Relatório de Sustentabilidade 2015 Relatório de Sustentabilidade 2015 | Hospital sírio-libanês Conhecer para cuidar Nosso propósito é cuidar da saúde de cada um, da sociedade e do planeta Sumário 4 Mensagem da presidência 59 Relacionamento 62 Capital humano 70 Fornecedores 6 Destaques do ano 72 G estão ambiental 8 Linha do tempo 75 Gestão do consumo de água 76 Consumo de energia 77 Emissões de gases 11 Apresentação 79 Nossos números 14 O Hospital Sírio-libanês 81 S obre o relatório 18 Valor compartilhado 20 Governança e gestão 24 Gestão da qualidade 32 Governança clínica 82 Sumário de Conteúdo da GRI 87 Carta de asseguração 90 Estrutura organizacional 39 Ensino e Pesquisa 93 Ficha técnica 53 R eponsabilidade Social 57 Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social 4 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Mensagem da presidência Norteados pela eficiência, realizamos em 2015 mudanças estruturais em prol da integração das equipes, maior inteligência e qualidade na assistência Em 2015, celebramos a solidez da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês e de seus resultados. Atravessamos um ano desafiador com uma gestão cada vez mais consolidada e com o nosso valioso capital humano, retornando à sociedade, em forma de projetos de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), R$ 108 milhões aplicados em filantropia. Nosso investimento na integração das ferramentas de gestão e orçamento resultou em um acompanhamento sistemático do que planejamos e executamos, guiando-nos a um bom desempenho financeiro e a um crescimento sustentado. Além disso, a melhoria contínua de nossos processos assistenciais garante um aumento qualitativo nos serviços prestados aos pacientes, que contam com a estrutura das unidades em São Paulo (Bela Vista, Itaim e Jardins) e Brasília (Asa Sul e Lago Sul). Foi também um ano de colher parte dos frutos da abertura das novas torres na unidade Bela Vista. Hoje, o Hospital Sírio-Libanês oferece 451 leitos. Para atender os pacientes com maior qualidade, segurança e efetividade, houve mudanças estruturais para um formato de trabalho mais integrado e inteligente. Um extenso plano direcionado à eficiência norteou nossa caminhada em 2015. Com novos modelos de organização e constante investimento na capacitação das equipes, conseguimos alcançar padrões ainda mais altos. Ao longo do ano, conquistamos cinco certificações: CARF (Commission on Accreditation of Rehabilitation Facilities), ISO 14001 (gestão ambiental), OHSAS 18001 (gestão de saúde e segurança do trabalhador), Selo Amigo do Idoso na categoria Pleno (Governo do Estado de São Paulo) e Acreditação Canadense (Canadian Council on Health Services Accreditation) na categoria Diamante. Novas tecnologias aplicadas fazem parte do pioneirismo que é um dos pilares de evolução da nossa instituição. Assim, as unidades passaram a consumir cada vez menos papel, utilizando o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Além desse sistema, ferramentas on-line integram e dão transparência e segurança às informações destinadas tanto ao corpo clínico (Portal do Médico) quanto ao paciente (Portal do Paciente). Ainda sobre inovações que melhoram nosso ambiente de trabalho e influenciam nossos indicadores de qualidade, implantamos o aviso de achados críticos em exames de imagem – um canal direto com o médico solicitante para alertar sobre diagnósticos críticos e garantir a continuidade do cuidado ao paciente. Para fortalecer nossa rede de assistência, responsável por atender colaboradores e dependentes, readequamos o plano de saúde e realizamos melhorias no pro- 5 Relatório de Sustentabilidade 2015 24 mil participantes em ações de ensino, sendo 16 mil profissionais do SUS grama Cuidando de Quem Cuida, que disponibiliza hoje uma equipe multiprofissional dedicada à atenção primária. Juntas, essas mudanças nos levam à instituição que almejamos: um ambiente sadio, integrado, produtivo e em constante evolução. Trazemos ainda resultados positivos do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP), um valioso centro de formação profissional voltado a produzir e disseminar conhecimento que atua em estreita parceria com a área assistencial, para assim criarmos estratégias de cuidado ao paciente ainda mais efetivas. Olhando para fora, destacamos as atividades de capacitação em todo o Brasil. Em 2015, tivemos cerca de 24 mil participantes em nossas ações de ensino – destes, 16 mil eram profissionais que atuam em unidades do SUS espalhadas pelo país e representam um grande potencial transformador para a melhoria de nossa sociedade. Em nossa atuação filantrópica, iniciou-se um novo ciclo de participação junto ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi/SUS) em 2015, por meio do qual são elaborados e executados os projetos. No período de 2009 a 2014, cerca de 20 mil profissionais foram capacitados por ano, em mais de 370 regiões de saúde do Brasil, multiplicando o conhecimento e o acesso às melhores práticas e processos assistenciais. Contribui ainda para a execução da missão filantrópica da organização o Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social, que realiza a gestão de equipamen- tos públicos de saúde em parceria com os governos municipal e estadual. Em 2015, o Instituto enfrentou desafios por conta do ajuste de repasses ocasionado pela queda na arrecadação do poder público. As dificuldades foram superadas com o aperfeiçoamento na gestão dessas unidades, gerando maior qualidade e segurança aos usuários do SUS. Certos de que o nosso trabalho vai ao encontro das expectativas e demandas da sociedade, continuamos aprimorando nossas ações. Em 2016, seguiremos com uma gestão inteligente e equilibrada baseada no tripé formado pela excelência de nossa atuação, pela demanda por nossos serviços e pela eficiência operacional. Assim, criamos as condições para atravessar o ano com serenidade, de modo a manter um crescimento sustentável em todos os aspectos do nosso trabalho. Boa leitura! Marta Kehdi Schahin, Presidente da Sociedade Beneficente de Senhoras Paulo Chapchap, Diretor Geral – CEO (G4-1) 6 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Destaques do ano Certificações e prêmios nacionais e internacionais, avanços e inovações na assistência ris, por meio de sua Fundação, a instituição realizou a primeira edição do Prêmio Empreenda Saúde no Brasil, voltado a estimular a inovação, o empreendedorismo e o desenvolvimento da sociedade. A vencedora, Paula Renata Cerdeira Gomez, apresentou um trabalho que contribui para a detecção antecipada de surtos epilépticos •Uma das novas torres do complexo hospitalar da Bela Vista ganhou um dos maiores jardins verticais do Brasil, com 1.000 m², 27 m de altura e 80 mil plantas de 42 espécies. Ele é parte do projeto de implantação de jardins verticais em 20 prédios da região do Minhocão, no centro de São Paulo •Uma equipe de médicos do Centro de Cardiologia realizou o primeiro procedimento no Brasil de implante de válvula aórtica de colocação rápida do tipo valve-in-valve por meio de incisão cirúrgica, com plástica de válvula mitral realizada concomitantemente. Essa técnica representa um novo avanço na cirurgia cardíaca e oferece potencialmente maior rapidez e segurança, com taxas mais baixas de morbidade e mortalidade •Em parceria com a consultoria de negócios e tecnologia eve- •O aplicativo Portal do Paciente, desenvolvido pela equipe de tecnologia da informação, venceu o Prêmio Oi Tela Viva Móvel na categoria saúde e bem-estar e foi um dos vencedores do XV Prêmio ABT, concedido pelo Instituto Brasileiro de Marketing de Relacionamento (IBMR), no grupo de inovação em produtos e processos •Reportagem publicada na revista Você S/A em março/15 destacou as práticas de economia e bom uso da água pelo Hospital Sírio-Libanês 7 Relatório de Sustentabilidade 2015 •IEP ganhou o primeiro lugar na categoria Aplicação Social do Polycom Customer Success Award (CSA), por uso da tecnologia de vídeo Polycom RealPresence nos programas de formação de profissionais da saúde no Brasil •Hospital Sírio-Libanês patrocinou a HSM Expomanagement 2015, um dos maiores eventos de gestão da América Latina, e ofereceu atividades e palestras com discussões nas áreas de gestão, ética e inovação •Ambulatório de Filantropia completou dez anos de atendimento a pacientes com câncer de mama encaminhados pelo SUS e inaugurou uma nova unidade, dedicada à ultrassonografia •Inauguração do Centro de Capacitação Multiprofissional, espaço voltado para o aperfeiçoamento e atualização das equipes que atuam no cuidado ao paciente •Participação na 22ª edição da Hospitalar, maior evento do setor nas Américas, no qual a instituição apresentou programas de consultoria em projetos de saúde, gestão assistencial e de pessoas, além de projetos nas áreas de ensino e pesquisa •Participação no MEDINFO 2015, principal evento mundial de informática em saúde promovido pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, que reuniu mais de mil participantes de 67 países •Destaque no Guia Exame de Sustentabilidade no segmento de serviços de saúde pelo segundo ano consecutivo •Pelo segundo ano consecutivo, o hospital foi eleito a marca de maior prestígio na área da saúde em levantamento divulgado pela revista Época Negócios •A instituição foi selecionada pelo grupo editorial IT Mídia como uma das integrantes do ranking As 100+ inovadoras no uso de TI •Selo de Responsabilidade Social Fundação Settaport reconheceu os esforços da organização voltados à preservação do meio ambiente e à melhoria da qualidade de vida da sociedade 8 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Linha do tempo O Hospital Sírio-Libanês completou, em 2015, 94 anos de contribuições para o desenvolvimento da saúde no Brasil 1931 Início da construção do primeiro prédio, atual bloco A, no bairro da Bela Vista, região central de São Paulo 1921 Adma Jafet funda a Sociedade Beneficente de Senhoras 1943 Ocupação do prédio pela Escola Preparatória de Cadetes; a abertura do hospital é temporariamente adiada 1959 Devolução do prédio à Sociedade Beneficente de Senhoras 1961 A primeira cirurgia é realizada com sucesso (uma gastrectomia conduzida pelo Dr. Daher Elias Cutait) 9 Relatório de Sustentabilidade 2015 1965 Inauguração oficial, em 15 de agosto, sob direção clínica do Dr. Daher Cutait, tendo Violeta Jafet na presidência da Sociedade Beneficente de Senhoras 1970 Inauguração do bloco B 1971 Instalação da primeira Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Brasil e inauguração do Serviço de Radioterapia, com o primeiro acelerador linear de fótons e elétrons da América Latina 1980 Nasce o Serviço de Voluntários, que contribui para o trabalho de humanização do atendimento 1992 Inauguração do bloco C, com 40 mil m², 20 andares e áreas de internação, centro de diagnósticos, heliponto, restaurante e outras instalações 1993 Conquista do título de hospital escola, concedido pelos ministérios da Educação e da Cultura; tem início o programa de residência médica 1995 1978 Fundação do Centro de Estudos e Pesquisa (CEPE), com o propósito de incorporar pesquisas à rotina hospitalar Fundação da Unidade de Transplante de Órgãos e Tecidos, especializada em cirurgias de rim, fígado, medula, córnea e coração 1997 Parcerias internacionais de cooperação científica são firmadas com a Harvard Medical International e o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, ambos dos Estados Unidos 1998 Criação do Centro de Oncologia 1999 Construção do primeiro programa de telemedicina do Brasil 2000 Realizada a primeira telecirurgia guiada por robô do Hemisfério Sul: um paciente no Sírio-Libanês foi operado em um procedimento realizado em conjunto pelos Drs. Anuar Ibrahim Mitre e Louis Kavoussi, de Baltimore, nos Estados Unidos 2003 O hospital foi o primeiro da América Latina a implantar os exames PET/CT (tomografia por emissão de pósitrons); inauguração do prédio do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), no lugar do antigo CEPE; celebração de convênio com a Prefeitura de São Paulo para atendimento de pacientes do SUS e apoio à manutenção predial e de informática de Unidades Básicas de Saúde (UBS) do distrito da Sé, centro de SP 10 2004 Lançamento do programa de medicina preventiva; implantação dos centros de check-up e reabilitação e do núcleo de mastologia 2005 Certificação do IEP pelo Ministério da Educação: o instituto tornou-se apto a oferecer cursos de pós-graduação na área da saúde; primeiro tomógrafo 64C para diagnósticos cardíacos é instalado no Brasil 2007 Certificação pela Joint Commission International (JCI), principal selo internacional de qualidade para serviços de saúde 2008 Realizada a primeira cirurgia com o robô da Vinci S; criação do Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social, reconhecido como organização social para gerir serviços públicos de saúde; assinado termo de ajuste com o Ministério da Saúde para implantação dos novos projetos de filantropia focados no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi/SUS) 2009 Reformulação da marca Sírio-Libanês, com o objetivo de sintetizar os valores da instituição; ampliação do Pronto Atendimento; começam as obras das novas torres no complexo hospitalar da Bela Vista HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 2010 Inauguração da Unidade Itaim, em São Paulo; abertura do Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, que traz esperança de cura a pacientes com vários tipos de doenças hematológicas 2011 Inauguração da Unidade Brasília – Asa Sul, a primeira fora de São Paulo e especializada em oncologia, e da Unidade Jardins, em São Paulo 2012 Abertura da Unidade Avançada de Insuficiência Cardíaca (UAIC), que integra a estrutura do Centro de Cardiologia e atende pacientes do hospital e do SUS 2013 Inauguração do Serviço de Radioterapia na Unidade Brasília – Asa Sul, com assistência ainda mais completa ao paciente oncológico 2014 Abertura da Unidade Brasília – Lago Sul, a segunda na capital federal e também especializada em oncologia; o hospital passa a abrigar o primeiro Centro Internacional de Referência em Imagem Cardiovascular da Siemens nas Américas 2015 Em 23 de abril, o hospital inaugura as duas novas torres na Bela Vista, que seguem padrões de construção sustentável 11 Relatório de Sustentabilidade 2015 Apresentação Pelo sétimo ano, o Hospital SírioLibanês traz seu desempenho, apresenta informações estratégicas e resultados, buscando transparência junto aos seus públicos e práticas mais sustentáveis O sétimo Relatório de Sustentabilidade da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês foi elaborado para prestar contas de seu desempenho em 2015. A partir dos pilares de atuação – assistência à saúde, ensino, pesquisa e responsabilidade social –, aponta os temas prioritários que perpassam suas atividades e impactam a instituição tanto dentro como fora. (veja quadro na próxima página). Os temas permanecem os mesmos definidos na última revisão em 20141, para garantir a continuidade e a consistência do trabalho desenvolvido até o momento. Em 2016, haverá uma revisão dos principais temas relacionados ao hospital. 1 A priorização de temas ocorreu a partir dos resultados de um painel realizado em 2014, que contou com a participação de membros da comunidade do entorno e fornecedores, das respostas ao questionário on-line enviado para gestores, corpo clínico, colaboradores, terceiros e pacientes e de entrevistas com especialistas. Com o objetivo de deixar mais claras as informações, este Relatório de Sustentabilidade traz, ao longo dos capítulos, ícones para cada um dos 13 temas materiais (veja no quadro abaixo a lista completa de temas e seus ícones correspondentes). Dessa forma, será possível compreender como a instituição atua e gerencia seus impactos de forma integrada. Este documento segue as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), versão G4, principal referência mundial na metodologia de relatos de sustentabilidade. Mais detalhes podem ser obtidos no capítulo Sobre o relatório, no qual estão publicados todos os indicadores reportados pela Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês. (G4-18, G4-24, G4-25) 12 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS (G4-19, G4-20, G4-21, G4-27) Foco nos pacientes Tema material Públicos impactados (D e F*) Segurança e qualidade dos serviços prestados Colaboradores, médicos, pacientes (D), doadores/ investidores (F) Transparência no processo de cuidar – empoderamento do paciente Colaboradores, médicos, pacientes (D), doadores/ investidores (F) Aspecto e indicador Saúde e segurança do paciente: G4-PR1, G4-PR2 Rotulagem de produtos e serviços: GR-PR5 Saúde e segurança do paciente: G4-PR1 Rotulagem de produtos e serviços: GR-PR5 No relatório Pg. 24, 25, 32, 33, 59 Pg. 24, 25, 32, 33, 59 Energia: G4-EN3, G4-EN4, G4-EN5, G4-EN6 Foco ambiental Manutenção e ampliação das instalações sustentáveis Associados (D), doadores/ investidores, fornecedores (F) Água: G4-EN8, G4-EN9, G4-EN10 Emissões: G4-EN15, G4EN16, G4-EN18 Pg. 73, 74, 75 Efluentes e resíduos: G4EN22 Gestão de resíduos hospitalares Associados (D), doadores/ investidores, associados, fornecedores (F) Uso responsável da água, eficiência Associados (D), doadores/ energética e investidores, fornecedores (F) geração de energia limpa *Dentro (D) e Fora (F) da instituição Efluentes e resíduos: G4EN23, G4-EN25 Pg. 72 Energia: G4-EN3, G4-EN4, G4-EN5, G4-EN6 Água: G4-EN8, G4-EN9, G4-EN10 Emissões: G4-EN15, G4EN16, G4-EN18 Pg. 73, 74, 75 13 Relatório de Sustentabilidade 2015 Foco na sociedade Foco na governança Foco nos colaboradores e corpo clínico Tema material Públicos impactados (D e F*) Aspecto e indicador No relatório Retenção de colaboradores, redução da rotatividade, clima e plano de carreira Colaboradores, médicos e pacientes (D) Emprego: G4-LA1, G4-LA2, G4-LA3 Pg. 61, 62, 64 Saúde e segurança dos colaboradores Colaboradores, médicos e pacientes (D) Saúde e segurança no trabalho: G4-LA5, G4-LA6, G4-LA7 Pg. 67 Desenvolvimento profissional de médicos e colaboradores Colaboradores, médicos e pacientes (D) Treinamento e educação: G4-LA9, G4-LA10, G4-LA11 Pg. 65, 66 Transparência na prestação de contas e combate à corrupção Associados (D), doadores/ investidores, fornecedores e governo (F) Desempenho econômico: G4-EC4 Pg. 72 Saúde financeira do negócio Doadores/investidores, fornecedores e governo (F) Desempenho econômico: G4-EC1 Pg. 78 Combate a todas as formas de discriminação Colaboradores (D), comunidade do entorno e sociedade (F) Direitos humanos: G4-HR2, G4-HR3 Pg. 59 Projetos e iniciativas próprias para assistência às comunidades do entorno Comunidade do entorno, sociedade (F) Direitos humanos: G4-SO2 Pg. 86 Atuação na formação de profissionais da saúde, pesquisas e parceria para a melhoria do SUS Comunidade do entorno, sociedade (F) Impactos econômicos indiretos: G4-EC7, G4-EC8 Pg. 37 14 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS O Hospital Sírio-Libanês Centro de referência internacional em saúde, a instituição oferece 451 leitos e atende, anualmente, milhares de pacientes em São Paulo e Brasília (GR-4, G4-56) Sediado em São Paulo, o Hospital Sírio-Libanês é um centro de referência internacional em saúde e com uma longa trajetória de assistência ao paciente, atuação em projetos voltados à sociedade brasileira e inovação em ensino e pesquisa. Oferece programas de medicina preventiva, atendimento médico de urgência e emergência, internações terapêuticas de alta complexidade e serviços de reabilitação, entre outros. (G4-3) A mantenedora, Sociedade Beneficente de Senhoras, é uma instituição sem fins lucrativos criada por um grupo de mulheres das comunidades síria e libanesa em 1921. O hospital foi inaugurado oficialmente em 1965, sobre as bases da humanização do atendimento, do pioneirismo e da excelência, essência mantida até hoje na atuação da instituição. (G4-7) Três unidades em São Paulo e duas em Brasília fazem parte da rede assistencial, que anualmente atende milhares de pacientes. A estrutura possui 451 leitos, número que aumentou após a ocupação das novas torres. (G4-13) Além da qualidade no atendimento, certificada por selos nacionais e internacionais, esforços de responsabilidade social e pioneirismo em ensino e pesquisa contribuem para que cada vez mais brasileiros tenham melhor qualidade de vida. Isso acontece devido à cooperação estabelecida entre o Hospital Sírio-Libanês e o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da realização de projetos filantrópicos que disseminam conhecimento em saúde. Os programas de formação capacitaram, em 2015, 16 mil profissionais do SUS. Executor fundamental de parte desses projetos, o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP) registrou no Portal de Ensino, no qual concentra grande parte de suas atividades, 97 mil alunos e professores. O aprimoramento de médicos, profissionais da saúde e gestores – todos multiplicadores de boas práticas de assistência – impacta a expansão do conhecimento e do cuidado humanizado e seguro ao paciente. Nosso propósito cuidar da saúde de cada um, da sociedade e do planeta COMPROMISSO Conhecer para cuidar Relatório de Sustentabilidade 2015 15 16 Missão A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês