meteorologia - Academia do Ar

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MET grupo 4
Meteorologia
METEOROLOGIA
A Meteorologia Aeronáutica se
desenvolveu e se atualiza objetivando a
segurança, a eficácia e a economia das
viagens e demais atividades que utilizam o
espaço aéreo.
Esta publicação visa informar, de
modo
simplificado,
fundamentos
de
Meteorologia para Comissários de Bordo.
INTRODUÇÃO
Meteorologia é a ciência que estuda
a atmosfera, seus fenômenos e atividades.
A Meteorologia se divide em:
METEOROLOGIA PURA:
é o estudo da meteorologia dirigida ao
campo da pesquisa. Ex.: meteorologia
sinótica, climática, tropical, polar, etc.
METEOROLOGIA APPLICADA:
é o estudo da meteorologia dirigida
para diversos ramos da atividade
humana. Ex.: meteorologia agrícola,
marítima, industrial, bioclimatologia,
aeronáutica, etc.
METEOROLOGIA AERONÁUTICA:
estuda os fenômenos meteorológicos
que ocorrem na atmosfera, visando a
Economia e a Segurança do Vôo.
I – ATMOSFERA
Chamamos de atmosfera, a camada
gasosa que envolve o globo terrestre,
acompanha a Terra em seus movimentos
e tem como função principal à filtragem
seletiva da radiação eletromagnética solar.
A atmosfera mantém-se presa a
Terra pela ação da gravidade, que
também é responsável pela sua maior
concentração junto à superfície da Terra.
Podemos definir que cerca de metade da
massa gasosa da atmosfera encontra-se
concentrada abaixo de 6000mts (500
hectopascoal).
Uma grande parte da radiação
eletromagnética do sol é absorvida pela
atmosfera ou refletida por esta de volta
para o espaço. A radiação que atinge a
superfície da Terra após o processo de
filtragem
seletiva
da
atmosfera,
chamamos de INSOLAÇÃO.
Grande parte da radiação solar é
luz visível, mas o sol também emite outros
tipos de radiação eletromagnética como os
raios ultravioletas, os raios X, os raios
Gama e as ondas de rádio, além da
radiação infravermelha (calor).
CAMADAS DA ATMOSFERA
FASES DA METEOROLOGIA
AERONÁUTICA
Observação: é a verificação visual e
instrumental das condições meteorológicas
que
estejam
ocorrendo
em
uma
determinada hora e local. Pode ser na
superfície ou em altitude.
Divulgação: é a transmissão das
observações, para fins de difusão no meio
aeronáutico.
Coleta:
é
a
coleção
das
observações feitas e divulgadas.
Análise: é o estudo e interpretação
das observações coletadas.
Exposição:
é a
entrega
das
observações, análises e previsões para
consulta dos aeronavegantes.
TROPOSFERA
É a primeira camada e está em
contato com a superfície da Terra.
Também pode ser conhecida como
atmosfera baixa. É a camada onde
ocorrem
os
principais
fenômenos
meteorológicos, tais como: nuvens,
nevoeiro,
chuva,
neve,
granizo,
relâmpago,
etc.
A
sua
principal
característica e variação da temperatura
com a altitude, de 2º a cada 1.000 ft
(Pés)
A Troposfera á mais baixa nos
pólos (7 a 9Km) e mais altas no Equador
(17 a 19Km).
TROPOPAUSA
É a camada de transição que
separa o topo da Troposfera e a camada
Comissário(a) de Vôo
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seguinte. Tem de 3 a 5 Km de espessura,
sendo caracterizado pela Isotermia, isto
é, temperatura não varia.
Meteorologia
ESTRATOSFERA
É a camada seguinte, estendendo a
aproximadamente 70 km da superfície da
Terra. Tem como principal característica a
Difusão
da luz,
responsável
pela
luminosidade do dia, que nos permite
distinguir objetos à sombra e nos dias
escuros, sem a luz direta do sol.
