Resposta imune às infecções virais ou

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Resposta imune às infecções virais
ou
DEFESAS DO HOSPEDEIRO
CONTRA OS VÍRUS
1
MULTIPLICATION
Defesas
Resposta imune frente a infecções
2
Defesas
Defesa e recuperação
• Imunidade inata
– Genética
– Fatores séricos (complemento)
– Células natural killer (NK)
• Imunidade induzida
– Interferons
• Imunidade adquirida (passiva e ativa)
– Anticorpos
– Imunidade mediada por células
3
Defesas
DEFESAS DO HOSPEDEIRO
4
Defesas
Barreiras físicas e químicas
•
•
•
•
•
•
5
Pele
Membranas mucosas
Epitélio ciliado
pH ácido
Lágrimas
Ausência de receptores nas células
Defesas
Respostas inespecíficas
• Febre
• Inflamação
• Interferons (IFN):
– IFN alfa (IFN leucocitário)
– IFN beta (IFN fibroblástico)
• Células NK (natural killer)
• Fagocitose
• Ativação da fixação de Complemento
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Defesas
Interferons
• Interferon Alfa (IFN - α): cerca de 20 polipeptídeos (18 kDa),
codificados por genes ≠. Produzidas principalmente por
monócitos. Também chamado IFN de leucócitos.
• Interferon Beta (IFN - β): Também chamado IFN de fibroblastos,
é fruto de um único gene (gp20 kDa). Produzido por fibroblastos
em cultivo in vitro.
• Ambos são completamente diferentes do Interferon gama (IFN γ), ou “interferon tipo 2”, ou “interferon imune”, produzido por
células T efetoras após uma resposta imune adaptativa.
•
7
Ambos são estimulados pela presença de RNA de dupla fita
dentro da célula.
Defesas
Interferon-gama (IFN-γ)
• Interferon Gama (IFN-γ) é uma citocina
solúvel dimerizada.
• É o IFN tipo 2;
•
Era originalmente chamada “fator ativador
dos macrófagos” (Maf).
Interferon-gama (IFN-γ)
• É chamado IFN imune, sendo produzido
por células T efetoras, surgindo após
uma resposta imune adaptativa.
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Defesas
Interferons
•
Os IFN tipo 1 exercem seus efeitos sobre células ainda não infectadas, com quatro
atividades principais:
•
Inibição da replicação viral: síntese de 2’-5’oligoadenilato sintetase.
•
Inibição da proliferação celular: enzimas impedem a síntese de AA, particularmente
os essenciais ex. triptofano;
ou:
síntese de proteina-quinase, a qual inativa por fosforilação o fator de iniciação eIF2 e com isso inibe a síntese de proteínas.
•
•
•
Aumento do potencial lítico das células NK ( veremos adiante)
•
Modulação da expressão de moléculas do MHC :
- IFN - 1 ↑ MHC classe I, e ↓ MHC classe II. Como a maioria dos (CTLs) reconhece
antígenos ligados a MHC I, o IFN tipo I aumenta a eficiência da citotoxicidade
mediada por linfócitos T citotóxicos CTLs.
- Ao mesmo tempo, inibe a fase cognitiva da resposta imune impedindo a ativação
de linfócitos T auxiliares (Th), que dependem de MHC classe II.
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Defesas
Complemento (C’)
10
•
Sistema complemento é um conjunto de proteínas plasmáticas que podem ser
ativadas pela presença de complexos imunes pelos seguintes caminhos:
•
•
•
Via clássica: ligação de imunoglobulinas com antígenos;
Via alternativa: depósito de C3b na superfície de microrganismos
Via da lecitina: ligação com proteínas que se ligam à manose (via da lecitina).
•
A ativação do complemento => cascata de ativação seqüencial, formação de
moléculas ligadas à ativação do processo inflamatório.
•
Funções do sistema ativado:
- opsonização;
- quimiotaxia e ativação de neutrófilos e outras células inflamatórias;
- degranulação de mastócitos => vasodilatação
=>aumento da permeabilidade capilar
=> formação do complexo de
ataque à
membrana (membrane attack complex, MAC; formado pela associação dos componentes
C5-9 e que se inserem na membrana de células infectadas ou no envelope de vírions,
resultando na sua destruição.
Defesas
Complemento (C’)
• O componente mais importante da cascata do C’ é C3, => clivado
de forma contínua e espontânea, gerando os produtos C3a e C3b.
• Uma vez produzido, o C3b se deposita em superfícies que não
possuam ácido siálico, como o envelope de diversos vírus =>
desencadeia a cascata de ativação do C’, que culmina com a
formação do MAC e com a destruição do vírion.
• A presença de ácido siálico na superfície das células animais (e
eventualmente em algumas bactérias e fungos) torna-as
resistentes ao complemento, pois inibe a ligação de alguns
componentes que dão continuidade à cascata e posterior
formação do MAC.
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Defesas
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Defesas
Membrane attack complex (MAC)
De: wikipedia
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Defesas
Outra versão do MAC...
