113 Aparelho Digestório Organismos unicelulares podem obter nutrientes diretamente do ambiente externo. Animais multicelulares, com a maioria das suas células apartadas do contato com o ambiente externo, desenvolveram estruturas especializadas em obter e processar seus alimentos. Dependem de dois processos: alimentação e digestão. Animais são heterótrofos, necessitam absorver os nutrientes ou ingerir fontes alimentares. A maioria dos animais utiliza a boca para ingerir alimentos. O sistema digestivo utiliza métodos mecânicos e químicos para processar os alimentos em moléculas nutrientes que possam ser absorvidas pelo sangue. Ocorre o que chamamos de digestão extracelular, com o processo se fazendo no lúmen do (tubo) sistema digestivo, no qual as moléculas nutrientes são transferidas para o sangue ou fluídos corporais. Estágios do processo digestório Movimento: o alimentos é propelido através do sistema digestivo. Secreção: liberação dos sucos digestivos em resposta à estímulos específicos Digestão: quebra dos alimentos que se transformam em componentes moleculares suficientemente pequenos para atravessar a membrana plasmática. Absorção: passagem das moléculas para interior do corpo e passagem através do corpo. Eliminação: remoção dos alimentos não digeridos e dos resíduos. Neste processo que, livremente, chamaremos de “digestão”, ocorrem três etapas: a digestão propriamente dita, que é a “quebra” mecânica e química dos alimentos em partículas ou moléculas suficientemente pequenas para passar para a corrente sanguínea; absorção para o fluxo sanguíneo e assimilação, que é a passagem das moléculas alimentares para o interior das células corporais. Componentes do sistema digestório O sistema digestório humano é constituído por um tubo muscular, enrodilhado, com seis a nove metros de comprimentos, que se estende da boca ao ânus. Vários compartimentos especializados se situam ao longo do seu comprimento: boca, faringe, esôfago,estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. Também estão conectados ao sistema principal órgãos digestórios acessórios, por uma série de ductos: glândulas salivares, partes do pâncreas, fígado e vesícula biliar. Boca e Faringe O processamento mecânico começa na boca, através do mastigamento (pelos dentes) e mistura (pela língua). O processamento químico se inicia pela produção da amilase salivar, liberada pelas glândulas salivares. Essa mistura de alimento e saliva e, então, empurrado para a faringe e esôfago. Este, é um tubo muscular cujas contrações levam o alimento para o estômago. Na boca, dentes, mandíbula e língua iniciam a quebra mecânica do composto alimentar, que é transformado em partículas menores. A maioria dos vertebrados, com exceção dos pássaros (que perderam seus dentes, substituídos por um bico endurecido), possui dentes, cuja função é rasgar, moer e mastigar o alimento. A língua manipula o alimento durante a mastigação e deglutição; os mamíferos possuem papilas gustativas em suas línguas, o que lhes permites uma série de classificações e seleções alimentares. As glândulas salivares secretam a amilase salivar, uma enzima que inicia o processo de transformação da pasta alimentar em glicose. Além disso, o muco produzido por essas glândulas umedece os alimentos e lubrifica o esôfago. Os íons bicarbonato presentes na saliva neutralizam os ácidos presentes nos alimentos. A deglutição move o alimento da boca para a faringe, desta para o esôfago e, então, para o estômago, em três etapas: Etapa 1: uma massa de alimento umedecido e mastigado, um “bolo alimentar”, é movido para o fundo da boca pelo movimento da língua. Na faringe, esse bolo aciona o gatilho do movimento de deglutição involuntário (que evita que o alimento entre na traquéia), que empurra e direciona o bolo para o esôfago. Etapa 2: a musculatura esofagiana propele o bolo alimentar através de ondas de contração muscular lisa involuntária (peristaltismo). Etapa 3: o bolo alimentar passa através do esfíncter gastro-esofágico e chega ao estômago. Dentes Os dentes são formações de aspecto ósseo, que têm a tarefa de apreender, cortar e moer o alimento. São em número de 32 no adulto, 16 para cada maxilar. Na criança são somente 20 (10 por maxilar). Os dentes desempenham um papel relevante no bem estar. Têm importantes