PULGÃO: TRANSMISSÃO DE VÍRUS E MANEJO Waldir Cintra de Jesus Junior [email protected] 0800-112155 Tópicos a serem abordados • Condições para se ter doença • Como os patógenos se disseminam? E os vírus? • O que são vetores de vírus? • Condições para se ter doença virótica • Vetores e relações vírus-vetor • Tristeza dos citros • Morte súbita dos citros • Manejo de doenças viróticas e pulgões Condições para se ter doença Patógeno i n Clima Citros Manejo Como os patógenos se disseminam? A maior parte do inóculo de fungos e bactérias é transportada passivamente (ar, água, homem e insetos) E os Vírus de Plantas? Como eles são disseminados? Como os vírus de plantas são disseminados? A. Sementes 1/5 do vírus Taxa variável B. Pólen C. Propagação vegetativa e enxertia D. Mecânica: experimental e operações culturais E. Vetores O que são Vetores de Vírus? Qualquer organismo que no seu processo natural de alimentação é capaz de retirar o vírus da planta doente e, na alimentação subsequente(s), fazer sua inoculação em plantas sadias Agentes de disseminação, inoculação e transmissão Condições para se ter doença virótica Vírus Incubação Citros Vetor Clima Dinâmica Manejo Vetores de vírus de plantas Cigarrinha Mosca branca Cigarrinha Afídeos (pulgões) Ácaro (Eriofídeo) Fungo Nematóide Tripes Ácaro (Brevipalpus) Transmissão de Vírus por Vetores 70% dos vírus são dependentes de vetores Artrópodes (insetos e ácaros) Nematóides Fungos Ordem Hemiptera Subordens: Heteroptera: percevejos Sternorrhyncha: afídeos, mosca-branca, cochonilhas, psilídeos Auchenorrhyncha: cigarrinhas, cigarras Afídeos: principais vetores de vírus Tipos de relações vírus/vetores Características SemiNão persistente persistente Tempo de aquisição Segundos Persistente Circulativa Propagativa Minutos Min./horas Min./horas Segundos Minutos Min./horas Min./horas Não Não Horas/dias Horas/dias Não Não Não SIM Min./horas Horas/dias Dias/semanas Toda vida Baixa Média É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA QUE SE CONHEÇA O Tempo de transmissão RELACIONAMENTO ENTRE UM Latência DETERMINADO VÍRUS E SEU VETOR, Multiplicação no vetor POIS ISSO TERÁ CONSEQÜÊNCIAS Retenção pelo vetor IMPORTANTES NA ESCOLHA DE Especificidade Alta Alta MÉTODOS DE CONTROLE Aquisição e transmissão Picada de prova Picadas de prova e alimentação Picada de alimentação Picada de alimentação Bainha do estilete RELAÇÃO VÍRUS-VETOR (AFÍDEO) Esôfago Glândula salivar Glândula acessória salivar Mesenteron Proctodaeum Faringe Semi-persistente Canal alimentar Hemocoele Hemolinfa Não persistente Não-propagativa Propagativa TRANSMISSÃO SEMIPERSISTENTE Caulimovirus Sequivirus Badnavirus Waikavirus Closterovirus Citrus tristeza virus (CTV) Tristeza dos citros TRANSMISSÃO SEMIPERSISTENTE AQUISIÇÃO FLOEMA (min-horas) INOCULAÇÃO FLOEMA (min-horas) PERSISTÊNCIA Meia-vida = horas VÍRUS DE FLOEMA Tristeza dos Citros Toxoptera citricida Aphis gossypii T. citricida em 5 anos Tristeza dos Citros Aphis gossypii Flórida República Toxoptera citricida Dominicana Morte Súbita dos Citros MORTE SÚBITA DOS CITROS Resultados Obtidos • Transmissão do patógeno por enxertia de borbulhas Pera Cravo Yamamoto et al. (2003) Agente biótico MORTE SÚBITA DOS CITROS Resultados Obtidos • Purificação dos vírus da Tristeza e Tymoviridae em plantas com MSC Jesus Junior et al. (2004) Identificar o agente causal MORTE SÚBITA DOS CITROS Resultados Obtidos y = 0,23 + 1,07 x TRISTEZA Costa Rica 0,1 Variância Observada y = 0,22 + 1,07 x R2 = 0,99 0,01 Hughes & Gottwald (1999) 0,001 MORTE SÚBITA Na presença de Toxoptera citricida Triângulo Mineiro Norte de SP 0,0001 0,0001 0,001 0,01 0,1 Variância Binomial Bassanezi et al. (2003) Manejo de Doenças Viróticas A. Evitar que o vírus chegue à cultura - Quarentenagem - Uso de sementes livres de vírus - Uso de material vegetativo livre de vírus (termoterapia, quimioterapia e cultura de meristema) - Eliminar plantas hospedeiras do vírus - Erradicação sistemática de plantas doente (“roguing”) (Vírus com gama de hospedeira restrita Ex: mosaico do mamoeiro) Manejo de Doenças Viróticas B. Controlar ou evitar a chegada de vetores - Medidas culturais (Cobertura viva ou morta do solo) - Barreiras físicas - Controle químico Inseticidas, acaricidas, etc Tipo de relação vírus/vetor - Controle biológico (Parasitas e predadores) Manejo de Doenças Viróticas B. Controlar ou evitar a chegada de vetores - Controle químico Tipo de relação vírus/vetor Exemplos: resultados experimentais Sucessos Falhas Persistente e Semi-persist. 