Aquecimento Global: uma perspectiva libertária

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Aquecimento Global: uma perspectiva libertária
Escrito por Chris P.
Uma acusação comum feita contra os libertários é que eles “negam” a existência do aquecimento
global porque esse é um problema que necessitaria da intervenção governamental para ser
resolvida. Essa é uma afirmação bastante expressiva e revela tanto quanto, se não mais, sobre os
estatistas como também o faz para os libertários.
O que os estatistas estão basicamente dizendo com essa acusação é que se você aceita a Teoria
Antropogênica (produzido pelo homem, artificial) do Aquecimento Global, então você tem de
aceitar que o estado deve fazer algo a respeito. Um libertário poderia simplesmente responder
que os estatistas estão apoiando uma agenda focada no aquecimento global com o objetivo de
reivindicar ainda mais poder para o estado.
Mas os estatistas dizem que a “ciência é clara”. É realmente assim?
1. A política
A razão pela qual os estatistas confiantemente declaram que a “ciência é clara” no que se refere
ao debate sobre o aquecimento global é porque eles podem apontar para um “consenso” de
cientistas que concordam com a teoria. Isto é, todos os que não são nem idiotas ou financiados
pela indústria petrolífera ou trabalhando para algum tipo de think-tank de direita. Os
competentes, sem nenhuma agenda.
A prova que eles são independentes advém do fato que a maioria deles está trabalhando em
universidades ou para as Nações Unidas ou ainda para alguma organização “independente”
financiada pelo governo. Isso os torna muito mais confiáveis, sem dúvida.
Aqui é onde os libertários devem discordar. Nós não pensamos que o governo é, de fato, uma
“entidade independente”. Nós tendemos a ser da opinião que os governos querem poder e que
eles serão a favor de qualquer teoria a qual os conceda mais poder.
Os cientistas envolvidos não são exatamente reservados sobre o que eles querem. “Que não haja
dúvidas sobre as conclusões da comunidade científica: a ameaça do aquecimento global é muito
real e ação é necessária imediatamente,”, disse o prêmio Nobel Henry Kendall, Presidente da
União dos Cientistas Engajados (grifo nosso) (fonte)
2. A agenda governamental
Agora, os governos têm a polícia, o exército, um virtual monopólio sobre as armas... o que uma
teoria do aquecimento global poderia trazer de benefício?
Legitimidade. Os governos sempre necessitam de um sentimento de legitimidade. A única forma
que eles podem convencer pessoas decentes a dar suporte ao que, de outra maneira, seriam atos
criminosos é por parecer estar simplesmente agindo no “interesse público” (bem público). Para
os votantes serem convencidos da necessidade do governo (ou de uma política pública) eles têm
de acreditar que o governo está os protegendo de coisas, as quais somente poderes especiais
(INICIAÇÃO DA FORÇA) pode resolver. Por exemplo:
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Um exército para nos proteger de ameaças externas;
Uma força policial para nos proteger da atividade criminosa;
Regulamentações para nos proteger dos banqueiros gananciosos;
A Previdência Social para nos proteger da pobreza;
Tarifas e subsídios para nos proteger da concorrência dos mercados externos;
Regulamentação ambiental para nos proteger do aquecimento global e da poluição.
Existem muitas outras razões com certeza, e não é como se todas essas ameaças fossem
inteiramente inventadas pelo governo, mas a questão e que esses potenciais ou reais perigos são
USADOS de forma a LEGITIMAR o seu uso de poderes especiais. Os estatistas iriam dizer, sem
dúvida, que essas ameaças de fato legitimizam o poder estatal, que eles ilustram uma verdadeira
necessidade para o estado.
De qualquer forma, os governos possuem uma agenda. Eles necessitam de legitimidade para
funcionar tal como uma companhia petrolífera necessita ser capaz de vender petróleo. Se você
irá rejeitar as conclusões de cientistas simplesmente porque eles são financiados pela indústria
petrolífera então você também terá que rejeitar àquelas dos cientistas financiados pelo governo.
No entanto, essa discussão não nos leva muito longe, então vamos dar uma olhada na ciência.
3. A ciência
O mais incisivo argumento feito contra a ciência do aquecimento global antropogênico não é
tanto que ele esteja errado... mais que ele não pode estar errado pois não pode estar certo...
devido ao fato que não é, na verdade, ciência.
É assim que o método científico deveria funcionar, no caso de você não ter tido que participar de
uma aula de ciências por algum tempo. Primeiro você cria uma hipótese, daí você faz uma
previsão, organiza um procedimento de controle para testar a sua previsão e por fim documenta
os resultados.
