Raiva animal

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22/06/2011
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS
DISCIPLINA: DOENÇAS INFECTO CONTAGIOSAS
RAIVA ANIMAL
A raiva, ou hidrofobia, é uma zoonose viral ,
caracterizada por encefalomielite aguda altamente fatal
Geralmente ocasionada por arranhadura,lambedura ou
mordedura de animal infectado
Raiva animal
Afeta animais de sangue quente de todas as idades
Orientador: Prof°Dr.Sidnei Miyoshi Sakamoto
Mestranda: Wanessa Basílio de Menezes
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MOSSORÓ-2011
RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL
Histórico
O primeiro registro escrito da doença vem do
código Eshununna, 23 aC:
"Se um cão é bravo e as autoridades levaram o
fato ao conhecimento do seu proprietário, se ele
não se mantém, e ele morde um homem e causa a
sua morte, em seguida, o proprietário pagará dois
terços de mina de prata (Théodore, 1986).
Histórico
Pasteur removendo uma amostra de saliva de um
cão raivoso (cortesia Reproduzido do Pasteur, Paris)
Fig.Graças à Virgem Santa para
salvar a vida de um menino com
raiva.Distrito de Soledade, 22 de
maio de 1927.
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RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL
Agente etiológico
Ordem
• Mononegavirales
Família
• Rhabdoviridae
Gênero
• Lyssavirus
Genoma do vírus rábicomolécula simples de RNA
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Propriedades físicas do vírus
Inativado
Esquema do virião do vírus da raiva
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cadáveres putrefactos pode residir até 45h após a morte.
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(Riet-Correa ,2001)
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RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL
Distribuição Mundial da raiva 2001
Epidemiologia
A raiva afeta animais de sangue quente de todas
as idades;
As diferentes espécies apresentam graus variáveis
de suscetibilidade
Doença endêmica- Zoonose fatal que mais mata no
mundo
Doença muito rara
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RAIVA ANIMAL
Perdas econômicas
• Perdas animais diretas e indiretas na pecuária
por ataques de morcegos = U$ 50 milhões
• No período de 1995 a 2000
25.000 casos de raiva na América Latina
74% deles no Brasil – bovinos mais afetados
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Transmissão
Transmissão
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Patogenia
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RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL
Período de incubação
É extremamente variável
Localização, extensão e profundidade da
mordedura, arranhadura, lambedura ou
contato com a saliva de animais infectados;
Distância entre o local do ferimento, o
cérebro e troncos nervosos;
Concentração de partículas virais
inoculadas e cepa viral.
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RAIVA ANIMAL
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RAIVA ANIMAL
Período de Transmissibilidade
Duração da doença
Homem: 4 a 10 dias
eliminação de vírus pela
saliva inicia-se de 2 a 5
dias antes dos sinais
clínicos
Cão: 3 a 7 dias
Herbívoros: 3 a 5 dias
5 a 7 dias após os sintomas.
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Animais silvestres:
(variável) entre 5-10 dias
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RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL
Susceptibilidade e Imunidade
Todos os mamíferos são susceptíveis à infecção
pelo vírus da Raiva.
Principais reservatórios
Diagnóstico
Quadro clínico
sugestivo
História clínica do
paciente
Materiais analisados
Laboratoriais
Ordem Chiroptera
Ordem Carnivora
• Sangue, saliva, bulbo
piloso, esfregaço de
córnea e tecido nervoso.
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(Rupprest et al., 2001)
RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL
Método padrão de diagnóstico
Teste de imunofluorescência direta-IFD
http://www.sbpc.org.br
Teste de imunofluorescência direta
Teste de inoculação em camundongos
Observações dos sinais de raiva
O anticorpo não ligado é removido por lavagens e o
preparado é observado em microscópio de fluorescência.
