Questões e testes

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Questões e testes
1.(UFBA­‑BA)
2.(UFPB­‑PB) Leia o texto abaixo:
[...] Os historiadores discordam sobre a exata porcen‑
tagem de escravos na população total de Atenas no século
IV, mas Moses Finley afirma que a proporção era tão grande
quanto o conjunto dos estados escravocratas do sul, na Amé‑
rica, em 1860, e que os proprietários de escravos na Grécia
eram até mais amplamente distribuídos entre a população li‑
vre do que na América. A economia grega não era tão depen‑
dente da escravidão como as economias das Índias Ociden‑
tais e do sudeste dos Estados Unidos; no entanto, Finley ar‑
gumenta persuasivamente que a instituição era um elemento
intrínseco à sociedade helênica. Além disso, “as cidades em
que a liberdade alcançou sua expressão mais alta — mais
claramente Atenas — eram cidades em que a escravidão flo‑
rescia”. Assim, a história da Grécia antiga apresenta o mes‑
mo paradoxo que deixou os americanos perplexos a partir do
século XVIII: liberdade e escravidão pareciam avançar juntas.
DAVIS, 2001. p. 53­‑4.
Considerando­‑se as informações do texto e os conhecimen‑
tos sobre as relações escravistas e rurais de produção na
Antiguidade, na Idade Média e no Colonialismo Mercantil,
pode­‑se afirmar:
(01) As relações de produção no Feudalismo, ao estabele‑
cerem os laços de dependência do servo ao senhor,
alteraram, mas não extinguiram, as relações escravis‑
tas, que seriam retomadas e modificadas no contexto
do Colonialismo Mercantil do século XVI.
(02) Ser proprietário de escravos, na Grécia antiga, não in‑
dicava, necessariamente, que o indivíduo fazia parte
das elites ou das camadas dominantes, bastava­‑lhe ser
livre e cidadão.
(04) A presença expressiva da escravidão, nas cidades gre‑
gas que mais cultivavam a liberdade e a democracia,
constitui uma contradição quando comparada às con‑
cepções de liberdade e democracia elaboradas pelo
pensamento liberal/ocidental do século XIX.
(08) A expansão militar/imperialista do Império Romano, a
partir do século III a.C., foi fator responsável pelo for‑
talecimento do caráter escravista de sua sociedade e
pela dependência de sua agricultura e atividades urba‑
nas da mão de obra escrava.
(16) O trabalho escravo era indispensável à sobrevivência
econômica das metrópoles colonialistas dos séculos
XVI ao XIX, da mesma forma como acontecia nas socie‑
dades escravistas das cidades gregas da Antiguidade.
(32) A origem africana e a cor negra identificavam o escravo
e seus descendentes tanto nas cidades gregas quanto
nas colônias do Novo Mundo, o que coloca as duas ex‑
periências escravistas no mesmo processo histórico.
(64) O avanço da urbanização, no Brasil Colonial, foi fator de de‑
sestímulo ao trabalho escravo, em virtude da ampliação do
mercado de trabalho livre e assalariado, que atraía grande
parte de componentes das classes desprivilegiadas colo‑
niais, independente da situação civil ou da origem étnica.
Resposta: Soma = 15
História geral e do Brasil
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Nordeste
Na República Romana, o Estado foi organizado por
um conjunto de instituições: Senado, magistraturas e
Assembleias do povo ou Comícios. O Senado supervisio‑
nava as finanças públicas e a administração das provín‑
cias, conduzia a política externa, zelava pelas tradições e
a religião. Os Cônsules eram os principais magistrados,
comandavam o Exército, dirigiam o Estado, convocavam o
Senado e presidiam os cultos públicos. Os Comícios eram
organizados por: tribos (assembleia tributa, que nome‑
ava questores e edis); classes, de acordo com a fortuna
(assembleia centuriata, que elegia os cônsules e votava
as leis); clãs (assembleia curiata, que decidia sobre ma‑
térias religiosas).
Com base no texto e nos conhecimentos históricos relativos
à República Romana, é correto afirmar:
a) A distribuição do poder entre as várias instituições repu‑
blicanas objetivava impedir a sua concentração em uma
só pessoa.
b) A res publica (coisa pública), em seus primórdios, não
discriminava os habitantes de Roma, todos, indistinta‑
mente, partícipes do poder com os mesmos direitos.
c) O povo, o conjunto de cidadãos romanos sem direito po‑
lítico algum, era mero espectador das disputas entre os
Cônsules e o Senado.
d) O poder dos Cônsules era limitado às questões militares,
sem influência alguma sobre os negócios públicos.
e) O Exército, na República Romana, não tinha papel políti‑
co ativo, exceto como defensor da participação do povo,
devido à origem popular dos seus generais.
Resposta: A
3.(Ufal­‑AL) O Cristianismo apresentou­‑se, historicamente,
com ideias que atingiram as hierarquias sociais tradicio‑
nais e combateram a desigualdade entre as pessoas. Tinha,
portanto, um olhar voltado para os pobres. Apesar das per‑
seguições feitas, os cristãos conseguiram com o Edito de
Milão, em 313:
a) participar da política e do governo romanos, colaborando
para efetivar reformas sociais e melhorar as condições
de vida da população.
b) assumir o poder religioso, podendo combater o politeís‑
mo e afirmar o valor da solidariedade e da vontade divina
no amor pelos homens.
c) transformar a sua religião na religião oficial do Império,
ajudando o governo de Constantino a fazer grandes re‑
formas sociais.
d) fazer alianças políticas com povos colonizados pelos ro‑
manos, ampliando a ação de propostas contra a escravi‑
dão e a concentração de terras.
e) firmar a liberdade de culto, garantindo maior liberdade
para sua expansão e a diminuição do uso da violência nas
perseguições religiosas.
Resposta: E
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Nordeste
4.(UFPI­‑PI) Após a queda do Império Romano, a Europa
Ocidental passou por profundas transformações estrutu‑
rais, levando à construção do que ficou conhecido como
sociedade medieval, ou feudal. Sobre o referido período, é
correto afirmar:
a) Os séculos de V a X podem ser considerados como uma
primeira fase do mundo medieval, tendo como principais
características a formação do feudalismo, a ruralização
da economia, a decadência do comércio e a ascensão da
Igreja e da cultura teocêntrica.
b) Do século XI ao XV, a Europa Ocidental passou por uma
fase de desarticulação gradual do sistema feudal, ocor‑
rendo a intensificação das atividades comerciais e o for‑
talecimento dos estados modernos absolutos.
c) Foi um período de diminuição da atividade comercial por
toda a Europa, menos na cidade de Veneza, que passou a
ser um grande centro comercial, abastecendo os merca‑
dos europeus de produtos orientais até o início das gran‑
des navegações no século XVII.
d) No século XIV, a Guerra dos Cem Anos e a peste negra
dizimaram populações e espalharam medo por toda a
Europa, o que provocou um fortalecimento dos laços de
vassalagem e do sistema feudal.
e) Durante a Idade Média, o saber escrito ficou restrito apenas
aos mosteiros; somente no século XV, com o fim do feuda‑
lismo, ocorreu o nascimento de grandes instituições de en‑
sino superior, como a Universidade de Oxford em Londres.
Resposta: A
5.(UFBA­‑BA)
A sociedade política é como um cabo composto de muitos
fios: o fato de se acharem esses diferentes fios torcidos e en‑
rolados uns sobre os outros aumenta não somente a força do
cabo, mas também sua flexibilidade. Existem fios de interesses
econômicos, fios de sentimento nacional e doméstico, fios de
crença religiosa, fios de diferentes graus de experiência e edu‑
cação. O próprio cabo é complexo por natureza, e mais com‑
plexo o fazem ainda os nós representados pelas dificuldades
políticas que clamam solução; para uma política sã impõe­‑se,
porém, uma condição, a saber: que não se deve recorrer ao
exemplo de Alexandre, de desembainhar a espada para cortar
o nó górdio. Qualquer imbecil poderá resolver os problemas
do poder político pela lei marcial; mas ninguém, a não ser um
imbecil, tomaria por governo semelhante processo.
MUMFORD, [s.d.]. p. 199.
