O Estado de Goiás tem apresentado nos últimos anos um crescimento de maneira equilibrada entre os diversos segmentos que compõe a economia. Desde o fim da década de 1990, o Estado vem passando por grandes mudanças que determinaram um novo ciclo de avanço econômico dado principalmente pelo fortalecimento do setor industrial, fruto da instalação de empresas de grande porte atraídas pelos incentivos fiscais, abundância de matéria prima e localização privilegiada. Neste mesmo período, o Produto Interno Bruto goiano teve desempenho acima do nacional, propiciando significativo aumento na participação do PIB do país, fazendo com que Goiás entrasse no seleto grupo dos dez Estados mais ricos do Brasil. O progresso do setor industrial e a modernização do setor agropecuário ocorreram devido a uma série de planos de desenvolvimento a partir da década de 1970. Os ganhos de produtividade oriundos desses planos garantiram a integração de Goiás à economia nacional e internacional. Em nível nacional, integrou-se mais estreitamente aos estados da região Centro-Sul devido ao maior grau de complementaridade econômica. O aumento das exportações de commodities agrícolas e minerais foi o fator principal de integração de Goiás em nível internacional. Na década de 2000 ocorreu uma mudança estrutural da economia goiana. Os investimentos industriais foram responsáveis pelo adensamento das cadeias produtivas do agronegócio e pela diversificação da estrutura produtiva. Exemplos dessa ampliação estão nos segmentos industriais, tais como: indústrias de fabricação de etanol e açúcar, fabricação e montagem de automóveis, medicamentos genéricos, além da elevação de investimentos da produção mineral. Destaca-se também por ter um agronegócio dinâmico que vem se consolidando nessas últimas décadas desde o produtor até o beneficiamento e venda dos produtos agropecuários. Isto reflete na balança comercial do Estado, principalmente com o aumento de exportações de soja e carne. O aumento do nível da renda e a intensa urbanização que o processo de crescimento e mudança estrutural desencadeou, propiciaram a ampliação do mercado consumidor interno que, por sua vez, contribuiu para o desenvolvimento de outros setores da economia, tais como o setor de serviços (financeiros, educacionais, saúde, informática) e infraestrutura (saneamento e construção civil). Seus maiores polos urbanos, Goiânia e Anápolis, vêm se destacando e constituindo regiões dinâmicas do País. Goiânia vem se transformando rapidamente em um polo econômico, principalmente no setor de prestação de serviços. Anápolis, situada entre Goiânia e Brasília, se beneficia dessa localização privilegiada e atualmente é polo industrial regional, onde estão localizadas diversas empresas de produção de medicamentos genéricos, centro de distribuição de comércio atacadista, montadora de veículos, entre outras grandes plantas. Todos esses fatores contribuíram para o recente bom desempenho da economia goiana que cresce acima da média nacional e propicia alteração da sua estrutura econômica que era voltada para a agropecuária e tende, agora, para uma economia mais ligada à indústria e ao comércio. Infraestrutura Agropecuária Economia O PIB do Estado de Goiás em 2011, última estatística consolidada, apresentou acréscimo de 6,7%, em termos reais, sendo que em valores correntes atingiu R$ 111,269 bilhões, representando 2,7% do PIB brasileiro. Com isso, manteve a nona posição no ranking nacional, o que ocorre desde o início da série, em 2002. Na seção referente aos Indicadores Econômicos foram selecionados PIB, PIB per capita, valor adicionado (VA) para indústrias e serviços, e para administração pública e agropecuária, além de mapa temático para a arrecadação do ICMS, todos retratando o perfil dos municípios goianos. 80 ATLAS DO ESTADO DE GOIÁS - 2014