Biossegurança O profissional da saúde, neste caso o estudante da

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Biossegurança
O profissional da saúde, neste caso o estudante da área de saúde, deve
desenvolver práticas de segurança própria e para com os pacientes.
Atualmente tem crescido o interesse pela segurança pessoal
principalmente acerca dos riscos em algumas doenças infectocontagiosas como a AIDS, Hepatite B Tuberculose, Varicela, Herpes,
Meningite e Rubéola. Os cuidados necessários aos estudantes de
medicina são discutidos abaixo
A. Modos de transmissão para o estudante/trabalhador no setor saúde :
Transmissão por contato: A forma mais comum de transmissão, divide-se em dois subgrupos:
contato direto e contato indireto.
1. Transmissão por contato direto
Ocorre quando microorganismos são transferidos de um paciente infectados ou em período de
incubação para o trabalhador sem que haja uma pessoa ou objeto contaminado intermediário. As
oportunidades para transmissão por contato direto entre pacientes e profissionais de saúde são:
•
Sangue ou outros fluidos corporais contendo sangue de um paciente entrando diretamente no
corpo (acidente perfurante) com um profissional de saúde ou
Por contato (aspersão acidental de gotículas muitas vezes diminutas e de difícil percepção)
com uma membrana mucosa (conjuntiva ocular e boca) ou por soluções de continuidade (por
ex.: cortes, abrasões) na pele.
artrópodes podem ser adquiridos pelo profissional de um paciente com sarna durante contato
direto sem luvas.
a transmissão de Herpes simples (HSV) para um profissional de saúde ao tocar lesões em um
paciente sem usar luvas.
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2. Transmissão por contato indireto
É a transmissão de um agente infeccioso por meio de uma pessoa ou objeto intermediário
contaminado. São oportunidades para a transmissão por contato indireto:
dispositivos para a assistência aos pacientes (por ex.: termômetros eletrônico, dispositivos de
monitoração da glicose) desinfetados incorretamente geram contaminação ao trabalhador.
instrumentos desinfetados incorretamente geram contaminação ao trabalhador (por ex.:
endoscópios ou instrumentos cirúrgicos).
Roupas, uniformes ou aventais de isolamento usados como equipamento de proteção
individual (EPI) podem ficar contaminados por patógenos potenciais após o atendimento de
um paciente colonizado ou infectado por um agente infeccioso (por ex.: MRSA, VRE, e C.
difficile).
3. Transmissão por gotículas
Gotículas são tradicionalmente definidas como sendo maiores do que 5 µm e são geradas quando uma
pessoa infectada tosse, espirra ou conversa, bem como durante procedimentos tais como aspiração,
entubação endotraqueal, indução da tosse e ressucitação cardiopulmonar. Todas estas situações são
comuns em setores de emergência. A área de risco definido tem sido uma distância menor ou igual a
1 metro (3 pés) em torno do paciente. Entretanto, estudos experimentais com a varíola e
investigações durante os surtos globais de SARS em 2003 sugerem que as gotículas dos pacientes
com estas duas infecções podiam atingir pessoas a 2 metros (6 pés) ou mais de distância da fonte.
A lista de doenças transmissíveis por gotículas que saem do paciente atingem aqueles que se
aproximam a menos de 2 metros é extensa.
4. Transmissão aérea
Ocorre pela disseminação de núcleos goticulares ou pequenas partículas que se propagam a uma
distancia bem maior que as gotículas discutidas anteriormente. A prevenção da disseminação de
patógenos transmitidos pela via aérea para os trabalhadores requer o uso de sistemas especiais de
ventilação e manuseio de ar (por ex.: AIIRs – quartos para isolamento respiratório) para conter e
remover com segurança o agente infeccioso. |O trabalhador que tem acesso ao ambiente em que se
aloja o paciente portador deve fazer uso de máscaras especiais: N95
5. Outras fontes de infecção
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A transmissão de infecção a partir de fontes outras que não indivíduos infectados incluem aquelas
associadas a fontes ou veículos ambientais comuns, como por exemplo, alimento, água ou
medicamentos (por ex.: líquidos para uso intravenoso) contaminados. A transmissão de agentes
infecciosos por vetores tais como mosquitos, moscas, ratos e outros vermes pode também ocorrer no
contexto da assistência à saúde.