94/119 (79%) 16/48 (33%) Não persistente 25/119 (21%) 32/48 (67%) Relação vírus - vetor Perring et al., 1999 Manejo de Doenças Viróticas Sucessos Falhas Persistente e Semi-persist. 94/119 (79%) 16/48 (33%) Não persistente 25/119 (21%) 32/48 (67%) Relação vírus - vetor Perring et al., 1999 Vírus transmitidos de forma NÃO-PERSISTENTE não são controlados por meio de pulverizações com inseticidas para o controle do inseto vetor, pois a transmissão ocorre em poucos segundos, antes que o inseticida possa ter efeito sobre o inseto Manejo de Pulgões 2 SITUAÇÕES PULGÃO VETOR PULGÃO PRAGA Manejo de Pulgões Vetores Dificuldades de manejo devido a: - Cultura perene - Fluxos contínuos de brotações Manejo de Pulgões Vetores Dificuldades de manejo devido a: - Altas populações dos pulgões (1 único pulgão alado pode gerar 4.400 pulgões em 3 semanas) Manejo de Pulgões Vetores Dificuldades de manejo devido a: - A disseminação do pulgão é bastante rápida - A probabilidade de transmissão do CTV é alta (1 pulgão →1-25%; + de 20 pulgões → 80-90%) Freqüência relativa de colônias Abril 2003 – Dezembro 2004 Pomar 4 anos 2003 2004 Toxoptera citricida 16% Aphis spiraecola 18% Toxoptera citricida 18% Aphis gossypii 18% Aphis spiraecola 64% Aphis gossypii 66% N = 369 colônias N = 484 colônias Primiano, 2005 (dados não publicados) Freqüência relativa de colônias Abril 2003 – Dezembro 2004 Pomar 10 anos 2003 2004 Aphis spiraecola 7% Aphis spiraecola 17% Aphis gossypii 2% Aphis gossypii 1% Toxoptera citricida 91% N = 98 colônias Toxoptera citricida 82% N = 334 colônias Primiano, 2005 (dados não publicados) br03 ai03 un -03 un -03 jul -03 jul -03 go -03 go -03 et03 et03 ut03 ut03 ov -03 ov -03 ez -03 ez -03 an -04 an -04 ev -04 ev -04 ar04 ar04 br04 br04 ai04 ai04 un -04 un -04 jul -04 jul -04 go -04 go -04 et04 et04 ut04 ut04 ov -04 ov -04 ez -04 ez -04 Total de pulgões coletados Total de pulgões coletados ab r-0 ma 3 i-0 3 jun -03 jun -03 jul -03 jul -0 ag 3 o-0 ag 3 o-0 3 se t-0 3 se t-0 3 ou t-0 3 ou t-0 no 3 v-0 no 3 v-0 de 3 z-0 de 3 z-0 3 jan -04 jan -04 fev -04 fev -0 ma 4 r-0 ma 4 r-0 4 ab r-0 ab 4 r-0 ma 4 i-0 ma 4 i-0 4 jun -04 jun -04 jul -04 jul -0 ag 4 o-0 ag 4 o-0 4 se t-0 4 se t-0 4 ou t-0 4 ou t-0 no 4 v-0 no 4 v-0 de 4 z-0 de 4 z-0 4 Total de pulgões coletados Total de pulgões coletados Total de afídeos coletados (abr/2003 - dez/2004) 6500 6500 Toxoptera citricida 6000 6000 500 500 6000 6000 00 A M J J A S O N D Aphis gossypii 2003 Toxoptera citricida J F M A Aphis spiraecola 2004 5500 5500 5000 5000 4500 4500 Pomar 10 anos 4000 4000 3500 3500 3000 3000 2500 2500 2000 2000 1500 1500 1000 1000 Aphis gossypii Aphis spiraecola Toxoptera citricida 00 6500 6500 Aphis spiraecola 2003 2004 M J J A S O N Aphis gossypii 5500 5500 5000 5000 4500 4500 4000 4000 3500 3500 3000 3000 2500 2500 2000 2000 1500 1500 1000 1000 Pomar 4 anos 500 500 D Primiano, 2005 (dados não publicados) Flutuação populacional de alados Toxoptera citricida Aphis spiraecola Aphis gossypii 160 160 2003 2004 140 140 Pomar 10 anos 100 100 Nº indivíduos Nº indivíduos 120 120 80 80 60 60 40 40 20 20 Toxoptera citricida 00 A M J J J J A A S S O O N Toxoptera citricida N D D J J F Aphis spiraecola F M M A A M Aphis gossypii M J J J J A A S S O O N N D D 160 160 Aphis spiraecola Aphis gossypii 2003 2004 140 140 120 100 100 Nº indivíduos Nº indivíduos 120 8080 6060 4040 Pomar 4 anos 2020 000 A A MMJ JJ J JJ A A A S S S O O O N N N D D D J J J F F F M M M A A A M M M J J J J JJ A A A S S S O O O N N N D D D Primiano, 2005 (dados não publicados) Manejo Integrado de Pragas (Pulgões) As tomadas de decisão no controle de pragas têm se baseado em amostragens e níveis de ação Gravena, 2005 Essas informações existem para os ácaros da leprose e ferrugem, larva-minadora, psilídeo, cigarrinhas, ortézia e bicho furão E o Manejo Integrado de Pulgões Pragas? Joaninha Cycloneda sanguinea predando pulgões Gravena, 2005 Manejo de Pulgões Pragas Deve ser recomendado para evitar o dano direto Manejo de Pulgões Pragas Produtos Registrados Grupo Químico Agritoato 400, Dimetoato 500CE, Dimexion, Ethion 500RPA, Malathion 1000CE e 500CE, Perfekthion Organofosforado 500CE, Sumithion 500CE, Supracid 400CE, Tiomet 400CE, Confidor 700GrDa, Convence, Winner, Actara 250WG, Acatara Nicotinóide 10GR Danimen 300CE, Decis 25CE, Keshet Piretróide 25CE, Meothrin 300, Temik 400CE Carbamato