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RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL
Teste de imunofluorescência direta -IFD
Teste de inoculação em camundongos
Camundongos de 3 a 4 semanas;
Inoculação diretamente no interior do cérebro;
Controle - inoculado com solução salina fosfatada (PBS) estéril;
Observação por 30 dias - sintomatologia;
Provas - necrópsia e IFD;
Problemas
Períodos muito longos;
Não auxilia nas decisões médicas;
Teste acurado
Rápido
Relativamente barato
Auxilia nas decisões médicas
Positivo IFD
Negativo IFD
Fonte:http://www.cdc.gov/rabies/diagnosis/direct_fluorescent_antibody.html
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http://www.ses.se.gov.br
http://www.ses.se.gov.br
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http://www.ses.se.gov.br
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Exame histológico
Método inespecífico
Não é considerado diagnóstico
Características
Infiltração de
células
mononucleares
Manguito
perivasculares
Células
polimorfonuclea
res
Histopatógico
Fonte:http://anatpat.unicamp.br/lamneuro6.html
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Corpúsculo de
negri
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Diagnóstico
Espécie
Material
Humano
Cérebro, cerebelo
Cão, gato
Corno de amon,
Bovino
Cerebelo, corno de amon,
medula
Equino
Cerebelo, corno de amon,
medula
Cérebro e cerebelo
Ovino, caprino , suíno
Silvestres e morcegos
Enviar animal inteiro para
identificação (cérebro,
cerebelo e medula)
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RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL
SINAIS CLÍNICOS CÃES E GATOS
Furiosa:
2-4 dias
Paralítica:
2-4 dias
• Irritabilidade,
excitação, insônia,
latido freqüente,
agressividade
• Paralisia músculo
mandíbula, salivação,
latido bitonal,
depressão, convulsão,
coma e morte.
Sinais clínicos bovinos
Paralítica
Isolamento, mugido
freqüente,excitação, tremores
musculares, salivação
paresia, andar cambaleante,
decúbito ventral, morte
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Fonte:www.agricultura.gov.br
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RAIVA ANIMAL
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Sinais clínicos equinos
fase furiosa
presente
Paralítica
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alerta e tensão,
anorexia e ou
apetite depravado,
andar
cambaleante.
(morder)
prurido intenso
(auto-mutilar)
Pode também na
fase paralítica
RAIVA ANIMAL
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RAIVA ANIMAL
Sinais clínicos Suínos
Sinais clínicos em Morcegos
Desmodus rotundus
Paralítica
isolamento,midrí
ase, pêlos
arrepiados,
tenesmo,mugido
s.
Furiosa
Alteração de comportamento
Comportamento violento raro
mordidas ,
grunhidos
constantes
Encontrados no solo
Após 2 - 3 dias
incoordenação
motora
Paralisia aparente
(Pessoa et al.,2011)
Andar
cambaleante,dec
úbito esternal e
morte
PI 6 – 177 dias
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RAIVA ANIMAL
Sinais clínicos- Humano
1°estágio- (2-4 dias)
Dor de cabeça
2°estágio- 4 a 10 dias
Comporta
mentos
bizarros
Agressivi
dade
morte
Febre
Nausea
Fadiga
Anorexia
Coma
Fonte:Google imagens
Fonte:Google imagens
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Prurido local
Insônia
.
Paralisia
Fotofobia
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Hipersaliva
ção
Fonte:www.agricultura.gov.br
Hidrofobia
Fonte:www.agricultura.gov.br
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RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL
Tratamento
Controle
Não há tratamento e a doença é invariavelmente
fatal, uma vez iniciado os sinais clínicos.
cães e gatos
Campanha de Vacinação contra
raiva
Google imagens
Controle de população
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• Apreensão e eutanásia de animais
errante
• Registro, resgate e adoção
• Controle de natalidade
• Posse responsável
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RAIVA ANIMAL
Controle cães e gatos
Controle herbívoros
Observação animal
Vacinação animal – pecuarista
Notificação de agressões por Desmodus
Vacinação de rotina
rotundus aos herbivóros
Notificação de abrigos de morcegos
Vigilância ambiental de fatores
biológicos
• envio de material para o laboratório
• investigação de casos
• bloqueio de foco
hematófagos
Envio de material para diagnóstico laboratorial
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Controle da população de morcegos
hematófagos – poder público
Captura (abrigo e currais) – aplicação de anticoagulante nos morcegos
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