Organogênese e Anexos Embrionários - Portal

Propaganda
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
Ecologia
É o estudo do ambiente ou, como definiu Eugene Odum, o estudo da estrutura e da função da
natureza.
Vocabulário:











População: conjunto de organismos da mesma espécie e que convivem numa determinada área, Sendo
que espécie é definida como um conjunto de organismos que trocam genes na natureza (reprodução)
originando descendentes férteis e semelhantes aos pais.
Comunidade (biocenose ou biota): conjunto de populações de uma área.
Fatores abióticos (biótopo): é o ambiente em si. Os fatores não vivos. Ex.: luz, calor, pressão, pH,
salinidade, granulometria, vento, oxigênio disssolvido(OD), etc.
Fatores bióticos: são os seres vivos. Ex.: produtores, consumidores, decompositores.
Habitat: local físico onde vive uma determinada espécie. (“endereço da espécie”)
Nicho ecológico: é a função de uma determinada espécie no ecossistema. É o conjunto de ações da
espécie em um ambiente. (“profissão da espécie”)
Ecossistema: surge do relacionamento das populações entre si (comunidade) e com o meio ambiente
(biótopo) onde ocorre trocas de matéria e energia.
Bioma: são grandes ecossistemas formados por comunidades de seres vivos que ocupam um espaço
caracterizado por condições ambientais específicas.
Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas da Terra. É a porção viva do planeta.
Ecobiose: relação entre seres vivos e meio ambiente.
Alelobiose: relação entre os seres vivos entre si.
Cadeia alimentar
O caminho que segue a matéria desde os
produtores até os decompositores, passando pelos
consumidores. É a sequência linear de seres vivos
em que um serve de alimento para o outro. A
cadeia alimentar não é apenas uma cadeia de
matéria; faz parte, antes de tudo, do fluxo de
energia do ecossistema. Os decompositores podem
ou não ser representados.
Níveis tróficos: são os níveis alimentares.
 Produtores: seres autótrofos, produzem
matéria orgânica a partir de sais minerais e
energia (fotossíntese). Ex.: vegetais.
 Consumidores Herbívoros: seres heterótrofos,
não possuem a capacidade de produzir a
matéria orgânica e se alimentam de vegetais.
Os herbívoros por se alimentarem de
produtores são chamados de consumidores
primários.
 Consumidores carnívoros: seres heterótrofos,
se alimentam de consumidores primários
(herbívoros)
sendo
chamados
de
consumidores secundários. Os animais que se
alimentam de consumidores secundários são
chamados de consumidores terciários e assim
por diante.
 Decompositores: organismos que degradam a
matéria orgânica de origem vegetal ou animal.
Utilizam algumas substâncias contidas na
matéria orgânica liberando para o ambiente
minerais e outras substâncias que podem ser
reaproveitadas
pelos
produtores.
Os
decompositores mais importantes são os
fungos e bactérias, geralmente chamados de
saprobiontes.
O número de níveis tróficos é limitado em
função da disponibilidade de energia para o
nível seguinte. Ao ocorrer a passagem de um
nível trófico para outro, há perda de
energia e matéria.
1
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
Teia alimentar
Fluxo de matéria que passa, num ecossistema, dos
produtores aos consumidores por numerosos caminhos
opcionais que se cruzam.
Fluxo de Matéria e Energia.
Matéria: é ciclico, do meio abiótico para o meio biótico e
vice-versa.
Fluxo de energia é unidirecional, a quantidade de
energia transferida de um nível trófico diminui à
medida que aumenta o nível trófico.
P > C.1º > C.2º > C.3º ....
As pirâmides ecológicas ou tróficas.
a) Pirâmide de energia.
Mostra que a quantidade de energia disponível
num ecossistema se reduz a 1/10 a cada passagem de um
nível trófico para o outro na cadeia alimentar. Isso se
explica porque os indivíduos de um nível trófico só
conseguem aproveitar 1/10 da energia disponível no grupo
trófico anterior. Nunca pode se apresentar invertida.
b)
Pirâmide de biomassa.