Como predomina o comprimento da
onda da luz azul, o céu apresenta a cor
azul durante o dia.
Entre 25 e 50 Km há uma
concentração
de
gás
Ozônio
(O3),
formando a Ozonosfera, que é a região
que absorve os raios Ultravioleta.
IONOSFERA
Nesta camada e onde ocorre a ionização,
ela e ótima condutora de eletricidade, e
nela que se começa a Radiação Solar e a
filtragem desses raios.
EXOSFERA
É a última camada, e se confunde
com o espaço interplanetário.
É extremamente rarefeita e não
filtra
diretamente
a
radiação
eletromagnética solar.
ATMOSFERA PADRÃO
ISA – ICAO Standart Atmosphere
É uma atmosfera de referência, que
permite
o
estudo
comparativo
do
comportamento da atmosfera terrestre e
seus efeitos.
QUANTO A PRESSÃO ATMOSFÉRICA
a) Barômetro: leitura momentânea.
b) Barógrafo: leitura momentânea
registro
Temperatura ao nível do mar = 15°C
ou 59°F (NMM)
Temperatura na Tropopausa = -56,5°C
Gradiente vertical térmico positivo ou
normal (decréscimo de temperatura
com altitude) = 0,65°C/100m ou
2°C/1000ft (pés).
Comissário(a) de Vôo
e
RESUMO
Para estudos a atmosfera padrão ISA tem
Ar seco
Sua composição e de 78% N, 21% O e
1% outros gases.
Temperatura padrão a nível do mar de
NMM=15º C
GTV de 0,65ºC/100m ou 2ºC /1000ft
Pressão padrão de a NMM= 1013.2 hpa
ou 760mm Hg
Gradiente de pressão vertical de 1 hpa
para 30Ft.
Densidade padrão a
NMM = 1.225 g/m³de Ar
Velocidade do som a
NMM =340m/s
OBSERVAÇÃO
Pressão de NMM = 1013.2hPa(mb),
760 mmHg ou 29,92 POL/Hg
Gradiente vertical bárico : 1 hPa = 30ft
= 9m (variação da pressão com
altitude) ou 1POL = 1000ft = 300m
A pressão diminui com a altitude
Instrumentos para leitura de pressão:
QUANTO A TEMPERATURA (ISA)
Gradiente vertical térmico, isotérmico
ou nulo = A temperatura não varia
com altitude.
GVT negativo ou inversão térmica =
A temperatura aumenta com a
altitude.
hPa = hecto Pascal
mb = milibar
POL = polegada
ft = pés
m = metro
NMM = nível médio do mar
GVT = Gradiente vertical térmico
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AGUA NA ATMOSFERA
A água está presente na atmosfera
nos seus três estados físicos: GASOSA
(em suspensão no ar) ; LÍQUIDA (nuvens,
nevoeiros, etc) ; e SÓLIDO (neve, granizo)
Condensação: Vapor para Líquido
Sublimação: Vapor para Sólido
diretamente.
VAPOR D’ÁGUA
O vapor d’água não é elemento
integrante
da
atmosfera(ISA).
É
proveniente da evaporação da água da
superfície.
O vapor d’água absorve parte da
radiação infravermelha do Sol, evitando o
superaquecimento da Terra.
Num dado volume podemos ter:
Ar seco = 0% de vapor d’água (ar
mais pesado)
Ar saturado = 4% de vapor d’água (ar
mais leve)
Ar úmido = mais de 0% e menos de
4% de vapor d’água no volume de ar.
Umidade relativa: pode ser medida
diretamente através do higrômetro ou
indiretamente através do psicrómetro.
II – VENTOS
O vento é de interesse vital ao
navegante. Os ventos superiores afetam o
raio da ação do vôo, a velocidade e o
rumo do avião. O vento de superfície
determina
a
pista
para
pouso
a
decolagem. O vento é o ar em movimento
horizontal.
