Relatório de Sustentabilidade 2015 - Hospital Sírio

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Relatório de
Sustentabilidade
2015
Relatório de Sustentabilidade 2015 | Hospital sírio-libanês
Conhecer
para cuidar
Nosso propósito é cuidar da
saúde de cada um, da sociedade
e do planeta
Sumário
4 Mensagem da presidência
59 Relacionamento
62 Capital humano
70 Fornecedores
6 Destaques do ano
72 G
estão ambiental
8 Linha do tempo
75 Gestão do consumo de água
76 Consumo de energia
77 Emissões de gases
11 Apresentação
79 Nossos números
14 O
Hospital Sírio-libanês
81 S obre o relatório
18 Valor compartilhado
20 Governança e gestão
24 Gestão da qualidade
32 Governança clínica
82 Sumário de Conteúdo da GRI
87 Carta de asseguração
90 Estrutura organizacional
39 Ensino e Pesquisa
93 Ficha técnica
53 R eponsabilidade Social
57 Instituto Sírio-Libanês de
Responsabilidade Social
4
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Mensagem da
presidência
Norteados pela eficiência, realizamos em
2015 mudanças estruturais em prol da
integração das equipes, maior inteligência
e qualidade na assistência
Em 2015, celebramos a solidez
da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês e de
seus resultados. Atravessamos um
ano desafiador com uma gestão
cada vez mais consolidada e com
o nosso valioso capital humano,
retornando à sociedade, em forma de projetos de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), R$ 108
milhões aplicados em filantropia.
Nosso investimento na integração
das ferramentas de gestão e orçamento resultou em um acompanhamento sistemático do que
planejamos e executamos, guiando-nos a um bom desempenho
financeiro e a um crescimento
sustentado.
Além disso, a melhoria contínua
de nossos processos assistenciais
garante um aumento qualitativo
nos serviços prestados aos pacientes, que contam com a estrutura das unidades em São Paulo
(Bela Vista, Itaim e Jardins) e Brasília (Asa Sul e Lago Sul).
Foi também um ano de colher
parte dos frutos da abertura das
novas torres na unidade Bela Vista. Hoje, o Hospital Sírio-Libanês
oferece 451 leitos. Para atender
os pacientes com maior qualidade, segurança e efetividade, houve mudanças estruturais para um
formato de trabalho mais integrado e inteligente. Um extenso plano direcionado à eficiência norteou nossa caminhada em 2015.
Com novos modelos de organização e constante investimento
na capacitação das equipes, conseguimos alcançar padrões ainda mais altos. Ao longo do ano,
conquistamos cinco certificações:
CARF (Commission on Accreditation of Rehabilitation Facilities),
ISO 14001 (gestão ambiental),
OHSAS 18001 (gestão de saúde e
segurança do trabalhador), Selo
Amigo do Idoso na categoria Pleno (Governo do Estado de São
Paulo) e Acreditação Canadense
(Canadian Council on Health Services Accreditation) na categoria
Diamante.
Novas tecnologias aplicadas fazem parte do pioneirismo que
é um dos pilares de evolução da
nossa instituição. Assim, as unidades passaram a consumir cada vez
menos papel, utilizando o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).
Além desse sistema, ferramentas
on-line integram e dão transparência e segurança às informações
destinadas tanto ao corpo clínico
(Portal do Médico) quanto ao paciente (Portal do Paciente).
Ainda sobre inovações que melhoram nosso ambiente de trabalho e influenciam nossos indicadores de qualidade, implantamos
o aviso de achados críticos em
exames de imagem – um canal
direto com o médico solicitante
para alertar sobre diagnósticos
críticos e garantir a continuidade
do cuidado ao paciente.
Para fortalecer nossa rede de assistência, responsável por atender
colaboradores e dependentes,
readequamos o plano de saúde
e realizamos melhorias no pro-
5
Relatório de Sustentabilidade 2015
24 mil participantes
em ações de
ensino, sendo 16 mil
profissionais
do SUS
grama Cuidando de Quem Cuida,
que disponibiliza hoje uma equipe multiprofissional dedicada à
atenção primária. Juntas, essas
mudanças nos levam à instituição que almejamos: um ambiente
sadio, integrado, produtivo e em
constante evolução.
Trazemos ainda resultados positivos do Instituto Sírio-Libanês
de Ensino e Pesquisa (IEP), um
valioso centro de formação profissional voltado a produzir e disseminar conhecimento que atua
em estreita parceria com a área
assistencial, para assim criarmos
estratégias de cuidado ao paciente ainda mais efetivas.
Olhando para fora, destacamos as
atividades de capacitação em todo
o Brasil. Em 2015, tivemos cerca
de 24 mil participantes em nossas
ações de ensino – destes, 16 mil
eram profissionais que atuam em
unidades do SUS espalhadas pelo
país e representam um grande potencial transformador para a melhoria de nossa sociedade.
Em nossa atuação filantrópica,
iniciou-se um novo ciclo de participação junto ao Programa de
Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi/SUS) em
2015, por meio do qual são elaborados e executados os projetos.
No período de 2009 a 2014, cerca de 20 mil profissionais foram
capacitados por ano, em mais de
370 regiões de saúde do Brasil,
multiplicando o conhecimento e
o acesso às melhores práticas e
processos assistenciais.
Contribui ainda para a execução
da missão filantrópica da organização o Instituto Sírio-Libanês
de Responsabilidade Social, que
realiza a gestão de equipamen-
tos públicos de saúde em parceria com os governos municipal
e estadual. Em 2015, o Instituto
enfrentou desafios por conta do
ajuste de repasses ocasionado
pela queda na arrecadação do
poder público. As dificuldades
foram superadas com o aperfeiçoamento na gestão dessas unidades, gerando maior qualidade
e segurança aos usuários do SUS.
Certos de que o nosso trabalho
vai ao encontro das expectativas
e demandas da sociedade, continuamos aprimorando nossas
ações. Em 2016, seguiremos com
uma gestão inteligente e equilibrada baseada no tripé formado
pela excelência de nossa atuação,
pela demanda por nossos serviços e pela eficiência operacional.
Assim, criamos as condições para
atravessar o ano com serenidade, de modo a manter um crescimento sustentável em todos os
aspectos do nosso trabalho.
Boa leitura!
Marta Kehdi Schahin,
Presidente da Sociedade
Beneficente de Senhoras
Paulo Chapchap,
Diretor Geral – CEO
(G4-1)
6
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Destaques
do ano
Certificações e prêmios nacionais
e internacionais, avanços e inovações
na assistência
ris, por meio de sua Fundação,
a instituição realizou a primeira
edição do Prêmio Empreenda
Saúde no Brasil, voltado a estimular a inovação, o empreendedorismo e o desenvolvimento da sociedade. A vencedora,
Paula Renata Cerdeira Gomez,
apresentou um trabalho que
contribui para a detecção antecipada de surtos epilépticos
•Uma das novas torres do complexo hospitalar da Bela Vista
ganhou um dos maiores jardins verticais do Brasil, com
1.000 m², 27 m de altura e 80
mil plantas de 42 espécies. Ele é
parte do projeto de implantação
de jardins verticais em 20 prédios da região do Minhocão, no
centro de São Paulo
•Uma equipe de médicos do
Centro de Cardiologia realizou
o primeiro procedimento no
Brasil de implante de válvula
aórtica de colocação rápida do
tipo valve-in-valve por meio de
incisão cirúrgica, com plástica
de válvula mitral realizada concomitantemente. Essa técnica
representa um novo avanço na
cirurgia cardíaca e oferece potencialmente maior rapidez e
segurança, com taxas mais baixas de morbidade e mortalidade
•Em parceria com a consultoria
de negócios e tecnologia eve-
•O aplicativo Portal do Paciente, desenvolvido pela equipe de
tecnologia da informação, venceu o Prêmio Oi Tela Viva Móvel na categoria saúde e bem-estar e foi um dos vencedores
do XV Prêmio ABT, concedido pelo Instituto Brasileiro de
Marketing de Relacionamento
(IBMR), no grupo de inovação
em produtos e processos
•Reportagem publicada na revista Você S/A em março/15
destacou as práticas de economia e bom uso da água pelo
Hospital Sírio-Libanês
7
Relatório de Sustentabilidade 2015
•IEP ganhou o primeiro lugar
na categoria Aplicação Social
do Polycom Customer Success
Award (CSA), por uso da tecnologia de vídeo Polycom RealPresence nos programas de
formação de profissionais da
saúde no Brasil
•Hospital Sírio-Libanês patrocinou a HSM Expomanagement
2015, um dos maiores eventos
de gestão da América Latina, e
ofereceu atividades e palestras
com discussões nas áreas de
gestão, ética e inovação
•Ambulatório de Filantropia completou dez anos de atendimento
a pacientes com câncer de mama
encaminhados pelo SUS e inaugurou uma nova unidade, dedicada à ultrassonografia
•Inauguração do Centro de Capacitação Multiprofissional, espaço
voltado para o aperfeiçoamento
e atualização das equipes que
atuam no cuidado ao paciente
•Participação na 22ª edição da
Hospitalar, maior evento do setor nas Américas, no qual a instituição apresentou programas
de consultoria em projetos de
saúde, gestão assistencial e de
pessoas, além de projetos nas
áreas de ensino e pesquisa
•Participação no MEDINFO 2015,
principal evento mundial de informática em saúde promovido
pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, que reuniu
mais de mil participantes de 67
países
•Destaque no Guia Exame de
Sustentabilidade no segmento
de serviços de saúde pelo segundo ano consecutivo
•Pelo segundo ano consecutivo,
o hospital foi eleito a marca de
maior prestígio na área da saúde em levantamento divulgado
pela revista Época Negócios
•A instituição foi selecionada pelo
grupo editorial IT Mídia como
uma das integrantes do ranking
As 100+ inovadoras no uso de TI
•Selo de Responsabilidade Social Fundação Settaport reconheceu os esforços da organização voltados à preservação do
meio ambiente e à melhoria da
qualidade de vida da sociedade
8
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Linha do tempo
O Hospital Sírio-Libanês completou, em
2015, 94 anos de contribuições para o
desenvolvimento da saúde no Brasil
1931
Início da construção do primeiro
prédio, atual bloco A, no bairro da
Bela Vista, região central de São
Paulo
1921
Adma Jafet funda a
Sociedade Beneficente
de Senhoras
1943
Ocupação do prédio pela Escola
Preparatória de Cadetes; a abertura do hospital é temporariamente adiada
1959
Devolução do prédio à Sociedade
Beneficente de Senhoras
1961
A primeira cirurgia é realizada
com sucesso (uma gastrectomia
conduzida pelo Dr. Daher Elias
Cutait)
9
Relatório de Sustentabilidade 2015
1965
Inauguração oficial, em 15 de
agosto, sob direção clínica do Dr.
Daher Cutait, tendo Violeta Jafet
na presidência da Sociedade Beneficente de Senhoras
1970
Inauguração do bloco B
1971
Instalação da primeira Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) do Brasil e inauguração do Serviço de
Radioterapia, com o primeiro acelerador linear de fótons e elétrons
da América Latina
1980
Nasce o Serviço de Voluntários,
que contribui para o trabalho de
humanização do atendimento
1992
Inauguração do bloco C, com 40
mil m², 20 andares e áreas de internação, centro de diagnósticos,
heliponto, restaurante e outras
instalações
1993
Conquista do título de hospital
escola, concedido pelos ministérios da Educação e da Cultura;
tem início o programa de residência médica
1995
1978
Fundação do Centro
de Estudos e Pesquisa
(CEPE), com o propósito
de incorporar pesquisas
à rotina hospitalar
Fundação da Unidade de Transplante de Órgãos e Tecidos, especializada em cirurgias de rim,
fígado, medula, córnea e coração
1997
Parcerias internacionais de cooperação científica são firmadas com
a Harvard Medical International e o
Memorial Sloan-Kettering Cancer
Center, ambos dos Estados Unidos
1998
Criação do Centro de Oncologia
1999
Construção do primeiro programa de telemedicina do Brasil
2000
Realizada a primeira telecirurgia
guiada por robô do Hemisfério
Sul: um paciente no Sírio-Libanês
foi operado em um procedimento
realizado em conjunto pelos Drs.
Anuar Ibrahim Mitre e Louis Kavoussi, de Baltimore, nos Estados
Unidos
2003
O hospital foi o primeiro da América Latina a implantar os exames
PET/CT (tomografia por emissão
de pósitrons); inauguração do
prédio do Instituto de Ensino e
Pesquisa (IEP), no lugar do antigo CEPE; celebração de convênio
com a Prefeitura de São Paulo
para atendimento de pacientes
do SUS e apoio à manutenção
predial e de informática de Unidades Básicas de Saúde (UBS) do
distrito da Sé, centro de SP
10
2004
Lançamento do programa de medicina preventiva; implantação
dos centros de check-up e reabilitação e do núcleo de mastologia
2005
Certificação do IEP pelo Ministério da Educação: o instituto
tornou-se apto a oferecer cursos
de pós-graduação na área da saúde; primeiro tomógrafo 64C para
diagnósticos cardíacos é instalado no Brasil
2007
Certificação pela Joint Commission International (JCI), principal
selo internacional de qualidade
para serviços de saúde
2008
Realizada a primeira cirurgia com
o robô da Vinci S; criação do Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social, reconhecido
como organização social para
gerir serviços públicos de saúde;
assinado termo de ajuste com o
Ministério da Saúde para implantação dos novos projetos de filantropia focados no Programa de
Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi/SUS)
2009
Reformulação da marca Sírio-Libanês, com o objetivo de sintetizar os valores da instituição;
ampliação do Pronto Atendimento; começam as obras das novas
torres no complexo hospitalar da
Bela Vista
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
2010
Inauguração da Unidade Itaim,
em São Paulo; abertura do Banco
de Sangue de Cordão Umbilical e
Placentário, que traz esperança
de cura a pacientes com vários
tipos de doenças hematológicas
2011
Inauguração da Unidade Brasília
– Asa Sul, a primeira fora de São
Paulo e especializada em oncologia, e da Unidade Jardins, em São
Paulo
2012
Abertura da Unidade Avançada
de Insuficiência Cardíaca (UAIC),
que integra a estrutura do Centro
de Cardiologia e atende pacientes do hospital e do SUS
2013
Inauguração do Serviço de Radioterapia na Unidade Brasília – Asa
Sul, com assistência ainda mais
completa ao paciente oncológico
2014
Abertura da Unidade Brasília –
Lago Sul, a segunda na capital
federal e também especializada
em oncologia; o hospital passa a
abrigar o primeiro Centro Internacional de Referência em Imagem
Cardiovascular da Siemens nas
Américas
2015
Em 23 de abril, o hospital inaugura as duas novas torres na Bela
Vista, que seguem padrões de
construção sustentável
11
Relatório de Sustentabilidade 2015
Apresentação
Pelo sétimo ano, o Hospital SírioLibanês traz seu desempenho, apresenta
informações estratégicas e resultados,
buscando transparência junto aos seus
públicos e práticas mais sustentáveis
O sétimo Relatório de Sustentabilidade da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital
Sírio-Libanês foi elaborado para
prestar contas de seu desempenho em 2015. A partir dos pilares
de atuação – assistência à saúde,
ensino, pesquisa e responsabilidade social –, aponta os temas
prioritários que perpassam suas
atividades e impactam a instituição tanto dentro como fora. (veja
quadro na próxima página).
Os temas permanecem os mesmos definidos na última revisão
em 20141, para garantir a continuidade e a consistência do trabalho
desenvolvido até o momento.
Em 2016, haverá uma revisão dos
principais temas relacionados ao
hospital.
1 A priorização de temas ocorreu a partir dos resultados de um painel realizado em 2014, que contou
com a participação de membros da comunidade do
entorno e fornecedores, das respostas ao questionário on-line enviado para gestores, corpo clínico, colaboradores, terceiros e pacientes e de entrevistas com
especialistas.
Com o objetivo de deixar mais
claras as informações, este Relatório de Sustentabilidade traz, ao
longo dos capítulos, ícones para
cada um dos 13 temas materiais
(veja no quadro abaixo a lista
completa de temas e seus ícones
correspondentes). Dessa forma,
será possível compreender como
a instituição atua e gerencia seus
impactos de forma integrada.
Este documento segue as diretrizes da Global Reporting Initiative
(GRI), versão G4, principal referência mundial na metodologia de
relatos de sustentabilidade. Mais
detalhes podem ser obtidos no
capítulo Sobre o relatório, no qual
estão publicados todos os indicadores reportados pela Sociedade
Beneficente de Senhoras Hospital
Sírio-Libanês.
(G4-18, G4-24, G4-25)
12
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
(G4-19, G4-20, G4-21, G4-27)
Foco nos pacientes
Tema material
Públicos impactados (D e F*)
Segurança
e qualidade
dos serviços
prestados
Colaboradores, médicos,
pacientes (D), doadores/
investidores (F)
Transparência
no processo
de cuidar –
empoderamento
do paciente
Colaboradores, médicos,
pacientes (D), doadores/
investidores (F)
Aspecto e indicador
Saúde e segurança do
paciente: G4-PR1, G4-PR2
Rotulagem de produtos e
serviços: GR-PR5
Saúde e segurança do
paciente: G4-PR1
Rotulagem de produtos e
serviços: GR-PR5
No relatório
Pg. 24, 25,
32, 33, 59
Pg. 24, 25,
32, 33, 59
Energia: G4-EN3, G4-EN4,
G4-EN5, G4-EN6
Foco ambiental
Manutenção
e ampliação
das instalações
sustentáveis
Associados (D), doadores/
investidores, fornecedores (F)
Água: G4-EN8, G4-EN9,
G4-EN10
Emissões: G4-EN15, G4EN16, G4-EN18
Pg. 73, 74,
75
Efluentes e resíduos: G4EN22
Gestão de
resíduos
hospitalares
Associados (D), doadores/
investidores, associados,
fornecedores (F)
Uso responsável
da água, eficiência
Associados (D), doadores/
energética e
investidores, fornecedores (F)
geração de
energia limpa
*Dentro (D) e Fora (F) da instituição
Efluentes e resíduos: G4EN23, G4-EN25
Pg. 72
Energia: G4-EN3, G4-EN4,
G4-EN5, G4-EN6
Água: G4-EN8, G4-EN9,
G4-EN10
Emissões: G4-EN15, G4EN16, G4-EN18
Pg. 73, 74,
75
13
Relatório de Sustentabilidade 2015
Foco na sociedade
Foco na governança
Foco nos colaboradores e corpo clínico
Tema material
Públicos impactados (D e F*)
Aspecto e indicador
No relatório
Retenção de
colaboradores,
redução da
rotatividade,
clima e plano de
carreira
Colaboradores, médicos e
pacientes (D)
Emprego: G4-LA1, G4-LA2,
G4-LA3
Pg. 61, 62,
64
Saúde e
segurança dos
colaboradores
Colaboradores, médicos e
pacientes (D)
Saúde e segurança no
trabalho: G4-LA5, G4-LA6,
G4-LA7
Pg. 67
Desenvolvimento
profissional
de médicos e
colaboradores
Colaboradores, médicos e
pacientes (D)
Treinamento e educação:
G4-LA9, G4-LA10, G4-LA11
Pg. 65, 66
Transparência
na prestação de
contas e combate
à corrupção
Associados (D), doadores/
investidores, fornecedores e
governo (F)
Desempenho econômico:
G4-EC4
Pg. 72
Saúde financeira
do negócio
Doadores/investidores,
fornecedores e governo (F)
Desempenho econômico:
G4-EC1
Pg. 78
Combate a todas
as formas de
discriminação
Colaboradores (D),
comunidade do entorno e
sociedade (F)
Direitos humanos: G4-HR2,
G4-HR3
Pg. 59
Projetos e
iniciativas
próprias para
assistência às
comunidades
do entorno
Comunidade do entorno,
sociedade (F)
Direitos humanos: G4-SO2
Pg. 86
Atuação na
formação de
profissionais da
saúde, pesquisas
e parceria para a
melhoria do SUS
Comunidade do entorno,
sociedade (F)
Impactos econômicos
indiretos: G4-EC7, G4-EC8
Pg. 37
14
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
O Hospital
Sírio-Libanês
Centro de referência internacional em
saúde, a instituição oferece 451 leitos e
atende, anualmente, milhares de pacientes
em São Paulo e Brasília (GR-4, G4-56)
Sediado em São Paulo, o Hospital Sírio-Libanês é um centro de
referência internacional em saúde e com uma longa trajetória de
assistência ao paciente, atuação
em projetos voltados à sociedade
brasileira e inovação em ensino e
pesquisa. Oferece programas de
medicina preventiva, atendimento
médico de urgência e emergência,
internações terapêuticas de alta
complexidade e serviços de reabilitação, entre outros. (G4-3)
A mantenedora, Sociedade Beneficente de Senhoras, é uma instituição sem fins lucrativos criada
por um grupo de mulheres das
comunidades síria e libanesa em
1921. O hospital foi inaugurado
oficialmente em 1965, sobre as
bases da humanização do atendimento, do pioneirismo e da excelência, essência mantida até hoje
na atuação da instituição. (G4-7)
Três unidades em São Paulo e
duas em Brasília fazem parte da
rede assistencial, que anualmente
atende milhares de pacientes. A
estrutura possui 451 leitos, número que aumentou após a ocupação das novas torres. (G4-13)
Além da qualidade no atendimento, certificada por selos nacionais
e internacionais, esforços de responsabilidade social e pioneirismo
em ensino e pesquisa contribuem
para que cada vez mais brasileiros
tenham melhor qualidade de vida.
Isso acontece devido à cooperação estabelecida entre o Hospital
Sírio-Libanês e o Sistema Único
de Saúde (SUS), por meio da realização de projetos filantrópicos
que disseminam conhecimento
em saúde. Os programas de formação capacitaram, em 2015, 16
mil profissionais do SUS.
Executor fundamental de parte
desses projetos, o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa
(IEP) registrou no Portal de Ensino, no qual concentra grande
parte de suas atividades, 97 mil
alunos e professores. O aprimoramento de médicos, profissionais
da saúde e gestores – todos multiplicadores de boas práticas de
assistência – impacta a expansão
do conhecimento e do cuidado
humanizado e seguro ao paciente.
Nosso propósito
cuidar da saúde de cada
um, da sociedade e do
planeta
COMPROMISSO
Conhecer para cuidar
Relatório de Sustentabilidade 2015
15
16
Missão
A Sociedade Beneficente de Senhoras
Hospital Sírio-Libanês é uma instituição
filantrópica brasileira que desenvolve
ações integradas de assistência
social, saúde, ensino e pesquisa.