funções, tais como a mastigação, a estética e a fonética. São implantados em pequenas cavidades ditas alvéolos, cavadas na espessura dos ossos maxilares. Ao nascer não há normalmente dentes visíveis na 114 boca, mas já se encontram muitos dentes nas diversas fases de desenvolvimento no interior da estrutura óssea das arcadas dentárias. Nos primeiros anos aparece a dentição decidual ou de leite e mais tarde a dentição permanente. Uma idéia ainda bastante comum é a de que a dentição decidual não é para levar a sério uma vez que será perdida numa idade ainda muito nova para dar lugar aos dentes permanentes, mas correse o risco de prejudicar substancialmente a dentição vindoura. Os primeiros dentes da dentição permanente a emergir na boca são os primeiros molares. Eles fazem a sua aparição imediatamente atrás dos segundos molares deciduais, na idade dos 6 anos. Escapa por vezes a ser notado porque não é precedido pela queda de nenhum dente decidual uma vez que nasce num espaço onde não havia dente algum. O aparecimento dos dentes é gradativo, sendo os dentes do siso (terceiros molares) os últimos a aparecer. As pessoas que têm os terceiros molares devidamente desenvolvidos e alinhados são de fato uma minoria. Pensa-se até que é um dente com tendência a desaparecer com a evolução do homem. Normalmente quando um dente do siso dá problemas o(a) dentista não hesitará em extraí-lo. A ordem normal na qual os dentes permanentes fazem a sua erupção é a seguinte: primeiros molares, incisivos centrais e laterais inferiores, incisivos centrais superiores, incisivos laterais superiores, caninos inferiores, primeiros pré-molares, segundos pré-molares, caninos superiores, segundos molares e, finalmente, terceiros molares. Na composição de um dente entram quatro materiais diferentes: o esmalte, a dentina, o cimento e a polpa. A parte externa da coroa do dente, isto é, a parte que emerge das gengivas, está coberta de esmalte que é a substância mais dura do organismo. O esmalte se for lascado, partido, gasto pela erosão ou atacado pela cárie, não se reconstitui e expõe a camada subjacente de dentina que é mais macia e solúvel ficando o dente com mais sensibilidade. A raiz do dente, ou seja, a parte localizada abaixo da gengiva, é revestida por uma camada fina de cimento que é um tecido vivo susceptível de crescer e se reconstituir. Logo abaixo do esmalte e do cimento fica a dentina que é uma substância semelhante ao osso. No interior da dentina existe uma cavidade central que é preenchida pela polpa, tecido mole que contém os nervos e os vasos sanguíneos. Estômago Durante uma refeição, o estômago gradualmente se enche, até uma capacidade de um litro (vazio, comporta 50 a 100 mililitros). Ao preço de algum desconforto, pode se distender até a capacidade de dois litros ou mais. Células Epiteliais: constituem a camada celular mais interna, tendo a capacidade de secretar até dois litros de sucos gástricos por dia. Esse suco gástrico contém ácido clorídrico, pepsinogênio e muco, importantes ingredientes da digestão. Sua secreção é controlada por estímulos nervosos (cheiros, emoções e cafeína) e endócrinos. O ácido clorídrico (HCl) diminui o pH do estômago, condição que ativa a produção de pepsina. A pepsina é a enzima que controla e executa a transformação (hidrolização) das proteínas em peptídeos. O estômago também funciona como uma “batedeira”, continuamente revolvendo e esmagando os alimentos ingeridos. O quimo, que é a mistura dos sucos digestivos e dos alimentos dentro do estômago, deixa o estômago e entra no intestino delgado. O ácido clorídrico não atua diretamente na digestão dos alimentos: mata microorganismos, baixa o pH para níveis entre 1,5 e 2,5 e ativa o pepsinogênio, que é a enzima que inicia a digestão das proteínas. O pepsinogênio é produzido por células gástricas, sendo ativado ao se partir uma parte da molécula produzindo a enzima pepsina. Esta enzima faz com que as proteínas se dividam em fragmentos de peptídeos durante a digestão no estômago. 