é uma instituição filantrópica brasileira que desenvolve ações integradas de assistência social, saúde, ensino e pesquisa. Visão Ser reconhecida internacionalmente pela excelência, pela liderança e pelo pioneirismo em assistência à saúde e na geração de conhecimento, com responsabilidade social, ambiental e autossustentabilidade, atraindo e retendo talentos. Valores • Calor humano • Excelência • Pioneirismo • Conhecimento • Filantropia HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 451 leitos operacionais (79 deles abertos em 2014 e 2015) R$ 108 milhões destinados a projetos de responsabilidade social em 2015 17 Relatório de Sustentabilidade 2015 Raio-x da estrutura (G4-9, G4-10) 5.975 colaboradores 4.100 médicos no corpo clínico (contratados em regime CLT, terceiros e credenciados para atuar na instituição) Mais de 60 especialidades atendidas 155 5 UNIDADES, SENDO três em São Paulo (Bela Vista, Itaim e Jardins) e duas em Brasília (Asa Sul e Lago Sul) mil m² de área construída no Complexo da Bela Vista Unidades e atuação (G4-6, G4-8) Bela Vista, São Paulo Unidades de internação Pronto Atendimento Centro de Diagnósticos Centro Cirúrgico Banco de Sangue Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário Laboratório de Anatomia Patológica Hospital-dia Centros de especialidades Núcleos de Medicina Avançada Ensino e Pesquisa Responsabilidade social Itaim, São Paulo Centro de Diagnósticos Oncologia clínica Centro de Reprodução Humana Centro Cirúrgico/Hospital-dia Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up Jardins, São Paulo Centro de Diagnósticos Serviço de aconselhamento genético Centro Integrado da Saúde Óssea Consultas ambulatoriais Asa Sul, Brasília Consultas ambulatoriais em oncologia Quimioterapia Radioterapia Lago Sul, Brasília Consultas ambulatoriais em oncologia Quimioterapia 18 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Valor compartilhado a a m is m ação de valo rp ar s mp ad ed ro ci e Além dos projetos de caráter formativo desenvolvidos pelo IEP, outras iniciativas de grande valor para a sociedade incluem o apri- so co er ag o Para melhorar continuamente a assistência, incorporamos novas tecnologias. Além disso, promovemos o acesso à medicina de ponta para um número cada vez maior de pessoas por meio do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP). Esse centro gerador e disseminador do conhecimento em saúde realiza programas de residência, pós-graduações lato e stricto sensu, cursos, congressos e projetos de pesquisa. Parte dessas atividades é direcionada a profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), o que traz resultados positivos para a organização e para a rede pública de saúde do Brasil. moramento dos mecanismos de gestão de unidades públicas de saúde (trabalho executado pelo Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social desde 2008) e a melhoria da qualidade de vida da comunidade do bairro da Bela Vista (com ações em áreas como saúde, bem-estar, geração de renda e aprimoramento profissional. (G4-26). Co Assistência à saúde, ensino, pesquisa e responsabilidade social. Na união desses pilares está o foco de nossa essência: cuidar. Cuidamos de nossos pacientes por meio de um serviço prestado por profissionais de diferentes disciplinas do conhecimento, de forma integrada, e cujo aperfeiçoamento das práticas é constante. Isso traz maior qualidade e segurança, diminui a probabilidade de erros e contribui efetivamente para o bem-estar dos pacientes. Ensino e pesquisa Assistência CUIDAR Reponsabilidade social 19 Relatório de Sustentabilidade 2015 Mapa de resultados 2015 (G4-26) Resultados do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP) •24 mil participantes nas atividades oferecidas •1.700 participantes nas atividades do programa Abrace seu Bairro •16 residências em áreas da saúde, abrangendo 270 residentes Indicadores sociais •Na Ouvidoria, foram registradas 9.959 reclamações e 9.825 elogios •150 artigos científicos publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais •O índice de recomendação do hospital atingiu 86 pontos, contra 87 de 2014 •97 mil alunos e docentes cadastrados no portal de ensino do IEP •3.763 colaboradoras atuam na organização, sendo que 70% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres, percentual que se mantém desde 2014 •105 mil posts nos fóruns de discussões on-line Resultados de responsabilidade social •29 mil exames realizados pelo Ambulatório de Filantropia •270 voluntários nas unidades Bela Vista, Itaim e Brasília (Asa Sul e Lago Sul) e no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus •5.562 atendimentos no Ambulatório de Especialidades em Pediatria •R$ 5 milhões foram investidos em treinamentos, mesmo valor destinado em 2014 •197 mil horas de treinamento para os colaboradores foram ministradas nas unidades •276 bolsas de estudo foram concedidas a colaboradores para capacitação profissional (GR-57) Indicadores ambientais Indicador 2014 2015 Resíduos gerados por dia 8,6 t 9,4 t Resíduos reciclados 276 t 341 t CO2 emitido 11.169 t 9.546 t Consumo de água (Sabesp e Caesb*, poço artesiano e caminhão-pipa) 292 mil m³ 251 mil m³ Consumo de gás natural 297 mil m³ 299 mil m³ Energia comprada (AES, em São Paulo / CEB, em Brasília) 35 milhões de kWh 37 milhões de kWh Consumo de óleo diesel 22 mil litros 307 mil litros *Em São Paulo e Brasília, respectivamente. 20 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Governança e gestão (G4-26, G4-34) Em 2015, o diálogo, a transparência e as boas práticas de gestão seguem como prioridade da governança, para garantir que as decisões sejam tomadas de acordo com a missão, a visão e os valores da organização. A maturidade da governança foi fundamental. A instituição lançou mão de instrumentos como o Integra (planejamento estratégico construído a partir da metodologia Balanced Scorecard - BSC), a execução do orçamento e a comunicação corporativa para gerar um bom resultado e uma gestão de riscos eficiente. Diante da situação econômica do Brasil, foi necessário revisitar as ações programadas. Assim, a instituição reavaliou os cenários, redefiniu seu posicionamento e atualizou a estratégia para os próximos dois anos. Outra mudança importante deu-se na Diretoria de Senhoras, cuja nova gestão 2015-2018 trouxe uma diretriz de acompanhamento das prioridades estratégicas. Dentro dessa visão, foram criados três novos grupos, com as seguintes finalidades: •Comitê de Auditoria: melhorar a mitigação de riscos e cumprir regras de compliance •Comitê de Produtividade: gerar maior eficiência em todas as atividades e processos da instituição •Comitê de Estratégia e Finanças: garantir maior equilíbrio econômico. Diretorias, Conselhos e Comissões A instituição conta com um quadro social constituído por associados que assumem funções distintas na composição de seu corpo de governança. São órgãos diretivos (com integrantes que exercem suas funções de forma não remunerada): Conselho Deliberativo, Diretoria de Senhoras, Conselho de Administração e Conselho Fiscal. Por meio deles, a governança corporativa busca garantir a qualidade, segurança e eficiência dos processos assistenciais e administrativos. O órgão mais importante é o Conselho Deliberativo, eleito pe- las associadas e composto por mulheres. Esse conselho escolhe 16 de suas representantes para a constituição da Diretoria de Senhoras, órgão responsável por indicar a formação do Conselho de Administração. Com 12 membros, o Conselho de Administração é o órgão executivo máximo da governança e possui quatro integrantes da Diretoria de Senhoras, quatro empresários com experiência em administração empresarial e/ou gestão hospitalar e quatro médicos do corpo clínico do hospital. Trata-se de uma formação com o equilíbrio necessário para a tomada de decisões. É esse conselho que indica o nome do Diretor Geral, que decide sobre a composição da estrutura gerencial, a chamada alta administração. (GR-7) 21 Relatório de Sustentabilidade 2015 Estrutura de governança Conselho Deliberativo Diretoria de Senhoras Conselho Fiscal Conselho de Administração Superintendência Corporativa Superintendência de Estratégia Corporativa Conselho de Ensino e Pesquisa do IEP Diretoria Clínica Comitê de Ética em Pesquisa Gerência de Oncologia e Unidade Itaim Comissão Assessora da Diretoria Clínica Gerência da Unidade Jardins Gerência de Estratégia Comissão de Ética Médica Gerência da Unidade Brasília Gerência de Marketing e Comunicação Corporativa Comissão de Credenciamento Ouvidoria (antigo SAC) Gerência de Relações Institucionais Superintendência de Engenharia e Obras Superintendência de Gestãode Pessoas e Qualidade Superintendência de Pesquisa Superintendência de Filantropia Superintendência Comercial Superintendência de Logística Superintendência de Controladoria e Finanças Superintendência de Ensino Superintendência de Atendimento e Operações Superintendência de Novos Negócios e Farmácia Superintendência Técnica-Hospitalar Assessoria Superintendência de Pacientes Internados Comissões Superintendência de Tecnologia da Informação 22 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Estratégia O planejamento estratégico, chamado Integra, existe desde 2013 e, semestralmente, é reavaliado pelo Fórum de Inteligência Estratégica (membros do Comitê Executivo, Diretoria de Senhoras e Conselho de Administração, além de convidados, como colaboradores e stakeholders externos). O modelo de gestão estratégica reúne as iniciativas que precisam ser desenvolvidas para a instituição crescer com qualidade e garantir o seu desenvolvimento sustentável. Os principais desafios podem ser compreendidos por meio do mapa estratégico, da base para o topo (veja na página 23). São quatro perspectivas: pessoas, processos internos, mercado e sustentabilidade. Para cada um, temas são definidos e geridos com indicadores específicos, que permitem uma avaliação sistemática do estágio de desenvolvimento. Outro importante norteador dos processos, atividades e serviços do Hospital Sírio-Libanês é a Política de Saúde, Segurança e Meio ambiente, comunicada e aplicada em todas as unidades. Ela busca: •Contribuir para a saúde e a qualidade de vida das pessoas; •Preservar o meio ambiente e prevenir a poluição; •Prevenir lesões e doenças dos colaboradores; •Contribuir para o desenvolvimento sustentável e compartilhar conhecimento, influenciando parceiros, fornecedores e comunidade a boas práticas em saúde, segurança e meio ambiente; •Atender a legislação aplicável, bem como o código de conduta institucional e outros requisitos subscritos pela organização; •Comprometer-se com a melhoria contínua do sistema de gestão. composição da Diretoria de Senhoras Formada por 16 integrantes, a diretoria aplica os conceitos e os valores em que a sociedade acredita, fazendo com que eles estejam presentes no dia a dia da instituição. As diretoras também participam das discussões de planejamento estratégico, de orçamento e de definições dos regimentos internos, entre outras atividades. 23 Relatório de Sustentabilidade 2015 Sustentabilidade Assegurar a perenidade e a responsabilidade social da instituição Racionalizar custos Aumentar as receitas Mercado Valores Fortalecer a marca como referência nos modelos de responsabilidade social, assistência, ensino e pesquisa • Calor humano • Excelência • Pioneirismo Aumentar a base de clientes • Conhecimento • Filantropia Processos internos Excelência Crescimento capacidade Garantir qualidade, segurança e eficiência dos processos assistenciais e administrativos Inovar em processos e tecnologias escala Expandir a operação e ser efetivo na geração de novos negócios Fortalecer o relacionamento com operadoras, clientes corporativos e pacientes particulares Pilares Minimizar o impacto da operação no meio ambiente Ser relevante no aprimoramento do SUS Gerar conhecimento e desenvolver profissionais na área da saúde Pessoas Aprimorar a aliança com o corpo clínico Desenvolver pessoas Atrair e reter talentos 24 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Gestão da qualidade (G4-14, PR1, PR2) A cada ano, o Hospital Sírio-Libanês busca elevar o patamar de qualidade de seus serviços e atividades, sejam assistenciais, administrativos ou de apoio. Os padrões e processos de qualidade buscam o controle, o monitoramento e a melhoria contínua do cuidado prestado. Para isso, algumas ações são realizadas pela área de Qualidade, como auditorias internas de viés educativo. Os objetivos dessa gestão da qualidade incluem: •Monitorar riscos à segurança dos pacientes, familiares e colaboradores •Implantar práticas de melhoria contínua •Avaliar a eficácia das melhorias obtidas por meio de evidências objetivas, como indicadores e auditorias in loco •Assegurar o mapeamento, modelagem e gestão dos processos assistenciais e administrativos baseados nas melhores práticas •Disseminar a cultura do aprimoramento, da melhoria contí- nua e do aprendizado organizacional. Sistema de gestão da qualidade Em 2015, a gestão da qualidade do Hospital Sírio-Libanês avançou no envolvimento das equipes assistenciais. O quadro Gestão à Vista, que permite acompanhar indicadores diários, semanais e mensais relacionados à qualidade e metas da assistência prestada, é afixado nas unidades e foi revisto de forma que as informações pudessem ser melhor visualizadas e compreendidas. Para potencializar os resultados, o Comitê Executivo passou a realizar periodicamente uma visita às unidades. O objetivo é promover a interação entre os superintendentes e as equipes, gerando diálogo sobre indicadores e importantes decisões rumo à melhor qualidade na assistência. Em 2015, ampliamos o escopo de monitoramento desses padrões de qualidade e segurança por conta da Acreditação Canadense, do Canadian Council on Health Services Accreditation, que nos trouxe outras metas e indicadores. Os atuais padrões e seus respectivos objetivos são (G4-15): 1. Cultura de segurança Criar uma cultura de segurança na instituição 2. Identificação do paciente Identificar o paciente corretamente 3. Comunicação efetiva Aperfeiçoar a eficácia e a coordenação da comunicação entre os colaboradores 4. Segurança de medicamentos Garantir a segurança no uso de medicamentos 5. Cirurgia segura Instituir processos que assegurem a realização das cirurgias e procedimentos invasivos corretos, nos pacientes e locais também corretos 6. Prevenção e controle de infecções Reduzir o risco de infecções associadas ao cuidado 7. Ambiente de trabalho Criar um ambiente físico que contribua para a prestação segura dos serviços 8. Avaliação de risco Identificar riscos à segurança inerentes à população assistida. 25 Relatório de Sustentabilidade 2015 Sistema de gestão da qualidade Melho ria contínua Indicadores Infraestrutura Educação Estratégia Padrões de qualidade (certificações) Cliente/ paciente Gestão de processos Planos de ação e projetos Responsabilidade da gestão Gestão de recursos Prestação de serviços Entrada Medição e análise crítica Padronização dos formulários Cliente/ paciente Saída Melhoria Satisfação percebida Expectativas e requisitos Comunicação/ campanhas Excelência Auditorias Melho Segurança institucional Documentação institucional ria contínua Transparência em gestão da qualidade Metas internacionais de segurança do paciente Para consolidar o compromisso com a qualidade e a segurança, o envolvimento do paciente e a transparência dos resultados, o hospital publica, em seu site, os indicadores de monitoramento do cumprimento de metas relacionadas a padrões internacionais, após as informações serem auditadas por uma consultoria externa. A atualização dos dados acontece a cada três meses, após reunião de análise e discussão dos resultados com as equipes responsáveis pelos indicadores. (G4-26, G4-PR2) A Joint Commission International (JCI), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estabeleceu seis metas internacionais de segurança do paciente, com o objetivo de promover melhorias específicas em situações da assistência consideradas de maior risco. São adotadas por instituições de todo o mundo, como forma de oferecer um atendimento cada vez melhor. O Hospital Sírio-Libanês monitora indicadores relacionados a elas. Os resultados alcançados estão a seguir: 26 1. Identificação correta do paciente A identificação correta do paciente é muito importante para a segurança da assistência à saúde. Essa ação representa o ponto de partida para a correta execução das diversas etapas de segurança. O processo deve ser capaz de identificar corretamente o indivíduo como a pessoa à qual se destina o serviço (medicamentos, sangue ou hemoderivados, exames, cirurgias e tratamentos). Ações realizadas O processo de identificação do paciente inclui duas informações distintas: nome completo e número de prontuário/atendimento, inseridos no formato de código de barras, que é utilizado pelo profissional para identificação do paciente antes de cada ação assistencial. Resultados A instituição monitora o indicador de tripla checagem, que consiste na verificação, por leitura eletrônica, do medicamento correto conforme a prescrição médica, do paciente correto conforme a identificação e da identificação do profissional que realiza o cuidado. HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 1. Taxa de realização da tripla checagem no processo de administração de medicamentos no Hospital SírioLibanês em comparação com a meta da instituição 90% 89% 90% 89% 90% 90% Quanto maior, melhor trimestre 4º 1º 2014 Nossos resultados 2º 3º 4º 2015 Nossa meta 2. Comunicação efetiva A segurança da assistência depende de uma comunicação entre profissionais e áreas que seja oportuna, precisa, completa, sem ambiguidade e compreendida por todos. Essa efetividade da comunicação nas instituições de saúde reduz a ocorrência de erros e resulta na melhoria da segurança do paciente. Ações realizadas A comunicação é um processo-chave nas trocas de plantão entre equipes, nas transferências do paciente entre unidades internas ou externas, nas situações de emergências e em todos os registros do prontuário do paciente. A rotina da instituição inclui um momento de integração, chamado Pit-stop, durante o qual os profissionais das diferentes equipes discutem ações assistenciais e operacionais, visando melhorias para o cuidado e a segurança do paciente. Além disso, as informações do paciente são registradas no prontuário, que é um documento legal e contém todas as informações do processo assistencial, desde a admissão até a alta. Seu preenchimento é realizado por todos os profissionais envolvidos no cuidado. A instituição realiza ações de incentivo ao preenchimento adequado dos documentos contidos no prontuário. Essa adesão é avaliada de forma periódica por um grupo formalmente nomeado para a atividade, a Comissão de Prontuários. 3. Uso seguro de medicamentos O programa da instituição busca evitar falhas na administração de medicamentos, por meio da verificação de segurança relacionada a cinco itens: paciente, droga, dose, via e horário. Ações realizadas O processo de uso de medicamentos na instituição é eletrônico. Barreiras foram desenvolvidas com o objetivo de assegurar a qualidade do processo desde a prescrição até a administração. A identificação do paciente – feita por pulseira com código de barras – é primordial. Além disso, ele é orientado a entregar à equipe de enfermagem os medicamentos que eventualmente trouxer consigo. Resultados A instituição monitora o indicador de falha no processo de medicação. A meta foi fixada em 2,0 para cada 1.000 pacientes-dia, considerando-se o tempo de internação do paciente como determinante do risco. 27 Relatório de Sustentabilidade 2015 3. Densidade de falhas no processo de medicação no Hospital Sírio-Libanês em comparação com a meta da instituição 1,83 2,48 1,59 1,73 2,36 4. Taxa de pacientes com demarcação da lateralidade feita antes do encaminhamento ao centro cirúrgico no Hospital SírioLibanês, em comparação com a meta do Programa Melhores Práticas da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) 100% 100% 96,8% 100% 100% 100% 100% 2 Quanto menor, melhor trimestre Quanto maior, melhor 4º 1º 2014 2º 3º 4º 2015 trimestre 4º 1º 2014 Nossos resultados 2º 3º 4º 2015 Nossa meta Nossos resultados Nossa meta Programa Melhores Práticas – ANAHP 4. Cirurgia segura Esse conceito envolve medidas adotadas para redução do risco de eventos adversos (incidentes que resultam em dano ao paciente) que podem acontecer antes, durante e depois das cirurgias. A verificação de itens essenciais do processo cirúrgico busca garantir que a assistência seja realizado conforme o planejado: paciente, procedimento, lateralidade (lado a ser operado), posicionamento e equipamentos corretos. Ações realizadas A instituição utiliza esse modelo e trabalha com protocolos bem definidos, que contam com o envolvimento de toda a equipe multiprofissional. Resultados O processo é monitorado por meio do indicador de demarcação de lateralidade, uma prática internacional destinada a cirurgias e outros procedimentos invasivos em que há necessidade da escolha de um lado – por exemplo, braço direito ou esquerdo. 