•From: www.blobs.org/science/article.php?article=13
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Defesas
Leitura adicional recomendada:
• http://en.wikipedia.org/wiki/Complement_
membrane_attack_complex
• www.blobs.org/science/article.php?article
=13
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Defesas
Células Natural killer
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Defesas
Indução de células Natural killer (NK):
• Células Natural killer (NK) são linfócitos com habilidade de
matar células infectadas por vírus, que quando ativadas
produzem citocinas.
• O principal mecanismo de reconhecimento de células infectadas
é a diminuição dos níveis de MHC classe I na superfície celular
(importante na inibição de NK).
• As células NK podem ser um dos principais mecanismos de
imunidade contra vírus no início da infecção, antes do
surgimento da resposta imune específica.
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Defesas
Células “natural killer” (NK)
• São um subset de linfócitos encontrados em tecidos
(especialmente no baço) e no sangue.
• Derivadas da medula óssea e aparecem como grandes linfócitos
com muitos grânulos em seu interior, pelo que muitas vezes elas
são chamadas de “grandes linfócitos granulares”.
• Podem ser encarados como LTCs filogeneticamente primitivos,
que não apresentam o receptor específico de células T (TCR)
para o reconhecimento de antígeno.
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Defesas
As células NK
• NKs destroem células tumorais ou infectadas por vírus.
• As NK destroem células liberando grânulos citoplásmicos de
perforinas e granzima, induzindo a morte por apoptose.
A morte induzida pelas células NK não é específica para nenhum
vírus em particular, nem restrita por moléculas do MHC.
• Esta morte é ‘natural’, em que não é induzida por nenhum
antígeno especificamente, sendo parte da imunidade inata.
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Defesas
Ação das células NK
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Defesas
As células NK
• Embora mais ampla em sua atividade do que os LTCs, sua atividade
não é aleatória.
• Células NK podem infectar células infectadas com determinados vírus,
mas não todos os vírus, e jamais atacam células não infectadas.
• Células NK não são nem células T nem B, não sofrem maturação no
Timo e podem se encontrar aumentadas em animais sem Timo.
• Não sofrem rearranjos de genes de Ig ou de TCR, e não expressam
moléculas CD3 (marcador pan-T).
• Sabe-se presentemente que as NK devem ser ativadas e são
fortemente reguladas
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Defesas
Células NK
• Como são altamente citolíticas e tem potencial para auto-reatividade, a
atividade das NK é muito controlada. As NK devem receber um sinal
ativador como os que seguem:
• Citocinas
– Importantes na ativação. Como estas são moléculas de estresse,
liberadas por células infectadas por vírus, elas sinalizam ás células NK
a presença da infecção.
• ‘Receptor FcR'
– As NK, macrófagos e outras células expressam a molécula receptora de
Fc (FcR), a qual se liga à porção Fc dos anticorpos. Assim, as NK
podem identificar células contra as quais anticorpos tenham sido
dirigidos, e lisar através da citotoxicidade mediada por anticorpos
(ADCC).
• ‘Receptores ativadores e inibidores'
– Além do receptor Fc receptor, as NK expressam uma variedade de
receptores que servem para ativar ou suprimir sua atividade citolítica.
Estes se ligam a vários ligantes, tanto endógenos como exógenos, nas
células alvo, e tem um importante papel na regulação da resposta das
células NK.
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Defesas
As células NK
• As células NK expressam CD2 e um receptor de
baixa afinidade pela região Fc da IgG, chamado
FcγRIII ou CD16.
• As céls NK podem ser induzidas a proliferar e
secretar citocinas
• A estrutura molecular reconhecida nas células
infectadas por células NK ainda não é conhecida.
• Parte dessa dificuldade talvez venha de que as
células NK sejam heterogêneas, de forma que
diferentes populações de células NK poderiam
reconhecer diferentes estruturas
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Defesas
Ler: Genetic analysis of resistance to viral infection
Bruce Beutler, Celine Eidenschenk, Karine Crozat, Jean-Luc Imler, Osamu Takeuchi, Jules A. Hoffmann & Shizuo Akira
Nature Reviews Immunology 7, 753-766 (October 2007)
doi:10.1038/nri2174
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Defesas
Resposta imune específica frente a vírus
• Resposta imune humoral:
• Envolve a síntese de anticorpos específicos contra antígenos
virais pelos plasmócitos, que são linfócitos B estimulados a
multiplicar-se pelo contato com o antígeno específico.
• A produção de anticorpos é o mecanismo primário envolvido na
recuperação de infecções virais, em particular as citolíticas
acompanhadas de viremia e infecções que afetam epitélios.
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Defesas
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Defesas
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Defesas
Imunidade passivamente adquirida
Proteção do recém nascido
• Anticorpos no colostro
– Imunidade materna
– Transferência de anticorpos via colostro
– Implicações na imunização de jovens
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Defesas
anticorpos passivos
Interferência dos anticorpos maternos
*
“janela” de
suscetibilidade
*
*
Nível mínimo para
proteção
*
*
2
29
4
*
interfere com
vacinação
6
8
10
12
semanas após o nascimento
Defesas
Resposta imune humoral
• Anticorpos são importantes na defesa, especialmente no início do
curso da infecção.