A análise do texto e os conhecimentos sobre a organização
das sociedades modernas possibilitam afirmar:
(01) A estrutura da sociedade política, na transição da Idade
Média para a Idade Moderna, caracterizou­‑se pelo en‑
trelaçamento de fios fortemente amarrados ao pensa‑
mento teocêntrico cristão.
(02) A economia mercantil e os governos dos “príncipes”,
nas cidades italianas do período renascentista, confir‑
mam a complexidade, a força e a flexibilidade da socie‑
dade política de sua época.
(04) “Fios de sentimento nacional” estiveram ausentes no
processo político de unificação da Alemanha, ao longo
do século XVIII.
História geral e do Brasil
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(08) “Fios de crença religiosa”, aliados a fatores étnicos e
territoriais, têm dificultado a construção e o reconheci‑
mento de uma sociedade política de governo palestino
no Oriente Médio.
(16) O uso da força para a manutenção da ordem pública, de
forma temporária ou permanente, em sociedades de‑
mocráticas ou não, constitui sempre um indicador de
falência da sociedade política.
(32) Sociedades políticas organizadas em Estados Totalitá‑
rios lançam mão, com frequência, da solução do “nó
górdio” para enfrentar dificuldades de ordem política.
(64) As cidades­‑estado representaram, ao longo da histó‑
ria, a incapacidade de diferentes povos para se orga‑
nizarem em sociedades políticas compostas por “fios”
múltiplos e complexos.
Resposta: Soma = 58
6.(UFC­‑CE) A análise histórica do Renascimento italiano,
caso das obras de Leonardo da Vinci e de Brunelleschi, per‑
mite identificar uma convergência entre as artes plásticas e
as concepções burguesas sobre a natureza e o mundo na‑
quele período. Acerca da relação entre artistas e burgueses,
é correto afirmar que ambos:
a) convergiram em ideias, pois valorizavam a pesquisa
científica e a invenção tecnológica.
b) retomaram o conceito medieval de antropocentrismo ao
valorizar o indivíduo e suas obras pessoais.
c) adotaram os valores da cultura medieval para se contrapor
ao avanço político e econômico dos países protestantes.
d) discordaram quanto aos assuntos a serem abordados
nas pinturas, pois os burgueses não financiavam obras
com temas religiosos.
e) defenderam a adoção de uma postura menos opulenta
em acordo com os ideais do capitalismo emergente e das
técnicas mais simples das artes.
Resposta: A
7.(UFBA­‑BA)
Salvador e o Recôncavo dependiam do sertão. Salvador ne‑
cessitava da carne que o sertão fornecia. Carne, couro e sebo
eram usados na cidade e no campo, e os engenhos precisavam
igualmente de bois para o transporte, muitos também como
força motriz. Grandes boiadas percorriam, às vezes, sessenta
quilômetros por dia, com destino às feiras na orla do Recôn‑
cavo, onde um ativo comércio tinha lugar. A primeira dessas
feiras foi Capoame, estabelecida por Francisco Dias d’Ávila em
1614. Localizada na paróquia de Santo Amaro de Ipitanga, pró‑
xima à atual Camaçari, a feira, realizada às quartas, prosperou
e permaneceu a mais importante até a ascensão da feira de
Santana, a “Princesa do Sertão”, na década de 1820. Na dé‑
cada de 1720, o couro tornou­‑se importante produto de expor‑
tação na Bahia. A frota de 1735, por exemplo, transportou 180
861 meios de sola e mais de 11 mil peças de couro cru. Além
disso, a indústria de fumo de Cachoeira dependia do couro
para embalar os rolos e, assim, havia também uma demanda
constante dentro da própria capitania pelo couro do sertão.
SCHWARTZ, 1995. p. 88.
Considerando­‑se o texto, que trata sobre um dos aspec‑
tos da economia do Brasil Colonial — as atividades agro‑
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Nordeste
pecuárias — e os conhecimentos sobre o tema, pode­‑se
afirmar:
(01) A marcha do povoamento, nas terras do Brasil, nos
séculos XVI e XVII, aconteceu com o deslocamento dos
currais existentes no sertão em direção aos grandes
centros urbanos do litoral.
(02) As feiras de gado, referidas no texto, se estabeleceram
em momentos históricos diferentes, mas ambas foram
responsáveis pelo povoamento e pela fixação de núcle‑
os urbanos na Colônia.
(04) Os currais construídos no Vale do São Francisco garan‑
tiram, no século XIX, o intenso contrabando de africanos
escravizados na fase posterior à Lei Eusébio de Queiroz.
(08) A produção de couro e derivados na Bahia esteve desti‑
nada ao mercado metropolitano e ao mercado interno,
como atividade complementar da economia colonial.
(16) A Vila da Cachoeira, situada no chamado Recôncavo Sul
da Bahia, além da produção de fumo, também atuou
como polo da produção açucareira e ponto de partida
para a penetração no sertão.
Resposta: Soma = 26
8.(UFPB­‑PB) A conquista, pelos portugueses, do atual ter‑
ritório da Paraíba, em 1585, foi marcada por um duro en‑
frentamento militar. Sobre essa guerra, leia o fragmento do
texto do Sumário das Armadas.
Chegando (os portugueses) à boca da barra do Paraíba,
com a armada que trouxe, e alguns caravelões destas duas
capitanias, Tamaracá e Pernambuco, entraram pelo rio aci‑
ma, por terem aviso que sete ou oito naus francesas, que lá
estavam surtas, estavam bem descuidadas, e varadas em
terra, e a maior parte da gente nela, e os índios metidos pelo
sertão, a fazer pau para a carga deles. E dando de súbito so‑
bre elas, queimaram cinco, esbulhando­‑as primeiro, que foi
um honrado feito: as outras fugiram com quase toda a gente.
HISTÓRIA da Conquista da Paraíba. Brasília: Senado Federal, 2006. p. 34.
Com base no texto e nos conhecimentos históricos sobre o
tema nele abordado, é correto afirmar:
a) Portugal e suas colônias, entre elas o Brasil, eram parte,
em 1585, do império espanhol, que desejava construir um
porto em Cabedelo e expulsar os potiguara dessa área.
Os portugueses mantinham boas relações com esse povo
indígena, mas a Espanha impôs suas ordens aos lusita‑
nos, que foram forçados à guerra contra os potiguara.
b) Os portugueses e os franceses haviam entrado em acor‑
do, uma vez que ambos eram inimigos da Espanha. Por
esse acerto, os franceses poderiam retirar o pau­‑brasil
da Paraíba, mas os potiguara, senhores do território, não
aceitaram a aliança franco­‑lusitana, o que impediu a ex‑
ploração do território pelos franceses.
c) Portugal e suas colônias, desde 1580, estavam sob domí‑
nio da Espanha, o que gerou conflitos entre portugueses e
espanhóis não só na Europa, mas também na América. Os
espanhóis aliaram­‑se aos potiguara, habitantes do territó‑
rio hoje paraibano, e guerrearam contra os portugueses, o
que levou os últimos a se apossarem das terras potiguara.
d) Os franceses aliaram­‑se aos índios potiguara, com os
História geral e do Brasil
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quais trocavam presentes e armas por pau­‑brasil. Essa
aliança ameaçava os engenhos de açúcar da Capitania de
Pernambuco e motivou os portugueses à guerra e à con‑
quista do território que se tornaria a Capitania da Paraíba.
e) Os franceses já ocupavam, desde a metade do século XVI,
as terras da atual Paraíba, em que estabeleceram conta‑
tos e acordos com os índios tabajara para a exploração
do pau­‑brasil. Os portugueses consideravam essa alian‑
ça uma ameaça ao seu domínio e se aliaram aos índios
potiguara, que eram inimigos dos tabajara.
Resposta: D
9.(UFPB­‑PB) Leia o texto abaixo sobre a ocupação holan‑
desa do Nordeste brasileiro.
Bem triste era o aspecto das coisas em Pernambuco.
Para onde quer que se volvesse o olhar, só se viam engenhos
incendiados, e vastos canaviais cobertos de cinza, dos quais
emergiam negros restolhos. Os bois necessários ao funcio‑
namento das moendas eram levados ou mortos pelo fugaz
inimigo. Muitas das caldeiras e utensílios que serviam para a
fabricação do açúcar achavam­‑se espalhados pelos matos, e
os pretos escravos haviam fugido em todas as direções.