5. Prevenção do risco de infecções Infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) é aquela adquirida em função dos procedimentos necessários à monitorização e ao tratamento de pacientes em hospitais, ambulatórios, centros diagnósticos ou mesmo em assistência domiciliar (home care). O diagnóstico das IRAS é feito com base em critérios definidos por agências de saúde nacionais e estrangeiras. O monitoramento das IRAS permite que os processos assistenciais sejam aprimorados e que o risco dessas infecções possa ser reduzido. Ações realizadas A higienização das mãos é um procedimento essencial para a segurança do paciente. A nossa rotina assistencial segue as recomendações da OMS, que considera a necessidade de os profisO indicador considera o número sionais da saúde higienizarem as de pacientes que chegam ao cen- mãos em cinco momentos distintro cirúrgico com a marcação de tos, incluindo antes e depois de qualquer contato com o paciente. lateralidade feita corretamente. Além disso, a instituição segue boas práticas internacionais, promove treinamentos e atualizações para os profissionais e utiliza produtos de qualidade. Resultados Entre as IRAS sistematicamente monitoradas pela instituição, estão as de corrente sanguínea (ICS) associada ao cateter venoso central (CVC) – que ocorre quando bactérias ou fungos entram no sangue por meio desse equipamento – e as que acontecem após cirurgias, na parte do corpo que foi operada. No primeiro caso, considera-se o número de episódios de infecção de corrente sanguínea (ICS) associada ao uso de cateter venoso central (CVC) em pacientes internados em unidades críticas. No segundo, avalia-se o número de episódios de infecção no local cirúrgico após cirurgias. 28 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 5a. Densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso central em unidades críticas do Hospital Sírio-Libanês, em comparação com hospitais dos EUA 1,3 1,2 0,8 1,74 0,5 1,1 1 Quanto menor, melhor trimestre 4º 1º 2014 Nossos resultados 2º 3º 4º 2015 Nossa meta Benchmark NHSN percentil 50 (2011) 6. Prevenção do risco de queda Quedas são eventos que podem causar lesões. Sua incidência no ambiente hospitalar varia conforme o tipo de paciente atendido: idosos, pessoas com distúrbios de marcha ou equilíbrio, rebaixamento do nível de consciência e em uso de determinados medicamentos estão mais propensos a esses incidentes. Ações realizadas O programa de prevenção da instituição inclui a identificação de pacientes com risco mais alto e a adoção de medidas preventivas, conforme esse risco. A avaliação é realizada diariamente, a partir da admissão, com base nas condições clínicas do paciente. Para os pacientes em atendimento no centro de diagnósticos, ambulatórios e pronto atendimento, o risco é determinado conforme o procedimento a ser executado. Todos os pacientes são orientados quanto aos riscos e às medidas de prevenção contra quedas. Além disso, o ambiente hospitalar é projetado para diminuir o risco das quedas relacionadas a estrutura física e mobiliário. Resultado A instituição monitora a densidade de incidência de queda com dano em pacientes internados. 5b. Ocorrência de infecção no local cirúrgico após a realização do procedimento Tipo de cirurgia Resultado no 2º semestre 2015 Benchmarking (NHSN*) Prótese de quadril 4,41% 0,54% Mastectomia 0,83% 2,26% Herniorrafia 0 1,58% Tireoidectomia 0 0,24% Cirurgia de cólon 4,49% 2,4% *NHSN: National Healthcare Safety Network 6. Densidade de incidência de quedas que resultaram em dano ao paciente (por 1.000 pacientes-dia) 0,77 0,47 0,48 0,5 0,32 0,52 4º 1º 2º 3º 4º 0,5 Quanto menor, melhor trimestre 2014 Nossos resultados 2015 Nossa meta Benchmark PatientCare link (2011-2012) Massachussetts (EUA) 29 Relatório de Sustentabilidade 2015 Certificações obtidas em 2015 Commission on Accreditation of Rehabilitation Facilities (CARF), que reconhece a qualidade dos programas de reabilitação oferecidos pela instituição. O Hospital Sírio-Libanês foi o primeiro centro médico privado brasileiro a receber essa certificação. ISO 14001, voltada à área de gestão ambiental e que comprova os esforços da instituição para reduzir o impacto de sua operação no meio ambiente, desenvolvendo ações como o descarte adequado de resíduos, a reciclagem, a compostagem e o consumo racional de energia elétrica. OHSAS 18001, que atesta o seguimento de boas práticas referentes à saúde e à segurança dos colaboradores. Selo Amigo do Idoso, concedido pelo Governo do Estado de São Paulo para instituições que desenvolvem boas práticas e trabalhos focados em pessoas com 60 anos de idade ou mais. A organização foi a primeira a obter o nível Pleno, o mais alto disponível. (G4-15) Acreditação Canadense, do Canadian Council on Health Services Accreditation, que avalia a transparência e a segurança das práticas de gestão e de assistência, comparando-as a uma média de referência mundial. (G4-15) A certificação pela Joint Commission International (JCI), a principal em âmbito global sobre a segurança e a qualidade dos serviços de saúde, foi conquistada em 2007 e renovada pela última vez em 2014, como parte da validação feita pela entidade a cada três anos. A próxima etapa está prevista para 2017. 30 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS De acordo com o plano de eficiência e produtividade, foram realizados redesenhos operacionais que permitiram tanto a otimização de recursos, com economia de mais de R$ 10 milhões, quanto a melhoria da qualidade assistencial, ao aproximar profissionais dos pacientes e acompanhantes Eficiência e produtividade Tendo o plano de produtividade como um dos focos de trabalho em 2015, a assistência passou por um grande redesenho de sua operação, o que garantiu maior eficiência no desempenho das atividades. O aumento do número de leitos e a busca pela sustentabilidade em todas as etapas do processo foram fatores decisivos para a mudança. A inauguração do bloco D e a implantação de novos postos de enfermagem em cada unidade tornaram mais complexa a realização das atividades relacionadas à assistência. Por outro lado, os esforços conjuntos resultaram em uma valorização das atividades de atendimento, maior proximidade ao paciente, satisfação das equipes e redução de indicadores como os de queda e erro, gerando eficiência e segurança. Houve ainda mudanças na área de Hospedagem, especificamente nas rotinas de higiene e limpeza. Estão sendo usadas máquinas lavadoras extratoras que dependem menos da operação humana, distanciando-se do modelo de linha de produção, e que passam a ser mais eficientes na higiene dos materiais hospitalares. Com as máquinas, o processo de lavagem foi redesenhado, e hoje é possível classificar diferentes áreas das unidades e pacientes de acordo com suas demandas. Além do novo modelo de operação assistencial, foi desenvolvida uma estratégia chamada PULL, que teve início em 2014 e foi totalmente implantada em 2015. Trata-se de um sistema de alocação de recursos humanos de maneira otimizada, contando com um planejamento e controle mais eficientes. Ele foi iniciado pelos inputs de uma consultoria contratada, e houve um estudo de 31 Relatório de Sustentabilidade 2015 ocupação média das unidades. A avaliação leva em consideração três itens: ocupação, quantidade de recursos por turno e gravidade (pacientes complexos e com alta dependência de cuidado). Diariamente, uma central monitora o fluxo das unidades para garantir um melhor deslocamento de equipes e maior qualidade no atendimento prestado. Os resultados mais expressivos são a redução quase integral dos bancos de horas e R$ 10 milhões de economia para o hospital. Para 2016, o projeto deverá ser estendido para o Centro de Diagnósticos, o Laboratório e o Pronto Atendimento. Tecnologia para o bem Um dos diferenciais do Hospital Sírio-Libanês está em sua área de informática em saúde, cuja atuação abrange desde o apoio à gestão até aspectos técnicos especializados, como o gerenciamento de imagens médicas. Buscando formas de aperfeiçoar o relacionamento com o paciente e garantir maior segurança e qualidade na assistência oferecida a ele, diversos projetos com base no desenvolvimento de tecnologia foram implantados ou iniciados em 2015. A Unidade Itaim passou a contar com o autoatendimento, em que o paciente se identifica por meio de seu CPF ou protocolo de agendamento e informa se necessita de atendimento ou se porta todos os documentos necessários para a imediata realização do exame. A partir disso, ganha-se agilidade no atendimento àqueles que estão com todos os pré-requisitos para fazer os exames agendados, o que também evita atrasos. Com o autoatendi- mento, 85% dos pacientes passam a ser atendidos dentro das metas estabelecidas para as diferentes filas. O call center da instituição passou a utilizar a plataforma Avaya, que possibilita um olhar mais apurado sobre o processo de atendimento das chamadas e gera informações para melhorar a gestão do serviço. Com essa nova ferramenta, atingiu-se a marca de 85% das ligações atendidas em menos de 30 segundos. Além de um melhor atendimento, a plataforma possibilita ainda realizar agendamento e call back (retornos automatizados). A área passa a ter 10 novos postos de atendimento, expandindo-se para mais um andar no prédio administrativo do complexo da Bela Vista. Também em 2015, passou a ser disponibilizado, gradativamente, o questionário eletrônico, que busca facilitar e agilizar o processo do cuidado. Chegando ao local do exame, o paciente é abordado pelo profissional da instituição, que oferece um tablet para que ele informe dados necessários à realização do exame. As respostas são enviadas imediatamente para análise do profissional de saúde que irá cuidar do procedimento. Esses dados são incluídos no prontuário do paciente e podem ser acessados quando outros exames forem realizados, bastando a simples conferência, eventual atualização ou inclusão de informações adicionais relacionadas a um procedimento específico. Atualmente, o questionário eletrônico está em uso no Centro de Diagnósticos da Unidade Itaim e em implantação no complexo hospitalar da Bela Vista (G4-26). Portal Multidisciplinar Após a contínua melhoria do Portal do Paciente, plataforma web criada em 2008, e a implantação do Portal do Médico e do Portal da Oncologia em 2014, a instituição iniciou o desenvolvimento do Portal Multidisciplinar. Em construção pela área de Tecnologia da Informação, a ferramenta irá proporcionar avanços tecnológicos como a inserção de dados relacionados às atividades de enfermagem, nutrição e fisioterapia. Por meio do uso de arquétipos (um modelo original do qual derivam todas as demais informações semelhantes), o portal permitirá que todos os dados dos pacientes estejam unificados e organizados em um mesmo lugar, podendo ser utilizados de maneira mais completa e inteligente. Além de proporcionar melhorias no serviço prestado ao paciente, essa tecnologia deve ser referência no Brasil. A melhor ferramenta atualmente disponível no mercado é estrangeira e de alto custo. 32 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Governança clínica (G4-26, PR1) A governança clínica do Hospital Sírio-Libanês é um processo desenvolvido ao longo de sua existência e de aprimoramento contínuo, que conta hoje com seis pilares: •Educação continuada: formação permanente de profissionais. •Auditoria clínica: revisão contínua do desempenho do médico, em um processo cíclico de melhoria da qualidade. Em 2015 a auditoria foi ampliada, abrangendo mais indicadores de monitoramento individual dos pacientes. •Efetividade clínica: desenvolvimento de melhores práticas, como análise de custos e benefícios de uma intervenção terapêutica. •Pesquisa e desenvolvimento: criação de práticas e processos inovadores, com base em evidências científicas. •Transparência das informações: discussão aberta sobre temas de saúde, inclusive a respeito dos riscos e da segurança do cuidado, visando o engajamento de pacientes e profissionais. •Gerenciamento de riscos e desenvolvimento de ferramentas de melhoria: ações que buscam aumentar a segurança do paciente. Em 2015 houve maior descentralização na gestão de riscos, processo que gera uma melhoria mais efetiva e contínua. casos de resultados e diagnósticos de alta criticidade) contribuíram para a consolidação do modelo e a busca pela melhoria contínua. Responsável também pela definição do modelo de cuidado ao paciente, a governança clínica estabeleceu, desde 2008, o foco na integração do grupo multiprofissional, a integralidade e organização do cuidado e o estímulo à participação ativa do indivíduo e familiares no tratamento. Essa coparticipação na gestão do cuidado é um dos pontos fortes do modelo, inspirado em práticas da Inglaterra. •Criação da especialização em segurança do paciente (200 enfermeiros formados na turma de 2014-2015, com previsão de mais 1.200 vagas em 20152016). Para que o modelo passe a ser uma cultura na instituição, têm sido desenvolvidos processos e projetos ao longo dos últimos sete anos, como a implementação do quadro Plano Multidisciplinar de Cuidado em 2014. Em 2015, avanços tecnológicos no Portal do Paciente e Portal do Médico e ferramentas inovadoras como o aviso de achados críticos (que notifica o médico responsável em Outras iniciativas da governança clínica em 2015 foram: •Incorporação de novos protocolos médicos: hipo e hiperglicemia, controle de vancomicina nas unidades críticas, controle de antibióticos (com apoio da automatização da farmácia do hospital) e controle de administração de doses. •Realização do II Encontro sobre Análise Crítica da Prática Médica, que promoveu discussões voltadas à melhoria de padrões e protocolos relacionados à efetividade clínica. Em 2015, contou com a participação do cirurgião italiano Marco Bobbio, especializado em doenças cardiovasculares e estatística médica. 33 Relatório de Sustentabilidade 2015 A visão do paciente sobre o seu envolvimento no cuidado (G4-26, DMA, PR5) Em um novo processo iniciado em 2015, a Gerência de Qualidade elaborou um questionário sobre a expectativa dos pacientes a respeito do seu envolvimento no processo do cuidado. Eles são questionados sobre a compreensão do procedimento a que serão submetidos no hospital e suas implicações mais amplas. As questões apresentadas nessa abordagem são: •As informações sobre o seu tratamento e cuidados foram disponibilizadas em tempo adequado e de forma compreensível? •Suas necessidades individuais foram ouvidas e respeitadas pela equipe? •A equipe multiprofissional (médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, farmacêutico etc.) mostrou-se alinhada/integrada em relação ao seu cuidado? •O índice de resposta em 2015 foi de 88%, um ponto percentual acima da meta estabelecida pela instituição. Diálogo e benchmarking Em 2015 o Hospital Sírio-Libanês Saúde (SBIS), no qual apreparticipou de feiras e congressentou projetos de informática sos importantes, destacando o aplicada à saúde e recebeu viestado da arte de pesquisas e sitas in loco práticas que o fazem ter o modelo de cuidado como elemento •41ª edição do CONARH, o maior evento sobre gestão de central de sua governança clínica. Foram eles: pessoas da América Latina e o segundo maior do mundo, que •22ª edição da feira Hospitalar, reuniu profissionais da área de na qual apresentou ao público todo o país os seus programas de consultoria em projetos de saúde, de •III Congresso Internacional de gestão assistencial e de pessoAcreditação, realizado pelo Conas, além dos projetos nas áreas sórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) e pela Joint Commission de ensino e pesquisa International (JCI), que discutiu metodologias para a excelência •MEDINFO 2015, principal evento mundial de informática em saúe segurança de todos os envolvide, promovido pela Sociedade dos no processo assistencial. Brasileira de Informática em 34 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Desempenho operacional Complexo da Bela Vista O ano de 2015 foi marcado pela inauguração das novas torres na unidade Bela Vista. O acréscimo total alcançado em 2014 e 2015 foi de 79 novos leitos em relação a 2013. O processo de ocupação de todo o potencial instalado de leitos deve ser concluído em 2017, quando deverão estar abertos 611 leitos. O desempenho operacional é um reflexo da gestão da estratégia, que associa ferramentas e informações sobre tendências, cenários e direcionadores que orientam a definição de projetos e investimentos. As novas torres são o resultado desse processo e responsáveis pelo aumento do movimento de pacientes atendidos em unidades de interna- Indicadores (Bela Vista/SP) ção e de pacientes externos que utilizam os serviços de apoio e diagnóstico, pronto atendimento e outros que não necessitam de internação. O número de pacientes atendidos em todos os setores e serviços assistenciais manteve-se estável ou aumentou em relação ao ano anterior na maioria dos casos, como mostra a tabela a seguir. 2013 2014 2015 372 439 451 Pacientes/dia críticos 50.026 52.399 60.214 Pacientes/dia não críticos 66.255 72.809 71.485 Pacientes/dia 116.281 125.208 131.699 Saídas 18.840 20.632 23.238 Internações 18.221 20.683 23.263 Taxa de ocupação operacional 89,6% 85,6% 86,03% 6,17 5,97 5,67 2013 2014 2015 Tomografia 57.096 57.377 64.272 Ressonância magnética 36.470 40.627 51.355 Ultrassom 114.302 114.328 126.838 Radiologia geral 124.781 122.774 127.215 Endoscopia 21.030 23.770 27.608 Centro Cirúrgico 13.736 13.860 14.685 68.858 73.662 100.001 Eletrocardiograma 3.961 4.700 5.272 Holter 2.918 3.050 3.645 MAPA 1.855 1.732 2.111 609 583 575 Teste ergométrico 13.827 11.942 11.683 Ecocardiograma 22.256 24.919 25.547 Leitos operacionais Média de permanência (dias) Quantidade de exames/procedimentos (Bela Vista/SP) Anatomia Patológica Tilt test 35 Relatório de Sustentabilidade 2015 36% a mais de atendimentos e consultas nos centros e núcleos em 2015, na comparação com o ano anterior Centros de especialidades e núcleos de medicina avançada O Hospital Sírio-Libanês reúne, nos centros de especialidades e núcleos de medicina avançada, profissionais de diversas áreas do conhecimento que trabalham de forma integrada para prevenir, diagnosticar e tratar os pacientes que procuram esses serviços especializados. Em 2015 foram registrados 5.793 atendimentos e 8.526 consultas, um crescimento de 36% em relação ao ano anterior. Os centros de especialidades e núcleos de medicina avançada são: •Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up •Centro de Cardiologia •Centro de Diabetes •Centro de Esclerose Múltipla e Doenças Relacionadas •Centro de Imunizações •Centro de Nefrologia e Diálise •Centro de Oncologia •Centro de Otorrinolaringologia •Centro de Reabilitação •Centro de Reprodução Humana •Centro Integrado da Saúde Óssea •Núcleo do Câncer da Pele •Núcleo de Cirurgia da Mão e Microcirurgia Reconstrutiva •Núcleo de Cuidados Integrativos •Núcleo de Doenças Pulmonares e Torácicas •Núcleo da Dor e Distúrbios do Movimento •Núcleo de Feridas Complexas •Núcleo do Fígado •Núcleo de Geriatria •Núcleo de Hemorragia e Trombose •Núcleo de Infectologia •Núcleo de Mastologia •Núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte •Núcleo de Neurologia e Neurociências •Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares •Núcleo de Ombro e Cotovelo •Núcleo do Quadril •Núcleo de Reumatologia •Núcleo de Tornozelo e Pé •Núcleo de Urologia 36 Unidade Itaim Na Unidade Itaim, são oferecidos os serviços de exames de imagem e laboratoriais, oncologia clínica, cardiodiagnóstico, hospital-dia, centro cirúrgico, análises de anatomia patológica, reprodução humana e check-up. A unidade apresentou crescimento de 18% no volume de atendimentos realizados em relação ao ano anterior. Unidade Jardins A Unidade Jardins ampliou o escopo de atuação e passou a atender também pacientes do sexo masculino. Até 2014, era exclusivamente voltada para a saúde da mulher. Um dos projetos mais importantes do ano foi a aquisição de um novo equipamento de ressonância magnética. Também estão disponíveis exames de imagem e laboratoriais , análises de anatomia patológica, urodinâmica, aconselhamento genético e diag- HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS nósticos e tratamentos na área de saúde óssea. Os atendimentos realizados nessa unidade cresceram 25% em relação a 2014. Centro de Oncologia O tratamento oncológico é oferecido pela instituição no complexo da Bela Vista e nas Unidades Itaim e Brasília (Asa Sul e Lago Sul). Em 2015 houve um aumento significativo no número de atendimentos: 10%. A unidade Bela Vista realizou mais de 30 mil atendimentos no período e recebeu cerca de 650 pacientes novos para tratamento ao longo do ano. No Itaim, foram 11.559 atendimentos, um crescimento de 16% em relação ao ano anterior. As duas unidades na capital federal apresentaram, juntas, um resultado ainda mais positivo, com aumento de 47% no volume de atendimentos e crescimento da receita de 51%. Unidade cardiológica A unidade cardiológica está presente no complexo da Bela Vista e nas Unidades Itaim e Jardins, em São Paulo. Em 2015, houve um aumento de mais de 5% no número de exames realizados. Voluntariado Completando 35 anos de existência, o Serviço de Voluntários oferece apoio e acolhimento com calor humano a pacientes, acompanhantes e familiares e busca uma melhor adaptação deles