Edna Martha Salles Teixeira Martins Ramos Bruxismo do Sono como fator de risco para Implantes Dentários Trabalho apresentado ao Programa de Pós-Graduação do Instituto de Estudos de Saúde do Centro de Tratamento e Estudos Avançados como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Prótese dentária. Orientador: Me. Sergio Eduardo Feitosa Henriques Belo Horizonte 2010 1 Bruxismo do Sono como fator de risco para Implantes Dentários Sleep Bruxism as a risk factor for dental implants RESUMO A previsibilidade e o sucesso longitudinal do tratamento com implantes são altamente influenciados pelo ambiente biomecânico onde ele está inserido. A concentração de forças funcionais e parafuncionais pode induzir falhas nos implantes, indiferentemente do sistema de instalação e carregamento dos mesmos. O bruxismo do sono leva a um aumento das forças oclusais e laterais, tanto em magnitude como em duração sendo, por isso, relacionado como fator de risco considerável para os implantes. Nos pacientes com bruxismo do sono, o planejamento cirúrgico e/ou protético e a utilização de técnicas para diminuir a sobrecarga nos implantes e em suas supraestruturas é a melhor forma de preservação da integridade e de sucesso dos implantes. PALAVRAS CHAVES: Bruxismo do sono, implantes dentários, fator de risco, falha de implantes. ABSTRACT KEYWORDS: Sleep bruxism, dental Implants, risk factor and failure implants. 2 INTRODUÇÃO O bruxismo do sono é uma desordem de movimento mandibular do sistema estomatognático caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono, diferenciando-se do bruxismo diurno, ou apertamento, por apresentar diferentes estados de consciência: sono e vigília (Macedo, 2008). A etiologia do bruxismo ainda é desconhecida, no entanto, fatores como medicação, uso de drogas, genética, traumas, doenças neurológicas e psiquiátricas podem estar associadas ao seu desenvolvimento. Esta desordem do movimento manibular é regulada pelo sistema nervoso central. Fatores psicossociais podem estar relacionados com o aumento da atividade parafuncional (Lobbezoo, 2006). O bruxismo é considerado por Lobbezoo (2006) como possível fator etiológico das desordens temporomandibulares, dos desgastes dentários e das falhas de implantes. Alguns critérios clínicos são utilizados para avaliar a presença do bruxismo do sono tais como: sensibilidade dentária, desgaste ou fratura dos dentes, restaurações fraturadas ou soltas repetidas vezes hipertrofia do músculo masseter, dor ou desconforto na musulatura facial ao acordar, edentações na língua e nas bochechas, perda de suporte periodontal e mobilidade dos dentes, fratura de implantes, perda óssea na crista ao redor dos implantes e sons dos rangidos confirmados por parceiros (Lavigne Montplasir, 2006; Misch, 2002). Conhecer e diagnosticar a causa da perda dos dentes onde serão colocados os implantes é fator preponderante para o sucesso ou insucesso dos mesmos (Mccoy, 2002). Pacientes que perderam os dentes por macrotraumas ou cárie certamente obterão sucesso na terapia com implantes, pois não há questões bacterianas nem oclusais envolvidas. Já aqueles cuja perda dos dentes ocorreu por problemas periodontais possuem um risco potencial para implantes, uma vez que a presença de infecção bacteriana pode atingir os sítios dos implantes, causando a periimplantite. Em contrapartida, pacientes que perderam os dentes por causa do bruxismo são considerados de prognóstico duvidoso para a colocação de implantes pois, além de ser incontrolável, o bruxismo apresenta grande potencial de sobrecarregar a prótese e a interface implante-osso (Gittelson, 2005). As falhas dos implantes podem acontecer logo após a sua colocação, antes do seu carregamento ou após a instalação da prótese, devido a sobrecarga sobre os 3 mesmos. Este último está relacinado com carga oclusal ou força de mastigação (Gittelson, 2005). Os conceitos de oclusão são muito importantes, principalmente frente à parafunção, em que os cuidados com o planejamento devem ser redobrados para obtenção de sucesso num planejamento envolvendo implantes. Há muito tempo, as forças parafuncionais nos dentes e nos implantes têm sido reconhecidas como danosas ao sistema estomatognático. Segundo Misch (2002), a falha de implante após uma fixação cirúrgica bem sucedida, ou perda precoce durante o primeiro ano de carregamento, é resultado da parafunção. Tais complicações ocorrem com maior frequência na maxila, onde a densidade óssea é menor e, consequentemente, há um aumento de força sobre os dentes o implantes (El Askary 1999). Assim, o paciente com