WÄTJEN, Hermann. O domínio colonial holandês no Brasil.
Recife: Cepe, 2004. p. 419.
A partir do texto e de conhecimentos históricos sobre o fra‑
casso do domínio holandês no Brasil, identifique com V a(s)
afirmativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s):
( )Os holandeses foram bem­‑sucedidos em conseguir o
apoio dos habitantes das cidades e vilas brasileiras, mas
não conseguiram o apoio dos índios, o que provocou a
derrota militar dos invasores.
( )O objetivo da conquista holandesa foi o controle da pro‑
dução de açúcar do Nordeste brasileiro, mas a guerrilha
dos luso­‑brasileiros, inicialmente, criou impedimentos e
desorganizou a produção açucareira, depois recuperada
no período de Nassau.
( )Os holandeses, mesmo com o constante apoio dos se‑
nhores de engenho, não conseguiram manter o controle
sobre o mercado de escravos e sobre os próprios escra‑
vos, que fugiam constantemente para os quilombos.
( )A adesão dos senhores de engenho à Insurreição Per‑
nambucana relaciona­‑se com a sua situação financeira,
pois a produção açucareira estava em crise, o que impe‑
dia o pagamento das dívidas desses proprietários junto à
Companhia das Índias Ocidentais.
( )Os holandeses enfrentaram dificuldades de compreen‑
são de sua língua e de rejeição à religião protestante, por
parte dos habitantes dos territórios invadidos, o que im‑
pediu uma integração cultural com as populações locais.
A sequência correta é:
a) F, V, V, F, V.
b) F, V, F, V, V. d) V, F, V, F, F.
e) V, V, F, V, V.
c) V, F, F, V, F.
Resposta: B
10.(UFPI­‑PI)
Os Tremembés, exímios nadadores e valentes... havia ain‑
da os Aroaquizes, Carapotangas, Aroquanguiras, Copequacas,
Cupecheres e Aranhezes. Os Aitatus, Corerás, no Alto Parnaíba.
Anassus e Alongazes, na Serra da Ibiapaba. Os Aruazes, no rio
Sambito. Araiés e Acumês, nas cabeceiras do Rio Piauí. Os Cupi‑
nharós, no Canindé. Os Gueguês, na região central do Estado.
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Nordeste
O texto enumera
a) nomes de formigas, umas carnívoras, outras não, exis‑
tentes em todo o solo do Piauí.
b) espécies de peixes existentes nos rios piauienses, atual‑
mente em extinção.
c) tribos indígenas que habitavam o Piauí antes dos desbra‑
vadores.
d) nomes de indígenas que viviam às margens dos rios do
Maranhão.
e) espécies de abelhas que produzem o mel e seus subpro‑
dutos que destacam o Piauí como grande produtor e ex‑
portador para a Europa e os Estados Unidos.
Resposta: C
11.(UFC­‑CE) Por aproximadamente três séculos, as relações
de produção escravistas predominaram no Brasil, em es‑
pecial nas áreas de plantation e de mineração. Sobre este
sistema escravista, é correto afirmar que:
a) impediu as negociações entre escravos e senhores, daí o
grande número de fugas.
b) favoreceu ao longo dos anos a acumulação de capital em
razão do tráfico negreiro.
c) possibilitou a cristianização dos escravos, fazendo desa‑
parecer as culturas africanas.
d) foi combatido por inúmeras revoltas escravas, como a
dos Malês e a do Contestado.
e) foi alimentado pelo fluxo contínuo de mão de obra africa‑
na até o momento de sua extinção em 1822.
Resposta: B
12.(UFRN­‑RN) Ao se referir ao domínio holandês sobre a capi‑
tania do Rio Grande, no século XVII, Câmara Cascudo afirmou:
A conservação do Rio Grande foi uma questão vital, indis‑
cutida, e todas as fontes holandesas são unânimes [...]. “Em
1635 os Conselheiros Políticos exaltaram a conquista final
desta Capitania, como um benefício inestimável da fortuna”.
CASCUDO, Luís da Câmara. História da Cidade do Natal.
Natal: RN Econômico, 1999. p. 66.
Um dos motivos pelos quais os flamengos exaltaram a con‑
quista da capitania do Rio Grande foi o seguinte:
a) sem o amplo controle do rebanho bovino dessa capita‑
nia, a alimentação da crescente população holandesa em
Pernambuco seria algo muito difícil.
b) para os holandeses, o essencial era o domínio da região
açucareira do Engenho Cunhaú, cuja produção rivalizava
com as dos maiores centros produtores do Nordeste.
c) à época, o expressivo processo de urbanização de Natal
tornava o domínio dessa capitania imprescindível para a
instalação da estrutura administrativa dos holandeses.
d) com a derrota holandesa na Batalha dos Guararapes,
Maurício de Nassau foi forçado a deslocar suas tropas de
Recife para a chamada Nova Amsterdam.
Resposta: A
13.(UFBA­‑BA)
Na Idade Moderna, os intelectuais, sobrepujando a men‑
talidade medieval, criaram uma ideologia política típica do
período, legitimando o absolutismo. Alguns, como Maquia‑
História geral e do Brasil
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vel, defendiam a teoria de que a política, representada pelo
soberano, deveria atender ao “interesse nacional”. Outros,
como Hobbes, partiam da concepção de um “contrato entre
governados e Estado”. Vários foram os pensadores que se
destacaram na teoria política do período absolutista.
VICENTINO, 2003. p. 205.
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre as
diferentes modalidades assumidas pelo Estado, pode­‑se
afirmar:
(01) No início da Idade Moderna — século XV — todos os
países da Europa já se estruturavam de acordo com os
conceitos de Estado Nacional e de absolutismo, defen‑
didos por seus teóricos.
(02) O Estado Moderno efetivou­‑se em regiões nas quais
foi possível definir fronteiras, estabelecer uma língua
nacional, estruturar um sistema monetário e judicial
válido para todo o território e ainda naquelas áreas em
que o poder do soberano se tornou incontestável.
(04) O Estado absolutista pensado por Hobbes fundamentava­
‑se sobre os princípios democráticos, por defender um
contrato entre os governados e o Estado.
(08) A Cidade­‑Estado, contextualizada na Antiguidade Clás‑
sica, constituiu a base da organização política dos
gregos, caracterizando­‑se pela autonomia, pela inde‑
pendência e pelo cultivo de regimes políticos predomi‑
nantemente oligárquicos.
(16) A Itália, na Idade Moderna, extinguiu a presença de
Cidades­‑Estado, constituindo um Estado Absolutista, à
semelhança das monarquias ibéricas.
(32) A cidade do Vaticano representa a presença da Cidade­­
‑Estado na Itália contemporânea, sendo resultado de
um acordo político estabelecido entre o Papa Pio XI e
Mussolini, em 1929, pelo Tratado de Latrão.
Resposta: Soma = 42
14.(UFRN­‑RN) Thomas Mun, pensador inglês do século XVII,
analisando o conjunto de práticas e ideias econômicas ado‑
tadas pelos Estados Modernos, afirmou:
O recurso comum [...] para aumentar nossa riqueza e
tesouro é pelo comércio externo, no qual devemos observer
algumas regras rígidas. A primeira é vender mais aos estran‑
geiros, anualmente, do que consumimos de seus artigos. A
parte de nosso stock que não nos for devolvida em mercado‑
rias deverá necessariamente ser paga em dinheiro [...].
MUN, Thomas. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de
história. Lisboa: Plátano, 1976. v. 2. p. 223.
O conjunto das práticas e ideias econômicas a que o texto
faz referência constitui o
a) liberalismo econômico, que propunha a consolidação da
aliança política e econômica dos reis absolutistas com as
burguesias nacionais.
b) mercantilismo, cujos princípios incluíam a manutenção de
uma balança comercial favorável e o acúmulo de metais
preciosos.
c) mercantilismo, que defendia a completa eliminação do
metalismo, mediante a criação de uma balança comercial
superavitária.
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Nordeste
d) liberalismo inglês, para o qual a intervenção do Estado
era a única forma de uma nação superar a pobreza.