ao ambiente hospitalar. O grupo conta com 270 integrantes, comprometidos em promover a humanização por meio de um trabalho consciente e profissional. •Bela Vista e Itaim: atuam em áreas como Centro de Diagnósticos, Pronto Atendimento, Centro de Oncologia e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além do Ambulatório de Especialidades em Pediatria e do Abrace seu 37 Relatório de Sustentabilidade 2015 Desempenho Unidade Itaim 2013 2014 Cardiodiagnóstico 8.654 12.072 13.235 9,63% Cirurgias 1.500 1.759 1.734 -1,42% 42.349 53.840 62.693 16,44% Endoscopia 6.278 7.081 7.410 4,65% Reprodução humana 2.453 3.134 3.430 9,44% Oncologia clínica 6.557 9.950 11.559 16,17% Exames laboratoriais 436.187 561.835 662.053 17,84% Anatomia patológica 6.928 11.539 16.237 40,71% - 3.927 4.423 12,63% 1.398 1.920 1.527 -20,47% 512.304 667.057 784.301 17,58% Exames de imagem Bairro e Ambulatório de Filantropia. São responsáveis pela livraria e pela loja de conveniência, cuja renda é revertida para a área de responsabilidade social da instituição. •Brasília: desde 2014, atuam nas duas unidades da capital federal (Asa Sul e Lago Sul), disseminando a cultura institucional de voluntariado e apoiando e orientando os pacientes, acompanhantes e familiares. •Hospital Municipal Infantil Menino Jesus: desde 2009, voluntários atuam no ambulatório, pronto-socorro, hospital-dia e programa Hora da Mamãe (atividades manuais), com mães e acompanhantes dos pacientes internados, contribuindo para a humanização dos serviços prestados por aquela instituição. Check-up (a partir de fev/14) Outros exames Total geral Desempenho do Centro de Oncologia Oncologia clínica na Bela Vista 2013 2014 2015 2015 x 2014 2015 2015 x 2014 30.605 30.532 30.396 -0,45% Oncologia clínica na Unidade Itaim 6.557 9.950 11.559 16,17% Oncologia clínica em Brasília (DF) 15.464 18.907 27.778 46,92% Radioterapia na Bela Vista 17.515 16.486 17.044 3,38% Radioterapia em Brasília (DF) 1.466 5.010 7.932 58,32% 71.607 80.885 94.709 17,09% Total Desempenho da Unidade cardiológica Complexo da Bela Vista Unidade Itaim Unidade Jardins Total 2013 2014 2015 2015 x 2014 45.426 46.926 48.833 4,06% 8.654 12.072 13.235 9,63% - 36 60 66,67% 54.080 59.034 62.128 5,24% 38 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 39 Relatório de Sustentabilidade 2015 Ensino e pesquisa A relevância do Hospital Sírio-Libanês passa pela inovação e pela geração de conhecimento, uma combinação que traz resultados positivos para toda a sociedade (G4-26, DMA, EC7, EC8) Para avançar no cumprimento de sua missão, a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês dedica-se à saúde de maneira integrada com o ensino, a pesquisa e a realização de projetos de responsabilidade social. Dessa forma, ao gerar conhecimento e experiência prática, contribui para a formação dos profissionais, o que apoia o desenvolvimento da saúde no país. A criação do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP), em 1971, já tornava claro o objetivo de investir no aprimoramento de médicos, profissionais da saúde e gestores da área, por meio do ensino e do estímulo à investigação científica, oferecendo infraestrutura para tais atividades. Assim, a instituição colabora tanto para a atração e retenção de talentos quanto para o alcance de um cenário de protagonismo na saúde. A inovação no IEP estende-se também ao seu modelo de ensino e aprendizagem, uma metodologia ativa cuja base é a espiral construtivista, processo que permite inte- grar a teoria e a prática ao trabalhar com simuladores de questões reais e estimular a elaboração de raciocínios. É assim que a instituição pretende continuar atraindo, capacitando e formando profissionais de ponta no mercado, para beneficiar todos os pacientes. 24 mil participantes nas atividades oferecidas pelo IEP Infraestrutura do IEP •Área de 6 mil m2 •Laboratório de informática •Centros de treinamento e simulação avançados em videocirurgia, microcirurgia, videoendoscopia, eletrocirurgia e robótica, todos interligados a sistemas de áudio, vídeo, dados e videoconferência •Auditório de simulação de prática assistencial •Sala de telemedicina para a realização de reuniões e eventos por meio de videoconferência e videostreaming (transmissão ao vivo) •Seis auditórios e um anfiteatro com 400 lugares interligados com sistema de áudio, vídeo e transmissão de dados •4 salas de reunião •Secretaria acadêmica •Biblioteca •Rede wi-fi 40 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 16 residências em saúde, abrangendo 270 residentes 150 artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais Modelo de parcerias Para cumprir sua missão, o IEP atua em aliança com instituições públicas e privadas que também têm como objetivo a excelência no cuidado em saúde, o respeito às pessoas e o compromisso com a sociedade. Na vertente da pesquisa, as parcerias incluem o Ludwig Institute for Cancer Research (criação do Centro de Oncologia Molecular), o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (desenvolvimento de programas colaborativos de educação e treinamento em oncologia, além de simpósios) e o Instituto do Câncer do Estado 25 novos contratos com a indústria farmacêutica para realização de ensaios clínicos de São Paulo (Icesp), entre outras. Há também parcerias com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para a criação de cursos de pós-graduação. Junto ao National Board of Medical Examiners (NBME), instituição centenária que avalia profissionais de saúde ao redor do mundo, foi elaborada uma ferramenta para apoiar a melhoria do ensino da medicina no Brasil. O projeto é voltado às faculdades de medicina públicas e privadas, com o objetivo de gerar informações para aprimorar os cursos oferecidos (G4-26). Ensino Ao gerar conhecimento e desenvolver novas tecnologias, o Hospital Sírio-Libanês capacita-se para as atividades de ensino, atraindo e formando profissionais e multiplicadores de uma assistência de excelência. Para isso, desenvolve múltiplas ações, incluindo educação continuada, que teve 263 participantes em dois cursos multiprofissionais realizados em 2015, e a realização de reuniões científicas, que somam cerca de mil eventos ao ano, com o objetivo de apresentar e discutir casos entre grupos do próprio hospital. Outras atividades específicas de ensino são: CMIRA O programa CMIRA (Competência médica com um novo olhar para a mobilização estudantil, interna- cionalização da escola médica, residência médica e avaliação de competência) busca apoiar escolas médicas do Brasil e foi implantado pelo IEP em seis instituições no ano de 2015. Reuniu, ao todo, 350 alunos em Uberaba (MG), Patos de Minas (MG), Aracaju (SE), Joaçaba (SC) e Maringá (PR). Formação médica O projeto abrange 76 municípios do Brasil, com a formação de 200 gestores de residência médica. Nesses locais, serão implantados novos cursos de medicina aprovados pelo Ministério da Educação. Esses gestores serão responsáveis por criar os programas de residência, estruturar os processos e realizar o acompanhamento, desde a vertente pedagógica até a regularização legal do hospital regional. 41 Relatório de Sustentabilidade 2015 Capacitação em emergência e trauma Desde 2005, oferece um centro de treinamento avançado nessa área. Teve 800 participantes em 2015. Cursos exclusivos Com foco no mercado, o IEP desenvolveu 20 cursos de alto valor agregado devido à especialização e grau de conhecimento aplicados. Das vagas ofertadas, 10% são para profissionais de diversas áreas do próprio corpo clínico, para constante aprimoramento do capital humano da instituição. A demanda pelos cursos é crescente devido ao reconhecimento externo e da possiblidade de os profissionais usufruírem da excelência em infraestrutura, do corpo clínico experiente e da tecnologia de ponta do hospital. Portal IEP de Ensino 97 mil alunos e docentes cadastrados 24 mil inscrições ativas 105 mil posts nos fóruns de discussões on-line Pós-graduação e residências O IEP oferece cursos voltados a médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde e destina parte das vagas, por meio de bolsas de estudo, para aqueles que atuam na rede pública. 1. Lato sensu 329 profissionais formados em 19 cursos 1.1 Especialização •Cirurgia urológica minimamente invasiva •Coloproctologia •Cuidados ao paciente com dor •Cuidados paliativos •Endometriose e ginecologia minimamente invasiva •Endoscopia digestiva terapêutica •Enfermagem em cardiologia •Enfermagem em endoscopia digestiva •Enfermagem em terapia intensiva •Gestão da atenção à saúde •Informática em saúde •Medicina farmacêutica •Medicina intensiva para adultos •Neurointensivismo para adultos •Neuro-oncologia •Reprodução assistida 1.2 Aperfeiçoamento •Anestesia e terapia intensiva pediátrica •Anestesia regional •Cuidados paliativos 2. Stricto sensu – 92 alunos •Mestrado acadêmico em ciências da saúde •Doutorado acadêmico em ciências da saúde •Mestrado profissional em gestão de tecnologia e inovação em saúde 57% de Aumento no número de usuários nos últimos 12 meses Maiores números de acesso: São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Paraná, Rio de Janeiro, Pará, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul 42 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Residências multiáreas O programa de residência contempla, além de especialidades médicas, outros campos do conhecimento. A atividade é um dos principais integradores entre o ensino e a assistência prestada no Hospital Sírio-Libanês. Em 2015, 270 residentes participaram das atividades e se desenvolveram com o apoio de preceptores e tutores. Na turma de residência de enfermagem, dos 25 alunos formados, 24 foram contratados pelo hospital, um indicativo da sintonia entre o ensino e a assistência na instituição. Cursos, congressos e reuniões Há uma gama de atividades educacionais oferecidas pelo IEP em suas instalações, de modo presencial e a distância. Foram mais de 60 cursos e congressos sediados em 2015, dentre eles: Centro de Cirurgia Robótica é lançado O Sírio-Libanês foi o primeiro hospital do hemisfério sul a realizar uma telecirurgia guiada por robô, em um procedimento executado conjuntamente com um médico dos Estados Unidos. Posteriormente, a cirurgia robótica passou a ser incorporada à prática assistencial da instituição, com a aquisição de dois robôs da Vinci S, um direcionado a cirurgias e outro para treinamentos. O hospital adquiriu ainda um sistema robótico mais avançado, o da Vinci Si. A experiência adquirida ao longo desse tempo possibilitou a cria- ção, em junho de 2015, do Centro de Cirurgia Robótica, que busca ampliar o intercâmbio entre diferentes especialidades médicas na tecnologia robótica para cirurgias. O centro reúne profissionais experientes e iniciantes no uso da tecnologia e treina profissionais do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), instituição pública que atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O treinamento dura, em média, 8 horas e é feito por profissionais do Hospital Sírio-Libanês, abordando cirurgias robóticas de urologia, de cabeça e pescoço e de aparelho digestivo. •XIX Curso Internacional de Colonoscopia - IV Hands-on em Colonoscopia Diagnóstica •II Simpósio de Síndrome Coronariana Aguda •II Simpósio Internacional de Coloproctologia - Centenário Dr. Daher Cutait •Intersections •II Simpósio de Qualidade e Segurança no Paciente •VI Curso de Injúria Renal Aguda •Prática clínica com potenciais evocados auditivos •Simpósio sobre o uso terapêutico da toxina botulínica •XV Curso de Radioterapia de Última Geração e Braquiterapia da Próstata •IV Fórum de Farmácia •V Curso Prático Internacional de Suporte Circulatório Mecânico •III Simpósio de Emergências Cardiológicas •III Jornada de Cirurgia Ortognática e Ortodontia •IV Curso de Doenças Inflamatórias Intestinais Processo seletivo de pós-graduação lato sensu 2016 Em setembro de 2015 foi aberto o processo seletivo para candidatos aos 18 cursos que serão ofertados em 2016 a profissionais da saúde e gestores da área. As opções incluem 15 especializações e 3 aperfeiçoamentos. 43 Relatório de Sustentabilidade 2015 RESULTADOS DO IEP EM 2015 Residência médica 97 residentes Anestesiologia Cancerologia Cardiologia Clínica médica Endoscopia Mastologia Medicina intensiva Radiologia/diagnóstico por imagem Radioterapia Residência multiprofissional 79 residentes Cuidado ao paciente crítico Cuidado ao paciente oncológico Residência em área profissional de saúde 79 residentes Biomedicina em diagnóstico por imagem Enfermagem clínico-cirúrgica Enfermagem em centro cirúrgico e central de esterilização Enfermagem em urgência e emergência Física médica da radioterapia Especialização em regime de residência médica e ano adicional 15 residentes Ecocardiografia Ecoendoscopia PET/CT e SPECT/CT Radiologia de abdome Radiologia cardíaca Radiologia intervencionista Radiologia torácica Radiologia - ultrassonografia I Radiologia - ultrassonografia II Radiologia de mama Transplante de medula óssea e onco-hematologia 44 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Ensino para apoio ao SUS (G4-26) A parceria estabelecida junto ao Ministério da Saúde está voltada à capacitação de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio de encontros presenciais e teleconferências entre membros do Ministério, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), são identificadas demandas públicas de saúde e oportunidades de influenciar e apoiar as políticas públicas, incentivar a disseminação do conhecimento e promover o avanço de iniciativas na saúde usando a expertise do hospital nas áreas de gestão, saúde e educação. A parceria enquadra-se no cumprimento da legislação de filantropia específica para hospitais considerados de excelência e voltados à pesquisa e à capacitação de gestores, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi/ SUS). Com a participação nos cursos, os gestores do SUS trazem as experiências e necessidades de seu cotidiano e, com isso, fornecem suporte para a construção de projetos educacionais que podem ser disseminados nas diferentes regiões, respeitando-se as realidades locais. Em 2015, iniciou-se um novo triênio (2015-2017) do Proadi/SUS, com a perspectiva de alcançar 5 mil profissionais em mais de 50 regiões do país. O primeiro ano foi marcado pela construção coletiva das atividades de ensino, usando a expertise já acumulada pela instituição e dando continuidade a projetos executados no triênio anterior, 2012-2014. Como são elaborados os cursos para o SUS (G4-26) Gestores do SUS Comitê Ministério da Saúde desenvolvimento de cursos e conhecimento Conselho Nacional de Secretários de Saúde Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa Conselho Nacional de SECRETARIAS Municipais de Saúde Estabelecimento de demanda por tema e região de atuação O maior desafio atual é reunir e analisar as avaliações dos alunos que passaram pelos projetos e cursos do IEP. Esse grupo é responsável por desenvolver projetos aplicativos em suas áreas, um conhecimento com alto potencial de impacto. Para 2016, indicadores de mensuração desse impacto estarão mais estruturados e, assim, será possível obter informações como a densidade da formação e a relação com o desenvolvimento local. Essa é uma ferramenta de transparência importante para avaliar o cumprimento dos objetivos da parceria com o SUS. 45 Relatório de Sustentabilidade 2015 Resultados de 2009 a 2014 22 cursos de especialização, com a certificação de 1.384 10.272 projetos, desenvolvidos em 372 regiões de saúde especialistas 16.395 17 cursos de aperfeiçoamento, com a certificação de 8.867 trabalhos de conclusão de curso pós-graduandos Número de cidades por região contempladas pelos projetos de apoio ao SUS 16 9 17 38 39 cursos desenvolvidos no período, sendo: 4 8 3 24 de aperfeiçoamento 43 de atualização de capacitação de especialização 46 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 2015: início do triênio e construção de novos projetos O IEP iniciou em 2015 mais um triênio da parceria junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo a capacitação de profissionais atuantes na esfera pública em diversas regiões do país e indicados pelo Ministério da Saúde. Iniciaram-se 12 cursos de especialização, 2 cursos de aperfeiçoamento, 2 cursos de atualização e 1 mestrado profissional, com cerca de 16 mil participantes, possibilitando a difusão do conhecimento Programa Tipo Resultados em 2015 Capacitação em saúde baseada em evidências Atualização 6.469 participantes Capacitação em direito à saúde baseada em evidências Atualização 1.353 participantes Gestão federal do SUS Aperfeiçoamento 159 participantes 18 facilitadores Gestão de risco e segurança no cuidado ao paciente Especialização 1.040 especializandos 21 gestores 62 facilitadores Capacitação em processos educacionais na saúde Especialização 360 participantes 30 gestores Processos educacionais na saúde com ênfase em metodologias ativas Aperfeiçoamento 1 ª edição: 220 participantes e 15 facilitadores 2ª edição: 300 participantes e 30 gestores Gestão da clínica nas regiões de saúde Especialização 800 especializandos (40 por região de saúde) 20 gestores 40 facilitadores Regulação em saúde no SUS Especialização 800 especializandos (40 por região de saúde) 20 gestores 40 facilitadores Gestão de políticas de saúde informadas por evidências Especialização 400 participantes 22 facilitadores Educação na saúde para preceptores do SUS Especialização 1.200 especializandos 60 facilitadores 15 gestores Processos educacionais na saúde com ênfase em aprendizagem significativa Especialização 242 participantes 30 gestores Preceptores de residência médica no SUS Especialização 1280 especializandos 14 gestores 64 facilitadores Gestão da vigilância sanitária Especialização 400 especializandos 10 gestores 20 facilitadores Gestão da vigilância em saúde Especialização 800 especializandos 30 gestores 28 facilitadores Gestão de emergências em saúde pública Especialização 200 especializandos (20 por região de saúde) 11 facilitadores Gestão de hospitais universitários federais no SUS Especialização 15 hospitais participantes (SE, MS, MT, CE, PB, MG, AL, RN, RJ, PR, PE, BA e RN) 16 facilitadores Mestrado profissional em gestão de tecnologia e inovação em saúde Pós-graduação stricto sensu 24 participantes 323 inscrições em 2015 *Detalhes dos cursos estão disponíveis em https://iep.hospitalsiriolibanes.org.br. 47 Relatório de Sustentabilidade 2015 em mais de 200 municípios. Essa abrangência faz parte de um projeto inovador que contempla atividades presenciais e a distância, utilizando teleconferências e plataformas digitais de ensino. Os cursos têm como objetivo o apoio às políticas públicas regionais, incentivando o progresso das ações em saúde pública e o pensamento crítico sobre o cotidiano e as realidades locais. Durante a participação nos cursos, os gestores do SUS trazem as experiências e necessidades da sua região e, com isso, fornecem suporte para a construção de planos de ação que podem ser disseminados e aplicados na prática. No que tange aos novos projetos, destaca-se o início do apoio às instituições públicas e privadas na implantação de cursos de medicina. Essa parceria diz respeito à construção e implantação do projeto pedagógico, apoio para adequação de infraestrutura, capacitação de docentes, preceptores e gestores do curso e articulação com a rede pública de saúde local. O intuito é contribuir com a expertise do IEP nas áreas de atenção, educação e gestão em saúde, em um projeto orientado pela inovação da formação médica e pela melhoria do sistema de saúde do país. Pesquisa Desenvolver uma área de pesquisa bem estruturada e alinhada às necessidades da instituição é de fundamental importância para a melhoria contínua dos serviços oferecidos A pesquisa é um dos pilares que sustentam a atuação do hospital e está efetivamente integrada às atividades de assistência à saúde, ensino e responsabilidade social. Formar e qualificar profissionais, construir novos conhecimentos e estimular a inovação são ações alinhadas à estratégia da instituição e essenciais para o cumprimento de sua missão para com a sociedade brasileira. A contínua evolução da área de pesquisa, desenvolvimento e inovação vai ao encontro de um movimento bastante evidente nos melhores hospitais do mundo. A união entre essas atividades gera benefícios ao paciente, pois resulta em um cuidado fundamentado nas melhores evidências, com maior qualidade e segurança e cada vez mais personalizado, de acordo com as características e necessidades de cada indivíduo. Por isso, desenvolver uma área de pesquisa bem estruturada e alinhada às necessidades da instituição é de fundamental importância para a melhoria contínua dos serviços oferecidos. Quando desenvolve iniciativas de geração de conhecimento, o hospital colabora para a assistência à saúde como um todo, o que reforça seu compromisso com a excelência e o pioneirismo. À medida que produz e dissemina conhecimento e cria novas abordagens terapêuticas, também se torna ainda mais capaz de praticar atividades de ensino. 