Ocorre
por
diferença
horizontal da pressão atmosférica;
desloca-se da área de ALTA para a área
BAIXA pressão até que haja equilíbrio das
pressões, quando, então, teremos o vento
CALMO.
Ventos fluem na direção das
pressões mais baixas por efeito da força
de gradiente de pressão (G) que é função
da diferença de pressão entre os dois
pontos e a distância que separa esses dois
pontos.
Meteorologia
DIREÇÃO DO VENTO
A direção é de onde ele vem e
não para onde ele vai.
A direção é dada de 10 em 10
graus inteiros de 010° a 360° no sentido
horário e a partir do Norte verdadeiro.
O vento para pouso e decolagem é
relativo ao Norte Magnético e é fornecido
pelo controlador da Torre de Controle do
Aeródromo.
Caráter do vento: (regularidade de
fluxo) o vento que apresenta variações na
sua direção é dito “variável (VRL)” ou
“Variable (VRB)”.
VELOCIDADE DO VENTO
Ela e medida em Kt (nós).
FORÇA DE CORIOLISE
Desvia a trajetória do vento para
esquerda no hemisfério Sul e para
direita no hemisfério Norte, devido
rotação da Terra. É máximo nos Pólos
nulo no Equador.
VENTO DE SUPERFÍCIE
Sopra nos primeiros 100m de altura
(do solo até 100m).
VENTO BAROSTRÓFICO
Sopra do solo até 600m (2000ft) de
altura;
Não serve para planejar vôo porque
sofre atrito (fricção) com prédios e
morros, mudando constantemente de
direção.
VENTO GEOSTRÓFICO
Sopra acima da camada de fricção;
Serve para planejamento de vôo;
É informado nas cartas de ventos.
BRISA MARÍTIMA
G = diferença de pressão/distância
Comissário(a) de Vôo
a
a
à
e
Sopra do mar para a terra durante o
dia;
É mais intensa nas tardes de verão.
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Meteorologia
III – NUVENS
São condensações ou sublimações
de vapor d’água em altitude acima de
30m (100ft) de altura. Abaixo desse
nível é considerado nevoeiro.
Para formar nuvens são necessárias
três condições:
BRISA TERRESTRE
Sopra da terra para o mar durante a
noite.
É mais intensa nas madrugadas de
inverno.
1° Umidade (vapor d’água)
2° Temperatura favorável (temperatura
do ar igual a ponto de orvalho – ar
saturado)
3° Núcleos de condensação (sais, polens,
cinzas, poeira, etc.).
Condensação do vapor de água é a
passagem do estado gasoso para o
estado líquido. Sublimação do
vapor de água é a passagem do
estado gasoso para o estado sólido.
QUANTO AO ASPECTO
CIRCULAÇÃO DO AR NA ATMOSFERA
A circulação do ar na atmosfera
caracteriza-se
por
dois
movimentos
básicos, o movimento horizontal e o
vertical.
Chamamos de vento ao movimento
horizontal do ar (movimento advectivo) e
correntes ao movimento vertical do ar. As
correntes
podem
ser
ascendentes
(convectivas) ou descendentes.
O ar quando aquecido se
expande,
e
apresenta
densidade
menor; por ter menor peso o ar menos
denso apresenta pressão atmosférica mais
baixa. Este ar aquecido tende a se elevar
na
atmosfera
(corrente
ascendente,
convectiva ou térmica), o ar mais frio das
proximidades que apresenta pressão
atmosférica
maior
tende
a
fluir
horizontalmente na direção da região onde
o ar está mais aquecido e com pressão
mais baixa.
Estratiforme: camadas contínuas,
grande
expansão
horizontal,
pouca
espessura; sem turbulência dentro ou fora
da nuvem. Quando precipita é em gotas
pequenas. Vôo tranqüilo – ar estável.