Resposta: B
15.(UFBA­‑BA)
O Iluminismo — também conhecido como Ilustração e
Época das Luzes — foi um movimento intelectual cuja maior
expressão se deu na França do século XVIII. Isto se explica pelo
cosmopolitismo da cultura francesa e pelo aumento das con‑
tradições do Antigo Regime naquele país. A não ser Montes‑
quieu, que era aristocrata, o movimento se expressou através
do pensamento de filósofos burgueses, cujas críticas às ins‑
tituições existentes prepararam o caminho à onda revolucio‑
nária que destruiu o Antigo Regime. “Os Filósofos se erigiram
como preceptores do gênero humano. Liberdade de pensar,
eis seu brado, e este brado se propagou de uma extremidade a
outra do mundo. Com uma das mãos, tentaram abalar o Trono;
com a outra, quiseram derrubar os Altares. Sua finalidade era
modificar nas consciências as instituições civis e religiosas e,
por assim dizer, a revolução se processou [...].”
AQUINO, 2006. p. 173­‑4.
Com base na leitura do texto e nos conhecimentos sobre
o Iluminismo, pode­‑se afirmar que o pensamento filosófico
contido no movimento referido apresentava como princípios
básicos, dentre outros, os seguintes:
(01) O deísmo, ou seja, a crença na presença de Deus na
natureza e no homem.
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a) crescente formação de sindicatos de orientação socialis‑
ta, fundamentados nas aspirações políticas e sociais da
classe média inglesa.
b) ruína dos grandes proprietários de terras, a partir do
deslocamento do eixo econômico, do campo para a pro‑
dução fabril de natureza urbana.
c) melhoria da ordem social existente, em virtude da signi‑
ficativa remuneração do trabalho feminino em relação à
remuneração do homem adulto.
d) nova condição do proletariado, destituído de qualquer
fonte de renda digna de menção além do salário em di‑
nheiro que recebe por seu trabalho.
Resposta: D
17.(UFRN­‑RN) Sobre a chamada Inconfidência Mineira, a
historiadora Cristina Leminski afirmou:
Sem a derrama, o movimento esvaziava­‑se. Para a po‑
pulação em geral, se a derrama não fosse imposta, não fa‑
zia grande diferença se Minas era ou não independente. O
movimento era fundamentalmente motivado por interesses,
não por ideais [...]. A prisão dos homens mais eminentes de
Vila Rica provocou [...] alvoroço na cidade [...] e o Visconde de
Barbacena foi obrigado a admitir que a tentativa de manter
sigilo sobre o processo seria inútil.
LEMINSKI, Cristina. Tiradentes e a conspiração de Minas Gerais.
São Paulo: Scipione, 1994. p. 59­‑64.
(02) A crítica à conduta da Igreja Católica, como caminho
para a modificação das instituições religiosas.
O movimento do século XVIII abordado nesse fragmento tex‑
tual relaciona­‑se com a
(04) A defesa dos direitos à liberdade e à propriedade, temas de
interesse para a burguesia, que se apresentava como nova
força política paralela à derrubada do Antigo Regime.
a) pretensão das lideranças econômicas de Vila Rica, princi‑
pais beneficiadas com a arrecadação tributária portuguesa.
(08) O uso da razão e a liberdade de pensamento, como
bandeiras para a derrubada da monarquia absolutista,
segundo preconizavam os filósofos.
(16) O exercício do poder de forma despótica e generaliza‑
da, como recurso indispensável à manutenção da or‑
dem, do progresso e da sociedade aristocrática.
(32) O modelo herdado da civilização persa, como referen‑
cial a ser seguido, de acordo com a orientação contida
nas “Cartas Persas”.
(64) A busca de uma sociedade livre, igualitária e fraterna,
como contexto indispensável para garantir os esforços in‑
dividuais de progresso e de desenvolvimento do homem.
Resposta: Soma = 79
16.(UFRN­‑RN) Refletindo sobre os resultados da Revolu‑
ção Industrial inglesa do século XVIII, o historiador Eric
Hobsbawm escreveu:
Saber se a Revolução Industrial deu à maioria dos bri‑
tânicos mais ou melhor alimentação, vestuário e habitação,
em termos absolutos ou relativos, interessa, naturalmente,
a todo [estudioso]. Entretanto, ele terá deixado de apreender
o que a Revolução Industrial teve de essencial, se esquecer
que ela não representou um simples processo de adição ou
subtração, mas sim uma mudança social fundamental.
HOBSBAWM, Eric. Da Revolução Industrial inglesa ao imperialismo. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 1983. p. 74.
A mudança referida acima resultou na
História geral e do Brasil
b) repercussão da Revolução Francesa no seio da elite inte‑
lectual colonial da região aurífera nas Minas Gerais.
c) exploração tributária feita pela Metrópole sobre os colo‑
nos portugueses, no contexto da crise do antigo sistema
colonial.
d) revolta desencadeada pela decisão da Coroa de instalar
as Casas de Fundição, com o propósito de cobrar o quinto.
Resposta: C
18.(UFPB­‑PB) Leia o fragmento da Carta Régia assinada
pelo Príncipe Regente D. João, logo após sua chegada ao
Brasil, decretando a abertura dos portos da Colônia portu‑
guesa na América.
Conde da Ponte do meu Conselho, governador e capitão
general da capitania da Bahia, Amigo. Eu o Príncipe Regente
vos envio muito saudar, como aquele que amo. Atendendo a
representação que fizestes subir a minha real presença sobre
se achar interrompido e suspenso o comércio desta capita‑
nia com grave prejuízo dos meus vassalos, e da minha Real
Fazenda, em razão das críticas, e públicas circunstâncias da
Europa [...] sou servido ordenar interina e provisoriamente,
[...] o seguinte. Primo: Que sejam admissíveis nas Alfândegas
do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas, e mercadorias
transportadas, ou em navios estrangeiros das Potências que
se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa,
ou em navios dos meus vassalos pagando por entrada vinte
e quatro por cento [...] Segundo: Que não só os meus vassa‑
los, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar
para os Portos que bem lhes parecer a benefício do comércio,
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questões e testes 
Nordeste
e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer
gêneros e produções coloniais, à exceção do pau­‑brasil, ou
outros notoriamente estancados [...] O que tudo assim fareis
executar com o zelo, e atividade que de vós espero.
Escrita na Bahia aos vinte e oito de janeiro de 1808.
[...]
BONAVIDES, P.; VIEIRA, R. A. A. Textos políticos da História do Brasil. Rio
de Janeiro: Forense, 1973. In: COSTA, Luís César Amad; MELLO, Leonel
Itaussu A. História do Brasil. 11. ed.
São Paulo: Scipione, 1999. p. 138.
Sobre as repercussões da Abertura dos Portos, identifique
as afirmativas corretas:
I.O Ato de D. João representou o início de um intenso pro‑
cesso de industrialização no Brasil, porque a liberdade
de comércio possibilitou o acesso de brasileiros ao ma‑
quinário obsoleto das fábricas da Inglaterra.
II.A medida do Príncipe Regente significou um sério aba‑
lo no Pacto Colonial, que, até aquela época, mantivera o
monopólio dos comerciantes portugueses sobre os ne‑
gócios de brasileiros com o mercado externo.
III.A Abertura dos Portos gerou um forte movimento de re‑
ação nacionalista por parte dos proprietários coloniais
agroexportadores, porque a liberalização do comércio
lhes trouxe prejuízos financeiros.
IV.A liberalização dos portos brasileiros possibilitou con‑
dições favoráveis para a instauração da hegemonia co‑
mercial inglesa no mercado brasileiro, as quais foram
ampliadas com os Tratados de 1810.
V.O decreto de D. João afetava a dominação portuguesa,
uma vez que eliminava um dos entraves para a expan‑
são da economia colonial, já em processo de crescimento
maior do que a economia metropolitana desde a segunda
metade do século XVIII.