48 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Círculo virtuoso da geração de conhecimento Geração de conhecimento Geração de novos produtos Formação e qualificação de pessoas Melhoria da qualidade da assistência ao paciente Mais geração de conhecimento Desenvolvimento de novas tecnologias A pesquisa é parte de uma engrenagem que conduz à excelência do processo assistencial. Este fornece dois elementos importantes para os pesquisadores da instituição: informações clínicas e amostras biológicas dos pacientes. A atuação do hospital é totalmente voltada ao desenvolvimento de pesquisas aplicadas, com foco em melhorias ou soluções de questões relacionadas à assistência. Para que esse ambiente de geração de conhecimento seja fomentado da melhor maneira possível, o hospital oferece uma infraestrutura de laboratórios, recursos humanos, suporte administrativo e regulatório e captação de recursos, entre outros, que possibilitam a interação dos membros do corpo assistencial com os pesquisadores para que, juntos, eles pos- sam trazer soluções e inovações e, assim, proporcionar melhorias para a assistência. neirismo e da excelência. O ensino e a pesquisa são decisivos para a atração e a retenção de talentos. Esse relacionamento é a base para a criação do programa de mestrado e doutorado acadêmicos em ciências da saúde. Já na sétima turma, ele conta com um corpo docente de cerca de 40 profissionais e 86 alunos de mestrado e doutorado. Além disso, já teve 17 defesas de tese e titulações (16 de mestrado e uma de doutorado). Benefícios para a sociedade Neste momento de consolidação do crescimento do hospital, a atividade de pesquisa é ainda mais decisiva, pois só é possível crescer mantendo a qualidade se houver a capacidade de incorporar pessoas que se desenvolvam na direção do conhecimento, do pio- A pesquisa tem o potencial de beneficiar a sociedade de diversas formas, pois todo novo conhecimento, tecnologia, medicamento ou procedimento cirúrgico, por exemplo, carrega um grande potencial multiplicador. Além desses benefícios de longo alcance, as atividades de pesquisa no hospital são também utilizadas para estender o atendimento de excelência a pacientes do SUS. Hoje, dos 156 pacientes que participam de ensaios clínicos com acesso a drogas que não existem no mercado, mais da metade provém do SUS. 49 Relatório de Sustentabilidade 2015 150 artigos publicados, 14% a mais em comparação a 2014 Publicações Em 2015 houve tanto um aumento no número de artigos publicados como uma melhora qualitativa, considerando a relevância dos periódicos nacionais e estrangeiros que publicaram nossos trabalhos. Ao todo, foram 150 artigos, um crescimento de 14% em relação a 2014. Desenvolvimento e inovação Em 2015 o hospital alcançou importantes resultados na consolidação de uma cultura de desenvolvimento e inovação. Gerar conhecimento e fazer pesquisa é transformar dinheiro em conhecimento. Nesse sentido, algumas ações de inovação da instituição podem ser destacadas: Laboratório de Inovação e Desenvolvimento em Oncologia: por meio de importantes doações de duas beneméritas, foi possível concluir em 2015 a criação do Laboratório de Inovação e Desenvolvimento em Oncologia. Essa unidade é voltada ao desenvolvimento de novos conhecimentos gerados no processo de pesquisa em oncologia molecular, para que sejam transformados em novos testes. Dois deles já foram validados e, em 2016, serão entregues para utilização pelo serviço de anatomia patológica do hospital, o que irá auxiliar o diagnóstico dos pacientes oncológicos. Laboratório de usabilidade: incorpora o usuário final – o profissional de saúde – no processo de desenvolvimento de novos produtos, equipamentos e softwares, permitindo que um serviço de assistência ou um produto de saúde cheguem ao mercado já testado para uso dos profissionais. Em 2015, foram três contratos assinados com empresas nacionais e dois resultados entregues no desenvolvimento de tecnologias de anestesia e de bombas de infusão. Desenvolvimento de novas tecnologias em parceria com a indústria farmacêutica: em 2015 foram assinados 25 novos contratos para ensaios clínicos em parceria com a indústria farmacêutica para desenvolvimento de novas drogas. Os ensaios clínicos permitem testar com qualidade e precisão as inovações para serem incorporadas em protocolos ou mesmo na aprovação de novas drogas. Atualmente, existem 156 ensaios clínicos sendo desenvolvidos no hospital. Prêmio Empreenda Saúde Em parceria com a everis, consultoria multinacional de negócios e tecnologia, por meio de sua Fundação, o Hospital Sírio-Libanês realizou a 1ª edição do Prêmio Empreenda Saúde. A vencedora, Paula Renata Cerdeira Gomez, apresentou um algoritmo que ajuda na detecção antecipada de surtos epilépticos. Essa premiação, já realizada na Espanha, foi adaptada para incentivar inovações em saúde no Brasil. A demanda por transformações nessa área resultou em grande sucesso: 264 inscrições, 94 projetos submetidos e 49 classificados. Os trabalhos foram avaliados por um corpo de jurados que reuniu representantes das áreas de ensino, pesquisa e inovação e empresários da saúde. O prêmio foi um serviço de consultoria especializado para apoiar a autora no processo de implantação da ideia, além de um auxílio financeiro no valor de R$ 50 mil. 50 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS A inovação é o caminho por meio do qual o conhecimento é transformado em bens e serviços, gerando melhorias para a sociedade Proteção intelectual Linhas de pesquisa O Hospital Sírio-Libanês segue com uma rígida política de proteção intelectual de suas invenções, transformando o conhecimento gerado dentro da instituição em patentes registradas em todo o mundo. Um escritório de patentes brasileiro e um internacional assessoram o trabalho de propriedade intelectual. Atualmente, existem dois pedidos, sendo um já emitido na Europa e protegido em 12 países, e outro concedido no Japão e em Israel, aguardando confirmação na Europa, China, Coreia do Sul e Estados Unidos. As duas patentes estão em fase de negociação para licenciamento. •Epidemiologia e gestão em unidades críticas •Fisiopatologia cardiorrespiratória no paciente crítico •Melhorias no suporte ao paciente oncológico •Novas abordagens no diagnóstico e tratamento do câncer •Desenvolvimento de técnicas cirúrgicas •Transplante hepático 51 Relatório de Sustentabilidade 2015 Prêmios a trabalhos em 2015 35th International Symposium on Intensive Care and Emergency Medicine Poster Award: Organizational factors and patients outcomes in Brazilian ICUs: the ORCHESTRA study Autores: M Soares; JM Kahn; FA Bozza; T Lisboa; LP Azevedo; W Viana; L Brauer; PE Brasil; DC Angus; JI Salluh. III Brazilian Meeting on Brain and Cognition Menção honrosa pela apresentação dos pôsteres: Pain and Parkinson’s disease: the role of bioamines over the opioid system in the nociceptive control Congresso de Neurocirurgia Funcional da Universidade de São Paulo Melhor trabalho oral: Desvendando a analgesia induzida pela estimulação cortical em ratos com dor neuropática Autores: Danielle V. Assis; AmanAutores: Ana Carolina P. Cam- da F. Paschoa; Talita S. Farias; pos; Miriã B. Berzuino; Erich T. Ana Carolina Campos; Guilherme Fonoff; Rosana L. Pagano. D. Silva; Manoel J. Teixeira; Erich T. Fonoff; Rosana L. Pagano. Neurocirurgia funcional e dor crônica: efeito da estimulação corti- Digestive Disease Week cal sobre vias de analgesia endó- World Cup of Videos/Silver Megenas em ratos neuropáticos dal: Endoscopic treatment of refractory oesophageal fistula Autores: Talita S. Farias; Amanda F. N. Paschoa; Danielle V. Assis; Autor: Kiyoshi Hashiba Ana Carolina Campos; Erich T. Fonoff; Rosana L. Pagano. 52 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 53 Relatório de Sustentabilidade 2015 Responsabilidade social Iniciativas gratuitas de capacitação profissional, projetos de ensino e pesquisa voltados à rede pública e melhorias para a comunidade do entorno são destaques entre as ações filantrópicas (G4-26). Gerar, compartilhar e construir conhecimento. Essas são ações fundamentais para o cumprimento da missão da instituição. Mais do que um compromisso, a responsabilidade social está presente no Hospital Sírio-Libanês como razão de ser. A organização apoia ações sociais, de ensino, pesquisa e assistência, visando desenvolver o bem comum por meio de programas de promoção à saúde, educação, qualificação profissional, qualidade de vida e da disponibilidade de acesso e realização de atendimentos completos. Essas ações promovem a atenção focada em linhas de cuidado e potencializam o uso de recursos escassos. O Hospital Sírio-Libanês oferece, em parceria com o Ministério da Saúde, apoio à melhoria do Sistema Único de Saúde (Proadi/SUS). São realizados cursos para profis- sionais da saúde pública destinados a diferentes finalidades, entre as quais criar centros de captação e transplante de órgãos; apoiar o tratamento de doenças raras e desenvolver pesquisas; implantar um banco público de sangue de cordão umbilical; executar estudos para desenvolvimento de terapia celular contra doenças congênitas; e realizar cirurgias de alta complexidade, entre outros projetos. titions), banco alemão de investimentos e um dos apoiadores do programa de expansão. O documento menciona as ações do Hospital Sírio-Libanês na área de responsabilidade social, que contribuem para a construção de uma sociedade melhor. O trabalho destaca, entre outros, as iniciativas gratuitas de capacitação abertas ao público e os projetos de ensino e pesquisa. Gestores e colaboradores da instituição estão inspirados pelo anseio de cuidar, servir e oferecer excelência em saúde para um número cada vez maior de pessoas. Em favor disso, atuam para multiplicar suas experiências, de modo que mais regiões do Brasil possam se beneficiar. A instituição desenvolve ainda projetos que visam a melhoria das condições de vida da comunidade com fragilidades sociais e econômicas do bairro da Bela Vista, na região central de São Paulo. Essas ações também integram a vocação filantrópica da instituição. Em 2015 a instituição teve sua atuação reconhecida em um relatório do DEG (Deutsche Inves- Os projetos estão divididos nas grandes áreas listadas a seguir. 54 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 1. Capacitação de recursos humanos Busca contribuir para a formação de profissionais do SUS por meio de estratégias de capacitação e atualização. Veja mais na seção Ensino e Pesquisa (pág. 39). 2. Estudos de avaliação e incorporação de tecnologia Visa apoiar a análise sobre a incorporação de novas tecnologias de saúde que têm o potencial de melhorar a qualidade de vida da população em geral. Veja mais na seção Ensino e Pesquisa (pág. 39). Ação Quantidade Resultado Transplante de fígado pediátrico 33 Sobrevida de 10 anos em 86% dos pacientes Transplante de coração 4 Implantes de curta ou longa permanência 7 Estágio 3 Sobrevida de 3 anos em 82% dos pacientes Capacitação para cirurgiões de Recife (PE), Vitória (ES) e São Paulo (SP) 3. Desenvolvimento de técnicas e operação de gestão em serviços de saúde Direcionado ao melhor funcionamento dos serviços de saúde, envolve a construção de técnicas e/ou operações de gestão e organização de dados que subsidiem a pesquisa e a gestão. Inclui os projetos listados a seguir: Apoio ao programa SOS Emergências Qualifica a gestão e o atendimento em grandes hospitais do SUS, priorizando a atenção nas urgências e emergências. Seis hospitais participantes recebem apoio do Hospital Sírio-Libanês para sua gestão: Hospital João XXII (Minas Gerais), Hospital Roberto Santos (Bahia), Hospital do Trabalhador (Paraná), Hospital São Lucas (Espírito Santo), Hospital Geral (Roraima) e Hospital H. Lucena (Paraíba). Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário Tem como objetivo capacitar profissionais que atuam em bancos públicos de sangue de cordão umbilical e placentário em procedimentos técnicos de coleta, processamento e criopreservação. Entre 2012 e 2015, capacitou 45 profissionais e desenvolveu um guia prático com orientações sobre a operação de um serviço desse tipo. Além disso, aprimorou os processos de trabalho dos bancos públicos por meio da capacitação desses profissionais. Escola de Transplantes Realizado em parceria com o Ministério da Saúde há mais de cinco anos, conta hoje com corpo multiprofissional sólido, formado por cirurgiões experientes, enfermeiras pediatras e psicólogos que ajudam a democratizar o acesso a conhecimento e técnicas de excelência em transplantes. São recebidos médicos de todo o país para acompanhamento dos procedimentos e manejo dos pacientes em seus locais de origem. O resumo das atividades realizadas em 2015 está na tabela da página anterior. Modernização da gestão (IFF, INI e CIN) Em parceria com o Ministério da Saúde, foi criado em 2015 o apoio à modernização da gestão do Instituto Nacional de Saúde da Mu- 55 Relatório de Sustentabilidade 2015 lher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) e do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), ambos vinculados à Fundação Oswaldo Cruz. Foram feitas ainda contribuições para a efetivação do Complexo de Institutos Nacionais de Saúde da Fiocruz (CIN). A modernização da gestão inclui o planejamento de ações focadas no aperfeiçoamento e implantação do escritório de projetos, na gestão estratégica, no perfil das competências, na gestão de processos e na pactuação com as esferas municipais e estaduais, além da revisão do desenho arquitetônico. 4. Pesquisas de interesse público em saúde Tem como objetivo realizar pesquisas de inovação científica e tecnológica para apoiar as ações de desenvolvimento institucional do SUS. Pesquisa Nacional de Saúde Trata-se de uma iniciativa de apoio às ações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no desenvolvimento de pesquisa que pretende dotar o país de informações sobre os fatores determinantes e condicionantes da saúde, incluindo idoso, pessoa com deficiência, mulher e criança, além de temas como dengue, saúde mental, acidentes e violência. Foram coletados materiais biológicos de cerca de 9 mil indivíduos, e os resultados subsidiaram a formulação de políticas públicas de saúde. Além da atuação nessas quatro grandes áreas de conhecimento reconhecidas pelo Ministério da Saúde, são desenvolvidos outros projetos em parceria com o SUS: 5. Parceria com o gestor local (município de São Paulo e Distrito Federal) Visa contribuir para o atendimento de pacientes da rede pública, promovendo a necessária integração entre as linhas de assistência, ensino e pesquisa. Projeto Imagem Em agosto, foi inaugurada uma unidade que concentra em um único espaço a realização dos exames de ultrassom, até então realizados em cinco unidades da Prefeitura de São Paulo. A unidade funciona sob a gestão do próprio Ambulatório de Filantropia e está equipada com quatro aparelhos e cinco salas, sendo quatro para a realização dos exames e uma de recuperação. Foram realizados mais de 29 mil exames em 2015. Ambulatório de Especialidades em Pediatria O Hospital Sírio-Libanês atua para a melhoria das condições de vida da comunidade em seu entorno, o bairro da Bela Vista, na região central da capital paulista. Com foco na saúde das crianças, o Ambulatório de Especialidades em Pediatria realizou mais de 5 mil atendimentos em 2015, considerando-se as especialidades de otorrinolaringologia, obesidade e sobrepeso, infectologia, fonoaudiologia e odontologia. Atuante há mais de 15 anos, o ambulatório tornou-se um serviço conveniado ao SUS em 2013 e passou a agendar consultas pediátricas, ampliando seu serviço para crianças de outros bairros do município. Abrace seu Bairro De grande impacto, o Abrace seu Bairro está integrado aos programas de promoção à saúde, educação, qualificação profissional e qualidade de vida. O foco é desenvolver ações multidisciplinares que propiciem atendimento integral às crianças e famílias, favorecendo o desenvolvimento biopsicossocial desses indivíduos. Em 2015, mais de 1.700 pessoas participaram de atividades do projeto, que ofertou mais de 51 mil vagas em atividades coletivas. Algumas iniciativas de destaque realizadas pelo Abrace seu Bairro em 2015 estão destacadas abaixo: Cidadania Ativa: internalizou a capacitação dos profissionais participantes por meio de parceria entre as superintendências de Gestão de Pessoas e Filantropia. Apoio a ações socioeducativas: a instituição apoia a promoção da inclusão social de jovens aprendizes. Em 2015, capacitou 125 jovens. Treinamento para copeiro hospitalar: a instituição capacitou profissionais para atuação na área de copa hospitalar. Em 2015 foram realizadas duas edições, com ao todo 62 participantes. Seis pessoas foram contratadas pelo hospital, e outras 10 foram aprovadas para futuras vagas abertas na instituição. Abrace Ideias: é uma proposta de aprendizado que inclui noções de criação, arte, cultura e informática. O programa também introduz conceitos de sustentabilidade, contribui para o desenvolvimento de aptidões, estimula mudança de atitudes e prepara os participantes para novos desafios. Visa 56 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS •De Bem com Você - A beleza contra o câncer: ensina técnicas e dicas de beleza a mulheres em luta contra o câncer. •Grupo de apoio pré-cirúrgico com profissionais de enfermagem e psicologia. •Doação de perucas, lenços, sutiãs e próteses externas. possibilitar a inserção em novos grupos sociais e oportunidades de trabalho, desenvolvendo empreendedores capazes de reconstruir sua trajetória de vida. O programa tem dois módulos e, em 2015, foram realizadas duas turmas do primeiro, com 12 pessoas capacitadas, e uma do segundo, com término previsto para maio de 2016, que conta com a participação de quatro pessoas. Café com Chantilly: ação que busca proporcionar um espaço para reflexão, socialização e apropriação sobre as dificuldades e os desafios do envelhecimento. Em 2015 foram promovidos três encontros, que reuniram ao todo 203 participantes. Atendimento de radioterapia O objetivo é apoiar a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal na realização de tratamento radioterápico a pacientes do Siste- ma Único de Saúde (SUS) que ela encaminha. Em 2015, foram atendidos 75 pacientes. Destes, 61 já concluíram o tratamento e retornaram para a rede em que estavam sendo inicialmente atendidos. Câncer de mama Em 2015, o projeto – realizado há 10 anos pelo Hospital Sírio-Libanês em parceria com o Município de São Paulo – realizou mais de 350 procedimentos cirúrgicos, diagnosticou mais de 400 novos casos e realizou mais de 15 mil consultas, entre atendimentos médicos e com a equipe multidisciplinar. Além disso, promove ações de bem-estar para melhorar a autoestima das pacientes: •Florescer: encontro de pacientes com a equipe multidisciplinar cujo objetivo é desmistificar a doença e melhorar a adesão ao tratamento. Projetos de contrapartida ao BNDES Devido à sua magnitude, o programa de expansão do Hospital Sírio-Libanês envolveu empréstimos de instituições financeiras nacionais e internacionais. No Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) participou do financiamento. Como contrapartida, solicitou que 5% do montante emprestado fosse aplicado em projetos de apoio ao SUS. A parceria prevê a realização de quatro iniciativas cujo objetivo é contribuir para o fortalecimento e a melhoria da atenção à saúde por meio do desenvolvimento de ações que seguem as diretrizes determinadas pelo Ministério da Saúde. Os projetos permitirão que essas diretrizes sejam disseminadas por meio de termos de referência pactuados com os gestores, para atender de maneira eficiente as demandas da saúde. 