Revela que também a biomassa circulante nos
ecossistemas diminui à décima parte cada vez que passa de um
nível trófico a outro. O consumo interno pelos próprios
organismos e o não aproveitamento integral da sua matéria pelos
que os usam como alimento justificam esse decréscimo. Pode se
apresentar invertida.
Biomassa = é a quantidade de matéria orgânica que existe no
ecossistema por unidade de superfície ou de volume.
c)
Pirâmide de números.
Demostra o que se observa habitualmente: os produtores são
mais numerosos do que os consumidores primários: este, por sua vez,
mais numerosos do que os consumidores secundários, e assim por
diante. Pode se apresentar invertida.
2
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
Massa e biomassa
 MASSA: quantidade de substâncias incorporadas em um ser vivo. Ex.: a massa de um pé de capim
deve-se à quantidade de água, sais minerais, amido, proteínas e outras substâncias que o vegetal
incorporou e suas raízes, caule e folhas.
 BIOMASSA: é a soma das massas de todos os indivíduos de um nível trófico.
Biomassa e produção
Biomassa
 É a quantidade de matéria orgânica que existe no ecossistema por unidade de superfície ou volume.
 Medida em gramas ou em calorias por unidade de superfície ou de volume.
Produção
 A produção é o aumento de biomassa medido por unidade de tempo.
 Vegetais aumentam a biomassa no seu crescimento (quando produzem matéria orgânica).
 Animais aumentam a biomassa no seu crescimento (quando se alimentam de outras seres).
Produtividade primária e secundária.
Produtividade primária - quando se considera o nível trófico dos produtores.
Produtividade secundária - quando se considera o nível trófico dos consumidores.
Produção Bruta - Pb
 É a quantidade total de matéria orgânica produzida por um nível trófico qualquer.
Produção Líquida - Pl
 Quando parte da matéria orgânica é utilizada para extrair energia (respiração).
 A quantidade de matéria orgânica que fica à disposição dos outros níveis é a Pl
Pl = Pb – R
(R = energia consumida na respiração)
Produtividade = Produção/Biomassa
 É pela Produtividade que se pode analisar o estado e a eficiência energética de um ecossistema.
 A produção depende da velocidade com que o organismo cresce e se reproduz.
 De modo geral, os ecossistemas aquáticos são mais produtivos do que os terrestres.
3
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
Os ciclos biogeoquímicos
O ambiente e os seres vivos estão constantemente trocando matéria. Os elementos químicos são
retirados do ambiente, utilizados pelos seres vivos e novamente devolvidos ao ambiente, num processo cíclico.
O ciclo da água
Conceito: Trajeto cíclico que a água faz na natureza passando
ora pelo meio abiótico, ora pelas estruturas dos seres vivos.
Mecanismo: Evaporação da água dos rios, lagos e mares.
Formação de nuvens. Condensação do vapor de água ao nível
das altas montanhas. Chuvas. Retorno da água aos mares pelos
rios. Seres vivos ingerem a água pura ou integrando alimentos.
Eliminam-na pela transpiração, pela respiração e pelas
excreções. Essa água também se evapora e retorna ao meio
abiótico.
O ciclo do oxigênio
Conceito: Movimentação do oxigênio
pelos meios abiótico e biótico.
Mecanismo: O oxigênio do ar
atmosférico (ou dissolvido na água) é
recolhido pelos seres vivos no fenômeno
da respiração. Ao final da respiração, os
organismos lançam na atmosfera o CO 2 ,
que é recombinado pelas plantas. Estas,
ao final da fotossíntese, descarregam
oxigênio novamente no ar.
O ciclo do carbono
Conceito: Circulação dos átomos de carbono, ora pelo meio
abiótico, na composição de substâncias inorgânicas do meio
ambiente, notadamente o CO 2 , ora pelas estruturas celulares
dos seres vivos, como matéria orgânica.
Mecanismo: Pela respiração dos seres vivos e pelas
combustões, o carbono é lançado na atmosfera como
CO 2 . Assim, ele é recolhido pelas plantas, que o
processam no mecanismo da fotossíntese, restaurando as
cadeias de carbono dos compostos orgânicos.
4
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
O ciclo do nitrogênio.