Cumuliforme:
camadas
descontínuas, em blocos, pouca expansão
horizontal; grande expansão vertical;
turbulência dentro e fora da nuvem.
Quando precipita é em gotas grandes. Vôo
turbulento – ar instável.
Cirriforme: nuvens de aparência
fibrosa,
estriada,
algumas
vezes
modificada para aparência granulada.
Podem indicar ventos fortes em
altitude.
QUANTO A ESTRUTURA
Comissário(a) de Vôo
Sólidas: formada por cristais de gelo
Líquidas: formada por gotas d’água
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Meteorologia
Mistas: formada por cristais de gelo e
gotas d’água
BASE, TOPO E TETO
Base: distância de onde a nuvem
começa a se formar até o solo;
Topo: distância de onde a nuvem
termina até o solo.
Teto: é a base da nuvem mais baixa
que cobre mais da metade da abobada
celeste (mais de 4/8), podendo
interferir no pouso e na decolagem das
aeronaves.
ESTÁGIOS E GÊNEROS
1 – Quanto a altura de sua Base
Nuvens Baixas – Até 2 KM acima da
superfície , todas podem produzir
precipitações e são de estrutura LIQUIDA
Nuvens Médias - Até 2 a 4 KM (nos pólos)
, de 2 a 7 KM (nas regiões temperadas) e
de 2 a 8 KM (nas regiões tropicais e
equatoriais). São de Estrutura mista (água
e cristais de gelo).
Nuvens Altas - Todas as nuvens que se
encontram acima das médias . São
sempre de estrutura SÓLIDA (cristais de
gelo) e não produzem precipitações.
2 – Quanto ao Gênero
São Nuvens Cumuliformes – Todas
aquelas que possuem a palavra CUMULUS
associada ao seu nome (Cc , Ac , Cu , Cb )
Formam se em equilíbrio instável , sendo
portanto turbulentas tanto dentro quando
fora delas.
São Nuvens Estratiformes – Todas aquelas
que possuem a palavra ESTRATUS
associada ao seu nome (Cs , As , Ns , St )
. Formam – se em equilíbrio estável ,
portanto não são turbulentas.
REPRESENTAÇÃO
1/8 A 2/8
FEW
FEW
POUCO
SCT
SCARTTERED ESPARÇA
3/8 A 4/8
BKN
BROKEN
NUBLADO
5/8 A 7/8
OVC
OVERCAST
ENCOBERTO 8/8
FORMAÇÃO DE NUVENS
OBS – O Cu e o Cb também são
consideradas nuvens de
desenvolvimento VERTICAL .
Comissário(a) de Vôo
Convecção: forma nuvens cumuliforme
Orográfica: forma nuvens a barlavento
das montanhas
Dinâmica: forma nuvens nas frentes e
linhas de instabilidade;
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Radiação: forma nuvens Stratus e
nevoeiro pela madrugada;
Advecção: forma nuvens causadas pelo
fluxo do vento com diferença de
temperatura e umidade.
Meteorologia
quando a formação do nevoeiro de
radiação interdita os aeroportos do
Galeão, Santos Dumont, Congonhas,
Guarulhos, Curitiba, etc.
IV – NEVOEIRO
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS
NUVENS
Convecção: o ar em contato com a
superfície aquecida se aquece e se eleva
até um nível onde há um resfriamento
desse ar, tornando-o saturado (nível de
condensação). A partir deste nível verificase a formação de nuvens convectivas do
tipo
cumulus
(de
desenvolvimento
vertical). Este processo está associado à
turbulência térmica, ar instável e formação
de nuvens cumuliformes.
Advecção: as nuvens advectivas
são formadas em áreas onde há fluxos de
ar superpostos que apresentam diferenças
de temperatura e umidade, e cumuliforme
em ar instável.
Associado
a
este
processo
verificamos a formação de nuvens
estratificadas em ar instável.