57 Relatório de Sustentabilidade 2015 Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social (G4-26) Além dos projetos desenvolvidos junto ao Proadi/SUS, existem outras iniciativas que seguem a missão filantrópica do hospital. Esse importante braço assistencial voltado ao SUS é encampado pelos projetos executados pelo Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social. Com personalidade jurídica própria, o instituto é voltado à gestão de serviços de saúde estaduais e municipais que atendem exclusivamente usuários do SUS. Os projetos reforçam o comprometimento do Hospital Sírio-Libanês com o fortalecimento da saúde pública no Brasil. Em 2015, o instituto conquistou o certificado de beneficência, o que reforça sua vocação de organização de utilidade pública. Criado para executar projetos em parceria com o poder público, ele é reconhecido como organização social pelo Município e pelo Estado de São Paulo. Parcerias com o Município de São Paulo •O Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, no centro de São Paulo, presta atendimentos de baixa e média complexidade em pediatria, principalmente em malformações congênitas, e atende mais de 20 especialidades. Em 2015 foram 60 mil atendimentos de emergência, 72 mil atendimentos ambulatoriais, 3 mil atendimentos no hospital-dia e 10 mil exames realizados. •A Assistência Médica Ambulatorial Santa Cecília, no centro de São Paulo, oferece consultas em sete especialidades e nove tipos de exames diagnósticos. Em 2015 foram 69 mil consultas com especialistas e 18 mil exames. •A Assistência Médica Ambulatorial Jardim Peri-Peri, na zona oeste de São Paulo, presta atendimento médico a adultos e crianças, sem agendamento prévio, para casos de baixa e média complexidade. Em 2015 foram realizadas 63 mil consultas. •Estratégia Saúde da Família (ESF) das Unidades Básicas de Saúde Cambuci, Humaitá e Nossa Senhora do Brasil, em São Paulo, desenvolve ações focadas na família e no contexto em que ela vive. O objetivo é organizar e integrar as atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças. São 27 mil pessoas cadastradas e assistidas pelas equipes em consultas médicas e de enfermagem e visitas domiciliares de profissionais da saúde. Parcerias com o Estado de São Paulo •O Hospital Geral do Grajaú, na zona sul de São Paulo, presta atendimento médico-hospitalar em urgências e emergências de média e alta complexidade. Atualmente possui 268 leitos, é certificado como hospital de ensino e disponibiliza campo para estágio de profissionais de diversas áreas da saúde, além de residência médica e cursos de especialização. Entre os principais resultados em 2015, estão 261 mil atendimentos de urgência, 3 mil partos e mais de mil exames de endoscopia. •O Hospital Regional de Jundiaí (SP) é especializado em atendi- mentos de média complexidade e realiza cirurgias eletivas (não urgentes). Possui 120 leitos e 16 unidades de tratamento intensivo. Em 2015 foram realizadas mais de 4 mil cirurgias, quase 30 mil consultas médicas e de enfermagem e 6 mil exames. •O Serviço de Reabilitação Lucy Montoro em Mogi Mirim (SP) oferece tecnologia de ponta para a reabilitação de pacientes com deficiências físicas, doenças incapacitantes e severas restrições de mobilidade. Os resultados mais significativos em 2015 foram os mais de 4 mil atendimentos médicos, 13 mil consultas não médicas e 20 mil procedimentos terapêuticos. •O Ambulatório Médico de Especialidades Maria Cristina Cury, na zona sul de São Paulo, é uma unidade de atendimento ambulatorial que oferece serviços para diagnóstico precoce e tratamentos em diversas especialidades. Em 2015 foram 89 mil consultas médicas, 49 mil atendimentos não médicos, 3 mil cirurgias ambulatoriais e 7 mil exames realizados. Para mais informações sobre projetos do instituto e resultados de 2015, acesse www.irssl.org.br. 58 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 59 Relatório de Sustentabilidade 2015 Relacionamento Diversidade de ferramentas on-line e canais de relacionamento buscam maior transparência e diálogo com os públicos interno e externo (G4-26, G4-57, HR2, HR3) O Hospital Sírio-Libanês busca formas inovadoras para dar maior transparência às suas informações, estimular o diálogo e as trocas com seus públicos estratégicos e engajá-los em prol da melhoria contínua dos serviços prestados à sociedade. Garantindo transparência junto ao público interno, constituído pela equipe multiprofissional (colaboradores de áreas assistenciais, administrativas e de apoio) e pelo corpo clínico, a instituição mantém fóruns participativos e um canal na intranet. •Fóruns participativos: esferas de diálogo que proporcionam interação entre colaboradores/ gestores e o corpo diretivo. São exemplos o Encontro com o Superintendente Corporativo, Portas Abertas, Comitê Ampliado e Encontro com Gestores. •Intranet: canal em que se concentram ferramentas de gestão que permitem acesso dos cola- boradores a plataformas de treinamento, avaliação e pesquisas, entre outros. Ali está disponível o Fale Conosco, por meio do qual o colaborador pode encaminhar sugestões, críticas, elogios e dúvidas, além de denúncias referentes a preconceito, assédio e situações análogas. Em 2015, não foi registrado nenhum caso de discriminação. É também na intranet que está o Sistema de Gestão de Pessoas (Sigep), que contém informações sobre folha de pagamento, treinamentos, pesquisas diversas, recrutamento interno, e avaliação de desempenho, entre outros assuntos. Todos os documentos e normas institucionais podem ser acessados pela intranet. Para o público externo, que inclui pacientes, acompanhantes, entre outros, o principal canal utilizado é a Ouvidoria, acessível via site do hospital. Ela é responsável, por exemplo, pelo monitoramento do grau de satisfação dos clientes com os serviços prestados. Evolução da Ouvidoria 2015 9.959 reclamações 9.825 elogios 2014 7.967 reclamações 5.895 elogios Índice de recomendação do paciente (PR5) 2015 86% 87% 2014 60 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Ética em foco Para relacionamento, além da Ouvidoria, existem os seguintes mecanismos e procedimentos: •Fornecedores: acessível no portal do hospital, o Manual de Relacionamento com Fornecedores foi elaborado com base na ética e transparência, trazendo as diretrizes sobre a compra de bens e serviços praticada pela organização. •Imprensa: o Manual de Relacionamento com a Imprensa busca nortear as divulgações realizadas pela instituição. Além disso, existe uma área para cuidar do relacionamento com os veículos de comunicação (jornais, revistas, sites, emissoras de rádio/TV etc.). •Governo: sendo o Ministério da Saúde o principal interlocutor do Libanês, mediante aos programas de responsabilidade social, existe uma área específica responsável pelo relacionamento entre gestores do SUS e as áreas técnicas do hospital. •Comunidade científica: o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP) direciona a produção gerada pelos profissionais para periódicos nacionais e internacionais. •Doadores: formado por um conjunto de pessoas físicas e empresas que contribuem para o desenvolvimento da instituição, o grupo recebe periodicamente o boletim InformAção, com notícias gerais sobre o desempenho do hospital. Para garantir o bom relacionamento interpessoal, promovendo a ética e a busca pela excelência, o hospital desenvolveu ações para melhor disseminação do conteúdo de seu Código de Conduta. Para dar transparência e ampliar a divulgação dos itens abordados, quadros resumidos foram afixados em locais de grande circulação de pessoas. O hospital segue as diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM), que, entre outros assuntos, aborda a relação com pacientes e familiares, o sigilo profissional, as responsabilidades e os direitos da classe. Para 2016, os principais desafios da governança corporativa estão relacionados à melhorias na comunicação de assuntos relacionados à ética do hospital, buscando melhores tratativas para denúncias, rapidez no retorno ao colaborador e estímulo ao maior uso do canal. Está prevista também a estruturação do Comitê de Bioética, uma demanda da instituição e do mercado. (G4-57) Portal do Paciente O Portal do Paciente é um dos principais canais de relacionamento da instituição com esse público estratégico. Está em constante melhoria desde a sua criação, em 2008. O portal dá acesso a resultados de exames laboratoriais e de imagem, histórico clínico (atendimentos ambulatoriais, internações, medicamentos e cirurgias realizadas), atualização de dados cadastrais e pré-agendamento de exames e consultas. Fale conosco [email protected] Central de informações (11) 3394-0200 Atendimento internacional (11) 3394-5520 Cartas Hospital Sírio-Libanês. A/C da Ouvidoria. Rua Dona Adma Jafet, 91, Bela Vista, São Paulo (SP). CEP 01308-000. 61 Relatório de Sustentabilidade 2015 Públicos do HOSPITAL Sírio-Libanês (G4-24, G4-25) Sociedade Sindicatos Comunidade do entorno Pacientes Médicos Colaboradores Hospital Sírio-Libanês Imprensa Governo Associados Operadoras de saúde Fornecedores Concorrentes Doadores Comunidade científica No Sírio, a relação com os stakeholders é contínua e feita por diversos canais apresentados ao longo do relatório (ver pags: 18, 20, 25, 31, 32, 33, 39, 40, 44, 53, 57, 59, 70, 72, 81). O processo de construção da matriz de materialidade sempre foi feito anualmente, a partir da última matriz decidimos fazer uma revalidação desse processo a cada dois anos. Utilizam-se diferentes metodologias de diálogo e engajamento dos stakeholders, seja por fóruns, oficinas, entrevistas, pesquisas, entre outros meios (G4-26). 62 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Capital humano Principal força motriz do Hospital Sírio-Libanês, 5.975 colaboradores em regime CLT compõem o quadro das unidades Bela Vista, Itaim, Jardins e Brasília – Asa Sul e Lago Sul. Além deles, 910 terceiros con- centram-se na prestação de serviços de manutenção de sistemas de ar-condicionado, equipamentos especializados, restaurante e lavanderia, além de parte dos trabalhos de segurança e higiene. Panorama da gestão de pessoas (G4-10, LA1) São Paulo Brasília 2013 2014 2015 2013 2014 2015 264.798 324.094 373.424 2.821 4.139 6.275 5.086 5.690 5.853 66 112 122 Temporários 34 65 29 3 1 2 Jovens aprendizes 84 96 108 0 0 3 Estagiários 39 43 27 0 0 0 913 938 875 0 34 35 Folha de pagamento bruta (R$ mil) Colaboradores CLT Terceiros Número de colaboradores por faixa etária (LA1) Feminino Idade 2013 Masculino 2014 2015 2013 2014 2015 < 30 anos 1.005 21% 1.432 24% 1.098 18% 724 15% 830 14% 639 11% 31 a 50 anos 1.755 36% 2.168 36% 2.455 41% 1.102 23% 1.279 21% 1.423 24% 141 3% 196 210 4% 110 2% 131 2% 150 3% 63% 3.763 63% 1.936 40% 2.240 37% 2.212 37% > 51 anos Total 2.901 60% 3.796 3% 63 Relatório de Sustentabilidade 2015 Benefícios básicos para colaboradores CLT (LA2) •Assistência médica e odontológica: 12.226 vidas atendidas, incluindo titulares e dependentes - Médica: sem custo no padrão de internação enfermaria e com custo para padrão quarto para optantes. - Odontológica: plano básico sem custo e especial com custo. - Médica e odontológica: colaborador pode incluir esposa e filhos / colaboradora pode incluir filhos e marido (em ambos os benefícios, o marido pode ser incluído mediante pagamento do custo integral). •Exames: cobertura de exames no hospital para todos os colaboradores e dependentes do plano de saúde (sujeito a paga- mento de coparticipação conforme utilização). bro correspondente ao valor do mês mais vale de Natal). •Convênio-farmácia: desconto mínimo de 15% em medicamentos e descontos promocionais que podem chegar a 55% (desconto integral em folha de pagamento). •Seguro de vida em grupo (sem custo para os colaboradores): cobertura de 12, 24 ou 36 vezes o salário nominal, de acordo com o cargo. •Restaurante: varia de R$ 1,00 a R$ 3,29, de acordo com o grupo salarial. •Vale-refeição: R$ 18 para profissionais de unidades externas, com desconto mensal conforme o número de dias úteis e baseado na mesma tabela do refeitório e de acordo com o grupo salarial. •Vale-alimentação: R$ 156,03 (crédito em dobro em dezem- •Assistência funeral para titulares e dependentes diretos (cônjuge e filhos): suporte durante o processo e cobertura de até R$ 5.000 para despesas com funeral. •Vale-transporte conforme definido por lei. •Creche ou auxílio-creche: R$ 184 para colaboradoras com filhos. 64 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Cuidando de Quem Cuida 2014 2015 33 cirurgias 116 cirurgias 3 cirurgias bucomaxilofaciais indicadas e confirmadas 14 cirurgias bucomaxilofaciais indicadas e confirmadas Oncologia 21 pacientes com casos de neoplasia 32 pacientes com neoplasia Cirurgias bariátricas 3 procedimentos realizados 14 procedimentos realizados Casos complexos (cirurgias cardiológicas, UTI pediátrica, procedimentos de alta complexidade) 15 pacientes 47 pacientes Ortopedia Principal programa voltado para a promoção da saúde e o bem-estar dos colaboradores, o Cuidando de Quem Cuida ampliou em 2015 a assistência incluindo novas especialidades. Atualmente, oferece a possiblidade de internalizar a realização de cirurgias ortopédicas programadas (aquelas que não são emergenciais ou de urgência) e o tratamento oncológico. Além disso, o programa contempla inúmeras outras iniciativas que visam a qualidade de vida do colaborador no trabalho e fora dele, como ações de reeducação alimentar, combate ao tabagismo e apoio a gestantes. Também são oferecidas uma série de atividades esportivas e culturais para todos os colaboradores. Em 2015 o hospital passou a disponibilizar médicos de família até as 22h no Ambulatório de Saúde do Colaborador, com atendimento de segunda a sexta-feira, e mudou o plano de saúde oferecido. A utilização da Mediservice passou de pré para pós-paga, o que impactou em maior economia para a organização e em reforço, por parte do hospital, na disseminação das atitudes de prevenção em relação à saúde dos usuários. O hospital adicionou ainda ao programa casos de neurocirurgia programada, cirurgia bucomaxi-lofacial, cirurgia bariátrica e tratamento com imunobiológicos. Além disso, todos os profissionais contam com a infraestrutura e a excelência do hospital, sem nenhum custo ou coparticipação. A mudança de plano foi comunicada por meio de palestras e informações na intranet, e durante três meses foi disponibilizado um plantão para esclarecimento de dúvidas em um posto fixo na sede administrativa do complexo da Bela Vista, além de um guia de perguntas e respostas. A adoção de um plano pós-pago é um passo para o fortalecimento de uma rede própria de saúde, com foco na atenção primária, que começa pelo ambulatório de saúde e se estende aos dependentes. Em 2015, 225 colaboradores foram tratados no HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS por meio do programa Cuidando de quem Cuida Em 2015, havia 3.763 colaboradoras trabalhando na organização. Cerca de 70% dos cargos de chefia eram ocupados por mulheres, percentual que se manteve em relação a 2014 QUALIDADE DE VIDA Em 2015, uma das novidades foi a inauguração do estúdio de treinamento funcional, com atividades como yoga e dança, no piso -3 do bloco E. Lá também está localizado o Espaço de Convivência do Colaborador, com sala de TV, área de descanso, cafeteria e varanda, o que trouxe maior qualidade de vida ao público interno. 65 Relatório de Sustentabilidade 2015 São Paulo Contratações (LA1) Idade Brasília 2014 2015 2014 2015 Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino < 30 anos 437 198 404 252 18 11 7 6 31 a 50 anos 459 182 294 146 16 7 7 2 11 4 3 6 0 1 0 0 907 384 701 404 34 19 14 8 > 51 anos Total por gênero Total 1.291 1.105 53 22 Turnover (LA1) Feminino Masculino 2014 2015 2014 2015 Sem aumento de quadro 1,33% 1,16% 1,24% 1,16% Com aumento de quadro 1,20% 1,41% 0,98% 1,42% < 30 anos 31 a 50 anos > 51 anos 2014 2015 2014 2015 2014 2015 Sem aumento de quadro 2,10% 2,75% 0,85% 1,17% 0,28% 0,56% Com aumento de quadro 1,67% 3,45% 0,82% 1,59% 0,32% 0,73% Comparativo de desligamentos (total e percentual) (LA1) 2014 2015 Feminino Idade Masculino Feminino Masculino < 30 anos 274 33% 195 23% 232 27% 177 20% 31 a 50 anos 220 26% 129 16% 277 32% 153 17% 8 1% 6 1% 26 3% 10 1% 502 60% 330 40% 535 61% 340 39% > 51 anos Total por gênero 66 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Licença parental (LA3) 2014 2015 Colaboradores que usufruíram da licença parental 132 177 Colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental 125 159 Colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença e que continuam na empresa após 12 meses do retorno 105 106 Taxa de usufruto1 4% 5% 95% 90% 89% 80% Taxa de retorno 2 Taxa de retenção 3 1. Quantidade de colaboradores que usufruíram da licença parental/quantidade de colaboradores com direito à licença. 2. Quantidade de colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental/quantidade de colaboradores que usufruíram da licença. 3. Quantidade de colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental e que continuam na instituição após 12 meses do retorno/quantidade de colaboradores que usufruíram da licença. Retenção de talentos A política de atração e retenção de talentos do hospital tem como objetivo garantir a permanência do melhor capital humano na instituição. Para manter esses profissionais engajados e aprimorar o seu desenvolvimento, foram criados programas e políticas de gestão de pessoas que priorizam o desenvolvimento de carreira, a satisfação, o comprometimento e o reconhecimento dos colaboradores. No que diz respeito à retenção dos colaboradores, algumas iniciativas podem ser destacadas em 2015: •O projeto de reformulação do modelo de operação assistencial gerou uma oportunidade de absorver mais técnicos de enfermagem após sua graduação como enfermeiros. A importância do desenvolvimento de aptidões gerenciais foi reforçada nas residências na área da enfermagem. Em 2015, houve um salto de 25% para 38% no percentual de enfermeiros contratados. Os residentes de enfermagem terão a oportunidade de serem treinados e, em até 2 anos, efetivados com melhoria salarial. •Manutenção dos grupos de estudo para especialização de enfermeiros, um programa avançado de conhecimentos e de adesão voluntária. No programa, são dedicadas horas para aprendizagem do cuidado com o idoso, uso de sondas e outras funções. Com o grupo é formada uma reserva de especialistas, o que gera um melhor atendimento e apoio à operação geral. Capacitação e treinamentos Em 2015, a instituição trabalhou na consolidação da gestão por competências. Os processos de seleção, desenvolvimento e avaliação estão pautados no modelo de competências desenhado exclusivamente para o Hospital Sírio-Libanês. O perfil é composto pelas competências institucionais, de liderança, assistenciais e administrativas/de apoio. Para acompanhar o estágio de desenvolvimento de cada colaborador, anualmente a organização realiza a avaliação de desempenho e o plano de desenvolvimento individual (PDI). A primeira etapa é a autoavaliação; posteriormente, gestor e colaborador realizam a etapa de consenso, momento em que dialogam e constroem juntos o PDI. (LA11) Além dos cinco programas de reconhecimento já implantados (Celebra Equipe, Meu Valor, Tempo de Casa, Centro de Inovação do Colaborador e ELO), para incentivar ainda mais a cultura do reconhecimento a instituição lançou o Celebra Equipe Multi, com o objetivo de celebrar projetos e entregas das equipes com atuação multiprofissional. Em 2015, 12 equipes envolvendo 463 colaboradores foram contempladas. (DMA, LA10) 67 Relatório de Sustentabilidade 2015 Treinamentos (LA9) Investimento 2014 2015 R$ 5 milhões R$ 5 milhões 220.577 210.905 3,54 3,16 2014 2015 Horas de treinamento Horas/treinamento por colaborador por mês Horas/homem de treinamento (LA9) Categoria Mulheres Homens Mulheres Homens 3,84 3,15 5,10 3,30 Enfermeiros 3,81 3,04 6,80 7,30 Nutricionistas 6,35 2,52 13,50 4,40 Farmacêuticos 5,38 4,53 8,80 11,60 Fisioterapeutas 3,16 2,78 4,70 6,40 Auxiliares e técnicos de enfermagem 2,86 2,72 7,70 9,90 Médicos 0,98 0,77 0,80 0,60 Biomédicos 1,25 1,14 2,30 1,90 Demais profissionais 1,73 1,44 2,00 1,40 Gestores Bolsas de estudo concedidas (para cursos de formação) (LA10) Programa 2014 2015 3 3 Pós-graduação em entidades externas 44 35 Pós-graduação (aperfeiçoamento e especializações no IEP) 50 31 2 2 22 19 Idiomas (inglês e espanhol) 243 196 Total 364 286 Mestrado em gestão de tecnologia e inovação em saúde (IEP) Bacharelado em hotelaria Curso técnico profissional (enfermagem, farmácia, hospedagem e contabilidade) Em 2015, foram realizados treinamentos que abordaram temas de direitos humanos como diversidade, direitos do paciente, código de conduta entre outros. Todos os treinamentos tiveram duração de uma hora. Treinamentos: Junho – 4.420 colaboradores (76%). Julho, dois treinamentos contaram com 2000 e 3800 colaboradores, 34% e 65% respectivamente. Agosto – 2.335 profissionais (40%). Novembro 2.284 colaboradores (39%) (HR2). 