração. Após lavagem em água destilada, foram coradas com safrablau (secções transversais) e azul de metileno (secções paradérmicas) e montadas em lâminas semipermanentes. As análises foram realizadas em imagens obtidas por câmera digital acoplada a microscópio óptico de luz. Resultados: Em vista frontal, a folha de A. indica é hipoestomática, com estômatos anomocíticos apenas na face abaxial. As células epidérmicas em ambas as faces são poligonais com paredes retas ou levemente sinuosas. Em corte transversal, observa-se a presença de epiderme unisseriada, recoberta por cutícula espessa. O mesofilo é isobilateral. Na nervura central, o colênquima encontra-se adjacente às epidermes. O tecido vascular é disposto em um arco central maior de feixes vasculares colaterais e um arco menor invertido para o lado superior. Esclerênquima circunda o tecido vascular, formando um anel descontínuo. Cristais prismáticos e drusas são visualizados no mesofilo e na nervura central. O pecíolo tem formato circular com duas abas laterais. Nelas, encontra-se colênquima abaixo da epiderme. O tecido vascular é semelhante ao descrito para a folha. Drusas e cristais também são visualizados no pecíolo. Conclusão: Os caracteres descritos são fundamentais para o estabelecimento da padronização farmacobotânica da espécie. Palavras-chave: Azadirachta indica; Nim; Anatomia Apoio Financeiro: CAPES; FACEPE ANATOMIA DA LAMINA FOLIAR DE Tabebuia aurea (SILVA MANSO) BENTH. & HOOK. F. EX S. MOORE. (BIGNONIACEAE) DARIANE DO AMARAL SOBREIRO DE CARVALHO 1 ; ANDRÉIA BARRONCAS DE OLIVEIRA 2 1 Ciências Biológicas, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) Federal do Oeste da Bahia (UFOB) 2 Universidade Introdução: Tabebuia aurea, conhecida popularmente como ipê-amarelo, é uma espécie florestal de grande importância em função de sua utilidade econômica, ornamental, ecológica e medicinal. Espécies de Tabebuia apresentam vários tricomas e estruturas secretoras que auxiliam a taxonomia do grupo, consequentemente contribuindo para o conhecimento de espécies nativas do Cerrado e conservação da sua Biodiversidade. Objetivos: Este trabalho objetivou caracterizar a anatomia foliar de Tabebuia aurea com ênfase nas estruturas secretoras e histoquímica destas. Métodos: As folhas da espécie em questão foram coletadas de indivíduos localizados na áreas verdes da UFOB. Amostras do limbo foliar foram fixadas em FAA 70% (formaldeído, álcool etílico e ácido acético), desidratadas em série etílica e infiltradas em metacrilato. Testes histoquímicos foram realizados para detecção de lipídeos, compostos fenólicos e alcaloides. Resultados: A epiderme é unisseriada, cuticularizada, com glândulas secretoras presentes em ambas as faces, da epiderme, localizadas em depressões. Tais estruturas secretoras sintetizam e/ou armazenam compostos lipídicos e fenólicos. Os estômatos estão restritos à epiderme abaxial. O mesofilo é dorsiventral, com cerca de três camadas de parênquima paliçádico e cinco camadas de parênquima braciforme, com muitos meatos. Intercalando o parênquima clorofiliano, ocorrem feixes vasculares colaterais de menor calibre circundado por células esclerificadas dispostas longitudinalmente conectando ambas as faces epidérmica. Na nervura central, várias camadas de colênquima lamelar estão presentes na região subepidérmica. O tecido vascular está organizado em um arco principal bicolateral e feixes acessórios colaterais. Conclusões: Os caracteres anatômicos descritos para esta espécie auxiliam a taxonomia do grupo, tendo como caráter diagnóstico a presença das glândulas secretoras. Palavras-chave: ipê-amarelo; Estruturas secretoras; Cerrado. Apoio Financeiro: CNPq ! CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DOS ELEMENTOS VEGETATIVOS DE Spigelia anthelmia L. BÁRBARA PRISCYLLA LIRA DE ARAÚJO1; MARÍLIA BARBOSA CADENA1; GLENDA LAÍSSA OLIVEIRA DE MELO CANDEIA1; RAFAELA DAMASCENO SÁ1; KARINA PERRELLI RANDAU1 1 Laboratório de Farmacognosia, Departamento de Ciências FarmacêuticasUFPE Introdução: Spigelia anthelmia L., conhecida popularmente como lombrigueira, é um dos principais representantes da família Loganiaceae. É comumente encontrada em ambientes úmidos e usada popularmente no Brasil como antihelmíntica. O conhecimento das características microscópicas são fundamentais para a padronização de plantas utilizadas como medicamentos. Objetivos: Caracterizar, anatomicamente, raiz, caule, pecíolo e folha de S. anthelmia. Métodos: Secções transversais e paradérmicas foram obtidas à mão livre e submetidas a uma solução de hipoclorito de sódio 50% para descoloração. Após lavagem em água destilada, foram coradas com safrablau (secções transversais) e azul de metileno (secções paradérmicas) e montadas em lâminas semipermanentes. As análises foram realizadas em imagens obtidas por câmera digital acoplada a microscópio óptico. Resultados: Em vista frontal, a bráctea e a folha de S. anthelmia apresentam estômatos anisocíticos e anomocíticos em maior quantidade na face abaxial. Em secção transversal, apresentam epiderme unisseriada e mesofilo dorsiventral. Na nervura central, observa-se um feixe vascular bicolateral. Tricomas tectores simples cônicos situam-se na face adaxial do mesofilo e face abaxial da nervura central. Apenas bráctea apresenta pecíolo. Este tem epiderme unisseriada, onde também se observam os tricomas presentes em brácteas e folhas. É composto por um feixe vascular bicolateral central e outros menores situados nas laterais. O caule possui formato circular com epiderme unisseriada, onde se visualizam alguns estômatos. No parênquima cortical são vistos cristais. O xilema forma um anel contínuo, circundado por esclerênquima. Próximo ao floema, encontram-se canais secretores. A raiz também tem formato circular com epiderme unisseriada. O parênquima cortical possui amplos espaços e nele são vistos cristais. O feixe vascular ocupa toda a região central da raiz. Conclusões: Através do estudo microscópico de S. anthelmia obtêm-se características anatômicas que podem ser utilizadas na caracterização farmacognóstica da espécie. Palavras-chave: Spigelia anthelmia; Lombrigueira; Anatomia vegetal. Apoio Financeiro: CAPES; FACEPE ! ANATOMIA FOLIAR DE Copaifera luetzelburgii Harms UMA ESPÉCIE NATIVA DO OESTE DA BAHIA DANILO AIRES DOS SANTOS1; ANDRÉIA BARRONCAS DE OLIVEIRA 2 1 Ciências Biológicas, Universidade Federal do Oeste da Bahia Federal do Oeste da Bahia 2 Universidade Introdução: O gênero Copaifera possui 22 espécies amplamente distribuídas em território brasileiro, sendo que de algumas espécies se obtêm resina e óleo de copaíba e com isso investiga-se seu potencial medicinal. Apesar disso, os estudos anatômicos foliares com algumas espécies desse gênero ainda são raros, como é o caso da Copaifera luetzelburgii Harms, que está presente no Bioma Cerrado. Sendo assim, destaca-se a necessidade de se aprofundar estudos com relação a esta espécie. Objetivos: A presente pesquisa teve como objetivo caracterizar anatomicamente a lâmina foliar com destaque dos tricomas e estruturas secretoras de Copaifera luetzelburgii. Métodos: A coleta do material botânico foi realizada na Serra da Bandeira, no município de Barreiras-BA. As amostras coletadas foram fixadas em FNT (formalina neutra tamponada). Fragmentos da lâmina foliar foram desidratados, incluídos em metacrilato e os cortes histológicos foram corados com azul de toluidina. Resultados: O limbo foliar é hipoestomático, com epiderme unisseriada de cutícula espessa e tricomas tectores presentes em ambas as faces. O mesofilo apresenta tendência isobilateral, formado por uma camada de parênquima paliçádico e cerca de duas a três camadas de lacunoso e uma camada de paliçádico com bastante espeço intercelular. Os feixes, de menor calibre, são colaterais circundados por uma bainha fibrosa que conecta ambas as faces epidérmicas, dispostos intercaladamente ao parênquima clorofiliano. Cavidades secretoras distribuem-se ao longo da região mediana do mesofilo. Na nervura central a epiderme é papilosa em ambas as faces. Células esclereficadas compõem a região subepidérmica, apresentando cerca de duas a três camadas na face abaxial e uma camada na face adaxial. O tecido vascular é colateral disposto em um arco circundado por uma bainha fibrosa. Conclusões: Os elementos anatômicos apresentados neste estudo auxiliam a identificação desta espécie, bem como corroboram a taxonomia do grupo taxonômico. A presença dos tricomas tectores nesta espécie é considerado um caráter diagnóstico dentro de Copaifera. Palavras-chave: Copaifera; Fabaceae; Cerrado. ! ESPECTRO DE ABSORÇÃO UV-VIS, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E TEOR DE GRUPOS FENÓLICOS NO EXTRATO AQUOSO DA CASCA DE Terminalia fagifolia APÓS 1-5 DIAS DE EXTRAÇÃO ANTÔNIO MARQUES DE MEDEIROS NETO1; EDUARDO AUGUSTO SOUSA SOARES1; GUILHERME VICTOR SOUSA MEDEIROS1; SAMUEL MADEIRA CAMPOS MELO1; WILSON VIEIRA DA SILVA-JÚNIOR1; MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS1; PAULO HUMBERTO MOREIRA NUNES1 1Universidade Federal do Piauí Introdução: Terminalia fagifolia (Combretaceae), popularmente chamada de “chapada”, é usada na medicina popular no tratamento de afecções gastrointestinais (FREIRE et al., 1992). O extrato aquoso a frio da casca (EAFPop), preparado em água filtrada (aproximadamente a 10%), é ingerido várias vezes ao dia, após o aparecimento de cor característica. EAF-Pop apresentou atividade antiulcerogênica em ratos, quando administrado em dose repetida com intervalo de 30 min (SOBRAL-FILHO et al., 2014). O extrato etanólico da casca apresenta atividade antiulcerogênica (NUNES et al., 2014), antibacteriana (ARAUJO et al., 2015), citotóxica e antioxidante (AYRES et al., 2009). Flavonoides, triterpenos e esteroides (AYRES et al., 2009) foram identificados nessa planta. Objetivo: Avaliar o grau de extração de substâncias no EAF-Pop de T. fagifolia, após diferentes tempos de extração. Metodologia: Do extrato, preparado em água filtrada a 10% (20g/200 mL), foram