Por exemplo, você pode fazer uma afirmação aparentemente racional que uma pedra pesando
duas toneladas irá cair no solo mais rápido que uma que somente pesa uma tonelada quando
largadas ao mesmo tempo da mesma altura. Mas a verdade é que elas irão tocar o solo ao mesmo
tempo. Mesmo coisas que parecem óbvias tem de ser testadas.
A hipótese de um aquecimento global antropogênico é a de que a medida que os níveis de gases
do efeito estufa aumentam, as temperaturas irão aumentar (é um pouco mais complicado do que
isso, mas essa é a idéia geral). Não é uma hipótese absurda. Ela faz sentido. Ninguém está
argumentando que o dióxido de carbono não é um gás do efeito estufa. Ninguém está
argumentando que a queima de combustíveis fósseis não liberam dióxido de carbono no ar e
ninguém está argumentando que não queimamos uma grande quantidade de combustíveis fósseis
desde a Revolução Industrial. Ninguém está nem argumentando que as temperaturas não têm
sido mais altas ultimamente. Então, não faria sentido que essas duas coisas estivessem
conectadas?
Sem dúvida, faria. Mas e os testes, o que eles revelam? Tem as previsões baseadas nessas
hipóteses sido corretas?
Umm... bem, não.
Mas a Terra é tão grande, o clima é tão variado, existem tantos fatores a serem considerados,
como eles podem possivelmente esperar acertar?
Bom, essa é exatamente a questão. Eles não podem. Isso não é ciência. Isso parece ciência, pois
eles possuem gráficos e estatísticas e homens velhos de barba, ostentando títulos acadêmicos e
estudos, contudo, isso não é ciência. É uma hipótese e uma teoria (ou várias teorias) que utilizam
modelos computacionais exóticos. Eles usam modelos computacionais duvidosos como seus
resultados.
Aqui está outra forma de verificar que isso não é realmente ciência. O fato que existe um
consenso entre os cientistas que dá suporte a isso. A ciência não funciona dessa maneira. Se isso
fosse uma teoria provada então eles não iriam chamar a atenção sobre um suposto consenso,
iriam somente demonstrar qual era a sua teoria, exibir quais eram as suas previsões, e por fim
mostrar os resultados, alinhados com suas previsões. Todo mundo entenderia isso.
Além disso, todo o cientista que usasse as hipóteses iria defender as mesmas previsões e obteria
os mesmos resultados. Existiria somente um CHART (gráfico) e iria mostrar exatamente
acontecendo o que fora dito e previsto. Quando eles puderem fazer isso, então será ciência. Até
lá, é somente uma hipótese.
Mesmo os proponentes da teoria irão dizer a você que não é questão de “prova absoluta”, mas
sim probabilidades. O Painel das Nações Unidas sobre o Aquecimento Global dá chances
percentuais de que a teoria está correta. Eles dizem que algo como 90% certo tornam-na correta.
Isso significa que existe uma chance em dez de que ela está errada? Não, não, não é tão simples.
“Deixem de ser tão rudes”, é dito aos dissidentes.
Não é ciência. Eles possuem uma hipótese que parece ter sentido na superfície, mas não a podem
usar ainda para fazer previsões precisas. E isso é porque o clima é um vasto, complicado sistema
que nós ainda não entendemos.
Aqui segue uma pequena amostra de quão complicada e contraditória parte da ciência realmente
é.
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O dióxido de carbono participa somente com uma pequena parte percentual do que
constitui o ar, e não é nem sequer o principal gás do efeito-estufa. Essa não é uma
afirmação controversa ou “libertária”. Na verdade, o vapor d’água, sobre o qual a
atividade humana praticamente não tem influência, é o mais abundante gás do efeitoestufa. Contudo, o vapor d’água vem e vai rapidamente, enquanto que o dióxido de
carbono se mantém no ar por muito mais tempo, então, mesmo embora ele represente
uma percentagem menor dos gases do efeito-estufa, ele é mais significativo no que diz
respeito à temperatura global de acordo com a teoria.
Existe uma camada da atmosfera que deveria aquecer-se primeiramente, de acordo com a
hipótese oficial da teoria do aquecimento global. Algo que não foi visto ocorrendo, mas
não parece importar por alguma razão.
