O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAS DE POUCOS RECURSOS Ilustração: Lívia Passidora. 14/02/2008. Professora: Iara Anerswald Bordinoski Buratto. Professor Orientador: Bertoldo Schneider Júnior. Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS Trânsito de Vênus pelo Sol, em 08 de junho de 2004. (Foto: B. Schneider Jr.) O fenômeno de Trânsito de Vênus pelo Sol ocorre duas vezes em oito anos a cada 160 anos. A mancha pequena e escura é Vênus. RESUMO O presente trabalho tem a preocupação de auxiliar os professores de Ciências no desenvolvimento de suas aulas sobre Astronomia, tratando de temas do cotidiano de todos de forma simples, através de materiais didáticos de poucos recursos construídos por professores e alunos. Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS OBJETIVO O ensino de Astronomia está diretamente relacionado com a nossa origem. Para saber aonde vamos, é importante que saibamos de onde viemos. O próprio mundo que deixamos para nossos netos está dependendo de conhecimentos astronômicos, como no caso da flutuação da temperatura planetária e seus efeitos ecológicos e econômicos. Através de estudo dos conteúdos de Astronomia e com a utilização de recursos didáticos utilizando-se de materiais do seu dia-a-dia, espera-se que os professores tenham o subsídio necessário para um ensino mais dinâmico e participativo, entusiasmando seus alunos e tornando-os co-produtores de materiais que exemplifiquem os fenômenos astronômicos cotidianos, motivando-os a participarem efetivamente das aulas e assim melhorarem seu desempenho, desenvolvendo sua criatividade e auxiliando a sua aprendizagem, aumentando seu interesse pela pesquisa e pela observação. PÚBLICO-ALVO Professores de Ciências de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental PROBLEMATIZAÇÃO Astronomia é um conteúdo contemplado pela disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. O professor tem que ministrar aulas sobre um conteúdo que não faz parte da grade curricular dos cursos de graduação. Tal fato resulta em uma lacuna na aprendizagem do professor que só vai ser percebida no momento de sua atuação em sala de aula. Os conhecimentos sobre o tema são geralmente os do senso comum, que tiveram sua origem na sua formação inicial. A maioria dos professores só vai rever o tema quando iniciar a sua carreira profissional, confiando na reduzida e questionável quantidade de tópicos astronômicos contidos nos livros didáticos. O ensino de Astronomia é de suma importância porque, além de ser a mais antiga das ciências, está presente no cotidiano de nossas vidas (quase sempre, sem que percebamos) como por exemplo, os conceitos sobre clima, estações, épocas de plantio dos produtos agrícolas, calendários, lunações. Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS Uma quantidade enorme de assuntos está relacionada à Astronomia, causando influências em nosso cotidiano enquanto sujeitos integrantes da natureza, da cultura, da ciência e da civilidade. Em 2009, teremos o ano internacional da Astronomia e um grande esforço em todo o mundo está sendo feito para a melhoria do ensino e a divulgação dessa ciência. É através de seu estudo que podemos compreender “nosso lugar” no Universo. FUNDAMENTAÇÃO Astronomia é uma ciência exata que se preocupa com a origem, a evolução, os componentes, a classificação e a dinâmica dos corpos celestes. Seu trabalho inclui o domínio da Física e da Matemática, aliado a um senso crítico aguçado e boa habilidade observacional. A Astrologia, por sua vez, dá ênfase a um certo grupo de astros. Ela busca identificar uma relação entre suas posições sobre o fundo celeste e o destino e a conduta moral dos seres humanos. Apenas os astrólogos constroem horóscopos e mapas astrais. Seu trabalho está ligado ao aspecto