Conceito: Circulação dos átomos de nitrogênio
pelos seres e pelo meio ambiente.
Mecanismo: Transformação do N 2 atmosférico em
nitratos, que são assinalados pelas plantas. A
formação de nitratos se dá por descargas elétricas
na atmosfera e pela ação de microrganismos
fixadores de nitrogênio,( bactérias nitrificantes e
decompositores). A assimilação dos nitratos
permite a formação dos compostos nitrogenados na
organização estrutural das plantas e, depois, dos
animais. As bactérias denitrificantes decompõem os
nitratos do solo em N 2 devolvendo-o à atmosfera.
Sucessão ecológica
É a implantação sucessiva de espécies num local antes desabitado até a formação de uma
comunidade-clímax. Sinonímia: sera.
 Comunidades pioneiras (ecese): as primeiras que se estabecem em um local (estéril, hostil). Deve ser
capaz de sobreviver com poucos recursos. Ex.: algas cianofíceas e líquens.
 Comunidades intermediárias ou seriais (seres): são as que se estabelecem sucessivamente no local,
conforme a alteração das condições gerais.
 Comunidade clímax: são as definitivas, estáveis e duradouras para as condições locais.
 Sucessão primária: quando o início da colonização ocorre em regiões anteriormente não-habitadas.
 Sucessão secundária: quando o desenvolvimento de uma comunidade inicia-se em uma área
anteriormente ocupada por outras comunidades bem estabelecidas.
5
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
Os seres vivos e suas relações (alelobioses)
OS TIPOS DE RELAÇÕES ECOLÓGICAS
Mutualismo: associação obrigatória entre indivíduos de espécies
diferentes que não podem prescindir dessa associação, já que para eles a
vida isolada é praticamente impossível.Ex.: liquens (algas+fungos)
Comensalismo: toda forma de relação harmônica unilateral, isto é,
relação em que um dos associantes tira vantagens, enquanto o outro nada
perde nem nada ganha. Ex.: crocodilo e pássaro palito.
Protocooperação: associação não obrigatória entre indivíduos de
espécies diferentes que têm capacidade de vida isolada, mas que em
conjunto encontram melhores condições de vida. Ex.:caranguejo eremita
e anêmona.
INTERESPECÍFICAS
RELAÇÕES
HARMÔNICAS
Sinfilia: parecido com a protocooperação. Ocorre entre formigas que se
utilizam de secreções açucaradas produzidas pelos pulgões que sugam a
seiva elaborada das plantas. Pode ser considerado uma relação
harmônica, uma vez que as formigas se beneficiam e para os pulgões não
chega a ser prejudicial pois as formigas chegam a carregá-los até os
ramos mais novos.
Forésia: relação na qual indivíduos de uma espécie fazem-se transportar
a distância pelos de outra espécie, não os parasitando nem lhes causando
dano. É uma relação unicamente de transporte. Ex.: pequenos artrópodes
semelhantes a piolhos , são transportados nos pelos dos morgegos.
Inquilinismo: associação em que uma das espécies se fixa ou se abriga
em outra, porém sem prejudicá-la. Ex.: peixe-palhaço e anêmona.
Epifitismo: plantas epífitas.
Colônias: grupamentos de indivíduos da mesma espécie, ligados uns aos
outros e com profunda interdependência vital. Ex.: corais, caravelas.
INTRA-ESPECÍFICAS
Sociedades: grupamentos de indivíduos da mesma espécie que têm a
plena capacidade de vida isolada mas preferem viver em coletividade.
Ex: formigas, cupins, abelhas, humanos.
Amensalismo ou antibiose - produção de substância por alguns seres
que matam ou impedem o desenvolvimento de outros.Ex.: fungos que
liberam antibióticos contra bactérias.
Paratismo: tipo de relação pela qual uma espécie se instala no corpo de
outra dela retirando material para a sua nutrição e causando-lhe, em
consequência, danos de gravidade variável. Ex.: lombrigas que parasitam
o intestino humano.
INTERESPECÍFICAS
Predatismo: ataque de uma espécie a outra para matar e devorar.
Herbívoros (praticam o herbivorismo) e carnívoros são predadores. Ex.:
leão e zebra; vaca e capim; gavião e roedor.