B. Modos de proteção para o estudante/trabalhador no setor saúde:
1.Precauções padrão
Lavar a mão
antes e depois de tocar o paciente
após retirar luvas
após tocar sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções e ou objetos contaminados
Usar Luvas
Para tocar ou em situações de risco de contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e
excreções e ou objetos contaminados
Óculos de proteção, máscara cirúrgica
Quando houver risco de respingos em mucosa nasal, oral e conjuntival de sangue, fluidos
corpóreos, secreções e excreções
Capote
Quando houver risco de respingos de sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções.
Retira-lo imediatamente após o uso
2.Precauções para patógenos de transmissão por contato
Precaução padrão sendo que as luvas e capotes são usados em qualquer contato com o
paciente e não só nas situações de risco descritas (Para tocar ou em situações de risco de
contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções e ou objetos contaminados)
3.Precauções para patógenos de transmissão por gotículas
Precaução padrão sendo que a mascara cirúrgica comum deve ser usada sempre que
trabalhador aproximar a uma distancia menor ou igual a 1 metro do paciente fonte.
4.Precauções para patógenos de transmissão aérea
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O quarto de isolamento deve ter pressão negativa e uma serie de requisitos de segurança. Usar
mascar N95 ou similar para entrar no quarto
C. Modo de transmissão de acordo com o Patógeno:
1. Hepatite B
Transmissão por contato direto ou indireto com sangue e fluidos corpóreos do paciente fonte.
2. Hepatite C
Transmissão por contato direto ou indireto com sangue e fluidos corpóreos do paciente fonte.
3. Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV)
Transmissão por contato direto com sangue e fluidos corpóreos do paciente fonte.
4. Conjuntivite
A ceratoconjuntivite epidêmica ou conjuntivite purulenta causada por outros microorganismos pode
ser adquirida por contato direto com o paciente e do ambiente em torno dele, enquanto durarem os
sintomas.
5. Citomegalovírus
A citomegalovirose pode ser adquirida por contato direto enquanto durarem os sintomas.
6. Difteria
A transmissão do paciente para o trabalhador ocorre por gotículas a uma distancia de até 1 metro.
7. Gastrenterite
Transmissão por contato direto ou indireto com fluidos corpóreos do paciente fonte.
8. Vírus da Hepatite A (HAV)
Transmissão por contato direto ou indireto com fluidos gastro intestinais do paciente fonte.
9. Herpes Simples Vírus
Transmissão por contato direto com lesões do paciente fonte.
10. Sarampo
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Transmissão por gotículas muito pequenas em distancias muito maiores que 2 metros entre a paciente
fonte e o trabalhador.
11. Doença Meningocócica
Transmissão por gotículas oriundas de paciente fonte quando o trabalhador se aproxima a uma
distancia menor que 1 metro
12. Parotidite Epidêmica (caxumba)
Transmissão por gotículas oriundas de paciente fonte quando o trabalhador se aproxima a uma
distancia menor que 1 metro
13. Pertussis (coqueluche)
Transmissão por gotículas oriundas de paciente fonte quando o trabalhador se aproxima a uma
distancia menor que 1 metro
14. Poliomielite
Transmissão por contato direto ou indireto com fluidos gastro intestinais do paciente fonte.
15. Rubéola
Transmissão por gotículas oriundas de paciente fonte quando o trabalhador se aproxima a uma
distancia menor que 1 metro
16. Escabiose e Pediculose
Transmissão por contato direto ou indireto com a paciente fonte.
17. Tuberculose
Transmissão por gotículas muito pequenas em distancias muito maiores que 2 metros entre a paciente
fonte e o trabalhador.
18. Varicela
Transmissão por gotículas muito pequenas em distancias muito maiores que 2 metros entre a paciente
fonte e o trabalhador.
19. Infecções viróticas do trato respiratório por Influenza
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Transmissão por gotículas oriundas de paciente fonte quando o trabalhador se aproxima a uma
distancia menor que 1 metro
D. VACINAÇÃO
.
Como em recomendações prévias do CDC, cada recomendação é categorizada baseada em
dados científicos disponíveis, na racionalidade teórica, aplicabilidade, e no impacto econômico
potencial. Segue-se o sistema de categorização das recomendações:
Categoria IA. Fortemente recomendada para todos os hospitais e fortemente apoiada por
estudos experimentais bem-desenhados ou estudos epidemiológicos.
