Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Título: Educar para o combate à Dengue: evolução do vírus e transmissão da doença. Autor: Cristiane Hansen Mota Disciplina/Área: Ciências Escola de Implementação do Projeto e sua localização: Colégio Estadual Ayrton Senna da Silva Município da escola: Foz do Iguaçu Núcleo Regional de Educação: Foz do Iguaçu Professor Orientador: Rose Meire Costa Brancalhão Instituição de Ensino Superior: UNIOESTE-Cascavel Relação Interdisciplinar: ARTES Resumo: A presente Unidade didática tem como objetivo educar para o combate à Dengue, explorando de que forma se dá a evolução do vírus e a transmissão da doença. Assim, a expectativa é de contribuir no debate sobre a Dengue, de forma a fornecer subsídios para aulas de Ciências, através do desenvolvimento de atividades lúdicas presentes na unidade. Para abordar a questão ”O vírus é um ser vivo?” será apresenta uma experiência com sementes em meio úmido e seco, usando garrafa “pet” como recipiente. Na sequência das atividades propostas, será construída a estrutura viral e seus componentes com garrafa “pet” papel dobradura e fios dobráveis. Para representar o vírus da Dengue, sua estrutura será produzida com material emborrachado, tipo EVA, destacando partes constituintes. No conteúdo que trata da replicação viral, serão utilizados recursos tecnológicos, como vídeos com animações que retratam o assunto de maneira a facilitar a compreensão. Em seguida, será produzida uma curta animação sobre a replicação do vírus da Dengue, no laboratório de informática. Para a compreensão do ciclo do vírus da Dengue no Aedes aegypti e no ser humano serão utilizados os gêneros textuais HQ (história em quadrinhos) e Tira humorística, interpretando a linguagem verbal, não verbal, a relação com o conteúdo em destaque e também os efeitos de sentido produzidos pelos textos. Finalizando as atividades da proposta, serão destacados os tipos de Dengue e seus sintomas. Para isso, serão usados os recursos das artes cênicas, dramatizando o assunto. Os trabalhos produzidos, bem como, a dramatização serão expostos à comunidade escolar. Palavras-chave: Vírus-Dengue- transmissão- ludicidade Formato do Material Didático: UNIDADE DIDÁTICA Público: Turmas de 7° ano do Ensino Fundamental 1. INTRODUÇÃO A Dengue é uma preocupação nacional, esta doença infecciosa vem se proliferando no Brasil, onde as condições climáticas e as características urbanas favorecem o desenvolvimento do mosquito transmissor. Todos os anos o assunto ganha destaque na mídia, devido aos altos índices de casos, em 2013, houve um aumento de 190% em notificações, em comparação a igual período de 2012. As regiões Centro-Oeste e Sudeste lideram em número de notificações e a região Sul apresenta a quarta colocação, sendo que no Paraná houve um aumento alarmante de casos, 3.235%, no período (Organização Pan-Americana da Saúde, 2013); e a tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai) se apresenta como um lugar de risco, devido ao trânsito constante de pessoas, oriundas de várias regiões do Brasil e do mundo, a falta de cuidado da população com a proliferação do mosquito transmissor e muitos outros fatores que, de certa forma, contribuem para a disseminação da doença (SESA, 2012). No Brasil a Dengue está vinculada ao saneamento doméstico, já que 90% dos focos do mosquito encontram-se nas residências (BRASIL, 2002b). Diante disto, ações educativas que informem a população se apresentam como fundamentais no controle e prevenção da doença, e a escola é um espaço ideal para o desenvolvimento de ações voltadas à educação em saúde, que visem minimizar o impacto da transmissão de dengue no país e evitar os óbitos por essa enfermidade. Dentro deste prisma, a presente Unidade Didática tem por objetivo levar o conhecimento sobre o patógeno responsável pela Dengue, seu ciclo de vida, características e transmissão. Para tanto, serão desenvolvidas atividades lúdicas que vão desde a confecção de material didático explicativo às dramatizações. O lúdico favorece as relações de interação do educando com os conteúdos estabelecendo elos de harmonia com atividades que despertem o prazer em aprender e sensibilizem para tal assunto, ocasionando uma melhor tomada de conscientização. A ludicidade aplicada à prática pedagógica contribui para a aprendizagem do aluno, e possibilita ao educador tornar suas aulas mais dinâmicas e atraentes. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 VÍRUS SÃO SERES VIVOS? Vírus é uma palavra de origem latina que significa “veneno” ou “toxina”, já que estes organismos causam doenças em humanos e em outros seres vivos (animais, plantas, bactérias e fungos). Estudos indicam que os vírus podem ter se originado de fragmentos de ácidos nucleicos que escaparam de algumas células e penetraram em outras, o que justificaria a especificidade viral, por exemplo, vírus de planta só infecta planta, da mesma forma que vírus de animais e bactérias. Ainda, no organismo um tipo de vírus infecta determinados tipos de células, é o caso do vírus da caxumba, que ataca as células das glândulas salivares ou parótidas, e o vírus da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) que infecta células de defesa do nosso organismo, como leucócitos. Os vírus não possuem organização celular e só conseguem se reproduzir graças à energia metabólica fornecida por uma célula, dita hospedeira; por isso, são parasitas intracelulares obrigatórios e fora das células podem se cristalizar, como minerais. Esse aspecto provoca uma breve discussão, é o princípio entre “o vivo e o não vivo”. Além disso, os vírus não pertencem a nenhum dos cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia) ou aos três domínios (Eubacteria, Archaea e Eukaria), e não apresentam organização celular (procariótica e eucariótica). Portanto, para muitos estudiosos, os vírus não são considerados seres vivos, seriam “agentes patogênicos”, por causarem doenças e pelo fato de não terem metabolismo próprio. Entretanto, os vírus apresentam algumas características básicas de seres vivos: 1. Reprodução ou replicação, onde se utilizam da maquinaria enzimática de uma célula hospedeira; 2. Hereditariedade, os vírus apresentam seu próprio material genético, na forma de ácido desoxirribonucleico (DNA) ou ácido ribonucleico (RNA), que armazena as características hereditárias; 3. Mutação, o material genético viral sofre mutações (modificações) frequentes, como nos demais seres vivos1, e estas podem melhor adaptá-lo, ou não, ao seu hospedeiro e condições do meio; 4. Evolução, esta acontece por meio de dois fatores, mutação (colocado anteriormente) e seleção natural (o ambiente determina o organismo com maior capacidade de sobrevivência e reprodução). 1 Exemplos de mutações em humanos: Albinismo, Síndrome de Down, Síndrome de Patau. Estes já são aspectos importantes e suficientes para considerá-los seres vivos; no entanto, as divergências permanecem. Pode-se considerar, de forma análoga para comparação entre vivo e não vivo, o comportamento de algumas bactérias, como a do botulismo (Clostridium botulinum) e sementes de vegetais. C. botulinum formam estruturas de resistência, denominadas esporos, quando as condições não são propícias ao seu desenvolvimento e, permanecem neste “estado latente de vida” (não crescem e não reproduzem), até que o ambiente volte a fornecer condições ideais ao seu metabolismo. Sementes de vegetais também são estruturas de resistência que protegem o embrião, este irá se desenvolver no vegetal, somente quando houverem condições favoráveis. As sementes podem permanecer neste estado de dormência2 por anos e para terem vida longa precisam estar bem secas e guardadas em local sem excesso de calor, umidade e luminosidade. Exemplos do tempo de duração de algumas sementes: abóbora, 4 a 6 anos; pepino, 7 a 8 anos; alface, 3 a 5 anos; cenoura, 3 anos; tomate, 4 anos; pimentão, 4 anos; brócolis e couve-flor, 5 anos. (Atividade 01Sementes X Vírus). Ressalta-se que as discussões entre classificar o vírus ou não como um ser vivo, vão além da teoria celular do século XIX, que considerava basicamente as seguintes características: todos os seres vivos tem organização celular; toda célula se origina de outra preexistente; a célula é a menor porção da matéria viva capaz de realizar as diversas funções que mantém vivo um organismo. Assim, tendo em vista os avanços da Ciência, essa definição de ser vivo já se apresenta superada. 