61 9 TOTAL COST OF OWNERSHIP E RETURN ON INVESTIMENT Total Cost of Ownership (TCO): É o resultante de todos os custos pertinentes a um projeto de redes e sistemas em sua totalidade. Projeto, instalação, hardware, software, infraestrutura, etc, determinam "parcialmente" o TCO. Quando estamos projetando redes e/ou sistemas é necessário idealizar as necessidades atuais e um possível crescimento tecnológico, além do aumento da demanda por performance, escalabilidade, segurança e fácil gerenciamento/administração da rede e do sistema. Outra Definição TCO (Total cost of ownership) ou custo total da posse, é uma estimativa financeira projetada para consumidores e gerentes de empresas a avaliar os custos diretos e indiretos relacionados à compra de todo o investimento importante, tal como softwares e hardwares, além do gasto inerente de tais produtos para mantê-los em funcionamento, ou seja, os gastos para que se continue proprietário daquilo que foi adquirido. Uma avaliação de TCO oferece idealmente uma indicação final que reflete não somente o custo de compra mas de todos os aspectos no uso mais adicional e na manutenção do equipamento, do dispositivo, ou do sistema considerado. Isto inclui os custos do pessoal da manutenção e treinamento e aos usuários do sistema, os custos associados com a falha ou o outage (planejada ou não), incidentes diminuitivos do desempenho (por ex., se os usuários ficarem em espera), custos de quebras de segurança (e custos por perda de reputação e recuperação), custos de preparação para o desastre e recuperação, espaço, eletricidade, despesas do desenvolvimento, infraestrutura e despesas de teste, garantia de qualidade, crescimento incremental, custo de desativação do equipamento, e mais. 9.1 ROI - Return On Investment Criado em 1977, pelo Gartner, o conceito de Retorno do Investimento se disseminou e ganhou popularidade na área de Tecnologia da Informação na década de 1990, quando os projetos de implementação de ERP (os pacotes integrados de gestão), se tornaram uma febre. O ROI apresenta claramente uma estimativa das vantagens que um projeto poderá trazer. O retorno pode ser representado como corte nos custos, maior participação no mercado (market share), conscientização da marca (branding awareness), aumento direto nas vendas (no caso de e-commerce), influência nas compras, etc. Um preceito básico, no entanto, é que ele deve ser medido sempre em conjunto com o conceito de TCO (Total Cost of Ownership ou Custo Total de Propriedade). Prof. Marcio R. G. de Vazzi – www.vazzi.com.br 62 9.2 Estudo de Caso Polícia Francesa troca Windows por Linux “Gendarmerie Nationale” irá adotar o Ubuntu como sistema operacional em seus 70.000 desktops A “Gendarmerie”, força policial militar francesa, anunciou um programa de migração de sua infra-estrutura de TI do Windows para o Linux. A decisão é o próximo passo em um programa que iniciou em 2005 com a adoção de um conjunto de aplicativos de escritório Open Source (o OpenOffice.org) rodando sobre plataforma Windows, e prosseguiu em 2006 com a adoção do Mozilla Firefox como navegador padrão. Os 70.000 desktops da organização atualmente rodam o Windows XP. A migração será gradual: o Linux entra em cena sempre que for necessário substituir uma máquina que roda o Windows. A expectativa é de substituir entre 5 a 8 mil máquinas Windows por equivalentes com Linux em 2008, e de 12 a 15 mil nos próximos quatro anos, com a meta de que todos os desktops estejam rodando o sistema operacional até 2014. Novos computadores adquiridos durante este período já entrarão em operação com Linux. O sistema operacional escolhido é o Ubuntu. Segundo Nicolas Geraud, diretor de TI da Gendarmerie, os motivos para a migração são a diversificação de fornecedores, para que a estrutura não fique nas mãos de uma única empresa, o domínio tecnológico sobre os softwares utilizados e a redução de custos. Em 2004, a organização adquiriu 13 mil licenças para conjuntos de aplicativos de escritório. Mas desde a migração para soluções livres, há três anos, o número diminuiu para 27 licenças, uma economia significativa. Ceagesp troca Windows por Linux Com um investimento de 25 mil reais em consultoria e hardware, a estatal migrou em abril de de 2006 todos os servidores para plataforma Linux e centralizou a base DNS. Tudo começou quando a Microsoft suspendeu o suporte para o Windows NT 4.0, em dezembro de 2004. “Além disso, não era possível aumentar o número de usuários, porque não tinha como comprar licença”, relembrou Paulo Loesch, coordenador de suporte e infra-estrutura da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Outro problema enfrentado pela área de TI da empresa era a falta de integração entre os servidores de e-mail, de webmail, de arquivos e com o sistema de gerenciamento de contas. Diante de tal cenário, foi realizada uma análise de custo/benefício em dezembro de 2005, por meio da qual se concluiu que, neste caso, uma solução em software livre seria mais viável. Para concretizar a migração, o coordenador conta que a Ceagesp contratou a consultoria 4Linux e adquiriu uma solução Debian GNU/Linux. “No total, investimos em torno de 25 mil reais entre hardware e consultoria”, contabiliza Loesch. Durante a implementação, que começou em janeiro e foi concluída em abril, o coordenador explica que não formatou a mesma máquina para migrar o sistema, o que ocorreu de forma transparente para os usuários. “Deixamos o servidor de arquivo rodando e, somente quando o outro estava pronto, desligamos o antigo” Questionado sobre a possibilidade de migrar também a base de desktops para software livre, Loesch acredita que ainda há muita resistência dos usuários. “É difícil, porque os funcionários reclamarão. Em casa, eles usam Windows”. O executivo fala sobre um projeto que realizou em outra empresa – a qual não quis revelar o nome , em que “a rejeição foi tão grande, que foi necessário voltar para Windows”. Questão: Considerando os termos TCO e ROI compare os dois casos acima para discussão em sala de aula. Prof. Marcio R. G. de Vazzi – www.vazzi.com.br