místico que o Universo desperta no homem e não raramente os astrólogos são também praticantes de outras artes divinatórias. Astronomia e Astrologia possuem uma origem comum, movida pelo mesmo fascínio despertado por uma simples noite estrelada. Ambas coexistem hoje em relativa harmonia, mas seus praticantes têm formações diferentes e objetivos muito distintos que não convém confundir. [COSTA, 2007]. Grandes astrônomos da antiguidade eram pagos por sua Astrologia (Kepler e Ticho Brahe, por exemplo), enquanto se ocupavam com a Astronomia. No passado havia uma crença da Astrologia de que Deus governava a Terra através dos movimentos dos corpos celestiais, que influenciavam a vida na Terra, e que os planetas causavam variações nessa influência, variações essas que dependiam de suas posições relativas. Ainda tem muita gente que acredita nisso. Praticamente todos os jornais do mundo têm horóscopos. ABORDAGENS Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS Graças ao desenvolvimento da Astronomia, à observação do espaço, aliadas a outras ciências, a Astronáutica forneceu benefícios não só aos astronautas, como também a toda a humanidade. Teflon – Em 1938 quando foi descoberto, era empregado em naves espaciais, satélites e sondas para isolar fios. A partir de 1960, revestiu panelas para torná-las antiaderentes. Incubadora – O tipo especial de plástico que isola a incubadora é o mesmo que está presente nos visores dos capacetes dos astronautas. Ele permite manter a temperatura e o nível de oxigênio constantes. Ultra-sonografia – O exame foi possível graças a espectografia. A técnica utilizada para analisar a composição dos corpos celestes ajudou na produção dos aparelhos de ultra-som e ressonância. Graças à observação do espaço através dos tempos, foi possível compreendermos indícios, evidências e fatos sobre o surgimento da vida, da Terra, dos planetas, do Sistema Solar e da formação do Universo. Os conteúdos sobre o assunto despertam o fascínio em todos, mas exigem uma quantidade muito grande de informações. Para que momentos como o ensino de Astronomia sejam mais ricos, propõe-se que as atividades sejam sempre iniciadas de forma que estimulem a curiosidade e a participação dos alunos e que as informações sejam apoiadas em recursos como filmes, revistas, livros, jornais, etc. Na intenção de colaborar com os professores de Ciências numa forma de se ensinar Astronomia, surgiu a idealização da confecção deste material. O seu objetivo é proporcionar a simulação através de modelagens dos fenômenos que nos rodeiam e aos quais estamos inseridos, utilizando para isso, materiais de baixo custo e linguagem simples, mas que ao mesmo tempo possibilite ao aluno a compreensão e a utilização desses conhecimentos em seu cotidiano. Para que o ensino de Astronomia seja mais eficiente, é necessário que o aluno se situe no espaço geográfico, físico e cósmico. Uma atividade que pode ajudar nesta questão é a comparação, que leve nossos alunos a ter uma visão da imensidão do Universo e da proporção que a Terra ocupa. ABORDAGEM 1 Objetivo: Representação da Teoria da Big-Bang. A atividade a seguir demonstra a posição relativa dos astros no espaço. Para a realização desta prática, o professor pode pedir aos alunos que : Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS - Peguem um pacote de papel ou de plástico. Coloquem nele pequenos pedaços de papel amassados. Inflem o pacote até que ele estoure. picados e Através da observação do local onde foram parar os pedaços de papel, o professor comenta sobre o fato de um papel ter ido para um lado e outro, em todas as direções e não respeitando nenhuma seqüência. ABORDAGEM 2 Objetivo: Representação da expansão do Universo. Para representar que o Universo está em expansão, o professor pode realizar a