Sistemas Digitais Manual de Laboratório UAC – DM – Fernando Henriques Sistemas Digitais Manual de Laboratório I - Introdução Os Sistemas Digitais são constituídos por uma combinação de dispositivos que manipulam informação representada por dígitos. Na maioria das vezes a informação é representada internamente por sinais eléctricos binários. Estes sinais assumem apenas dois valores de tensão que correspondem aos valores lógicos 0 e 1 (ex: 0 V Æ 0 e +5 V Æ 1). O computador digital é um sistema digital binário, uma vez que toda a informação é nele representada através dos dígitos binários. As aulas práticas da disciplina de Sistemas Digitais destinam-se a familiarizar os alunos com os equipamentos básicos de implementação de circuitos digitais e a aprofundar os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas através da sua aplicação prática no projecto e montagem de circuitos lógicos digitais. Pretende-se, com este documento, informar os alunos sobre as normas de funcionamento do laboratório, e dar a conhecer os componentes base utilizados em sistemas digitais, algumas noções sobre a montagem de circuitos digitais em placas de ensaio e os principais aparelhos utilizados no seu teste. UAC – DM – Fernando Henriques 1 Sistemas Digitais Manual de Laboratório II - Normas de Funcionamento do Laboratório Para o aluno ser admitido numa aula de laboratório, tem de estar inscrito na mesma. O laboratório funciona com um número máximo de 6 grupos constituídos por 2 alunos. Haverá registo de presenças nas aulas de laboratório. Os alunos poderão dar um máximo de três faltas. Para a implementação dos circuitos digitais propostos, cada grupo terá ao seu cuidado um conjunto de ferramentas, material e equipamento de apoio: • módulo de teste • ponta de prova lógica • placa de montagem • alicate de pontas • alicate desnudador • pinça para extracção de circuitos integrados • conjunto de condutores com 0,5 mm de diâmetro Poderão ainda, eventualmente, utilizar o seguinte equipamento: • multímetro digital Será atribuído um conjunto de componentes electrónicos a cada grupo no início das aulas práticas. A responsabilidade pela boa conservação do equipamento e dos componentes deverá ser assumida solidariamente por todos os membros do grupo. De modo a permitir que os trabalhos sejam concluídos dentro do tempo previsto, os grupos deverão preparar os mesmos antes de iniciarem a montagem do circuito. Antes de realizar a montagem de circuitos digitais cada grupo deverá consultar os catálogos dos circuitos integrados a utilizar e, posteriormente, ter o máximo cuidado ao efectuar as respectivas ligações, de modo a evitar perdas de tempo na detecção de eventuais erros de montagem e a não danificar circuitos integrados. UAC – DM – Fernando Henriques 2 Sistemas Digitais Manual de Laboratório III – Componentes, material e instruções para montagem 1 - Circuitos integrados Os circuitos integrados (CI’s ou IC’s – “Integrated Circuits”) são circuitos electrónicos funcionais, constituídos internamente por transístores e outros componentes interligados, capazes de desempenhar diversas funções. Os elementos que constituem os circuitos são criados essencialmente na massa e à superfície de um material semicondutor (silício impuro) com dimensões extremamente reduzidas, formando um todo indissociável. Os CI’s podem ser encontrados no mercado com diversas formas e tamanhos. Nas aulas práticas serão utilizados os chamados DIPs (Dual-Inline Packages), que correspondem a circuitos integrados com embalagens “dual-in-line”, ou seja, que possuem duas filas de pinos alinhados. Os CI’s devem ser montados de acordo com