Visão
Ser reconhecida internacionalmente
pela excelência, pela liderança e
pelo pioneirismo em assistência à
saúde e na geração de conhecimento,
com responsabilidade social,
ambiental e autossustentabilidade,
atraindo e retendo talentos.
Valores
• Calor humano
• Excelência
• Pioneirismo
• Conhecimento
• Filantropia
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
451
leitos operacionais
(79 deles abertos em 2014
e 2015)
R$ 108
milhões
destinados a projetos de
responsabilidade social
em 2015
17
Relatório de Sustentabilidade 2015
Raio-x da estrutura (G4-9, G4-10)
5.975
colaboradores
4.100
médicos no corpo
clínico (contratados em
regime CLT, terceiros e
credenciados para atuar
na instituição)
Mais de
60
especialidades atendidas
155
5
UNIDADES, SENDO três em
São Paulo (Bela Vista,
Itaim e Jardins) e duas em
Brasília (Asa Sul
e Lago Sul)
mil m²
de área construída no
Complexo da Bela Vista
Unidades e atuação (G4-6, G4-8)
Bela Vista,
São Paulo
Unidades de internação
Pronto Atendimento
Centro de Diagnósticos
Centro Cirúrgico
Banco de Sangue
Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário
Laboratório de Anatomia Patológica
Hospital-dia
Centros de especialidades
Núcleos de Medicina Avançada
Ensino e Pesquisa
Responsabilidade social
Itaim,
São Paulo
Centro de Diagnósticos
Oncologia clínica
Centro de Reprodução Humana
Centro Cirúrgico/Hospital-dia
Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up
Jardins,
São Paulo
Centro de Diagnósticos
Serviço de aconselhamento genético
Centro Integrado da Saúde Óssea
Consultas ambulatoriais
Asa Sul,
Brasília
Consultas ambulatoriais em oncologia
Quimioterapia
Radioterapia
Lago Sul,
Brasília
Consultas ambulatoriais em oncologia
Quimioterapia
18
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Valor
compartilhado
a
a
m
is
m
ação de valo
rp
ar
s
mp
ad
ed
ro
ci
e
Além dos projetos de caráter formativo desenvolvidos pelo IEP,
outras iniciativas de grande valor
para a sociedade incluem o apri-
so
co
er
ag
o
Para melhorar continuamente a
assistência, incorporamos novas
tecnologias. Além disso, promovemos o acesso à medicina de
ponta para um número cada vez
maior de pessoas por meio do
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP). Esse centro gerador e disseminador do
conhecimento em saúde realiza
programas de residência, pós-graduações lato e stricto sensu,
cursos, congressos e projetos de
pesquisa. Parte dessas atividades
é direcionada a profissionais do
Sistema Único de Saúde (SUS), o
que traz resultados positivos para
a organização e para a rede pública de saúde do Brasil.
moramento dos mecanismos de
gestão de unidades públicas de
saúde (trabalho executado pelo
Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social desde 2008) e
a melhoria da qualidade de vida
da comunidade do bairro da Bela
Vista (com ações em áreas como
saúde, bem-estar, geração de renda e aprimoramento profissional.
(G4-26).
Co
Assistência à saúde, ensino, pesquisa e responsabilidade social.
Na união desses pilares está o
foco de nossa essência: cuidar.
Cuidamos de nossos pacientes
por meio de um serviço prestado por profissionais de diferentes
disciplinas do conhecimento, de
forma integrada, e cujo aperfeiçoamento das práticas é constante.
Isso traz maior qualidade e segurança, diminui a probabilidade
de erros e contribui efetivamente
para o bem-estar dos pacientes.
Ensino e
pesquisa
Assistência
CUIDAR
Reponsabilidade
social
19
Relatório de Sustentabilidade 2015
Mapa de resultados 2015
(G4-26)
Resultados do Instituto
Sírio-Libanês de Ensino
e Pesquisa (IEP)
•24 mil participantes nas atividades oferecidas
•1.700 participantes nas atividades do programa Abrace seu
Bairro
•16 residências em áreas da saúde, abrangendo 270 residentes
Indicadores sociais
•Na Ouvidoria, foram registradas 9.959 reclamações e 9.825
elogios
•150 artigos científicos publicados em periódicos científicos
nacionais e internacionais
•O índice de recomendação do
hospital atingiu 86 pontos, contra 87 de 2014
•97 mil alunos e docentes cadastrados no portal de ensino do IEP
•3.763 colaboradoras atuam na
organização, sendo que 70%
dos cargos de chefia são ocupados por mulheres, percentual
que se mantém desde 2014
•105 mil posts nos fóruns de discussões on-line
Resultados de
responsabilidade social
•29 mil exames realizados pelo
Ambulatório de Filantropia
•270 voluntários nas unidades
Bela Vista, Itaim e Brasília (Asa
Sul e Lago Sul) e no Hospital
Municipal Infantil Menino Jesus
•5.562 atendimentos no Ambulatório de Especialidades em Pediatria
•R$ 5 milhões foram investidos
em treinamentos, mesmo valor
destinado em 2014
•197 mil horas de treinamento
para os colaboradores foram
ministradas nas unidades
•276 bolsas de estudo foram
concedidas a colaboradores
para capacitação profissional
(GR-57)
Indicadores ambientais
Indicador
2014
2015
Resíduos gerados por dia
8,6 t
9,4 t
Resíduos reciclados
276 t
341 t
CO2 emitido
11.169 t
9.546 t
Consumo de água (Sabesp e Caesb*,
poço artesiano e caminhão-pipa)
292 mil m³
251 mil m³
Consumo de gás natural
297 mil m³
299 mil m³
Energia comprada (AES, em São
Paulo / CEB, em Brasília)
35 milhões de kWh
37 milhões de kWh
Consumo de óleo diesel
22 mil litros
307 mil litros
*Em São Paulo e Brasília, respectivamente.
20
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Governança
e gestão
(G4-26, G4-34)
Em 2015, o diálogo, a transparência e as boas práticas de gestão seguem como prioridade da
governança, para garantir que
as decisões sejam tomadas de
acordo com a missão, a visão e os
valores da organização. A maturidade da governança foi fundamental. A instituição lançou mão
de instrumentos como o Integra
(planejamento estratégico construído a partir da metodologia
Balanced Scorecard - BSC), a
execução do orçamento e a comunicação corporativa para gerar
um bom resultado e uma gestão
de riscos eficiente.
Diante da situação econômica
do Brasil, foi necessário revisitar
as ações programadas. Assim, a
instituição reavaliou os cenários,
redefiniu seu posicionamento e
atualizou a estratégia para os próximos dois anos.
Outra mudança importante deu-se na Diretoria de Senhoras, cuja
nova gestão 2015-2018 trouxe
uma diretriz de acompanhamento das prioridades estratégicas.
Dentro dessa visão, foram criados três novos grupos, com as
seguintes finalidades:
•Comitê de Auditoria: melhorar
a mitigação de riscos e cumprir
regras de compliance
•Comitê de Produtividade: gerar
maior eficiência em todas as atividades e processos da instituição
•Comitê de Estratégia e Finanças: garantir maior equilíbrio
econômico.
Diretorias, Conselhos
e Comissões
A instituição conta com um quadro social constituído por associados que assumem funções
distintas na composição de seu
corpo de governança. São órgãos
diretivos (com integrantes que
exercem suas funções de forma
não remunerada): Conselho Deliberativo, Diretoria de Senhoras,
Conselho de Administração e
Conselho Fiscal. Por meio deles,
a governança corporativa busca
garantir a qualidade, segurança e
eficiência dos processos assistenciais e administrativos.
O órgão mais importante é o
Conselho Deliberativo, eleito pe-
las associadas e composto por
mulheres. Esse conselho escolhe
16 de suas representantes para a
constituição da Diretoria de Senhoras, órgão responsável por indicar a formação do Conselho de
Administração.
Com 12 membros, o Conselho
de Administração é o órgão executivo máximo da governança e
possui quatro integrantes da Diretoria de Senhoras, quatro empresários com experiência em administração empresarial e/ou gestão
hospitalar e quatro médicos do
corpo clínico do hospital. Trata-se de uma formação com o equilíbrio necessário para a tomada
de decisões. É esse conselho que
indica o nome do Diretor Geral,
que decide sobre a composição
da estrutura gerencial, a chamada
alta administração. (GR-7)
21
Relatório de Sustentabilidade 2015
Estrutura de governança
Conselho Deliberativo
Diretoria de Senhoras
Conselho Fiscal
Conselho de
Administração
Superintendência
Corporativa
Superintendência
de Estratégia Corporativa
Conselho de Ensino
e Pesquisa do IEP
Diretoria Clínica
Comitê de Ética
em Pesquisa
Gerência de Oncologia
e Unidade Itaim
Comissão Assessora
da Diretoria Clínica
Gerência da ​Unidade
Jardins
Gerência de
Estratégia
Comissão de
Ética Médica
Gerência da Unidade
Brasília
Gerência de Marketing
e Comunicação
Corporativa
Comissão de
Credenciamento
Ouvidoria (antigo SAC)
Gerência de Relações
Institucionais
​Superintendência
de Engenharia
e Obras
Superintendência
de Gestão​de Pessoas
e Qualidade
Superintendência
de Pesquisa
Superintendência
de Filantropia
Superintendência ​
Comercial
Superintendência
de Logística
Superintendência
de Controladoria
e Finanças
Superintendência
de Ensino
Superintendência
de Atendimento
e Operações
Superintendência
de Novos Negócios
e Farmácia
Superintendência
Técnica-Hospitalar
Assessoria
Superintendência
de Pacientes
Internados
Comissões
Superintendência
de Tecnologia
da Informação
22
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Estratégia
O planejamento estratégico, chamado Integra, existe desde 2013
e, semestralmente, é reavaliado
pelo Fórum de Inteligência Estratégica (membros do Comitê Executivo, Diretoria de Senhoras e
Conselho de Administração, além
de convidados, como colaboradores e stakeholders externos).
O modelo de gestão estratégica
reúne as iniciativas que precisam
ser desenvolvidas para a instituição crescer com qualidade e
garantir o seu desenvolvimento
sustentável. Os principais desafios podem ser compreendidos
por meio do mapa estratégico, da
base para o topo (veja na página
23). São quatro perspectivas: pessoas, processos internos, mercado
e sustentabilidade. Para cada um,
temas são definidos e geridos com
indicadores específicos, que permitem uma avaliação sistemática
do estágio de desenvolvimento.
Outro importante norteador dos
processos, atividades e serviços do Hospital Sírio-Libanês é
a Política de Saúde, Segurança
e Meio ambiente, comunicada e
aplicada em todas as unidades.
Ela busca:
•Contribuir para a saúde e a qualidade de vida das pessoas;
•Preservar o meio ambiente e
prevenir a poluição;
•Prevenir lesões e doenças dos
colaboradores;
•Contribuir para o desenvolvimento sustentável e compartilhar conhecimento, influenciando parceiros, fornecedores e
comunidade a boas práticas em
saúde, segurança e meio ambiente;
•Atender a legislação aplicável,
bem como o código de conduta
institucional e outros requisitos
subscritos pela organização;
•Comprometer-se com a melhoria contínua do sistema de gestão.
composição da Diretoria
de Senhoras
Formada por 16 integrantes, a diretoria aplica os conceitos e os valores em que a sociedade acredita, fazendo com que eles estejam
presentes no dia a dia da instituição. As diretoras também participam das discussões de planejamento estratégico, de orçamento
e de definições dos regimentos
internos, entre outras atividades.
23
Relatório de Sustentabilidade 2015
Sustentabilidade
Assegurar a perenidade e a
responsabilidade social da
instituição
Racionalizar custos
Aumentar as receitas
Mercado
Valores
Fortalecer a marca como
referência nos modelos de
responsabilidade social,
assistência, ensino e pesquisa
• Calor humano
• Excelência
• Pioneirismo
Aumentar a base de clientes
• Conhecimento
• Filantropia
Processos internos
Excelência
Crescimento
capacidade
Garantir qualidade, segurança
e eficiência dos processos
assistenciais e administrativos
Inovar em
processos e
tecnologias
escala
Expandir
a operação
e ser efetivo
na geração de
novos negócios
Fortalecer o relacionamento
com operadoras, clientes
corporativos e pacientes
particulares
Pilares
Minimizar o impacto da
operação no meio ambiente
Ser relevante no
aprimoramento do SUS
Gerar conhecimento e
desenvolver profissionais na
área da saúde
Pessoas
Aprimorar a aliança
com o corpo clínico
Desenvolver pessoas
Atrair e reter talentos
24
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Gestão da
qualidade
(G4-14, PR1, PR2)
A cada ano, o Hospital Sírio-Libanês busca elevar o patamar
de qualidade de seus serviços e
atividades, sejam assistenciais,
administrativos ou de apoio. Os
padrões e processos de qualidade buscam o controle, o monitoramento e a melhoria contínua do
cuidado prestado. Para isso, algumas ações são realizadas pela
área de Qualidade, como auditorias internas de viés educativo.
Os objetivos dessa gestão da
qualidade incluem:
•Monitorar riscos à segurança
dos pacientes, familiares e colaboradores
•Implantar práticas de melhoria
contínua
•Avaliar a eficácia das melhorias
obtidas por meio de evidências
objetivas, como indicadores e
auditorias in loco
•Assegurar o mapeamento, modelagem e gestão dos processos
assistenciais e administrativos
baseados nas melhores práticas
•Disseminar a cultura do aprimoramento, da melhoria contí-
nua e do aprendizado organizacional.
Sistema de gestão da qualidade
Em 2015, a gestão da qualidade
do Hospital Sírio-Libanês avançou no envolvimento das equipes
assistenciais. O quadro Gestão à
Vista, que permite acompanhar
indicadores diários, semanais e
mensais relacionados à qualidade
e metas da assistência prestada, é
afixado nas unidades e foi revisto
de forma que as informações pudessem ser melhor visualizadas e
compreendidas. Para potencializar
os resultados, o Comitê Executivo
passou a realizar periodicamente
uma visita às unidades. O objetivo é promover a interação entre
os superintendentes e as equipes,
gerando diálogo sobre indicadores e importantes decisões rumo
à melhor qualidade na assistência.
Em 2015, ampliamos o escopo de
monitoramento desses padrões
de qualidade e segurança por
conta da Acreditação Canadense,
do Canadian Council on Health
Services Accreditation, que nos
trouxe outras metas e indicadores. Os atuais padrões e seus respectivos objetivos são (G4-15):
1. Cultura de segurança
Criar uma cultura de segurança na
instituição
2. Identificação do paciente
Identificar o paciente corretamente
3. Comunicação efetiva
Aperfeiçoar a eficácia e a coordenação da comunicação entre os
colaboradores
4. Segurança de medicamentos
Garantir a segurança no uso de
medicamentos
5. Cirurgia segura
Instituir processos que assegurem
a realização das cirurgias e procedimentos invasivos corretos, nos
pacientes e locais também corretos
6. Prevenção e controle
de infecções
Reduzir o risco de infecções associadas ao cuidado
7. Ambiente de trabalho
Criar um ambiente físico que contribua para a prestação segura
dos serviços
8. Avaliação de risco
Identificar riscos à segurança inerentes à população assistida.
25
Relatório de Sustentabilidade 2015
Sistema de gestão
da qualidade
Melho
ria contínua
Indicadores
Infraestrutura
Educação
Estratégia
Padrões de
qualidade
(certificações)
Cliente/
paciente
Gestão de
processos
Planos de ação
e projetos
Responsabilidade
da gestão
Gestão de
recursos
Prestação
de serviços
Entrada
Medição e
análise crítica
Padronização
dos formulários
Cliente/
paciente
Saída
Melhoria
Satisfação
percebida
Expectativas
e requisitos
Comunicação/
campanhas
Excelência
Auditorias
Melho
Segurança
institucional
Documentação
institucional
ria contínua
Transparência em
gestão da qualidade
Metas internacionais de
segurança do paciente
Para consolidar o compromisso
com a qualidade e a segurança,
o envolvimento do paciente e a
transparência dos resultados, o
hospital publica, em seu site, os
indicadores de monitoramento do
cumprimento de metas relacionadas a padrões internacionais, após
as informações serem auditadas
por uma consultoria externa. A
atualização dos dados acontece a
cada três meses, após reunião de
análise e discussão dos resultados
com as equipes responsáveis pelos
indicadores. (G4-26, G4-PR2)
A Joint Commission International
(JCI), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estabeleceu seis metas internacionais
de segurança do paciente, com o
objetivo de promover melhorias específicas em situações da assistência consideradas de maior risco.
São adotadas por instituições de
todo o mundo, como forma de oferecer um atendimento cada vez melhor.
O Hospital Sírio-Libanês monitora indicadores relacionados a elas. Os resultados alcançados estão a seguir:
26
1. Identificação correta
do paciente
A identificação correta do paciente é muito importante para a
segurança da assistência à saúde.
Essa ação representa o ponto de
partida para a correta execução
das diversas etapas de segurança. O processo deve ser capaz
de identificar corretamente o indivíduo como a pessoa à qual se
destina o serviço (medicamentos,
sangue ou hemoderivados, exames, cirurgias e tratamentos).
Ações realizadas
O processo de identificação do paciente inclui duas informações distintas: nome completo e número
de prontuário/atendimento, inseridos no formato de código de barras, que é utilizado pelo profissional para identificação do paciente
antes de cada ação assistencial.
Resultados
A instituição monitora o indicador
de tripla checagem, que consiste na verificação, por leitura eletrônica, do medicamento correto
conforme a prescrição médica, do
paciente correto conforme a identificação e da identificação do profissional que realiza o cuidado.
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
1. Taxa de realização da tripla checagem no processo
de administração de medicamentos no Hospital SírioLibanês em comparação com a meta da instituição
90%
89%
90%
89%
90%
90%
Quanto
maior,
melhor
trimestre
4º
1º
2014
Nossos resultados 2º
3º
4º
2015
Nossa meta
2. Comunicação efetiva
A segurança da assistência depende de uma comunicação entre profissionais e áreas que seja
oportuna, precisa, completa, sem
ambiguidade e compreendida por
todos. Essa efetividade da comunicação nas instituições de saúde
reduz a ocorrência de erros e resulta na melhoria da segurança
do paciente.
Ações realizadas
A comunicação é um processo-chave nas trocas de plantão entre
equipes, nas transferências do paciente entre unidades internas ou
externas, nas situações de emergências e em todos os registros do
prontuário do paciente. A rotina
da instituição inclui um momento
de integração, chamado Pit-stop,
durante o qual os profissionais das
diferentes equipes discutem ações
assistenciais e operacionais, visando melhorias para o cuidado e a
segurança do paciente.
Além disso, as informações do
paciente são registradas no prontuário, que é um documento legal
e contém todas as informações
do processo assistencial, desde
a admissão até a alta. Seu preenchimento é realizado por todos
os profissionais envolvidos no
cuidado.
A instituição realiza ações de incentivo ao preenchimento adequado dos documentos contidos no prontuário. Essa adesão é
avaliada de forma periódica por
um grupo formalmente nomeado
para a atividade, a Comissão de
Prontuários.
3. Uso seguro de medicamentos
O programa da instituição busca
evitar falhas na administração de
medicamentos, por meio da verificação de segurança relacionada a cinco itens: paciente, droga,
dose, via e horário.
Ações realizadas
O processo de uso de medicamentos na instituição é eletrônico. Barreiras foram desenvolvidas com o
objetivo de assegurar a qualidade
do processo desde a prescrição
até a administração. A identificação do paciente – feita por pulseira
com código de barras – é primordial. Além disso, ele é orientado a
entregar à equipe de enfermagem
os medicamentos que eventualmente trouxer consigo.
Resultados
A instituição monitora o indicador de falha no processo de medicação. A meta foi fixada em 2,0
para cada 1.000 pacientes-dia,
considerando-se o tempo de internação do paciente como determinante do risco.
27
Relatório de Sustentabilidade 2015
3. Densidade de falhas no processo
de medicação no Hospital
Sírio-Libanês em comparação
com a meta da instituição
1,83
2,48
1,59
1,73
2,36
4. Taxa de pacientes com demarcação da lateralidade feita
antes do encaminhamento ao centro cirúrgico no Hospital SírioLibanês, em comparação com a meta do Programa Melhores
Práticas da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP)
100%
100%
96,8%
100%
100%
100% 100%
2
Quanto
menor,
melhor
trimestre
Quanto
maior,
melhor
4º
1º
2014
2º
3º
4º
2015
trimestre
4º
1º
2014
Nossos resultados 2º
3º
4º
2015
Nossa meta
Nossos resultados Nossa meta
Programa Melhores Práticas – ANAHP
4. Cirurgia segura
Esse conceito envolve medidas
adotadas para redução do risco de
eventos adversos (incidentes que
resultam em dano ao paciente) que
podem acontecer antes, durante e
depois das cirurgias. A verificação
de itens essenciais do processo cirúrgico busca garantir que a assistência
seja realizado conforme o planejado:
paciente, procedimento, lateralidade
(lado a ser operado), posicionamento e equipamentos corretos.
Ações realizadas
A instituição utiliza esse modelo e
trabalha com protocolos bem definidos, que contam com o envolvimento de toda a equipe multiprofissional.
Resultados
O processo é monitorado por meio
do indicador de demarcação de lateralidade, uma prática internacional
destinada a cirurgias e outros procedimentos invasivos em que há necessidade da escolha de um lado – por
exemplo, braço direito ou esquerdo.
5. Prevenção do risco
de infecções
​​​​Infecção relacionada à assistência
à saúde (IRAS) é aquela adquirida em função dos procedimentos necessários à monitorização
e ao tratamento de pacientes em
hospitais, ambulatórios, centros
diagnósticos ou mesmo em assistência domiciliar (home care). O
diagnóstico das IRAS é feito com
base em critérios definidos por
agências de saúde nacionais e estrangeiras. O monitoramento das
IRAS permite que os processos
assistenciais sejam aprimorados e
que o risco dessas infecções possa ser reduzido.
Ações realizadas
A higienização das mãos é um
procedimento essencial para a
segurança do paciente. A nossa
rotina assistencial segue as recomendações da OMS, que considera a necessidade de os profisO indicador considera o número sionais da saúde higienizarem as
de pacientes que chegam ao cen- mãos em cinco momentos distintro cirúrgico com a marcação de tos, incluindo antes e depois de
qualquer contato com o paciente.
lateralidade feita corretamente.
