O MUNDO DA GUERRA FRIA Prof. Thiago – Frente B aula 12 O Mundo após a 2ª Guerra Mundial CONFLITO IDEOLÓGICO Conflito ideológico entre superpotências capitalistas contra as socialistas, sem que ocorresse no entanto um conflito direto entre os EUA e a URSS. O PRINCIPIO DA GUERRA FRIA Terminada a 2ª Guerra Mundial: Disputa entre EUA e URSS por hegemonia Bipolarização do mundo entre Capitalismo e Socialismo Conferência de Potsdam. Surge nos EUA a chamada Doutrina Truman, contra o avanço socialista da URSS PLANO MARSHALL Medo do avanço socialista na Europa EUA lançam o plano Marshall, Plano de ajuda econômica voltado especialmente à Europa Ocidental. Possibilitou a reconstrução e crescimento de países como Inglaterra, França, Itália e Alemanha Ocidental receberam cerca de 17 bilhões de dólares Retomada do ritmo industrial Integração econômica na Europa – Formação da CEE (composta inicialmente por Luxemburgo, Holanda, Bélgica, Alemanha Ocidental, Itália e França) COMECON A resposta soviética ao plano estadunidense foi o COMECON Conselho de Assistência Econômica Mútua. Com objetivos semelhantes ao rival, teve foco especialmente na Europa Oriental, com os futuros membros do Pacto de Varsóvia OTAN E O PACTO DE VARSÓVIA OTAN (EUA) Organização militar liderada pelos EUA, formada pelos países alinhados ao bloco capitalista, especialmente na Europa Ocidental. Pacto de Varsóvia (URSS) Organização militar comandada pela URSS, aliada aos países alinhados ao bloco socialista, sobretudo do Leste Europeu. COEXISTÊNCIA PACÍFICA O primeiro confronto declarado entre EUA e URSS foi a Guerra da Coréia (1950 – 1953) Na segunda metade da década de 50, com o grande desenvolvimento de armas nucleares, EUA e URSS iniciam uma fase conhecida por “Coexistência Pacífica” DESCOLONIZAÇÃO A Ásia e a África e o fim da dominação europeia ENFRAQUECIMENTO DA DOMINAÇÃO COLONIAL Após o fim da Segunda-Guerra, a Europa está enfraquecida. Ocorre a formação de movimentos nacionalistas e emancipacionistas – Inspirados na Carta da ONU que defende a autodeterminação dos povos. EUA e URSS percebem a possibilidade de expansão das suas áreas de influência CONFERÊNCIA DE BADUNG 1955 – Badung, Indonésia 29 países recém independentes declaram apoio aos processos de independência dos países ainda colonizados Estímulo às lutas de independência na Ásia e na África VIAS DA DESCOLONIZAÇÃO Via Pacífica Independência progressiva negociada com a metrópole, concessão de autonomia político-administrativa mantendo a dependência econômica. Via da Violência Intransigência das metrópoles em conceder a autonomia às colônias levando as lutas pela emancipação. INDEPENDÊNCIA DA ÍNDIA Mahatma Gandhi e Jawaharlal, pelo Partido de Congresso, lideram um movimento de independência Ghandhi prega a desobediência civil (satiagraha) e a não-violência Inglaterra havia perdido parte de seu poder econômico e militar na guerra 1947: o reconhecimento da independência indiana Disputas entre hindus e Muçulmanos – Assassinato de Mahatma Ghandi Formação da União Indiana (Maioria hindu) Paquistão Ocidental e Oriental (Liga Muçulmana) 1971 Paquistão Oriental forma a República de Bangladesh Ceilão (Maioria Budista) passa a chamar-se Sri Lanka INDEPENDÊNCIA DA INDONÉSIA Conjunto de 3000 ilhas formam a Indonésia (destaque para Java e Sumatra) até 1941 sob domínio Holandês. Domínio japonês na Segunda Guerra. Formação de movimento nacionalista de resistência liderado por Ahmed Sukarno. Tentativa de recolonização holandesa após 1945. Guerrilha liderada por Sukarno leva ao reconhecimento da Independência em 1949 INDEPENDÊNCIA DA INDOCHINA Colonizada pelos Franceses passou ao controle japonês em 1941 Movimento Nacionalista Vietminh liderado por Ho Chi Minh (Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã) Após a derrota do Japão proclamação da independência do Norte (República Democrática do Vietnã) Tentativa de recolonização francesa (1946) ocupando Laos, Camboja e Vietnã do Sul – Guerra do Indochina