a numeração dos seus pinos, a qual não está gravada no encapsulamento. No entanto, os CI’s possuem marcas, sob a forma de um entalhe ou de um cavado circular, que indicam o pino número 1. Posicionando o CI com a marca para a esquerda, o pino 1 é o que se encontra abaixo da marca, estando a restante numeração definida conforme se indica na figura. Cada CI possui dois pinos para ligação à alimentação: um pino para ligação ao pólo positivo da alimentação e outro ao pólo negativo. O primeiro é identificado, geralmente, com a mnemónica GND (abreviatura de “ground” – corresponde à ligação à massa, ou seja, aos 0 V) e o segundo com a mnemónica Vcc (V de “voltage” e c de colector – corresponde ao pólo positivo da alimentação - nos circuitos TTL os colectores de vários transístores estão ligados ao pólo positivo da alimentação). Na grande maioria dos CI’s TTL, o pino N/2 corresponde ao GND e o pino N ao Vcc. A tensão de alimentação dos CI’s TTL é nominalmente de 5 V: Vcc corresponde a +5V e GND a 0V. UAC – DM – Fernando Henriques 3 Sistemas Digitais Manual de Laboratório 2 - Placa de montagem (“breadboard”) Os circuitos serão montados com ligações não permanentes em placas próprias para o efeito, que são usualmente denominadas de: placas de ensaio, placas de teste, placas de montagem ou “breadboards”. Esta placas são constituídas por alvéolos agrupados de acordo com as interligações existentes no interior da placa. A placa de montagem é um dos suportes mais utilizados na implementação e teste de protótipos em laboratório. Podem-se distinguir as seguintes áreas na placa de montagem: - a zona central, constituída por uma matriz de alvéolos identificáveis por linhas numeradas de 1 a 28 e colunas rotuladas de “A” a “L”, e sulcos centrais a separar grupos de 6 alvéolos, que é utilizada para a montagem dos componentes que compõem o circuito e suas interligações (os sulcos localizam-se nas zonas reservadas para a colocação de CI’s, e foram criados para facilitar a sua extracção); - as bandas laterais, constituídas por duas faixas de alvéolos, delimitadas por traços pretos e vermelhos (que assinalam as ligações internas), que são normalmente utilizadas para realizar as ligações de alimentação dos CI’s que compõem o circuito (as faixas junto aos traços vermelhos são normalmente ligadas ao Vcc (+5V) e as faixas junto aos traços pretos ao GND); - a faixa inferior, constituída por uma matriz de alvéolos identificáveis por linhas rotuladas de “a” a “f” e colunas numeradas de 1 a 30, é uma área extra da placa de montagem do módulo de teste IDL-800, que é normalmente utilizada para facilitar o estabelecimento de ligações entre alvéolos da zona central que se encontrem mais distantes e para simplificar as ligações aos sinais de entrada do circuito. UAC – DM – Fernando Henriques 4 Sistemas Digitais Manual de Laboratório Na placa de montagem do módulo de teste há quatro tipos de interligação de alvéolos: - os 24 alvéolos junto aos traços pretos encontram-se interligados; - os 12 alvéolos junto aos traços vermelhos encontramse interligados; - as linhas numeradas de 1 a 28 são compostas por diversos grupos de 6 alvéolos (A-F e G-L) interligados entre si e separados por sulcos; - as colunas numeradas de 1 a 30 são compostas por grupos de 6 alvéolos (a-f) interligados entre si. 3 - Técnicas de montagem Na realização da montagem do circuito dever-se-á ter em consideração que: - os fios condutores a utilizar para realizar as ligações (fios unifilares com 0,5mm de diâmetro) deverão ser descarnados num comprimento aproximado de 0,5cm em cada extremidade; - não deverão ser estabelecidas ligações com