Além disso, a instituição segue
boas práticas internacionais, promove treinamentos e atualizações
para os profissionais e utiliza produtos de qualidade.
Resultados
Entre as IRAS sistematicamente monitoradas pela instituição,
estão as de corrente sanguínea
(ICS) associada ao cateter venoso
central (CVC) – que ocorre quando bactérias ou fungos entram
no sangue por meio desse equipamento – e as que acontecem
após cirurgias, na parte do corpo
que foi operada.
No primeiro caso, considera-se
o número de episódios de infecção de corrente sanguínea (ICS)
associada ao uso de cateter venoso central (CVC) em pacientes
internados em unidades críticas.
No segundo, avalia-se o número
de episódios de infecção no local
cirúrgico após cirurgias.
28
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
5a. Densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea
associada a cateter venoso central em unidades críticas do
Hospital Sírio-Libanês, em comparação com hospitais dos EUA
1,3
1,2
0,8
1,74
0,5
1,1
1
Quanto
menor,
melhor
trimestre
4º
1º
2014
Nossos resultados 2º
3º
4º
2015
Nossa meta
Benchmark NHSN percentil 50 (2011)
6. Prevenção do risco de queda
Quedas são eventos que podem
causar lesões. Sua incidência no
ambiente hospitalar varia conforme o tipo de paciente atendido:
idosos, pessoas com distúrbios
de marcha ou equilíbrio, rebaixamento do nível de consciência e
em uso de determinados medicamentos estão mais propensos a
esses incidentes.
Ações realizadas
O programa de prevenção da instituição inclui a identificação de
pacientes com risco mais alto e a
adoção de medidas preventivas,
conforme esse risco. A avaliação
é realizada diariamente, a partir
da admissão, com base nas condições clínicas do paciente. Para
os pacientes em atendimento no
centro de diagnósticos, ambulatórios e pronto atendimento, o
risco é determinado conforme o
procedimento a ser executado.
Todos os pacientes são orientados quanto aos riscos e às medidas de prevenção contra quedas.
Além disso, o ambiente hospitalar
é projetado para diminuir o risco
das quedas relacionadas a estrutura física e mobiliário.
Resultado
A instituição monitora a densidade de incidência de queda com
dano em pacientes internados.
5b. Ocorrência de infecção no local cirúrgico
após a realização do procedimento
Tipo de cirurgia
Resultado no
2º semestre 2015
Benchmarking (NHSN*)
Prótese de quadril
4,41%
0,54%
Mastectomia
0,83%
2,26%
Herniorrafia
0
1,58%
Tireoidectomia
0
0,24%
Cirurgia de cólon
4,49%
2,4%
*NHSN: National Healthcare Safety Network
6. Densidade de incidência
de quedas que resultaram
em dano ao paciente (por
1.000 pacientes-dia)
0,77
0,47
0,48
0,5
0,32
0,52
4º
1º
2º
3º
4º
0,5
Quanto
menor,
melhor
trimestre
2014
Nossos resultados 2015
Nossa meta
Benchmark PatientCare link (2011-2012)
Massachussetts (EUA)
29
Relatório de Sustentabilidade 2015
Certificações obtidas em 2015
Commission on
Accreditation of
Rehabilitation Facilities
(CARF), que reconhece a
qualidade dos programas
de reabilitação oferecidos
pela instituição. O
Hospital Sírio-Libanês foi
o primeiro centro médico
privado brasileiro a
receber essa certificação.
ISO 14001, voltada à
área de gestão ambiental
e que comprova os
esforços da instituição
para reduzir o impacto
de sua operação no meio
ambiente, desenvolvendo
ações como o descarte
adequado de resíduos,
a reciclagem, a
compostagem e o
consumo racional de
energia elétrica.
OHSAS 18001, que atesta
o seguimento de boas
práticas referentes à
saúde e à segurança dos
colaboradores.
Selo Amigo do Idoso,
concedido pelo Governo
do Estado de São Paulo
para instituições que
desenvolvem boas
práticas e trabalhos
focados em pessoas
com 60 anos de idade
ou mais. A organização
foi a primeira a obter o
nível Pleno, o mais alto
disponível. (G4-15)
Acreditação Canadense,
do Canadian Council
on Health Services
Accreditation, que avalia
a transparência e a
segurança das práticas de
gestão e de assistência,
comparando-as a uma
média de referência
mundial. (G4-15)
A certificação pela Joint Commission International (JCI), a principal em âmbito global sobre a
segurança e a qualidade dos serviços de saúde, foi conquistada
em 2007 e renovada pela última
vez em 2014, como parte da validação feita pela entidade a cada
três anos. A próxima etapa está
prevista para 2017.
30
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
De acordo com o plano de eficiência
e produtividade, foram realizados
redesenhos operacionais que permitiram
tanto a otimização de recursos, com
economia de mais de R$ 10 milhões,
quanto a melhoria da qualidade
assistencial, ao aproximar profissionais
dos pacientes e acompanhantes
Eficiência e produtividade
Tendo o plano de produtividade
como um dos focos de trabalho
em 2015, a assistência passou por
um grande redesenho de sua operação, o que garantiu maior eficiência no desempenho das atividades.
O aumento do número de leitos e
a busca pela sustentabilidade em
todas as etapas do processo foram
fatores decisivos para a mudança.
A inauguração do bloco D e a
implantação de novos postos de
enfermagem em cada unidade
tornaram mais complexa a realização das atividades relacionadas
à assistência.
Por outro lado, os esforços conjuntos resultaram em uma valorização das atividades de atendimento, maior proximidade ao
paciente, satisfação das equipes
e redução de indicadores como
os de queda e erro, gerando eficiência e segurança.
Houve ainda mudanças na área
de Hospedagem, especificamente nas rotinas de higiene e limpeza. Estão sendo usadas máquinas
lavadoras extratoras que dependem menos da operação humana,
distanciando-se do modelo de linha de produção, e que passam a
ser mais eficientes na higiene dos
materiais hospitalares. Com as
máquinas, o processo de lavagem
foi redesenhado, e hoje é possível classificar diferentes áreas das
unidades e pacientes de acordo
com suas demandas.
Além do novo modelo de operação assistencial, foi desenvolvida
uma estratégia chamada PULL,
que teve início em 2014 e foi totalmente implantada em 2015.
Trata-se de um sistema de alocação de recursos humanos de maneira otimizada, contando com
um planejamento e controle mais
eficientes. Ele foi iniciado pelos
inputs de uma consultoria contratada, e houve um estudo de
31
Relatório de Sustentabilidade 2015
ocupação média das unidades. A
avaliação leva em consideração
três itens: ocupação, quantidade
de recursos por turno e gravidade (pacientes complexos e com
alta dependência de cuidado).
Diariamente, uma central monitora o fluxo das unidades para garantir um melhor deslocamento
de equipes e maior qualidade no
atendimento prestado. Os resultados mais expressivos são a redução quase integral dos bancos de
horas e R$ 10 milhões de economia para o hospital. Para 2016, o
projeto deverá ser estendido para
o Centro de Diagnósticos, o Laboratório e o Pronto Atendimento.
Tecnologia para o bem
Um dos diferenciais do Hospital
Sírio-Libanês está em sua área
de informática em saúde, cuja
atuação abrange desde o apoio
à gestão até aspectos técnicos
especializados, como o gerenciamento de imagens médicas.
Buscando formas de aperfeiçoar
o relacionamento com o paciente
e garantir maior segurança e qualidade na assistência oferecida a
ele, diversos projetos com base
no desenvolvimento de tecnologia foram implantados ou iniciados em 2015.
A Unidade Itaim passou a contar com o autoatendimento, em
que o paciente se identifica por
meio de seu CPF ou protocolo
de agendamento e informa se
necessita de atendimento ou se
porta todos os documentos necessários para a imediata realização do exame. A partir disso, ganha-se agilidade no atendimento
àqueles que estão com todos os
pré-requisitos para fazer os exames agendados, o que também
evita atrasos. Com o autoatendi-
mento, 85% dos pacientes passam a ser atendidos dentro das
metas estabelecidas para as diferentes filas.
O call center da instituição passou a utilizar a plataforma Avaya,
que possibilita um olhar mais
apurado sobre o processo de
atendimento das chamadas e
gera informações para melhorar a
gestão do serviço. Com essa nova
ferramenta, atingiu-se a marca de
85% das ligações atendidas em
menos de 30 segundos. Além de
um melhor atendimento, a plataforma possibilita ainda realizar
agendamento e call back (retornos automatizados). A área passa
a ter 10 novos postos de atendimento, expandindo-se para mais
um andar no prédio administrativo do complexo da Bela Vista.
Também em 2015, passou a ser
disponibilizado, gradativamente, o questionário eletrônico,
que busca facilitar e agilizar o
processo do cuidado. Chegando ao local do exame, o paciente é abordado pelo profissional
da instituição, que oferece um
tablet para que ele informe dados necessários à realização do
exame. As respostas são enviadas imediatamente para análise
do profissional de saúde que irá
cuidar do procedimento. Esses
dados são incluídos no prontuário do paciente e podem ser
acessados quando outros exames forem realizados, bastando
a simples conferência, eventual
atualização ou inclusão de informações adicionais relacionadas
a um procedimento específico.
Atualmente, o questionário eletrônico está em uso no Centro de
Diagnósticos da Unidade Itaim
e em implantação no complexo
hospitalar da Bela Vista (G4-26).
Portal Multidisciplinar
Após a contínua melhoria do Portal do Paciente, plataforma web
criada em 2008, e a implantação
do Portal do Médico e do Portal
da Oncologia em 2014, a instituição iniciou o desenvolvimento do
Portal Multidisciplinar. Em construção pela área de Tecnologia
da Informação, a ferramenta irá
proporcionar avanços tecnológicos como a inserção de dados
relacionados às atividades de enfermagem, nutrição e fisioterapia.
Por meio do uso de arquétipos
(um modelo original do qual derivam todas as demais informações
semelhantes), o portal permitirá
que todos os dados dos pacientes estejam unificados e organizados em um mesmo lugar, podendo ser utilizados de maneira
mais completa e inteligente. Além
de proporcionar melhorias no serviço prestado ao paciente, essa
tecnologia deve ser referência no
Brasil. A melhor ferramenta atualmente disponível no mercado é
estrangeira e de alto custo.
32
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Governança
clínica
(G4-26, PR1)
A governança clínica do Hospital
Sírio-Libanês é um processo desenvolvido ao longo de sua existência e de aprimoramento contínuo, que conta hoje com seis
pilares:
•Educação continuada: formação
permanente de profissionais.
•Auditoria clínica: revisão contínua do desempenho do médico,
em um processo cíclico de melhoria da qualidade. Em 2015 a
auditoria foi ampliada, abrangendo mais indicadores de monitoramento individual dos pacientes.
•Efetividade clínica: desenvolvimento de melhores práticas,
como análise de custos e benefícios de uma intervenção terapêutica.
•Pesquisa e desenvolvimento:
criação de práticas e processos
inovadores, com base em evidências científicas.
•Transparência das informações:
discussão aberta sobre temas
de saúde, inclusive a respeito
dos riscos e da segurança do
cuidado, visando o engajamento de pacientes e profissionais.
•Gerenciamento de riscos e desenvolvimento de ferramentas
de melhoria: ações que buscam aumentar a segurança do
paciente. Em 2015 houve maior
descentralização na gestão de
riscos, processo que gera uma
melhoria mais efetiva e contínua.
casos de resultados e diagnósticos de alta criticidade) contribuíram para a consolidação do
modelo e a busca pela melhoria
contínua.
Responsável também pela definição do modelo de cuidado ao
paciente, a governança clínica
estabeleceu, desde 2008, o foco
na integração do grupo multiprofissional, a integralidade e organização do cuidado e o estímulo
à participação ativa do indivíduo
e familiares no tratamento. Essa
coparticipação na gestão do cuidado é um dos pontos fortes do
modelo, inspirado em práticas da
Inglaterra.
•Criação da especialização em
segurança do paciente (200
enfermeiros formados na turma de 2014-2015, com previsão
de mais 1.200 vagas em 20152016).
Para que o modelo passe a ser
uma cultura na instituição, têm
sido desenvolvidos processos
e projetos ao longo dos últimos
sete anos, como a implementação
do quadro Plano Multidisciplinar
de Cuidado em 2014. Em 2015,
avanços tecnológicos no Portal
do Paciente e Portal do Médico
e ferramentas inovadoras como
o aviso de achados críticos (que
notifica o médico responsável em
Outras iniciativas da governança
clínica em 2015 foram:
•Incorporação de novos protocolos médicos: hipo e hiperglicemia, controle de vancomicina
nas unidades críticas, controle
de antibióticos (com apoio da
automatização da farmácia do
hospital) e controle de administração de doses.
•Realização do II Encontro sobre
Análise Crítica da Prática Médica, que promoveu discussões
voltadas à melhoria de padrões
e protocolos relacionados à efetividade clínica. Em 2015, contou
com a participação do cirurgião
italiano Marco Bobbio, especializado em doenças cardiovasculares e estatística médica.
33
Relatório de Sustentabilidade 2015
A visão do paciente sobre
o seu envolvimento no
cuidado (G4-26, DMA, PR5)
Em um novo processo iniciado
em 2015, a Gerência de Qualidade elaborou um questionário sobre a expectativa dos pacientes
a respeito do seu envolvimento
no processo do cuidado. Eles são
questionados sobre a compreensão do procedimento a que serão
submetidos no hospital e suas implicações mais amplas.
As questões apresentadas nessa
abordagem são:
•As informações sobre o seu tratamento e cuidados foram disponibilizadas em tempo adequado e de forma compreensível?
•Suas necessidades individuais
foram ouvidas e respeitadas
pela equipe?
•A equipe multiprofissional (médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, farmacêutico etc.)
mostrou-se alinhada/integrada
em relação ao seu cuidado?
•O índice de resposta em 2015
foi de 88%, um ponto percentual acima da meta estabelecida
pela instituição.
Diálogo e benchmarking
Em 2015 o Hospital Sírio-Libanês
Saúde (SBIS), no qual apreparticipou de feiras e congressentou projetos de informática
sos importantes, destacando o
aplicada à saúde e recebeu viestado da arte de pesquisas e
sitas in loco
práticas que o fazem ter o modelo de cuidado como elemento •41ª edição do CONARH, o
maior evento sobre gestão de
central de sua governança clínica. Foram eles:
pessoas da América Latina e o
segundo maior do mundo, que
•22ª edição da feira Hospitalar,
reuniu profissionais da área de
na qual apresentou ao público
todo o país
os seus programas de consultoria em projetos de saúde, de •III Congresso Internacional de
gestão assistencial e de pessoAcreditação, realizado pelo Conas, além dos projetos nas áreas
sórcio Brasileiro de Acreditação
(CBA) e pela Joint Commission
de ensino e pesquisa
International (JCI), que discutiu
metodologias para a excelência
•MEDINFO 2015, principal evento
mundial de informática em saúe segurança de todos os envolvide, promovido pela Sociedade
dos no processo assistencial.
Brasileira de Informática em
34
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Desempenho operacional
Complexo da Bela Vista
O ano de 2015 foi marcado pela
inauguração das novas torres na
unidade Bela Vista. O acréscimo
total alcançado em 2014 e 2015
foi de 79 novos leitos em relação
a 2013. O processo de ocupação de todo o potencial instalado de leitos deve ser concluído
em 2017, quando deverão estar
abertos 611 leitos.
O desempenho operacional é
um reflexo da gestão da estratégia, que associa ferramentas
e informações sobre tendências,
cenários e direcionadores que
orientam a definição de projetos
e investimentos. As novas torres
são o resultado desse processo
e responsáveis pelo aumento do
movimento de pacientes atendidos em unidades de interna-
Indicadores (Bela Vista/SP)
ção e de pacientes externos que
utilizam os serviços de apoio e
diagnóstico, pronto atendimento e outros que não necessitam
de internação. O número de pacientes atendidos em todos os
setores e serviços assistenciais
manteve-se estável ou aumentou
em relação ao ano anterior na
maioria dos casos, como mostra
a tabela a seguir.
2013
2014
2015
372
439
451
Pacientes/dia críticos
50.026
52.399
60.214
Pacientes/dia não críticos
66.255
72.809
71.485
Pacientes/dia
116.281
125.208
131.699
Saídas
18.840
20.632
23.238
Internações
18.221
20.683
23.263
Taxa de ocupação operacional
89,6%
85,6%
86,03%
6,17
5,97
5,67
2013
2014
2015
Tomografia
57.096
57.377
64.272
Ressonância magnética
36.470
40.627
51.355
Ultrassom
114.302
114.328
126.838
Radiologia geral
124.781
122.774
127.215
Endoscopia
21.030
23.770
27.608
Centro Cirúrgico
13.736
13.860
14.685
68.858
73.662
100.001
Eletrocardiograma
3.961
4.700
5.272
Holter
2.918
3.050
3.645
MAPA
1.855
1.732
2.111
609
583
575
Teste ergométrico
13.827
11.942
11.683
Ecocardiograma
22.256
24.919
25.547
Leitos operacionais
Média de permanência (dias)
Quantidade de exames/procedimentos (Bela Vista/SP)
Anatomia Patológica
Tilt test
35
Relatório de Sustentabilidade 2015
36%
a mais de atendimentos e
consultas nos centros
e núcleos em 2015, na
comparação com o ano
anterior
Centros de especialidades e
núcleos de medicina avançada
O Hospital Sírio-Libanês reúne,
nos centros de especialidades e
núcleos de medicina avançada,
profissionais de diversas áreas
do conhecimento que trabalham
de forma integrada para prevenir, diagnosticar e tratar os pacientes que procuram esses serviços especializados. Em 2015
foram registrados 5.793 atendimentos e 8.526 consultas, um
crescimento de 36% em relação
ao ano anterior.
Os centros de especialidades e
núcleos de medicina avançada
são:
•Centro de Acompanhamento
da Saúde e Check-up
•Centro de Cardiologia
•Centro de Diabetes
•Centro de Esclerose Múltipla e
Doenças Relacionadas
•Centro de Imunizações
•Centro de Nefrologia e Diálise
•Centro de Oncologia
•Centro de Otorrinolaringologia
•Centro de Reabilitação
•Centro de Reprodução Humana
•Centro Integrado da Saúde Óssea
•Núcleo do Câncer da Pele
•Núcleo de Cirurgia da Mão e
Microcirurgia Reconstrutiva
•Núcleo de Cuidados Integrativos
•Núcleo de Doenças Pulmonares e Torácicas
•Núcleo da Dor e Distúrbios do
Movimento
•Núcleo de Feridas Complexas
•Núcleo do Fígado
•Núcleo de Geriatria
•Núcleo de Hemorragia e Trombose
•Núcleo de Infectologia
•Núcleo de Mastologia
•Núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte
•Núcleo de Neurologia e Neurociências
•Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares
•Núcleo de Ombro e Cotovelo
•Núcleo do Quadril
•Núcleo de Reumatologia
•Núcleo de Tornozelo e Pé
•Núcleo de Urologia
36
Unidade Itaim
Na Unidade Itaim, são oferecidos
os serviços de exames de imagem e laboratoriais, oncologia
clínica, cardiodiagnóstico, hospital-dia, centro cirúrgico, análises
de anatomia patológica, reprodução humana e check-up. A unidade apresentou crescimento de
18% no volume de atendimentos
realizados em relação ao ano anterior.
Unidade Jardins
A Unidade Jardins ampliou o escopo de atuação e passou a atender também pacientes do sexo
masculino. Até 2014, era exclusivamente voltada para a saúde da
mulher.
Um dos projetos mais importantes do ano foi a aquisição de um
novo equipamento de ressonância magnética. Também estão
disponíveis exames de imagem
e laboratoriais , análises de anatomia patológica, urodinâmica,
aconselhamento genético e diag-
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
nósticos e tratamentos na área de
saúde óssea. Os atendimentos realizados nessa unidade cresceram
25% em relação a 2014.
Centro de Oncologia
O tratamento oncológico é oferecido pela instituição no complexo da Bela Vista e nas Unidades Itaim e Brasília (Asa Sul e
Lago Sul).
Em 2015 houve um aumento significativo no número de atendimentos: 10%. A unidade Bela
Vista realizou mais de 30 mil
atendimentos no período e recebeu cerca de 650 pacientes novos para tratamento ao longo do
ano. No Itaim, foram 11.559 atendimentos, um crescimento de 16%
em relação ao ano anterior.
As duas unidades na capital federal apresentaram, juntas, um resultado ainda mais positivo, com
aumento de 47% no volume de
atendimentos e crescimento da
receita de 51%.
Unidade cardiológica
A unidade cardiológica está presente no complexo da Bela Vista
e nas Unidades Itaim e Jardins,
em São Paulo. Em 2015, houve um
aumento de mais de 5% no número de exames realizados.
Voluntariado
Completando 35 anos de existência, o Serviço de Voluntários
oferece apoio e acolhimento com
calor humano a pacientes, acompanhantes e familiares e busca
uma melhor adaptação deles ao
ambiente hospitalar. O grupo
conta com 270 integrantes, comprometidos em promover a humanização por meio de um trabalho consciente e profissional.
•Bela Vista e Itaim: atuam em
áreas como Centro de Diagnósticos, Pronto Atendimento, Centro de Oncologia e Unidade de
Terapia Intensiva (UTI), além do
Ambulatório de Especialidades
em Pediatria e do Abrace seu
37
Relatório de Sustentabilidade 2015
Desempenho Unidade Itaim
2013
2014
Cardiodiagnóstico
8.654
12.072
13.235
9,63%
Cirurgias
1.500
1.759
1.734
-1,42%
42.349
53.840
62.693
16,44%
Endoscopia
6.278
7.081
7.410
4,65%
Reprodução humana
2.453
3.134
3.430
9,44%
Oncologia clínica
6.557
9.950
11.559
16,17%
Exames laboratoriais
436.187
561.835
662.053
17,84%
Anatomia patológica
6.928
11.539
16.237
40,71%
-
3.927
4.423
12,63%
1.398
1.920
1.527
-20,47%
512.304 667.057
784.301
17,58%
Exames de imagem
Bairro e Ambulatório de Filantropia. São responsáveis pela
livraria e pela loja de conveniência, cuja renda é revertida para a
área de responsabilidade social
da instituição.
•Brasília: desde 2014, atuam nas
duas unidades da capital federal (Asa Sul e Lago Sul), disseminando a cultura institucional
de voluntariado e apoiando e
orientando os pacientes, acompanhantes e familiares.