França derrotada na batalha de Dien Bien Phu Reconhecimento da Independência na Conferência de Genebra O VIETNÃ DO SUL Vietnã dividido pelo Paralelo 17 pela Conferência de Genebra previa a realização de uma eleição para definir a reunificação Vietnã do Sul controlado pelo rei Bao Dai que foi deposto em 1955 pelo primeiro ministro Ngo Dinh Diem Governo autoritário e impopular apoiado pelos EUA 1960 cancelamento das eleições suspensas em 1956 Oposição da Frente de Libertação Nacional e o exército guerrilheiro dos Vieticongues A GUERRA DO VIETNÃ A partir de 1961 entrada de tropas americanas em apoio as tropas leais a Ngo Dinh Diem. 1964 inicio dos bombardeios aéreos (americanos alegavam ataques a seus navios) 1968 inicio das negociações de paz pressão interna nos EUA pela paz 1970 - 1971 EUA invadem o Camboja e Laos. 1972 retomada dos bombardeios sobre o Vietnã do Norte HORRORES DA GUERRA O s c o n f r o n to s a u m e n t am e a o p i ni ã o p ú b l ic a e s t a d u ni d e n s e se coloca contra a guerra, até que e m 1 97 3 , o s E UA s e r et i r am . E m 1 97 5 o N o r te v e n c e e e m 1 976 , o V i et n ã s e r e u n i fi ca s o b o c o m un i s m o . ÁFRICA NEGRA – CONTINENTE DIVIDIDO No norte predomínio dos homens brancos do deserto. No Sul predomínio dos negros das florestas e savanas Sahel – Faixa de transição assolada por guerras e seca, pelas divisões arbitrárias dos Estados, pela falta de identidade étnica e disputas entre o monoteísmo muçulmano e o politeísmo animista. NEGRITUDE “a negritude é o simples reconhecimento do fato de ser negro, a aceitação de seu destino, de sua história, de sua cultura .” Aimé Césaire (1976) Para Sanghor: Objetivamente – é um fato, a cultura dos povos negros Subjetivamente – é a aceitação desse fato Negritude militante assumir o passado e fazê-lo renascer, atualizá-lo e se preciso fecundá-lo pelas influências externas para construir a contribuição dos negros para a civilização universal NACIONALISMO E INDEPENDÊNCIA Nacionalismo antes de 1939 era essencialmente a denúncia do racismo e da injustiça social que resultam da colonização Argumento moral da colonização Povos colonizados são povos “colonizáveis” portanto inferiores. O CASO DA ARGÉLIA Militares e empresários franceses contrários a independência da Argélia 1947 – De Gaulle concede alguma autonomia mas mantem como parte da “comunidade” francesa. Frente de Libertação Nacional (FLN) 1954 início da Guerra – práticas de violência e tortura conta a FLN 1962 – Plebiscito na França – 90% dos votos válidos a favor da independência NOVAS IDEIAS CHEGAM AO CONTINENTE Ideias Nacionalistas e socialistas chegavam da Europa Pan- Africanismo formulado principalmente pelos afro americanos e europeus Em 1960 cerca de 17 países conquistam independência No Congo o Movimento Nacional Congolês (MNC) teve vitória expressiva Governo Belga e grupos internos iniciam uma das mais sangrentas lutas do continente – 1965 General Mobuto assume o poder ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE AFRICANA 1963 – união de 32 países africanos, reunidos em Adis Abeba, capital da Etiópia criam a OUA e assinam a Carta Africana Compromisso de auxílio aos países que ainda lutavam pela independência CASO DA NIGÉRIA Independente em 1960 - 4 grandes grupos habitavam o país: Ibos (sudeste); Hauassa-fulanis (norte); Iorubas (oeste); Ekois (sul). Governo de coalização Ibos e Hauassa Golpe dos Ibos em 1966 Reação leva ao poder Yakunu Gowon Morte de 300 mil Ibos e exilio de 1 milhão em Biafra (declarada independente em 1967 com apoio de França e Portugal) Ingleses e Soviéticos apoiam Gowon. Biafra é isolada levando milhares a morte pela fome. Em 1970 rendição seguida de massacre. GOVERNO DA MINORIA BRANCA O CASO DA ÁFRICA DO SUL Apartheid – implantado progressivamente 1948 – Partido Nacionalista no poder – abolição de qualquer direito aos negro Proibição de casamentos entre brancos e negros Áreas de residência exclusivas e transporte publico