parafunção moderada a grave traz riscos eminentes à implantodontia, devendo o profissional estar atento a esta condição para reduzir ao máximo os efeitos sobre o sistema. O objetivo desse estudo é realizar a revisão sistemática da literatura, buscando-se relacionar o bruxismo com as falhas de implantes, se este é um fator que contra-indica sua colocação e identificar as maneiras de minimizar a sobrecarga no sistema, de forma a preservar a integridade dos implantes na presença dessa parafunção. REVISÃO DE LITERATURA O bruxismo do sono é considerado um fenômeno físico indesejável que inclui hiperatividade músculo-esquelética, presente durante o sono, podendo apresentar-se muitas vezes sem sintomatologia (Tossun, 2003). Atualmente, não existe nenhuma estratégia específia, tratamento único ou cura para o bruxismo. O tratamento odontológico mais utilizado é a placa oclusal (Macedo, 2008). Alguns estudos associam seu uso com diminuição da atividade eletromiográfica (EMG) durante o sono, melhora na redução dos sintomas e prevenção de desgaste oclusal (Sheikholeslam, Holmgren e Riise, 1986; Hamada et al., 1982). Contrariamente, alguns autores encontraram um aumento na atividade muscular de 20% para as placas oclusais rígidas e de 50% para as flexíveis, concluindo que a única função das placas seria a proteção dos dentes ao desgaste (Dao, Lund e Lavigne, 1994). Observa-se, portanto, que as evidências são insuficientes para afirmar que a placa oclusal é efetiva 4 para o tratamento do bruxismo do sono, e a indicação ou não do seu uso é questionável, embora haja benefício para o desgaste dentário (Macedo, 2008). Para Tosun (2003) os hábitos parafuncionais devem ser diagnosticados e tratados. Além da proteção do sistema com as placas oclusais rígidas, é importante a conscientização do paciente em relação aos riscos apresentados por este hábito parafuncional. A dificuldade de realizar o diagnóstico e de verificar a intensidade da parafunção clinicamente torna necessária a confirmação através da polissonografia, que é um método de diagnóstico eficaz e de baixo custo (Tosun, 2003). Em caso de falhas de implantes, deve-se sempre pensar na possibilidade de presença de bruxismo (Tosun, 2003). O bruxismo, quando grave, aumenta a magnitude e a duração das forças mastigatórias, alterando a direção, de vertical para lateral, e o tipo de força, que passa a ser de cisalhamento ao invés de compressão. O prognóstico para o tratamento protético com implantes em pacientes que apresentam essa condição é sempre duvidoso (Misch, 2002). Para Tosun (2003) a colocação de implantes em pacientes com bruxismo é inevitável, porém eles podem ser realizados desde que os planejamentos incorporem métodos que reduzem a tensão e minimizem as complicações iniciai e a longo prazo (Misch, 2002). Tosun et al. (2003) e Misch (2002) sugerem alguns procedimentos para diminuir as forças parafuncionais sobre os implantes. O planejamento cirúrgico e/ou protético deve ser realizado de forma a obter um maior número de implantes com alinhamento e posicionamento adequados, utilizar-se de implantes longos e de diâmetros maiores, avaliar a oclusão e o desenho apropriado das próteses, evitando os cantileveres e contatos oclusais laterais. A oclusão deve ser mutuamente protegida e a desoclusão posterior deve ser rápida para não gerar sobrecarga nos dentes anteriores. Além disso, Henriques (2003) pondera que o planejamento das próteses sobre implantes deve ser feito sempre de maneira a direcionar as forças no sentido axial, reduzindo ao máximo as forças laterais e eliminando as de cisalhamento. As forças laterais e horizontais provocam aumento da tensão e das forças de cisalhamento na região da crista óssea. A resistência do osso às força de tensão é cerca de 30% menor quando comparada às forças de compressão. Em relação às forças de cisalhamento, ele é cerca de 65% menos resistente (Henriques, 2003). El Askary et al., (1999) descrevem que o afrouxamento ou fratura do parafuso, sangramento ou edema na região da mucosa peri-implantar, exsudato purulento e bolsas 5 profundas, fratura das supraestruturas e perda óssea angular são os primeiros sinais de falha de implante. Ranger et al.