MENSURAÇÃO DOS FATORES DE RISCO DE MULHERES COM

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ISSN: 1981-8963
DOI: 10.5205/reuol.6081-52328-1-SM.0808201420
Lopes FC, Franco TLB, Gradim CVC.
Mensuração dos fatores de risco de mulheres...
ARTIGO ORIGINAL
MENSURAÇÃO DOS FATORES DE RISCO DE MULHERES COM CÂNCER MAMÁRIO
ATRAVÉS DO ÍNDICE DE GAIL
MEASUREMENT OF RISK FACTORS OF WOMEN WITH BREAST CANCER THROUGH THE GAIL
INDEX
MEDICIÓN DE LOS FACTORES DE RIESGO DE MUJERES CON CÁNCER DE MAMA A TRAVÉS DEL
ÍNDICE DE GAIL
Fernanda de Cássia Lopes1, Telma Lucas Borges Franco2, Clícia Valim Côrtes Gradim 3
RESUMO
Objetivo: mensurar fatores de risco de mulheres com câncer de mama utilizando o Índice de Gail. Método:
estudo quantitativo, retrospectivo, de levantamento de dados secundários das 105 usuárias do projeto de
extensão - MUCAMA. Os dados foram coletados e analisados a partir dos prontuários das clientes com o câncer
de mama, e processados no software do Modelo de Gail versão 1.0. O estudo teve aprovado o projeto de
pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa, protocolo nº 079/2011. Resultados: das 105 mulheres analisadas,
apenas 51 (48,57%) apresentaram risco de ter câncer de mama de acordo com o software. A média de
resultados para as mulheres analisadas foi de 0,74, tendo como desvio padrão 0,38 e para idade até 90 anos
se foram obtidos 80,18%, com índice menor que 1,0, demonstrando um fator de proteção para o câncer.
Conclusão: no âmbito individual, este software pode subestimar o risco de se ter câncer mamário, mas, no
âmbito coletivo, determina o perfil de risco populacional. Descritores: Neoplasias da Mama; Fatores de Risco;
Prevenção Primária; Enfermagem.
ABSTRACT
Objective: to measure risk factors in women with breast cancer using the Gail Index. Method: it is a
quantitative and retrospective study of 105 users data collection of the extension project - MUCAMA. The data
were collected and analyzed from the medical records of clients with breast cancer and processed in the Gail
Model software version 1.0. The study was approved by the research project of the Research Ethics
Committee, protocol No. 079/2011. Results: of the 105 analyzed women, only 51 (48.57%) were at risk of
having breast cancer according to the software. The average results for women analyzed was 0.74, with 0.38
as standard deviation and for women up to 90 years old 80.18% was obtained with less than 1.0 index,
demonstrating a protective factor for cancer. Conclusion: at the individual level this software may
underestimate the risk of having breast cancer, but the collective level determines the population risk
profile. Descriptors: Breast Neoplasms; Risk Factors; Primary Prevention; Nursing.
RESUMEN
Objetivo: medir los factores de riesgo en las mujeres con cáncer de mama utilizando el Índice de Gail.
Método: Estudio cuantitativo y retrospectivo con 105 usuarios de los datos del estudio del proyecto de
extensión lateral - MUCAMA. Los datos fueron recogidos y analizados a partir de los registros médicos de los
clientes con el cáncer de mama y se procesan en el software de modelo Gail versión de 1.0. El estudio fue
aprobado por el proyecto de investigación del Comité de Ética de la Investigación, protocolo No. 079/2011.
Resultados: de las 105 mujeres estudiadas, sólo 51 (48,57%) se encontraban en riesgo de tener cáncer de
mama según el software. Los resultados promedio de las mujeres analizadas fue de 0,74, con 0.38 como la
desviación estándar y en la edad hasta los 90 años se obtuvieron 80,18%, con un índice inferior a 1,0, lo que
demuestra un factor protector para cáncer. Conclusión: a nivel individual este software puede subestimar el
riesgo de tener cáncer de mama, pero el nivel colectivo determina el perfil de riesgo de la población.
Descriptores: Neoplasias de la Mama; Factores de Riesgo; Prevención Primaria; Enfermería.
1
Enfermeira. Universidade Federal de Alfenas/UNIFAL. Alfenas (MG), Brasil. E-mail: [email protected]; 2Enfermeira. Mestre em
Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas/UNIFAL. Alfenas (MG), Brasil. E-mail:
[email protected]; 3Enfermeira, Professora Doutora, Graduação/Programa de Pós-Graducação em Enfermagem, Universidade
Federal de Alfenas/PPGENF/UNIFAL. Alfenas (MG), Brasil. E-mail: [email protected]
Português/Inglês
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INTRODUÇÃO
Entre os vários tipos de câncer, o de mama
é que mais atinge as mulheres, sendo a
segunda causa de morte por neoplasia no país.