115 Úlceras As úlceras pépticas ocorrem quando os mecanismos protetores não mais funcionam. O sangramento dessas úlceras ocorre quando os tecidos ficam severamente danificados, ocorrendo ruptura dos vasos sanguíneos. As úlceras perfuradas constituem as complicações mais graves, com risco de vida, porque se forma uma abertura na parede do estômago por onde extravasa conteúdo gástrico para a cavidade abdominal. Pelo menos 90% de todas as úlceras pépticas são causados pelo Helicobacter pylori. Outros fatores, incluindo estresse e aspirina, também podem produzir úlceras. A digestão dos carboidratos, iniciada pela amilase na boca, continua no bolo alimentar enquanto esse passa ao estômago. O bolo, então, é transformado em “quimo” ao chegar ao terço inferior do estômago, utilizando a acidez gástrica para inibir a ruptura das moléculas de carboidratos. Começa a digestão das proteínas pela pepsina. Álcool e aspirina são absorvidos no estômago diretamente para a corrente sanguínea. As células epiteliais secretam muco, que forma uma barreira protetora entre as células e a acidez gástrica. A pepsina é inativada quando entra em contato com este muco. Os íons bicarbonato reduzem a acidez próxima da camada celular superficial do estômago. As células epiteliais da camada superficial do estômago são mantidas fortemente unidas para reduzir ou prevenir a infiltração dos ácidos gástricos. O Intestino Delgado O intestino delgado é o local onde a processo final de digestão e a absorção ocorre. Trata-se de um tubo enrodilhado com mais de seis metros de comprimento, mas a disposição das vilosidades características da luz lhe dão uma área superficial de mais de quinhentos metros. Quando o processo digestivo finaliza a digestão de proteínas e carboidratos, as gorduras ainda não foram digeridas. As vilosidades possuem células que produzem enzimas próprias que executam o processo de digestão de peptídeos e açúcares, sendo que o processo de absorção ocorre aí mesmo. Temos então que os alimentos foram quebrados em partículas suficientemente pequenas para passar através da parede intestinal. Os açúcares e aminoácidos chegam à corrente sanguínea através dos capilares de cada vilo. O glicerol e os ácidos graxos se dirigem ao sistema linfático. A absorção é um transporte ativo, necessitando gasto de energia celular. Os alimentos são misturados na parte inferior do estômago por meio das ondas peristálticas, que também são responsáveis pela propulsão da mistura de quimo e ácido contra o esfíncter pilórico. O aumento das contrações gástricas impulsiona os alimentos através do esfíncter, chegando então ao intestino delgado. O estômago se esvazia após um período de uma a duas horas, mas dieta rica em gordura costuma aumentar significativamente este período. O intestino delgado é o local onde a maior parte da digestão e absorção dos alimentos ocorre. Mede mais de seis metros de comprimento, com uma largura de dois a três centímetros. A parte superior, o Duodeno, é a parte mais ativa no processo digestivo. Secreções do fígado e do pâncreas são utilizados neste segmento. As células epiteliais do duodeno secretam um muco aquoso. O pâncreas secreta enzimas digestivas, bem como bicarbonato (para neutralizar o ácido gástrico). O fígado produz bile, que é armazenada na vesícula biliar antes de entrar no canal biliar e desembocar no duodeno. A digestão de carboidratos, proteínas e gorduras continua no intestino delgado. Goma e glicogênio são transformados em maltose. As proteases (enzimas secretadas no pâncreas) continuam a quebrar as proteínas em pequenos fragmentos peptídicos e em alguns aminoácidos. A bile emulsifica as gorduras, facilitando sua quebra em glóbulos de gorduras progressivamente menores, até poderem ser processados pelas lípases. A bile contém colesterol, fosfolipídios, bilirrubina e uma mistura de sais. As gorduras são completamente digeridas no 116 celulares convertem esses dissacarídeos em monossacarídeos e estes deixam as células epiteliais em direção aos capilares. A “intolerância à lactose” decorre de uma falha genética, por não produção da enzima lactase nas células intestinais. Os fragmentos de peptídeos e aminoácidos atravessam as células da membrana epitelial por transporte ativo. No interior das células eles são transformados em aminoácidos e estes entram nos capilares. A enteropatia por glúten é a incapacidade de absorver glúten, uma proteína encontrada no trigo. intestino delgado, ao contrário dos carboidratos e proteínas. A maior parte da absorção ocorre no duodeno e no jejuno (segunda parte do intestino