retiradas amostras após 1, 2, 3, 4 e 5 dias, que eram centrifugadas (3.200 rpm, 15 min) e diluídas para obtenção do espectro de absorção (UV-VIS, 200 a 900 nm) e para a determinação da atividade antioxidante (AA; DPPH) e do conteúdo de fenólicos totais (FT; Folin-Ciocalteu). Resultados: Os extratos (1:200) apresentaram elevada absorção de UV com intensidades crescentes e proporcionais aos tempos de extração, com picos de absorbância (A) após 5 dias nos comprimentos de onda de 210 (A=2,378), 255 (A=1,768) e 356 nm (A=0,442). AA e FT também aumentaram com o tempo de extração atingindo no 5º dia 87,2±2,1 % e 53,5±0,7 mgEAG/g, respectivamente, mas sem correlação significativa. Conclusão: O grau de extração de substâncias da casca de T. fagifolia aumenta com o tempo de infusão, não atingindo um máximo antes de 5 dias. As substâncias extraídas absorvem fortemente as radiações UV, apresentando AA sem correlação significativa com o teor de FT. Os resultados encontrados dão suporte ao uso popular do infuso dessa planta somente após algum tempo de extração. Palavras-chave: Terminalia fagifolia; Fenólicos; Espectrofotometria. ! ESTUDO QUÍMICO E ATIVIDADE LIPOPEROXIDATIVA DO EXTRATO HIDROETANÓLICO E FRAÇÕES DA ENTRECASCA DE Bauhinia cheilantha DEISYLAINE MARIA DOS SANTOS1; ANTÔNIO SANTOS DIAS1; PAULO EDUARDO RESENDE FILHO 1; CHARLES DOS SANTOS ESTEVAM 1 1 Universidade Federal de Sergipe Introdução: As atividades biológicas de plantas medicinais estão associadas a metabólicos secundários que as plantas produzem e armazenam. Dentre eles, destacam-se os flavonóides. Tem-se observado nos últimos anos um crescimento nos estudos sobre antioxidantes presentes nos vegetais, devido às descobertas sobre seus efeitos contra os danos causados pelos radicais livres ao organismo (ARAUJO, 2008; SILVA, 2010). A elucidação dos componentes ativos presentes nas plantas vem sendo um dos maiores desafios dentro da Química de Produtos Naturais (STEINMANN, 2011). Objetivos: Mensurar os compostos fenólicos bem como avaliar a atividade lipoperoxidativa do extrato hidroetanólico e frações da entrecasca de B. cheilantha. Métodos: A quantificação de compostos fenólicos foi realizada por meio do método de Folin-Ciocalteau descrito por SOUSA et al. (2007). A quantificação de flavonoides foi realizada utilizando o método de Mbaebie, et al., (2012). A quantificação de TBARs foi realizada com base nos protocolos de LAPENNA (2001) e BUDNI (2007). Resultados: Em fenóis totais observou-se que o EHE apresentou o maior teor de compostos fenólicos seguido da FAE, já a FH, FCL e FHM apresentaram os menores valores e não diferiram estatisticamente. No teor de flavonoides, foi observado um bom conteúdo destes no EHE e nas amostras FAE e FHM, sendo assim estatisticamente iguais, diferindo da FCL. Com relação ao teste de lipoperoxidação, o EHE e as frações FCL, FHM e FAE, apenas na concentração de 200 µg/ml, apresentaram efeito antioxidante frente aos radicais produzidos pelo agente indutor FeSO4. Porém, quando comparados ao controle positivo Trolox, esse efeito é muito baixo. No entanto, com o agente indutor AAPH, observou-se que o EHE na concentração testada inibiu cerca de 60% da peroxidação lipídica, a FHM inibiu cerca de 70%, enquanto a FAE apresentou PI de 20%, já a FCL um efeito pró-oxidante. Conclusões: A entrecasca de B. cheilantha possui alto teor de compostos fenólicos ao qual se atribui seu potencial antioxidante. Palavras-chave: Bauhinia cheilantha; Constituintes químicos; Lipoperoxidação. Apoio Financeiro: CNPq. ! CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DE FOLHA E PECÍOLO DE Dieffenbachia amoena Bull JARBAS DAMASCENO SÁ1; LETÍCIA SOARES DE OLIVEIRA SILVA1; CAROLINA CRISTINA SANTIAGO DA CUNHA1; RAFAELA DAMASCENO SÁ1; KARINA PERRELLI RANDAU1 1 Laboratório de Farmacognosia, Departamento de Ciências FarmacêuticasUFPE Introdução: O gênero Dieffenbachia (Araceae) contém cerca de 40 espécies ornamentais, das quais várias apresentam potencial tóxico. Conhecidas popularmente como comigo-ninguém-pode, diversas espécies de Dieffenbachia são apontadas como responsáveis pela maioria dos casos de intoxicação por plantas relatados na literatura. A toxicidade é atribuída a presença de cristais de oxalato de cálcio. O conhecimento dos aspectos anatômicos de plantas tóxicas é importante para o seu manejo adequado, já que pode causar alergias ou irritabilidade em contato com a pele. Objetivos: Realizar a descrição anatômica de folha e pecíolo de Dieffenbachia amoena. Métodos: Secções transversais e paradérmicas foram obtidas à mão livre e submetidas a uma solução de hipoclorito de sódio 50% para descoloração. Após lavagem em água destilada, foram coradas com safrablau (secções transversais) e azul de metileno (secções paradérmicas) e montadas em lâminas semipermanentes. As análises foram realizadas em imagens obtidas por câmera digital acoplada a microscópio óptico. Resultados: Em vista frontal, a folha de D. amoena apresenta estômatos anomocíticos e tetracíticos em ambas as faces, porém, em quantidade superior na face abaxial. Observa-se também numerosos idioblastos contendo drusas e ráfides. Em corte transversal, a lâmina foliar apresenta epiderme unisseriada. O mesofilo é dorsiventral. Na nervura central, o colênquima encontra-se em posição subepidérmica e os feixes vasculares colaterais estão dispersos no parênquima. Próximos aos feixes, encontram-se canais secretores. Idioblastos contendo drusas e ráfides são vistos no parênquima da nervura central e do mesofilo. O pecíolo possui formato circular com reentrâncias. A epiderme é unisseriada, onde logo abaixo, encontra-se colênquima, exceto onde há reentrâncias. O tecido vascular é semelhante ao descrito para a folha. Canais secretores e idioblastos com drusas e ráfides são visualizados no parênquima. Conclusões: Os caracteres anatômicos descritos para D. amoena são úteis para diferenciá-la de outras espécies tóxicas de Dieffenbachia. Palavras-chave: Dieffenbachia amoena; Comigo-ninguém-pode; Anatomia. Apoio Financeiro: CAPES; FACEPE ! CARACTERIZAÇAO MORFOANATÔMICA DAS FOLHAS DE Azadirachta indica A. Juss (MELIACEAE) CULTIVADAS EM GOIANIA, GO, BRASIL DEBBORAH GONÇALVES BEZERRA 1 ; EDEMILSON CARDOSO DA CONCEIÇAO2; JOELMA ABADIA MARCIANO DE PAULA1 1Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais do Cerrado, UEG, Anápolis, Goiás 2 Laboratório de PD&I de Bioprodutos, UFG, Goiânia, Goiás Introdução: Azadirachta indica A. Juss da familia Meliaceae é popularmente conhecida como nim ou “neem tree”. Bioprodutos oriundos de seus frutos apresentam grande potencial como inseticida biodegradável. O conhecimento da morfologia vegetal, revelada com o auxílio da microscopia óptica, auxilia na identificação da espécie fazendo com que seja possível um diagnóstico rápido e confiável sobre a espécie a ser utilizada. Objetivos: Realizar a descrição morfoanatômica da lâmina foliar de A. indica cultivada em Goiânia, GO, Brasil. Métodos: As amostras foliares foram coletadas na Embrapa Arroz e Feijão, Goiânia. A exsicata foi depositada no Herbário da Universidade Federal de Goiás, número de tombamento: UFG-48590. A caracterização macroscópica foi realizada à vista desarmada e para o estudo anatômico as amostras foram seccionadas a mão livre, coradas com Azul de Alcian e safranina, Cloreto Férrico e Sudan III. Resultados: As folhas de A. indica são compostas, paripenadas, com filotaxia oposta cruzada. Os folíolos apresentam contorno elíptico, base assimétrica e cuneata, ápice agudo, margem serrilhada e nervação peninérvea. Nas secções paradérmicas da superfície adaxial são registradas células epidérmicas com paredes anticlinais espessas e retas com formatos poligonais. Estômatos do tipo anomocíticos estão presentes apenas na face abaxial. Foram observadas, na superfície abaxial, algumas regiões constituídas por uma ou mais células menores circundadas por células maiores indicativas de cicatrizes de tricomas. Em secção transversal, na região da internervura, observa-se epiderme uniestratificada, cutícula espessa, uma única camada de parênquima paliçádico e até seis camadas de parênquima lacunoso com vários idioblastos produtores de substâncias lipofílicas. Ao redor dos feixes vasculares, em secções transversais tanto da nervura central quanto do pecíolo e do peciólulo, são visualizados idioblastos contendo substâncias lipofílicas. O feixe vascular colateral da nervura central, além dos idioblastos, é envolvido por uma bainha parenquimática. Já os feixes vasculares concêntricos anficrivais do pecíolo e do peciólulo são envolvidos por uma bainha esclerenquimática. Conclusões: A amostra observada apresentou padrão morfoanâtomico compatível ao que é descrito na literatura para a família Meliaceae e para a espécie. Palavras-chave: Morfoanatomia; Azadirachta indica; Lâmina foliar. Apoio Financeiro: CAPES e CNPq. ANATOMIA DAS PARTES VEGETATIVAS AÉREAS DE Ipomoea bahiensis WILLD. EX ROEM. & SCHULT. (CONVOLVULACEAE) EDNALVA ALVES. V. DOS SANTOS1; KIRIAKI NURIT SILVA1 1 Curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Educação e Saúde, Cuité-PB. Introdução: Ipomoea bahiensis Willd. ex Roem. & Schult. é uma espécie exclusiva da flora brasileira, com ampla distribuição, ocorrendo principalmente em áreas de capoeira, campos abertos e bordas de mata. Conhecida popularmente como “jitirana roxa”, suas folhas apresentam atividade fungicida e bactericida, antitumoral, e a raiz atividade citotóxica. Glicosídeos antimicrobianos já foram isolados desta espécie. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo a caracterização anatômica de folhas e caule de I. bahiensis. Métodos: Realizaram-se secções transversais de folhas (lâmina e pecíolo) e caule, e secções paradérmicas (lâminas foliares), à mão livre, de material fresco e fixado, posteriormente coradas com safranina e/ou safrablue, analisadas e fotografadas ao microscópio óptico. Resultados: Ipomoea bahiensis possui epiderme, em vista frontal, anfiestomática com estômatos do tipo paracítico, e paredes celulares anticlinais sinuosas na face adaxial e curvas na face abaxial. Observou-se a presença de tricomas tectores unicelulares e tricomas glandulares em ambas as faces. Em secção transversal, a epiderme é unisseriada com uma cutícula delgada; o mesofilo é dorsiventral, com o parênquima paliçádico bisseriado e o esponjoso multisseriado; a nervura principal é biconvexa; sistema vascular formado por um feixe colateral central em forma de arco. O pecíolo é biconvexo, costelado, com colênquima angular multisseriado; sistema vascular formado por cinco feixes colaterais, na porção proximal, a três feixes nas porções mediana e distal, sendo um maior central, em semi-arco, e dois acessórios, voltados para a face adaxial. O caule possui contorno circular e sistema vascular sifonostélico contínuo ectoflóico, com feixes esclerênquimáticos na região cortical. A epiderme é unisseriada, com tricomas tectores distribuídos esparsamente. Conclusões: A anatomia da epiderme foliar, mesofilo e a vascularização, em conjunto com a organização vascular do caule foram os principais caracteres distintivos para o reconhecimento de Ipomoea bahiensis. Palavras-chave: Ipomoea; anatomia foliar; Caatinga. ANATOMIA FOLIAR DE Copaifera sabulicola J.A.S. COSTA & L.P. QUEIROZ: UMA PLANTA ENDÊMICA DO OESTE BAIANO COM POTENCIAL MEDICINAL CAROLINA RODRIGUES VICTOR DE CARVALHO1; ANDRÉIA BARRONCAS DE OLIVEIRA1 1 Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB Introdução: Os representantes do gênero Copaifera são conhecidos por seu uso econômico e medicinal, devido a retirada de resinas e óleo, substâncias essas que são sintetizadas em células e/ou tecidos secretores, podendo estar presentes nos órgãos vegetativos e/ou reprodutivos da planta. Entretanto, apesar de taxonomicamente descrita, Copaifera sabulicola, uma espécie endêmica do Cerrado no oeste baiano, não possui estudos sobre sua caracterização anatômica. Objetivos: Este estudo teve por objetivo caracterizar a lâmina foliar de Copaifera sabulicola com ênfase na descrição das estruturas secretoras. Métodos: A coleta do material botânico foi realizada na Serra da Bandeira, no município de Barreiras-Ba. As amostras coletadas foram fixadas em FNT (formalina neutra tamponada) e conservadas em etanol 70%. Fragmentos da lâmina foliar foram desidratados, incluídos em metacrilato e os cortes histológicos foram corados com azul de toluidina. Resultados: A lâmina foliar é hipoestomática, com epiderme unisseriada e cuticularizada. O mesofilo possui tendência isobilateral, com cerca de 2-3 camadas de parênquima paliçádico, 2 camadas de parênquima lacunoso e 1 camada de paliçádico com tamanho reduzido. Feixes colaterais de ordem secundária e terciária, envolvidos por uma bainha fibrosa, ocorrem intercalando-se ao parênquima clorofiliano, assim como as cavidades secretoras distribuem-se ao longo do mesofilo. Na nervura central, a epiderme apresenta cutícula ornamentada com cerca de 1-2 camadas de colênquima subepidérmico de ambas as faces. O tecido vascular é do tipo colateral, organizado em um arco principal e dois feixes acessórios. Conclusões: Os elementos anatômicos descritos neste estudo corroboram a identificação da espécie, de modo a auxiliar a taxonomia do grupo. Palavras-chave: Copaifera; Cerrado; Caracterização anatômica. ! GARRAFADAS COMERCIALIZADAS EM MERCADOS PÚBLICOS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE LARISSA MARIA BARRETO DE MEDEIROS TRIGUEIROS1; LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE1 1 Universidade Federal de Pernambuco Introdução: As garrafadas são preparados medicinais muito comuns na cultura brasileira, porém poucos estudos são realizados sobre esse tema. Para tal, são utilizados uma mistura de elementos de origem vegetal, sejam cascas, folhas, flores, frutos ou sementes. Em alguns casos é possível encontrar elementos de origem animal, como cavalo-marinho e banha de capivara, e mineral, como carvão e prego enferrujado. A isto se acrescenta algum veículo, frequentemente de teor alcóolico. Objetivos: Avaliar o perfil dos erveiros e investigar a composição das garrafadas comercializadas na Região Metropolitana do Recife (RMR). Métodos: Realizou-se 37 entrevistas em 15 mercados da RMR, onde foram utilizados formulários semiestruturados, onde foram investigados o perfil socioeconômico dos erveiros e se eram os próprios erveiros que produziam as garrafadas, quais plantas eram utilizadas e indicações. Antes das entrevistas cada erveiro foi convidado a assinar o termo de consentimento livre concordando em participar da pesquisa. A pesquisa está inserida no projeto Etnobotânica Nordestina (número de registro 130/09 Conselho de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco). Resultados: Entre os erveiros não há diferença de gêneros (48,7% são homens e 51,3% são mulheres) e a sua maioria é adulta (46 a 65 anos), com uma média de 19 anos de trabalho. Cerca de 90% produz a garrafada que comercializa. Essas características tornam os entrevistados bons conhecedores da composição, preparo e posologia das garrafadas o que lhes permite fazer indicações e recomendações para os usuários. Foram citados 55 tipos de garrafadas e 88 etnoespécies utilizadas, com uma média de 7,5 plantas por garrafada. As etnoespécies mais citadas foram quixaba (32 citações), aroeira (28), barbatimão (28), caju roxo (26) e jucá (18). A principal indicação para as garrafadas foi para o tratamento de inflamações em geral (38,4%), seguida por aquelas que atuam no sistema geniturinário (14,8%). O principal veículo utilizado foi o vinho branco (70,8%). Conclusões: Grande parte das garrafadas comercializadas é artesanal e composta por plantas nativas. O uso de um veículo alcóolico possibilita uma maior extração de princípios ativos e a ausência de aquecimento preserva substâncias medicinais termolábeis. Palavras-chave: erveiros; medicina popular; plantas medicinais. Apoio financeiro: CAPES ! L E VA N TA M E N TO E T N O B O T Â N I C O D E P L A N TA S M E D I C I N A I S UTILIZADAS CITRICULTORES RURAIS DE SALGADO-SE GABRIELA S. REIS1; CLÁUDIA C. KAISER2; FABIANO ALVIM-PEREIRA2; SANDRA A. MENTA3; ROSANA S.S. BARRETO4; ANDRÉ S. BARRETO4; ADRIANA G. GUIMARÃES4 1Departamento de Farmácia, UFS, Lagarto-SE de Odontologia, UFS, Lagarto-SE 3Núcleo de Terapia Ocupacional, UFS, Lagarto-SE 4Dep. de Educação em Saúde, UFS, Lagarto-SE 2Dep. Introdução: O emprego das plantas medicinais é uma forma de tratamento alternativo bastante difundido pelo mundo e de ampla utilização pelas comunidades rurais, que retiram da natureza os recursos imprescindíveis para a sua subexistência. Objetivo: Diante a importância das plantas medicinais, neste projeto foi realizado um estudo etnofarmacológico, visando traçar um perfil de utilização das plantas medicinais utilizadas pelos citricultores de Salgado-SE. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo transversal através da entrevista de 250 trabalhadores das lavouras de laranja do município de Salgado-SE. Através da aplicação do questionário foram coletos os dados sócio-demográficos, plantas que costuma fazer uso, finalidade e frequência da utilização destas plantas. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP: 302.502). Resultados: Dos 250 citricultores, 38% eram do gênero feminino e 62% masculino, 71% eram casados, 60% pardos, 20% negros, 20% brancos e 0,4% índios. Quanto ao grau de instrução, 61% tinham cursado parte do ensino fundamental 1, 26% o fundamental 2, 13% ensino médio e 0,2% ensino superior. Tratando-se da classe social, 48% pertenciam à classe D, 44% à C, 8% à E e 0,4% à B. Dos entrevistados, 70% usavam plantas medicinais, mensalmente (73%), toda semana (11%), a cada 2 dias (6%), mais de uma vez ao dia (5%) e diariamente (5%). Entre as plantas mais utilizadas estavam a erva cidreira (Melissa officinalis, 55,7%), Capim-santo (Cymbopogon citratus, 16,7%), boldo (Plectranthus barbatus, 12,1%), Camomila (Matricaria recutita, 1,7%), Carqueja (Baccharis trimera, 2,3%), Hortelã (Mentha x piperita, 2,3%), para o tratamento de dores (56%) e processos inflamatório (15%). Conclusão: Pode-se concluir que as plantas medicinais correspondem a um importante método de cuidado primário à saúde por comunidades rurais de Salgado-SE, sobretudo para o tratamento de dores e processos inflamatórios. Palavras-chave: etnofarmacologia; citricultores; plantas medicinais Apoio Financeiro: MPT-SE, SMS-Lagarto, CERESTE-Lagarto, FETASE, CNPq. ! ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS NA EXTRAÇÃO ASSISTIDA POR ULTRASSOM DE FLAVONOIDES TOTAIS DAS FOLHAS DE Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze ANDRESSA TUANE SANTANA PAZ1; KAREN LORENA FERREIRA NEVES CAETANO1; LEONARDO LUIZ BORGES2; EDEMILSON CARDOSO DA CONCEIÇÃO1 1 Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia, Laboratório de PD&I de Bioprodutos 2 Departamento de Biomedicina, Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Introdução: Alternanthera brasiliana (L.). Kuntze é uma espécie herbácea que pertence à família Amaranthaceae, nativa do Brasil. É conhecida popularmente como “penicilina” possuindo aplicações como no tratamento de tosse e diarréias. Apresenta compostos ativos, como flavonóides, que são responsáveis por algumas propriedades observadas para essa espécie, além de apresentarem considerável atividade antioxidante. Objetivos: Investigar quais fatores pode interferir na extração assistida por ultrassom de flavonoides totais das folhas de A. brasiliana. Métodos: Para a quantificação de flavonoides totais, empregou-se o método espectrofotométrico descrito por Rolim et al. (2005). Um planejamento fatorial 23 com 5 pontos centrais foi utilizado para investigar as seguintes variáveis e seus níveis: tempo de extração (T) - 20 e 30min; proporção sólido: solvente (PSL) - 4 e 8mg/mL e graduação alcoólica (EtOH) - 40 e 60v/v. O mesmo encontra-se depositado no herbário da universidade federal de Goiás (UFG) sob o código 48433. Resultados: A partir do planejamento fatorial em dois