•Hospital Municipal Infantil Menino Jesus: desde 2009, voluntários atuam no ambulatório,
pronto-socorro, hospital-dia e
programa Hora da Mamãe (atividades manuais), com mães e
acompanhantes dos pacientes
internados, contribuindo para a
humanização dos serviços prestados por aquela instituição.
Check-up (a partir de fev/14)
Outros exames
Total geral
Desempenho do Centro de Oncologia
Oncologia clínica na Bela Vista
2013
2014
2015 2015 x 2014
2015 2015 x 2014
30.605 30.532 30.396
-0,45%
Oncologia clínica na Unidade Itaim
6.557
9.950
11.559
16,17%
Oncologia clínica em Brasília (DF)
15.464
18.907
27.778
46,92%
Radioterapia na Bela Vista
17.515
16.486
17.044
3,38%
Radioterapia em Brasília (DF)
1.466
5.010
7.932
58,32%
71.607 80.885 94.709
17,09%
Total
Desempenho da Unidade cardiológica
Complexo da Bela Vista
Unidade Itaim
Unidade Jardins
Total
2013
2014
2015 2015 x 2014
45.426 46.926 48.833
4,06%
8.654
12.072
13.235
9,63%
-
36
60
66,67%
54.080 59.034
62.128
5,24%
38
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
39
Relatório de Sustentabilidade 2015
Ensino e pesquisa
A relevância do Hospital Sírio-Libanês
passa pela inovação e pela geração de
conhecimento, uma combinação que traz
resultados positivos para toda a sociedade
(G4-26, DMA, EC7, EC8)
Para avançar no cumprimento
de sua missão, a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital
Sírio-Libanês dedica-se à saúde
de maneira integrada com o ensino, a pesquisa e a realização
de projetos de responsabilidade
social. Dessa forma, ao gerar conhecimento e experiência prática, contribui para a formação dos
profissionais, o que apoia o desenvolvimento da saúde no país.
A criação do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP),
em 1971, já tornava claro o objetivo de investir no aprimoramento
de médicos, profissionais da saúde e gestores da área, por meio
do ensino e do estímulo à investigação científica, oferecendo infraestrutura para tais atividades.
Assim, a instituição colabora tanto para a atração e retenção de
talentos quanto para o alcance
de um cenário de protagonismo
na saúde.
A inovação no IEP estende-se também ao seu modelo de ensino e
aprendizagem, uma metodologia
ativa cuja base é a espiral construtivista, processo que permite inte-
grar a teoria e a prática ao trabalhar com simuladores de questões
reais e estimular a elaboração de
raciocínios. É assim que a instituição pretende continuar atraindo,
capacitando e formando profissionais de ponta no mercado, para
beneficiar todos os pacientes.
24 mil
participantes
nas atividades
oferecidas pelo IEP
Infraestrutura do IEP
•Área de 6 mil m2
•Laboratório de informática
•Centros de treinamento e simulação avançados em videocirurgia,
microcirurgia, videoendoscopia,
eletrocirurgia e robótica, todos
interligados a sistemas de áudio,
vídeo, dados e videoconferência
•Auditório de simulação de prática assistencial
•Sala de telemedicina para a realização de reuniões e eventos por
meio de videoconferência e videostreaming (transmissão ao vivo)
•Seis auditórios e um anfiteatro
com 400 lugares interligados
com sistema de áudio, vídeo e
transmissão de dados
•4 salas de reunião
•Secretaria acadêmica
•Biblioteca
•Rede wi-fi
40
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
16
residências em saúde,
abrangendo 270
residentes
150
artigos científicos
publicados em
periódicos nacionais e
internacionais
Modelo de parcerias
Para cumprir sua missão, o IEP
atua em aliança com instituições
públicas e privadas que também
têm como objetivo a excelência no
cuidado em saúde, o respeito às
pessoas e o compromisso com a
sociedade. Na vertente da pesquisa, as parcerias incluem o Ludwig
Institute for Cancer Research
(criação do Centro de Oncologia
Molecular), o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (desenvolvimento de programas colaborativos de educação e treinamento
em oncologia, além de simpósios)
e o Instituto do Câncer do Estado
25
novos contratos com a
indústria farmacêutica
para realização de
ensaios clínicos
de São Paulo (Icesp), entre outras. Há também parcerias com a
Universidade de São Paulo (USP)
e a Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar) para a criação de
cursos de pós-graduação.
Junto ao National Board of Medical Examiners (NBME), instituição
centenária que avalia profissionais
de saúde ao redor do mundo, foi
elaborada uma ferramenta para
apoiar a melhoria do ensino da medicina no Brasil. O projeto é voltado às faculdades de medicina públicas e privadas, com o objetivo
de gerar informações para aprimorar os cursos oferecidos (G4-26).
Ensino
Ao gerar conhecimento e desenvolver novas tecnologias, o Hospital Sírio-Libanês capacita-se para
as atividades de ensino, atraindo
e formando profissionais e multiplicadores de uma assistência
de excelência. Para isso, desenvolve múltiplas ações, incluindo
educação continuada, que teve
263 participantes em dois cursos
multiprofissionais realizados em
2015, e a realização de reuniões
científicas, que somam cerca de
mil eventos ao ano, com o objetivo de apresentar e discutir casos
entre grupos do próprio hospital.
Outras atividades específicas de
ensino são:
CMIRA
O programa CMIRA (Competência
médica com um novo olhar para
a mobilização estudantil, interna-
cionalização da escola médica,
residência médica e avaliação de
competência) busca apoiar escolas médicas do Brasil e foi implantado pelo IEP em seis instituições
no ano de 2015. Reuniu, ao todo,
350 alunos em Uberaba (MG), Patos de Minas (MG), Aracaju (SE),
Joaçaba (SC) e Maringá (PR).
Formação médica
O projeto abrange 76 municípios
do Brasil, com a formação de 200
gestores de residência médica.
Nesses locais, serão implantados
novos cursos de medicina aprovados pelo Ministério da Educação.
Esses gestores serão responsáveis
por criar os programas de residência, estruturar os processos e realizar o acompanhamento, desde a
vertente pedagógica até a regularização legal do hospital regional.
41
Relatório de Sustentabilidade 2015
Capacitação em
emergência e trauma
Desde 2005, oferece um centro de
treinamento avançado nessa área.
Teve 800 participantes em 2015.
Cursos exclusivos
Com foco no mercado, o IEP desenvolveu 20 cursos de alto valor
agregado devido à especialização
e grau de conhecimento aplicados.
Das vagas ofertadas, 10% são para
profissionais de diversas áreas do
próprio corpo clínico, para constante aprimoramento do capital humano da instituição. A demanda pelos
cursos é crescente devido ao reconhecimento externo e da possiblidade de os profissionais usufruírem
da excelência em infraestrutura, do
corpo clínico experiente e da tecnologia de ponta do hospital.
Portal IEP de Ensino
97 mil
alunos e docentes
cadastrados
24 mil
inscrições ativas
105 mil
posts nos fóruns de
discussões on-line
Pós-graduação e residências
O IEP oferece cursos voltados a
médicos, enfermeiros e outros
profissionais da saúde e destina
parte das vagas, por meio de bolsas de estudo, para aqueles que
atuam na rede pública.
1. Lato sensu
329 profissionais
formados em 19 cursos
1.1 Especialização
•Cirurgia urológica minimamente
invasiva
•Coloproctologia
•Cuidados ao paciente com dor
•Cuidados paliativos
•Endometriose e ginecologia minimamente invasiva
•Endoscopia digestiva terapêutica
•Enfermagem em cardiologia
•Enfermagem em endoscopia digestiva
•Enfermagem em terapia intensiva
•Gestão da atenção à saúde
•Informática em saúde
•Medicina farmacêutica
•Medicina intensiva para adultos
•Neurointensivismo para adultos
•Neuro-oncologia
•Reprodução assistida
1.2 Aperfeiçoamento
•Anestesia e terapia intensiva pediátrica
•Anestesia regional
•Cuidados paliativos
2. Stricto sensu – 92 alunos
•Mestrado acadêmico em ciências da saúde
•Doutorado acadêmico em ciências da saúde
•Mestrado profissional em gestão de tecnologia e inovação
em saúde
57%
de Aumento no número
de usuários nos últimos
12 meses
Maiores números de
acesso: São Paulo, Minas
Gerais, Ceará, Paraná, Rio
de Janeiro, Pará, Distrito
Federal e Mato Grosso
do Sul
42
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Residências multiáreas
O programa de residência contempla, além de especialidades
médicas, outros campos do conhecimento. A atividade é um
dos principais integradores entre
o ensino e a assistência prestada no Hospital Sírio-Libanês. Em
2015, 270 residentes participaram
das atividades e se desenvolveram com o apoio de preceptores
e tutores. Na turma de residência
de enfermagem, dos 25 alunos
formados, 24 foram contratados
pelo hospital, um indicativo da
sintonia entre o ensino e a assistência na instituição.
Cursos, congressos e reuniões
Há uma gama de atividades educacionais oferecidas pelo IEP em
suas instalações, de modo presencial e a distância. Foram mais
de 60 cursos e congressos sediados em 2015, dentre eles:
Centro de Cirurgia Robótica é lançado
O Sírio-Libanês foi o primeiro
hospital do hemisfério sul a realizar uma telecirurgia guiada
por robô, em um procedimento
executado conjuntamente com
um médico dos Estados Unidos.
Posteriormente, a cirurgia robótica passou a ser incorporada à
prática assistencial da instituição,
com a aquisição de dois robôs
da Vinci S, um direcionado a cirurgias e outro para treinamentos. O hospital adquiriu ainda um
sistema robótico mais avançado,
o da Vinci Si.
A experiência adquirida ao longo
desse tempo possibilitou a cria-
ção, em junho de 2015, do Centro
de Cirurgia Robótica, que busca
ampliar o intercâmbio entre diferentes especialidades médicas na
tecnologia robótica para cirurgias.
O centro reúne profissionais experientes e iniciantes no uso da
tecnologia e treina profissionais
do Instituto do Câncer do Estado
de São Paulo (Icesp), instituição
pública que atende pacientes do
Sistema Único de Saúde (SUS). O
treinamento dura, em média, 8 horas e é feito por profissionais do
Hospital Sírio-Libanês, abordando
cirurgias robóticas de urologia, de
cabeça e pescoço e de aparelho
digestivo.
•XIX Curso Internacional de Colonoscopia - IV Hands-on em
Colonoscopia Diagnóstica
•II Simpósio de Síndrome Coronariana Aguda
•II Simpósio Internacional de Coloproctologia - Centenário Dr.
Daher Cutait
•Intersections
•II Simpósio de Qualidade e Segurança no Paciente
•VI Curso de Injúria Renal Aguda
•Prática clínica com potenciais
evocados auditivos
•Simpósio sobre o uso terapêutico da toxina botulínica
•XV Curso de Radioterapia de Última Geração e Braquiterapia da
Próstata
•IV Fórum de Farmácia
•V Curso Prático Internacional de
Suporte Circulatório Mecânico
•III Simpósio de Emergências
Cardiológicas
•III Jornada de Cirurgia Ortognática e Ortodontia
•IV Curso de Doenças Inflamatórias Intestinais
Processo seletivo de
pós-graduação lato
sensu 2016
Em setembro de 2015 foi aberto
o processo seletivo para candidatos aos 18 cursos que serão
ofertados em 2016 a profissionais da saúde e gestores da área.
As opções incluem 15 especializações e 3 aperfeiçoamentos.
43
Relatório de Sustentabilidade 2015
RESULTADOS DO IEP EM 2015
Residência médica
97
residentes
Anestesiologia
Cancerologia
Cardiologia
Clínica médica
Endoscopia
Mastologia
Medicina intensiva
Radiologia/diagnóstico por
imagem
Radioterapia
Residência
multiprofissional
79
residentes
Cuidado ao paciente crítico
Cuidado ao paciente oncológico
Residência em área
profissional de saúde
79
residentes
Biomedicina em diagnóstico
por imagem
Enfermagem clínico-cirúrgica
Enfermagem em centro cirúrgico
e central de esterilização
Enfermagem em urgência e
emergência
Física médica da radioterapia
Especialização em regime
de residência médica e
ano adicional
15
residentes
Ecocardiografia
Ecoendoscopia
PET/CT e SPECT/CT
Radiologia de abdome
Radiologia cardíaca
Radiologia intervencionista
Radiologia torácica
Radiologia - ultrassonografia I
Radiologia - ultrassonografia II
Radiologia de mama
Transplante de medula óssea e
onco-hematologia
44
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Ensino para apoio ao SUS
(G4-26)
A parceria estabelecida junto ao
Ministério da Saúde está voltada
à capacitação de profissionais do
Sistema Único de Saúde (SUS).
Por meio de encontros presenciais
e teleconferências entre membros
do Ministério, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de
Secretarias Municipais de Saúde
(Conasems), são identificadas demandas públicas de saúde e oportunidades de influenciar e apoiar
as políticas públicas, incentivar a
disseminação do conhecimento e
promover o avanço de iniciativas
na saúde usando a expertise do
hospital nas áreas de gestão, saúde e educação.
A parceria enquadra-se no cumprimento da legislação de filantropia específica para hospitais
considerados de excelência e voltados à pesquisa e à capacitação
de gestores, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi/
SUS). Com a participação nos
cursos, os gestores do SUS trazem as experiências e necessidades de seu cotidiano e, com isso,
fornecem suporte para a construção de projetos educacionais que
podem ser disseminados nas diferentes regiões, respeitando-se as
realidades locais.
Em 2015, iniciou-se um novo triênio (2015-2017) do Proadi/SUS,
com a perspectiva de alcançar 5
mil profissionais em mais de 50
regiões do país. O primeiro ano foi
marcado pela construção coletiva
das atividades de ensino, usando
a expertise já acumulada pela instituição e dando continuidade a
projetos executados no triênio anterior, 2012-2014.
Como são elaborados os cursos para o SUS (G4-26)
Gestores do SUS
Comitê
Ministério
da Saúde
desenvolvimento de
cursos e conhecimento
Conselho
Nacional
de Secretários
de Saúde
Instituto Sírio-Libanês
de Ensino e Pesquisa
Conselho
Nacional
de SECRETARIAS
Municipais de
Saúde
Estabelecimento de demanda
por tema e região de atuação
O maior desafio atual é reunir e
analisar as avaliações dos alunos
que passaram pelos projetos e
cursos do IEP. Esse grupo é responsável por desenvolver projetos aplicativos em suas áreas, um
conhecimento com alto potencial
de impacto.
Para 2016, indicadores de mensuração desse impacto estarão
mais estruturados e, assim, será
possível obter informações como
a densidade da formação e a relação com o desenvolvimento local.
Essa é uma ferramenta de transparência importante para avaliar
o cumprimento dos objetivos da
parceria com o SUS.
45
Relatório de Sustentabilidade 2015
Resultados de 2009 a 2014
22 cursos de
especialização, com a
certificação de
1.384
10.272
projetos, desenvolvidos
em 372 regiões de saúde
especialistas
16.395
17 cursos de
aperfeiçoamento, com a
certificação de
8.867
trabalhos de conclusão
de curso
pós-graduandos
Número de cidades por região
contempladas pelos projetos
de apoio ao SUS
16
9
17
38
39
cursos
desenvolvidos no
período, sendo:
4
8
3
24
de aperfeiçoamento
43
de atualização
de capacitação
de especialização
46
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
2015: início do triênio e
construção de novos projetos
O IEP iniciou em 2015 mais um
triênio da parceria junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo a capacitação de profissionais atuantes na esfera pública
em diversas regiões do país e indicados pelo Ministério da Saúde.
Iniciaram-se 12 cursos de especialização, 2 cursos de aperfeiçoamento, 2 cursos de atualização e 1
mestrado profissional, com cerca
de 16 mil participantes, possibilitando a difusão do conhecimento
Programa
Tipo
Resultados em 2015
Capacitação em saúde baseada em evidências
Atualização
6.469 participantes
Capacitação em direito à saúde baseada em evidências
Atualização
1.353 participantes
Gestão federal do SUS
Aperfeiçoamento
159 participantes
18 facilitadores
Gestão de risco e segurança no cuidado ao paciente
Especialização
1.040 especializandos
21 gestores
62 facilitadores
Capacitação em processos educacionais na saúde
Especialização
360 participantes
30 gestores
Processos educacionais na saúde com ênfase em
metodologias ativas
Aperfeiçoamento
1 ª edição: 220 participantes e 15 facilitadores
2ª edição: 300 participantes e 30 gestores
Gestão da clínica nas regiões de saúde
Especialização
800 especializandos (40 por região de saúde)
20 gestores
40 facilitadores
Regulação em saúde no SUS
Especialização
800 especializandos (40 por região de saúde)
20 gestores
40 facilitadores
Gestão de políticas de saúde informadas por evidências Especialização
400 participantes
22 facilitadores
Educação na saúde para preceptores do SUS
Especialização
1.200 especializandos
60 facilitadores
15 gestores
Processos educacionais na saúde com ênfase em
aprendizagem significativa
Especialização
242 participantes
30 gestores
Preceptores de residência médica no SUS
Especialização
1280 especializandos
14 gestores
64 facilitadores
Gestão da vigilância sanitária
Especialização
400 especializandos
10 gestores
20 facilitadores
Gestão da vigilância em saúde
Especialização
800 especializandos
30 gestores
28 facilitadores
Gestão de emergências em saúde pública
Especialização
200 especializandos (20 por região de saúde)
11 facilitadores
Gestão de hospitais universitários federais no SUS
Especialização
15 hospitais participantes (SE, MS, MT, CE, PB,
MG, AL, RN, RJ, PR, PE, BA e RN)
16 facilitadores
Mestrado profissional em gestão de tecnologia e
inovação em saúde
Pós-graduação
stricto sensu
24 participantes
323 inscrições em 2015
*Detalhes dos cursos estão disponíveis em https://iep.hospitalsiriolibanes.org.br.
47
Relatório de Sustentabilidade 2015
em mais de 200 municípios. Essa
abrangência faz parte de um projeto inovador que contempla atividades presenciais e a distância,
utilizando teleconferências e plataformas digitais de ensino.
Os cursos têm como objetivo o
apoio às políticas públicas regionais, incentivando o progresso das
ações em saúde pública e o pensamento crítico sobre o cotidiano
e as realidades locais. Durante a
participação nos cursos, os gestores do SUS trazem as experiências
e necessidades da sua região e,
com isso, fornecem suporte para a
construção de planos de ação que
podem ser disseminados e aplicados na prática.
No que tange aos novos projetos,
destaca-se o início do apoio às instituições públicas e privadas na implantação de cursos de medicina.
Essa parceria diz respeito à construção e implantação do projeto
pedagógico, apoio para adequação
de infraestrutura, capacitação de
docentes, preceptores e gestores
do curso e articulação com a rede
pública de saúde local. O intuito é
contribuir com a expertise do IEP
nas áreas de atenção, educação e
gestão em saúde, em um projeto
orientado pela inovação da formação médica e pela melhoria do sistema de saúde do país.
Pesquisa
Desenvolver uma
área de pesquisa bem
estruturada e alinhada
às necessidades
da instituição é de
fundamental importância
para a melhoria contínua
dos serviços oferecidos
A pesquisa é um dos pilares que
sustentam a atuação do hospital
e está efetivamente integrada às
atividades de assistência à saúde,
ensino e responsabilidade social.
Formar e qualificar profissionais,
construir novos conhecimentos
e estimular a inovação são ações
alinhadas à estratégia da instituição e essenciais para o cumprimento de sua missão para com a
sociedade brasileira.
A contínua evolução da área de
pesquisa, desenvolvimento e inovação vai ao encontro de um movimento bastante evidente nos
melhores hospitais do mundo. A
união entre essas atividades gera
benefícios ao paciente, pois resulta em um cuidado fundamentado
nas melhores evidências, com
maior qualidade e segurança e
cada vez mais personalizado, de
acordo com as características e
necessidades de cada indivíduo.
Por isso, desenvolver uma área
de pesquisa bem estruturada e
alinhada às necessidades da instituição é de fundamental importância para a melhoria contínua
dos serviços oferecidos.
Quando desenvolve iniciativas
de geração de conhecimento, o
hospital colabora para a assistência à saúde como um todo, o que
reforça seu compromisso com
a excelência e o pioneirismo. À
medida que produz e dissemina
conhecimento e cria novas abordagens terapêuticas, também se
torna ainda mais capaz de praticar atividades de ensino.
48
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Círculo virtuoso da geração de conhecimento
Geração de
conhecimento
Geração
de novos
produtos
Formação e
qualificação
de pessoas
Melhoria da
qualidade da
assistência
ao paciente
Mais
geração de
conhecimento
Desenvolvimento
de novas
tecnologias
A pesquisa é parte de uma engrenagem que conduz à excelência
do processo assistencial. Este fornece dois elementos importantes
para os pesquisadores da instituição: informações clínicas e amostras biológicas dos pacientes. A
atuação do hospital é totalmente
voltada ao desenvolvimento de
pesquisas aplicadas, com foco em
melhorias ou soluções de questões relacionadas à assistência.
Para que esse ambiente de geração de conhecimento seja fomentado da melhor maneira possível,
o hospital oferece uma infraestrutura de laboratórios, recursos
humanos, suporte administrativo
e regulatório e captação de recursos, entre outros, que possibilitam
a interação dos membros do corpo assistencial com os pesquisadores para que, juntos, eles pos-
sam trazer soluções e inovações
e, assim, proporcionar melhorias
para a assistência.
neirismo e da excelência. O ensino
e a pesquisa são decisivos para a
atração e a retenção de talentos.
Esse relacionamento é a base
para a criação do programa de
mestrado e doutorado acadêmicos em ciências da saúde. Já na
sétima turma, ele conta com um
corpo docente de cerca de 40
profissionais e 86 alunos de mestrado e doutorado. Além disso, já
teve 17 defesas de tese e titulações (16 de mestrado e uma de
doutorado).
Benefícios para a sociedade
Neste momento de consolidação
do crescimento do hospital, a atividade de pesquisa é ainda mais
decisiva, pois só é possível crescer mantendo a qualidade se houver a capacidade de incorporar
pessoas que se desenvolvam na
direção do conhecimento, do pio-
A pesquisa tem o potencial de
beneficiar a sociedade de diversas formas, pois todo novo conhecimento, tecnologia, medicamento ou procedimento cirúrgico,
por exemplo, carrega um grande
potencial multiplicador.