A Terra atravessa períodos de aquecimento e de resfriamento. Nós estamos em um
período de aquecimento agora. A razão pela qual você sabe disso é porque quando você
sai de casa, você não se choca em uma geleira. A Era Glacial é um período
particularmente frio. Mas eles dizem que agora nós estamos no período mais quente que
o mundo registrou nos últimos 1000 anos. Muito dessa crença se origina do “gráfico do
taco de hockey” o qual já foi provado falso. Mas, uma vez mais, isso não parece
importar.
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O Sol também passa por ciclos. Existem vezes quando ele está muito quente, já outras
que nem tanto. Alguns pensam que isso deve ter alguma influência no clima da Terra,
mas aparentemente isso tem pouco a ver com a temperatura da Terra.
Existe uma teoria que, acreditem ou não, os raios cósmicos influenciam a temperatura do
planeta, pois têm relação com a formação das nuvens, e nós estamos aprendendo sobre
quanto efeito isso tem nas temperaturas globais.
Agora, para ser perfeitamente franco, Eu não tenho nenhuma idéia do que a maior parte disso
significa. Eu não tenho idéia se alguns daqueles cientistas estão deliberadamente sendo de má-fé,
e nunca saberei. É muito complicado para mim.
Mas aparentemente a ciência está decidida (é clara) e a única razão pela qual os libertários não
estão aceitando isso é porque eles não querem conceder mais poder ao Estado.
4. As soluções
Pelo momento, todavia, digamos, por uma questão de argumentação, que a teoria antropogênica
do aquecimento global está correta. Iria tal fato necessitar um governo global para resolvê-lo? O
que teria de ser feito para lidar com ele?
Como em qualquer outra parte do debate, as opiniões diferem. Soluções propostas vão da escolha
pessoal (por exemplo, caminhar ou andar de bicicleta ao invés de dirigir), aos créditos de
carbono e taxação, à regulação governamental (ou seja, maiores controles sobre a emissão de
carbono por parte das empresas), a meios alternativos de produção de energia (nuclear e/ou
renovável) até produtos eficientes (a saber, carros elétricos). Para citar alguns só alguns
exemplos. Quase sempre uma gama dessas soluções é proposta, dependendo do ponto de vista ou
preferência da pessoa ou do partido envolvido. Essas são apenas táticas todavia, qual é o
objetivo?
O governo britânico comprometeu-se a assegurar que “o seu nível de emissão líquida de carbono
para o ano de 2050 será 80% menor do que a base de referência do ano de 1990” (Climate
Change Act 2008). Entretanto, especialistas dizem que nós já chegamos a um ponto crítico, a
conclusão lógica disso sendo que nós devemos reduzir a quantidade de dióxido de carbono
emitido logo que pudermos e tanto quanto for humanamente possível
Nessa questão, os ambientalistas radicais acertaram em, pelo menos, um aspecto: que o que foi
proposto na grande mídia não está nem perto de ser suficiente para resolver o problema.
Se você está realmente convencido sobre o aquecimento global, se você acha que a ciência está
correta e as hipóteses feitas pelos cientistas envolvidos são possivelmente corretas, então você
deve também estar convencido sobre qual a solução deve ser.
Total colapso econômico.
A atividade econômica é o inimigo. A atividade econômica requer energia (além da energia
nuclear e a ínfima porcentagem que representa a energia renovável), que significa queimar
combustíveis fósseis. Há que por fim a essa situação. Ponto. A crise financeira de 2008 não foi
ruim, foi oportuna. Nós estamos falando sobre a própria sobrevivência da raça humana, da
mesma forma que a de outras poucas espécies. Já pode ser demasiado tarde. Se não fizermos
tudo que for necessário agora então nosso planeta, em breve tornar-se-á inabitável. Isso é uma
guerra e deve ser tratada assim. Se nós falharmos nisso, nós simplesmente iremos morrer.
Portanto, nós deveríamos produzir somente o que é absolutamente necessário para sobreviver.
Comida, água, medicamentos, abrigo. O básico, nada mais. Nós temos que fechar quantas usinas
elétricas (seja qual for sua origem) que emitem carbono, todas as fábricas desnecessárias, temos
de aterrissar todos os aviões e deixar os carros parados na beira da estrada, queimando a menor
quantidade de combustíveis fósseis.
Nós temos de encarar o fato que possa ser necessário regressar a uma forma de vida préindustrial. O que, infelizmente, iria quase certamente significar uma população pré-industrial,
também.
O Estado, sem dúvida, poderia fazer isso tudo acontecer.