níveis, obteve-se o seguinte modelo com as variáveis significativas (p<0,05): Fv=0,0753+0,002159T+0,005659PSL-0,001068EtOH +0,000064TxEtOH-0,00014PSLxEtOH (Radj=0,7525). A partir do modelo acima que apresenta os coeficientes significativos, pode-se sugerir ao nível de 5% que o tempo de extração (T), a proporção sólido: líquido (PSL) e graduação alcoólica (EtOH) apresentam efeitos significativos sobre o teor de flavonoides. O modelo também mostra as seguintes interações significativas: T e EtOH e PSL e EtOH. Conclusões: Os resultados sugerem que as variáveis analisadas na extração assistida por ultrassom exerceram influência significativa na concentração de flavonoides encontradas nos extratos das folhas de A. brasiliana. Este estudo fornece também subsídios para a construção de outros planejamentos para a otimização do processo de extração de flavonoides de A. brasiliana. Palavras-chave: penicilina; plantas medicinais; planejamento experimental. Apoio Financeiro: CNPQ e CAPES. PADRONIZAÇÃO ANATÔMICA E HISTOQUÍMICA DO ANGICO-DEBEZERRO TULLYUS RUBENS DE SOUZA SILVA1; MARIA POLIANA MARTINS1; CLÉBIO PEREIRA FERREIRA1 1 Universidade Federal do Vale do São Francisco Introdução: Pityrocarpa moniliformis (BENTH) LUCKON & R. W. JOBSON (Angico-de-bezerro) é uma espécie pioneira de hábito arbóreo/arbustivo com ampla distribuição em regiões semiáridas de solos arenosos. O Angico-debezerro se destaca como planta enfermeira, acelerando o processo de recuperação de áreas degradadas, como planta forrageira, apícola e medicinal, possuindo atividade antibacteriana. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo observar e descrever a anatomia e a histoquímica das folhas da espécie. Métodos: Amostras de folhas de diferentes indivíduos foram coletadas, fixadas em FAA50 e estocadas em etanol 70%. Fragmentos de folíolos foram incluídos em metacrilato (Historesin-leica®), cortados em micrótomo rotativo e corados com azul de toluidina. Para a análise histoquímica as secções obtidas foram submetidas a testes para detecção de amido, compostos fenólicos, lactonas sesquiterpênicas, lignina, lipídios e taninos. A descrição das características da superfície do folíolo foi realizada utilizando-se da técnica de impressão epidérmica. Resultados: As faces epidérmicas do folíolo diferem entre si quanto à densidade de tricomas e presença de estômatos. A face abaxial possui muitos estômatos paracíticos e tricomas tectores unicelulares enquanto na face adaxial não há estômatos e os tricomas têm menor densidade e tamanho. A epiderme é simples (não estratificada), composta por células com paredes de contorno levemente sinuoso a reto. O mesofilo é dorsiventral, constituído por uma camada de células paliçádicas e três a quatro camadas de células de parênquima lacunoso. Foi detectado amido distribuído em células do mesofilo, compostos fenólicos na epiderme e em células do floema, lactonas sesquiterpênicas em células da epiderme, lignina em células do tecido de condução e lipídios apenas na cutícula. Não foi detectada a presença de taninos com o teste realizado. Conclusões: As descrições, anatômica e histoquímica, podem ser utilizadas na padronização farmacognóstica da espécie, assegurando uma correta identificação e utilização de amostras íntegras e/ou trituradas, bem como apontando o local de síntese e/ou acúmulo de compostos. Palavras-chave: Histoquímica; Anatomia; Pityrocarpa moniliformis PLANTAS MEDICINAIS COMERCIALIZADAS POR RAIZEIROS NA REGIÃO CENTRO-SUL DE NITERÓI, RJ GUILHERME DA SILVA FREITAS1; DÉBORA TEIXEIRA OHANA1 1 Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense - UFF Introdução: O uso de plantas medicinais é uma prática tradicional, sendo muitas vezes o único recurso disponível na atenção básica de saúde. O município de Niterói-RJ possui um intenso comércio de plantas medicinais e abriga grande parte deste na região central. Objetivos: Os objetivos do trabalho foram realizar um levantamento etnofarmacológico das principais espécies comercializadas pelos raizeiros que operam em Niterói-RJ e investigar as informações científicas sobre essas espécies e compará-las com as informações sobre seu uso popular. Métodos: Foram entrevistados 11 raizeiros, enfatizando-se as dez plantas mais solicitadas. Em seguida, foram feitas entrevistas específicas referentes a cada planta citada. As cinco espécies mais citadas foram adquiridas a fim de confirmar a identificação botânica, através de dados obtidos na literatura e com análises macro e microscópicas. Foram feitos levantamentos bibliográficos sobre os dados farmacológicos das espécies mais indicadas. Resultados: Essa pesquisa foi efetuada totalizando-se 46 plantas medicinais catalogadas. Pode-se afirmar que as cinco espécies mais citadas foram abajerú (Chrysobalanus icaco L.), espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. Ex. Reiss.), chapéu de couro (Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli), tanchagem (Plantago major L.) e carqueja (Baccharis spp.). O abajerú (C.icaco) apresenta propriedades hipoglicemiantes comprovadas por pesquisas farmacológicas e é utilizada pela população para este fim, no entanto, verificou-se a venda de Eugenia rotundifoliaCasar (Myrtaceae), com esse nome popular e mesma propriedade. Não existem dados farmacológicos para essa espécie.Sorocea bomplandii Bailon(Moraceae) está sendo comercializada como espinheira-santa (M.ilicifolia), usada para o tratamento de úlceras e até o momento não existem dados farmacológicos que comprovem o seu uso. Conclusão: Novas pesquisas devem ser realizadas no local, visto que das cinco espécies mais comercializadas, duas não equivalem aquelas encontradas através da literatura e da identificação botânica realizada, não condizendo também aos efeitos indicados pelos raizeiros nos momentos de venda. Palavras-chave: Plantas medicinais; Raizeiros; Levantamento etnofarmacológico. ! ESTUDO MORFOANATOMICO DE Miconia albicans (Sw.) Triana. (MELASTOMATACEAE) LUCIANA UCHÔA TOMÉ1; HELENO DIAS FERREIRA1; WADSON DA COSTA FARIAS1; LEANDRO LEAL KLOPPEL1; DANILLO LUIZ DOS SANTOS1; LEONICE MANRIQUE FAUSTINO TRESVENZOL1; JOSÉ REALINO DE PAULA1; TATIANA DE SOUZA FIUZA1 1 Universidade Federal de Goiás. Introdução: Miconia albicans é uma espécie do Cerrado comum em bordas de florestas. Objetivos: Realizar o estudo morfoanatômico de M. albicans. Métodos: O material vegetal foi coletado na Serra dos Pireneus, Pirenópolis/ GO. A caracterização macroscópica foi realizada à vista desarmada. As imagens registradas com máquina fotográfica digital (CANON EOS T4i) e com o auxílio de microscópio estereoscópico (Olympus SZ-ST). Para o estudo anatômico foram feitos cortes à mão livre das folhas, pecíolo e caule jovem que foram submetidos à coloração com azul de alcian/safranina 9:1. Resultados: M. albicans é um arbusto até 2m de altura. Folhas simples, opostas, discolores, face adaxial glabrescente e abaxial albo-ferruginosa, coriácea, elíptica, ápice acuminado, base levemente cordiforme, acródroma basal, nervuras secundárias paralelas, margem levemente denteada. Pecíolo curto, densamente piloso; fruto baga, subcilíndrico, violeta, várias sementes. Folhas hipoestomáticas, estômatos anísociticos, epiderme uniestratificada, cutícula espessa. Mesofilo dorsiventral. Na nervura principal o colênquima é angular. Feixe vascular em arco aberto. Pecíolo com contorno convexo-côncavo. Feixe vascular central bicolateral, aberto revestido por faixa esclerenquimática. Presença de numerosos idioblastos com drusas no mesofilo foliar e no pecíolo. Secção transversal do caule jovem é oval, colênquima 1 a 3 camadas de células, parênquima cortical com células isodiamétricas, tamanhos variados, com drusas na região medular e cortical. Presença de tricomas aracnóides nas folhas e caules. Conclusões: Nas folhas, a coloração albo-ferruginosa da face abaxial, a nervação acródroma basal, presença de indumento na face abaxial com tricomas aracnóides são características importantes para taxonomia da M. albicans. Feixe vascular em arco aberto na nervura principal e a ocorrência de maior número de drusas no córtex e cilindro central do pecíolo do que na nervura central foliar diferencia a M. albicans de outras Miconias. Esses dados contribuem para a identificação correta da espécie e da matéria prima vegetal. Palavras-chave: Miconia; Morfoanatomia; Cerrado. Apoio Financeiro:CNPq. ! CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA E HISTOQUÍMICA DE Schinus molle L. (ANACARDIACEAE) LUCIANO DE MEDEIROS DANTAS1; RAFAELA DAMASCENO SÁ2; KARINA PERRELLI RANDAU2; FLÁVIA CAROLINA LINS DA SILVA3 1 Biólogo graduado, CES/UFCG de Farmácia/UFPE 3 Departamento de Biologia/UFRPE 2 Departamento Introdução: Schinus molle L. (árvore-pimenta) é uma espécie nativa da América do Sul, pertencente à família Anacardiaceae, que possui importância socioeconômica e cultural, sendo bastante utilizada na medicina popular devido suas propriedades terapêuticas, algumas delas comprovadas cientificamente. Objetivos: Portanto, a fim de ampliar as informações científicas acerca da espécie, o presente trabalho teve por objetivo a caracterização anatômica e histoquímica de Schinus molle L. Métodos: Para o estudo foram coletadas amostras de partes aéreas da planta, posteriormente submetidas a técnicas de anatomia vegetal e a testes histoquímicos, com a finalidade de observar e descrever sua estrutura e composição química. Resultados: O caule apresenta tricomas pouco ocorrentes do tipo tector, o córtex possui cristais de oxalato de cálcio isolados ou agrupados, com endoderme esclerenquimática, sendo o feixe vascular do tipo bicolateral com canais secretores associados ao metafloema. A folha possui no pecíolo estômatos em sulcos ou no nível da epiderme, com clorênquima na região cortical, sendo o sistema vascular dividido em feixes bicolaterais com canais secretores associados ao metafloema, restritos a região dorsal. A lâmina foliar apresenta poucos tricomas tectores restritos à face adaxial, com estômatos anomocíticos e ciclocíticos em ambas as faces. O mesofilo é isolateral com canais secretores e os feixes ocorrem na nervura central associados aos canais. Os testes histoquímicos evidenciaram a presença de cristais de oxalato de cálcio nos folíolos; lipídios, taninos e óleos essenciais na epiderme, mesofílo e bainha; amido na epiderme; esteroides no tecido esponjoso; lignina no xilema; alcaloides no tecido paliçádico e compostos fenólicos na epiderme e mesofilo. Conclusões: Espera-se com os resultados favorecer a identificação confiável e precisa da planta, ampliando o conhecimento botânico a cerca da espécie e gênero, além de favorecer um controle maior da extração e utilização dos seus componentes químicos. Palavras-chave: Anacardiaceae; Schinus molle L.; Histoquímica. ! CARACTERIZAÇÃO FARMACOBOTÂNICA DAS FOLHAS DE Croton argyrophyllus IASMINE ANDREZA BASILIO DOS SANTOS ALVES1; RAFAEL MATOS XIMENES1; ALEXANDRE GOMES SILVA1; KARINA PERRELLI RANDAU2 1 Laboratório 2 Laboratório de Etnofarmacologia, Departamento de Antibióticos-UFPE de Farmacognosia, Departamento de Farmácia-UFPE Introdução: As folhas de Croton argyrophyllus, comumente confundidas com Croton tricolor, são utilizadas popularmente como anti-inflamatórias, antimicrobianas, para tratamento de doenças cardíacas (SLVA et al., 2010). Entretanto, não existem estudos anatômicos que embasem sua caracterização. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo descrever e classificar as estruturas anatômicas das folhas de Croton argyrophyllus para estabelecer sua padronização farmacobotânica. Métodos: O material vegetal foi coletado em Buíque (PE). Secções transversais e paradérmicas foram obtidas à mão livre e submetidas ao processo de diafanização. Em seguida, foi realizada a dupla coloração com safranina e azul de astra (KRAUS, 1997) e montagem das lâminas. Resultados: Nas secções paradérmicas observa-se células epidérmicas com paredes de contorno sinuoso. A folha é anfiestomática, com epiderme uniestratificada, revestida por espessa camada de cutícula e estômatos paracíticos. O mesofilo é isobilateral, com parênquima paliçádico uniestratificado, o que confere caráter xeromorfo à espécie, dado também encontrado para Croton zehntneri (MUNIZ et al., 2005). Há presença de tricomas estrelado-prorrectos sustentados por idioblastos esclerenquimáticos na face adaxial e abundantes tricomas estrelado-lepidotos na face abaxial, característica que pode ser usada para diferenciar espécies de Croton (LIU et al., 2013). A nervura central apresenta contorno plano-convexo, com parênquima cortical compacto e células colenquimáticas subepidérmicas presentes em ambas as faces. O sistema vascular é anficrival, com uma pequena camada de parênquima medular. Há tricomas glandulares unicelulares, os quais são comuns nas diferentes secções do gênero Croton (Metcalfe & Chalk,1957). Conclusões: Em decorrência da ausência de estudos acerca da anatomia foliar de C. argyrophyllus e, consequentemente, da dificuldade na sua identificação e diferenciação de outras espécies do gênero, os resultados obtidos são relevantes no âmbito da caracterização microscópica da espécie, parâmetro exigido no controle de qualidade da matéria-prima vegetal. Palavras-chave: Croton argyrophyllus; Farmacobotânica; Folha. ! VARIAÇÃO DO PERFIL DE TERPENOS EM Annona emarginata (SCHLTDL.) H. RAINER 'VARIEDADE TERRA-FRIA' SUBMETIDA À VARIAÇÃO DE NITROGÊNIO FELIPE GIROTTO CAMPOS1; MÁRCIA ORTIZ MAYO MARQUES2; GISELA FERREIRA1; CARMEN SÍLVIA FERNANDES BOARO1 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Biociências de Botucatu, Departamento de Botânica 2 Instituto Agronômico de Campinas Introdução: A síntese de terpeno compete por agentes redutores (AR) e esqueletos carbônicos (EC) com a fixação de nitrogênio e de CO2. Deste modo, variação na oferta do nível de nitrogênio (N) às plantas pode ocasionar alteração na alocação de esqueletos carbônicos para a síntese de terpenos. A Annona emarginata (araticum-de-terra-fria) possui terpenos com ação anticarcinogênica e inseticida. Objetivo: Analisar se a variação de nitrogênio interfere no perfil de terpenos extraídos de folhas de Annona emarginata (Schltdl.) H. Rainer 'variedade terra-fria'. Métodos: As plantas de A. emarginata foram cultivadas em casa de vegetação e mantidas em solução nutritiva com níveis de nitrogênio iguais a 39,37, 78,75, 118,12 e 157,5 mg L-1. Folhas coletadas em cinco épocas foram secas em estufa com aeração forçada a 40 °C até massa constante e submetidas à microextração em fase sólida, headspace (HS-SPME). Os terpenos extraídos foram identificados por cromatografia gasosa, acoplada a espectrometria de massa. Resultados: Quarenta e oito substâncias voláteis foram identificadas. Entre elas, 39 foram observadas nas plantas cultivadas com 157,5 mg L-1 de N, 41 nas plantas submetidas a 118,12 mg L-1 de N e 46 nas plantas cultivadas com 39,37 e 78,75 mg L-1 de N. Esses resultados indicam que os EC e os AR foram direcionados mais para a síntese de terpenos à medida que a oferta de nitrogênio diminuiu. Conclusão: A diminuição do fornecimento de nitrogênio aumenta o número de sustâncias voláteis em folhas de A. emarginata. Palavras-chave: Araticum-de-terra-fria; Terpenos; Nutrição mineral. Apoio Financeiro: CAPES ! ESTUDO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS NO RECANTO MADRE PAULINA EM PETROLINA-PE CAMILA MAHARA DIAS DAMASCENO1; ANDRÉ PAVIOTTI FONTANA1; MARCELO DOMINGUES DE FARIA1; JULIANELI TOLENTINO DE LIMA1; JACKSON ROBERTO GUEDES DA SILVA ALMEIDA1 1Universidade Federal do Vale do São Francisco. Introdução: Plantas medicinais são utilizadas há muito tempo pela população como alternativa terapêutica, por isso estudos etnobotânicos, que consideram o saber popular, são importantes para a descoberta de plantas com propriedades farmacológicas. Objetivos: realizar o estudo etnobotânico de plantas utilizadas no Recanto Madre Paulina (RMP) em Petrolina-PE; identificar as principais plantas usadas no RMP; elaborar exsicatas com o material botânico coletado; identificar as plantas que fazem parte da RENISUS; identificar os principais usos mencionados para cada espécie de planta medicinal utilizada e comparar o uso das plantas mais citadas com o uso descrito na literatura. Métodos: Foram coletadas plantas cultivadas no RMP para identificação da espécie botânica. Exsicatas dessas espécies foram confeccionadas para depósito no herbário da Embrapa e para serem entregues à instituição. Para coleta de dados sobre as plantas utilizadas pelos pacientes do RMP, foi realizada aleatoriamente uma busca nos prontuários de 140 pacientes, com o auxílio de profissionais da instituição que relacionavam as plantas indicadas com os problemas de saúde apresentados pelos pacientes. Foram comparadas com a literatura as 10 plantas mais indicadas. Registrado sob o nº 0002/240714 CEDEP/UNIVASF. Resultados: Dentre as plantas identificadas, 34 foram indicadas para os pacientes do Recanto, dessas, apenas 35,29% estão presentes na RENISUS. A maioria das plantas que foram indicadas e identificadas são preparadas a partir da infusão, utilizando as folhas dos vegetais, e pertencem à família Asteraceae. As 10 plantas identificadas como as mais indicadas no RMP foram: transagem, limão, cavalinha, malva santa, alfavaca, erva de são joão, gervão, erva cidreira, alfafa e picão. Conclusões: Pesquisas corroboram algumas indicações dos profissionais do RMP. Porém, os trabalhos existentes referem-se à utilização de uma planta durante as preparações para uso, o que geralmente não acontece no RMP, pois várias plantas são utilizadas simultaneamente, podendo ocasionar interações que influenciarão na terapêutica. Palavras-chaves: Etnobotânica; Plantas medicinais; Fitoterapia. Apoio Financeiro: CAPES. UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS COMO TRATAMENTO ALTERNATIVO DE PATOLOGIAS ANIMAIS PELA COMUNIDADE QUILOMBOLA JENIPAPO NO MUNICÍPIO DE CAXIAS - MA ANDRÉIA FREITAS DE OLIVEIRA1; GABRIELA NUNES DE AZEVEDO2; FLÁVIA MAYRANNE GONÇALVES DOS SANTOS2; GEORGE DO CARMO LEÃO2; AIRVITE DA SILVA CARDOSO2; KERLEN EMANUELE PINTO DA SILVA2 1 Professor de Medicina Veterinária IFMA- Campus Caxias, Caxias, MA. em Zootecnia, IFMA- Campus Caxias, Caxias, MA 2Graduandos Introdução: O conhecimento veterinário tradicional começou a ser valorizado em diversas partes do mundo, por ser reconhecido como uma importante fonte de descoberta de substancias para a medicina alopática, seja pelo fato de a fitoterapia representar uma alternativa ecologicamente viável, contribuindo inclusive para o aumento da lucratividade pecuária, ou ainda, por constituir uma fonte acessível para comunidades rurais dispersas e pobres. Objetivos: O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo a respeito do uso de plantas medicinais para o controle de enfermidades de animais na comunidade quilombola Jenipapo do município de Caxias-MA. Metodologia: A coleta de dados foi realizada através de dois questionários, um no qual abordava variáveis econômicas e sociais de cada entrevistado e outro no qual os informantes pudessem relatar os seus conhecimentos empíricos sobre o uso das plantas medicinais encontradas na região. Foram entrevistadas 38 pessoas, sendo 63,15% do total do sexo masculino e 36,85% do sexo feminino. A faixa etária ficou entre 24 e 70 anos. Foram citadas 54 espécies no total, sendo as mais utilizadas para fins medicinais, a sucupira (Pterodon emarginatus), pequi (Caryocar brasiliense), Catinga de porco (Caesalpinea pyramidales), aroeira (Schinus molle), Erva cidreira (Cymboporgon citratus). Tratamento de feridas, transtornos digestivos, problemas de parto e sintomas gripais foram às principais indicações terapêuticas. Folhas e cascas foram as partes das plantas mais utilizadas. Os chás foram as principais formas de uso, seguido do lambedor. Conclusão: A comunidade possui o conhecimento de plantas que são usadas para curar doenças em animais. Contudo, é importante ressaltar a necessidade de estudos etnobotânicos, fitoterápicos, fitoquímicos