RELAÇÕES
DESARMÔNICAS
Competição interespecífica: relação entre indivíduos de espécies
diferentes, que concorrem pelos mesmos fatores do ambiente, existentes
em quantidade limitada. Ex.: animais que se alimentam do mesmo tipo
de planta (formiga e lesma).
Canibalismo: um indivíduo mata outro da mesma espécie para se
alimentar. Ex: fêmea do louva-deus devora o macho após o
acasalamento. Em humanos é antropofagia.
INTRA-ESPECÍFICAS
Competição intra-específica: relação entre indivíduos da mesma
espécie, que concorrem pelos mesmos fatores do ambiente, existentes em
quantidades limitadas. Também as disputas por parceiros sexuais entre
animais.
6
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
A biosfera e os biociclos
Biosfera - Conjunto de todas as regiões do globo terrestre onde existe vida.
É dividida em três biociclos: epinociclo, talassociclo e limnociclo.
Biociclos – são subdivisões da Biosfera. Cada um dos biociclos por sua vez são subdivididos em regiões menores
de acordo com sua flora, fauna e clima.
TALASSOCICLO: biociclo das águas salgadas. Cobre cerca de 70% superfície da Terra, é o maior dos
ecossistemas. O mar apresenta diversidade muito pequena se comparada ao dos ecossistemas terrestres. Isto é
explicado pela “estabilidade climática”. Os fatores abióticos variam muito pouco (temperatura, salinidade, pH, etc.).
Portanto,devido a esta uniformização, existem poucos nichos ecológicos a serem explorados.
Regiões quanto à incidência de luz
 Zona eufótica- 0 a 100m de profundidade. Bem iluminada, rica em autótrofos e herbívoros.
 Zona disfótica - 100 a 200m de profundidade. Fracamente iluminada, pobre em autótrofos e herbívoros, com
predominância de carnívoros.
 Zona afótica- de 200 a 2000 metros. Apenas carnívoros e decompositores, numa cadeia alimentar que depende
da matéria orgânica que afunda, a partir das zonas superiores.
Comunidades marinhas – representada por 3 grupos básicos de organismos, de acordo com o modo e região em
que vivem.
 Plâncton – organismos que não possuem grande capacidade de locomoção. Vivem na superfície ou próximo
dela, em suspensão, sendo carregados ao sabor das ondas e correntes. É possível separá-los em dois grupos:
- Fitoplâncton: são organismos autótrofos fotossintetizantes. Representado pelas algas, geralmente
unicelulares, como as crisofitas (diatomáceas) e pirrófitas (dinoflagelados). São os principais produtores
da cadeia alimentar marinha.
- Zooplâncton: organismos heterótrofos representados por foraminíferos (protozoários), pequenos
crustáceos,, larvas de muitos invertebrados e de peixes, cnidários, etc.
 Nécton: organismos capazes de nadar ativamente, vencendo a força das correntes. Representado pelos peixes,
mamíferos aquáticos e moluscos cefalópodes.
 Bentos: organismos que estão constantemente associados ao substrato. Podem ser sésseis (fixos) como
algas,cracas, mexilhões e ostras, ou errantes (que se movem), como carangueijos, lagostas, siris, caramujos,
estrelas-do-mar, etc.
Note bem! Estes conceitos também valem para ambientes de água doce.
 LIMNOCICLO: Conjunto de todos os ecossistemas de água doce. Pode ser divididos em dois tipos de
ambientes:
 Província lótica ou das águas correntes – rios, riachos e ribeirões. O constante movimento das águas
determina um ambiente rico em oxigênio e em nutrientes. São pobres em plâncton, porém as pedras e troncos
das margens estão cobertos por algas e musgos. Dependem muito da matéria orgânica que cai das árvores da
floresta ciliar.
 Província lêntica ou das águas paradas – ambiente de águas paradas. Lagos, charcos e poças. A
temperatura da água e a penetração da luz são fatores determinantes para a fauna deste ecossistema.
Estes ambientes, em zonas temperadas, variam bastante a cada estação. A água abaixo de 4ºC se
torna menos densa (mais leve). Assim, teremos uma grande circulação de água durante o outono e a primavera.