Orográfico: o ar que flui em direção
a uma serra ou montanha, se eleva ao
longo da encosta, resfria, satura e forma
nuvens coladas a encosta que chamamos
de
orográficas.
Forma
nuvens
a
barlaventos das montanhas.
Dinâmico: as nuvens dinâmicas são
formadas em áreas de convergências de
ventos. Formam nuvens nas frentes e
linhas de instabilidade.
Radiação: a superfície da Terra,
aquecida pelo Sol durante o dia, perde
rapidamente calor para o espaço por meio
da radiação terrestre, que aparece quando
cessa a radiação solar (após o pôr-do-sol).
A radiação terrestre faz com que o
ar em contato com a superfície se resfrie,
sature ou condense formando o nevoeiro,
colado à superfície ou nuvens stratus. A
radiação terrestre é mais intensa com céu
claro e é típica das latitudes médias no
outono e no inverno.
O
processo
de
radiação
é
exatamente o que ocorre no inverno,
Comissário(a) de Vôo
Quando a condensação do vapor de
água
ocorre
colado
à
superfície
acarretando restrição à visibilidade para
menos de 1000m e umidade ainda relativa
situa-se entre 97% e 100%, temos
caracterizado o nevoeiro.
RESTRIÇÃO A VISIBILIDADE
HORIZONTAL
visibilidade
Umid. relativa
Fenômeno
Inferior a
1000m
97% a 100%
Nevoeiro
Igual ou supe- Igual ou supe
rior a 1000m
rior a 80%
Névoa
Úmida
Igual ou supe- Inferior a
rior a 1000m
80%
Névoa
Seca
Inferior a
1000m
Inferior a
80%
fumaça
Inferior a
1000m
Inferior a
80%
poeira
Névoa
seca:
é
uma
grande
concentração
de
partículas
sólidas
microscópicas em suspensão na atmosfera
(sais, poluição, etc.) provocando restrição
à visibilidade.
Névoa úmida: o vapor de água
presente na atmosfera condensa em torno
dessas partículas sólidas em suspensão,
acarretando
restrição
à
visibilidade.
Tecnicamente caracterizamos como névoa
úmida quando a umidade relativa é igual
ou superior a 80% e a visibilidade igual ou
superior a 1000m.
CLASSIFICAÇÃO DOS NEVOEIROS
1. Nevoeiros de massas de ar
Nevoeiro de Radiação;
Nevoeiro de Advecção (produzido
por ventos): de brisa, marítimo,
orográfico, de vapor.
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2. Nevoeiros frontais
Radiação:
céu
claro,
radiação
terrestre, vento calmo ou fraco,
umidade;
Marítimos: superfície d’água mais
fria, ar acima quente e úmido;
Vapor: forma-se em lagos, lagoas e
pântanos. Água quente e ar acima
frio;
Brisa: ar quente e úmido que flui do
mar para o litoral frio;
Frontais: forma-se nas frentes:
Pré-frontal = frente quente
Pós-frontal = frente fria
Glacial: forma-se nas regiões polares
com temperaturas abaixo de –30°C;
Orográfica: forma-se quando o ar
úmido ao se mover para cima de
morros e montanhas, se resfria por
expansão;
V – TURBULÊNCIA
Ar estável é aquele que não
apresenta movimentações verticais.
Ar instável é aquele que apresenta
movimentação vertical (instabilidade).
As nuvens estratificadas formam-se
em ar estável enquanto que as nuvens
cumuliformes formam-se em ar instável.
A
turbulência
torna
o
vôo
desagradável e exige esforços estruturais
de uma aeronave.
A turbulência está normalmente
associada às nuvens cumuliformes, mas
ocorre também em céu limpo de nuvens, é
a chamada turbulência de céu claro (CAT –
Clear Air Turbulence).
Meteorologia
de 20.000ft e associada às correntes
de jato (ventos fortes).