condutores demasiado curtos ou com pontas tortas; - a montagem do circuito (inserção dos CI’s e dos fios condutores) deverá ser sempre realizada com a alimentação desligada; - os CI’s deverão ser inseridos sobre os sulcos verticais localizados na zona central da placa de montagem; - por uma questão de uniformidade, e para evitar erros nas ligações, deve-se inserir todos os CI’s com a mesma orientação (por ex.: com pino 1 para cima); - deverá efectuar-se, em primeiro lugar, as ligações de Vcc e GND de todos os CI’s, para prevenir erros nestas ligações, uma vez que os mesmos poderão danificar os CI’s; - deverá recorrer-se aos conjuntos horizontais de alvéolos existentes nas zonas superior e inferior da placa de montagem para se estabelecer a alimentação dos CI’s, ou seja, para se realizar as ligações de Vcc e GND; - nas ligações aos pinos dos CI´s, deverá começar-se a ocupar os alvéolos mais afastados, permitindo, deste modo, uma melhor identificação dos pinos e, posteriormente, um mais fácil acesso ao CI’s; - os fios não deverão passar por cima dos CI’s, para que estes possam ser facilmente substituídos por suspeita de avaria. 4 - Extracção de CI’s da placa de montagem A extracção de CI’s da placa de montagem deverá ser realizada com o recurso a pinças concebidas para o efeito, uma vez que ao tentar-se extrair CI’s da placa de montagem de outra forma é provável entortar-se alguns dos seus pinos que acabarão eventualmente por partir. UAC – DM – Fernando Henriques 5 Sistemas Digitais Manual de Laboratório IV - Módulo de teste (marca Digital Lab - modelo IDL-800) 1 2 9 8 3 7 4 6 5 O módulo de teste IDL-800 compreende a) diversos painéis compostos por: 123456789- gerador de funções voltímetro digital fonte de alimentação comutadores de funções botões de pressão comutadores de sinal adaptadores para conexões indicadores de estado lógico conversor código BCD – código de 7 segmentos b) placa de montagem extraível UAC – DM – Fernando Henriques 6 Sistemas Digitais Manual de Laboratório 1 - Gerador de funções (fonte de sinal) O gerador de funções gera ondas eléctricas (sinais) com formas sinusoidais, triangulares ou quadradas, de amplitude e frequência variáveis. - potenciómetro esquerdo: permite regular a amplitude do sinal (Vpp – valor pico-a-pico) ondas quadradas e sinusoidais: 0V a 8V ; ondas triangulares: 0V a 6V - potenciómetro direito e o comutador rotativo esquerdo: permitem regular a frequência do sinal (o valor da frequência obtido corresponde ao resultado do produto do valor da escala do potenciómetro pelo factor multiplicativo do comutador rotativo Æ 1Hz - 100kHz) - comutador rotativo direito: permite regular a forma de onda (sinusoidal, triangular ou quadrada) Os potenciómetros proporcionam uma regulação contínua do valor. Os comutadores rotativos proporcionam uma regulação por escalões. 2 - Voltímetro digital (equipamento de medida) O voltímetro digital permite medir tensões (diferenças de potencial) entre os seus terminais + e – de 0V a 200V. Possui um comutador rotativo para regular a precisão da leitura de acordo com os valores de tensão a medir, que desloca o separador numérico no mostrador digital de acordo com a gama de valores de tensão seleccionada. Este comutador permite aumentar a precisão nas leituras de valores de diferenças de potencial mais reduzidos. 