seguinte atividade: - Pegar um balão de festa. Colar nele pequenas esferas de papel representem os planetas ou as galáxias. - Encher o balão. ou isopor que Os “planetas” e as “galáxias” se afastam entre si enquanto o balão é inflado. ABORDAGEM 3 Objetivo: Compreender as lunações. É muito importante que o professor estimule seus alunos a fazerem observações. No caso das observações lunares, a melhor época é o quarto crescente, devido à incidência da luz, do sombreamento e do horário. - Pedir aos alunos que construam uma tabela de 6 linhas e 7 colunas ou outro número qualquer, desde que total de quadros Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS - seja superior a 30. Em cada um dos espaços, ele deve escrever o dia e a hora da observação e fazer um desenho de como a Lua está naquele momento. É importante que o aluno estabeleça um ponto de referência na sua observação da Lua. Por exemplo, acima de um poste, de uma árvore... Através desta atividade, o aluno em discussão com os colegas e professor em sala de aula, perceberá que a cada dia, a Lua “se atrasa” 50 minutos, ou seja, para que a Lua seja observada na mesma posição a cada dia, ele deve considerar um acréscimo de 50 minutos de um dia para o outro. Tal fato explica o ciclo lunar ser de 28 dias e a divisão do calendário em meses. Dom Dia/hor a Seg Dia/hor a Ter Dia/hor a Qua Dia/hor a Qui Dia/hor a Sex Dia/hor a Sab Dia/hor a Dom Dia/hor a Seg Dia/hor a Ter Dia/hor a Qua Dia/hor a Qui Dia/hor a Sex Dia/hor a Sab Dia/hor a Dom Dia/hor a Seg Dia/hor a Ter Dia/hor a Qua Dia/hor a Qui Dia/hor a Sex Dia/hor a Sab Dia/hor a Dom Dia/hor a Seg Dia/hor a Ter Dia/hor a Qua Dia/hor a Qui Dia/hor a Sex Dia/hor a Sab Dia/hor a Dom Dia/hor a Seg Dia/hor a Ter Dia/hor a Qua Dia/hor a Qui Dia/hor a Sex Dia/hor a Sab Dia/hor a Dom Dia/hor a Seg Dia/hor a Ter Dia/hor a Qua Dia/hor a Qui Dia/hor a Sex Dia/hor a Sab Dia/hor a Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS Lua. (Foto: B. Schneider Jr.) ABORDAGEM 4 Objetivo: Conhecer as características dos planetas. A atividade consiste em: - Solicitar uma pesquisa aos alunos sobre os planetas do Sistema Solar, onde eles indicassem por exemplo: nome, diâmetro, distância do Sol, significado do nome e curiosidades. Apresentação da pesquisa em fichas ou maquetes com Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS pequenos cartazes. Caso a apresentação sugerida fosse uma maquete, seria interessante que se respeitasse a proporcionalidade das distâncias entre os astros e das suas dimensões. ABORDAGEM 5 Objetivo: Compreender as dimensões da Terra e dos planetas. Para representar o Sistema Solar, pode ser feito um esquema composto por: -Tiras de papelão retangular de 02 cm x 20 cm intercaladas por um gancho feito de fio elétrico de 10 mm, por exemplo, ou outro arame firme qualquer que pudesse ser enroscado no alto do quadro-negro. - De duas em duas, as tiras seriam coladas para fixarem o “gancho”. - Desenho de cada planeta em papel firme, respeitando a proporcionalidade de seus tamanhos. - Pintura dos planetas. - Recorte dos planetas. - Colagem do desenho na tira de papelão com gancho. - Escrever na tira de papelão o nome e o símbolo. - Pendurar cada um dos ganchos com um planeta no quadronegro. Comenta sobre as características de cada planeta. Sistema Solar com Nebulosa Autor: AGB Photo, 07/07/2003 Proprietária: SEED/PR. O Sistema Solar também possui três Planetas Anões: Plutão, Éris e Ceres. Plutão foi rebaixado de planeta para planeta anão. Sua órbita é muito excêntrica e o faz ficar, por vezes, mais próximo do Sol que Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS Netuno. Possui 2.306 km de diâmetro e está localizado a 5.900.000.000 km do Sol (29,65UA - 49,3UA). Éris foi descoberto em 05/01/2005. Como queriam que ele