O Estado poderia fazer cessar toda a atividade econômica se assim desejasse. O Estado poderia
impor uma taxa de 100% sobre as emissões de carbono, tornando complemente impraticável para
alguém queimar combustíveis fósseis. O Estado poderia tornar ilegal dirigir um carro ou ligar
uma lâmpada. Naturalmente, ninguém está defendendo isso, mas é porque eles não estão levando
o aquecimento global suficientemente à sério, eles não estão seguindo a sua conclusão lógica.
Uma redução de 80% nas emissões de carbono em 2050 simplesmente não será suficiente, tudo
tem de parar. Agora.
Ninguém quer dizer isso porque não é bom pensar que bilhões de pessoas irão ter de morrer ao
redor do mundo para a raça humana como um todo sobreviver. Mas o aquecimento global é a
maior ameaça que o mundo já viu e não podemos ser apaziguadores como Chamberlain, nós
precisamos ser guerreiros como Churchill. Não existe negociação com as leis da física.
E o Estado poderia fazer isso. O Estado poderia nacionalizar todas as indústrias se tivesse que. O
Estado poderia impedir o tráfego aéreo e impor um bloqueio nas docas para evitar viagens que
causariam emissão de carbono.
4.1 Como iria funcionar em uma sociedade libertária?
Em uma sociedade libertária, aquilo não seria possível. Uma única entidade não poderia encerrar
as atividades de toda a indústria, não poderia fazer toda a atividade econômica parar. Ao invés
disso, o que iria acontecer?
Bom, em primeiro lugar, os proponentes da teoria teriam que tentar divulgá-la, eles iriam tentar
convencer outras pessoas que a forma pela qual elas vêm consumindo mercadorias está
destruindo o planeta. Eles tentariam convencê-las a parar de dirigir, voar, assistir à televisão,
comprar bens (inclusive alimentos) do exterior, e de maneira geral, parar de utilizar energia, a
não ser que advenha de fontes de energia renováveis. Eles poderiam usar qualquer truque sujo de
propaganda disponível de forma a ter sucesso se quisessem. Eles poderiam mesmo falar às
pessoas que um “consenso” de cientistas concordaram com sua teoria e que qualquer pessoa que
questionar a ciência era um “negador” tão terrível quanto os negadores do holocausto.
E então os indivíduos teriam de decidir por conta própria no que eles acreditam e como
gostariam de responder.
Se todo mundo concordasse e se comprometesse completamente com a causa, negando-se a
comprar alimento do exterior mesmo se não existisse outro alimento disponível, se eles
decidissem parar de fazer qualquer coisa que causasse qualquer possibilidade de emissão de
gases do efeito-estufa na atmosfera, então a raça humana seria salva. Sim, as pessoas ainda iriam
morrer de fome mas iriam fazê-lo por voluntariamente, uma decisão consciente de agir em prol
do bem maior.
Ou digamos que as pessoas não fossem tão altruístas. Digamos que nem todo mundo estivesse
disposto a morrer pela causa, que eles iriam fazer todo o necessário para sobreviver, mas nada
mais. Então a criatividade do livre mercado iria caminhar nessa nova direção. Nós não
precisaríamos de um estado para exigir que as fábricas fechassem suas portas, nós nem mesmo
necessitaríamos que empresários benevolentes consentissem voluntariamente, dado que as
fábricas iriam fechar porque as pessoas não iriam comprar o que eles estavam produzindo
daquele momento em diante.
Iria então ocorrer morte, fome? Não deveria. Os produtos essenciais teriam seu preço aumentado,
sem dúvida. Eles deveriam. Isso desencoraja a poupança, além de significar que os
empreendedores iriam detectar lucros a serem obtidos com alimentos, abrigos, produtos
essenciais e logo existiriam mais fornecedores, competição e os preços cairiam novamente.
Aconteceria um ajuste. Não completamente indolor, é claro, contudo, o livre-mercado responde
às vontades das pessoas. Os consumidores são reis em uma sociedade anarcocapitalista.
Mas se o aquecimento global, ou qualquer outra teoria apocalíptica estiver correta e as pessoas
não ouvirem? O que aconteceria se eles permanecessem com o mesmo comportamento? Então o
mundo acabaria.
Isso realmente significa que nós realmente deveríamos ter um Estado? Isso dá uma justificação
moral ao conceito da iniciação da força?
4.2 Iniciação de força…
Agora, você pode dizer que as pessoas liberando dióxido de carbono no ar estão INITIATING
FORCE (agregindo) porque eles estão arruinando o planeta, tornando-o inabitável para você. E,
em uma sociedade libertária, se você puder provar tal fato, então você terá direito a uma ação
judicial. Se você consegue provar que uma fábrica do outro lado do mundo está fazendo com que
a temperatura da sua casa aumente e isso é prejudicial a você, você será capaz de processá-los
criminalmente. Ou se você é um agricultor e você consegue provar que fábricas específicas estão
causando um aumento da temperatura significando a impossibilidade de sua produção, então
você terá uma razão para ser ouvido.