2.2 Estrutura Os vírus são seres bastante simples e de tamanho microscópico, entre 0,01 µm3 e 0,9 µm, sendo menores que as menores células que se tem conhecimento e, para sua visualização, utiliza-se, em geral, o microscópio eletrônico. “Eles são tão diminutos que levaria de 30.000 a 750.000 deles, lado a lado, para medir um centímetro!” 2 Estado dos órgãos, principalmente dos vegetais, cujas condições climáticas ou fisiológicas impedem temporariamente o desenvolvimento. Uma fase de repouso, de hibernação das plantas, durante condições desfavoráveis ao seu crescimento. 3 Micrômetro é um submúltiplo do metro e corresponde à milésima parte do milímetro. Conforme colocado anteriormente não apresentam uma organização celular são, portanto, organismos acelulares, constituídos principalmente pelo material genético (o ácido nucleico) e proteinas. O ácido nucleico pode ser DNA ou RNA, sendo possível encontrá-los em fita simples ou fita dupla, formando o genoma viral. As proteínas, que envolvem e protegem o genoma viral, forma o capsídeo. O conjunto capsídeo e ácido nucleico denomina-se nucleocapsídeo. O capsídeo é assim constituído por várias moléculas de proteínas, idênticas, chamadas capsômeros. O arranjo dos capsômeros pode ser icosaédrico (com 20 lados), helicoidal ou mais complexo. A estrutura do capsídeo tem sido elucidada por meio da microscopia eletrônica e de uma técnica chamada de cristalografia de RaioX; entretanto, destaca-se que os vírus apresentam uma grande diversidade de forma e tamanho. Nos vírus icosaédricos o capsídeo apresenta simetria de um polígono de vinte faces triangulares e o material genético encontra-se no centro do polígono. Os vírus helicoidais apresentam o capsídeo em forma de hélice, com o ácido nucleico no seu interior. Quando os vírus não são classificados como icosaédricos ou helicoidais são considerados vírus de estruturas complexas, alguns bacteriófagos (vírus que infectam bactérias) são desse grupo, pois, possuem uma morfologia poligonal no capsídeo e uma cauda esférica (figura 1). (Atividade 02- Estrutura viral). Figura 1: Morfologia de vírus. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/andreapoca/vrus-biologia>. Acesso em: 10 dez. 2013. Muitos vírus apresentam um envoltório lipoproteico, que circunda o nucleocapsídeo, sendo denominados vírus envelopados, como exemplo o vírus da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e o próprio vírus da dengue (figura 2), já os vírus sem envoltório são chamados de vírus não envelopados. Figura 2: Esquema estrutural do vírus da dengue. <http://viralzone.expasy.org/all_by_species/43.html>. Acesso em 09 dez. 2013. Disponível em: 2.3. Vírus Da Dengue A palavra Dengue é o homônimo espanhol da expressão “ki denga pepo”, usada pelos nativos da região do Caribe e que significa “cãibra súbita causada por espíritos maus". 2.3.1 Estrutura O vírus da Dengue, família Flaviviridae e gênero Flavivirus, é um arbovírus (aquele que é transmitido por insetos ou outros artrópodes) esférico, semelhante a uma bola de golfe, com 50 nm de diâmetro, no centro do vírus está o nucleocapsídeo (constituído por uma fita simples de RNA viral mais proteínas), circundado pelo envelope com formato icosaédrico, constituído por uma bicamada de fosfolipídios, oriundo da célula hospedeira. Ainda, proteinas, denominadas E e M, estão no envelope viral e atuam na entrada do vírus na célula hospedeira humana. (Atividade 03- Estrutura do Vírus da Dengue). O vírus da Dengue apresenta quatro tipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), e todos podem causar tanto a forma clássica da doença, quanto a dengue hemorrágica. 2.3.2 Reprodução Ao contrário da grande maioria dos seres vivos, os vírus não se dividem e a reprodução de novos vírus ocorre por montagem, após duplicação de seus constituintes, no interior da célula hospedeira infectada. (Atividade 04- Reprodução do Vírus da Dengue na Célula). Assim, a reprodução do vírus da Dengue inicia-se com: 1-) Fixação do vírus na membrana da célula hospedeira. 