• O sucesso das vacinações está essencialmente relacionado à
habilidade destas vacinas de induzirem anticorpos específicos
• Por isso, e por sua relativa facilidade de quantificação e identificação,
os anticorpos são usados como instrumento para avaliar imunidade e,
indiretamente, como indicadores da potência de vacinas
• Anticorpos neutralizantes se ligam a proteínas do envelope ou do
capsídeo viral e evitam a adsorção e penetração do vírion à célula.
• Outros tipos de anticorpos não são capazes de neutralizar as partículas
infecciosas, mas são igualmente importantes na defesa.
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Defesas
Resposta imune humoral
• Imunoglobulinas secretórias do tipo IgA podem ser
importantes para a neutralização de vírus nas
mucosas. Ex: imunização contra pólio via oral.
• A Ativação do sistema Complemento também pode
participar na defesa contra vírus mediada por
anticorpos, por estimulo à fagocitose e
possivelmente por lise direta de vírus envelopados.
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Defesas
Resposta imune humoral
• Imunidade humoral -> sua importância é sugerida
pelo fato de que a resistência a um determinado
vírus é freqüentemente:
- sorotipo-específica;
- logo, parece estar correlacionada com a especificidade dos
anticorpos gerados.
• (Ex. Influenza: anticorpos contra determinado tipo de vírus
podem não proteger contra outro tipo).
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Defesas
Resposta imune humoral
• Entretanto: anticorpos não são ativos contra vírus
dentro de células;
• Imunização passiva com anticorpos não confere
proteção integral;
• A capacidade neutralizante in vitro seguidamente
não mostra muita correlação com a capacidade in
vivo.
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Defesas
Classes de anticorpos
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Defesas
Vacinação
1ª dose
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2ª dose
Defesas
A pressão seletiva da resposta imune (ou terapia) dá origem a
distintos grupos, tipos, sorotipos e amostras
Tipo A
antígeno específico
do tipo A
Tipo B
Antígeno grupo- específico
Tipo C
isolado
Grupo
(ex: adenovírus, papilomavírus)
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Antígeno específico
grupo C
Defesas
Resposta imune específica
• Resposta imune mediada por células ou imunidade celular
• Envolve a ação dos linfócitos T citotóxicos (LT CD8+)
• Os LT CD8 + são o principal mecanismo específico de defesa contra
infecções já estabelecidas.
• Envolve também a imunidade celular mediada por anticorpos (ADCC),
ação das células Natural killer (NK) e macrófagos ativados.
• É o mecanismo de defesa mais importante em infecções nãocitolíticas, nas quais as membranas das células infectadas são
alteradas pelo vírus.
• .
37
Defesas
Imunidade mediada por células
• Linfócitos T (LT) citotóxicos: São LT específicos que reconhecem
antígenos virais associados com moléculas do complexo de
histocompatibilidade principal (MHC-I) na superfície da maioria das
células infectadas. Esses LT possuem um antígeno de superfície
chamado de CD8 (LT CD8+).
• A interação das células infectadas com os LT CD8+ resulta na liberação
de perforinas pelo linfócito T, produz poros na membrana da célula
infectada. Também liberadas pelos linfócitos T citotóxicos são as
granzimas, um grupo de serina proteases.
• A ação conjunta das granzimas e perforinas resulta na destruição das
células infectadas.
• Além disso, os linfócitos citotóxicos ativam a proteína FAS, que induz
apoptose nas células infectadas com vírus.
FAS
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Defesas
Memória imunológica
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Defesas
Linfócitos T
A apresentação ao antígeno estimula os linfócitos T a tornarem-se ou
células "citotóxicas" CD8+ , ou auxiliares "helper" CD4+.
Célula apresentadora
de antígeno
“Linfócito T Auxiliar ou helper”
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Linf. T Citotóxico
Defesas
Linfócitos T – imunidade celular adquirida
perforinas, granzimas
LT CD8
LT CD4
(helper)
Gatilho da
Apoptose
necrose
apoptose
citocinas
Vírus eliminado
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Defesas
Imunidade antiviral adquirida
LT CD4
(helper)
Vírus neutralizado
LB
Célula infectada
com vírus
Anticorpo reconhecido
por LT com receptor Fc
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LT CD8+
Defesas
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Defesas
Linfócitos T citotóxicos:
• Citotoxicidade celular dependente de anticorpo (ADCC): uma
resposta imune na qual células infectadas por vírus são
recobertas por anticorpos e tornam-se alvos para ataque das
células do sistema imune como células NK, macrófagos e
neutrófilos.
• Linfócitos T auxiliares: Esses linfócitos T possuem o antígeno de
superfície CD4. São capazes de reconhecer antígenos protéicos
associados a moléculas do MHC-II, que são encontrados
apenas em alguns tipos de células, como macrófagos, linfócitos
B e células dendríticas.
• Os linfócitos T auxiliares coordenam a resposta imune
específica aos antígenos através da secreção de citocinas que
estimulam a produção de anticorpos pelos linfócitos B ou
estimulam produção de resposta imune mediada por células.
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Defesas
ADCC
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Defesas
Fim
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Defesas
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