É uma doença heterogênea que possui uma
variedade de formas clínicas e morfológicas,
com diferentes graus de agressividade do
tumor e de potencial metastático. Acomete
principalmente mulheres após os 50 anos de
idade, podendo ocorrer também em faixas
etárias mais jovens.1
O câncer de mama afeta física e
psicologicamente as mulheres, pois requer
tratamento agressivo devido à retirada total
ou parcial do órgão, o qual é representativo
da feminilidade, e ao tratamento adjuvante.
A quimioterapia, além do desgaste físico,
pode levar à alopecia, demonstrando o estar
doente.
A
radioterapia
pode
causar
queimaduras em alguns casos e levar ao
cansaço e a hormonioterapia, apesar da
proteção que gera, causa vários efeitos
colaterais,
principalmente
os
tromboembólicos. Assim, o tratamento é
longo, pode gerar medo, desconforto físico e
depressão perante o estigma da doença.
Dependendo do tipo de cirurgia, levará a
mudanças no estilo de vida, causado por
desconforto físico e pela baixa autoestima
decorrente de alterações da imagem
corporal.2-3
O câncer de mama envolve três etapas que
se interligam: O recebimento do diagnóstico,
geralmente tem um efeito negativo na vida da
pessoa que o recebe, seja pelo pavor às
mutilações e pelas desfigurações que a
terapêutica pode gerar, seja pelo medo da
finitude. No âmbito emocional, social e
material, a realização de um tratamento
demorado e agressivo faz com que as
mulheres, por vezes, pensem em desistir do
mesmo. A terceira etapa é a de aceitação de
uma nova imagem corporal, pois o tratamento
leva a uma modificação, seja pela
mastectomia, pela alopecia, ou pelos efeitos
adversos que perduram após o tratamento e
que devem ser acompanhados para a
reinserção na sociedade.4
Alguns fatores de risco contribuem para o
aparecimento de câncer de mama. A idade é
citada como a principal, pois 70 a 80% dos
casos ocorrem em mulheres acima de 50 anos,
e estão relacionados ao envelhecimento e
também à exposição à carcinógenos.5
Outro importante fator é a predisposição
genética, casos recorrentes na família em
parentes de primeiro grau, principalmente
antes dos 50 anos. Outros fatores também são
conhecidos, como a menarca precoce, a
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menopausa
outros.6-7
tardia,
a
nuliparidade,
entre
Com relação ao fator de risco para câncer
de mama, a nuliparidade ou a primeira
gestação tardia, estudos realizados mostram
que mulheres cuja primeira gestação a termo
aconteceu antes dos 18 anos têm um terço do
risco, se comparadas com primigestas com
mais de 30 anos de idade e nulíparas. Isso
ocorre devido ao menor tempo de exposição
ao estrogênio. Quanto maior o número de
ciclos ovulatórios, maior a exposição da
mulher ao estrógeno. Desse modo, ocorre
maior potencial de alterações genéticas e, por
conseguinte, o desenvolvimento da neoplasia
mamária.7-8
Existem fatores de proteção como a
amamentação que, quanto mais prolongada,
mais diminui o risco de câncer de mama e,
por isso, a importância do acompanhamento
pré-natal e da consulta de puerpério, com
incentivo ao aleitamento materno.7-9
Sabe-se que mulheres que amamentaram,
praticam atividade física, têm alimentação
saudável e não são obesas enquadram-se no
grupo de menor risco para desenvolver esse
tipo de câncer.10 A detecção precoce de
alterações mamárias é o ponto- chave para
levar ao diagnóstico de um tumor benigno ou
maligno. O rastreamento, associado aos
fatores de risco, permitirá um diagnóstico
com maior precisão e o tratamento precoce,
melhorando o prognóstico. Assim, recomendase que mulheres acima de 40 anos realizem
uma mamografia anualmente e que todas as
mulheres tenham pelo menos uma vez ao ano
sua mama examinada por um clínico
experiente.10
Para as mulheres que apresentam risco
elevado para o câncer de mama, é
preconizada a mamografia anual a partir dos
35 anos, o que poderá reduzir a mortalidade
por essa doença, haja vista que, quanto mais
precocemente ela for diagnosticada, maiores
serão as chances de sobrevida.10 Enfim, os
melhores modos de se atuar com o câncer de
mama são conhecer os fatores de prevenção
que vêm de bons hábitos de vida e a detectar
precocemente a neoplasia.
OBJETIVO
● Mensurar os fatores de risco de mulheres
que tiveram o diagnóstico de câncer de mama
utilizando o Índice de Gail.