2-) Penetração do vírus no citoplasma celular, após o reconhecimento, o vírus penetra na célula, por endocitose. 3-) Destruição dos envoltórios virais e liberação do RNA viral no citoplasma. 4-) Produção de proteínas virais, o RNA viral orienta a produção de proteínas e demais componentes virais (como o capsídeo). 5-) Multiplicação do material genético, produzindo novas moléculas de RNA viral. 6-) Montagem do vírus. Assim, a montagem dos vírus ocorre no citoplasma da célula hospedeira, que no caso da Dengue podem ser células dentríticas residentes na pele, monócitos, macrófagos e células de Langerhans, os RNAs recém-formados interagem com proteínas virais, formando os novos nucleocapsídeos, e o envelope viral, depois de montado os vírus são liberados para fora da célula, podendo infectar novas células. Este processo tem a duração de 4 a 7 dias onde à pessoa contaminada apresentará os sintomas típicos de virose. (Atividade 04- Reprodução do Vírus da Dengue). 2.3.3 Transmissão do Vírus da Dengue para o Mosquito. Quem contamina o mosquito Aedes aegypti com o vírus da dengue é o ser humano. Assim, o ciclo de transmissão do vírus se inicia quando o mosquito pica uma pessoa infectada, o patógeno deve estar presente no sangue, período denominado de viremia, (quando o homem estará apto a infectar o mosquito) e ocorre um dia antes do aparecimento da febre e vai até o sexto dia da doença. Dentro do A. aegypti, o vírus multiplica-se no intestino médio e depois passa para outros órgãos, como os ovários, o tecido nervoso e as glândulas salivares, de onde poderá sair para contaminar uma pessoa. Entre 8 a 12 dias o mosquito fêmea, poderá transmitir a doença (Atividade 05- Ciclo de Vida do Vírus da Dengue no Inseto). 2.3.4 Transmissão do Vírus da Dengue para o Humano A transmissão da doença é feita através da picada de Aedes aegypti fêmea (previamente contaminada por uma pessoa infectada), que suga o sangue para fornecer os nutrientes necessários ao desenvolvimento dos ovos (figura 3). Durante a picada o inseto libera saliva, que tem uma série de substâncias analgésicas e anticoagulantes, que o ajudam a não ser notado e a conseguir sugar o maior volume possível de sangue (figura 4). (ATIVIDADE 06- Aedes aegypti). Figura 3- Fotografia de fêmea do mosquito Aedes, sugando sangue humano, notar o abdômen do inseto cheio de sangue. Disponível em: <http://gauchaopina.blogspot.com.br/2012/07/doencascausadas-por-virus-dengue.html>. Acesso em: 06 dez 2013. Neste processo, as partículas virais, presentes na glândula salivar de A. aegypti, são injetadas diretamente na corrente sanguínea da pessoa, e os vírus penetram e se multiplicam nas células de órgãos específicos, como baço, fígado e tecidos linfáticos. Este período é conhecido como incubação e dura de quatro a sete dias. Depois o vírus volta a circular na corrente sanguínea e pouco depois, ocorrem os primeiros sintomas. Conforme Informações da Fiocruz (2013): “O vírus também se replica nas células sanguíneas e atinge a medula óssea, comprometendo a produção de plaquetas (elemento presente no sangue, fundamental para os processos de coagulação)”. Durante sua multiplicação, formam-se substâncias que agridem as paredes dos vasos sanguíneos, provocando uma perda de líquido (plasma). “Quando isto ocorre muito rapidamente, aliado à diminuição de plaquetas, podem ocorrer sérios distúrbios no sistema circulatório, como hemorragias e queda da pressão arterial (choque) - este é o quadro da dengue hemorrágico.” Assim, é importante ressaltar que o mosquito transmite o vírus da dengue depois de picar uma pessoa infectada e esta é capaz de contaminar A. aegypti nos 5 primeiros dias em que aparecem os sintomas. Ainda, uma fêmea pode picar até 300 pessoas antes de morrer, o que potencializa a dispersão viral. Também, a fêmea pode passar o vírus para seus ovos, dando origem a mosquitos que já nascem com o vírus da dengue, sem haver necessidade de picarem uma pessoa