Categoria IB. Fortemente recomendada para todos os hospitais e revista por especialistas,
embora estudos científicos definitivos não tenham sido feitos.
Categoria II. Sugerida para implementação em muitos hospitais. As recomendações podem ser
apoiadas em estudos clínicos ou epidemiológicos sugestivos, numa forte racionalidade teórica, ou em
estudos definitivos aplicáveis a alguns, mas não a todos os hospitais.
Sem recomendação; matéria não resolvida. Práticas para as quais não existam evidências
ou consenso de eficiência.
a) Hepatite B
a. Administrar vacina anti hepatite B Categoria IA.
b. Realizar o teste de imunidade pós-vacinal para hepatite B, 1 a 2 meses após a 3a dose da
vacina IA.
c. Revacinar os indivíduos que não apresentarem resposta imunitária adequada após a primeira
série vacinal, com uma segunda série de 3 doses da vacina. Se mesmo assim não ocorrer
uma resposta imunitária ideal, encaminhar para avaliação de causas de não-resposta (ex:
infecção crônica pelo vírus da hepatite B). Categoria IB.
b) Difteria
Estimular a vacinação com a vacina dupla adulta (difteria /tétano) a cada 10 anos. Categoria IB.
c) Vírus da Hepatite A (HAV)
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Não vacinar rotineiramente contra a hepatite A. Os indivíduos susceptíveis, residentes em áreas
onde a hepatite A seja altamente endêmica, devem ser vacinados para se prevenir a aquisição
comunitária da doença. Categoria IB.
d) Sarampo
a) Assegurar que todo TAS tenha imunidade documentada ao sarampo.
1. Administrar vacina contra sarampo (MMR é a vacina de escolha; se for sabidamente imune a
um ou a mais componentes, vacina monovalente ou bivalente pode ser usada) a pessoas
nascidas a partir de 1957, a menos que elas apresentem evidência de imunidade ao sarampo.
Categoria IA.
e) Parotidite Epidêmica (caxumba)
Administrar vacina contra caxumba (MMR é a vacina de escolha) para todos os indivíduos sem
imunidade comprovada à doença, a menos que haja contra-indicação Categoria IA.
f). Pertussis (coqueluche)
1) Não administrar vacina da coqueluche. Categoria IB.
2) Sem recomendação a administração rotineira de vacina acelular da coqueluche.
Matéria não resolvida.
3) Oferecer, imediatamente, profilaxia antimicrobiana contra coqueluche a quem tenha
tido contato sem o uso de precauções padrão e intenso (isto é, íntimo, face-a-face)
com paciente que tenha síndrome clínica altamente sugestiva de coqueluche e cujas
culturas ainda estejam em andamento. Suspender a profilaxia se os resultados de
culturas ou outros testes forem negativos para coqueluche e o curso clínico seja
sugestivo de outra patologia Categoria IA.
g) Rubéola
1) Vacinar aqueles sem imunidade documentada à rubéola. Categoria IA.
h) BCG
1. Em locais associados com alto risco de transmissão do M. tuberculosis:
a) Considerar a vacinação com BCG em bases individuais, e apenas em locais onde (1) uma
alta proporção de isolados de M. tuberculosis seja resistente à isoniazida e à rifampicina, (2)
exista uma forte associação entre transmissão e infecção pelas cepas resistentes, e (3)
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tenham sido implementadas medidas de controle corretas mas que tenham falhado na
prevenção da transmissão nosocomial de TB.. Categoria II.
b) Não requisitar a vacinação com BCG como fator para emprego ou colocação em posto de
trabalho específico. Categoria II.
2. Explicar ao candidato à vacinação com BCG sobre os riscos e benefícios tanto da vacinação
quanto da profilaxia com drogas, incluindo (a) os dados variáveis sobre a eficácia da
vacinação, (b) as sérias complicações potenciais da vacinação em imunocomprometidos, tais
como os HIV-infectados, (c) falta de informação sobre quimioprofilaxia para TB por cepas
multirresistentes, (d) os riscos de toxicidade por droga em regimes de profilaxia com
múltiplas drogas, e (e) o fato da vacinação com BCG interferir no diagnóstico de TB
recentemente adquirida. Categoria IB.