2. TURBULÊNCIA
DE
SOLO
OU
MECÂNICA: resultado do atrito de
ventos fortes com uma superfície
irregular, prédios, morros ou outros
obstáculos do terreno.
3. TURBULÊNCIA OROGRÁFICA: ocorre
junto do vento que flui em direção às
mesmas.
Associada
ao
processo
orográfico de formação de nuvens.
Nuvem lenticular a identifica. A
turbulência
orográfica
é
também
chamada de: onda orográfica – ondas
de
montanha
e
ondas
semiestacionárias.
4. TÉRMICA OU CONVECTIVA: o solo
aquecido provoca a convecção, isto é,
correntes ascendentes e descendentes.
É mais intensa nas tardes de verão.
5. DINÂMICA: provocada pela variação
direção e/ou velocidade do vento. São
conhecidas como “Wind shear” e
“tesoura de vento” e “cortante de
vento”.
VI – MASSAS DE AR E FRENTES
São grandes volumes de ar, que
cobrem grandes extensões da superfície
do Globo Terrestre; e que apresentam
características físicas mais ou menos
uniformes
no
sentido
horizontal,
principalmente quanto à temperatura,
pressão e umidade.
QUANTO A UMIDADE
Quanto
a
intensidade
da
turbulência, podemos classificá-las como:
Leve
Moderada
Forte
Severa
TIPOS DE TURBULÊNCIA
1. TURBULÊNCIA DE CÉU CLARO OU
TURBULÊNCIA EM AR CLARO (CAT –
CLEAR AIR TURBULENCE): observada
em níveis elevados, geralmente acima
Comissário(a) de Vôo
•
•
Continental(c): quando se forma
sobre o continente;
Marítima (m): quando se forma
sobre o oceano.
QUANTO A REGIÃO DE ORIGEM
•
•
Polar (P): quando se forma próxima
dos Pólos;
Tropical (T): quando se forma
próxima dos Trópicos;
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•
Meteorologia
Equatorial (E): quando se forma
próxima ao Equador.
QUANTO A TEMPERATURA
•
•
Quente (w): mais estável, tem má
visibilidade;
Fria (k): mais instável, teto alto,
melhor visibilidade.
Exemplos:
• cPk: massa de ar continental, polar
e fria;
• mEw: massa de ar marítima,
equatorial e quente.
As massas de ar frias são instáveis,
apresentam boas condições de visibilidade
e permitem a formação de nuvens
cumuliformes e trovoadas.
As massas de ar quentes são,
normalmente, mais estáveis que as frias,
apresentam maior restrição à visibilidade e
nuvens estratiformes.
FRENTES
Quando uma massa de ar de
desloca, seu limite dianteiro é chamado de
frente. Quando duas frentes de ar de
característica diferentes se encontram, a
área de contato ou transição entre essas
suas massas é chamada de Superfície
Frontal. É nessa área que ocorrem vários
fenômenos meteorológicos frontais que,
dependendo da heterogeneidade, troca de
calor e teor de umidade das massas de ar
envolvidas, poderão atingir um alto grau
de violência.
As frentes ocorrem sempre entre
dois centros de Alta Pressão.
FRENTE FRIA
É quando a massa de ar fria vinda
dos Pólos empurra a massa de ar
quente para o Equador.
As frentes frias são mais rápidas,
mais violentas, mais instáveis e
com nuvens cumuliformes.
São representadas por uma linha
contínua azul ou:
Comissário(a) de Vôo
A frente fria no hemisfério sul, tem
o seu deslocamento de sudoeste para
nordeste, enquanto que no hemisfério
norte a frente fria se desloca de noroeste
para sudeste. A principal característica que
define a aproximação de uma frente fria é
o aumento de temperatura e a diminuição
da pressão e nuvens Cirrus e Cirrostratus.
Antes da passagem de uma frente
fria no hemisfério sul, os ventos
predominantes são os de noroeste e os
ventos que ocorrem com a passagem da
frente (pós-frontais) predominam de
sudoeste.