contaminada. (Atividade 07- Ciclo Infeccioso da Dengue no Humano). Figura 4- Infecção pelo vírus da dengue após sua injeção subcutânea na pele pelo mosquito. Verificar a liberação das partículas virais (DENV) no interior da pele, que infectam algumas células aí localizadas (como macrófagos e células dendríticas - DC) e ativam uma resposta imune local (defesa), que tenta combater o vírus. Mas o vírus consegue escapar, via sistema linfático, estabelecendo a infecção sistêmica. A resposta imune local ocorre durante muitos dias antes de qualquer sinal severo de infecção. Disponível em: <http://www.nature.com/nrmicro/journal/v11/n6/fig_tab/nrmicro3030_F2.html>. Acesso em: 08 dez. 2013. 2.3.5 Tipos de Dengue e Sintomas O vírus da Dengue (DENV) é um patógeno humano que causa uma doença severa e potencialmente fatal. Existem quatro sorotipos diferentes de dengue: o DEN-1, o DEN-2, o DEN-3, o DEN-4, os sintomas são bem parecidos, assim o humano se contamina uma única vez pelo mesmo vírus. De acordo com algumas pesquisas, o DEN-3 é o mais virulento, no entanto a gravidade da virose pode estar na intensidade da replicação do vírus no indivíduo. Segundo dados da Fiocruz (2013): “o Den-3 parece ser o tipo mais virulento, isto é, o que causa formas mais graves da moléstia, seguido pelo Den-2, Den-4 e Den-1. A virulência é diretamente proporcional à intensidade com que o vírus se multiplica no corpo. O tipo 1 é o mais explosivo dos quatro, ou seja, causa grandes epidemias em curto prazo e alcança milhares de pessoas rapidamente.” A doença causada por qualquer um dos tipos de vírus pode variar apresentando-se de diversas formas, tais como: • Dengue clássica, o doente apresenta febre alta, dores de cabeça, cansaço, dores musculares e nas articulações, enjoos, vômitos, manchas vermelhas na pele (figura 5). Com duração em média de uma semana; • Febre hemorrágica da dengue possui sintomas semelhantes ao da clássica, porém ocorre o aparecimento de manifestações hemorrágicas espontâneas; • Síndrome do choque da dengue neste tipo de apresentação da doença a pessoa apresenta queda ou ausência de pressão arterial, perda de consciência, insuficiência hepática e problemas cardiorrespiratórios, podendo levar ao óbito entre 12 a 24 horas. Figura 5- Esquema comparativo dos sintomas da dengue clássica e hemorrágica, e tratamentos. Disponível em: <http://www.passenovestibular.com.br/blog/?p=3031>. Acesso em: 07 dez. 2013. 3. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Kattiúscia. Portal da Saúde. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/10535/162/dengue-recua-masprevencao-deve-ser-mantida.html>. Acesso em: 22 nov. 2013. BRASIL. Caderno de Atenção Básica. Vigilância em Saúde. Brasília – DF, 2008. Disponível em: < http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/abcad21.pdf >. Acesso em: 22 nov. 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose. Cadernos de Atenção Básica - n.º 21. Brasília – DF. 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília – DF, 2009. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/diretrizes_epidemias_dengue_11_02_1 0.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2013. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. CANTO, Eduardo Leite. Ciências Naturais, aprendendo com o cotidiano. 3 ed. São Paulo. Moderna, 2009. CASTELA, Greice da Silva (Org.); BARREIROS, Ruth Ceccon; MACHOPE, Elenita Conegero Pastor. Leitura crítica Sanimar Busse. – Cascavel: ASSOESTE, 2011. DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de Ciências fundamentos e métodos. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2009. FIOCRUZ. Dengue. Disponível em: <http://www.invivo.fiocruz.br/dengue/virus_4_pt.htm>. Acesso em: 07 dez 2013. LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. Os seres vivos. v.2. São Paulo: Ática, 2010. KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino Biologia. 4. ed. rev. E ampl, 1 reimpr.São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lúdico, educação e educação física. 2ed. Ijuí. Ed Unijuí, 2003. 