delgado). A superfície interna do intestino é constituído por pregas circulares (chamadas de válvulas coniventes) que mais que triplicam a área de absorção. As vilosidades, recobertas por células epiteliais aumentam mais de dez vezes a área superficial de absorção, chegando a valores como trezentos metros quadrados. Cada vilo tem uma superfície adjacente à luz do intestino delgado, distribuindo-se em microvilosidades, constituídas por células epiteliais, ditas “bordas em escova”. Cada vilo tem uma rede de capilares supridas por uma pequena arteríola. As substâncias absorvidas passam através da borda em escova para dentro dos capilares, usualmente por transporte passivo. Maltose, sucrose e lactose são os principais carboidratos presentes no intestino delgado; eles são absorvidos pelas microvilosidades. A goma é separada em dissacarídeos (maltose). Enzimas As gorduras digeridas não são muito solúveis. Os sais biliares envolvem as gorduras para formar micelas que são capazes de penetrar nas células epiteliais. Os sais biliares retornam ao lúmen intestinal para repetir o processo. A digestão das gorduras é usualmente completado no momento em que o bolo alimentar atinge o íleo (o segmento mais distal do intestino delgado). Os sais biliares são, neste momento, absorvidos pelo íleo e reciclados no fígado e vesícula biliar. As gorduras passam das células epiteliais para os vasos linfáticos, que se ramificam através das vilosidades. O Fígado e a Vesícula Biliar O fígado envia a bile para o intestino delgado. A bile contém sais, que emulsificam as gorduras, tornando-as suscetíveis à ação enzimática. Além das funções digestivas, o fígado atua em outros sistemas: (1) desintoxicação do sangue; (2) síntese de proteínas sanguíneas; (3) destruição de eritrócitos velhos e conversão da hemoblobina em componentes biliares; (4) produção de bile; (5) armazenamento de glicose como glicogênio, e (6) produção de uréia a partir de grupos amínicos e amônia. O glicogênio (cadeias de moléculas de glicose) serve como um reservatório de glicose. Níveis baixos de glicose plasmática provocam a liberação de hormônios que estimulam a transformação de glicogênio em glicose. Quando não existe glicose ou glicogênio, o fígado converte aminoácidos em glicose. O processo de desaminização dos aminoácidos remove os grupos amínicos destes. Esse processo resulta na Absorção de lipídios no intestino delgado formação de uréia, que é lançada na corrente sanguínea e eliminada do organismo através dos rins. Doenças do Fígado Denominamos icterícia a coloração amarela característica da pele causada por um excesso de produtos resultantes da quebra da hemoglobina na corrente sanguínea. A icterícia ocorre quando a função hepática foi bloqueada por obstrução dos condutos biliares ou por danos causados pela hepatite. Tanto a 117 Regulação do Apetite O hipotálamo, no cérebro, tem dois centros de controle da fome. Um deles é o centro do apetite e o outro é o centro da saciedade. Hormônios como a gastrina, a secretina e a colecistocinina, são responsáveis pela regulação dos estágios da digestão. As proteínas, no estômago, estimulam a secreção de gastrina, que causa um aumento na secreção ácida do estômago e na motilidade do trato digestivo, movimentando os alimentos. Quando o bolo alimentar chega no duodeno, ocorre um aumento da produção Hepatite A, B e C podem causar danos ao fígado. A cirrose hepática comumente ocorre nos alcoólatras, que colocam o fígado em uma situação de estresse devido a grande quantidade de álcool que necessita ser processado. O Pâncreas O pâncreas produz o suco pancreático, que neutraliza o quimo. Elimina esse suco através do ducto pancreático ao intestino delgado. O Intestino Grosso O intestino grosso é constituído por cólon, ceco, apêndice e reto. Seu conteúdo é geralmente constituído por resíduos de material não digerível e líquidos. Movimenta-se através de contrações involuntárias, que leva o conteúdo intestinal para frente e para trás, bem como por contrações propelentes que carregam esse material ao longo do intestino grosso. As secreções presentes no intestino grosso são um muco alcalino que protege os tecidos epiteliais e neutralizam os ácidos produzidos pelo metabolismo bacteriano. Água, sais e vitaminas são absorvidos e o material remanescente