FRENTE QUENTE
É quando a massa de ar quente
empurra a massa de ar fria de volta
para os pólos;
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Meteorologia
As frentes quentes têm deslocamento
lento, portanto, são mais estáveis,
visibilidade restrita e nebulosidade
estratiforme;
São representadas por uma linha
contínua vermelha
FRONTOGÊNESE
É uma frente em formação (quente ou
fria). Inicio de formação.
FRONTÓLISE
É uma frente qualquer em dissipação
ou enfraquecendo. Final de uma
formação
FRENTE ESTACIONÁRIA
VII – TROVOADAS
É quando duas massas de ar (quente e
fria) se equilibram;
As frentes estacionárias ficam paradas;
São representadas por uma linha
tracejada azul e vermelha
É um conjunto de fenômenos
meteorológicos que se manifestam no
interior e ao redor de uma ou mais nuvens
CUMULUNIMBUS (CB) agrupados, tais
como: relâmpagos, trovões, ventos de
rajada, chuva, neve, granizo, etc.
Devido a uma forte convecção,
ventos
ascendentes,
que
carregam
consigo a umidade do ar que se condensa
formando nuvens do tipo cumulus que
desenvolvem rapidamente em grandes
massas de nuvens (cumulus congestus,
TCU) e daí num processo evolutivo se
transformam em cumulunimbus (CB) que
é a nuvem da trovoada, que tem a sua
parte superior transformada em uma
massa de nuvens cristalizadas com
aparência de Cirrus.
No interior dessa nuvem, grande
quantidade de água, neve e gelo convivem
com o ar agitado e úmido e neste núcleo
as energias acumuladas transforma-se em
energia elétrica de tal ordem que pode
FRENTE OCLUSA
É quando duas frentes (fria e quente)
se superpõem;
São representadas por uma linha
contínua roxa
Comissário(a) de Vôo
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atingir a números inacreditáveis como
100.000.000 de volts.
Quando as correntes convectivas
(ascendentes) não conseguem suportar o
peso da quantidade de água, neve e gelo,
ocorre a precipitação em forma de chuva,
neve ou granizo. A energia elétrica
acumulada também começa a se dissipar
como
faíscas
elétricas
(raios
ou
relâmpagos).
A violenta amperagem dessa faísca
provoca no ar um aquecimento brutal que
o inflama, surgindo a manifestação
luminosa denominada relâmpago e, ainda,
a brusca e explosiva expansão do ar,
numa onda de pressão gera o ruído sônico
denominado trovão.
Meteorologia
3ª FASE DISSIPAÇÃO
Predomínio de correntes descendentes;
Expansão lateral;
Reduz a precipitação e a rajada.
FASES DA TROVOADA (TRV)
1ª FASE CUMULUS/FORMAÇÃO OU
DESENVOLVIMENTO.
Início da formação do CB;
Predomínio de corrente ascendente;
A nuvem é denominada TCU (Cumulus
Congestus)
TIPOS DE TROVOADAS
Convectiva ou térmica
Ocorrem no verão sobre o
continente (chuva de verão);
Ocorrem no inverno sobre o
oceano.
2ª FASE DA MATURIDADE
Desenvolvimento máximo do CB;
Equilíbrio
entre
as
correntes
ascendentes e descendentes;
Surge relâmpago;
Turbulência forte;
Chuva em forma de pancadas e
granizo;
Ventos de rajadas no solo;
Fase mais perigosa para aviação.
CUIDADO!!!!!!
Comissário(a) de Vôo
Orográficas ou mecânicas
Forma-se à barlavento das
montanhas, quando o ar úmido e
instável sobre as encostas;
É semi-estacionária.
Dinâmicas ou frontais
São formadas nas convergências de
vento e massas de ar de densidade
diferentes;
Surge nas frentes, com fluência
intertropical
(CIT)
e
linhas
de
instabilidade;
As de frente fria são mais intensas e
baixas.