e toxicológicos para validar as indicações dessas plantas para uso medicinal. Palavras–chave: Conhecimento tradicional; plantas medicinais; veterinária Apoio financeiro: FAPEMA LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO NA COMUNIDADE INDÍGENA DOS XOKÓS RENATA FERRAZ FIGUEIREDO1; SAMARA VIERA1; LUCAS FRANCELINO DE ARAÚJO1; CRISTIANI ISABEL BANDERÓ WALKER1 1 Curso de Farmácia, Departamento de Farmácia, Universidade Federal de Sergipe. Introdução: O emprego de plantas medicinais com finalidades curativas é prática utilizada desde os primórdios da humanidade. No Brasil, essa tradição tem sua gênese nas aldeias indígenas, pois, os índios tem vasto conhecimento da flora brasileira. Em tempos modernos, grupos étnicos lançam mão dos medicamentos industrializados em lugar das plantas medicinais. Objetivos: Realizar um levantamento etnobotânico na comunidade indígena dos Xokós localizada no município de Porto da Folha, Sergipe. Métodos: O presente trabalho aprovado sob referência, CAAE-0004.0.285.000-11,seguiu um modelo de estudo descritivo e longitudinal, sendo realizado um levantamento de dados sobre o uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos pela comunidade indígena dos xokós. As espécies coletadas foram depositadas em forma de exsicata e posteriormente identificadas. Os dados foram analisados utilizando o Programa Epi Info versão 7. Resultados: Para este trabalho foram entrevistados 103 membros da comunidade, dos quais boa parte possui ao menos uma doença crônica, principalmente, hipertensão ou diabetes. Isso nos leva a inferir que apesar de ser uma comunidade indígena é acometida pelas mesmas doenças crônicas da maioria da população brasileira. Entretanto, eles possuem um privilegiado acesso ao posto de saúde, além de assistência dos agentes de saúde. Sobretudo, sua cultura valoriza o uso de plantas medicinais antes de recorrer ao médico, fato comprovado, ao identificarmos um lugar específico para o cultivo das plantas nos quintais e arredores da aldeia. Através do levantamento foram descritas 60 espécies de plantas, sendo as mais citadas, alfavaca (Ocimum basilicum), utilizada para dor de cabeça; capim santo (Cymbopogon citratus) empregada para ansiedade e agitação; erva cidreira (Lippia alba) usada para o tratamento da febre e mastruz (Chenopodium ambrosioides) utilizada para o tratamento da tosse. No entanto, ao realizarmos uma revisão na literatura, constatamos que nem todas as plantas tinham a comprovação científica do uso indicado pelos índios. Conclusões: De acordo com os resultados obtidos, pode-se afirmar que a comunidade estudada é portadora de um vasto conhecimento da medicina tradicional, embora com diferenças na indicação. Bem assim, o uso das plantas é fonte direta de recursos para a saúde perpetuando ao longo das civilizações. Palavras-chave: levantamento etnobotânico; índios Xokós; plantas medicinais. COMPÓSITOS INCORPORADOS COM MICROFIBRAS DE CELULOSE JOSILEIDE GONÇALVES BORGES1; KALINE STELA PIRES BEZERRA1; JANICE ISABEL DRUZIAN2; ALAÍSE GIL GUIMARÃES2 1 Universidade 2 Federal do Vale de São Francisco (UNIVASF) Universidade Federal da Bahia (UFBA) Introdução: Os compósitos incorporados com microfibras de celulose têm atraído a atenção por questões ambientais e melhoria das propriedades mecânicas, térmicas e de biodegradabilidade, em virtude principalmente do tamanho e da alta cristalinidade da celulose incorporada. Objetivos: Produzir compósitos incorporados com microfibras de polpa de celulose e avaliar as suas propriedades mecânicas. Metodologia: Os compósitos (filmes) foram elaborados por ‘’casting” utilizando microfibras de polpa de eucalipto (0,2%) e um filme de amido sem microfibras foi usado como referência. A solução filmogênica (40 g) foi pesada em placas de Petri de poliestireno e desidratada em estufa com circulação de ar por 18 a 20 horas. Os compósitos foram acondicionados em dessecadores contendo solução saturada de cloreto de sódio, por 10 dias. A espessura foi avaliada em 6 medições em micrômetro digital. Os ensaios de mecânicos foram realizados na máquina universal de ensaios EMIC. As análises termogravimétricas foram realizadas no analisador térmico. Os filmes foram codificados em F1 a F7 conforme a condição usada na produção das microfibras. Resultados: Os compósitos mostraram espessuras semelhantes (0,08-0,07 mm). As incorporação das microfibras de celulose foi eficaz nos aumentos de módulo de young (E = elasticidade) nos filmes F2, F3, F4, F6 e F7 em 18,5%, 19%, 21%, 61% e 53%, respectivamente, quando comparados ao filme referência. O valor de tensão máxima nos filmes F2, F4 e F7 apresentaram aumentou em 0,96%, 4,66% e 7,95 %, respectivamente. Constatou-se a presença de dois eventos térmicos em todas as curvas de TGA e DTG dos filmes, indicando degradações das microfibras de celulose, da matriz e da sacarose que ocorrem em eventos distintos. Conclusão: Os resultados indicam que a incorporação de microfibras de polpa de eucalipto em alguns filmes resultou em melhorias nas propriedades mecânicas. Palavras-chave: nano compósitos; microfibras; propriedades mecânicas. Apoio: CAPES, FABESB e CAPES- NANOBIOTEC 1. CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA E HISTOQUÍMICA DA FOLHA DE Psidium guineense Swartz ATRAVÉS DE MICROSCOPIAS ÓPTICA, DE FLUORESCÊNCIA E ELETRÔNICA DE VARREDURA ASAPH SANTOS CABRAL DE OLIVEIRA SANTANA 1 ; RAFAELA DAMASCENO SÁ1; KARINA PERRELI RANDAU1 1 Laboratório de Farmacognosia, Departamento de Ciências Farmacêuticas UFPE Introdução: Psidium guineense Swartz é uma espécie frutífera nativa das Américas, conhecida popularmente como araçá. Além de ser uma planta de grande interesse econômico, muito usada na culinária, apresenta também propriedades medicinais, como ação antimicrobiana, a qual é atribuída principalmente à presença de compostos fenólicos. Objetivos: Caracterizar anatomicamente a folha de P. guineense através de microscopia óptica (MO) e eletrônica de varredura (MEV) e determinar os locais de acúmulo de compostos fenólicos na folha por microscopia óptica e de fluorescência (MF). Métodos: A análise em MO foi realizada em lâminas semipermanentes contendo secções transversais e paradérmicas da folha coradas com Safrablau. Para o estudo da ultraestrutura foliar no MEV, amostras de folhas foram metalizadas em ouro após processos de fixação e desidratação. A detecção de compostos fenólicos foi realizada em secções transversais da folha coradas com cloreto férrico, observadas diretamente no MO e com filtros de excitação em MF. Resultados: Em vista frontal no MO, a folha apresenta estômatos anomocíticos na face abaxial e tricomas tectores em ambas as faces, vistos em detalhes no MEV. Em corte transversal no MO, observa-se cavidades secretoras e drusas no mesofilo e na nervura central. Nesta, encontra-se um feixe vascular bicolateral. Após coloração com cloreto férrico, os compostos fenólicos foram observados por MO no mesofilo, na epiderme e nas bordas das cavidades secretoras. Já no MF, após excitação em 358 nm, a cutícula, esclerênquima e xilema emitem fluorescência azul de maior intensidade e após excitação em 488 nm, a cutícula, os estômatos e a região basal dos tricomas adquirem intensa fluorescência amarela, indicando complexação do íon Al3+ com as hidroxilas vicinais dos polifenois. Conclusão: Os caracteres anatômicos descritos para a folha constituem informações de diagnose e a histoquímica localiza os sítios de acúmulo ou secreção dos metabólitos. Palavras-chave: Psidium guineense; Farmacobotânica; Compostos fenólicos Apoio Financeiro: CAPES ! CARACTERÍSTICAS MORFO-ANATÔMICAS DA ESPÉCIE MEDICINAL Malva parviflora L. LUÍSMAR RODRIGUES JÚNIOR1,2; ELIZABETH UBER BUCEK 2; TATIANA REIS VIEIRA 2. 1 Universidade Norte do Paraná de Uberaba 2 Universidade Introdução: Atualmente existem no Brasil várias legislações que incentivam a utilização de plantas medicinais e fitoterápicos, sempre chamando atenção em relação à segurança e controle de qualidade das matérias primas utilizada na produção desses medicamentos. Malva é um nome vulgar conhecido para diversas espécies pertencentes a diferentes famílias. A Malva parviflora L. pertence a família Malvaceae, sendo utilizada popularmente na forma de pomadas e tinturas para tratamento de problemas do sistema urinário, inflamações e cicatrização de feridas. Objetivos: Este estudo teve como objetivo caracterizar morfo-anatomicamente partes vegetativas da espécie Malva parviflora L. Métodos: Foram preparadas lâminas permanentes e semipermanentes da raiz, caule e folhas de Malva parviflora. As imagens das lâminas foram capturadas em microscópio Zeiss acoplado a câmera Axio CAN1CC1. Resultados: O caule da espécie Malva parviflora é bem ramificado, as folhas são alternas, longo pecioladas, limbo multilobado, serreado, palmatinérveas. As inflorescências são axilares, as flores são brancas, pequenas, diclamídeas, pentâmeras. O fruto é do tipo esquizocarpo, contendo 10 mesocarpos com uma semente em cada. As sementes tem cerca de 1 mm, são reniformes, glabras de cor castanho-escuro. Quanto a morfologia interna a folha em secção transversal apresenta mesofilo heterogêneo assimétrico. A folha é anfiestomática, com tricomas tectores e glandulares em ambas epidermes. O pecíolo, caule e raiz apresentam epiderme unisseriada, feixe vascular colateral e região medular. No parênquima do pecíolo e caule observou-se camadas de células mucilaginosas. Conclusões: A descrição macroscópica e microscópica da espécie pesquisada está de acordo com registros encontrados na literatura. O controle de qualidade é uma ferramenta importante para identificação de adulteração ou falsificação de drogas vegetais. Faz-se necessário, estudos que envolvam a identificação de espécies vegetais através de análises macroscópicas, microscópicas para garantir produtos com segurança e eficácia trazendo benefícios ao consumidor. Palavras-chave: Malva parviflora; Morfo-anatomia; Espécie medicinal. Apoio Financeiro: PAPE/ UNIUBE. ! ESTUDO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FLORES DE Trembleya phlogiformis DC. SARAH RODRIGUES FERNANDES1; EULIARA MAGNA BRITO XAVIER1; STONE DE SÁ1; HELENO DIAS FERREIRA2; LEONICE MANRIQUE FAUSTINO TRESVENZOL 1 ; JOSÉ REALINO DE PAULA 1 ; PIERRE ALEXANDRE DOS SANTOS1; TATIANA DE SOUSA FIUZA2 1Universidade 2Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas Introdução: Melastomataceae possui distribuição pantropical e é uma das principais famílias da flora brasileira, com ampla distribuição sendo comum nas regiões do Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia. Quimicamente, caracteriza-se pela presença de taninos (muito comum), alcaloides (raros), antocianinas, flavonoides e triterpenos. Algumas espécies são utilizadas popularmente para tratamento de várias doenças, como erisipela, parasitas intestinais, ulcerações, palpitações, males dos rins e bexiga, dermatoses, reumatismo, resfriado, infecções vaginais, hematúria, insônia, dores de garganta, dores de cabeça e outras. Um dos representantes no Cerrado, a espécie Trembleya phlogiformis DC., pertencente à tribo Microlicieae, é utilizada nas comunidades mineiras para tingir lã e algodão em teares manuais. Objetivos: Obter e caracterizar quimicamente o óleo essencial das flores de T. phlogiformis. Métodos: As flores foram coletadas na Serra dos Pireneus, Pirenópolis-GO e a exsicata depositada no Herbário da UFG (nº 47868). Foram secas em estufa e trituradas em liquidificador industrial. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação em aparelho de Clevenger modificado e analisado em cromatógrafo a gás acoplado à espectrômetro de massas (CG-EM) e as substâncias presentes foram identificadas por comparação dos índices de retenção obtidos com os valores da literatura. Resultados: Foram identificadas 30 substâncias, sendo 33,33% monoterpenos oxigenados; 26,67% n-alcanos; 13,33% ácidos graxos; 10% sesquiterpenos oxigenados; 10% diterpenos; 3,33% sesquiterpenos não oxigenados e 3,33% apocarotenoides. Os metabólitos majoritários foram: heneicosano (33,51%), fitol (12,27%), n-tricosano (8,40%) e ácido linoleico (6,14%). Conclusões: Verificou-se que, entre os metabólitos identificados no óleo essencial das flores, o heneicosano foi o constituinte presente em maior quantidade. Esse trabalho representa a primeira descrição dos constituintes químicos das flores de T. phlogiformis. Palavras-chave: Melastomataceae; óleo essencial; Trembleya. Apoio Financeiro: CNPq ! ANATOMIA FOLIAR DE Zanthoxylum caribaeum LAM. (RUTACEAE) CARINE RAISA B. DE ANDRADE1; HUGO N. BRANDÃO2; FABIANO M. MARTINS3 1 Doutoranda,Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) Feira de Santana, Ba. 2 Prof.Dr.Orientador, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). 3 Prof.Dr.Orientador, Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB)Cruz das Almas, Ba. Introdução: No nordeste brasileiro são encontradas diversas espécies de Zanthoxylum, sendo que muitas destas espécies são comumente empregadas na medicina popular contra distúrbios inflamatórios e infecções. A espécie Zanthoxylum caribaeum Lam. é uma árvore pertencente à família Rutaceae, de ocorrência em todo o Brasil, conhecida popularmente como espinho-cheiroso, espinheiro-preto e espinho-de-barrão Objetivos: Neste sentido, o objetivo foi descrever a anatômia foliar de Z. caribaeum Lam Métodos: A coleta das folhas foi realizada no município de Cruz das Almas Ba, localizada entre as coordenadas 12 42’ 20.3’’ S e 39 06’ 24.1’’ W. As amostras foram fixadas em FAA e FNT, desidratadas em série butílica e infiltradas em parafina histológica. Cortes seriados foram realizados em micrótomo rotativo, corados com safranina 1,5% e Azul de astra aquoso 1% e as lâminas montadas em resina sintéticas Resultados: As folhas de Z. caribaeum Lam são hipoestomáticas, com estômatos do tipo actinocíticos, apresentando na face adaxial células epidérmicas com formato irregular.Na face abaxial foram observados a presença de nectários extraflorais folíolares do tipo embutido e tricomas glandulares pedunculados. O mesofilo é dorsiventral, e apresenta cavidades secretoras de origem lisígenas entre o parênquima paliçádico. Em secção transversal, a epiderme é unisseriada e apresenta idioblastos cristalíferos. Em secção longitudinal, o mesofilo apresenta ductos, cavidades secretoras e drusas. Em secção transversal a nervura central (NC) possui formato côncavoconvexo. O feixe vascular é do tipo colateral, apresentando fibras em torno do feixe e constituído por floema externo ao xilema. Ocorrem cavidades secretoras em ambas as faces da NC e presença de idioblastos cristalíferos na epiderme adaxial Conclusões: A identificação das estruturas secretoras e da anatomia foliar permite a distinção da espécie estudada com as demais espécies do gênero. Assim como, a caracterização anatômica poderá subsidiar pesquisas posteriores. Palavras-chave: Zanthoxulum Caribaeum; Rutaceae; Estruturas secretoras. Apoio Financeiro: CAPES ! CARACTERIZAÇÃO MORFO-ANATÔMICA DE ÓRGÃOS VEGETATIVOS DE Argemone mexicana L. (PAPAVERACEAE) ASSOCIADA À INTENSIDADE LUMINOSA LETÍCIA AGUILAR DA SILVA MACIEL1; JOSÉ FERNANDO OLIVEIRA COSTA1; BÁRBARA ROSEMAR NASCIMENTO DE ARAÚJO1 1União Metropolitana para o Desenvolvimento da Educação e Cultura (UNIME) Introdução: Argemone mexicana L. (Papaveraceae) é utilizada na medicina popular por sua atividade antimicrobiana, sendo promissora para uso em fitoterapia. Logo, é importante caracterizá-la morfo-anatomicamente considerando o ambiente. Objetivo: Caracterizar morfo-anatomicamente os órgãos vegetativos da A. mexicana em diferentes intensidades luminosas. Métodos: Foram coletados dois indivíduos ao sol e quatro à sombra. A exsicata dos ramos floridos foi depositada no Herbário do Jardim Botânico de Salvador, Bahia sob código: L. A. Maciel - 01. Seções anatômicas foram feitas em folhas maduras, caule e raiz. Os cortes foram corados com azul de alcian e safranina, e as lâminas foram analisadas em microscópio óptico. Foram mensurados: folha (espessura do mesófilo, espessura do parênquima paliçádico, tamanho do feixe vascular central e altura da nervura central), caule (média de tamanho dos feixes vasculares, espessura da epiderme e espessura do colênquima), e raiz (tamanho do parênquima cortical e diâmetro do feixe vascular central). Os resultados foram analisados com estatística descritiva e as diferenças significativas foram verificadas pela análise de variância e teste de Tukey com 95% de confiança. Resultados: A. mexicana tem folhas sésseis, lobadas e alternadas. O caule é aéreo ereto subarbustivo, pouco ramificado e a raiz é subterrânea pivotante. Há acúleos no caule e nas folhas. A análise morfo-anatômica exibiu diferenças significativas (p<0,05) entre as plantas de sol e sombra, respectivamente: folha: comprimento (9,3±1,8 cm, 17,1±4,1 cm), largura (5,2±1,4 cm, 8,1±1,1 cm), espessura do mesófilo (292,1±22,5µm, 218,8±48,9µm), tamanho do feixe vascular central (321,4±29,6µm, 449,2±60,2µm), altura da nervura central (1548,4±22,7µm, 2795,1±140,3µm); caule: média de tamanho dos feixes vasculares (265,8±43,1µm, 356,2±89,8µm); raiz: tamanho do parênquima cortical (507,1±74,6µm, 669,6±112,2µm) e diâmetro do feixe vascular (2461,8±69,1µm, 1426,6±128,6 µm). Conclusões: Os resultados auxiliaram na caracterização anatômica de A. mexicana e mostraram que há diferenças entre os órgãos vegetativos em diferentes intensidades luminosas. Palavras-chave: Argemone mexicana L.; Morfo-anatomia; Fitoterapia. ! COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Trembleya phlogiformis DC SARAH RODRIGUES FERNANDES1; STONE DE SÁ1; HELENO DIAS FERREIRA2; LEONICE MANRIQUE FAUSTINO TRESVENZOL1; JOSÉ REALINO DE PAULA1; PIERRE ALEXANDRE DOS SANTOS1; TATIANA DE SOUSA FIUZA2 1Universidade 2Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas Introdução: Trembleya phlogiformis DC. (Melastomataceae) é uma planta típica do Cerrado e apresenta-se como arbustos ou subarbustos. Espécies dessa família são utilizadas popularmente para o tratamento de uma variedade de doenças, tais como erisipela, parasitas intestinais, leucorreia, ulcerações, palpitações, males dos rins e bexiga, escabiose, dermatoses, reumatismo, resfriado, febre, infecções vaginais, hematúria, insônia, dores de garganta e dores de cabeça. A T. phlogiformis é utilizada nas comunidades mineiras para tingir lã e algodão nos teares manuais Objetivos: O objetivo deste trabalho foi analisar a constituição química do óleo essencial das folhas de T. phlogiformis. Métodos: O material vegetal constituído por folhas foi coletado em Pirenópolis/ GO e a exsicata depositada no Herbário da UFG (nº 47868). As folhas, previamente secadas, foram moídas em um liquidificador industrial e submetidas a processo de hidrodestilação, em aparelho de Clevenger modificado. Analisou-se o óleo essencial por Cromatografia a Gás acoplada à Espectrometria de Massas (CG-EM). As substâncias foram identificados por comparação dos índices de retenção obtidos com os valores da literatura. Resultados: Foram identificadas 17 substâncias sendo 29,41% n-alcanos; 17,65% monoterpenos oxigenados; 11,76% sesquiterpenos oxigenados; 5,88% sesquiterpenos não oxigenados; 5,88% diterpenos; 5,88% apocarotenoides; 5,88% ácidos graxos e 17,6% outros. Os metabólitos majoritários foram: butilhidroxitolueno (20,62%) neril acetona (11,42%), ácido dodecanoico (7,9%), acetato de β-ment-1-en-9-ol (7,27%), ageratocromeno (5,21%). Conclusões: o presente trabalho representa a primeira descrição de substâncias presentes nas folhas de T. phlogiformis. Palavras-chave: óleo essencial; Trembleya; Cerrado. Apoio Financeiro: CNPq. ! BIOMETRIA DE FRUTOS, ENDOCARPOS E SEMENTES DE Acrocomia intumescens DRUDE: UMA PALMEIRA DE USO POPULAR RAQUEL BARBOSA DA SILVA1; LARISSA MARIA BARRETO DE MEDEIROS TRIGUEIROS1; EDVALDO VIEIRA DA SILVA JÚNIOR1; ANTÔNIO FERNANDO MORAIS DE OLIVEIRA1 1Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Laboratório de Ecologia Aplicada e Fitoquímica