MÉTODO
Estudo
descritivo,
retrospectivo,
de
levantamento de base de dados secundários
existentes nos registros dos atendimentos
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efetuados no Núcleo de Ensino, Pesquisa e
Assistência Mulher e câncer de mama Projeto MUCAMA11 foi aprovado sob o
protocolo nº 079/2011, de acordo com as
Diretrizes e Normas de Pesquisa com Seres
Humanos, através da Resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde.12
Os dados foram coletados por meio de
consulta dos registros dos atendimentos,
referentes a clientes que utilizaram em algum
momento o serviço de reabilitação. As
planilhas eletrônicas foram organizadas para
calcular o risco de se desenvolver o câncer de
mama, utilizando-se o software Modelo de
Gail, versão 1.0, para cada mulher assistida e
relacionando com o risco real da mulher que
já apresentou o câncer desenvolvido em si,
verificando-se, assim, a confiabilidade ou não
deste programa.
Utilizou-se como instrumento o software
Modelo ou índice de Gail que verifica a
possibilidade do aparecimento de câncer de
mama na população com base nos fatores de
risco. Esse modelo foi desenvolvido a partir do
Breast Cancer Detectionand Demonstration
Project - BCDDP – que utiliza as variáveis:
idade da mulher na primeira consulta, número
de parentes de primeiro grau com câncer de
mama; idade da menarca; idade ao
nascimento do primeiro filho;número de
biópsias mamárias prévias e diagnóstico
histológico prévio de hiperplasia atípica. O
Índice de Gail calcula o risco cumulativo de se
desenvolver câncer de mama a partir da idade
atual e nos próximos cinco anos até a idade de
90 anos. Foi desenvolvido e validado nos
Estados Unidos e é o mais conhecido modelo
para o cálculo da porcentagem de
desenvolvimento de câncer de mama na
mulher, a partir da combinação de fatores
pré-existentes.13
Os dados foram digitados em planilha
Eletrônica e calculados os valores de risco em
percentual.
RESULTADOS
Foram consultados 105 prontuários de
mulheres que participavam do Núcleo de
Ensino Pesquisa e Extensão Mulher e Câncer
de Mama - Projeto MUCAMA. O grupo de
mulheres estudadas teve idade média do
diagnóstico de câncer de 43,75 anos, sendo a
menor idade 33 e a maior, 78 anos. A
lateralidade da mama foi a direita com 62,8%;
dados são coincidentes com outro estudo.13
Das 105 mulheres analisadas, apenas 51
delas apresentaram risco de ter câncer de
mama, de acordo com o software. Esse
número é considerado moderado, pois nesta
amostra, 100% das mulheres tiveram câncer
previamente, conforme a Tabela 1.
A população do estudo foi composta por
105 prontuários de mulheres portadoras do
câncer de mama, cadastradas entre o período
de 2003 a 2011, no Núcleo de Ensino Pesquisa
e Extensão Mulher e Câncer de Mama – projeto
MUCAMA, grupo de reabilitação do Curso de
Enfermagem da Universidade Federal de
Alfenas-MG.
Tabela 1. Percentil de Gail atual para mulheres que apresentaram câncer de
mama prévio para os próximos 5 anos. MUCAMA. Alfenas-MG, 2011. n=105
Total
de
mulheres
Risco <1,0
Risco =1,0
Risco >1,0
49
5
51
São considerados de risco todos os
resultados maiores que 1,0. A média de
resultados para as mulheres analisadas foi de
0,74, tendo como desvio padrão 0,38. O
software de Gail disponibiliza o percentil para
mulheres de mesma idade e raça sobre os
fatores de proteção para o câncer. Quando
aplicado o índice nesse grupo 80,18%
apresentaram índice menor que 1,0,
demonstrando que mesmo tendo fatores de
proteção para o câncer, esse não é somente
um indicativo para não desenvolver a
doença.14
Para os próximos cinco anos, o risco de
uma mulher de mesma idade e mesma raça
apresentar o câncer, seriam 15 casos, o que
equivaleria a 14,28% do total, no entanto
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todas as mulheres da amostra tiveram câncer
de mama.
A idade é um fator reconhecido para o
aparecimento do câncer. Quanto mais
avançados os anos de vida maiores são as
chances de se ter câncer. O Modelo de Gail
dá, além do risco atual, em cinco anos, o risco
vital que é o risco para os 90 anos de idade do
caso estudado.
O índice de Gail calcula que para os
noventa anos mulheres normais da mesma
raça e idade a média percentual é de 5,54%
para o surgimento do câncer. Nas mulheres
estudadas, conforme a Tabela 2, a média de
porcentagem do risco de câncer passa de
0,74% do atual para 8,78% de risco vital, fato
explicado por elas terem história de câncer
prévio.