Durante o verão e o inverno teremos uma estagnação.
Devido a essa circulação sazonal, em lagos muito profundos, como o lago Baikal, na Sibéria, por
exemplo, a água pode ser “renovada” em termos de nutrientes e oxigenação, no fundo, permitido a vida mesmo
em grandes profundidades.Nas regiões tropicais essas mudanças sazonais não ocorrem, ficando estratificado em
termos de temperatura, não havendo, portanto, circulação de água entre a camada superior e a inferior. Por isso
esses lagos são relativamente pobres em organismos.
 EPINOCICLO: Conjunto de todos os ecossistemas de terra firme. Cobre 28% superfície terrestre. Caracterizados
pela vegetação mais abundante (fitogeografia). Os grandes padrões climáticos, determinantes da vegetação, são
definidos em função da latitude e da altitude (a cada 200 m, menos 1°C e diminuição de chuvas). Assim, devido a
temperatura e à umidade podemos encontrar 6 tipos básicos de Biomas:
7
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
 Tundra: característica de clima muito frio e seco, 60º a 80º graus Norte ( 3 meses de verão, mais ou menos
10ºC). Subsolo permanentemente congelado. Vegetação rasteira, com poucas gramíneas, predomina os musgos e os
líquens. Animais: insetos, lobo do Ártico, raposa, boi almiscarado, caribus, aves migratórias e lebres.
Taiga: também chamada de floresta de coníferas (gimnospermas), uma vez que a vegetação é basicamente
pinheiros, abetos e ciprestes ( folha acicular, com cutícula grossa e sempre verdes). Clima bastante frio e seco.
Animais: lobos, ursos, lebres, linces, esquilos, martas e codornas.
 Floresta temperada: principalmente na Europa e Estados Unidos. Florestas bem desenvolvidas com
predomínio de árvores decíduas ( com folhas caducas, que caem). Clima temperado com as 4 estações bem
definidas e precipitações distribuídas de forma uniforme. Vegetação: bordo, carvalhos, faias, nogueiras e
castanheiras. Animais: javalis, esquilos, camundongos, linces, lobos, raposas, leões-da- montanha. Grande
diversidade de pássaros, répteis, anfíbios e insetos.
 Floresta Tropical: ocorre acima e abaixo da linha do Equador. Ocupa uma faixa da América do Sul, da África,
da Ásia e da Oceânia. Esta faixa se caracteriza pelo alto índice pluviométrico e por temperaturas elevadas durante
todo o ano. Vegetação abundante, de crescimento rápido, sempre verdes e latifoliada ( folhas largas e com
pontas para escoamento da água). Ocorrem muitas epífitas e cipós. As árvores formam uma densa cobertura sob a
qual se formam estratos de árvores menores e arbustos. Devido à falta de luz, próximo ao solo existe pouca
vegetação. Solo pobre devido à rápida degradação e aproveitamento dos sais minerais ( árvores com raízes pouco
profundas). Fauna exuberante, rica em macacos, lêmures, répteis, onças, pacas, antas, cotias, aves, anfíbios e
invertebrados.
 Campos ( pradaria, estepe, savana, cerrado e pampa): formações encontradas tanto em regiões
tropicais ou frias. Seu fator limitante é o índice pluviométrico baixo com período de seca. Ocorrem nos Estados
Unidos, América do Sul, na África, na Ásia e na Austrália. Vegetação basicamente de gramíneas herbáceas, alguns
arbustos e algumas árvores de pequeno porte. A fauna inclui mamíferos de grande porte como leão, zebra, girafas e
bisão. De pequeno porte podemos encontrar, chacais, hienas, coiotes, marmotas, tatus e cotias.
 Desertos: durante o dia as temperaturas são altas e a noite extremamente baixas. Encontram-se nas latitudes 30º,
norte ou sul, em regiões de baixa pluviosidade e baixa umidade do ar. A vegetação é Xeromórfica com folhas
reduzidas e muito espessas. Vegetação de raízes profundas e esparsa. (cactáceas, gramíneas que só brotam em
pequenos períodos de umidade maior. Os animais são poucos, répteis, escorpiões e pequenos mamíferos, com
adaptações para evitar a perda d’água, urina concentrada, sem glândulas sudoríparas e com hábitos noturnos.