Alternativas II e IV
19.(UFC­‑CE)
Ofício da Villa do Crato. Temos presente o Ofício de V. Ex‑
celências do primeiro do corrente a que acompanharam os
Decretos da dissolução da Assembleia Constituinte e Legis‑
lativa do Brasil plenamente congregada no Rio de Janeiro [...]
e apesar do laconismo que se observa em dito Ofício, ele veio
pôr­‑nos em perplexidade pelo modo decisivo com que V. Ex‑
celências, supremas Autoridades desta Província, mandam
sem mais reflexão [...].
DIÁRIO do Governo do Ceará, 1.º abr. 1824.
A citação acima se refere à dissolução da Assembleia Cons‑
tituinte, em 1823, fato que se relaciona com a eclosão da
Confederação do Equador. Sobre a participação do Ceará
nesse movimento revoltoso, assinale a alternativa correta.
a) O Ceará participou da Confederação do Equador porque
pretendia romper com a dependência econômica e políti‑
ca em relação a Pernambuco.
b) A província do Ceará almejava se isolar das demais pro‑
víncias do atual Nordeste: Paraíba, Pernambuco, Rio
Grande do Norte, Piauí e Alagoas.
c) O crescimento da exportação de algodão fez com que os
proprietários e comerciantes cearenses lutassem pelos
interesses do grupo “corcunda”, aliado de D. Pedro I.
d) O grupo “patriota”, composto por membros da família
Alencar, defendia ideias monarquistas para garantir os
direitos do Ceará junto ao imperador.
História geral e do Brasil
6 / 11
e) A maior parte das elites cearenses aderiu ao movimento
levada pelo receio de perder sua autonomia, em decor‑
rência do centralismo político imposto pela Constituição
de 1824.
Resposta: E
20.(UFPI­‑PI)
Movimento social envolvendo grande parte da população
das províncias do Piauí e Maranhão, com repercussões em
outras províncias vizinhas, como Ceará, Pará, Bahia e Goiás.
De um lado, os grandes proprietários de terras; de outro,
a massa de trabalhadores – vaqueiros, escravos, artesãos,
lavradores, nativos (índios) e pequenos fazendeiros.
DIAS, Claudete M. M. Balaios e bem­‑te­‑vis. A guerrilha sertaneja. Teresina:
Instituto Dom Barreto, 2002. p.13.
O texto acima refere­‑se, respectivamente, ao embate entre
a) os tenentes e a população, na Cabanagem.
b) os potentados e a população pobre, na Sabinada.
c) as oligarquias locais e a massa da população, na Balaiada.
d) a população pobre e os oligarcas, na Sabinada.
e) a população explorada e as oligarquias, na Balaiada.
Resposta: C
21.(UFC­‑CE) O Ato Adicional, decretado no período das re‑
gências no Brasil pela Lei n.º 16, de 12 de agosto de 1834,
estabeleceu algumas modificações na Constituição de 1824.
Acerca dessas alterações, assinale a alternative correta.
a) O Conselho de Estado foi reorganizado para que fosse
possível conter os conflitos provinciais.
b) Os presidentes provinciais passaram a ser eleitos e a ter
o poder de aprovar leis e resoluções referentes ao con‑
trole dos impostos.
c) O estabelecimento da Regência Una, ao invés da Regên‑
cia Trina, significou a eleição de um único regente, com
mandato até a maioridade de D. Pedro II.
d) As assembleias legislativas provinciais foram criadas
para proporcionar autonomia política e administrativa às
províncias no intuito de atender às demandas locais.
e) A Corte, com sede no Rio de Janeiro, por meio da aliança
entre progressistas e regressistas, continuou centrali‑
zando as ações em defesa da Constituição de 1824.
Resposta: D
22.(UFS­‑SE)
Declarada a maioridade em 23 de julho de 1840, o jovem
de 15 anos seria sagrado imperador no mesmo dia, com o
título de D. Pedro II. Seu governo duraria 49 anos. Seria o últi‑
mo imperador do Brasil e o dirigente que mais tempo perma‑
neceu no comando do país. O período de 1840­‑1870 foi mar‑
cado inicialmente por lutas civis e pela pacificação interna, foi
um período de consolidação do Estado nacional e de relativa
prosperidade econômica.
ARRUDA, J. Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História.
São Paulo: Ática, 2003. p. 283.
Identifique as afirmações associadas aos acontecimentos na
província de Sergipe, durante o período a que o texto se refere.
( )Revolta de Santo Amaro provocada pela falsificação das
atas de eleição, constando mais votos do que a popula‑
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questões e testes 
Nordeste
ção da província.
( )Epidemia de cólera na província que se alastrou com ra‑
pidez causando mortalidade e crise no abastecimento de
alimentos.
( )Reconhecimento por parte do governo central da inde‑
pendência da província que pertencia à Bahia de Todos­
‑­‑os­‑Santos.
( ) Transferência da capital de São Cristóvão para Aracaju, para
facilitar o escoamento da produção açucareira da província.
( )Participação dos bispos da província no atrito com o Im‑
perador, devido à aplicação da bula papal, que condena‑
va os sacerdotes.
Resposta: F, V, F, V, F
23.(UFBA­‑BA)
A política externa do Segundo Reinado girou em torno de
dois eixos fundamentais: as relações privilegiadas com a In‑
glaterra, que foram interrompidas momentaneamente com
a Questão Christie, e as constantes intervenções do Brasil
na Bacia do Prata, que geraram conflitos com vários países
da região, como, por exemplo, Argentina e Paraguai.
CÁCERES, 1993. p. 191.
Considerando­‑se o texto e os conhecimentos sobre a políti‑
ca brasileira no Segundo Reinado, pode­‑se afirmar:
(01) As “relações privilegiadas” referidas no texto dizem
respeito a concessões especiais feitas pela Inglaterra
ao Brasil, anistiando a dívida brasileira com aquele país
por ocasião do reconhecimento da independência.
(02) A chamada “Questão Christie” (1863) representa mais
um episódio dos conflitos entre Brasil e Inglaterra,
ocorridos no período mais agudo da pressão inglesa
contra o tráfico de africanos escravizados para o Brasil.
(04) A dependência econômica do Brasil frente à Inglater‑
ra, no período referido, comprova­‑se através dos em‑
préstimos ingleses para obras de infraestrutura e as
importações brasileiras de produtos daquele país por
preços mais competitivos no mercado.
(08) O Brasil desenvolveu uma política imperialista de
agressão sistemática contra os países com os quais fa‑
zia fronteira, por ser a única monarquia entre os países
republicanos da América do Sul.
7 / 11
víncias, onde [...] passaram a viver do desvio de parte dos re‑
cursos enviados pelo governo imperial, [...] despertando es‑
sas elites para a utilização da seca como meio de arregimen‑
tar recursos públicos e carreá­‑los para seus próprios bolsos.
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. Palavras que calcinam,
palavras que dominam: a invenção da seca do Nordeste. Revista Brasileira
de História. São Paulo: ANPUH/Marco Zero. v. 14. n. 28. 1994. p. 115.
Considerando­‑se esse fragmento textual, pode­‑se inferir
que a seca de 1877 foi singular pelo fato de
a) ter o governo central suspendido o envio de recursos
para o Nordeste, em razão de denúncias de desvios das
verbas para atender a interesses particulares.
b) ser usada para o atendimento de interesses dos grupos
dominantes locais, favorecendo o surgimento da chamada
“indústria das secas”, amplamente difundida no século XX.
c) possibilitar a construção de muitas obras públicas nas ci‑
dades, gerando a “indústria das secas” e enfraquecendo o
poder das oligarquias agrárias do interior do Nordeste.
d) proporcionar o surgimento da miséria e do banditismo
na região Nordeste, em razão da magnitude dos efeitos
sociais resultantes dessa catástrofe climática.
Resposta: B
25.(Ufal­‑AL) A afirmação do Brasil como país livre não se
fez sem lutas e reações violentas do governo português. As
ideias liberais foram divulgadas e estimularam a busca de
liberdade e autonomia. No Brasil do século XIX, o liberalismo:
a) motivou movimentos revolucionários com seu radicalis‑
mo e sua defesa, na rebelião de 1817, a favor da liberta‑
ção dos escravos.
b) teve grandes semelhanças com as ideias que circularam
na Revolução Francesa, ressaltando o livre comércio e a
democracia social.
c) ajudou na luta pelo fim do governo de D.Pedro I, marcado
pelo autoritarismo das suas atitudes políticas.
d) conseguiu ser divulgado apenas na região Nordeste, nas
primeiras Revoltas pela emancipação política.
e) atingiu os intelectuais das grande cidades, sendo rejeita‑
do pelo clero católico devido aos receios de seus projetos
igualitários.