do conteúdo intestinal acaba por formar as fezes (constituídas especialmente por celulose, bactérias e bilirrubina). As bactérias presentes no intestino grosso, tais como a E. coli, produzem vitaminas (incluindo a vitamina K), que são absorvidas. de secretina que, por sua vez, promove a liberação de secreções alcalinas pelo pâncreas que impede a passagem posterior de alimentos para o intestino enquanto os ácidos não são neutralizados. A colecistocinina (CCK) é liberada pelo epitélio intestinal em resposta à presença de gorduras, provocando a liberação de bile da vesícula biliar e de lípase (uma enzima que digere gordura) no pâncreas. O Metabolismo da Glicose Os níveis de glicose no sangue permanecem moderadamente estáveis. O fígado absorve glicose do sangue e o armazena como glicogênio, um tipo de 118 polissacarídeo. Os níveis sanguíneos de glicose são mantidos, nos intervalos entre as refeições, pela liberação de glicose a partir do glicogênio. Nutrição A nutrição depende da composição dos alimentos, do seu conteúdo energético e da síntese lenta (ou não total) de moléculas orgânicas. Os organismos ditos quimiotróficos (geralmente bactérias) obtém sua energia à partir de reações químicas inorgânicas. Os organismo fototróficos convertem a energia solar em açúcar e outras moléculas orgânicas. Os organismo heterotróficos comem para obter energia a partir da quebra das moléculas orgânicas que compõe os alimentos. De macronutrientes são chamados os alimentos que necessitamos em larga escala todos os dias. Estes incluem carboidratos, lipídios e aminoácidos. A água é essencial e o correto balanço hídrico é indispensável para o correto funcionamento do corpo. Aproximadamente 60% da dieta deve ser constituída por carboidratos, tais como os contidos no leite, carne, vegetais e nos grãos e seus derivados. Uma dieta diária normal deve conter pelo menos 100 gramas de carboidratos. As proteínas são polímeros compostos de aminoácidos. Encontramos proteínas nas carnes vermelhas, leite, aves, peixes, grãos de cereais e feijões. Elas são necessárias para o crescimento e reparação celular. Vinte aminoácidos são encontrados nas proteínas, dos quais os seres humanos conseguem sintetizar onze. Os nove restantes são aminoácidos essenciais que devem ser providos pela dieta ingerida. Normalmente, as proteínas não são utilizadas para produzir energia, entretanto, durante inanição as proteínas musculares poderão ser processadas para obtenção de energia. O excesso de proteínas poderá ser usado para obtenção de energia ou serão convertidas em gorduras. Há uma relação quantitativa entre nutrientes e saúde. Desequilíbrios podem causar doenças. Muitos estudos comprovaram que a nutrição é um fator primordial nas doenças cardiovasculares, hipertensão e câncer. Os lipídios e gorduras são responsáveis pela maior parte da produção energética, assim muitos animais e plantas armazenam energia como gordura. Lipídios e gorduras são encontrados em óleos, carnes, manteiga e plantas (tais como o abacate e o amendoim). Alguns ácidos graxos, tais como o ácido linoleico, são essenciais e devem ser incluídos na dieta normal. Quando presentes no intestino, as gorduras promovem a obtenção de vitaminas A, D, E e K. As vitaminas são moléculas orgânicas e são utilizadas para promover as reações metabólicas. Elas usualmente não podem ser fabricadas pelo organismo, sendo necessárias em quantidades infinitesimais. As vitaminas podem agir como co-fatores enzimáticos (chamadas então de coenzimas). Algumas vitaminas são solúveis em óleo, outras em água. Quantidades muito pequenas de elementos minerais são, também, necessárias durante o processo normal de metabolismo, atuando como componentes de células e tecidos, bem como na condução do estímulo nervoso e na contração muscular. Apenas podem ser obtidos na dieta. Ferro (para a hemoglobina), Iodo (para a tiroxina), Cálcio (para os ossos) e Sódio (para a transmissão do estímulo nervoso) são exemplos de minerais que utilizamos em nosso organismo. Fontes de textos e figuras: Online Biology Book © The Online Biology Book is hosted by Estrella Mountain Community College, in sunny Avondale, Arizona. Text ©1992, 1994, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, M.J. 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