FORMAÇÕES FITOGEOGRÁFICAS BRASILEIRAS
8
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS FORMAÇÕES FITOGEOGRÁFICAS
BRASILEIRAS
CARACTÉRISTICAS
FORMAÇÃO
FITOGEOGRAFICA
Floresta Amazônica
Acre
Amazonas
Pará
Rondônia
Amapá
Roraima
Cerrados
Minas Gerais
Goiás
Mato Grosso
São Paulo
Mato Grosso do Sul
Tocantins
Caatinga
Maranhão
Piauí
Ceará
R. G. do Norte
Paraíba
Pernambuco
Sergipe
Alagoas
Bahia
Norte de Minas
Mata das Araucárias
Paraná
Santa Catarina
R. G. do Sul
Pampas
R. G. do Sul
Mata Atlântica
Região Costeira do R. G.
do Norte até Sul do país.
Pantanal
Centro-Oeste
Manguezal
Regiões Litorâneas
Zona de Cocais
Maranhão
Piauí


































Vegetação densa, distribuída por diversos andares. Árvores altas. Plantas higrófitas. Folhas
amplas, brilhantes e perenes.
Solo pouco espesso, humoso.
Temperatura regularmente elevada.
Grande quantidade de nichos ecológicos.
Elevada intensidade de decomposição de matéria orgânica no solo.
40% do território brasileiro.
Vegetação tipo savana. Árvores esparsas, de tronco retorcido, casca grossa, folhas espessas, ou
seja, com características de região seca (é um aparente xeromorfismo). Há também vegetais com
características de higrofitismo.
A água não é fator limitante. O lençol subterrâneo é profundo (18 metros).
Solo ácido, rico em alumínio e pobre em nutrientes. Por isso, as plantas do cerrado apresentam
escleromorfismo oligotrófico (esclero = dureza; morfo= forma; oligo= pouco; trófico= nutrição).
Estação seca de 5 a 7 meses.
Temperatura alta, chuvas regulares na estação chuvosa.
Abundância de cactáceas. Restante da vegetação constituída por árvores e arbustos caducifólios,
ou seja, que perdem as folhas nas estações secas.
Xerofitismo ( conjunto de caracteres apresentados por vegetais de clima seco).
Chuvas escassas ( 250 a 500 mm por ano).
Rios secam no verão.
Temperaturas elevadas.
Vegetação constituída por árvores elevadas (pinheiro-do-paraná ), arbustos (samambaias, xaxim) e
gramíneas.
Temperaturas baixas no inverno.
Chuvas abundantes.
Região intensamente devastada nos últimos anos (atualmente, a porcentagem de matas
preservadas não chega a 2%, e esse índice já foi de 60%).
Vegetação constituída predominantemente por gramíneas. Pastagens.
Distribuição regular de chuvas.
Estações bem demarcadas.
Vegetação exuberante que lembra a mata amazônica. Árvores altas. Higrofitismo.
Plantação de banana, cana-de-açúcar e mate (Vale do Ribeira).
Região úmida em função dos ventos que sopram do mar.
Região devastada. Há projetos internacionais de recuperação.
Vegetação adaptada a solos encharcados.
Região coberta de brejos.
Faixa estreita paralela ao litoral.
Vegetação composta por poucas espécies. Adaptações à falta de O 2 e ao alto teor de água no solo.
Raízes respiratórias (pneumatóforos). Raízes de escora.
Vegetação característica. Palmeiras tipo babaçu e carnaíba.
Temperatura média anual elevada.
Chuvas abundantes.
9
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
Desequilíbrios Ecológicos
Poluição: toda e qualquer alteração ocorrida no ambiente que cause desequilíbrio e prejudique a vida. Pode ser
causada pela liberação de matéria e/ou liberação de energia no ambiente.
Poluente: qualquer substância ou fenômeno que altera o equilíbrio dos ecossistemas.