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Neste estudo 40% dos casos apresentaram
um percentual maior que a média no risco
vital17, conforme a Tabela 2. Houve casos em
que o risco vital foi o dobro da média
esperada (19,3%), para se ter câncer mamário
até os noventa anos de idade. Esse é um fato
esperado, tendo em vista, essas mulheres já
terem diagnóstico de câncer de mama.
Tabela 2. Número de casos relacionados à média de risco vital de
Gail para mulheres com câncer mamário prévio. MUCAMA.
Alfenas-MG, 2011. n= 105
Risco
8,78%
Total
mulheres
de
63
Em pacientes com estadio III inicial, com
índice de Gail baixo, a doença teve uma
progressão rápida, e às vezes, fatal.
DISCUSSÃO
O Índice de Gail é um instrumento de
grande valia em nível coletivo para a
detecção do risco de se desenvolver o câncer
de mama em mulheres. Ele deve, porém, ser
utilizado por grandes populações e em regiões
em que há falta de profissionais de saúde. Não
se pode restringir a busca pelo diagnóstico
precoce somente a ele, pois, em nível
individual subestima o valor do risco de
câncer de mama.
Deve-se levar em consideração que os
fatores individuais das mulheres e o fato de
essas mulheres terem uma predisposição ao
câncer.
Tendo
em
vista
estas,
já
apresentarem
a
doença,
sugerem
a
necessidade de acompanhamento sistemático
no sentido de se prevenir ou de se
diagnosticar precocemente o surgimento de
outro câncer.
Observou-se que, apesar de algumas
mulheres terem um percentil alto para a
recidiva até 90 anos, índice maior que 10, o
acompanhamento sistemático tem permitido
uma quebra na perspectiva do aparecimento
da doença. Entende-se que o Modelo de Gail
se torna importante para a prevenção de
grandes populações, quando não é possível o
exame de todas as mulheres e que o fator
idade é de suma importância, mas os
profissionais de atenção primária devem
realizar exame o clínico anual das mamas das
mulheres, principalmente os que atuam na
estratégia de saúde da família, assim como
considerar os fatores de risco individuais,
ambientais e comunitários no sentido de
detecção precoce da doença.15-6
Deve-se considerar que a população
estudada tinha o diagnóstico de câncer e que
seu prognóstico é seguido independentemente
do índice de Gail, pois apesar de estarem em
tratamento, muitas estão na fase abaixo dos
cinco anos de acompanhamento. Quando o
resultado
do
software
é
analisado
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<
Risco = 8,78%
Risco >8,78%
0
42
individualmente, subestima-se o verdadeiro
risco de se ter câncer de mama. Os resultados
encontrados não foram muito diferentes
daqueles que pesquisas anteriores mostraram,
as quais apontam o Modelo de Gail como um
instrumento a ser considerado em nível
populacional e não individual.14-17
Ressalta-se que, na atenção à saúde da
mulher com câncer de mama, é fundamental
que a enfermagem exerça intervenções
efetivas
que
busquem
favorecer
a
reabilitação. Nesse sentindo, as ações
abrangem o planejamento da assistência da
enfermagem com informações sobre os
medicamentos, sobre o tratamento, sobre
estratégias de enfrentamento que visam
favorecer e minimizar os efeitos colaterais e
estimular o autocuidado.18
CONCLUSÃO
O Modelo de Gail mostrou ser um
instrumento útil, porém seus dados devem ser
analisados com cautela, pois, neste estudo,
em nível individual, subestimaram-se os dados
que apontem a possibilidade de a mulher
apresentar o câncer mamário.
Como neste estudo todas as mulheres já
haviam tido um câncer de mama, o índice de
Gail não foi um bom instrumento para o
acompanhamento e para avaliação de
recidivas, pois é utilizado somente em
rastreamento, por sua facilidade de uso e de
análise rápida para indicar procedimentos.
Por acompanhar a evolução da doença
junto às pacientes, nota-se que em alguns
casos o percentil dado pelo software foi alto,
porém a condição patológica da paciente é
estável. Em outros casos, o índice foi baixo e
o câncer de mama teve uma progressão
drástica ou fatal, o que esteve associado com
o estádio da doença.
Orienta-se que o índice de Gail deva ser
utilizado no atendimento primário de saúde
para traçar um perfil de risco da população e
para facilitar atividades de rastreamento.
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Submissão: 07/01/2014
Aceito: 22/06/2014
Publicado: 01/08/2014
Correspondência
Telma Lucas Borges Franco
Rua dos Imediato, 132 / Centro
CEP 37780-000 — Caldas (MG), Brasil
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