3. Não vacinar aqueles de locais com baixo risco de transmissão do M. tuberculosis. Categoria
IB.
4. Não vacinar as grávidas ou imunocomprometidos com teste de PPD não reator. Categoria
II.
i) Varicela
a) Administrar a vacina aos suscetíveis, especialmente àqueles que terão contato com pacientes
de alto risco para complicações graves. Categoria IA.
j) Infecções viróticas do trato respiratório
a) Administrar anualmente a vacina contra influenza a todos, incluindo a gestante, antes do
período de ocorrência da doença, a menos que haja contra-indicação. Categoria I B.
b) Considerar o uso de profilaxia antiviral (ex: amantadina ou rimantadina) pós-exposição para
aqueles não vacinados durante epidemias de influenza, tanto na comunidade quanto dentro
dos hospitais, ou considerar administrar a vacina ao TAS não vacinado associado à profilaxia
antiviral pós-exposição durante 2 semanas após a vacinação. Categoria I B.
E. PROFILAXIA APÓS A EXPOSIÇÃO
1-Acidentes envolvendo perfuração com agulhas e similares contaminados com
fluidos corpóreos ou sangue e aspersão de gotículas de fluidos corpóreos ou
sangue em mucosas
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Quimioprofilaxia para HIV pode ser necessária e o tempo ótimo é até 2 horas após a
exposição.
Imunoglobulina e vacina para hepatite B pode ser necessária.
Recorra aos protocolos e suporte do local do acidente
2-Difteria
Administrar profilaxia antimicrobiana para quem tenha tido contato com gotículas respiratórias
ou com lesões cutâneas de pacientes infectados com difteria. Também administrar uma dose
da vacina dupla adulta para aquele exposto e previamente imunizado, que não tenha sido
revacinado dentro dos 5 anos precedentes. Categoria IB.
3- Hepatite A
Administrar imunoglobulina (0,02 mL/kg) aos que tenham tido exposição oral à excretas fecais
de pessoa agudamente infectada com o HAV. Categoria IA.
4- Sarampo
Administrar vacina contra sarampo pós-exposição aos susceptíveis que tenham tido contato
com indivíduos com sarampo até 72 horas após a exposição. Categoria IA.
5- Doença meningocócica
Oferecer profilaxia antimicrobiana imediata aos que tenham tido contato intenso e íntimo (ex:
ressuscitação boca-a-boca, entubação endotraqueal, manuseio de tubo endotraqueal) com
paciente portador de doença meningocócica antes da administração de antibióticos, ou sem o
uso das precauções padrão apropriadas. Categoria IB.
6- Pertussis (coqueluche)
Oferecer, imediatamente, profilaxia antimicrobiana contra coqueluche ao que tenha tido
contato sem o uso de precauções padrão e intenso (isto é, íntimo, face-a-face) com paciente
que tenha síndrome clínica altamente sugestiva de coqueluche e cujas culturas ainda estejam
em andamento. Suspender a profilaxia se os resultados de culturas ou outros testes forem
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negativos para coqueluche e o curso clínico seja sugestivo de outra patologia (ver tabela IV).
Categoria II.
7- Infecções viróticas do trato respiratório
Considerar o uso de profilaxia antiviral (ex: amantadina ou rimantadina) pós-exposição para o
não vacinado durante epidemias de influenza, tanto na comunidade quanto dentro dos
hospitais, ou considerar administrar a vacina ao não vacinado associado à profilaxia antiviral
pós-exposição durante 2 semanas após a vacinação. Categoria I B.
" Avalie seu cartão de vacina. Em caso de dúvida, encaminhe seu e-mail para
[email protected] "
VACINA PARA:
REVACINAÇÃO
Hepatite B
Apenas caso Anti-HBs seja negativo
Difteria
A cada 10 anos
Tétano
A cada 10 anos
Sarampo
Doses habituais da infância
Parotidite Epidêmica (caxumba)
Doses habituais da infância
Pertussis (coqueluche)
Doses habituais da infância
Rubéola
Uma vez apenas
BCG
Uma vez apenas
Varicela
Uma vez apenas
Febre Amarela
A cada 10 anos
Influenza
Anualmente
Vírus da Hepatite A (HAV)
Uma vez apenas
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