Além desses benefícios de longo
alcance, as atividades de pesquisa no hospital são também utilizadas para estender o atendimento de excelência a pacientes
do SUS. Hoje, dos 156 pacientes
que participam de ensaios clínicos com acesso a drogas que não
existem no mercado, mais da metade provém do SUS.
49
Relatório de Sustentabilidade 2015
150
artigos publicados,
14% a mais em
comparação a 2014
Publicações
Em 2015 houve tanto um aumento no número de artigos publicados como uma melhora qualitativa, considerando a relevância dos
periódicos nacionais e estrangeiros que publicaram nossos trabalhos. Ao todo, foram 150 artigos,
um crescimento de 14% em relação a 2014.
Desenvolvimento e inovação
Em 2015 o hospital alcançou importantes resultados na consolidação de uma cultura de desenvolvimento e inovação. Gerar
conhecimento e fazer pesquisa é
transformar dinheiro em conhecimento. Nesse sentido, algumas
ações de inovação da instituição
podem ser destacadas:
Laboratório de Inovação e Desenvolvimento em Oncologia:
por meio de importantes doações
de duas beneméritas, foi possível
concluir em 2015 a criação do Laboratório de Inovação e Desenvolvimento em Oncologia. Essa
unidade é voltada ao desenvolvimento de novos conhecimentos
gerados no processo de pesquisa
em oncologia molecular, para que
sejam transformados em novos
testes. Dois deles já foram validados e, em 2016, serão entregues
para utilização pelo serviço de
anatomia patológica do hospital,
o que irá auxiliar o diagnóstico
dos pacientes oncológicos.
Laboratório de usabilidade: incorpora o usuário final – o profissional de saúde – no processo de
desenvolvimento de novos produtos, equipamentos e softwares,
permitindo que um serviço de assistência ou um produto de saúde
cheguem ao mercado já testado
para uso dos profissionais. Em
2015, foram três contratos assinados com empresas nacionais e
dois resultados entregues no desenvolvimento de tecnologias de
anestesia e de bombas de infusão.
Desenvolvimento de novas tecnologias em parceria com a indústria farmacêutica: em 2015
foram assinados 25 novos contratos para ensaios clínicos em
parceria com a indústria farmacêutica para desenvolvimento de
novas drogas. Os ensaios clínicos
permitem testar com qualidade e
precisão as inovações para serem
incorporadas em protocolos ou
mesmo na aprovação de novas
drogas. Atualmente, existem 156
ensaios clínicos sendo desenvolvidos no hospital.
Prêmio Empreenda Saúde
Em parceria com a everis, consultoria multinacional de negócios e
tecnologia, por meio de sua Fundação, o Hospital Sírio-Libanês
realizou a 1ª edição do Prêmio
Empreenda Saúde. A vencedora, Paula Renata Cerdeira Gomez,
apresentou um algoritmo que
ajuda na detecção antecipada de
surtos epilépticos. Essa premiação, já realizada na Espanha, foi
adaptada para incentivar inovações em saúde no Brasil. A demanda por transformações nessa
área resultou em grande sucesso:
264 inscrições, 94 projetos submetidos e 49 classificados. Os
trabalhos foram avaliados por
um corpo de jurados que reuniu
representantes das áreas de ensino, pesquisa e inovação e empresários da saúde. O prêmio foi
um serviço de consultoria especializado para apoiar a autora no
processo de implantação da ideia,
além de um auxílio financeiro no
valor de R$ 50 mil.
50
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
A inovação é o caminho por meio
do qual o conhecimento é
transformado em bens e serviços,
gerando melhorias para a sociedade
Proteção intelectual
Linhas de pesquisa
O Hospital Sírio-Libanês segue
com uma rígida política de proteção intelectual de suas invenções,
transformando o conhecimento
gerado dentro da instituição em
patentes registradas em todo o
mundo. Um escritório de patentes brasileiro e um internacional
assessoram o trabalho de propriedade intelectual. Atualmente,
existem dois pedidos, sendo um
já emitido na Europa e protegido
em 12 países, e outro concedido
no Japão e em Israel, aguardando
confirmação na Europa, China, Coreia do Sul e Estados Unidos. As
duas patentes estão em fase de
negociação para licenciamento.
•Epidemiologia e gestão em unidades críticas
•Fisiopatologia cardiorrespiratória no paciente crítico
•Melhorias no suporte ao paciente oncológico
•Novas abordagens no diagnóstico e tratamento do câncer
•Desenvolvimento de técnicas cirúrgicas
•Transplante hepático
51
Relatório de Sustentabilidade 2015
Prêmios a trabalhos
em 2015
35th International Symposium
on Intensive Care and Emergency Medicine
Poster Award: Organizational
factors and patients outcomes in
Brazilian ICUs: the ORCHESTRA
study
Autores: M Soares; JM Kahn; FA
Bozza; T Lisboa; LP Azevedo;
W Viana; L Brauer; PE Brasil; DC
Angus; JI Salluh.
III Brazilian Meeting on Brain
and Cognition
Menção honrosa pela apresentação dos pôsteres:
Pain and Parkinson’s disease: the
role of bioamines over the opioid
system in the nociceptive control
Congresso de Neurocirurgia
Funcional da Universidade de
São Paulo
Melhor trabalho oral: Desvendando a analgesia induzida pela
estimulação cortical em ratos
com dor neuropática
Autores: Danielle V. Assis; AmanAutores: Ana Carolina P. Cam- da F. Paschoa; Talita S. Farias;
pos; Miriã B. Berzuino; Erich T. Ana Carolina Campos; Guilherme
Fonoff; Rosana L. Pagano.
D. Silva; Manoel J. Teixeira; Erich
T. Fonoff; Rosana L. Pagano.
Neurocirurgia funcional e dor crônica: efeito da estimulação corti- Digestive Disease Week
cal sobre vias de analgesia endó- World Cup of Videos/Silver Megenas em ratos neuropáticos
dal: Endoscopic treatment of refractory oesophageal fistula
Autores: Talita S. Farias; Amanda
F. N. Paschoa; Danielle V. Assis; Autor: Kiyoshi Hashiba
Ana Carolina Campos; Erich T.
Fonoff; Rosana L. Pagano.
52
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
53
Relatório de Sustentabilidade 2015
Responsabilidade
social
Iniciativas gratuitas de capacitação
profissional, projetos de ensino e pesquisa
voltados à rede pública e melhorias para
a comunidade do entorno são destaques
entre as ações filantrópicas (G4-26).
Gerar, compartilhar e construir
conhecimento. Essas são ações
fundamentais para o cumprimento da missão da instituição. Mais
do que um compromisso, a responsabilidade social está presente no Hospital Sírio-Libanês como
razão de ser. A organização apoia
ações sociais, de ensino, pesquisa
e assistência, visando desenvolver o bem comum por meio de
programas de promoção à saúde,
educação, qualificação profissional, qualidade de vida e da disponibilidade de acesso e realização
de atendimentos completos. Essas ações promovem a atenção
focada em linhas de cuidado e
potencializam o uso de recursos
escassos.
O Hospital Sírio-Libanês oferece,
em parceria com o Ministério da
Saúde, apoio à melhoria do Sistema Único de Saúde (Proadi/SUS).
São realizados cursos para profis-
sionais da saúde pública destinados a diferentes finalidades, entre
as quais criar centros de captação
e transplante de órgãos; apoiar o
tratamento de doenças raras e desenvolver pesquisas; implantar um
banco público de sangue de cordão umbilical; executar estudos
para desenvolvimento de terapia
celular contra doenças congênitas;
e realizar cirurgias de alta complexidade, entre outros projetos.
titions), banco alemão de investimentos e um dos apoiadores
do programa de expansão. O
documento menciona as ações
do Hospital Sírio-Libanês na área
de responsabilidade social, que
contribuem para a construção de
uma sociedade melhor. O trabalho destaca, entre outros, as iniciativas gratuitas de capacitação
abertas ao público e os projetos
de ensino e pesquisa.
Gestores e colaboradores da instituição estão inspirados pelo
anseio de cuidar, servir e oferecer excelência em saúde para um
número cada vez maior de pessoas. Em favor disso, atuam para
multiplicar suas experiências, de
modo que mais regiões do Brasil
possam se beneficiar.
A instituição desenvolve ainda
projetos que visam a melhoria das
condições de vida da comunidade
com fragilidades sociais e econômicas do bairro da Bela Vista, na
região central de São Paulo. Essas
ações também integram a vocação filantrópica da instituição.
Em 2015 a instituição teve sua
atuação reconhecida em um relatório do DEG (Deutsche Inves-
Os projetos estão divididos nas
grandes áreas listadas a seguir.
54
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
1. Capacitação de
recursos humanos
Busca contribuir para a formação
de profissionais do SUS por meio
de estratégias de capacitação e
atualização. Veja mais na seção
Ensino e Pesquisa (pág. 39).
2. Estudos de avaliação e
incorporação de tecnologia
Visa apoiar a análise sobre a incorporação de novas tecnologias
de saúde que têm o potencial de
melhorar a qualidade de vida da
população em geral. Veja mais na
seção Ensino e Pesquisa (pág. 39).
Ação
Quantidade
Resultado
Transplante de fígado pediátrico
33
Sobrevida de 10 anos
em 86% dos pacientes
Transplante de coração
4
Implantes de curta ou longa permanência 7
Estágio
3
Sobrevida de 3 anos
em 82% dos pacientes
Capacitação para
cirurgiões de Recife
(PE), Vitória (ES) e
São Paulo (SP)
3. Desenvolvimento de
técnicas e operação de gestão
em serviços de saúde
Direcionado ao melhor funcionamento dos serviços de saúde,
envolve a construção de técnicas
e/ou operações de gestão e organização de dados que subsidiem
a pesquisa e a gestão. Inclui os
projetos listados a seguir:
Apoio ao programa
SOS Emergências
Qualifica a gestão e o atendimento
em grandes hospitais do SUS, priorizando a atenção nas urgências e
emergências. Seis hospitais participantes recebem apoio do Hospital Sírio-Libanês para sua gestão:
Hospital João XXII (Minas Gerais),
Hospital Roberto Santos (Bahia),
Hospital do Trabalhador (Paraná),
Hospital São Lucas (Espírito Santo), Hospital Geral (Roraima) e
Hospital H. Lucena (Paraíba).
Banco de Sangue de Cordão
Umbilical e Placentário
Tem como objetivo capacitar profissionais que atuam em bancos
públicos de sangue de cordão
umbilical e placentário em procedimentos técnicos de coleta,
processamento e criopreservação. Entre 2012 e 2015, capacitou
45 profissionais e desenvolveu
um guia prático com orientações
sobre a operação de um serviço
desse tipo. Além disso, aprimorou os processos de trabalho dos
bancos públicos por meio da capacitação desses profissionais.
Escola de Transplantes
Realizado em parceria com o
Ministério da Saúde há mais de
cinco anos, conta hoje com corpo multiprofissional sólido, formado por cirurgiões experientes,
enfermeiras pediatras e psicólogos que ajudam a democratizar
o acesso a conhecimento e técnicas de excelência em transplantes. São recebidos médicos
de todo o país para acompanhamento dos procedimentos e
manejo dos pacientes em seus
locais de origem. O resumo das
atividades realizadas em 2015
está na tabela da página anterior.
Modernização da gestão
(IFF, INI e CIN)
Em parceria com o Ministério da
Saúde, foi criado em 2015 o apoio
à modernização da gestão do Instituto Nacional de Saúde da Mu-
55
Relatório de Sustentabilidade 2015
lher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) e do
Instituto Nacional de Infectologia
Evandro Chagas (INI), ambos
vinculados à Fundação Oswaldo
Cruz. Foram feitas ainda contribuições para a efetivação do
Complexo de Institutos Nacionais
de Saúde da Fiocruz (CIN).
A modernização da gestão inclui o
planejamento de ações focadas no
aperfeiçoamento e implantação
do escritório de projetos, na gestão estratégica, no perfil das competências, na gestão de processos
e na pactuação com as esferas
municipais e estaduais, além da
revisão do desenho arquitetônico.
4. Pesquisas de interesse
público em saúde
Tem como objetivo realizar pesquisas de inovação científica e
tecnológica para apoiar as ações
de desenvolvimento institucional
do SUS.
Pesquisa Nacional de Saúde
Trata-se de uma iniciativa de
apoio às ações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) no desenvolvimento de
pesquisa que pretende dotar o
país de informações sobre os fatores determinantes e condicionantes da saúde, incluindo idoso,
pessoa com deficiência, mulher
e criança, além de temas como
dengue, saúde mental, acidentes
e violência.
Foram coletados materiais biológicos de cerca de 9 mil indivíduos, e os resultados subsidiaram a
formulação de políticas públicas
de saúde.
Além da atuação nessas quatro
grandes áreas de conhecimento
reconhecidas pelo Ministério da
Saúde, são desenvolvidos outros
projetos em parceria com o SUS:
5. Parceria com o gestor
local (município de São
Paulo e Distrito Federal)
Visa contribuir para o atendimento de pacientes da rede pública,
promovendo a necessária integração entre as linhas de assistência,
ensino e pesquisa.
Projeto Imagem
Em agosto, foi inaugurada uma
unidade que concentra em um
único espaço a realização dos
exames de ultrassom, até então
realizados em cinco unidades da
Prefeitura de São Paulo. A unidade
funciona sob a gestão do próprio
Ambulatório de Filantropia e está
equipada com quatro aparelhos e
cinco salas, sendo quatro para a
realização dos exames e uma de
recuperação. Foram realizados
mais de 29 mil exames em 2015.
Ambulatório de Especialidades
em Pediatria
O Hospital Sírio-Libanês atua
para a melhoria das condições de
vida da comunidade em seu entorno, o bairro da Bela Vista, na
região central da capital paulista.
Com foco na saúde das crianças,
o Ambulatório de Especialidades
em Pediatria realizou mais de 5
mil atendimentos em 2015, considerando-se as especialidades de
otorrinolaringologia, obesidade e
sobrepeso, infectologia, fonoaudiologia e odontologia. Atuante
há mais de 15 anos, o ambulatório
tornou-se um serviço conveniado
ao SUS em 2013 e passou a agendar consultas pediátricas, ampliando seu serviço para crianças
de outros bairros do município.
Abrace seu Bairro
De grande impacto, o Abrace seu
Bairro está integrado aos programas de promoção à saúde, educação, qualificação profissional e
qualidade de vida. O foco é desenvolver ações multidisciplinares
que propiciem atendimento integral às crianças e famílias, favorecendo o desenvolvimento biopsicossocial desses indivíduos. Em
2015, mais de 1.700 pessoas participaram de atividades do projeto,
que ofertou mais de 51 mil vagas
em atividades coletivas.
Algumas iniciativas de destaque
realizadas pelo Abrace seu Bairro
em 2015 estão destacadas abaixo:
Cidadania Ativa: internalizou a capacitação dos profissionais participantes por meio de parceria
entre as superintendências de
Gestão de Pessoas e Filantropia.
Apoio a ações socioeducativas: a
instituição apoia a promoção da
inclusão social de jovens aprendizes. Em 2015, capacitou 125 jovens.
Treinamento para copeiro hospitalar: a instituição capacitou profissionais para atuação na área de
copa hospitalar. Em 2015 foram
realizadas duas edições, com ao
todo 62 participantes. Seis pessoas
foram contratadas pelo hospital, e
outras 10 foram aprovadas para futuras vagas abertas na instituição.
Abrace Ideias: é uma proposta de
aprendizado que inclui noções de
criação, arte, cultura e informática. O programa também introduz
conceitos de sustentabilidade,
contribui para o desenvolvimento
de aptidões, estimula mudança
de atitudes e prepara os participantes para novos desafios. Visa
56
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
•De Bem com Você - A beleza
contra o câncer: ensina técnicas
e dicas de beleza a mulheres em
luta contra o câncer.
•Grupo de apoio pré-cirúrgico
com profissionais de enfermagem e psicologia.
•Doação de perucas, lenços, sutiãs e próteses externas.
possibilitar a inserção em novos
grupos sociais e oportunidades
de trabalho, desenvolvendo empreendedores capazes de reconstruir sua trajetória de vida.
O programa tem dois módulos e,
em 2015, foram realizadas duas
turmas do primeiro, com 12 pessoas capacitadas, e uma do segundo, com término previsto para
maio de 2016, que conta com a
participação de quatro pessoas.
Café com Chantilly: ação que busca proporcionar um espaço para
reflexão, socialização e apropriação sobre as dificuldades e os desafios do envelhecimento. Em 2015
foram promovidos três encontros,
que reuniram ao todo 203 participantes.
Atendimento de radioterapia
O objetivo é apoiar a Secretaria de
Estado de Saúde do Distrito Federal na realização de tratamento
radioterápico a pacientes do Siste-
ma Único de Saúde (SUS) que ela
encaminha. Em 2015, foram atendidos 75 pacientes. Destes, 61 já concluíram o tratamento e retornaram
para a rede em que estavam sendo
inicialmente atendidos.
Câncer de mama
Em 2015, o projeto – realizado há
10 anos pelo Hospital Sírio-Libanês
em parceria com o Município de
São Paulo – realizou mais de 350
procedimentos cirúrgicos, diagnosticou mais de 400 novos casos e
realizou mais de 15 mil consultas,
entre atendimentos médicos e com
a equipe multidisciplinar.
Além disso, promove ações de
bem-estar para melhorar a autoestima das pacientes:
•Florescer: encontro de pacientes com a equipe multidisciplinar cujo objetivo é desmistificar
a doença e melhorar a adesão
ao tratamento.
Projetos de contrapartida
ao BNDES
Devido à sua magnitude, o programa de expansão do Hospital
Sírio-Libanês envolveu empréstimos de instituições financeiras nacionais e internacionais.
No Brasil, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) participou do financiamento. Como contrapartida, solicitou que 5% do montante
emprestado fosse aplicado em
projetos de apoio ao SUS.
A parceria prevê a realização de
quatro iniciativas cujo objetivo é
contribuir para o fortalecimento
e a melhoria da atenção à saúde
por meio do desenvolvimento de
ações que seguem as diretrizes
determinadas pelo Ministério da
Saúde. Os projetos permitirão
que essas diretrizes sejam disseminadas por meio de termos de
referência pactuados com os gestores, para atender de maneira
eficiente as demandas da saúde.
57
Relatório de Sustentabilidade 2015
Instituto Sírio-Libanês
de Responsabilidade
Social (G4-26)
Além dos projetos desenvolvidos
junto ao Proadi/SUS, existem outras iniciativas que seguem a missão filantrópica do hospital. Esse
importante braço assistencial voltado ao SUS é encampado pelos
projetos executados pelo Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social. Com personalidade jurídica própria, o instituto é
voltado à gestão de serviços de
saúde estaduais e municipais que
atendem exclusivamente usuários
do SUS. Os projetos reforçam o
comprometimento do Hospital Sírio-Libanês com o fortalecimento
da saúde pública no Brasil.
Em 2015, o instituto conquistou
o certificado de beneficência, o
que reforça sua vocação de organização de utilidade pública.
Criado para executar projetos em
parceria com o poder público, ele
é reconhecido como organização
social pelo Município e pelo Estado de São Paulo.
Parcerias com o Município de
São Paulo
•O Hospital Municipal Infantil
Menino Jesus, no centro de São
Paulo, presta atendimentos de
baixa e média complexidade
em pediatria, principalmente
em malformações congênitas, e
atende mais de 20 especialidades. Em 2015 foram 60 mil atendimentos de emergência, 72 mil
atendimentos ambulatoriais, 3
mil atendimentos no hospital-dia e 10 mil exames realizados.
•A Assistência Médica Ambulatorial Santa Cecília, no centro de
São Paulo, oferece consultas em
sete especialidades e nove tipos
de exames diagnósticos. Em
2015 foram 69 mil consultas com
especialistas e 18 mil exames.
•A Assistência Médica Ambulatorial Jardim Peri-Peri, na zona
oeste de São Paulo, presta atendimento médico a adultos e
crianças, sem agendamento prévio, para casos de baixa e média
complexidade. Em 2015 foram
realizadas 63 mil consultas.
•Estratégia Saúde da Família
(ESF) das Unidades Básicas
de Saúde Cambuci, Humaitá
e Nossa Senhora do Brasil, em
São Paulo, desenvolve ações focadas na família e no contexto
em que ela vive. O objetivo é organizar e integrar as atividades
de promoção da saúde e prevenção de doenças. São 27 mil
pessoas cadastradas e assistidas
pelas equipes em consultas médicas e de enfermagem e visitas
domiciliares de profissionais da
saúde.
Parcerias com o Estado
de São Paulo
•O Hospital Geral do Grajaú, na
zona sul de São Paulo, presta
atendimento médico-hospitalar
em urgências e emergências
de média e alta complexidade.
Atualmente possui 268 leitos, é
certificado como hospital de ensino e disponibiliza campo para
estágio de profissionais de diversas áreas da saúde, além de
residência médica e cursos de
especialização. Entre os principais resultados em 2015, estão
261 mil atendimentos de urgência, 3 mil partos e mais de mil
exames de endoscopia.
•O Hospital Regional de Jundiaí
(SP) é especializado em atendi-
mentos de média complexidade
e realiza cirurgias eletivas (não
urgentes). Possui 120 leitos e 16
unidades de tratamento intensivo. Em 2015 foram realizadas
mais de 4 mil cirurgias, quase
30 mil consultas médicas e de
enfermagem e 6 mil exames.
•O Serviço de Reabilitação Lucy
Montoro em Mogi Mirim (SP)
oferece tecnologia de ponta
para a reabilitação de pacientes com deficiências físicas, doenças incapacitantes e severas
restrições de mobilidade. Os
resultados mais significativos
em 2015 foram os mais de 4 mil
atendimentos médicos, 13 mil
consultas não médicas e 20 mil
procedimentos terapêuticos.
•O Ambulatório Médico de Especialidades Maria Cristina Cury,
na zona sul de São Paulo, é uma
unidade de atendimento ambulatorial que oferece serviços
para diagnóstico precoce e tratamentos em diversas especialidades. Em 2015 foram 89 mil
consultas médicas, 49 mil atendimentos não médicos, 3 mil
cirurgias ambulatoriais e 7 mil
exames realizados.
Para mais informações sobre projetos do instituto e resultados de
2015, acesse www.irssl.org.br.
58
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
59
Relatório de Sustentabilidade 2015
Relacionamento
Diversidade de ferramentas on-line e
canais de relacionamento buscam maior
transparência e diálogo com os públicos
interno e externo
(G4-26, G4-57, HR2, HR3)
O Hospital Sírio-Libanês busca
formas inovadoras para dar maior
transparência às suas informações, estimular o diálogo e as
trocas com seus públicos estratégicos e engajá-los em prol da
melhoria contínua dos serviços
prestados à sociedade.