Resposta: C
(16) A pressão brasileira na região platina, na segunda me‑
tade do século XIX, explica­‑se, em parte, pelo temor do
Brasil de perder o livre acesso à navegação comercial
no Rio da Prata.
26.(Ufal­‑AL) A sociedade brasileira tinha preconceitos so‑
(32) Um dos desdobramentos da Guerra do Paraguai na política
interna brasileira diz respeito ao fortalecimento do Exército
e das reivindicações políticas dos oficiais de alta patente,
ocasionando conflitos com o governo monárquico.
a) a prevalência dos preconceitos e a supremacia do pa‑
triarcalismo nas relações familiares, com a escravidão
na base da produção.
Resposta: Soma =52
24.(UFRN­‑RN) O historiador Durval M. de Albuquerque Jú‑
nior, analisando a seca de 1877 no Nordeste, escreveu:
Sentindo­‑se acuados pelas ameaças partidas de canga‑
ceiros e das populações famintas, os grandes proprietários
de terra, com a produção paralisada, não tinham condições
de se manter no interior e migraram para as capitais das pro‑
História geral e do Brasil
ciais e uma rígida hierarquia colonial, mesmo depois de
1822. Numa análise histórica, da sociedade alagoana dessa
época posterior a 1822, verificamos:
b) o fim dos preconceitos sociais, com a modernização da
economia no final do século XIX.
c) a grande luta pela libertação dos escravos, com ajuda
decisiva da Igreja, e pelo fim da crise que houve na pro‑
dução agrícola.
d) a violência do sistema escravista, embora já houvesse
uma destacada presença da mão de obra livre nas ativi‑
dades urbanas.
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questões e testes 
Nordeste
e) o predomínio das atividades agrárias, que desestimula‑
vam a vida urbana e a luta contra a escravidão.
Resposta: A
27.(UFBA­‑BA)
Por volta de 1830, a maioria dos países da América já tinha
proclamado a independência. Entretanto as diferenças entre
eles eram bastante claras. Os Estados Unidos da América (EUA)
começavam a se tornar o país mais industrializado do planeta.
A América Latina continuava presa às pesadas heranças colo‑
niais: predominavam as economias exportadoras de produtos
primários, governos de latifundiários que olhavam com ar de
superioridade para a multidão de governados de pele mais es‑
cura, grandes comerciantes que enriqueciam importando mon‑
tanhas de produtos, de qualidade ou quinquilharias das fábricas
inglesas, ausência de direitos para a maioria da população.
SCHIMIDT, 2005. p. 427.
Com base na análise do texto, associada aos conhecimentos
sobre o Imperialismo, pode­‑se afirmar:
(01) O imperialismo europeu do século XIX, em direção à
América Latina, foi possível após estabelecer com os
Estados Unidos acordos de limites de áreas a serem
recolonizadas.
(02) As pesadas heranças coloniais referidas no texto expli‑
cam o limitado número de imigrantes europeus direcio‑
nados à Argentina e ao Brasil, no período de 1820 a 1880.
(04) Os Estados Unidos, ao se tornarem o país mais indus‑
trializado do planeta, reuniram condições econômicas
e políticas para concretizar seu projeto imperialista, no
século XX, em direção à América Latina.
(08) O olhar de superioridade dos governos de latifundiários
em relação à multidão de governados de pele mais es‑
cura revela o fortalecimento dos desequilíbrios sociais,
ampliados no contexto da dominação imperialista dos
Estados Unidos.
(16) O número de imigrantes europeus com destino aos Es‑
tados Unidos se intensificou durante a Primeira Grande
Guerra, devido à ruralização da economia europeia.
(32) O fortalecimento econômico do Brasil, nas três primeiras
décadas do século XX, motivado pela política de substi‑
tuição das importações, impediu a presença imperialista
norte­‑americana no país, durante o período da Guerra Fria.
Resposta: Soma = 14
28.(UFS­‑SE)
Em 1870 o mapa da Europa sofreu profundas modifica‑
ções. Novas forças apareceram [...], nascidas da aspiração
pela independência e da unidade nacional.
RÉMOND, René. O século XIX. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 160.
Analise as proposições que definiram as mudanças a que o
texto faz referência.
( )O articulador da unificação no sul da Itália foi o repu‑
blicano Garibaldi, que organizou a insurreição no Reino
das Duas Sicílias, reunindo um exército de voluntários
conhecido como os Mil de Garibaldi.
( ) A unidade italiana obteve êxito com a aliança do Reino do
Piemonte­‑Sardenha com a França de Napoleão III para ane‑
xar territórios italianos ao norte, sob o domínio da Áustria.
História geral e do Brasil
8 / 11
( )Quando as tropas francesas abandonaram o Estado Pon‑
tifício para enfrentar os alemães, as forças de unificação
invadiram Roma, transformando­‑a na capital italiana, o
que foi consagrado em um plebiscito.
( )Pelo tratado de Frankfurt a França pagou uma indeniza‑
ção à Alemanha, bem como lhe entregou as províncias
de Alsácia­‑Lorena, fomentando o revanchismo francês e
o desenvolvimento industrial alemão.
( )A aliança entre os reinos da Prússia, Morávia e a França
incentivou os movimentos de libertação nacional no Im‑
pério Austro­‑Húngaro e favoreceu a criação do Estado
Nacional Prussiano.
Resposta: V, V, V, V, F
29.(UFC­‑CE) Com a adoção da política do Big Stick, os EUA, no
governo de Theodore Roosevelt, inauguraram uma prática de
intervenção, inclusive armada, em especial nos países latino­
‑americanos, onde o capital estadunidense tornou­‑se hege‑
mônico. Em decorrência desta política, é correto afirmar que:
a) a intervenção dos EUA na América Central foi rejeitada
pelos movimentos populares, como as revoluções sandi‑
nista e mexicana.
b) a política do Big Stick foi amplamente rechaçada pelo go‑
verno brasileiro graças ao apoio político e financeiro da
Inglaterra e da França.
c) o governo estadunidense favoreceu o Paraguai na guerra
contra a Argentina pelo controle da região petrolífera do
Chaco, onde atuava a Standard Oil Co.
d) os movimentos populares apoiados na luta e no pensa‑
mento político de José Martí evitaram que Cuba, logo após
a independência, se tornasse um protetorado dos EUA.
e) a República do Panamá proclamou sua independên‑
cia da Colômbia em 1903, tornando­‑se um protetorado
dos EUA, e, em 1914, foi inaugurado um canal ligando o
Atlântico ao Pacífico.
Resposta: E
30.(Ufal­‑AL) As riquezas geradas pelo crescimento do capita‑
lismo provocavam disputas entre as grandes potências com
seus projetos imperialistas já no limiar do século XX. Muitos
desses conflitos levaram o mundo a conviver com uma gran‑
de guerra violenta e uso de armas diferentes. Em 1919, as
negociações em busca da paz:
a) tiveram êxito, não deixando rancores e nem sentimentos
de vinganças entre os países da Europa.
b) foram dirigidas pelas propostas dos Estados Unidos, ga‑
rantindo a volta da democracia na Europa Ocidental.
c) deixaram os alemães insatisfeitos com as propostas fei‑
tas, criando tensões e sentimentos de revanchismo.
d) tornaram os Estados Unidos a maior potência do Ociden‑
te e um aliado incondicional dos povos europeus.
e) transformaram a vida internacional, melhorando as rela‑
ções diplomáticas e fortalecendo a economia internacional.
Resposta: C
31.(UFS­‑SE) Entre as consequências da Revolução Russa
para a história do século XX, pode­‑se considerar [assinale
verdadeiro ou falso]
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questões e testes 
Nordeste
( )o reforço do poder do Vaticano na Europa Oriental e na
Ásia, pois a Igreja Católica era anticapitalista e favorável
a uma sociedade igualitária.