Poluição do ar
 CO- monóxido de carbono– liberado principalmente da descarga de automóveis. O CO constitui num
competidor do O2 para a combinação com a hemoglobina das hemácias, no nível dos alvéolos pulmonares.
Forma com ela um composto estável – carboxiemoglobina – que impede a continuidade da função respiratória
da hemoglobina, no transporte de gases entre os pulmões e os tecidos do corpo.
 CO 2 - efeito estufa – é causado pelo aumento da concentração de CO 2 , devido, principalmente, à queima de
combustíveis e madeira, tornando maior a retenção de raios infravermelhos e elevando a temperatura terrestre.
 SO 2 - chuva ácida – a atividade industrial e o uso de automóveis provocam, através da combustão de carvão
mineral, petróleo e derivados, a emissão de poluentes, especialmente os dióxidos de enxofre e nitrogênio. Na
atmosfera, esses poluentes, em contato com vapor de água, produzem os ácidos sulfúricos (H 2SO4) e nítrico
(HNO3), que se precipitam na forma de neve ou chuva.
 Inversão térmica: efeito que ocorre em dias frios e agrava a poluição atmosférica. Em condições normais, no
verão, o solo quente aquece o ar. O ar aquecido sobe para a atmosfera dispersando os poluentes. No inverno o
solo frio resfria também o ar. O ar frio, mais denso, não sobe e retém os poluentes.
 O3 – Camada de ozônio – a presença de ozônio na atmosfera filtra a radiação ultravioleta, que pode causar
quebras em proteínas e ácidos nucléicos, queimaduras do sol, cânceres de pele. A camada de ozônio está
apresentando um buraco do tamanho dos Estados Unidos acima do pólo sul. Os responsáveis por este buraco são
os gases para refrigeração do tipo CFC (clorofluorcarbono).
Poluição das águas
Esgotos, agrotóxicos, efluentes industriais.
Resíduos fecais: agentes patogênicos.
Nitratos e fosfatos: causam eutrofização e provocam "maré vermelha".
Petróleo: causa asfixia nos peixes.
Mercúrio e agrotóxicos: têm poder residual e acumulam-se ao longo das cadeias alimentares (magnificação).
Poluição do solo
Lixo: proliferação de vetores.
Desmatamento: desertificação.
Queimadas: destroem o húmus.
Adubos e fertilizantes: provocam a eutrofização.
 Eutrofização: Proliferação exagerada de organismos aquáticos em consequência da drenagem abundante de
resíduos orgânicos provenientes de indústrias, lavouras e latifúndios, com super população e desequilíbrio
ecológico local.
 Magnificação trófica: Processo de concentração crescente de produtos tóxicos por ingestão e acúmulo nos
integrantes dos diversos níveis das cadeias alimentares, atingindo teores elevados nos consumidores de níveis
mais altos. O acúmulo de DDT constitui-se no exemplo mais notório e suas conseqüências têm sido drásticas
para o homem e outros animais.
10
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
Dinâmica das populações
 Densidade : nº organismos por unidade de área ou volume. A densidade é afetada por 4 fatores:
- Taxa natalidade: nº nascimentos num determinado tempo.
- Taxa mortalidade: nº mortes num determinado tempo.
- Emigração: saída de indivíduos da população.
- Imigração: entrada de indivíduos na população.
 Índice de crescimento: taxa natalidade / taxa mortalidade
 Distribuição etária: proporção de indivíduos de  idades na população.
 Padrões de crescimento:
- Aumento positivo ou crescimento.  N + I > M + E
- Crescimento negativo ou redução.  N + I < M + E
- Equilíbrio com oscilações na média.  N + I = M + E
- Extinção por morte ou emigração.
 Potencial Biótico: é a capacidade de crescimento (reprodução) de uma determinada população quando
o ambiente é favorável (normalmente exponencial).
 Resistências do meio: à medida que uma população cresce, vários fatores afetam esta taxa de
crescimento. Podemos destacar o alimento disponível, o espaço e as outras populações da comunidade
da qual faz parte esta população. Estas resistências tendem a impedir um aumento acentuado da
densidade, levando a população a atingir um equilíbrio dinâmico.
11
CMB - Biologia
Complementação para o PAS
12
Download