Garantindo transparência junto ao
público interno, constituído pela
equipe multiprofissional (colaboradores de áreas assistenciais,
administrativas e de apoio) e pelo
corpo clínico, a instituição mantém fóruns participativos e um
canal na intranet.
•Fóruns participativos: esferas
de diálogo que proporcionam
interação entre colaboradores/
gestores e o corpo diretivo. São
exemplos o Encontro com o Superintendente Corporativo, Portas Abertas, Comitê Ampliado e
Encontro com Gestores.
•Intranet: canal em que se concentram ferramentas de gestão
que permitem acesso dos cola-
boradores a plataformas de treinamento, avaliação e pesquisas,
entre outros. Ali está disponível o
Fale Conosco, por meio do qual
o colaborador pode encaminhar
sugestões, críticas, elogios e
dúvidas, além de denúncias referentes a preconceito, assédio
e situações análogas. Em 2015,
não foi registrado nenhum caso
de discriminação. É também na
intranet que está o Sistema de
Gestão de Pessoas (Sigep), que
contém informações sobre folha
de pagamento, treinamentos,
pesquisas diversas, recrutamento interno, e avaliação de desempenho, entre outros assuntos.
Todos os documentos e normas
institucionais podem ser acessados pela intranet.
Para o público externo, que inclui
pacientes, acompanhantes, entre
outros, o principal canal utilizado
é a Ouvidoria, acessível via site do
hospital. Ela é responsável, por
exemplo, pelo monitoramento do
grau de satisfação dos clientes
com os serviços prestados.
Evolução
da Ouvidoria
2015
9.959 reclamações
9.825 elogios
2014
7.967 reclamações
5.895 elogios
Índice de recomendação
do paciente (PR5)
2015
86%
87%
2014
60
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Ética em foco
Para relacionamento, além da Ouvidoria, existem os seguintes mecanismos e procedimentos:
•Fornecedores: acessível no portal do hospital, o Manual de Relacionamento com Fornecedores foi elaborado com base na
ética e transparência, trazendo
as diretrizes sobre a compra de
bens e serviços praticada pela
organização.
•Imprensa: o Manual de Relacionamento com a Imprensa busca
nortear as divulgações realizadas pela instituição. Além disso,
existe uma área para cuidar do
relacionamento com os veículos de comunicação (jornais,
revistas, sites, emissoras de rádio/TV etc.).
•Governo: sendo o Ministério da
Saúde o principal interlocutor
do Libanês, mediante aos programas de responsabilidade social, existe uma área específica
responsável pelo relacionamento entre gestores do SUS e as
áreas técnicas do hospital.
•Comunidade científica: o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e
Pesquisa (IEP) direciona a produção gerada pelos profissionais para periódicos nacionais e
internacionais.
•Doadores: formado por um conjunto de pessoas físicas e empresas que contribuem para o
desenvolvimento da instituição,
o grupo recebe periodicamente
o boletim InformAção, com notícias gerais sobre o desempenho
do hospital.
Para garantir o bom relacionamento interpessoal, promovendo
a ética e a busca pela excelência,
o hospital desenvolveu ações para
melhor disseminação do conteúdo de seu Código de Conduta.
Para dar transparência e ampliar
a divulgação dos itens abordados,
quadros resumidos foram afixados
em locais de grande circulação de
pessoas. O hospital segue as diretrizes do Conselho Federal de
Medicina (CFM), que, entre outros
assuntos, aborda a relação com
pacientes e familiares, o sigilo profissional, as responsabilidades e os
direitos da classe.
Para 2016, os principais desafios
da governança corporativa estão
relacionados à melhorias na comunicação de assuntos relacionados à ética do hospital, buscando
melhores tratativas para denúncias, rapidez no retorno ao colaborador e estímulo ao maior uso
do canal. Está prevista também a
estruturação do Comitê de Bioética, uma demanda da instituição
e do mercado. (G4-57)
Portal do Paciente
O Portal do Paciente é um dos
principais canais de relacionamento da instituição com esse
público estratégico. Está em
constante melhoria desde a sua
criação, em 2008.
O portal dá acesso a resultados
de exames laboratoriais e de
imagem, histórico clínico (atendimentos ambulatoriais, internações, medicamentos e cirurgias
realizadas), atualização de dados
cadastrais e pré-agendamento de
exames e consultas.
Fale conosco
[email protected]
Central de informações
(11) 3394-0200
Atendimento
internacional
(11) 3394-5520
Cartas
Hospital Sírio-Libanês. A/C da
Ouvidoria. Rua Dona Adma Jafet,
91, Bela Vista, São Paulo (SP).
CEP 01308-000.
61
Relatório de Sustentabilidade 2015
Públicos do HOSPITAL Sírio-Libanês (G4-24, G4-25)
Sociedade
Sindicatos
Comunidade
do entorno
Pacientes
Médicos
Colaboradores
Hospital
Sírio-Libanês
Imprensa
Governo
Associados
Operadoras
de saúde
Fornecedores
Concorrentes
Doadores
Comunidade
científica
No Sírio, a relação com os stakeholders é contínua e feita por diversos canais apresentados ao longo do relatório
(ver pags: 18, 20, 25, 31, 32, 33, 39, 40, 44, 53, 57, 59, 70, 72,
81). O processo de construção da matriz de materialidade sempre foi feito anualmente, a partir da última matriz
decidimos fazer uma revalidação desse processo a cada
dois anos. Utilizam-se diferentes metodologias de diálogo
e engajamento dos stakeholders, seja por fóruns, oficinas,
entrevistas, pesquisas, entre outros meios (G4-26).
62
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Capital humano
Principal força motriz do Hospital
Sírio-Libanês, 5.975 colaboradores
em regime CLT compõem o quadro das unidades Bela Vista, Itaim,
Jardins e Brasília – Asa Sul e Lago
Sul. Além deles, 910 terceiros con-
centram-se na prestação de serviços de manutenção de sistemas
de ar-condicionado, equipamentos especializados, restaurante e
lavanderia, além de parte dos trabalhos de segurança e higiene.
Panorama da gestão de pessoas (G4-10, LA1)
São Paulo
Brasília
2013
2014
2015
2013
2014
2015
264.798
324.094
373.424
2.821
4.139
6.275
5.086
5.690
5.853
66
112
122
Temporários
34
65
29
3
1
2
Jovens aprendizes
84
96
108
0
0
3
Estagiários
39
43
27
0
0
0
913
938
875
0
34
35
Folha de pagamento bruta (R$ mil)
Colaboradores CLT
Terceiros
Número de colaboradores por faixa etária (LA1)
Feminino
Idade
2013
Masculino
2014
2015
2013
2014
2015
< 30 anos
1.005
21%
1.432
24% 1.098
18%
724
15%
830
14%
639
11%
31 a 50 anos
1.755
36%
2.168
36% 2.455
41%
1.102
23%
1.279
21%
1.423
24%
141
3%
196
210
4%
110
2%
131
2%
150
3%
63% 3.763
63%
1.936
40% 2.240
37%
2.212
37%
> 51 anos
Total
2.901
60% 3.796
3%
63
Relatório de Sustentabilidade 2015
Benefícios básicos para
colaboradores CLT (LA2)
•Assistência médica e odontológica: 12.226 vidas atendidas, incluindo titulares e dependentes
- Médica: sem custo no padrão
de internação enfermaria e com
custo para padrão quarto para
optantes.
- Odontológica: plano básico
sem custo e especial com custo.
- Médica e odontológica: colaborador pode incluir esposa e
filhos / colaboradora pode incluir filhos e marido (em ambos
os benefícios, o marido pode ser
incluído mediante pagamento
do custo integral).
•Exames: cobertura de exames
no hospital para todos os colaboradores e dependentes do
plano de saúde (sujeito a paga-
mento de coparticipação conforme utilização).
bro correspondente ao valor do
mês mais vale de Natal).
•Convênio-farmácia: desconto
mínimo de 15% em medicamentos e descontos promocionais
que podem chegar a 55% (desconto integral em folha de pagamento).
•Seguro de vida em grupo (sem
custo para os colaboradores):
cobertura de 12, 24 ou 36 vezes o salário nominal, de acordo
com o cargo.
•Restaurante: varia de R$ 1,00 a
R$ 3,29, de acordo com o grupo
salarial.
•Vale-refeição: R$ 18 para profissionais de unidades externas,
com desconto mensal conforme
o número de dias úteis e baseado na mesma tabela do refeitório e de acordo com o grupo
salarial.
•Vale-alimentação: R$ 156,03
(crédito em dobro em dezem-
•Assistência funeral para titulares e dependentes diretos (cônjuge e filhos): suporte durante
o processo e cobertura de até
R$ 5.000 para despesas com
funeral.
•Vale-transporte conforme definido por lei.
•Creche ou auxílio-creche: R$ 184
para colaboradoras com filhos.
64
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Cuidando de Quem Cuida
2014
2015
33 cirurgias
116 cirurgias
3 cirurgias
bucomaxilofaciais
indicadas e confirmadas
14 cirurgias
bucomaxilofaciais
indicadas e confirmadas
Oncologia
21 pacientes com casos
de neoplasia
32 pacientes com
neoplasia
Cirurgias bariátricas
3 procedimentos
realizados
14 procedimentos
realizados
Casos complexos
(cirurgias cardiológicas,
UTI pediátrica,
procedimentos de alta
complexidade)
15 pacientes
47 pacientes
Ortopedia
Principal programa voltado para a
promoção da saúde e o bem-estar dos colaboradores, o Cuidando de Quem Cuida ampliou em
2015 a assistência incluindo novas especialidades. Atualmente,
oferece a possiblidade de internalizar a realização de cirurgias
ortopédicas programadas (aquelas que não são emergenciais ou
de urgência) e o tratamento oncológico. Além disso, o programa
contempla inúmeras outras iniciativas que visam a qualidade de
vida do colaborador no trabalho
e fora dele, como ações de reeducação alimentar, combate ao
tabagismo e apoio a gestantes.
Também são oferecidas uma série
de atividades esportivas e culturais para todos os colaboradores.
Em 2015 o hospital passou a disponibilizar médicos de família até
as 22h no Ambulatório de Saúde
do Colaborador, com atendimento de segunda a sexta-feira, e mudou o plano de saúde oferecido.
A utilização da Mediservice passou de pré para pós-paga, o que
impactou em maior economia
para a organização e em reforço,
por parte do hospital, na disseminação das atitudes de prevenção
em relação à saúde dos usuários.
O hospital adicionou ainda ao
programa casos de neurocirurgia
programada, cirurgia bucom​axi-lofacial, cirurgia bariátrica e tratamento com imunobiológicos.
Além disso, todos os profissionais
contam com a infraestrutura e a
excelência do hospital, sem nenhum custo ou coparticipação.​
A mudança de plano foi comunicada por meio de palestras e
informações na intranet, e durante três meses foi disponibilizado
um plantão para esclarecimento
de dúvidas em um posto fixo na
sede administrativa do complexo
da Bela Vista, além de um guia de
perguntas e respostas.
A adoção de um plano pós-pago
é um passo para o fortalecimento de uma rede própria de saúde,
com foco na atenção primária,
que começa pelo ambulatório de
saúde e se estende aos dependentes.
Em 2015, 225
colaboradores foram
tratados no HOSPITAL
SÍRIO-LIBANÊS por meio
do programa Cuidando
de quem Cuida
Em 2015, havia 3.763
colaboradoras
trabalhando
na organização.
Cerca de 70% dos
cargos de chefia
eram ocupados por
mulheres, percentual
que se manteve em
relação a 2014
QUALIDADE DE VIDA
Em 2015, uma das novidades
foi a inauguração do estúdio
de treinamento funcional, com
atividades como yoga e dança,
no piso -3 do bloco E. Lá também está localizado o Espaço
de Convivência do Colaborador,
com sala de TV, área de descanso, cafeteria e varanda, o que
trouxe maior qualidade de vida
ao público interno.
65
Relatório de Sustentabilidade 2015
São Paulo
Contratações (LA1)
Idade
Brasília
2014
2015
2014
2015
Feminino Masculino
Feminino Masculino
Feminino Masculino
Feminino Masculino
< 30 anos
437
198
404
252
18
11
7
6
31 a 50 anos
459
182
294
146
16
7
7
2
11
4
3
6
0
1
0
0
907
384
701
404
34
19
14
8
> 51 anos
Total por gênero
Total
1.291
1.105
53
22
Turnover (LA1)
Feminino
Masculino
2014
2015
2014
2015
Sem aumento de quadro
1,33%
1,16%
1,24%
1,16%
Com aumento de quadro
1,20%
1,41%
0,98%
1,42%
< 30 anos
31 a 50 anos
> 51 anos
2014
2015
2014
2015
2014
2015
Sem aumento de quadro
2,10%
2,75%
0,85%
1,17%
0,28%
0,56%
Com aumento de quadro
1,67%
3,45%
0,82%
1,59%
0,32%
0,73%
Comparativo de desligamentos (total e percentual) (LA1)
2014
2015
Feminino
Idade
Masculino
Feminino
Masculino
< 30 anos
274
33%
195
23%
232
27%
177
20%
31 a 50 anos
220
26%
129
16%
277
32%
153
17%
8
1%
6
1%
26
3%
10
1%
502
60%
330
40%
535
61%
340
39%
> 51 anos
Total por gênero
66
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Licença parental (LA3)
2014
2015
Colaboradores que usufruíram da licença parental
132
177
Colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental
125
159
Colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença e que continuam na
empresa após 12 meses do retorno
105
106
Taxa de usufruto1
4%
5%
95%
90%
89%
80%
Taxa de retorno
2
Taxa de retenção
3
1. Quantidade de colaboradores que usufruíram da licença parental/quantidade de colaboradores com direito à licença. 2. Quantidade de colaboradores que retornaram
ao trabalho após conclusão da licença parental/quantidade de colaboradores que usufruíram da licença. 3. Quantidade de colaboradores que retornaram ao trabalho
após conclusão da licença parental e que continuam na instituição após 12 meses do retorno/quantidade de colaboradores que usufruíram da licença.
Retenção de talentos
A política de atração e retenção de talentos do hospital tem
como objetivo garantir a permanência do melhor capital humano
na instituição. Para manter esses
profissionais engajados e aprimorar o seu desenvolvimento,
foram criados programas e políticas de gestão de pessoas que
priorizam o desenvolvimento de
carreira, a satisfação, o comprometimento e o reconhecimento
dos colaboradores.
No que diz respeito à retenção dos
colaboradores, algumas iniciativas
podem ser destacadas em 2015:
•O projeto de reformulação do
modelo de operação assistencial gerou uma oportunidade de
absorver mais técnicos de enfermagem após sua graduação
como enfermeiros. A importância do desenvolvimento de aptidões gerenciais foi reforçada nas
residências na área da enfermagem. Em 2015, houve um salto
de 25% para 38% no percentual
de enfermeiros contratados. Os
residentes de enfermagem terão
a oportunidade de serem treinados e, em até 2 anos, efetivados
com melhoria salarial.
•Manutenção dos grupos de estudo para especialização de enfermeiros, um programa avançado de conhecimentos e de
adesão voluntária. No programa, são dedicadas horas para
aprendizagem do cuidado com
o idoso, uso de sondas e outras
funções. Com o grupo é formada uma reserva de especialistas,
o que gera um melhor atendimento e apoio à operação geral.
Capacitação e treinamentos
Em 2015, a instituição trabalhou
na consolidação da gestão por
competências. Os processos de
seleção, desenvolvimento e avaliação estão pautados no modelo
de competências desenhado exclusivamente para o Hospital Sírio-Libanês. O perfil é composto pelas
competências institucionais, de liderança, assistenciais e administrativas/de apoio.
Para acompanhar o estágio de
desenvolvimento de cada colaborador, anualmente a organização
realiza a avaliação de desempenho e o plano de desenvolvimento individual (PDI). A primeira
etapa é a autoavaliação; posteriormente, gestor e colaborador
realizam a etapa de consenso,
momento em que dialogam e
constroem juntos o PDI. (LA11)
Além dos cinco programas de reconhecimento já implantados (Celebra Equipe, Meu Valor, Tempo de
Casa, Centro de Inovação do Colaborador e ELO), para incentivar
ainda mais a cultura do reconhecimento a instituição lançou o Celebra Equipe Multi, com o objetivo
de celebrar projetos e entregas
das equipes com atuação multiprofissional. Em 2015, 12 equipes
envolvendo 463 colaboradores
foram contempladas. (DMA, LA10)
67
Relatório de Sustentabilidade 2015
Treinamentos (LA9)
Investimento
2014
2015
R$ 5 milhões
R$ 5 milhões
220.577
210.905
3,54
3,16
2014
2015
Horas de treinamento
Horas/treinamento por colaborador por mês
Horas/homem de treinamento (LA9)
Categoria
Mulheres
Homens
Mulheres
Homens
3,84
3,15
5,10
3,30
Enfermeiros
3,81
3,04
6,80
7,30
Nutricionistas
6,35
2,52
13,50
4,40
Farmacêuticos
5,38
4,53
8,80
11,60
Fisioterapeutas
3,16
2,78
4,70
6,40
Auxiliares e técnicos de enfermagem
2,86
2,72
7,70
9,90
Médicos
0,98
0,77
0,80
0,60
Biomédicos
1,25
1,14
2,30
1,90
Demais profissionais
1,73
1,44
2,00
1,40
Gestores
Bolsas de estudo concedidas (para cursos de formação) (LA10)
Programa
2014
2015
3
3
Pós-graduação em entidades externas
44
35
Pós-graduação (aperfeiçoamento e especializações no IEP)
50
31
2
2
22
19
Idiomas (inglês e espanhol)
243
196
Total
364
286
Mestrado em gestão de tecnologia e inovação em saúde (IEP)
Bacharelado em hotelaria
Curso técnico profissional (enfermagem, farmácia, hospedagem e contabilidade)
Em 2015, foram realizados treinamentos que abordaram temas de direitos humanos como diversidade,
direitos do paciente, código de conduta entre outros. Todos os treinamentos tiveram duração de uma
hora. Treinamentos: Junho – 4.420 colaboradores (76%). Julho, dois treinamentos contaram com 2000
e 3800 colaboradores, 34% e 65% respectivamente. Agosto – 2.335 profissionais (40%). Novembro 2.284 colaboradores (39%) (HR2).
68
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Inclusão
Em 2015, o programa Mais Inclusão, que valoriza a empregabilidade de pessoas com deficiência
(PCD), internalizou a capacitação
dos profissionais com a parceria
entre as superintendências de
Gestão de Pessoas e Filantropia.
Para executar o programa, o hospital desenvolveu um piloto chamado Cidadania Ativa, por meio do
qual contratou 15 profissionais com
deficiência e os capacitou durante
6 meses em técnicas administrativas (aulas teóricas com estágio
nas dependências do hospital). O
resultado foi uma melhor adaptação e acompanhamento dos profissionais, além da efetivação de
80% dos capacitados.
Além disso, mantivemos a Oficina
Protegida, que conta com a participação de 13 profissionais com rebaixamento intelectual para tarefas
de montagem de kits educacionais
e digitação de notas fiscais.
Fechamos o ano com 215 profissionais com deficiência, o que
corresponde a 72% da cota para
a instituição.
Jovem Aprendiz
O programa, que capacita jovens
em módulos teóricos e práticos,
alcançou o número de 105 participantes em 2015. Eles atuaram em
diversas áreas da instituição, e 32
foram contratados para cargos administrativos.
Saúde e segurança
Centro de Capacitação
Multiprofissional (LA10)
A capacitação é uma importante
estratégia de desenvolvimento
dos colaboradores para garantir
a qualidade e a segurança do cuidado ao paciente.
Em 2015 foi aberto o Centro de
Capacitação Multiprofissional, espaço que ocupa um andar e é
voltado ao aperfeiçoamento e atualização das equipes multiprofissionais. Por meio de metodologias
ativas como a simulação realística,
é possível reproduzir uma situação
da rotina hospitalar para diferentes
cargos ou áreas de atuação.
A gestão da saúde do colaborador é feita com base em quatro
premissas:
aferir pressão arterial, frequência
cardíaca e temperatura corpórea
e utilizar acesso venoso para ad- •Reconhecer os perigos e riscos
existentes nos ambientes de
ministração de medicamentos.
trabalho e nas atividades e as
Há também outras salas versácondições de saúde próprias de
teis – que podem ser montadas
cada colaborador;
de acordo com a necessidade
de capacitação – equipadas com •Informar ao colaborador as condições identificadas;
sistemas de áudio e vídeo, permitindo que os procedimentos realizados ali sejam compartilhados •Capacitar o colaborador para lidar com os perigos e riscos exiscom outros colaboradores em ditentes e com suas próprias partiferentes ambientes. Dessa forma,
cularidades biopsicossociais;
é possível envolver profissionais
de diversas áreas para a troca de
experiências, o aperfeiçoamento •Acolher o colaborador quando
há agravo à saúde.
e o desenvolvimento.
As capacitações abordam temas
O centro conta com uma suíte como atendimento de emergênequipada com a mesma estrutu- cia, manipulação de medicamenra de uma unidade de internação tos, troca de curativos, limpeza
do hospital, com móveis, equi- do quarto, atendimento fisioterápamentos e manequins com tec- pico e nutricional, entre outros.
nologia avançada, que permitem
Para cumprir essas premissas, são
agrupados em torno do mesmo objetivo a medicina do trabalho, a engenharia de segurança do trabalho,
a qualidade de vida, a psicologia e
o serviço social. Em cada pilar, há
um profissional especializado res-
69
Relatório de Sustentabilidade 2015
ponsável pelas ações e pela integração da sua área com as demais.
A instituição desenvolveu melhorias e obteve a certificação OHSAS
18001, que trata de aspectos relacionados à saúde e à segurança do
trabalhador. Também conquistou o
Prêmio AnimaSeg, específico para
saúde e segurança no trabalho, por
indicação da Associação Nacional
de Hospitais Privados (ANAHP).
Além do preparo para a conquista
da certificação, a instituição desenvolve, anualmente, campanhas
de prevenção e conscientização
por meio da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA).
As funções da CIPA são preve-
nir acidentes, notificar incidentes, influenciar os colaboradores
a adotar boas práticas em saúde
e segurança no trabalho, realizar
inspeções e organizar e promover
a Semana Interna de Prevenção
de Acidentes de Trabalho (SIPAT).