(1995) analisaram 39 pacientes com fraturas de implantes dentais com relação a sua provável etiologia. Verificou-se que 90% das fraturas haviam ocorrido em região posterior, a qual é submetida a uma maior flexão gerada por movimentos funcionais e parafuncionais. Os autores concluíram que o bruxismo do sono gera altos níveis de sobrecarga oclusal, o que contribui para a reabsorção óssea ao redor dos implantes, a nível da crista (Chagas et al., 2006). Discussão O bruxismo do sono é considerado fator de risco importante para as falhas de implantes dentários, porém o alto índice de sucesso dos mesmos parece evidenciar que nem todo tipo de bruxismo cause falhas nos implantes. Jacobs e De Laat (2000) concluem que não há uma relação direta entre causalidade do bruxismo e falhas de implantes. É importante observar, no entanto, que muitos trabalhos acerca do sucesso dos implantes excluem os pacientes bruxômanos do estudo, o que pode comprometer esses dados (Chagas et al., 2006). Essa parafunção pode ser apontada como um dos principais fatores etiológicos associados à falha dos implantes, sendo, por esse motivo, considerada uma contraindicação por alguns autores (Lobbezoo, 2006; Gittelson, 2005; Mccoy, 2002). A ocorrência de bruxismo do sono durante a vida do indivíduo é variável e pode estar envolvida com fatores psicossociais, apesar de ainda não haver estudos conclusivos (Lobbezoo, 2005). Pacientes que já o desenvolveram uma vez podem voltar a manifestá-lo a qualquer momento. Assim, aqueles que já receberam tratamento reabilitador com implantes dentários devem ser conscientizados e monitorados quanto à parafunção e à importância da proteção do sistema com as placas oclusais rígidas, mesmo na ausência de sintomas (Macedo, 2008; Lobbezoo, 2005; Tosun et al., 2003; Mccoy, 2002;). O fato de ocorrer sinais de desgaste dentário pode ou não ser indicativo da presença do bruxismo. Através de uma anamnese bem conduzida é que pode-se concluir se a parafunção está presente e ativa. Caso contrário, o desgaste observado pode ser 6 resultante de episódio de bruxismo ocorrido anteriormente,e que somente agora está sendo diagnosticado (Mccoy 2002). Na presença do bruxismo e havendo necessidade de se colocar implantes, são recomendados alguns cuidados visando o sucesso e a longevidade dos trabalhos.Um dos fatores que relaciona a presença do bruxismo do sono à falha dos implantes é o aumento das forças em magnitude e duração, caracterizadas pelo aumento da contração muscular. A tensão causada por estas forças poderia afetar o implante tanto em fase de cicatrização quanto em função, após o carregamento (Misch, 2002). A tensão pode ser definida como força dividida pela área funcional na qual ela é aplicada, sendo que quanto maior a área, menor a tensão. Para reduzir a tensão nos implantes, pode-se promover o aumento da área de superfície no sistema de suporte ou a diminuição das forças incidentes sobre a prótese (Misch, 2002). Na presença do bruxismo e havendo necessidade de se colocar implantes, são recomendados alguns cuidados visando o sucesso e a longevidade dos trabalhos. As áreas onde a trabeculagem óssea é grande, o contato osso-implante é menor por apresentar mais tecidos fibrosos e, consequentemente, a tensão é maior. Por isso, nessas áreas, deve-se usar um número maior de implantes, utilizando-se um implante para cada dente perdido, principalmente em pacientes do sexo masculino com bruxismo grave. Numa arcada totalmente edêntula, raramente são necessários mais de 10 implantes e, mais raro ainda, menos de 5 (Misch, 2002). O tipo de implante também é importante na presença do bruxismo. Os de hexágono externo são mais indicados para pacientes com bruxismo do sono do que aqueles de hexágono interno, já que, nestes, as paredes do corpo onde está o hexágono são mais finas, o que os torna 40% mais frágeis neste local. Os implantes de maior diâmetro são mais adequados do que aqueles de maior comprimento quando se quer aumentar a área de superfície ou diminuir a tensão. Isso porque a área crítica é a crista óssea ao redor do implante e a concentração e dissipação da tensão é maior na região próxima à plataforma. Implantes com maior número de roscas também são ideais para uma melhor distribuição de tensões (Misch, 2002). Outra consideração importante refere-se aos canteleveres. Deve-se diminuí-los ou eliminá-los, pois eles são ampliadores de forças e representam um fator de risco considerável para os implantes. Às vezes, é necessário aumentar o número e alterar a posição dos implantes para diminuir o cantelever. Os implantes e seus componentes devem ser elaborados em ligas de titânio de boa qualidade para garantir o sucesso do 7 trabalho. As ligas de grau 5 são quatro vezes mais fortes que as convencionais, ou de grau 1, e duas vezes mais fortes que as de grau 3, por isso são as mais recomendadas (Misch 2002). O planejamento deve garantir que, quando os implantes são inseridos na região posterior, os