68 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Inclusão Em 2015, o programa Mais Inclusão, que valoriza a empregabilidade de pessoas com deficiência (PCD), internalizou a capacitação dos profissionais com a parceria entre as superintendências de Gestão de Pessoas e Filantropia. Para executar o programa, o hospital desenvolveu um piloto chamado Cidadania Ativa, por meio do qual contratou 15 profissionais com deficiência e os capacitou durante 6 meses em técnicas administrativas (aulas teóricas com estágio nas dependências do hospital). O resultado foi uma melhor adaptação e acompanhamento dos profissionais, além da efetivação de 80% dos capacitados. Além disso, mantivemos a Oficina Protegida, que conta com a participação de 13 profissionais com rebaixamento intelectual para tarefas de montagem de kits educacionais e digitação de notas fiscais. Fechamos o ano com 215 profissionais com deficiência, o que corresponde a 72% da cota para a instituição. Jovem Aprendiz O programa, que capacita jovens em módulos teóricos e práticos, alcançou o número de 105 participantes em 2015. Eles atuaram em diversas áreas da instituição, e 32 foram contratados para cargos administrativos. Saúde e segurança Centro de Capacitação Multiprofissional (LA10) A capacitação é uma importante estratégia de desenvolvimento dos colaboradores para garantir a qualidade e a segurança do cuidado ao paciente. Em 2015 foi aberto o Centro de Capacitação Multiprofissional, espaço que ocupa um andar e é voltado ao aperfeiçoamento e atualização das equipes multiprofissionais. Por meio de metodologias ativas como a simulação realística, é possível reproduzir uma situação da rotina hospitalar para diferentes cargos ou áreas de atuação. A gestão da saúde do colaborador é feita com base em quatro premissas: aferir pressão arterial, frequência cardíaca e temperatura corpórea e utilizar acesso venoso para ad- •Reconhecer os perigos e riscos existentes nos ambientes de ministração de medicamentos. trabalho e nas atividades e as Há também outras salas versácondições de saúde próprias de teis – que podem ser montadas cada colaborador; de acordo com a necessidade de capacitação – equipadas com •Informar ao colaborador as condições identificadas; sistemas de áudio e vídeo, permitindo que os procedimentos realizados ali sejam compartilhados •Capacitar o colaborador para lidar com os perigos e riscos exiscom outros colaboradores em ditentes e com suas próprias partiferentes ambientes. Dessa forma, cularidades biopsicossociais; é possível envolver profissionais de diversas áreas para a troca de experiências, o aperfeiçoamento •Acolher o colaborador quando há agravo à saúde. e o desenvolvimento. As capacitações abordam temas O centro conta com uma suíte como atendimento de emergênequipada com a mesma estrutu- cia, manipulação de medicamenra de uma unidade de internação tos, troca de curativos, limpeza do hospital, com móveis, equi- do quarto, atendimento fisioterápamentos e manequins com tec- pico e nutricional, entre outros. nologia avançada, que permitem Para cumprir essas premissas, são agrupados em torno do mesmo objetivo a medicina do trabalho, a engenharia de segurança do trabalho, a qualidade de vida, a psicologia e o serviço social. Em cada pilar, há um profissional especializado res- 69 Relatório de Sustentabilidade 2015 ponsável pelas ações e pela integração da sua área com as demais. A instituição desenvolveu melhorias e obteve a certificação OHSAS 18001, que trata de aspectos relacionados à saúde e à segurança do trabalhador. Também conquistou o Prêmio AnimaSeg, específico para saúde e segurança no trabalho, por indicação da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP). Além do preparo para a conquista da certificação, a instituição desenvolve, anualmente, campanhas de prevenção e conscientização por meio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). As funções da CIPA são preve- nir acidentes, notificar incidentes, influenciar os colaboradores a adotar boas práticas em saúde e segurança no trabalho, realizar inspeções e organizar e promover a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT). Em 2015, foram realizados treinamentos para profissionais da organização (CLT, temporários e terceiros) sobre normas aplicáveis (NR 5 e NR 32, do Ministério do Trabalho), além de inspeções e auditorias periódicas para garantir boas condições ergonômicas, ambientais e de segurança. (LA5) O presidente e o vice-presidente da CIPA representam 100% dos colaboradores no Comitê de Segurança Institucional. Os membros da CIPA são eleitos anualmente, e a eleição é realizada por meio eletrônico, garantindo a segurança pelo uso de senha pessoal do colaborador, o que agiliza a obtenção do percentual de votos previsto na Norma Regulamentadora nº 5 (NR 5). Outro mecanismo importante é a medição de riscos no ambiente para criação de melhorias na segurança dos pacientes e demais públicos, realizada por meio do plano de segurança institucional. O plano inclui ações de monitoramento, notificação e controle. (DMA) Treinamentos sobre saúde e segurança do colaborador (LA5) Programa Colaboradores treinados Horas de treinamento NR 35 53 504 NR 10 33 1.160 2.518 CLT 2.518 95 terceiros 95 Radioproteção 415 698 Brigada de incêndio (campo externo) 447 CLT 35 terceiros 3.194 280 Reciclagem para brigadistas 344 1.032 2.313 CLT 121 121 terceiros 2.313 NR 32 (ensino a distância) Brigada de incêndio (ensino a distância) Acidentes de trabalho (LA6) Bela Vista Itaim Jardins Brasília 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 Taxa de frequência 17,68% 27,54% 8,8% 44,35% 20,49% 15,99% 0% 19,97% Taxa de gravidade 21,74% 66,42% 27,88% 66,53% 0% 31,98% 0% 71,88% Horas/homem trabalhadas (HHT) 13.797.844 11.111.791 681.540 360.744 48.800 62.533 214.380 250.419 Número de acidentes 244 306 6 16 1 1 0 5 Quantidade de dias perdidos 300 738 19 24 0 2 0 18 A instituição calcula suas metas em acidentes de trabalho com base na metodologia de taxa de frequência de acidentes de trabalho, recomendada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Taxa de frequência = (nº acidentes/HHT) x 1.000.000. Taxa de gravidade = (nº de dias perdidos/HHT) x 1.000.000. HHT = Horas/homens trabalhadas. Em 2014, não houve óbitos relacionados ao trabalho em nenhuma unidade da instituição. 70 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Fornecedores (G4-12, G4-26) Parte importante do sistema de gestão do Hospital Sírio-Libanês, os fornecedores são orientados a seguir as boas práticas que contribuem para a qualidade do serviço médico-hospitalar e a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva. Para isso contam com o Manual de Relacionamento com Fornecedores, que dispõe das exigências normativas e padrões de conduta, com itens relacionados à prevenção ao trabalho escravo e infantil e à valorização da diversidade. Além disso, o documento estabelece os requisitos técnicos de qualidade, as exigências legais, sanitárias e as respectivas normas relacionadas à saúde e segurança do trabalhador e respeito ao meio ambiente, itens necessários para se tornar um fornecedor do hospital. Categoria Produtos Serviços Avaliações técnicas especializadas A avaliação técnica é aplicada a todos os fornecedores de produtos e serviços que participam dos processos de cotação e de compra. Para os fornecedores dos grupos de materiais, medicamentos e OPME utilizam-se os padrões técnicos de qualidade do Grupo de Avaliação de Fornecedores (composto de farmacêuticos da instituição e de hospitais parceiros). Os demais grupos (nutrição, higiene, engenharia clínica etc.) seguem os critérios de qualidade definidos pelo gestor e pela equipe responsável pelo setor. As comissões técnicas multiprofissionais contribuem para a qualificação de insumos: Comissão Quantidade de Responsabilidades fornecedores 776 1.332 Fornecer produtos como materiais hospitalares, medicamentos; órteses, próteses e materiais especiais (OPME); imobilizados e outros materiais de consumo, conforme padrões técnicos estabelecidos e documentados Fornecer/prestar serviços de manutenção, consultoria, segurança, limpeza, obras, médicos, de ensino e pesquisa, transporte e outros, conforme padrões técnicos estabelecidos e documentados de Farmácia e Terapêutica (CFT) e Comissão de Padronização de Materiais (CPM). A CFT reúne-se para discutir a seleção de medicamentos e as práticas que envolvem sua utilização no hospital. Já a CPM avalia a padronização de novos materiais descartáveis solicitados pelas equipes e homologa novas marcas como alternativas comerciais ou para a substituição de produtos em falta no mercado. Tecnologias que auxiliam a gestão Como forma de assegurar a eficiência e a transparência do processo de cotação e aquisição de insumos, o hospital utiliza plataformas de comércio eletrônico especializadas. Para a compra de materiais especiais (OPME), utiliza-se o sistema Inpart Saúde, que também faz o controle e a gestão da documentação legal e sanitária. Os demais insumos hospitalares são negociados pelo sistema Bionexo. O planejamento de compras dos itens padronizados de estoque é apoiado por um software especializado, o GTPlan, que adota métodos estatísticos inteligentes capazes de identificar períodos ideais de compra, fluxos de estoque e demanda, além de outras tendências importantes para otimização do processo. Além disso, o sistema permite qualificar os fornecedores, que são ranqueados por meio de um sistema de pontuação. O hospital também promove a avaliação contínua dos fornecedores de insumos e serviços. Materiais hospitalares, medicamentos e demais produtos são monitorados desde o recebimentos no hospital, com verificação automática da previsão de entre- 71 Relatório de Sustentabilidade 2015 Cadeia de suprimentos do hospital Fornecedor Logística Hospitalar Indústria Distribuidor Qualificação de fornecedores Padronização de produtos Planejamento de demanda Assistência multidisciplinar Compra Recebimento Unitarização e etiquetagem Armazenamento Prescrição médica Hospital Dispensação/ distribuição Assistência farmacêutica Assistência de enfermagem Rastreabilidade de cadeia – código de barras e tag RFID Metodologia de Qualificação de Fornecedores – GAFO Sistema de planejamento demanda – GTPlan Comércio eletrônico B2B Saúde – Bionexo Sistema de avaliação de fornecedores – GTPlan Automação robótica – Swisslog Controle de temperatura – Incoterm Dispensários eletrônicos – CareFusion Sistema de gestão de doca ga versus chegada do fornecedor e avaliação do check-list eletrônico das condições de transporte e armazenagem. O resultado da avaliação é uma pontuação final, que é adotada como parâmetro para a extensão do relacionamento com o fornecedor. Padrões de qualidade e segurança A vigilância estende-se sobre desempenho e eficácia dos medicamentos, bem como eventuais efeitos adversos detectados, prejudiciais à saúde dos pacientes e/ ou dos profissionais, em conformidade com as melhores práticas de farmacovigilância e tecnovigilância, como Hospital Sentinela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os prestadores de serviço devem atender os critérios técnicos de qualidade definidos em contrato – conforme o acordo de nível de serviço (SLA) e requisitos das Volumetria da cadeia de fornecedores Medicamentos Materiais OPME Total Transporte pneumático – Aerocom 2014 2015 Nº de fornecedores 170 171 Volume de compra R$ 137.960.648,79 R$ 155.143.424,05 Dias de estoque (import.) 22 20 Nº de fornecedores 402 381 Volume de compra R$ 65.362.978,19 R$ 78.299.203,42 Dias de estoque (import.) 39 37 Nº de fornecedores 206 224 Volume de compra R$ 85.988.726,87 R$ 94.731.989,72 Nº de fornecedores 778 773 Volume de compra R$ 289.312.353,85 R$ 328.174.617,19 Dias de estoque (import.) 25,4 24,0 certificações ISO 14001 e OHSAS 18001. Para assegurar os compromissos relacionados à preservação do meio ambiente e à saúde e à segurança dos trabalhadores, o hospital avalia sistematicamente seus fornecedores com maior contingente de mão de obra e atividades que geram maior impacto ambiental. Nesse sentido, são feitas auditorias anuais de verificação e monitoramento contínuo de toda a documentação comprobatória. 72 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Gestão ambiental Para além das certificações, o Hospital Sírio-Libanês adota referências globais em sustentabilidade e respeito ambiental no setor da saúde, buscando inovar por meio de melhores práticas e uso da tecnologia para redução de impactos (G4-15, G4-26, DMA, EN31) O conceito de sustentabilidade do hospital desdobra-se em diversas frentes de atuação, que vão da qualidade e segurança na assistência até a solidez financeira, passando pela minimização de impactos socioambientais. Em termos de gestão ambiental, a instituição mantém a certificação ISO 14001, reconhecida mundialmente e obtida em 2015. Além disso, busca a certificação LEED Gold, concedida pelo U.S. Green Building Council para construções que estão de acordo com critérios de eficiência no uso da água e da energia, inovação em equipamentos e projetos e qualidade do ar. Em 2015, começaram a ser colhidos os primeiros resultados das tecnologias implantadas nos novos prédios do complexo da Bela Vista para a conquista do LEED. Além disso, a organização adota referências como a Agenda Glo- bal para Hospitais Verdes e Saudáveis, desenvolvida pela rede Hospitais Saudáveis para oferecer apoio às iniciativas mundiais relacionadas à sustentabilidade e ao respeito ambiental no setor da saúde. A agenda atua com dez princípios interligados e focados na redução dos impactos ambientais, como os provenientes dos resíduos e insumos. Atualmente, são desenvolvidos trabalhos que atendem todos os itens propostos, a saber: (G4-15) •Liderança: priorizar a saúde ambiental •Substâncias químicas: substituir substâncias perigosas por alternativas mais seguras •Resíduos: reduzir, tratar e dispor de forma segura os resíduos •Energia: implantar eficiência energética e geração de energia limpa renovável •Água: reduzir o consumo de água e fornecer água potável •Transporte: melhorar as estratégias de transporte para pacientes e colaboradores •Alimentos: comprar e oferecer alimentos saudáveis e cultivados de forma sustentável •Produtos farmacêuticos: prescrição apropriada, administração segura e destinação correta •Edifícios: apoiar projetos e construções de hospitais verdes e saudáveis •Compras: comprar produtos e materiais mais seguros e sustentáveis. Relatório de Sustentabilidade 2015 73 74 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS As complexas atividades desenvolvidas internamente no hospital produzem diversos impactos. Um deles é a geração de diversos tipos de resíduos. Para reduzir esse volume e garantir o descarte apropriado e o reaproveitamento de recicláveis, foi investido R$ 1,5 milhão em 2015. O hospital tem trabalhado na mobilização e no comprometimento de colaboradores, fornecedores e demais públicos diretamente envolvidos nas operações a fim de garantir a mitigação dos impactos ambientais. Um dos pontos de atenção para melhoria é a forma como os indicadores são comunicados. Apesar de haver informações disponíveis na intranet, as ações relacionadas à conscientização e ação ambiental geram ainda pouca mobilização interna. O Comitê de Sustentabilidade tem discutido mensalmente essas e outras questões para o avanço de suas atividades transdisciplinares. Transporte pneumático de resíduos Gerenciamento de resíduos Ao longo de 2015, o hospital produziu 9,4 toneladas de resíduos/ dia, volume 9% superior ao de 2014. O indicador está dentro dos parâmetros esperados para uma instituição de tal porte e inclui resíduos provenientes de áreas administrativas, serviços de apoio e atividades hospitalares, estas geradoras do maior percentual e, também, de maior risco. Em 2015, a organização deu prosseguimento ao conceito paperless, que prevê a erradicação do uso do papel em processos assistenciais. Além de reduzir o uso do material e a geração de resíduos, estima-se uma economia financeira com o fim da impressão. (DMA) Quantidade de resíduos gerados e destinação em 2015 (EN23, EN25) Resíduo 2015 Destinação Infectante 694 t ETD (desativação eletrotérmica) Comum 1.422 t Aterro Sanitário Rodovia dos Bandeirantes, km 33 (Caieiras, SP) Radioterápico 0,233 t ETD (desativação eletrotérmica) Químico perigoso 57 t Essencis Soluções Ambientais Ltda. 342 t Papelão e papel – GTF Papéis (SP) Plásticos (polietileno) – Nova Reciclagem Plásticos diversos (exceto polietileno) – Aplascon Metal e vidro – Valdomiro Dias ME Reciclável* Após a instalação do sistema a vácuo (ou pneumático) para transporte de roupas sujas e resíduos comuns na nova torre (bloco D), o Hospital Sírio-libanês passou a ser pioneiro no uso dessa avançada tecnologia. Com ele, a operação de recolhimento de lixo hospitalar e roupas sujas ganhará agilidade e segurança, sem manuseio humano, o que reduz o risco de infecção e aumenta a segurança dos profissionais e pacientes. Sua operação deve iniciar no fim do primeiro semestre de 2016. Orgânico (compostagem) 896 t Biomix Indústria e Comércio de Insumos Orgânicos EPP Perfurocortante 46 t ETD (desativação eletrotérmica) Eletrônico 4t Fundação Settaport O levantamento é realizado apenas na unidade Bela Vista. *Inclui: papelão, papel, plástico, metal, vidro, alumínio, lâmpadas fluorescentes, pilhas, raio X, óleo de cozinha e isopor. Reciclagem (em t) 2013 2014 2015 Papelão* 139 166 199 Papel 50 35 49 Plástico 34 55 70 Metal 10 8 9 Vidro 8 8 9,8 Alumínio 3 3 2,7 Pilhas e baterias - 0,400 0,449 Raio X - 0,350 0,436 Isopor - 0,750 2 Lâmpadas 2.128 tratadas (un.) 13.855 12.147 *Inclui o material destinado ao Projeto Catadores. Um total de 160 toneladas foi doado em 2015 (mais informações no subcapítulo Valor para a comunidade). 75 Relatório de Sustentabilidade 2015 Em 2015 atingimos a meta de redução de 15% no consumo de água, mesmo com o aumento significativo da capacidade instalada Gestão do consumo de água O Hospital Sírio-Libanês tem uma matriz diversificada de fontes de água, suprida pela Sabesp, poços artesianos e caminhões-pipa. Em 2015, a orientação estratégica foi avançar na gestão desse insumo. Algumas medidas já têm sido tomadas desde 2014, como a instalação de equipamentos limitadores de vazão de água nas torneiras e novas válvulas econômicas de descarga, além de chuveiros, bacias e torneiras mais eficientes. Equipes monitoram o desperdício e, muito em breve, será implantada a gestão on-line do consumo, que permitirá identificar desvios e atuar de maneira imediata. A Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) e a Estação de Tratamento de Águas das Chuvas (ETA) continuam sendo uma boa fonte de resultados, produzindo aproximadamente 2 mil m3 por mês, o que representa 10% do consumo advindo de reúso. Um dos destaques na gestão da água em 2015 foi a implantação do Plano de Segurança das Águas (PSA), com foco na gestão de riscos e que tem sido considerado, em muitos países, a metodologia que orienta os respectivos regulamentos para a qualidade da água, principalmente em ambientes assistenciais. (DMA, EN10, EN22) Consumo de água (em mil m³) (EN8) Consumo de água por m2 Fonte de retirada 2013 2014 2015 2015 x 2014 2013 2014 2015 2015 x 2014 Sabesp* 178 177 80 -55% 2,94 2,68 1,61 -40% Poço artesiano 73 70 85 22% Caminhão-pipa 20 45 64 41% Reúso 0 4 22 450% Total 270 296 251 -15% *Em Brasília, a fonte é a Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal). Todos os efluentes são descartados via sistema de saneamento local (Sabesp e Caesb). (EN9) 76 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Consumo de energia Para reduzir o consumo de energia, o Hospital Sírio-Libanês avançou na busca e no uso de novas tecnologias em sistemas de iluminação. Foi iniciada em 2015 – e deve avançar em 2016 – a migração da iluminação convencional para LED. As novas torres já estão 100% aderentes ao conceito de eficiência energética, com economia de até 75% em relação aos sistemas convencionais. A gestão automatizada do sistema de água gelada (CAG) por meio de um moderno sistema de automação e gerenciamento predial trará redução da ordem de 15% no consumo de energia a partir do primeiro trimestre de 2016. Outro projeto tem como foco a identificação de variações nos níveis de tensão elétrica e ações para sua estabilização. Trata-se de uma iniciativa inovadora no Brasil, já em uso em países como a Inglaterra, e que pode alcançar redução de cerca de 10% no consumo de energia. (DMA, EN6) Consumo de energia dentro e fora da organização (EN3, EN4) 2013 2014 2015 Biodiesel (em litros)1 50.782 22.000 307.110 Energia elétrica comprada (em milhões de KWh)2 33 35 37 Gás natural (em mil m³) 243 297 332 1. Utilizado exclusivamente nos geradores. 2. As concessionárias de energia que abastecem as unidades assistenciais são a AES Eletropaulo (em São Paulo) e a Companhia Energética de Brasília (CEB), na capital federal. Consumo de energia* em megajoule (MJ) por m² (EN5) 2013 2014 2015 2014 x 2015 1.389 1.247 959 -23% *Considera todas as fontes de geração de energia 77 Relatório de Sustentabilidade 2015 Emissões de gases A respeito das emissões de CO2, após a expansão da capacidade de atendimento, o hospital apresentou uma redução absoluta das emissões entre 2014 e 2015, em parte devido à redução de consumo e compra de eletricidade, especialmente se considerado o aumento da área produtiva com a inauguração das novas torres. Para diminuir as emissões originárias da cadeia de fornecimento do hospital, há um software de controle de entrada e saída de veículos no hospital. O sistema, que já está em funcionamento, controla o tipo de veículo, origem e finalidade e permite calcular mais efetivamente as emissões. As informações geradas podem subsidiar ações para melhorar o fluxo, como o estímulo à substituição de carros antigos por outros mais novos. Pretende-se ainda estudar formas de engajar os fornecedores no uso de biocombustíveis, oferecendo incentivos para a mudança. Em 2015, o hospital começou a usar em sua planta fornecedora de energia (localizada no complexo da Bela Vista) um sistema bicombustível, que passou a operar com Emissões de CO2 equivalente (em ton.) (EN15, EN16) 70% de gás natural e apenas 30% da alimentação a diesel comercial, com parte composta por biodiesel (antes disso, o consumo era 100% diesel comercial). Essa ação, pioneira entre os hospitais brasileiros, teve grande impacto ambiental. O novo sistema de ar-condicionado gerou forte impacto na redução das emissões. (DMA) O hospital é membro do Programa GHG Protocol desde 2012, este ano aderindo ao selo ouro concedido às organizações que submetem seus inventários à verificação externa independente. (G4-15). 