Em 2015, foram realizados treinamentos para profissionais da
organização (CLT, temporários e
terceiros) sobre normas aplicáveis
(NR 5 e NR 32, do Ministério do
Trabalho), além de inspeções e
auditorias periódicas para garantir boas condições ergonômicas,
ambientais e de segurança. (LA5)
O presidente e o vice-presidente
da CIPA representam 100% dos
colaboradores no Comitê de Segurança Institucional. Os membros da CIPA são eleitos anualmente, e a eleição é realizada por
meio eletrônico, garantindo a segurança pelo uso de senha pessoal do colaborador, o que agiliza a
obtenção do percentual de votos
previsto na Norma Regulamentadora nº 5 (NR 5).
Outro mecanismo importante é
a medição de riscos no ambiente
para criação de melhorias na segurança dos pacientes e demais públicos, realizada por meio do plano
de segurança institucional. O plano inclui ações de monitoramento,
notificação e controle. (DMA)
Treinamentos sobre saúde e segurança do colaborador (LA5)
Programa
Colaboradores treinados
Horas de treinamento
NR 35
53
504
NR 10
33
1.160
2.518 CLT
2.518
95 terceiros
95
Radioproteção
415
698
Brigada de incêndio (campo externo)
447 CLT
35 terceiros
3.194
280
Reciclagem para brigadistas
344
1.032
2.313 CLT
121
121 terceiros
2.313
NR 32 (ensino a distância)
Brigada de incêndio (ensino a distância)
Acidentes de trabalho (LA6)
Bela Vista
Itaim
Jardins
Brasília
2014
2015
2014
2015
2014
2015
2014
2015
Taxa de frequência
17,68%
27,54%
8,8%
44,35%
20,49%
15,99%
0%
19,97%
Taxa de gravidade
21,74%
66,42%
27,88%
66,53%
0%
31,98%
0%
71,88%
Horas/homem trabalhadas (HHT)
13.797.844
11.111.791
681.540
360.744
48.800
62.533
214.380
250.419
Número de acidentes
244
306
6
16
1
1
0
5
Quantidade de dias perdidos
300
738
19
24
0
2
0
18
A instituição calcula suas metas em acidentes de trabalho com base na metodologia de taxa de frequência de acidentes de trabalho, recomendada pela Organização
Internacional do Trabalho (OIT). Taxa de frequência = (nº acidentes/HHT) x 1.000.000. Taxa de gravidade = (nº de dias perdidos/HHT) x 1.000.000. HHT = Horas/homens
trabalhadas. Em 2014, não houve óbitos relacionados ao trabalho em nenhuma unidade da instituição.
70
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Fornecedores
(G4-12, G4-26)
Parte importante do sistema de
gestão do Hospital Sírio-Libanês,
os fornecedores são orientados a
seguir as boas práticas que contribuem para a qualidade do serviço
médico-hospitalar e a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva.
Para isso contam com o Manual
de Relacionamento com Fornecedores, que dispõe das exigências
normativas e padrões de conduta,
com itens relacionados à prevenção ao trabalho escravo e infantil e
à valorização da diversidade. Além
disso, o documento estabelece os
requisitos técnicos de qualidade,
as exigências legais, sanitárias e as
respectivas normas relacionadas à
saúde e segurança do trabalhador
e respeito ao meio ambiente, itens
necessários para se tornar um fornecedor do hospital.
Categoria
Produtos
Serviços
Avaliações técnicas
especializadas
A avaliação técnica é aplicada a
todos os fornecedores de produtos e serviços que participam dos
processos de cotação e de compra. Para os fornecedores dos grupos de materiais, medicamentos e
OPME utilizam-se os padrões técnicos de qualidade do Grupo de
Avaliação de Fornecedores (composto de farmacêuticos da instituição e de hospitais parceiros). Os
demais grupos (nutrição, higiene,
engenharia clínica etc.) seguem
os critérios de qualidade definidos
pelo gestor e pela equipe responsável pelo setor.
As comissões técnicas multiprofissionais contribuem para a qualificação de insumos: Comissão
Quantidade de
Responsabilidades
fornecedores
776
1.332
Fornecer produtos como materiais hospitalares,
medicamentos; órteses, próteses e materiais
especiais (OPME); imobilizados e outros materiais
de consumo, conforme padrões técnicos
estabelecidos e documentados
Fornecer/prestar serviços de manutenção,
consultoria, segurança, limpeza, obras, médicos, de
ensino e pesquisa, transporte e outros, conforme
padrões técnicos estabelecidos e documentados
de Farmácia e Terapêutica (CFT)
e Comissão de Padronização de
Materiais (CPM). A CFT reúne-se
para discutir a seleção de medicamentos e as práticas que envolvem sua utilização no hospital. Já
a CPM avalia a padronização de
novos materiais descartáveis solicitados pelas equipes e homologa
novas marcas como alternativas
comerciais ou para a substituição
de produtos em falta no mercado.
Tecnologias que
auxiliam a gestão
Como forma de assegurar a eficiência e a transparência do processo de cotação e aquisição de insumos, o hospital utiliza plataformas
de comércio eletrônico especializadas. Para a compra de materiais
especiais (OPME), utiliza-se o sistema Inpart Saúde, que também
faz o controle e a gestão da documentação legal e sanitária. Os
demais insumos hospitalares são
negociados pelo sistema Bionexo.
O planejamento de compras dos
itens padronizados de estoque é
apoiado por um software especializado, o GTPlan, que adota métodos estatísticos inteligentes capazes de identificar períodos ideais
de compra, fluxos de estoque e
demanda, além de outras tendências importantes para otimização
do processo. Além disso, o sistema
permite qualificar os fornecedores,
que são ranqueados por meio de
um sistema de pontuação.
O hospital também promove a
avaliação contínua dos fornecedores de insumos e serviços.
Materiais hospitalares, medicamentos e demais produtos são
monitorados desde o recebimentos no hospital, com verificação
automática da previsão de entre-
71
Relatório de Sustentabilidade 2015
Cadeia de suprimentos do hospital
Fornecedor
Logística
Hospitalar
Indústria
Distribuidor
Qualificação de
fornecedores
Padronização
de produtos
Planejamento
de demanda
Assistência
multidisciplinar
Compra
Recebimento
Unitarização e
etiquetagem
Armazenamento
Prescrição
médica
Hospital
Dispensação/
distribuição
Assistência
farmacêutica
Assistência de
enfermagem
Rastreabilidade de cadeia – código de barras e tag RFID
Metodologia de
Qualificação de
Fornecedores – GAFO
Sistema de
planejamento
demanda –
GTPlan
Comércio
eletrônico
B2B Saúde –
Bionexo
Sistema de
avaliação de
fornecedores
– GTPlan
Automação robótica – Swisslog
Controle de
temperatura – Incoterm
Dispensários
eletrônicos – CareFusion
Sistema de
gestão de
doca
ga versus chegada do fornecedor
e avaliação do check-list eletrônico das condições de transporte
e armazenagem. O resultado da
avaliação é uma pontuação final,
que é adotada como parâmetro
para a extensão do relacionamento com o fornecedor.
Padrões de qualidade
e segurança
A vigilância estende-se sobre desempenho e eficácia dos medicamentos, bem como eventuais
efeitos adversos detectados, prejudiciais à saúde dos pacientes e/
ou dos profissionais, em conformidade com as melhores práticas
de farmacovigilância e tecnovigilância, como Hospital Sentinela
da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa).
Os prestadores de serviço devem
atender os critérios técnicos de
qualidade definidos em contrato – conforme o acordo de nível
de serviço (SLA) e requisitos das
Volumetria da cadeia de
fornecedores
Medicamentos
Materiais
OPME
Total
Transporte
pneumático – Aerocom
2014
2015
Nº de fornecedores
170
171
Volume de compra
R$ 137.960.648,79
R$ 155.143.424,05
Dias de estoque
(import.)
22
20
Nº de fornecedores
402
381
Volume de compra
R$ 65.362.978,19
R$ 78.299.203,42
Dias de estoque
(import.)
39
37
Nº de fornecedores
206
224
Volume de compra
R$ 85.988.726,87
R$ 94.731.989,72
Nº de fornecedores
778
773
Volume de compra
R$ 289.312.353,85
R$ 328.174.617,19
Dias de estoque
(import.)
25,4
24,0
certificações ISO 14001 e OHSAS
18001. Para assegurar os compromissos relacionados à preservação do meio ambiente e à saúde
e à segurança dos trabalhadores,
o hospital avalia sistematicamente seus fornecedores com maior
contingente de mão de obra e
atividades que geram maior impacto ambiental. Nesse sentido,
são feitas auditorias anuais de verificação e monitoramento contínuo de toda a documentação
comprobatória.
72
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Gestão ambiental
Para além das certificações, o Hospital
Sírio-Libanês adota referências globais em
sustentabilidade e respeito ambiental no
setor da saúde, buscando inovar por meio
de melhores práticas e uso da tecnologia
para redução de impactos
(G4-15, G4-26, DMA, EN31)
O conceito de sustentabilidade
do hospital desdobra-se em diversas frentes de atuação, que
vão da qualidade e segurança na
assistência até a solidez financeira, passando pela minimização de
impactos socioambientais.
Em termos de gestão ambiental,
a instituição mantém a certificação ISO 14001, reconhecida mundialmente e obtida em 2015. Além
disso, busca a certificação LEED
Gold, concedida pelo U.S. Green
Building Council para construções
que estão de acordo com critérios
de eficiência no uso da água e da
energia, inovação em equipamentos e projetos e qualidade do ar.
Em 2015, começaram a ser colhidos os primeiros resultados das
tecnologias implantadas nos novos prédios do complexo da Bela
Vista para a conquista do LEED.
Além disso, a organização adota
referências como a Agenda Glo-
bal para Hospitais Verdes e Saudáveis, desenvolvida pela rede
Hospitais Saudáveis para oferecer apoio às iniciativas mundiais
relacionadas à sustentabilidade
e ao respeito ambiental no setor
da saúde. A agenda atua com dez
princípios interligados e focados
na redução dos impactos ambientais, como os provenientes dos
resíduos e insumos. Atualmente,
são desenvolvidos trabalhos que
atendem todos os itens propostos, a saber:
(G4-15)
•Liderança: priorizar a saúde ambiental
•Substâncias químicas: substituir
substâncias perigosas por alternativas mais seguras
•Resíduos: reduzir, tratar e dispor
de forma segura os resíduos
•Energia: implantar eficiência
energética e geração de energia
limpa renovável
•Água: reduzir o consumo de água
e fornecer água potável
•Transporte: melhorar as estratégias de transporte para pacientes
e colaboradores
•Alimentos: comprar e oferecer
alimentos saudáveis e cultivados
de forma sustentável
•Produtos farmacêuticos: prescrição apropriada, administração
segura e destinação correta
•Edifícios: apoiar projetos e construções de hospitais verdes e
saudáveis
•Compras: comprar produtos e
materiais mais seguros e sustentáveis.
Relatório de Sustentabilidade 2015
73
74
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
As complexas atividades desenvolvidas internamente no hospital produzem diversos impactos.
Um deles é a geração de diversos
tipos de resíduos. Para reduzir
esse volume e garantir o descarte
apropriado e o reaproveitamento
de recicláveis, foi investido R$ 1,5
milhão em 2015.
O hospital tem trabalhado na mobilização e no comprometimento
de colaboradores, fornecedores e
demais públicos diretamente envolvidos nas operações a fim de
garantir a mitigação dos impactos ambientais. Um dos pontos de
atenção para melhoria é a forma
como os indicadores são comunicados. Apesar de haver informações disponíveis na intranet, as
ações relacionadas à conscientização e ação ambiental geram
ainda pouca mobilização interna.
O Comitê de Sustentabilidade tem
discutido mensalmente essas e
outras questões para o avanço de
suas atividades transdisciplinares.
Transporte pneumático
de resíduos
Gerenciamento de resíduos
Ao longo de 2015, o hospital produziu 9,4 toneladas de resíduos/
dia, volume 9% superior ao de
2014. O indicador está dentro dos
parâmetros esperados para uma
instituição de tal porte e inclui resíduos provenientes de áreas administrativas, serviços de apoio
e atividades hospitalares, estas
geradoras do maior percentual e,
também, de maior risco.
Em 2015, a organização deu prosseguimento ao conceito paperless, que prevê a erradicação do
uso do papel em processos assistenciais. Além de reduzir o uso do
material e a geração de resíduos,
estima-se uma economia financeira com o fim da impressão. (DMA)
Quantidade de resíduos gerados e destinação em 2015 (EN23, EN25)
Resíduo
2015
Destinação
Infectante
694 t
ETD (desativação eletrotérmica)
Comum
1.422 t
Aterro Sanitário Rodovia dos
Bandeirantes, km 33
(Caieiras, SP)
Radioterápico
0,233 t
ETD (desativação eletrotérmica)
Químico perigoso
57 t
Essencis Soluções Ambientais Ltda.
342 t
Papelão e papel – GTF Papéis (SP)
Plásticos (polietileno) – Nova
Reciclagem
Plásticos diversos (exceto polietileno)
– Aplascon
Metal e vidro – Valdomiro Dias ME
Reciclável*
Após a instalação do sistema a vácuo (ou pneumático) para transporte de roupas sujas e resíduos
comuns na nova torre (bloco D), o
Hospital Sírio-libanês passou a ser
pioneiro no uso dessa avançada
tecnologia. Com ele, a operação
de recolhimento de lixo hospitalar e roupas sujas ganhará agilidade e segurança, sem manuseio
humano, o que reduz o risco de
infecção e aumenta a segurança
dos profissionais e pacientes. Sua
operação deve iniciar no fim do
primeiro semestre de 2016.
Orgânico (compostagem)
896 t
Biomix Indústria e Comércio de
Insumos Orgânicos EPP
Perfurocortante
46 t
ETD (desativação eletrotérmica)
Eletrônico
4t
Fundação Settaport
O levantamento é realizado apenas na unidade Bela Vista.
*Inclui: papelão, papel, plástico, metal, vidro, alumínio, lâmpadas fluorescentes, pilhas, raio X, óleo de cozinha
e isopor.
Reciclagem
(em t)
2013
2014
2015
Papelão*
139
166
199
Papel
50
35
49
Plástico
34
55
70
Metal
10
8
9
Vidro
8
8
9,8
Alumínio
3
3
2,7
Pilhas e
baterias
-
0,400 0,449
Raio X
-
0,350 0,436
Isopor
-
0,750 2
Lâmpadas
2.128
tratadas (un.)
13.855 12.147
*Inclui o material destinado ao Projeto Catadores. Um
total de 160 toneladas foi doado em 2015 (mais informações no subcapítulo Valor para a comunidade).
75
Relatório de Sustentabilidade 2015
Em 2015 atingimos a meta de
redução de 15% no consumo de água,
mesmo com o aumento significativo
da capacidade instalada
Gestão do consumo de água
O Hospital Sírio-Libanês tem uma
matriz diversificada de fontes de
água, suprida pela Sabesp, poços
artesianos e caminhões-pipa.
Em 2015, a orientação estratégica
foi avançar na gestão desse insumo. Algumas medidas já têm sido
tomadas desde 2014, como a instalação de equipamentos limitadores de vazão de água nas torneiras e novas válvulas econômicas
de descarga, além de chuveiros,
bacias e torneiras mais eficientes.
Equipes monitoram o desperdício
e, muito em breve, será implantada
a gestão on-line do consumo, que
permitirá identificar desvios e atuar de maneira imediata.
A Estação de Tratamento de
Efluentes (ETE) e a Estação de
Tratamento de Águas das Chuvas (ETA) continuam sendo uma
boa fonte de resultados, produzindo aproximadamente 2 mil m3
por mês, o que representa 10% do
consumo advindo de reúso.
Um dos destaques na gestão da
água em 2015 foi a implantação
do Plano de Segurança das Águas
(PSA), com foco na gestão de riscos e que tem sido considerado, em
muitos países, a metodologia que
orienta os respectivos regulamentos
para a qualidade da água, principalmente em ambientes assistenciais.
(DMA, EN10, EN22)
Consumo de água (em mil m³) (EN8)
Consumo de água por m2
Fonte de retirada
2013
2014
2015
2015 x 2014
2013
2014
2015
2015 x 2014
Sabesp*
178
177
80
-55%
2,94
2,68
1,61
-40%
Poço artesiano
73
70
85
22%
Caminhão-pipa
20
45
64
41%
Reúso
0
4
22
450%
Total
270
296
251
-15%
*Em Brasília, a fonte é a Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal). Todos os efluentes
são descartados via sistema de saneamento local (Sabesp e Caesb). (EN9)
76
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Consumo de energia
Para reduzir o consumo de energia, o Hospital Sírio-Libanês avançou na busca e no uso de novas
tecnologias em sistemas de iluminação. Foi iniciada em 2015 – e
deve avançar em 2016 – a migração da iluminação convencional
para LED. As novas torres já estão
100% aderentes ao conceito de
eficiência energética, com economia de até 75% em relação aos
sistemas convencionais.
A gestão automatizada do sistema de água gelada (CAG) por
meio de um moderno sistema de
automação e gerenciamento predial trará redução da ordem de
15% no consumo de energia a partir do primeiro trimestre de 2016.
Outro projeto tem como foco a
identificação de variações nos níveis de tensão elétrica e ações para
sua estabilização. Trata-se de uma
iniciativa inovadora no Brasil, já em
uso em países como a Inglaterra, e
que pode alcançar redução de cerca de 10% no consumo de energia.
(DMA, EN6)
Consumo de energia dentro e fora da organização (EN3, EN4)
2013
2014
2015
Biodiesel (em litros)1
50.782
22.000
307.110
Energia elétrica comprada (em
milhões de KWh)2
33
35
37
Gás natural (em mil m³)
243
297
332
1. Utilizado exclusivamente nos geradores. 2. As concessionárias de energia que abastecem as unidades assistenciais são a AES Eletropaulo (em São Paulo) e a Companhia Energética de Brasília (CEB), na capital federal.
Consumo de energia* em megajoule (MJ) por m² (EN5)
2013
2014
2015
2014 x 2015
1.389
1.247
959
-23%
*Considera todas as fontes de geração de energia
77
Relatório de Sustentabilidade 2015
Emissões de gases
A respeito das emissões de CO2,
após a expansão da capacidade
de atendimento, o hospital apresentou uma redução absoluta das
emissões entre 2014 e 2015, em
parte devido à redução de consumo e compra de eletricidade,
especialmente se considerado o
aumento da área produtiva com a
inauguração das novas torres.
Para diminuir as emissões originárias da cadeia de fornecimento do
hospital, há um software de controle de entrada e saída de veículos no hospital. O sistema, que já
está em funcionamento, controla
o tipo de veículo, origem e finalidade e permite calcular mais efetivamente as emissões. As informações geradas podem subsidiar
ações para melhorar o fluxo, como
o estímulo à substituição de carros antigos por outros mais novos.
Pretende-se ainda estudar formas
de engajar os fornecedores no uso
de biocombustíveis, oferecendo
incentivos para a mudança.
Em 2015, o hospital começou a
usar em sua planta fornecedora de
energia (localizada no complexo
da Bela Vista) um sistema bicombustível, que passou a operar com
Emissões de CO2 equivalente (em ton.) (EN15, EN16)
70% de gás natural e apenas 30%
da alimentação a diesel comercial,
com parte composta por biodiesel
(antes disso, o consumo era 100%
diesel comercial). Essa ação, pioneira entre os hospitais brasileiros,
teve grande impacto ambiental. O
novo sistema de ar-condicionado
gerou forte impacto na redução
das emissões. (DMA)
O hospital é membro do Programa GHG Protocol desde 2012, este
ano aderindo ao selo ouro concedido às organizações que submetem seus inventários à verificação
externa independente. (G4-15).
2013
2014
2015
2015 x 2014
Combustão estacionária e móvel
857
731
1461
100%
Ar-condicionado e óxido nitroso
6.638
6.724
4.560
-31%
Eletricidade comprada e consumida
3.162
4.742
4.585
-3%
Total dos escopos 1 e 2
10.657
12.197
10.606
-13%
Escopo 3 (todas as outras fontes)
219
223
410
84%
TOTAL GERAL
10.876
12.420
11.016
-11%
Escopo 1
Escopo 2
Intensidade de emissões de CO2 equivalente (EN18)
2013
2014
2015
2015 x 2014
0,12
0,11
0,07
-37%
78
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
79
Relatório de Sustentabilidade 2015
Nossos números
A ênfase na gestão orçamentária, a
implantação de novas ferramentas para
aprimorar a gestão de recursos e um
eficaz projeto de produtividade levaram à
superação do resultado esperado
Iniciamos 2015 com uma aposta
orçamentária bastante conservadora, cientes do cenário econômico e da retração do mercado.
Passamos a acompanhar mais de
perto a concretização do plano
de expansão e dos novos investimentos e os impactos tanto da
demanda ampliada quanto dos
resultados esperados a partir da
abertura das novas torres no complexo da Bela Vista. Ao mesmo
tempo, potencializamos a qualidade do serviço oferecido, com
novos profissionais credenciados
e expansão do corpo clínico.
Os esforços gerenciais entre as
diversas áreas da instituição resultaram na superação do resultado anual: a expectativa era R$
173 milhões, e alcançamos R$ 177
milhões. Tais esforços trouxeram,
ainda, um crescimento do número total de pacientes, o que gerou
caixa suficiente para suportar a
decisão de não abrir novos leitos. O bloco C foi parcialmente
fechado para reforma, reduzindo-se momentaneamente os gastos
com sua estrutura, uma vez que
os pacientes concentraram-se nas
demais unidades da instituição.
Avaliamos o comportamento da
economia e a realização de receitas e despesas e definimos a estratégia de não ativar leitos em
2015 e 2016. Foram propostas
ações para maximizar os resultados da instituição, como melhorar
as negociações visando otimizar
os prazos médios de pagamento
e recebimento. Houve também integração da estratégia e das revisões orçamentárias de longo prazo, garantindo maior assertividade
das projeções, o que contribuiu
para a sustentabilidade financeira.
A nova torre tem potencial de gerar novas contratações, ampliar a
aplicação de recursos em filantropia e aumentar o número de
empregos indiretos. Além disso,
por ser um prédio construído e
operado a partir de premissas de
respeito ao meio ambiente, temos
a expectativa de conquista da
certificação LEED Gold, do U.S.
Green Building Council, o que deverá gerar isenção do IPTU pela
Prefeitura de São Paulo.