( ) a implantação de regimes totalitários, de tipo soviético,
em vários países das Américas, como Bolívia, Paraguai,
México e Cuba.
( )o apoio da burguesia a regimes fascistas em vários paí‑
ses da Europa, como a Itália e Alemanha, com medo das
revoluções socialistas inspiradas no exemplo russo.
( )a divisão do mundo em duas grandes zonas de influên‑
cia − capitalista liberal e socialista soviética − após a II
Guerra Mundial.
( )a volta de monarquias inspiradas no Antigo Regime,
apoiadas pelas burguesias europeias, temerosas da ex‑
pansão dos ideais revolucionários.
Resposta: F, F, V, V, F
32.(UFC­‑CE)
9 / 11
urbano, característicos daquele período.
d) Ocorreram graças às ações reivindicatórias da popula‑
ção mais pobre do Rio de Janeiro, que reclamava melho‑
rias em suas condições de moradia e transporte.
e) Foram realizadas com o objetivo de fixar as camadas po‑
pulares na região central do Rio de Janeiro, impedindo
que migrassem para as áreas nobres da zona norte.
Resposta: C
34.(UFC­‑CE)
Morte à gordura!
morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês­‑mensal!
ao burguês­‑cinema! ao burguês­‑tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
“– Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
– Um colar... – Conto e quinhentos!!!”
[...] Fora! Fu! Fora o bom burguês!...
A travessia para o Juazeiro fez­‑se a marchas forçadas,
em quatro dias. E quando lá chegou o bando dos expedicioná‑
rios, fardas em trapos, feridos, estropiados, combalidos, da‑
vam a imagem da derrota. Parecia que lhes vinham em cima,
nos rastros, os jagunços. A população alarmou­‑se, reatando
o êxodo. Ficaram de fogos acesos na estação da via­‑férrea to‑
das as locomotivas. Arregimentaram­‑se todos os habitantes
válidos dispostos ao combate. E as linhas do telégrafo trans‑
mitiram ao país inteiro o prelúdio da guerra sertaneja.
O trecho acima, transcrito do poema Pauliceia Desvairada, de
Mário de Andrade, foi recitado na Semana de Arte Moderna,
realizada de 11 a 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal
de São Paulo. Sobre esse movimento, é correto afirmar que:
O trecho acima é parte do livro de Euclides da Cunha que
teve sua primeira edição em 1902 e relata o cotidiano de um
conflito ocorrido nos primeiros anos da República. O livro de
Euclides e o conflito ao qual se refere são respectivamente:
a) Inferno Verde, Caldeirão.
b) Inferno Verde, Cabanagem.
c) Os Sertões, Canudos.
d) Os Sertões, Caldeirão.
e) A Guerra do Fim do Mundo, Contestado.
c) gerou uma valorização da arte europeia em detrimento
da arte brasileira.
Resposta: C
33.(UFC­‑CE) Leia o texto a seguir.
Em novembro de 1904, data da revolta [da Vacina], o tra‑
balho de demolição das casas para abrir a avenida Central,
executado por cerca de 1800 operários, terminara, e 16 novos
edifícios estavam sendo construídos. O eixo central da avenida
fora inaugurado em 7 de setembro, em meio a grandes festas,
já com serviços de bonde e iluminação elétrica. A derrubada de
cerca de 640 prédios rasgara, através da parte mais habitada
da cidade, um corredor que ia da Prainha ao Passeio Público.
CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República
que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 37.
Sobre as obras públicas descritas na citação acima, assina‑
le a alternativa correta.
a) Faziam parte do projeto republicano de remodelação ur‑
banística da capital brasileira, para destruir os vestígios
físicos da colonização portuguesa.
b) Eram parte do programa nacional de industrialização,
que pretendia transformar a cidade do Rio de Janeiro no
maior polo industrial da América Latina.
a) teve como princípio uma arte baseada na estética ro‑
mântica e realista.
b) tentou traduzir a cultura e os problemas nacionais atra‑
vés da arte.
d) foi uma tentativa de renovar as manifestações artísticas
no Brasil Império.
e) foi um grupo de poetas e escultores que reafirmaram o
parnasianismo no Brasil.
Resposta: B
35.(Ufal­‑AL) As rebeliões políticas nem sempre indicam mudan‑
ças radicais. No período de 1930 a 1945, politicamente, o Brasil:
a) concretizou as liberdades democráticas, com a derruba‑
da das oligarquias e a renovação do Congresso Nacional.
b) conviveu com práticas autoritárias, sendo a Constituição de
1937 um exemplo da centralização e da falta da democracia.
c) modernizou sua economia, com a implantação de indús‑
trias de base e a defesa da liberdade sindical.
d) consolidou o poder das oligarquias do Sudeste, atenden‑
do aos pedidos dos proprietários das usinas de açúcar.
e) afirmou um modelo fascista, imitando o governo de Mus‑
solini e incentivando preconceitos raciais.
Resposta: B
36.(UFRN­‑RN) Em 30 de outubro de 1929, no jornal A Repú‑
blica, Luís da Câmara Cascudo escreveu uma crônica sobre
a Cidade do Natal, afirmando:
Oficialmente existe a Cidade do Natal há trezentos e
trinta anos. Relativamente parece com este titulo há oito ou
nove anos. Ou melhor, imita cidade recém­‑fundada se o en‑
viesamento das artérias não denunciasse a velhice.
c) Foram postas em prática sob a motivação de ideais higie‑
nistas e de modernização e aformoseamento do espaço
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CASCUDO, Luís da Câmara. Crônicas de origem: a Cidade do Natal nas
crônicas cascudianas dos anos 20. Organização e estudo introdutório de
Raimundo Arrais. Natal: EDUFRN, 2005. p. 139.
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questões e testes 
Nordeste
A afirmação de Cascudo expressa um confronto entre duas
dimensões da Cidade do Natal, perceptíveis no final dos
anos 20, e se relaciona à
a) melhoria das construções da cidade, com a demolição
dos cortiços no bairro da Ribeira, a abertura de ruas e a
edificação de residências elegantes naquela área.
b) modificação dos métodos de administração da cidade,
com estímulo à participação popular e criação de comis‑
sões em cada um dos bairros.
c) adoção de ações urbanísticas inspiradas nos princípios
de higiene e embelezamento, incluindo abertura e calça‑
mento de ruas e melhoria das ligações entre os bairros.
d) construção de uma ponte de ferro, usando­‑se tecnologia
inglesa, para ligar as duas margens do rio Potengi, de
modo a integrar os bairros da Zona Norte à area central.
Resposta: C
37.(UFRN­‑RN) No dia 10 de fevereiro de 1944, uma crônica
publicada no jornal O Diário retratou aspectos do cotidiano
da cidade de Natal, nos seguintes termos:
Meio displicente o cronista entrou no café. [...] tipos de
uma outra raça, a que a uniformidade das fardas cáquis em‑
prestava um tom militar, enchiam as mesas. [...] A algaravia
que se falava era estranha. [...] Sobre a fala de alguns que‑
pes, o brasão de Suas Majestades Britânicas, ou as iniciais
simbólicas da RAF canadense. A maioria, porém, era de gen‑
te da América [...]. O cronista olhou para os lados, curioso.
Brasileiro, ele apenas. Sim, também as pequenas garçonnet‑
tes [...]. No entanto, aquele era um simples e muito nortista
“café” da rua Dr. Barata, por mais que a paisagem humana se
mesclasse de exemplares de terras diferentes...
Adap.: PEDREIRA, Flávia de Sá. Chiclete eu misturo com banana: carnaval
e cotidiano de guerra em Natal. Natal: EDUFRN, 2005. p. 217.
Considerando­‑se o fragmento textual acima e as informações
históricas sobre o período a que ele se refere, é correto afirmar:
a) Pela proximidade com a África e por ter sediado impor‑
tantes bases militares dos Estados Unidos, Natal foi alvo
de esporádicos ataques das tropas da Alemanha.
b) Os natalenses passaram a rejeitar, paulatinamente,
os hábitos dos estrangeiros, como os estilos musicais
norte­‑americanos, o uso de roupas informais e de pala‑
vras da língua inglesa.
c) O início da guerra e a ameaça de bombardeios aéreos mu‑
daram o clima de festa em que Natal vivia e acirraram, ainda
mais, as rivalidades entre brasileiros e norte­‑americanos.
d) A presença de um grande contingente de militares de ou‑
tros países e a circulação de moeda estrangeira agitaram,
de forma significativa, a vida da outrora pacata Natal.