Introdução: Arecaeae é reconhecida pela exploração por populações humanas em todo mundo, sendo um dos recursos mais utilizados pelo homem. Em Pernambuco muitas espécies são utilizadas popularmente, dentre elas Acrocomia intumescens Drude, conhecida como macaíba. No Estado, a espécie apresenta uso como alimentícia, comercial e medicinal, porém estudos desta espécie são escassos e demonstram ser ela uma promissora para a economia. Objetivos: O presente estudo objetivou caracterizar biometricamente frutos, endocarpos e sementes de A. intumescens oriundos da Zona da Mata pernambucana, nos períodos seco e chuvoso. Métodos: A biometria de frutos, endocarpos e sementes foram obtidas por meio de paquímetro para diâmetros equatorial e longitudinal e balança analítica para peso individual. Foram analisados 30 frutos de 3 populações do período seco e chuvoso. Resultados: As medidas biométricas de A. intumescens mostraram uma uniformidade entre os frutos, endocarpos e sementes, tanto nas medidas quanto no peso, característica essa disseminada na família. Pouca diferença foi observada entre os indivíduos ou populações. Com relação aos parâmetros medida e peso dos frutos, A. intumescens se apresentou com características acima do apresentado por outras espécies da família. A relação período seco/ período chuvoso apresentou pouca diferença, com destaque apenas para o peso dos frutos que foi menor no período chuvoso (34,51 g) que no seco (42,08 g). As sementes apresentaram as medidas e o peso maior no período chuvoso que no seco (1,09 cm - DE, 1,60 cm - DT e 1,52 g no período seco e 1,74 cm - DE, 1,15 cm - DT e 1,90 g no período chuvoso), o que pode caracterizar uma alocação de nutrientes para a germinação durante esse período, já que foi o único órgão que apresentou aumento nos parâmetos analisados. Conclusões: A. intumescens apresenta pouca variação biométrica, porém, com a mudança de estação, suas sementes se tornam um pouco maiores, o que pode ser útil na sua utilização na indústria, já que a mesma aparece no cenário como oleaginosa promissora. Palavras-chave: Uso popular; Macaíba; Palmeiras. Apoio Financeiro: CAPES. ! FRUTAS COMUNS NA REGIÃO AMAZÔNICA QUE POSSUEM ATIVIDADES ANTIINFLAMATÓRIAS PELA PRESENÇA DE POLIFENÓIS, UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA LORENA CRISTINA NUNES DE ALMEIDA1; JANETE DE SOUZA PEREIRA1; JÉSSICA DA SILVA MARVÃO1; LUCIANA ESQUERDO CERQUEIRA1; NORMA LUCIENE LIMA DA SILVA1; ROSELY BELO LEAL1; MARCIENI ATAÍDE ANDRADE2 1 Universidade 2 Universidade Federal do Pará. Estadual do Pará. Introdução: Os alimentos que consumimos diariamente podem interferir nas reações inflamatórias, provocando-as ou minimizando seus efeitos. As frutas destacam-se por oferecerem maiores benefícios, pois são ricas em polifenóis, tendo como um dos principais grupos os flavonoides que possuem potente ação antioxidante e atividades de eliminação de radicais livres, além de serem excelentes antiinflamatórios podendo inibir e/ou induzir uma grande variedade de enzimas envolvidas na atuação da resposta inflamatória. Objetivos: Encontrar e evidenciar os benefícios das frutas que compõe o cardápio amazônico; buscar estudos que comprovem as atividades antiinflamatórias de frutas comuns na região amazônica, além de disseminar o conhecimento sobre as propriedades e benefícios de frutas consumidas com frequência pela população. Métodos: Foi realizada revisão de literatura no banco de dados PubMed, Portal da Capes e Bireme utilizando os seguintes descritores: antiinflamatórios, Amazônia, atividades, frutas, manga, açaí, acerola, cupuaçu, bacuri, flavonoides, polifenóis, antocianinas, substância bioativa; e suas combinações. Resultados: As frutas com significativo teor de polifenóis que foram encontradas através da presente pesquisa foram: manga, acerola, açaí, cupuaçu, taperebá e bacuri as quais possuem comprovadamente atividades antiinflamatórias e antioxidantes. Além dessas atividades, a acerola destaca-se também por possuir atividade vasodilatadora; estimuladora na secreção de insulina, prevenindo a hiperglicemia; e pelo efeito inibitório na proliferação de células humanas cancerígenas. Assim como o açaí, que além de antiinflamatório e antioxidante apresenta elevado valor energético, ação anti-hipertensiva ajudando na redução do colesterol e na diminuição da resistência insulínica. O Bacuri, por sua vez, também apresenta atividade antiviral. Conclusões: A presença de polifenóis em frutas consumidas com frequência na região amazônica mostra que tais alimentos podem ser usados como antiinflamatórios e antioxidantes, dentre os demais benefícios que cada fruta listada no presente trabalho pode trazer. Faz-se necessário, ainda, maiores pesquisas no assunto para evidenciar as propriedades exatas e o tratamento correto que cada fruta deve receber para que tenham efetividade nas atividades apresentadas. Palavras chaves: atividade anti-inflamatória; antioxidante; região amazônica; frutas. PADRONIZAÇÃO FARMACOBOTÂNICA DAS FOLHAS DE Poincianella microphylla MARIA POLIANA MARTINS PEREIRA1; TULLYUS RUBENS DE SOUZA SILVA1; CLÉBIO PEREIRA FERREIRA1 1 Universidade Federal do Vale do São Francisco Introdução: Poincianella microphylla (Mart. ex G. Don) L.P. Queiroz “Caatingueirinha” é uma espécie endêmica do bioma caatinga que apresenta atividade antimicrobiana e é tida como planta facilitadora, apresentando potencial para a recuperação de áreas degradadas. Objetivos: Caracterização anatômica e análise histoquímica das folhas de caatingueirinha. Métodos: O material testemunho de P. microphylla está depositado no herbário HVASF com o nº 11886. Amostras de folhas foram coletadas, fixadas em FAA50 e estocadas em etanol 70%. Fragmentos transversais dos folíolos foram obtidos a mão livre e em micrótomo rotativo com 5µm de espessura e corados com azul de toluidina. Para a descrição epidérmica as amostras foram coradas com fucsina, de modo a observar o padrão de distribuição e densidade estomática, entre outros caracteres foliares. Testes histoquímicos foram realizados para a determinação de compostos fenólicos, taninos, amido, lignina, lipídios, e lactonas sesquiterpênicas. Resultados: Poincianella microphylla apresenta epiderme com células de contorno levemente sinuoso e diferenças significativas quanto à presença de estômatos e a densidade de tricomas entre suas faces. Estômatos do tipo anomocítico e poucos tricomas glandulares estão restritos a face adaxial. Além disto, a face adaxial possui uma maior concentração de tricomas tectores unicelulares. O mesofilo é do tipo dorsiventral, constituído por uma camada de células de parênquima paliçádico e quatro a cinco camadas de células de parênquima esponjoso. No mesofilo são encontradas cavidades secretoras delimitadas por células epiteliais tabulares. Na análise histoquímica foi detectada a presença de amido nas células do mesofilo, lactonas sesquiterpênicas nas células de condução e na cavidade secretora, lignina nas fibras e nas células do xilema, compostos fenólicos na cavidade e em células isoladas da epiderme, substâncias lipídicas na cutícula, nos tricomas e na cavidade secretora. Conclusões: Os caracteres anatômicos e histoquímicos se mostram marcantes e indispensáveis à padronização farmacobotânica de Poincianella microphylla, garantindo a correta identificação e apontando o local de síntese e/ou acúmulo de compostos em suas folhas. Palavras-chave: Anatomia; Poincianella microphylla; Histoquímica. ! CARACTERIZAÇÃO ANATOMICA, HISTOQUÍMICA E ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DOS EXTRATOS DAS FOLHAS, RAÍZES E CAULES DE Adenocalymma imperatoris-maximilianii (WAWRA) L.G. LOHMANN, BIGNONIACEAE GIBSON GOMES OLIVEIRA1; DOUGLAS PEREIRA RODRIGUES3; JOSÉ ANTONIO DE SOUSA PEREIRA-JUNIOR 2 ; PÉRICLES TAVARES AUSTREGÉSILO-FILHO2; MARINA BERTINI1; JOSÉ CARLOS TOMAZ1; NORBERTO PEPORINE LOPES1; SEBASTIÃO JOSÉ DE MELO3 1 Departamento de Física e Química – Universidade de São Paulo (USP) Faculdade Escritor Osman da Costa Lins (FACOL) 3 Departamento de Antibióticos, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), 2 Introdução: A família Bignoniaceae apresenta grande diversidade química e algumas atividades biológicas já comprovadas na literatura tais como: bacteriostática, antifúngica e tripanossomicida. Apesar do reconhecimento da importância etnofarmacológica desta família, muitas espécies ainda necessitam de estudos, entre elas destacam-se as espécies do gênero Adenocalymma. Objetivos: O presente estudo propôs a caracterização anatômica, histoquímica e atividade antibacteriana dos extratos em acetato de etila das folhas, raízes e caules da espécie Adenocalymma imperatoris-maximilianii. Métodos: A espécie em estudo foi coletada no município de Pombos-PE. Foram feitas lâminas para a caracterização anatômica e histoquímica dos folíolos. Os extratos das folhas, raízes e caules, foram utilisados para análises em CG-EM e avaliação da concentração inibitória mínima (CMI), frente á Staphylococcus aureus. Resultados: Foram observados anatomicamente, estômatos paracíticos e anisocíticos, bem como a organização de estômatos em roseta, características importantes na identificação de espécies do gênero Adenocalymma. Testes histoquímicos revelaram a presença de compostos fenólicos, amido e lipídios totais, no mesofilo foliolar, especialmente nos parênquimas lacunoso e paliçádico, bem como nas cúticulas. Pelas análises por CG-EM, foram identificados os seguintes compostos majoritários: nos extratos de raízes (β-sitosterol, 30,39%; estigmasterol, 28,01%), caules (lupeol, 37,52%; β-sitosterol 26,77%) e folhas (fitol, 50,06%; estigmasterol, 17,18%). A concentração inbitória mínima (CIM) frente á linhagens de Staphylococos aureus foram de moderada a forte (1024 e 512 µg/ml). Conclusão: O presente estudo reforça á importância de que Adenocalymma imperatoris-maximilianii pode ser explorada como uma fonte de biomoléculas ativas. Palavras Chaves: Anatomia; atividade biológica; Bignoniaceae; Apoio financeiro: CNPq e FACOL