230 pg. (Coleção Educação Física). MOEHELECKE, Renata. Doenças negligenciadas. Disponível em: <http://www.agencia.fiocruz.br/dengue-informacao-e-acoes-efetivas-ajudamcombater-a-doenca>. Acesso em: 22 nov. 2013. OLIVEIRA, Lucas Miranda. Estudo dos Mecanismos Envolvidos nas alterações Cardíacas e um Modelo Murino de Dengue (DEN-3), 2012. Belo Horizonte- MG REIS, Claudia Pereira de Souza et al. 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Método: • Construir recipientes com garrafas pet em forma de vaso, fazendo um furo embaixo para dar vazão à água, na sequência colocar aproximadamente 400 g de terra e plantar de 3 a 4 sementes em cada recipiente; • Adicionar 30 mL de água e explicar sua necessidade, juntamente com a terra, para a germinação da semente. Regar pelo menos uma vez ao dia. A água e a terra são elementos fundamentais nesse processo. Existem na terra algumas substâncias, denominadas nutrientes, por exemplo, nitrogênio, fósforo e potássio, essenciais ao crescimento sadio das plantas. As plantas absorvem essas substâncias dissolvidas em água, através de suas raízes. • Observar o processo de germinação das sementes a cada dois dias, o tempo de germinação é de aproximadamente 3 a 4 dias. • Deixar algumas sementes em lugar seco e sem iluminação (pode ser em um saco de papel) e verificar o que acontece quando elas não apresentam as condições básicas (terra e água); • Fazer a analogia desta experiência da semente com o vírus, ou seja, é necessário fornecer condições (terra e água) para que a semente germine, cresça e produza, do contrário, ela permanecerá dormente. No caso dos vírus estas condições são uma célula, que fornece, por exemplo, nutrientes e enzimas, para seu crescimento e reprodução. • Assistir ao vídeo “Vírus - (Khan Academy)”, tempo de 22 minutos. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=M6Ho9xbmXAo>. Acesso em: 07 dez. 2013. ATIVIDADE 02- ESTRUTURA VIRAL Objetivos: • Explicar a estrutura viral, utilizando-se de material alternativo; • Representar os genomas virais (DNA e RNA); • Identificar as formas do capsídeo icosaédrico, com a produção de dobraduras; • Construir a forma do capsídeo helicoidal com garrafa pet. Materiais: • Fios elétricos de espessura fina (branco e vermelho com aproximadamente 15 cm); • Garrafas pet transparentes (500 mL), 02 unidades; • Palito utilizado para fazer espetinho, (uma unidade); • Arame de espessura fina e de 15 cm de comprimento; • Molde do icosaédrico (figura 3); • Tesoura e cola; • Papel dobradura (uma folha). Obs: A quantidade fornecida é para a confecção de um modelo de vírus de DNA e um de RNA. Método: • Confeccionar os modelos dos genomas virais, no caso do DNA utilizar dois fios elétricos de mesma cor, que devem ser torcidos em formato de espiral (figura1A), no caso do RNA de fita simples utilizar apenas um fio elétrico torcido em formato de espiral para representar o material genético do vírus da Dengue (figura 1B); • Na representação do capsídeo, utilizar as partes inferiores de duas garrafas pet, que devem ser cortadas e depois unidas como mostra à imagem na figura 2A e 2B); • Produzir dobraduras representando a forma do vírus icosaédrico, a partir do molde na figura 3. Figura 1A: Modelo de molécula de DNA em fios de eletricidade. Figura 1B: Modelo de molécula de RNA em fios de eletricidade. Figura 2- Em:A, garrafas pet e garrafas com a parte inferior cortada (você vai precisar de 2 garrafas para cada modelo). Em B, colocação do material genético no seu interior. www.pdb.org • [email protected] #UTOUTTHEPROTEINSTRUCTUREANDFOLDALONGTHEINSIDELINESTOFORMAN ICOSAHEDRON4HENGLUETHEFLAPSINTOPLACE )MAGEMADEUSING#()-%2!WWWCGLUCSFEDUCHIMERA 0$")$KR+UHN2*:HANG72OSSMANN-'0LETNEV36#ORVER*,ENCHES%*ONES#4-UKHOPADHYAY3#HIPMAN023TRAUSS%' "AKER433TRAUSS*(3TRUCTUREOFDENGUEVIRUSIMPLICATIONSFORFLAVIVIRUSORGANIZATIONMATURATIONANDFUSION#ELL Figura 3- Dobradura que representar um modelo estrutural do vírus icosaédrico da Dengue. Disponível em: <http://www.rcsb.org/pdb/education_discussion/molecule_of_the_month/download/denguefevervirusmodel.pdf>. Acesso em: 08 dez 2013. ATIVIDADE 03 - CONHECENDO O VÍRUS DA DENGUE Objetivo: • Reconhecer a estrutura do