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Meteorologia
CONDIÇÕES PARA FORMAÇÃO
CONDIÇÕES DE TEMPO ASSOCIADAS
A TROVOADA
TURBULÊNCIA
Em todos os níveis. Ar instável;
Varia de leve a severa.
Umidade (gotas d’água);
Temperatura da estrutura do avião
abaixo de 0°C;
Temperatura mais favorável: de 0°C a
–10°C;
GRANIZO
TIPOS DE GELO
Precipitação em forma de pedra de
gelo;
Cor esverdeada da nuvem CB identifica
a presença de granizo.
ESCARCHA – OPACO – AMORFO
Forma-se em ar instável;
Nuvens estratiformes;
É de fácil remoção;
Aspecto granuloso;
No CB ocorre com temperatura abaixo
de –10°C.
GELO
Forma sobre a aeronave gelo do tipo
claro e escarcha.
CHUVA
Em forma de pancada;
Pode ter chuva e neve misturados
acima da isotermia de 0°C.
RELÂMPAGOS
É uma descarga elétrica;
Os verticais predominam na dianteira
da TRV;
Os horizontais predominam na parte
traseira da TRV.
RAJADAS
Em superfície em todas as direções;
É comum ocorrer Wind Shear;
Perigoso no pouso e decolagem.
TORNADO
Ocorre em trovoadas muito intensas;
São nuvens tipo funil com circulação
violenta.
OBS.: EVITAR VÔO EM TROVOADAS
VIII – FORMAÇÃO DE GELO EM
AERONAVES
CLARO – CRISTAL – TRANSPARENTE
Forma-se em ar instável;
Nuvens cumulus e cumulunimbus
(CU/CB);
Pesado e de difícil remoção;
Formado por gotas grandes;
É mais perigoso;
Temperatura mais favorável entre 0°C
e –10°C.
GEADA
Depósito de cristais de gelo sobre os
bordos de ataque, pára-brisa e janela;
Reduz a visibilidade.
TEMPERATURAS
Ar instável ou condicionalmente instável
Ar estável ou con
dicionalmete
estável
Até 0°C – não forma gelo
Não forma gelo
0°C a –10°C – formação
de gelo claro
Formação de gelo
Escarcha
-10°C a –20°C– formação Formação de gelo
de gelo misto
escarcha
-21°C a –40°C– formação Formação de gelo
de gelo escarcha
escarcha
O gelo diminui a sustentação da
aeronave; aumenta o peso e a velocidade
de perda; afeta o controle e aumenta o
consumo de combustível.
Comissário(a) de Vôo
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11
MET grupo 4
Meteorologia
OBERVAÇÕES
Ar frio é mais pesado;
Ar quente é mais leve;
Ar seco é mais pesado;
Ar úmido é mais leve;
Ar mais quente e menos denso;
Ar frio e mais denso (partículas)
Céu vermelho: presença de névoa seca
Céu amarelo: presença de areia ou
poeira;
Céu azul-cinza: presença de névoa
úmida
Hidrometeoro: composto de água
Litometeoro: composto de sólidos.
RESUMO ATM ISA
Para estudos a atmosfera padrão ISA tem:
Ar seco
Sua composição e de 78% N, 21%
O2 e 1% outros gases.
Temperatura padrão a nível do mar
de NMM=15º C
GTV
de 0,65ºC/100m ou 2ºC
/1000ft
Pressão padrão de a NMM= 1013.2
hpa ou 760mm Hg
Gradiente de pressão vertical de 1
hpa para 30Ft.
Densidade padrão a
NMM = 1.225 g/m³de Ar
Velocidade do som a
NMM =340m/s
OBSERVAÇÕES
hPa = hecto Pascal
mb = milibar
POL = polegada
ft = pés
m = metro
NMM = nível médio do mar
GVT = Gradiente vertical térmico
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