3 - Fonte de alimentação A fonte de alimentação gera tensões contínuas de valor fixo ou regulável. Fontes fixas de tensão contínua: Nas zonas superior e inferior encontram-se os pontos de ligação a fontes fixas de tensão de +5V (+5±0,25V) e a ligações à terra GND (0V) para a alimentação de CI’s TTL. No centro encontram-se os pontos de ligação a uma fonte fixa de tensão de -5V (-5±0,25V) e a uma ligação à terra GND (0V). As fontes fixas de tensão possuem uma limitação máxima de corrente de saída a 1A. Fontes reguláveis de tensão contínua: As duas fontes reguláveis de tensão, localizadas entre as fontes fixas de tensão, proporcionam uma gama completa e contínua de tensões entre os -15V e os 15V: - fonte de tensão superior: 0V a +15V - fonte de tensão inferior: 0V a -15V A regulação da tensão é realizada com o auxílio de dois potenciómetros, que permitem realizar uma regulação contínua do seu valor. As fontes reguláveis de tensão possuem uma limitação máxima de corrente de saída a 3A. 4 - Comutadores de funções Os dois comutadores de 3 posições permitem gerar funções através da comutação dos valores dos sinais de tensão entre -5V, 0V e 5V. UAC – DM – Fernando Henriques 7 Sistemas Digitais Manual de Laboratório 5 - Botões de pressão Os dois botões de pressão permitem introduzir manualmente impulsos num circuito digital, pelo que serão utilizados como sinais de entrada do circuito, em particular como sinais de relógio. Os sinais complementares A’ e B’ são obtidos a partir dos sinais A e B através de inversores dos circuitos integrados CMOS 7414. Os valores lógicos 0 e 1, que correspondem aos níveis de tensão 0V e +5V, são obtidos da seguinte forma: - botão solto - botão premido Æ A=0 ; A’=1 (B=0 ; B’=1) Æ A=1 ; A’=0 (B=1 ; B’=0) 6 - Comutadores de sinal Os oito comutadores de 2 posições permitem gerar sinais para um circuito digital, através da comutação entre os valores lógicos 0 e 1. Os valores lógicos 0 e 1 correspondem a valores de tensão de 0V e +5V, respectivamente. 7 - Adaptadores para conexões Permitem a ligação ao módulo de sinais gerados por fontes externas, através de fichas do tipo banana e/ou BNC. 8 - Indicadores de estado lógico Os oito indicadores de estado lógico, realizados através de LED’s (LED - “Light Emitting Diode” díodo emissor de luz), permitem observar o valor de oito sinais ao mesmo tempo, que podem corresponder a saídas ou a pontos intermédios do circuito. Os LED’s estão ligados na configuração de ânodo comum (os ânodos dos LED’s estão interligados no mesmo ponto, estando este ligado a +5V). No entanto, devido aos inversores introduzidos entre os pontos de ligação e os LED’s através de circuitos integrados CMOS 4049, estes acendem quando é aplicado um valor lógico 1 (+5V). 9 - Conversor código BCD - código de 7 segmentos Este conversor permite apresentar nos visores de 7 segmentos, em representação decimal, o valor introduzido nas suas entradas (A-D) em código BCD (BCD - “Binary Coded Decimal”). A conversão é realizada por um circuito integrado CMOS 4511 “DBC-to-7Segment Latch/Decoder/Driver”. Os visores de 7 segmentos são activados através da ligação dos contactos D1 e/ou D2 ao GND. Os LED’s dos visores de 7 segmentos estão ligados na configuração de cátodo comum (os cátodos dos LED’s estão interligados no mesmo ponto, sendo este ligado a 0V), pelo que os segmentos acendem quando são aplicados valores lógicos 1 (+5V). O ponto decimal acende quando se aplica ao contacto P o valor lógico 1 (+5V). Entre o CI 4511 e os visores de 7 segmentos, encontra-se um DIP-Switch (“Dual-Inline Package Switch”) de 8 bits, ou seja, um dispositivo com 8 interruptores alinhados, que permite inibir individualmente o funcionamento dos 8 LEDs (7 segmentos + ponto decimal) dos visores. UAC – DM – Fernando Henriques 8 Sistemas Digitais BCD Manual de Laboratório 7 segmentos D C B A a b c d e f Visor g 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 UAC – DM – Fernando Henriques (decimal) 0 i 2 3 4 5 6 7 8 9 9 Sistemas Digitais Manual de Laboratório V - Ponta de prova lógica e gerador de impulsos lógico A ponta de prova lógica é um instrumento pequeno e prático para a análise de circuitos digitais de baixa complexidade. Este aparelho permite observar o nível presente num nó de um circuito. O gerador de impulsos lógico é um instrumento de precisão eficaz na detecção e correcção de defeitos em circuitos lógicos. Este aparelho permite impor instantaneamente um determinado nível num nó de um circuito. 1 - Ponta de prova lógica e gerador de impulsos lógicos GLP-1A (marca GoodWill - modelo LP-900): Este aparelho permite verificar o estado lógico de diferentes pontos do circuito e injectar impulsos de duração fixa. Ponta de prova lógica: A garra vermelha deve ser ligada a Vcc (Vcc=5V em circuitos TTL ; Vcc=4~18V em circuitos CMOS) e a garra preta a GND ( 0V ). O LED “HI” (vermelho) acende para o valor lógico 1 (nível “alto”). O LED “LO” (verde) acende para o valor lógico 0 (nível “baixo”). Ambos os LED’s acendem para ondas quadradas e impulsos muito curtos. Ambos os LED’s apagam para impedância elevadas. O LED “PULSE” (amarelo) acusa transições no sinal de “0” para “1” e de “1” para “0” (detecta impulsos até 10ns de duração). As gamas de tensão que representam os valores lógicos diferem para as famílias lógicas TTL e CMOS, pelo que os valores lógicos são identificados por esta ponta de prova lógica de acordo com a família lógica (identificada pelo valor da tensão de alimentação do circuito) e com o valor da tensão aplicada na ponta de sinal: Família Valor lógico 1 (nível “alto”) ( LED “HI” aceso - LED vermelho aceso) Valor lógico 0 (nível “baixo”) ( LED “LO” aceso - LED verde aceso) UAC – DM – Fernando Henriques TTL CMOS (Vcc=5V) (Vcc=4~18V) > 3 ± 0,25 V > 60% Vcc ± 5% (60% 5V ± 5% 5V) < 0,75 ± 0,25 V (15% 5V ± 5% 5V) < 15% Vcc ± 5% (Vcc=4-7V ) < 40% Vcc ± 5% (Vcc=7-18V) 10 Sistemas Digitais Manual de Laboratório Gerador de impulsos lógico: O gerador de impulsos lógico permite injectar impulsos directamente num circuito lógico, sem ser necessário remover CI’s ou interromper ligações, de modo a poder-se verificar a propagação do sinal ao longo do circuito ou averiguar o funcionamento de um circuito integrado. O gerador de impulsos lógico detecta o nível de tensão no nó com o qual entra em contacto, e injecta nesse nó impulsos de 10 µs, que se sobrepõem ao nível de tensão do nó. Se o nó estiver no nível “0”, o gerador de impulsos permite levar esse ponto do circuito ao nível “1” durante 10 µs, regressando em seguida ao nível “0” em que o nó se encontrava, repetindo esta operação periodicamente. Por outro lado, se o nó estiver no nível “1”, o gerador de impulsos executa a operação inversa. Como a duração dos impulsos gerados é muito breve, os sinais injectados não danificam qualquer componente do circuito, uma vez que a quantidade de energia enviada ao circuito sob teste é diminuta. O comutador “400pps/0.5pps” (pps - “pulses per second” = Hz - “hertz”) permite seleccionar a frequência da sequência de impulsos gerada, para 400 impulsos por segundo ou para um impulso em cada 2 segundos. Especificações técnicas: Taxa de impulsos: 0,5 a 400Hz Impedância Entrada: 1MΩ Tensão Entrada: ±35VDC, máx. Corrente Saída: 100mA Corrente Saída Onda Quadrada: 5mA Tensão Operação: 5 ~ 15V UAC – DM – Fernando Henriques 11 Sistemas Digitais Manual de Laboratório 2 - Ponta de prova lógica GLP-1: (marca Elenco Electronics - modelo LP-700) Este aparelho permite verificar o estado lógico de diferentes pontos do circuito. A garra vermelha deve ser ligada