vírus da Dengue (envelope viral, capsídeo e RNA). Materiais: • EVA, três folhas de cores diferentes; • Lápis, régua, canetas coloridas; • Tesoura sem ponta e cola; • Modelo do vírus da Dengue. Método: • Reproduzir a forma do vírus da Dengue em material emborrachado EVA (modelos nas figuras 1 a 4), cada componente viral será produzido em cor diferente, de forma a facilitar sua identificação. Fica a critério do professor ampliar ou não as figuras abaixo, que servirão de molde para a atividade; • Expor nos murais do colégio as formas construídas, bem como as indicações de cada parte constitutiva do mesmo. Figura 1- Modelo para a criação do molde em EVA representando o envelope viral. Figura 4- Modelo viral montado. Figura 2- Modelo para a criação do molde em EVA representando o RNA viral. Figura 3- Modelo para a criação do molde em EVA representando o capsídeo viral. Capsídeo + RNA = nucleocapsídeos. ATIVIDADE 04 - REPRODUÇÃO DO VÍRUS Objetivo: • Compreender o processo de replicação do vírus da Dengue através de uma animação em vídeo; • Reproduzir, com o auxílio de recurso tecnológico (Power Point), uma animação que represente o processo de replicação do vírus. Materiais: • TV pen drive; • Pen drive; • Laboratório de informática. Método: • Exibir o vídeo explicativo sobre a replicação do vírus da Dengue, com duração de 5 minutos. Disponível em <http://www.fiocruz.br/inct-idn/templates/htm/inctidn/img_template/animacoes/dengue/ciclo-replicacao-viral-port.swf>. Acesso em: 22 nov. 2013; • Explicar o processo de replicação do vírus; • Produzir uma curta animação, no programa Power Point, sobre a replicação do vírus (seguir o passo a passo abaixo). 1. 2. 3. 4. Para produzir a animação abra o Power Point 2010; Apague as caixas de texto dentro do primeiro slide; A seguir, cole no slide a imagem desejada para a animação; No menu “Pagina inicial”, vá até o submenu desenho, lá você poderá escolher formas geométricas que serão utilizadas no processo, como por exemplo, o circulo para a célula e o hexágono para o vírus; 5. Vá até o canto esquerdo da tela e clique com o botão direito do mouse sobre a miniatura do slide e clique com o botão esquerdo do mouse sobre a opção “duplicar slide”; 6. No slide criado, arraste a imagem a uma curta distância da posição inicial; 7. Vá até a miniatura do último slide criado e clique com o botão direito do mouse para novamente duplicar o slide. Para aumentar o número de imagens repita o processo descrito no item 4; 8. Repita esse processo até que você tenha completado todo o movimento desejado para a imagem; 9. A seguir, vá até o canto superior da tela e clique sobre a aba “apresentação de slides”; 10. Estando dentro dela, clique no ícone “configurar apresentação de slides”; 11. Marque a opção “ repetir ” até que “Esc ” seja pressionado; 12. Vá até a aba “Transições ” e marque a opção “ após ”; 13. Ao lado direito desta terá uma caixa de texto onde poderá ser controlado o tempo de reprodução dos slides; 14. Para uma animação com movimentos rápidos coloque um tempo curto (0,15 segundos) e para a animação que exige um movimento mais lento, coloque um tempo maior; 15. Desmarque a opção “ao clicar com o mouse” e para finalizar clique sobre o botão “aplicar a todos”; 16. Pressione a tecla F5 para a apresentação dos slides. Sugestão de animação: as figuras abaixo representam a reprodução dos vírus, construídas a partir do passo a passo descrito acima. O vírus se aproxima da célula. O vírus infecta a célula. O vírus libera o RNA na célula. Formação de novos vírus. ATIVIDADE 05- TRANSMISSÃO VÍRUS X MOSQUITO Objetivo: • Compreender, através de uma história em quadrinhos, o processo de transmissão do vírus da Dengue para o mosquito Aedes aegypti. Materiais: • História em quadrinhos impressa em folha A-4. Método: • Distribuir uma cópia da história em quadrinhos (HQ) intitulada “DENV e o Aedes aegypti”; • Realizar leitura das imagens, bem como, do texto verbal; • Em grupos apresentar a releitura da HQ através de ilustração. Nessa atividade, cada grupo, representará o enredo da história de sua maneira, destacando a transmissão do vírus no A. aegypti. ATIVIDADE 06- Aedes aegypti Objetivo: Reconhecer o transmissor da Dengue utilizando-se de dobraduras. Materiais: • • Papel dobradura preto (uma folha); Lápis, cola, tesoura e compasso. • • Método; Distribuir uma folha de papel dobradura preto e a folha do modelo abaixo; Seguir o passo a passo descrito na folha modelo. (amplie se desejar) Dobradura do aedes. Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/-xbqiW0V-fh8/UBbyYaD26I/AAAAAAAASDM/vHXKNjAnkk0/s1600/ORIGAMI+-+MOSQUITO+DA+DENGUE.jpg>. Acesso em: 07 dez. 2013. Atividade 07- Ciclo Infeccioso da Dengue no Humano. Objetivo: • Perceber através da Leitura da tira humorística como se dá o processo de transmissão do vírus da Dengue no ser humano. Materiais: • Tira humorística impressa em papel sulfite; • Pen drive; • Caderno, lápis e borracha. Método: • Distribuir para cada educando a tira humorística; • Exibir na TV pen drive a tira: “Tô nem aí”, para facilitar a visualização e exploração do texto; • Propor a um aluno fazer a leitura do texto; • Após a Leitura verbal da tira humorística, explorar o humor gráfico através das imagens e palavras; • Explicar o ciclo do vírus da Dengue no ser humano com base no texto; • Proporcionar um momento para que os educandos possam expor suas impressões acerca do entendimento do assunto proposto (dúvidas, opiniões, entre outros itens); • Propor que façam outras tiras humorísticas. ATIVIDADE 07-TIPOS DE DENGUE E SINTOMAS Objetivo: • Conhecer os tipos de Dengue e sintomas, por meio de dramatização. Material: • Caderno, lápis, borracha, pincel anatômico colorido; • Pneus velhos, latas, garrafas, vasos de flores, copos e tampinhas descartáveis e microfones; • Sala de apresentações (sala de Artes). Método: • Explicar através de texto escrito os tipos de Dengue e sintomas; • Produção de roteiro para a dramatização (modelo abaixo); • Depois propor a turma a dramatização do assunto; • Produzir cenário com pneus, latas, garrafas, vasos de flores, copos e tampinhas descartáveis; • Figurino: jaleco branco para a caracterização do médico, os demais personagens poderão vestir roupas habituais; • Realizar ensaios durante as aulas de Ciências (cerca de duas aulas); • Organizar a sala para a apresentação. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Modelo de roteiro para dramatização: Ler sobre os sintomas da Dengue para toda a turma; Sugestão de enredo: uma criança circula tranquilamente pelo seu bairro, passa por terrenos baldios, com a presença de muitos recipientes cheios de água, como pneus, latas e garrafas, apresentando larvas do mosquito da Dengue. Ela é infectada pelo vírus da Dengue e não percebendo a picada do mosquito começa a passar mal. Seus pais imediatamente percebem que algo está errado e saem em busca de atendimento médico. Chegando ao consultório médico se deparam com mais pessoas com os mesmos sintomas (febre alta, dores musculares e abdominais). O médico diagnostica os sintomas como sendo da Dengue, com muita cautela o doutor explica aos pais as formas de apresentação da doença. O médico faz um alerta às autoridades de Saúde, pois, há uma epidemia de Dengue na cidade. Com isso, os agentes de saúde começam um trabalho de orientação, limpeza e fiscalização dos terrenos. A partir daí a comunidade do bairro passa a perceber a importância de manter limpos os locais, evitando a proliferação do mosquito da Dengue. Assim, os moradores combinam um mutirão de limpeza no bairro. Organizar o cenário com pneus, latas cheia de água, garrafas e outros materiais ilustrando as paisagens e ou ambientes interiores, colaborando para a compreensão do tema; Após esses preparativos, o professor verificará como está a dramatização, verificando os pontos a serem corrigidos para a apresentação final; Organizar a Sala de Artes, verificando cadeiras, palco, cenário e outros detalhes; Convidar algumas turmas do colégio, bem como, a equipe pedagógica para assistirem a dramatização. Obs.: O professor e os educandos poderão criar os diálogos que acharem necessários. Deixar fluir a imaginação dos alunos para desenvolver e incrementar a história.