segregados 87% das terras em posse de brancos Reação do Congresso Nacional Africano liderado por Mandela partiu para a luta armada – Mandela condenado a prisão perpétua ÁFRICA DO SUL ENTRE ONU E OUA X EUA E INGLATERRA Pressão internacional e revoltas a partir de 1970 levou a necessidade de mudanças 1989 o presidente Frederic de Klerk aboliu o Apartheid e após 26 anos Mandela foi libertado assumindo a presidência em 1994. AS ÚLTIMAS INDEPENDÊNCIAS Colônias Portuguesas foram as últimas a se tornarem independentes Moçambique, Guiné-Bissau e Angola Lutas iniciadas em 1960 Resistência portuguesa garantida pelo apoio e armas da OTAN. Grupos guerrilheiros no entanto resistiam. Militares portugueses entram em oposição ao governo: Abril de 1974 Revolução dos Cravos pôs fim ao governo do presidente Marcelo Caetano e o novo governo iniciou as negociações de independência O CASO DE ANGOLA 3 grupos guerrilheiros de etnias diferentes com apoios externos diferentes: MPLA – Movimento Popular pela Libertação de Angola – etnia kimbundo Ideais socialistas ligados a URSS. FNLA – Frente Nacional pela Libertação de Angola – etnia bakongo UNITA – União Nacional pela Independência Total de Angola – etnia ovimbundu Pró-capitalistas apoiados pelos EUA e Europa Ocidental. Em nenhum dos casos houve interferência direta das potências, apenas indireta, Cuba enviou tropas para ajudar o MPLA e África Sul auxiliou a FNLA e a UNITA REVOLUÇÃO CHINESA O IMPÉRIO ENFRAQUECIDO Guerras Neocoloniais enfraquecem e debilitam o império Chinês 1905 o médico Sun Yat -sen fundou o Kuomintang (partido popular nacional) BREVE REPÚBLICA 1912 Yuan Che-kai proclama a República com apoio de Sun Yat-sen Yuan Che-kai contraria a constituição e proclama -se imperador. Sun Yat-sen reorganiza o Kuomintang e forma um governo em Cantão com apoio da União Soviética O COMUNISMO 1921 Surge o partido comunista que se aliou ao Kuomintang 1925 Morte de Sun Yat -sen, substituída pelo general Chiang Kai-chek Busca reunifica o país e transfere o governo para Pequim 1927 Rebelião comunista em Xangai Comunistas passam a ser perseguidos. O EXÉRCITO VERMELHO Grupo de militares revolucionários liderados pro Chu The aliam-se ao grupo controlado por Mao Tsé -tung no sul da China (Kiangsi) Fortalecimento ideológico e adesão de camponeses Reação de Chiang Kai-chek “campanhas de extermínio” Resistência do exército vermelho 1934 pressão do governo torna -se insuportável Início da Marcha para o Norte A LONGA MARCHA Marcha de 10 mil quilometros Iniciada em 1934 com 100 mil pessoas Concluída em 1935 com cerca de 30 mil Após a marcha o líder Mao Tsé -tung se consagra como grande líder chinês. As histórias sobre a longa marcha tornaram -se míticas na China. UM INIMIGO PARA UNIR A CHINA Desde 1931 o Japão ocupava a Manchúria Em 1937 iniciam uma nova onda de invasões O inimigo em comum uniu o governo de Chiang Kai -chek (Kuomintang) e o grupo de Mao Tsé -tung (comunistas) FIM DA GUERRA – FIM DA UNIÃO Finalizada a guerra Chiang Kai-chek ataca Mao Tsé-tung Exército chinês fortalecido com material militar americano, porem mal treinado e sem apoio popular Mao Tsé distribuiu terras aos camponeses e fortaleceu seu exército equiparando-o com o exército do Kuomintang A REVOLUÇÃO Após 2 anos de guerra (1947 -1949) comunistas avançam e forçam a fuga de Chiang Kai -chek Refúgio na ilha de Formosa (Taiwan) 1º de Outubro de 1949 proclamada a República Popular da China ERA MAO (1949 – 1976) Planificação econômica ▪ Autossuficiência agrícola Rompimento com URSS ▪ Desestalinização, defesa do maoísmo Grande Salto (fracassou economicamente) 1966 Revolução Cultural ▪ Jovens compondo a Guarda Vermelha – perseguições dentro do partido Entrada na ONU 1971 Mediante exclusão de Taiwan ERA DENG XIAOPING (1978 – 1992) Dissidente do Maoísmo Abandono das preocupações ideológicas Socialismo de Mercado Distinção de Salários Restabelecimento parcial do Lucro e da Propriedade Entrada de tecnologia estrangeira Bolsa de Valores