Resposta: D
38.(UFC­‑CE)
É preciso dizer que o que ocorreu comigo não é exceção,
é regra. Raros os presos políticos brasileiros que não sofre‑
ram torturas. Muitos, como Schael Schreiber e Virgílio Go‑
mes da Silva, morreram na sala de torturas. Outros ficaram
surdos, estéreis ou com outros defeitos físicos.
BETO, Frei. Batismo de sangue: guerrilha e morte de Carlos Marighella.
14. ed. rev. e ampliada. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.
História geral e do Brasil
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A partir desse trecho do depoimento de frei Tito de Alencar,
escrito na prisão, em 1970, assinale a alternativa correta
sobre a situação dos direitos humanos no decorrer da dita‑
dura instalada no Brasil em 1964.
a) Os governos estabelecidos depois de 1964 conseguiram
provar que os que morreram na prisão já estavam doen‑
tes e não aceitavam o tratamento médico oferecido.
b) A tortura realizada nas delegacias de polícia era uma exce‑
ção, na medida em que havia a publicação de reportagens na
imprensa com o objetivo de defender os direitos humanos.
c) A tortura de presos começou a ser utilizada no Brasil a
partir de 1972 e foi abolida com o movimento em torno da
Anistia em 1979, em sintonia com os movimentos pelos
direitos humanos.
d) A coerção em torno dos meios de comunicação e a tortu‑
ra em presos políticos eram meios utilizados pelo regime
de 1964 para reprimir movimentos e opiniões divergen‑
tes da ideologia oficial.
e) A repressão aos meios de comunicação se realizou a
partir do Governo do Presidente Médici, momento em
que se inaugura a prática da tortura para obter depoi‑
mentos de subversivos.
Resposta: D
39.(UFRN­‑RN) A China atravessava grandes dificuldades eco‑
nômicas em 1966, quando Mao Tsé­‑tung deu início à Revolu‑
ção Cultural, que se declarava contrária a “quatro velharias”:
“velhas ideias, velha cultura, velhos costumes e velhos há‑
bitos”. Apesar de propagar transformações nessas áreas, a
Revolução Cultural foi também um movimento político, pois
a) fortaleceu o poder de Mao Tsé­‑tung, em razão da repres‑
são aos líderes acusados de direitistas e do expurgo dos
que faziam oposição ao grupo maoísta.
b) possibilitou a consolidação da Guarda Vermelha no po‑
der, a qual reimplantou o burocratismo, o autoritarismo
e o nepotismo típico do modelo soviético.
c) ampliou a influência do modelo soviético sobre o comu‑
nismo chinês, com o investimento de muitos capitais e
contando com a cooperação de técnicos soviéticos no
planejamento da economia.
d) traçou uma nova diretriz para o país, com a qual Mao Tsé­
‑tung buscava o desenvolvimento de relações internacio‑
nais que atraíssem capitais e empresas estrangeiras.
Resposta: A
40.(UFBA­‑BA) Em relação ao Socialismo Real, pode­‑se
concluir:
(01) O papel determinante do Estado na elaboração dos
planos que nortearam as estruturas e as relações eco‑
nômicas resultou em uma experiência denominada de
“economia planificada” na União Soviética.
(02)As ideias de Karl Marx foram absorvidas e postas
em prática pela URSS com a implantação do socia‑
lismo via agricultura, após a “perestroika”, servindo
também de modelo para países como Indonésia e
Albânia.
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questões e testes 
Nordeste
(04) O socialismo praticado na República Popular da China di‑
fere do soviético, porque a fidelidade chinesa a suas tradi‑
ções religiosas exigiu que o país adotasse práticas menos
duras no processo de implantação do regime socialista.
(08) As relações entre o socialismo cubano e a URSS, es‑
tabelecidas a partir da década de 60 do século XX, ali‑
mentaram comercial e militarmente a ilha caribenha,
o que condicionou a inevitável dependência econômica
de Cuba frente ao Estado Soviético.
(16) A Cuba socialista, apesar das pressões norte­‑americanas
e de seu completo isolamento em relação aos países da
América Latina, continua a promover movimentos arma‑
dos radicais no continente, sendo atualmente a respon‑
sável direta pela manutenção dos grupos guerrilheiros na
Venezuela, na Bolívia e no Brasil.
(32) A China e a Coreia do Norte, no Oriente, registram di‑
ficuldades na preservação de relações diplomáticas,
porque continuam a disputar a supremacia militar atô‑
mica no mundo socialista, ao lado de Cuba e do Vietnã.
(64) A produção do espaço na União Soviética se fundamen‑
tava na estatização dos meios de produção e no poder
do proletariado, expresso na ditadura de partido único
com rígido controle sobre a sociedade.
Resposta: Soma = 73
41.(UFPI­‑PI)
Deve entender­‑se por carisma a qualidade extraordinária
de uma personalidade... A dominação carismática subverte o
passado e é neste sentido especificamente revolucionária. É le‑
gítima na medida em que o carisma especial encontra reconhe‑
cimento, e dele carecem os homens de confiança, os discípulos,
o séquito. Quando o que se leva em conta é o carisma, não se
pode falar de uma livre eleição de um sucessor, senão de um
“reconhecimento” de que existe o carisma no pretendente à su‑
cessão... A designação pelo próprio senhor de um sucessor ou
representante é uma forma muito adequada da conservação da
continuidade do domínio em todas as organizações originaria‑
mente carismáticas tanto proféticas como militares...
Disponível em: ‹http://almanaque.folha.uol.com.br/filosofiaweber1.htm›
Acesso em: 20 ago. 2009.
História geral e do Brasil
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Líderes carismáticos no Brasil e na América Latina foram co‑
muns no período populista, ou seja, na passagem para o pro‑
cesso de modernização das sociedades latino­‑americanas.
De acordo com a definição acima, do teórico alemão Max We‑
ber, podemos citar como lideranças carismáticas, apenas:
a) Getulio Vargas, Juan Perón, Mão Santa.
b) Fernando Collor, George Bush e Paz Estensoro.
c) Getulio Vargas, Lázaro Cárdenas e Juan Perón.
d) Mão Santa, Alberto Silva e Paz Estensoro.
e) Lázaro Cárdenas, Juscelino Kubitschek e Fernando Hen‑
rique Cardoso.
Resposta: C
42.(UFBA­‑BA)
Vivemos num mundo muito diferente daquele em que
nossos bisavós viveram. De lá para cá, as mudanças foram
muitas. Hoje, por meio do fax, pode­‑se enviar uma carta ao
Japão em menos de um minuto. Com um telefone celular,
pode­‑se conversar com alguém que esteja sentado no ban‑
co de uma praça. Pela Internet, pode­‑se visitar o Louvre —
um museu francês que contém obras de artistas de diferen‑
tes épocas e de várias partes do mundo — sem sair de casa.
Hoje é possível também viajar em trens e aviões muito mais
velozes do que os que nossos bisavós conheceram. Se com‑
pararmos o modo de se vestir e de se enfeitar do tempo dos
nossos bisavós com o atual, veremos que aí também houve
mudanças acentuadas. [...] Para muitas pessoas, a Histó‑
ria lembra apenas velharia, túmulos de reis, cidades em
ruínas, papéis roídos por ratos. Lembra um passado frio,
distante, morto. Mas a ideia que temos de História é outra.
Acreditamos que faz sentido estudar o passado porque ele
nos ajuda a compreender o presente.
BOULOS JÚNIOR, 2004. p. 8­‑9.
Com base no texto, indique dois componentes indispensá‑
veis à construção do conhecimento histórico.
Resposta:
- Mudanças de conceitos, práticas e hábitos.
- Permanências de conceitos, instituições.
- Relação passado/presente.
- Uso de fontes escritas, iconográficas, orais, eletrônicas, digitais.
- Interdisciplinaridade: inclusão de conteúdos de outras ciên‑
cias como apoio à construção do conhecimento histórico.
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