REPELENTE DE INSETOS

Propaganda
REPELENTE DE INSETOS
Nome Químico: 3-(N-butil-Nacetil)-aminopropionato de etilo
INCI Name: Ethyl Butylacetylaminopropionate
No CAS: 52304-36-6
Fórmula: C11H21NO3
Peso Molecular: 215,29
PROPRIEDADES
Os insetos podem constituir um problema ou uma ameaça para o homem e animais. Os danos causados
por várias espécies de insetos tanto em humanos como em muitos animais causam infecções e transmissão
de enfermidades perigosas.
As principais armas contra os insetos são os inseticidas, porém seu emprego e perfil toxicológico são
bastante problemáticos, uma vez que a proteção do meio ambiente está reconhecida como fator vital. Por
isso se preferem tomar medidas defensivas aos inseticidas.
Diferença entre repelente e inseticida segundo Detheir:
Os inseticidas matam os insetos. Neste caso, o inseto terá que ter contato com a substância, o que significa
que o hospedeiro pode ficar afetado de todas as formas. Os repelentes, em contrapartida, procuram
impedir esse contato.
MECANISMO DE AÇÃO DO REPELENTE
Os grupos funcionais com efeito repelente conhecido podem ser classificados segundo a intensidade do
efeito: amidas > imidas > álcoois > fenóis.
A pressão de vapor da respectiva substância é muito provavelmente um dos poucos parâmetros que se
pode correlacionar com a intensidade do efeito repelente.
Está comprovado que o ponto de ebulição de uma substância prevista para servir de repelente deve ser de
100 a 300°C. Deve se tratar de uma substância volátil para que o inseto possa detectá-la à distância.
Em uma série de experimentos neurofisiológicos, Davis demonstrou diferentes mecanismos de ação nas
terminações olfativas das antenas de insetos. Também postula a existência de diferentes grupos de
quimiorreceptores sendo que cada um deles é sensível a um determinado grupo de substância.
As conseqüências resultantes para o comportamento do inseto têm duas explicações possíveis: a
diferenciação dos distintos estímulos químicos se produz no SNC;
os distintos estímulos se diferenciam no momento da excitação dos nervos e cada fibra nervosa reage de
forma específica a uma determinada classe de substâncias.
Davis descreve também cinco diferentes quimiorreceptores sensoriais nas terminações das antenas,
deduzindo cinco possíveis mecanismos de ação dos repelentes:
- Inibição neuronal seletiva;
- Inibição do neurônio que normalmente reage com sensibilidade a um estímulo de atração;
- Saturação do estímulo dependente das doses – efeito inverso;
- A atração originada por um estímulo neuronal debilitada pode converter-se em repulsão quando o
estímulo é intenso;
- Estimulação de neurônios inibidores;
- Ativação de um sistema receptor que inibe o comportamento hematófago. Transmissão de uma falsa
mensagem pelos neurônios;
- Nocicepção direta;
Av. Gentil de Moura, 194 CEP 04278 080 Ipiranga São Paulo SP Tel/Fax 55 (11) 5061.5282
[email protected] www.mapric.com.br
- Ativação dos receptores da dor. Estes receptores neuronais induzem a uma reação dolorida;
- Ativação simultânea de vários sistemas – neutralização;
- Ativação simultânea de distintos receptores conductuais, com o resultado de que o estímulo de atração se
perde entre os demais estímulos sensoriais.
FATORES QUE INFLUENCIAM NO EFEITO REPELENTE
Propriedades Farmacêuticas
- Permanência sobre a pele, capacidade de formar película, propriedades odoríferas, tipo de solvente,
concentração.
Área Exposta
- Abrasões, fricção, vascularização.
Fatores Ambientais
- Temperatura, hora do dia, velocidade do vento, claridade, umidade do ar.
Fatores do Hospedeiro
- Intensidade de transpiração, sensibilidade individual, alimentação, movimentação, capacidade de
absorção cutânea.
REQUISITOS QUE DEVEM CUMPRIR UM REPELENTE
- Proteção eficaz da pele contra os insetos;
- Efeito repelente persistente durante várias horas, também em condições climáticas pouco favoráveis;
- Amplo espectro de ação;
- Máxima tolerância pela pele e mucosa, ausência de propriedades tóxicas não devem penetrar na pele;
- Não deve ser hidrolisável, fotooxidável ou oxidável, alta termoestabilidade e resistência ao suor.
SEGURANÇA E TOXICIDADE
Muito baixa toxicidade aguda.
EFICÁCIA
O Repelente apresenta eficácia contra:
- Mosquitos: Anopheles gambiae e funestus, Aedes aegypti e albopictus, Culex pipiens e Culex
quinquefasciatus;
- Piolhos: Pediculus humanus;
- Moscas Negras: Simúlidos;
- Moscas de establo: Stomoxys calcitrans;
- Vespas: Polistes galliens;
- Abelhas: Apis melífera;
- Mosca doméstica: Musca domestica;
- Mosca tsetse: Glosínidos.
INDICAÇÕES
- Formas farmacêuticas;
- Loção hidroalcóolica;
- Gel fluido;
- Loção oleosa;
- Emulsão O/A e A/O;
- Aerossol;
Av. Gentil de Moura, 194 CEP 04278 080 Ipiranga São Paulo SP Tel/Fax 55 (11) 5061.5282
[email protected] www.mapric.com.br
- Roll on;
- Pó.
RECOMENDAÇÕES
A forma galênica tem influência considerável sobre a eficácia dos agentes repelentes de insetos.
Deve-se ter cuidado de não aplicar na pele outras substâncias que poderiam ativar nos insetos o
mecanismo de localização do hospedeiro. São elas: aminoácidos, açúcares, ácido lático, proteínas,
colesterol, determinadas substâncias aromáticas ou perfumes.
O uso de agentes formadores de filme garantirá a distribuição uniforme do repelente em uma área extensa
e, portanto, uma permanência ótima sobre a pele.
SOLUBILIDADE
Preferencialmente em fase oleosa. Mas na presença de um solubilizante alcoólico também solubiliza bem
na fase aquosa.
DOSAGEM / CONCENTRAÇÃO USUAL
10 a 30%
ARMAZENAMENTO
Acondicionar em recipiente hermético, ao abrigo da umidade, do calor e da luz solar direta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Merck
BASTITUZZO, J. A ; ITAYA, M; ETO, Y. FORMULÁRIO MEDICO FARMACEUTICO. 2ª edição.
São Paulo: Tecnopress, 2002.
Av. Gentil de Moura, 194 CEP 04278 080 Ipiranga São Paulo SP Tel/Fax 55 (11) 5061.5282
[email protected] www.mapric.com.br
Download