a Vcc (Vcc=5V em circuitos TTL ; Vcc=3~18V em circuitos CMOS) e a garra preta a GND ( 0V ). O LED “LEVEL” (valor lógico) pisca se a tensão de alimentação for correcta. O LED “LEVEL” acende para o valor lógico 1 (nível “alto”). O LED “LEVEL” apaga para o valor lógico 0 (nível “baixo”). O LED “PULSE” (detector de impulsos) acusa transições no sinal de “0” para “1” e de “1” para “0” (detecta impulsos até 20ns de duração). O LED “V+” (tensão de alimentação elevada) acende se Vcc>5V. O LED “V-” (tensão de alimentação baixa) acende se Vcc<-5V. O comutador “TTL/CMOS” permite seleccionar qual das famílias lógicas está em observação. As famílias lógicas TTL e CMOS diferem nas gamas de voltagem que representam os valores lógicos. O comutador “TTL/CMOS” permite interpretar correctamente os valores lógicos de acordo com a família lógica e com o valor da tensão aplicada na ponta de sinal: Família TTL CMOS (Vcc=5V) (Vcc=3~18V) Valor lógico 1 (nível “alto”) ( LED “LEVEL” aceso ) > 2,3 ± 0,2 V > 70% Vcc ± 1 V Valor lógico 0 (nível “baixo”) ( LED “LEVEL” apagado ) < 0,8 ± 0,2 V < 30% Vcc ± 1 V ≥500kΩ ≥1MΩ Impedância elevada ( LED “LEVEL” pisca à frequência de 1Hz ) O comutador “PULSE/LATCH” (impulso/memória) permite seleccionar a forma de detectar flancos de transição de sinais entre os valores lógicos “0” e “1”. - Com a posição “PULSE”, acusa ambas as transições, de “0” para “1” e de “1” para “0”, durante 200ms (um impulso de duração visível é mostrado). - Com a posição “LATCH”, o LED “PULSE” acende e mantém-se aceso até que haja uma transição (a transição é memorizada). UAC – DM – Fernando Henriques 12 Sistemas Digitais Manual de Laboratório VI - Multímetro Digital (marca Kiotto - modelo KT1000H) O multímetro digital é um instrumento que permite medir diversas grandezas eléctricas. Este aparelho incorpora um voltímetro para medir tensões eléctricas, um amperímetro para medir correntes e um ohmímetro para medir resistências. Permite ainda verificar a continuidade de um circuito. O botão “ON/OFF” liga e desliga o aparelho. O botão “HOLD” permite fixar o valor mostrado. A grandeza a medir e a sua gama é seleccionada através do comutador rotativo localizado no centro do aparelho. Ao redor deste comutador encontramse os valores correspondentes aos limites máximos das gamas e, em evidência, a unidade da grandeza. V - medição de tensões AC A - medição de correntes AC V - medição de tensões DC A - medição de correntes DC Ω - medição de resistências - verificação de continuidade (através de sinal sonoro) - teste de díodos Na parte inferior do aparelho encontram-se as entradas. As entradas a utilizar variam com a grandeza a medir e, no caso desta grandeza ser a corrente, com o seu valor. COM mAμA A VΩ - entrada comum - medição de correntes AC ou DC inferiores a 2A - medição de correntes AC ou DC entre 2 e 10A - medição de tensões, resistências, verificação de continuidade, teste de díodos A ponta de prova preta deve ser sempre ligada à entrada comum (COM) e a vermelha à entrada correspondente à grandeza a medir. De modo a obter a melhor precisão possível, antes de realizar uma medição deve seleccionar a gama imediatamente acima do valor máximo estimado para a medição. Se não for possível estimar o valor máximo, deve começar por usar a gama mais elevada e baixar até atingir a gama apropriada. Grandezas e limites de medida: Tensão contínua (DC): Tensão alternada (AC) : Corrente contínua (DC) : Corrente alternada (AC) : Resistência : Verificação de continuidade : 0 a 1000V 0 a 750V 0 a 10A 0 a 10A 0 a 20MΩ sinal sonoro para resistências <105Ω na gama de 200 Ω UAC – DM – Fernando Henriques 13