contatos oclusais durante as excêntricas sejam eliminados, principalmente se os oponentes forem dentes naturais, implantes ou uma prótese fixa implantosuportada. Isto é benéfico por duas razões: as forças laterais aumentam dramaticamente a tensão na interface osso-implante e a eliminação dos contatos posteriores diminui o efeito negativo do bruxismo. Além disso, na presença de contatos posteriores durante as excursões, quase todas as fibras dos músculos masseter, temporal e pterigóideo lateral se contraem. Porém, na ausência de contatos, poucas fibras musculares são estimuladas, de forma que as forças aplicadas nos implantes anteriores ficam reduzidas em cerca de dois terços. Os dentes anteriores podem ser modificados para recriar uma guia incisiva efetiva e evitar interferências posteriores durante as excursões (Misch, 2002). Fraturas de implantes e de seus componentes podem estar associadas à sobrecarga de flexão criada por uma força não axial. Em casos de bruxismo do sono, devem ser indicados oclusão mutuamente protegida, guia canina e desoclusão posterior para as reabilitações. Deve-se evitar contatos oclusais prematuros que podem ser um fator desencadeante da parafunção (Tosun, 2003). Uma causa comum de perda de implante durante a fase de cicatrização é a parafunção do paciente que usa uma prótese mucossuportada sobre um implante submerso. O carregamento prematuro pode acarretar micromovimento do corpo do implante no osso e comprometer a osseointegração. Protocolos de dois estágios são recomendados para pacientes bruxômanos, assim como o uso de coroas clínicas altas são contraindicadas (Misch, 2002). Alguns autores, como Tosun et al. (2003) e Misch (2002), consideram o bruxismo do sono um fator de risco e não uma contra-indicação para implantes, ressaltando, no entanto, que sua presença deve alterar dramaticamente o plano de tratamento. Contraditoriamente, outros autores consideram-no uma contra-indicação, embora a evidência para isso seja baseada apenas em experiência clínica (Lobbezoo 2006), e principalmente se a causa da perda do dente onde será colocado os implantes fora devido à parafunção (Gitelson, 2005; McCoy, 2002). 8 Certos pacientes com bruxismo do sono apresentam grande risco se forem tratados com implantes. Os que apresentam o masseter hipertrofiado, estrutura quadrada, não têm habilidade de manter forças laterais fora dos dentes posteriores, o que representa um risco para manter os implantes. Quando o bruxismo é de moderado à grave, não há como parar o hábito, então o paciente deve estar ciente que o tratamento pode falhar. Nestes casos, o implante é contra-indicado e o tratamento deve ser feito apenas para manter a dentição existente (Gittelson 2005). Pressupõe-se que uma sobrecarga influencia negativamente a biomecânica dos implantes, oferecendo um risco maior para a falha. Por falta de dados para comprovação da falha ou não dos implantes frente ao bruxismo, muitos estudos são feitos por métodos de elementos finitos para cálculos de cargas e da capacidade de absorção dessas cargas pelos implantes. Embora não haja evidências conclusivas, é recomendável a prudência, dado a gravidade das complicações, já que estas evidências são baseadas apenas em experiências clínicas (Lobbezoo, 2004). CONCLUSÃO O bruxismo do sono foi relatado por muitos autores como um fator de risco considerável para os implantes, embora nem todos consideram-no uma contraindicação. Apesar de ainda não existir prova sugerindo que o bruxismo cause sobrecarga aos implantes, uma conduta cautelosa é recomendada. Juntamente com a orientação e monitoramento do paciente bruxômano, devemos minimizar a chance de perda de nossos implantes com planejamento adequado, ou seja, posição; alinhamento; diâmetro dos implantes e a oclusão, que deve ser a mutuamente protegida. Para isso, a guia anterior deve ser efetiva com a eliminação de forças laterais principalmente nos implantes posteriores. A necessidade de se precaver contra essa parafunção na presença de implantes não foi totalmente elucidada, entretanto placas oclusais de uso noturno são recomendadas para estes pacientes. Novos estudos com boa qualidade metodológica sobre a etiologia do bruxismo e sua relação com a perda de implantes devem ser realizados. 9 REFERÊNCIAS 1-Bader G;Lavigne G. Sleep Bruxism; an overview of an oromandiblar sleep movement disorder. Sleep. Med. Rev., London v.4, no.1, p.27-43, Feb.2000 2-Chagas E A;Barbosa J S; Leite R A et al . Falhas em implantes dentários e bruxismo: Revisão de literatura. 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