Oh, algo assim não pode ser provado?
Ok. Então, a ciência não é clara. Não é um fato objetivo. E se não é um fato objetivo (inegável),
é somente uma opinião, de forma que, em uma sociedade libertária, o rigor da lei não estará
dando-lhe suporte.
Você ainda é livre para tentar convencer quantas pessoas você puder a parar com as atividades
que você acredita estarem causando os problemas, no entanto, se as pessoas foram tão estúpidas
ou pouco dispostas a escutar, se eles são inflexíveis em suas convicções, então sim, você irá
falhar. E sim, o mundo poderia acabar. Se isso acontecer, todavia, a razão será devido às pessoas
serem muito ignorantes, muito covardes, inertes frente às decisões necessárias para se
salvarem.
Mas se é realmente isso que as pessoas querem, por que elas irão eleger um governo que as irá
forçar a fazer o que não estão dispostas a fazer voluntariamente?
Em outras palavras, se você está argumentando que um governo é necessário pois força as
pessoas a fazer coisas que não iriam fazer voluntariamente, então, não está você, na verdade,
argumentando em favor de um estado totalitário?
A verdade é que a questão do aquecimento global não justifica o Estado mais do que qualquer
outra questão que os estatistas clamam dar legimitidade ao Estado. Libertários podem reconhecer
a ciência se eles desejam e ainda lutam contra as soluções estatais no que tange à moral e prática,
como nós fizemos em todos os outros campos.
Então por que nós tendemos a questionar a ciência do aquecimento global, e não só as soluções
propostas?
5. Uma mensagem para os Estatistas
A razão é porque podemos.
Estatistas, enquanto vocês usarem a “ciência” para conceder mais poder ao estado, os libertários
devem lutar contra isso, independente de ser verdade ou não.
Sim, se é ou não verdade.
Agora, essa é uma confissão que os libertários “sabem” que a ciência está correta e estão
simplesmente lutando como uma tática política? Absolutamente, não. Eu já dei um conjunto de,
para mim, perfeitamente válidas razões para questionar a teoria.
De alguma forma, a afirmação feita contra os libertários provavelmente contem um meia
verdade. Nós não nos importamos muito sobre a ciência, pois nós estamos focando além do que
ocorrerá se a ciência é aceita.
Por exemplo, se você mostrar a alguém um pedaço de papel que afirme que 2+2=5 e dizer-lhes
que se eles CONCORDAREM eles irão ser torturados e mortos, eles provavelmente NÃO irão
concordar. Claramente, está errado de qualquer maneira, mas a questão é que não é por isso que
eles não estão concordando. Se você os mostrasse um pedaço de papel que dissesse 2+2=4 e
falasse, novamente, que se eles concordassem eles seriam torturados e mortos, eles
provavelmente não iriam concordar com isso, mesmo que seja correto. Os números não
interessam naquele momento, na verdade, para muitas pessoas, as emoções irão ofuscar os
numerous até o ponto que eles não podem dizer o que é certo ou errado de qualquer forma (o que
se aplica para a pessoa com a arma também).
E não é como se a ciência climática seja tão simples desde o princípio.
Essa é a mesma situação que enfrentamos. Se os libertários não lutarem contra a “ciência” do
aquecimento global, então vocês irão usá-la como outra razão para a ação governamental, outra
razão para apontar armas contra todo mundo. Vocês deixaram isso abundantemente claro.
Se vocês desejam ter um debate científico racional devem removar a arma de trás da ciência. De
preferência, vocês deveriam parar de ofender também, além de baixar as armas. Em contrário,
nós iremos fazer o que pudermos para manter aquele pedaço de papel entre as suas armas e nossa
cabeça.
Depende dos cientistas debater a ciência e de cada indivíduo escolher quais cientistas nos quais
querem acreditar; qual teoria, se existe, eles querem aderir. As pessoas podem acreditar que uma
carruagem arrasta o Sol através dos céus se elas quiserem, elas deveriam ter a liberdade para tal.
Baixai as armas, e existirá uma chance para um debate racional. Até lá, não é ciência. Não é
ciência quando existe uma arma por trás. Não é ciência, é um assalto.
***
Tradução de Matheus Pacini. Revisão de Juliano Torres.
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