2013 2014 2015 2015 x 2014 Combustão estacionária e móvel 857 731 1461 100% Ar-condicionado e óxido nitroso 6.638 6.724 4.560 -31% Eletricidade comprada e consumida 3.162 4.742 4.585 -3% Total dos escopos 1 e 2 10.657 12.197 10.606 -13% Escopo 3 (todas as outras fontes) 219 223 410 84% TOTAL GERAL 10.876 12.420 11.016 -11% Escopo 1 Escopo 2 Intensidade de emissões de CO2 equivalente (EN18) 2013 2014 2015 2015 x 2014 0,12 0,11 0,07 -37% 78 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS 79 Relatório de Sustentabilidade 2015 Nossos números A ênfase na gestão orçamentária, a implantação de novas ferramentas para aprimorar a gestão de recursos e um eficaz projeto de produtividade levaram à superação do resultado esperado Iniciamos 2015 com uma aposta orçamentária bastante conservadora, cientes do cenário econômico e da retração do mercado. Passamos a acompanhar mais de perto a concretização do plano de expansão e dos novos investimentos e os impactos tanto da demanda ampliada quanto dos resultados esperados a partir da abertura das novas torres no complexo da Bela Vista. Ao mesmo tempo, potencializamos a qualidade do serviço oferecido, com novos profissionais credenciados e expansão do corpo clínico. Os esforços gerenciais entre as diversas áreas da instituição resultaram na superação do resultado anual: a expectativa era R$ 173 milhões, e alcançamos R$ 177 milhões. Tais esforços trouxeram, ainda, um crescimento do número total de pacientes, o que gerou caixa suficiente para suportar a decisão de não abrir novos leitos. O bloco C foi parcialmente fechado para reforma, reduzindo-se momentaneamente os gastos com sua estrutura, uma vez que os pacientes concentraram-se nas demais unidades da instituição. Avaliamos o comportamento da economia e a realização de receitas e despesas e definimos a estratégia de não ativar leitos em 2015 e 2016. Foram propostas ações para maximizar os resultados da instituição, como melhorar as negociações visando otimizar os prazos médios de pagamento e recebimento. Houve também integração da estratégia e das revisões orçamentárias de longo prazo, garantindo maior assertividade das projeções, o que contribuiu para a sustentabilidade financeira. A nova torre tem potencial de gerar novas contratações, ampliar a aplicação de recursos em filantropia e aumentar o número de empregos indiretos. Além disso, por ser um prédio construído e operado a partir de premissas de respeito ao meio ambiente, temos a expectativa de conquista da certificação LEED Gold, do U.S. Green Building Council, o que deverá gerar isenção do IPTU pela Prefeitura de São Paulo. INVESTIMENTO EM REGIME DE CAIXA (2009 A 2015) R$ 1,2 bi 80 Para melhor gestão dos recursos financeiros, em 2016 a instituição implementa alterações no processo orçamentário e passará a utilizar uma ferramenta especializada chamada Prophix. Isso deverá trazer maior qualidade nas informações e sinergia entre os departamentos, apoiando o Conselho de Administração no direcionamento e na tomada de decisões. Já treinados em relação ao uso do sistema integrado, os gestores poderão avaliar o impacto de suas ações e sua parcela de contribuição para o resultado da organização. É assim que pretendemos atuar em 2016: com a cautela necessária, baixos investimentos e, posteriormente, reavaliação da continuidade dos investimentos a partir de 2017. Em 2015, enfatizamos o redirecionamento do olhar financeiro por meio do Comitê de Estratégia e Finanças, apoiando a racionalização dos gastos e a reavaliação dos investimentos. O Conselho de Administração pautou o projeto de produtividade, que impactou toda a cadeia assistencial da instituição e direcionou ações de revisão dos processos do hospital. Como exemplo, um dos resultados mais significativos foi verificado na área de enfermagem, cujo modelo operacional incorporou uma visão mais ampla, que vê o cenário geral de ocupação do hospital, dia a dia, e toma decisões mais assertivas para uso da estrutura disponível, integrando os profissionais para um melhor atendimento do paciente. O pool de recursos feito com a reorganização dos colaboradores foi intensificado em 2015, maximizando os indicadores de produtividade hospitalar, gerando economias de escala para a instituição. HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Principais fontes de receita Desempenho de 2015 O resultado do ano contempla o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015. Apesar das despesas pré-operacionais decorrentes do plano de ativação das novas torres e dos cenários adversos da economia, a instituição apresentou um bom desempenho econômico e um Ebitda de R$ 177 milhões (margem de 13,1%). 74% 24% 2% operadoras nacionais pacientes particulares operadoras internacionais Demonstração de resultados do exercício 2015 (G4-EC1) Demonstração de resultados1 2015 2014 Receitas operacionais 1.346.958 1.174.027 Custos com medicamentos, materiais e serviços médicos (358.731) (319.172) 988.227 854.855 (463.524) (396.873) (43.194) (37.011) (299.222) (292.780) (48.736) (12.796) (854.676) (739.460) 134.402 115.395 (47.344) (1.473) 86.207 113.922 Superávit bruto Despesas operacionais Despesa com pessoal e encargos Depreciações e amortizações Despesas administrativas e gerais Outras despesas operacionais líquidas Total Superávit operacional antes do resultado financeiro Despesas financeiras líquidas Superávit do exercício 1. Em milhares de reais As demonstrações financeiras acima incluem todas as unidades (Bela Vista, Itaim, Jardins e Brasília – Asa Sul e Lago Sul). 81 Relatório de Sustentabilidade 2015 Sobre o relatório O Relatório de Sustentabilidade 2015 traz informações que compreendem o período de 1o de janeiro a 31 de dezembro de 2015, apresentando seus resultados financeiros e econômicos, sua gestão e governança corporativa e o desempenho socioambiental da instituição, bem como seus impactos na sociedade. O documento busca dar transparência às estratégias, ações e desempenho do Hospital Sírio-Libanês, sendo publicado anualmente desde 2008. Em 2014, o Sírio revisou a base de públicos de relacionamento, mapeando novos stakeholders e priorizando alguns deles para serem consultados no processo de materialidade. A base de temas materiais também foi revisitada no mesmo ano, a partir do cruzamento entre os resultados da dinâmica de impactos realizada com a direção do hospital e a análise de estudos setoriais e de documentos internos da organização. A priorização de temas ocorreu a partir dos resultados de um painel realizado em 2014, que contou com a participação de membros da comunidade do entorno e fornecedores, das respostas ao questionário online enviado para gestores, corpo clínico, colaboradores, terceiros e pacientes e de entrevistas com especialistas. Gestores e lideranças do Hospital Sírio-Libanês participaram ativamente de sua construção, e as equipes técnicas responsabilizaram-se pela coleta e análise de indicadores. Não houve alterações significativas de escopo ou de informações em relação à edição anterior, relativa ao ano de 2014. Este relatório foi elaborado de acordo com as diretrizes G4 da Global Reporting Initiative (GRI), em seu escopo Essencial (Core). Houve verificação externa dos dados financeiros e não financeiros pela auditoria KPMG. Foram incluídos dados sobre estratégias, iniciativas, produtos, serviços, projetos, operações e negócios das unidades em São Paulo (Bela Vista, Itaim e Jardins) e em Brasília (Asa Sul e Lago Sul), todas também incluídas na demonstração financeira apresentada neste relatório. Informações e limitações relativas a indicadores GRI específicos estão apontadas no Índice GRI (após a carta de declaração da auditoria) ou ao longo do texto. Dúvidas, críticas e sugestões sobre o conteúdo apresentado podem ser encaminhadas para o e-mail [email protected]. No portal www.hospitalsiriolibanes.org.br, estão disponíveis informações dos relatórios anteriores. (G4-17; G4-18; G4-22; G4-23; G425; G4-26; G4-28; G4-29; G4-30; G4-31; G4-32; G4-33) 82 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Sumário de Conteúdo da GRI Conteúdo geral Capítulo/resposta Verificação externa 04 sim, pág. 87 G4-3 Nome da organização 14 sim, pág. 87 G4-4 Principais marcas, produtos e/ou serviços 14 sim, pág. 87 G4-5 Localização da sede da organização 14 sim, pág. 87 G4-6 Países onde estão as principais unidades de operação ou as mais relevantes para os aspectos da sustentabilidade do relatório 17 sim, pág. 87 G4-7 Tipo e natureza jurídica da propriedade 14 sim, pág. 87 G4-8 Mercados em que a organização atua 17 sim, pág. 87 G4-9 Porte da organização 17 sim, pág. 87 G4-10 Perfil dos empregados 17 sim, pág. 87 100% dos colaboradores CLT sim, pág. 87 G4-12 Descrição da cadeia de fornecedores da organização 70 sim, pág. 87 G4-13 Mudanças significativas em relação a porte, estrutura, participação acionária e cadeia de fornecedores 14 sim, pág. 87 G4-14 Descrição sobre como a organização adota a abordagem ou princípio da precaução 24 sim, pág. 87 29, 72, 77 sim, pág. 87 O Sírio-Libanês é membro da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), entidade representativa dos principais hospitais privados de excelência do país. sim, pág. 87 Descrição Estratégia e análise G4-1 Mensagem do presidente Perfil organizacional G4-11 Percentual de empregados cobertos por acordos de negociação coletiva G4-15 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente G4-16 Participação em associações e organizações 83 Relatório de Sustentabilidade 2015 Capítulo/resposta Verificação externa 81 sim, pág. 87 11, 81 sim, pág. 87 G4-19 Lista dos temas materiais 12 sim, pág. 87 G4-20 Limite, dentro da organização, de cada aspecto material 12 sim, pág. 87 G4-21 Limite, fora da organização, de cada aspecto material 12 sim, pág. 87 G4-22 Reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores 81 sim, pág. 87 G4-23 Alterações significativas de escopo e limites de aspectos materiais em relação a relatórios anteriores 81 sim, pág. 87 G4-24 Lista de grupos de stakeholders engajados pela organização 11, 61 sim, pág. 87 G4-25 Base usada para a identificação e seleção de stakeholders para engajamento 11, 61 sim, pág. 87 18, 20, 25, 31, 32, 33, 39, 40, 44, 53, 57, 59, 67, 70, 72, 81 sim, pág. 87 11 sim, pág. 87 G4-28 Período coberto pelo relatório 81 sim, pág. 87 G4-29 Data do relatório anterior mais recente 81 sim, pág. 87 G4-30 Ciclo de emissão de relatórios 81 sim, pág. 87 G4-31 Contato para perguntas sobre o relatório ou seu conteúdo 81 sim, pág. 87 G4-32 Opção da aplicação das diretrizes e localização da tabela GRI 81 sim, pág. 87 81 sim, pág. 87 20 sim, pág. 87 G4-56 Valores, princípios, padrões e normas de comportamento da organização 14 sim, pág. 87 G4-57 Mecanismos internos e externos de orientação sobre ética e conformidade 60 sim, pág. 87 Descrição Aspectos materiais identificados e limites G4-17 Entidades incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas e entidades não cobertas pelo relatório G4-18 Processo de definição do conteúdo do relatório Engajamento de stakeholders G4-26 Abordagem para envolver os stakeholders G4-27 Principais tópicos e preocupações levantadas durante o engajamento, por grupo de stakeholders Perfil do relatório Governança G4-33 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório G4-34 Estrutura de governança da organização Ética e integridade 84 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Conteúdo específico Descrição Página/ resposta Omissão Verificação externa G4-DMA Forma de gestão 80 – sim, pág. 87 G4-EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído 80 – sim, pág. 87 G4-DMA Forma de gestão 39 – sim, pág. 87 G4-EC7 Impacto de investimentos em infraestrutura oferecidos para benefício público 39 – sim, pág. 87 G4-EC8 Descrição de impactos econômicos indiretos significativos 39 – sim, pág. 87 G4-DMA Forma de gestão 76 – sim, pág. 87 G4-EN3 Consumo de energia dentro da organização 76 – sim, pág. 87 G4-EN4 Consumo de energia fora da organização 76 – sim, pág. 87 G4-EN5 Intensidade energética 76 – sim, pág. 87 G4-EN6 Redução do consumo de energia 76 – sim, pág. 87 G4-DMA Forma de gestão 75 – sim, pág. 87 G4-EN8 Total de água retirada por fonte 75 – sim, pág. 87 G4-EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água 75 – sim, pág. 87 G4-EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada 75 – sim, pág. 87 G4-DMA Forma de gestão 77 – sim, pág. 87 G4-EN15 Emissões diretas de gases de efeito estufa 77 – sim, pág. 87 G4-EN16 Emissões indiretas de gases de efeito estufa provenientes da aquisição de energia 77 – sim, pág. 87 G4-EN18 Intensidade de emissões de gases de efeito estufa 77 – sim, pág. 87 Categoria econômica Aspecto: Desempenho econômico Aspecto: Impactos econômicos indiretos Categoria ambiental Aspecto: Energia Aspecto: Água Aspecto: Emissões 85 Relatório de Sustentabilidade 2015 Descrição Página/ resposta Omissão Verificação externa 74, 75 – sim, pág. 87 G4-EN22 Descarte total de água, discriminado por qualidade e destinação 75 – sim, pág. 87 G4-EN23 Peso total de resíduos, discriminado por tipo e método de disposição 74 – sim, pág. 87 G4-EN25 Peso de resíduos transportados considerados perigosos 74 – sim, pág. 87 G4-DMA Forma de gestão 72 – sim, pág. 87 G4-EN31 Total de investimentos e gastos com proteção ambiental 72 – sim, pág. 87 Aspecto: Efluentes e resíduos G4-DMA Forma de gestão Aspecto: Geral Categoria social – práticas trabalhistas e trabalho decente Aspecto: Emprego G4-DMA Forma de gestão 65 – sim, pág. 87 G4-LA1 Número total e taxas de novas contratações e rotatividade de empregados 62, 65 – sim, pág. 87 G4-LA2 Comparação entre benefícios a empregados de tempo integral e temporários 62 – sim, pág. 87 G4-LA3 Taxas de retorno ao trabalho e retenção após uma licença-maternidade/paternidade 66 – sim, pág. 87 G4-DMA Forma de gestão 69 – sim, pág. 87 G4-LA5 Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde 69 – sim, pág. 87 G4-LA6 Taxas de lesões, doenças ocupacionais e dias perdidos 69 – sim, pág. 87 G4-DMA Forma de gestão 66 – sim, pág. 87 G4-LA9 Média de horas de treinamento por ano 67 – sim, pág. 87 66, 67, 68 – sim, pág. 87 66 – sim, pág. 87 Aspecto: Saúde e segurança no trabalho Aspecto: Treinamento e educação G4-LA10 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua G4-LA11 Percentual de empregados que recebem análises de desempenho 86 Descrição HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Página/ resposta Omissão Verificação externa Categoria social – direitos humanos Aspecto: Investimentos G4-DMA Forma de gestão 59 – sim, pág. 87 59, 67 – sim, pág. 87 G4-DMA Forma de gestão 59 – sim, pág. 87 G4-HR3 Número total de casos de discriminação e medidas corretivas tomadas 59 – sim, pág. 87 A comunidade do entorno não aponta questões como resíduos e barulho/ transporte como impactantes, segundo a consulta feita aos stakeholders durante o processo de revisão da materialidade para este relato. – sim, pág. 87 24 – sim, pág. 87 G4-PR1 Avaliação de impactos na saúde e segurança durante o ciclo de vida de produtos e serviços 24, 32 – sim, pág. 87 G4-PR2 Não conformidades relacionadas aos impactos causados por produtos e serviços 24, 25 – sim, pág. 87 G4-DMA Forma de gestão 33, 59 – sim, pág. 87 G4-PR5 Resultados de pesquisas medindo a satisfação do cliente 33, 59 – sim, pág. 87 G4-HR2 Total de horas de treinamento de empregados em políticas de direitos humanos e percentual de empregados treinados Aspecto: Não discriminação Categoria social – sociedade Aspecto: Comunidades locais G4-SO2 Operações com impactos negativos significativos, reais e potenciais, nas comunidades locais Aspecto: Combate à corrupção Categoria social – responsabilidade pelo produto Aspecto: Saúde e segurança do cliente G4-DMA Forma de gestão Aspecto: Rotulagem de produtos e serviços Relatório de Sustentabilidade 2015 87 88 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Relatório de Sustentabilidade 2015 89 90 HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Estrutura organizacional Assembleia Geral 380 associadas Conselho Deliberativo (2015-2018) Diretoria Anna Maria Tuma Zacharias Presidente Denise Alves da Silva Jafet Vice-presidente Lenah Barrionuevo Cochrane Cutait Secretária Geral Adriana Penteado Camasmie 1ª Secretária Integrantes Adele Sader Abdalla Adele Zarzur Kherlakian Adriana Abdalla Hannud Rizkallah Alzira Maria Assumpção Angela Haidar Chede Cecilia Elisabeth Cassab Cutait Cecilia Rizkallah Camasmie Claudia Camasmie Ferraretto Claudia Chohfi Cristiane Tamer Lotaif Cynthia Parodi Cutait Dora Camasmie Jeraissati Dulce Antonia Camasmie Abdalla Edith Jafet Cestari Edmea Eduardo Jafet Eliane Cury Nahas Fernanda Jafet Pontalti Flavia Assad Jafet Georgia Abdalla Hannud Gisele Zarzur Maluf Grace Tamer Lotaif Cury Irene Jafet Panelli Laura Emilia Calfat Chammas Leda Maluf Haidar Lilian Cury Lilian Dabus Zarzur Luciana Murad Hannud Maria Angela Atallah Maria de Lourdes Flaifel Junqueira Franco Maria Helena Andraus Cintra Mariana Zaher Marilena Camasmie Razuk Marilena Racy Bussab Marta Kehdi Schahin Mary Calfat Maldaun Milena Abdalla Hannud Milene Calfat Maldaun Monique Penteado Rodrigues Haidar Nadia Bonduki Neide Salemi Regina Atallah Sallum Renata Rizkallah Ruth Salem Sader Sandra Sarruf Chohfi Shirley Chohfi Cury Zarzur Silvana Dacca Curi Silvana Said Haidar Silvia Yazbek Cury Sonia Abdalla Jafet Sylvia Suriani Sabie Vania Cutait de Castro Cotti Vera Assad Jafet Kehdi Vera Christina Saliba Abdalla Vera Lucia Zaher Vera Lygia Bussab Saliba Vilma Calfat Jafet Vivian Anauate Elito Maluf Conselho Fiscal (2015-2018) Membros efetivos Antônio Sarkis Jr. Paulo André Jorge Germanos Marcelo Haddad Buazar Membros suplentes Alexandre Saddy Chade Marcelo Chakmati 91 Relatório de Sustentabilidade 2015 Diretoria de Senhoras (2015-2018) Diretora Social e de Eventos Sandra Sarruf Chohfi Presidente Marta Kehdi Schahin Diretora Social e de Eventos Marilena Camasmie Razuk 1ª Vice-presidente Dulce Antonia Camasmie Abdalla Diretora de Relações Públicas e Divulgação Sylvia Suriani Sabie 2ª Vice-presidente Vera Jafet Kehdi Secretária Geral Georgia Abdalla Hannud 1ª Secretária Leda Yazbek Sabbagh Tesoureira Geral Maria Helena Andraus Cintra 1ª Tesoureira Claudia Chohfi 2ª Tesoureira Renata Rizkallah Diretora de Patrimônio Cecília E. Cassab Cutait Diretora de Sede Eliane Cury Nahas Diretora de Ações Sociais Edith Jafet Cestari Diretora de Ações Sociais Maria Angela Atallah Diretora de Voluntariado Angela Haidar Chede Presidente Honorária Violeta Basílio Jafet Conselho de Administração (2015-2018) Angela Haidar Chede Claudia Chohfi Dulce A. Camasmie Abdalla Giovanni Guido Cerri Luiz Henrique Maksoud Marta Kehdi Schahin (presidente) Paulo Marcelo Gehm Hoff Raul Calfat Roberto Kalil Filho Sérgio Carlos Nahas Tadeu Carneiro Conselho Vitalício Arlette Abussamra Yazigi Beatriz Jafet Chohfi Elizabeth Camasmie Zogbi Ellye Zarzur Cury Ieda Karan de Araújo Vianna Ilda Zarzur Ivette Rizkallah Lilian Nader Atallah Lina Saigh Maluf Lourdes Henaisse Abdon Lourdes Zarzur Cury Lucia Camasmie Kurbhi Magnólia Chohfi Atallah Maria Angela Kalil Rizkallah Maria Sylvia Haidar Suriani Munira Salomão Myrna Suriani Haidar Nancy Luiza Pagnoncelli Cury Rachel Tamer Lotaif Rose Zarzur Cozman Vivian Abdalla Hannud Zilda Camasmie Taleb 92 Comissão Médica Antranik Manissadjian Anuar Ibrahim Mitre Arnaldo José Hernandez Artur Katz Conrado Furtado de Albuquerque Cavalcanti Daniel Deheinzelin (presidente) Gustavo Adolpho Junqueira Amarante Marcel Cerqueira César Machado Marcello Simaro Barduco Rubens Vuono de Brito Neto Sérgio Samir Arap Yana Augusta Sarkis Novis Comissões e grupos especializados Comissão Assessora da Diretoria Clínica Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Comissão de Credenciamento Comissão de Ética de Enfermagem Comissão de Ética Médica Comissão de Farmácia e Terapêutica Comissão de Pacientes Críticos Comissão de Padronização e HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Auditoria Transfusional Comissão de Pronto Atendimento Comissão de Reanimação Cardiopulmonar Comissão de Revisão de Óbitos Comissão de Revisão de Prontuários Médicos Comissão de Unidades Críticas Comissão dos Núcleos de Medicina Avançada Comissão Intra-hospitalar de Transplantes Comitê de Vanguarda Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional Agradecimentos R$ 2,57 milhões em doações A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês conta com o apoio de pessoas e empresas comprometidas com o seu desenvolvimento e expansão desde a fundação, em 1921. Em 2015, as ações de mobilização de recursos obtiveram R$ 2.572.400,26. A instituição agradece a todos que contribuíram para seu crescimento e lista as pessoas e empresas que fizeram a diferença em 2015: GRANDES BENEMÉRITOS Carlos Alberto Mansur FG – Farma Goiás Distribuidora de Medicamentos Ltda. Instituto João e Belinha Ometto Vivian Abdalla Hannud BENEMÉRITOS Ahmad Ali Bazaani Associação Comendador Assad Abdalla – Corgie Haddad Abdalla Mafuci Kadri Samir Abdenour Vânia Maria Boghossian Marinho 93 Relatório de Sustentabilidade 2015 Ficha técnica Coordenação Comitê de Sustentabilidade Coordenação editorial e design Report Sustentabilidade Equipe: Ana Souza (gestão de projetos e relacionamento), Rúbia Piancastelli (edição), Guilherme Falcão (projeto gráfico), Gustavo Inafuku (diagramação), Flavia Ocaranza (ilustrações) Revisão Daniel Damas de Jesus Assertiva Produções Editoriais Versão em inglês Just Traduções Fotografia Julio Vilela, Lilo Clareto e Thinkstock Photos Impressão e acabamento Papel: miolo em couchê fosco 150 g/m² e capa em couchê fosco 300 g/m² Família tipográfica: Gotham, Tobias Frere-Jones, 2000 Relatório de Sustentabilidade 2015 Relatório de Sustentabilidade 2015 | Hospital sírio-libanês