INVESTIMENTO EM REGIME
DE CAIXA (2009 A 2015)
R$ 1,2 bi
80
Para melhor gestão dos recursos
financeiros, em 2016 a instituição
implementa alterações no processo orçamentário e passará a utilizar uma ferramenta especializada chamada Prophix. Isso deverá
trazer maior qualidade nas informações e sinergia entre os departamentos, apoiando o Conselho
de Administração no direcionamento e na tomada de decisões.
Já treinados em relação ao uso
do sistema integrado, os gestores poderão avaliar o impacto de
suas ações e sua parcela de contribuição para o resultado da organização. É assim que pretendemos atuar em 2016: com a cautela
necessária, baixos investimentos
e, posteriormente, reavaliação da
continuidade dos investimentos a
partir de 2017.
Em 2015, enfatizamos o redirecionamento do olhar financeiro por
meio do Comitê de Estratégia e
Finanças, apoiando a racionalização dos gastos e a reavaliação
dos investimentos. O Conselho de
Administração pautou o projeto
de produtividade, que impactou
toda a cadeia assistencial da instituição e direcionou ações de revisão dos processos do hospital.
Como exemplo, um dos resultados mais significativos foi verificado na área de enfermagem, cujo
modelo operacional incorporou
uma visão mais ampla, que vê o
cenário geral de ocupação do
hospital, dia a dia, e toma decisões mais assertivas para uso da
estrutura disponível, integrando
os profissionais para um melhor
atendimento do paciente. O pool
de recursos feito com a reorganização dos colaboradores foi intensificado em 2015, maximizando
os indicadores de produtividade
hospitalar, gerando economias de
escala para a instituição.
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Principais fontes
de receita
Desempenho de 2015
O resultado do ano contempla o
período de 1º de janeiro a 31 de
dezembro de 2015. Apesar das
despesas pré-operacionais decorrentes do plano de ativação das
novas torres e dos cenários adversos da economia, a instituição
apresentou um bom desempenho
econômico e um Ebitda de R$ 177
milhões (margem de 13,1%).
74%
24%
2%
operadoras nacionais
pacientes particulares
operadoras
internacionais
Demonstração de resultados do exercício 2015 (G4-EC1)
Demonstração de resultados1
2015
2014
Receitas operacionais
1.346.958
1.174.027
Custos com medicamentos, materiais e serviços
médicos
(358.731)
(319.172)
988.227
854.855
(463.524)
(396.873)
(43.194)
(37.011)
(299.222)
(292.780)
(48.736)
(12.796)
(854.676)
(739.460)
134.402
115.395
(47.344)
(1.473)
86.207
113.922
Superávit bruto
Despesas operacionais
Despesa com pessoal e encargos
Depreciações e amortizações
Despesas administrativas e gerais
Outras despesas operacionais líquidas
Total
Superávit operacional antes do resultado
financeiro
Despesas financeiras líquidas
Superávit do exercício
1. Em milhares de reais
As demonstrações financeiras acima incluem todas as unidades (Bela Vista, Itaim, Jardins e Brasília – Asa Sul
e Lago Sul).
81
Relatório de Sustentabilidade 2015
Sobre o relatório
O Relatório de Sustentabilidade
2015 traz informações que compreendem o período de 1o de janeiro a 31 de dezembro de 2015,
apresentando seus resultados financeiros e econômicos, sua gestão e governança corporativa e o
desempenho socioambiental da
instituição, bem como seus impactos na sociedade.
O documento busca dar transparência às estratégias, ações e
desempenho do Hospital Sírio-Libanês, sendo publicado anualmente desde 2008. Em 2014, o Sírio revisou a base de públicos de
relacionamento, mapeando novos
stakeholders e priorizando alguns
deles para serem consultados no
processo de materialidade. A base
de temas materiais também foi
revisitada no mesmo ano, a partir
do cruzamento entre os resultados da dinâmica de impactos realizada com a direção do hospital
e a análise de estudos setoriais e
de documentos internos da organização. A priorização de temas
ocorreu a partir dos resultados
de um painel realizado em 2014,
que contou com a participação de
membros da comunidade do entorno e fornecedores, das respostas ao questionário online enviado
para gestores, corpo clínico, colaboradores, terceiros e pacientes e
de entrevistas com especialistas.
Gestores e lideranças do Hospital
Sírio-Libanês participaram ativamente de sua construção, e as
equipes técnicas responsabilizaram-se pela coleta e análise de indicadores. Não houve alterações
significativas de escopo ou de
informações em relação à edição
anterior, relativa ao ano de 2014.
Este relatório foi elaborado de
acordo com as diretrizes G4 da
Global Reporting Initiative (GRI),
em seu escopo Essencial (Core).
Houve verificação externa dos
dados financeiros e não financeiros pela auditoria KPMG.
Foram incluídos dados sobre estratégias, iniciativas, produtos,
serviços, projetos, operações e
negócios das unidades em São
Paulo (Bela Vista, Itaim e Jardins)
e em Brasília (Asa Sul e Lago Sul),
todas também incluídas na demonstração financeira apresentada neste relatório.
Informações e limitações relativas a indicadores GRI específicos
estão apontadas no Índice GRI
(após a carta de declaração da
auditoria) ou ao longo do texto.
Dúvidas, críticas e sugestões sobre o conteúdo apresentado podem ser encaminhadas para o e-mail [email protected].
No portal www.hospitalsiriolibanes.org.br, estão disponíveis informações dos relatórios anteriores.
(G4-17; G4-18; G4-22; G4-23; G425; G4-26; G4-28; G4-29; G4-30;
G4-31; G4-32; G4-33)
82
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Sumário de
Conteúdo da GRI
Conteúdo geral
Capítulo/resposta
Verificação
externa
04
sim, pág. 87
G4-3 Nome da organização
14
sim, pág. 87
G4-4 Principais marcas, produtos e/ou serviços
14
sim, pág. 87
G4-5 Localização da sede da organização
14
sim, pág. 87
G4-6 Países onde estão as principais unidades de operação ou as
mais relevantes para os aspectos da sustentabilidade do relatório
17
sim, pág. 87
G4-7 Tipo e natureza jurídica da propriedade
14
sim, pág. 87
G4-8 Mercados em que a organização atua
17
sim, pág. 87
G4-9 Porte da organização
17
sim, pág. 87
G4-10 Perfil dos empregados
17
sim, pág. 87
100% dos colaboradores CLT
sim, pág. 87
G4-12 Descrição da cadeia de fornecedores da organização
70
sim, pág. 87
G4-13 Mudanças significativas em relação a porte, estrutura,
participação acionária e cadeia de fornecedores
14
sim, pág. 87
G4-14 Descrição sobre como a organização adota a abordagem
ou princípio da precaução
24
sim, pág. 87
29, 72, 77
sim, pág. 87
O Sírio-Libanês é membro da
Associação Nacional de Hospitais
Privados (Anahp), entidade
representativa dos principais hospitais
privados de excelência do país.
sim, pág. 87
Descrição
Estratégia e análise
G4-1 Mensagem do presidente
Perfil organizacional
G4-11 Percentual de empregados cobertos por acordos de
negociação coletiva
G4-15 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas
externamente
G4-16 Participação em associações e organizações
83
Relatório de Sustentabilidade 2015
Capítulo/resposta
Verificação
externa
81
sim, pág. 87
11, 81
sim, pág. 87
G4-19 Lista dos temas materiais
12
sim, pág. 87
G4-20 Limite, dentro da organização, de cada aspecto material
12
sim, pág. 87
G4-21 Limite, fora da organização, de cada aspecto material
12
sim, pág. 87
G4-22 Reformulações de informações fornecidas em relatórios
anteriores
81
sim, pág. 87
G4-23 Alterações significativas de escopo e limites de aspectos
materiais em relação a relatórios anteriores
81
sim, pág. 87
G4-24 Lista de grupos de stakeholders engajados pela
organização
11, 61
sim, pág. 87
G4-25 Base usada para a identificação e seleção de stakeholders
para engajamento
11, 61
sim, pág. 87
18, 20, 25, 31, 32, 33, 39, 40, 44, 53,
57, 59, 67, 70, 72, 81
sim, pág. 87
11
sim, pág. 87
G4-28 Período coberto pelo relatório
81
sim, pág. 87
G4-29 Data do relatório anterior mais recente
81
sim, pág. 87
G4-30 Ciclo de emissão de relatórios
81
sim, pág. 87
G4-31 Contato para perguntas sobre o relatório ou seu conteúdo
81
sim, pág. 87
G4-32 Opção da aplicação das diretrizes e localização da tabela GRI
81
sim, pág. 87
81
sim, pág. 87
20
sim, pág. 87
G4-56 Valores, princípios, padrões e normas de comportamento
da organização
14
sim, pág. 87
G4-57 Mecanismos internos e externos de orientação sobre ética
e conformidade
60
sim, pág. 87
Descrição
Aspectos materiais identificados e limites
G4-17 Entidades incluídas nas demonstrações financeiras
consolidadas e entidades não cobertas pelo relatório
G4-18 Processo de definição do conteúdo do relatório
Engajamento de stakeholders
G4-26 Abordagem para envolver os stakeholders
G4-27 Principais tópicos e preocupações levantadas durante o
engajamento, por grupo de stakeholders
Perfil do relatório
Governança
G4-33 Política e prática atual relativa à busca de verificação
externa para o relatório
G4-34 Estrutura de governança da organização
Ética e integridade
84
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Conteúdo específico
Descrição
Página/ resposta
Omissão
Verificação externa
G4-DMA Forma de gestão
80
–
sim, pág. 87
G4-EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído
80
–
sim, pág. 87
G4-DMA Forma de gestão
39
–
sim, pág. 87
G4-EC7 Impacto de investimentos em infraestrutura
oferecidos para benefício público
39
–
sim, pág. 87
G4-EC8 Descrição de impactos econômicos indiretos
significativos
39
–
sim, pág. 87
G4-DMA Forma de gestão
76
–
sim, pág. 87
G4-EN3 Consumo de energia dentro da organização
76
–
sim, pág. 87
G4-EN4 Consumo de energia fora da organização
76
–
sim, pág. 87
G4-EN5 Intensidade energética
76
–
sim, pág. 87
G4-EN6 Redução do consumo de energia
76
–
sim, pág. 87
G4-DMA Forma de gestão
75
–
sim, pág. 87
G4-EN8 Total de água retirada por fonte
75
–
sim, pág. 87
G4-EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas
por retirada de água
75
–
sim, pág. 87
G4-EN10 Percentual e volume total de água reciclada
e reutilizada
75
–
sim, pág. 87
G4-DMA Forma de gestão
77
–
sim, pág. 87
G4-EN15 Emissões diretas de gases de efeito estufa
77
–
sim, pág. 87
G4-EN16 Emissões indiretas de gases de efeito estufa
provenientes da aquisição de energia
77
–
sim, pág. 87
G4-EN18 Intensidade de emissões de gases de efeito
estufa
77
–
sim, pág. 87
Categoria econômica
Aspecto: Desempenho econômico
Aspecto: Impactos econômicos indiretos
Categoria ambiental
Aspecto: Energia
Aspecto: Água
Aspecto: Emissões
85
Relatório de Sustentabilidade 2015
Descrição
Página/ resposta
Omissão
Verificação externa
74, 75
–
sim, pág. 87
G4-EN22 Descarte total de água, discriminado por
qualidade e destinação
75
–
sim, pág. 87
G4-EN23 Peso total de resíduos, discriminado por tipo
e método de disposição
74
–
sim, pág. 87
G4-EN25 Peso de resíduos transportados
considerados perigosos
74
–
sim, pág. 87
G4-DMA Forma de gestão
72
–
sim, pág. 87
G4-EN31 Total de investimentos e gastos com
proteção ambiental
72
–
sim, pág. 87
Aspecto: Efluentes e resíduos
G4-DMA Forma de gestão
Aspecto: Geral
Categoria social – práticas trabalhistas e trabalho decente
Aspecto: Emprego
G4-DMA Forma de gestão
65
–
sim, pág. 87
G4-LA1 Número total e taxas de novas contratações e
rotatividade de empregados
62, 65
–
sim, pág. 87
G4-LA2 Comparação entre benefícios a empregados
de tempo integral e temporários
62
–
sim, pág. 87
G4-LA3 Taxas de retorno ao trabalho e retenção após
uma licença-maternidade/paternidade
66
–
sim, pág. 87
G4-DMA Forma de gestão
69
–
sim, pág. 87
G4-LA5 Percentual dos empregados representados
em comitês formais de segurança e saúde
69
–
sim, pág. 87
G4-LA6 Taxas de lesões, doenças ocupacionais e dias
perdidos
69
–
sim, pág. 87
G4-DMA Forma de gestão
66
–
sim, pág. 87
G4-LA9 Média de horas de treinamento por ano
67
–
sim, pág. 87
66, 67, 68
–
sim, pág. 87
66
–
sim, pág. 87
Aspecto: Saúde e segurança no trabalho
Aspecto: Treinamento e educação
G4-LA10 Programas para gestão de competências e
aprendizagem contínua
G4-LA11 Percentual de empregados que recebem
análises de desempenho
86
Descrição
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Página/ resposta
Omissão
Verificação externa
Categoria social – direitos humanos
Aspecto: Investimentos
G4-DMA Forma de gestão
59
–
sim, pág. 87
59, 67
–
sim, pág. 87
G4-DMA Forma de gestão
59
–
sim, pág. 87
G4-HR3 Número total de casos de discriminação e
medidas corretivas tomadas
59
–
sim, pág. 87
A comunidade do
entorno não aponta
questões como
resíduos e barulho/
transporte como
impactantes, segundo
a consulta feita aos
stakeholders durante o
processo de revisão da
materialidade para este
relato.
–
sim, pág. 87
24
–
sim, pág. 87
G4-PR1 Avaliação de impactos na saúde e segurança
durante o ciclo de vida de produtos e serviços
24, 32
–
sim, pág. 87
G4-PR2 Não conformidades relacionadas aos
impactos causados por produtos e serviços
24, 25
–
sim, pág. 87
G4-DMA Forma de gestão
33, 59
–
sim, pág. 87
G4-PR5 Resultados de pesquisas medindo a
satisfação do cliente
33, 59
–
sim, pág. 87
G4-HR2 Total de horas de treinamento de
empregados em políticas de direitos humanos e
percentual de empregados treinados
Aspecto: Não discriminação
Categoria social – sociedade
Aspecto: Comunidades locais
G4-SO2 Operações com impactos negativos
significativos, reais e potenciais, nas comunidades
locais
Aspecto: Combate à corrupção
Categoria social – responsabilidade pelo produto
Aspecto: Saúde e segurança do cliente
G4-DMA Forma de gestão
Aspecto: Rotulagem de produtos e serviços
Relatório de Sustentabilidade 2015
87
88
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Relatório de Sustentabilidade 2015
89
90
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Estrutura
organizacional
Assembleia Geral
380 associadas
Conselho Deliberativo
(2015-2018)
Diretoria
Anna Maria Tuma Zacharias
Presidente
Denise Alves da Silva Jafet
Vice-presidente
Lenah Barrionuevo Cochrane
Cutait
Secretária Geral
Adriana Penteado Camasmie
1ª Secretária
Integrantes
Adele Sader Abdalla
Adele Zarzur Kherlakian
Adriana Abdalla Hannud
Rizkallah
Alzira Maria Assumpção
Angela Haidar Chede
Cecilia Elisabeth Cassab Cutait
Cecilia Rizkallah Camasmie
Claudia Camasmie Ferraretto
Claudia Chohfi
Cristiane Tamer Lotaif
Cynthia Parodi Cutait
Dora Camasmie Jeraissati
Dulce Antonia Camasmie Abdalla
Edith Jafet Cestari
Edmea Eduardo Jafet
Eliane Cury Nahas
Fernanda Jafet Pontalti
Flavia Assad Jafet
Georgia Abdalla Hannud
Gisele Zarzur Maluf
Grace Tamer Lotaif Cury
Irene Jafet Panelli
Laura Emilia Calfat Chammas
Leda Maluf Haidar
Lilian Cury
Lilian Dabus Zarzur
Luciana Murad Hannud
Maria Angela Atallah
Maria de Lourdes Flaifel
Junqueira Franco
Maria Helena Andraus Cintra
Mariana Zaher
Marilena Camasmie Razuk
Marilena Racy Bussab
Marta Kehdi Schahin
Mary Calfat Maldaun
Milena Abdalla Hannud
Milene Calfat Maldaun
Monique Penteado Rodrigues
Haidar
Nadia Bonduki
Neide Salemi
Regina Atallah Sallum
Renata Rizkallah
Ruth Salem Sader
Sandra Sarruf Chohfi
Shirley Chohfi Cury Zarzur
Silvana Dacca Curi
Silvana Said Haidar
Silvia Yazbek Cury
Sonia Abdalla Jafet
Sylvia Suriani Sabie
Vania Cutait de Castro Cotti
Vera Assad Jafet Kehdi
Vera Christina Saliba Abdalla
Vera Lucia Zaher
Vera Lygia Bussab Saliba
Vilma Calfat Jafet
Vivian Anauate Elito Maluf
Conselho Fiscal (2015-2018)
Membros efetivos
Antônio Sarkis Jr.
Paulo André Jorge Germanos
Marcelo Haddad Buazar
Membros suplentes
Alexandre Saddy Chade
Marcelo Chakmati
91
Relatório de Sustentabilidade 2015
Diretoria de Senhoras
(2015-2018)
Diretora Social e de Eventos
Sandra Sarruf Chohfi
Presidente
Marta Kehdi Schahin
Diretora Social e de Eventos
Marilena Camasmie Razuk
1ª Vice-presidente
Dulce Antonia Camasmie Abdalla
Diretora de Relações Públicas e
Divulgação
Sylvia Suriani Sabie
2ª Vice-presidente
Vera Jafet Kehdi
Secretária Geral
Georgia Abdalla Hannud
1ª Secretária
Leda Yazbek Sabbagh
Tesoureira Geral
Maria Helena Andraus Cintra
1ª Tesoureira
Claudia Chohfi
​2ª Tesoureira
Renata Rizkallah
Diretora de Patrimônio
Cecília E. Cassab Cutait
Diretora de Sede
Eliane Cury Nahas
Diretora de Ações Sociais
Edith Jafet Cestari
Diretora de Ações Sociais
Maria Angela Atallah
Diretora de Voluntariado
Angela Haidar Chede​
Presidente Honorária
Violeta Basílio Jafet
Conselho de Administração
(2015-2018)
Angela Haidar Chede
Claudia Chohfi
Dulce A. Camasmie Abdalla
Giovanni Guido Cerri
Luiz Henrique Maksoud
Marta Kehdi Schahin (presidente)
Paulo Marcelo Gehm Hoff
Raul Calfat
Roberto Kalil Filho
Sérgio Carlos Nahas
Tadeu Carneiro
Conselho Vitalício
Arlette Abussamra Yazigi
Beatriz Jafet Chohfi
Elizabeth Camasmie Zogbi
Ellye Zarzur Cury
Ieda Karan de Araújo Vianna
Ilda Zarzur
Ivette Rizkallah
Lilian Nader Atallah
Lina Saigh Maluf
Lourdes Henaisse Abdon
Lourdes Zarzur Cury
Lucia Camasmie Kurbhi
Magnólia Chohfi Atallah
Maria Angela Kalil Rizkallah
Maria Sylvia Haidar Suriani
Munira Salomão
Myrna Suriani Haidar
Nancy Luiza Pagnoncelli Cury
Rachel Tamer Lotaif
Rose Zarzur Cozman
Vivian Abdalla Hannud
Zilda Camasmie Taleb
92
Comissão Médica
Antranik Manissadjian
Anuar Ibrahim Mitre
Arnaldo José Hernandez
Artur Katz
Conrado Furtado de
Albuquerque Cavalcanti
Daniel Deheinzelin (presidente)
Gustavo Adolpho Junqueira
Amarante
Marcel Cerqueira César Machado
Marcello Simaro Barduco
Rubens Vuono de Brito Neto
Sérgio Samir Arap
Yana Augusta Sarkis Novis
Comissões e grupos
especializados
Comissão Assessora da Diretoria
Clínica
Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar
Comissão de Credenciamento
Comissão de Ética de
Enfermagem
Comissão de Ética Médica
Comissão de Farmácia e
Terapêutica
Comissão de Pacientes Críticos
Comissão de Padronização e
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Auditoria Transfusional
Comissão de Pronto
Atendimento
Comissão de Reanimação
Cardiopulmonar
Comissão de Revisão de Óbitos
Comissão de Revisão de
Prontuários Médicos
Comissão de Unidades Críticas
Comissão dos Núcleos de
Medicina Avançada
Comissão Intra-hospitalar de
Transplantes
Comitê de Vanguarda
Equipe Multidisciplinar de
Terapia Nutricional
Agradecimentos
R$ 2,57 milhões em
doações
A Sociedade Beneficente de
Senhoras Hospital Sírio-Libanês
conta com o apoio de pessoas e
empresas comprometidas com o
seu desenvolvimento e expansão
desde a fundação, em 1921.
Em 2015, as ações de
mobilização de recursos
obtiveram R$ 2.572.400,26. A
instituição agradece a todos
que contribuíram para seu
crescimento e lista as pessoas
e empresas que fizeram a
diferença em 2015:
GRANDES BENEMÉRITOS
Carlos Alberto Mansur
FG – Farma Goiás Distribuidora
de Medicamentos Ltda.
Instituto João e Belinha Ometto
Vivian Abdalla Hannud
BENEMÉRITOS
Ahmad Ali Bazaani
Associação Comendador Assad
Abdalla – Corgie Haddad Abdalla
Mafuci Kadri
Samir Abdenour
Vânia Maria Boghossian Marinho
93
Relatório de Sustentabilidade 2015
Ficha técnica
Coordenação
Comitê de Sustentabilidade
Coordenação editorial e design
Report Sustentabilidade
Equipe: Ana Souza (gestão de
projetos e relacionamento),
Rúbia Piancastelli (edição),
Guilherme Falcão (projeto
gráfico), Gustavo Inafuku
(diagramação), Flavia Ocaranza
(ilustrações)
Revisão
Daniel Damas de Jesus
Assertiva Produções Editoriais
Versão em inglês
Just Traduções
Fotografia
Julio Vilela, Lilo Clareto e
Thinkstock Photos
Impressão e acabamento
Papel: miolo em couchê fosco
150 g/m² e capa em couchê
fosco 300 g/m²
Família tipográfica: Gotham,
Tobias Frere-Jones, 2000
Relatório de
Sustentabilidade
2015
Relatório de Sustentabilidade 2015 | Hospital sírio-libanês
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