fosse considerado um planeta por ser maior que Plutão e localizado após a ele, ocasionou no rebaixamento de Plutão a planeta anão. Translação de 557 anos. Temperatura de –243ºC. Diâmetro estimado de 3.094 km , localizado a 10.155.000.000 km do Sol ou 67,7 UA (37,77 UA – 97,56 UA). Ceres está localizado entre os planetas Marte e Júpiter, no Cinturão de Asteróides que é composto por milhões de asteróides de tamanhos muito variados. O maior dos asteróides é Ceres. Ele era asteróide até bem pouco tempo, mas por uma questão de nomenclatura, agora é considerado um planeta anão. Sua temperatura é de aproximadamente -160ºC e sua translação é de 4 anos e meio. Possui 950 km de diâmetro a 415.000.000 km do Sol ou 2,77 UA do Sol. A Lua é um dos astros que nos causa maior fascínio devido, principalmente à sua proximidade conosco. A teoria mais aceita a respeito da sua origem é a de que houve um impacto há aproximadamente 3,5 bilhões de anos e um “pedaço” da Terra se separou, condensando-se e girando em torno da Terra. Era a Lua. Possui 3.476 km de diâmetro (0,27 da Terra). Sua temperatura varia de 105ºC a -155ºC. Os seus movimentos de translação e rotação têm a mesma duração, 27 dias e 8 horas. Por isso ela mostra sempre o mesmo lado para a Terra, o outro fica oculto. Ela é observada com ou sem instrumentos. Um simples binóculo basta para uma observação mais apurada. Na extremidade inferior direita, está localizada o Mar das Crises da Lua e é aproximadamente do tamanho do estado do Paraná. O Mar das Chuvas é a maior das manchas e tem o tamanho dos três estados do Sul do Brasil mais SP e RJ. ABORDAGEM 6 Objetivo: Compreender a distância que separa a Terra e a Lua. Para que o aluno tenha uma noção da distância que separa a Terra da Lua, podemos desenvolver um sistema composto por: - 1 bola de isopor de 20 cm de diâmetro (representando a Terra); - 1 bola de isopor de 04 cm de diâmetro (representando a Lua); - Bobina que possa ser fixada dentro da bola grande de isopor; - 06 metros de barbante ou linha. Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS Sistema Sol - Lua (Foto: Iara A. B. Buratto) - Na bola grande de isopor (que é oca e composta de duas partes), acoplar internamente o eixo, que neste modelo foi feito com dois elásticos e a bobina, na qual será fixada e enrolada a linha. - Na outra extremidade da linha, fazer com que ela passe através da bola pequena de isopor com o auxílio de uma agulha e prender a ponta. - As bolas podem ser pintadas de acordo com as características próprias de cada astro. Para o desenvolvimento da aula, pedir a um aluno que segure a “Terra” enquanto o Professor questiona os alunos sobre a distância que separa a Terra da Lua (aproximadamente 384.500 km). No esquema, com a bola grande de isopor representando a Terra e a bola pequena representando a Lua e estando a linha enrolada na bobina, perguntar aos alunos a que distância estamos da Lua (respeitando as proporções). Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS Inicialmente, manter as duas bolas bem próximas e perguntar se é aquela a distância proporcional ao tamanho dos astros e ir aumentando a distância, puxando a “Lua” (bola pequena de isopor). Alguns alunos dirão que é mais próximo, outros que é mais longe, e assim por diante. O Professor conclui que naquelas proporções, a distância entre os dois astros é de 06 metros. Desenrola completamente o barbante da bobina puxando a “Lua” e mostra aos alunos. Essa distância corresponde a 9 voltas e meia da linha no Equador. Terminada a demonstração, o professor rebobina manualmente a linha e une as duas metades da bola de isopor. ABORDAGEM 7 uma • • • • • • Objetivo: Construir um modelo de cratera lunar. A Lua é marcada por muitas crateras provocadas por meteoritos. Uma outra atividade que pode ser desenvolvida é a confecção de cratera lunar. Para isso, você vai precisar de: Papel machê Cola Areia fina Areia grossa Tinta Suporte de compensado de aproximadamente 40 cm x 40 cm. - No compensado, colar o papel machê de acordo com a superfície lunar, montando as crateras e deixar secar. - Aplicar uma base de cola e peneirar areia fina sobre as “crateras”. Esperar secar. - Aplicar outra base de cola e colocar alguns grãos de areia grossa estrategicamente de forma a parecerem pedras. Aguardar secar. - Pintar com tinta a óleo cinza lunar. Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS Close da Lua. (Foto: B. Schneider Jr.) ABORDAGEM 8 Objetivo: Representação das fases da Lua. O professor poderá produzir modelos também para representar as fases da Lua e também os eclipses. Para isso, poderá utilizar: - 02 bolas de isopor, uma pequena para representar a Lua e uma grande para representar a Terra. - Lanterna ou o retroprojetor representando o Sol. - Palitos de churrasco para fixar nas bolas de isopor para facilitar o manuseio. - Pedir a um aluno que segure a “Terra” e outro que segure a “Lua”. Posicionar os alunos de forma que a Lua fique completamente iluminada pelas Sol (Fase Cheia). Orientar o aluno que se movimente em torno da Terra até que uma parte de sua superfície fica oculta pela luz (Fase Minguante). Continuar movimentando a Lua em torno da Terra, de modo que a Terra fique entre a Lua e o Sol (Fase Nova). Orientar o movimento da Lua de modo que esta fique com uma parte iluminada e outra oculta (Fase Crescente). ABORDAGEM 9 Objetivo: Representação das Estações do Ano. O professor vai precisar de: - 1 placa de isopor. - 4 bolinhas de isopor pintadas com continentes e oceanos. Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS - 4 palitos de churrasco. - 1 lâmpada acesa (pode ser do retroprojetor). - Encaixar a lâmpada no centro da placa de isopor. Fixar os palitos nas bolas de isopor. Fixar os palitos com as bolas na placa de isopor em torno da lâmpada. A face da Terra que está voltada para o Sol, recebe mais luz e calor, sendo portanto mais aquecida. É verão naquele hemisfério e, conseqüentemente, inverno no outro. Comentar que no equinócio, a incidência de luz é a mesma nos dois hemisférios, fazendo com que seja primavera em um e outono no outro. ABORDAGEM 10 Objetivo: Compreender os eclipses. Material utilizado: - 1 lanterna ou a lâmpada do retroprojetor. - 1 bola de isopor grande representando a Terra. - 1 bola de isopor pequena representando a Lua. - Palitos de churrasco para sustentar as bolas de isopor. - Pedir a dois alunos que segurem as bolas de isopor. Alinhar os alunos em frente à lanterna, de modo que a “Lua” fique entre o “Sol” e a “Terra”. Mostrar aos alunos que na região onde a Lua faz sombra na Terra, está ocorrendo um Eclipse Solar Total. Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS Eclipse Solar Total em Medianeira/Pr. Foto: B. Scneider Jr., 1994 ABORDAGEM 11 Objetivo: Compreender o fenômeno das Marés. Para a confecção deste modelo, o professor vai precisar de: - 01 Bola de isopor, representando a Terra. - Pedaços de arame ou clips de papel. - Cola para isopor. - 02 imãs. - 01 palito de churrasco para suportar a Terra. - Na bola de isopor, desenhar pintar os continentes e oceanos. - Onde estiverem pintados os oceanos, fixar os pedaços de arame ou clips de forma que estes fiquem pendurados nos “oceanos”. Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS - Aproximar os imãs na “Terra”. A parte móvel do arame ou clips será atraída pelos imãs, que estão representando o Sol e Lua. ABORDAGEM 12 Objetivo: Orientar pesquisas. Sugestão de sítios de pesquisa, filmes, revistas e livros. Sítios: http://astro.if.ufrgs.br/ http://www.astronomiahoje.blogspot.com www.zenite.nu www.uronometrianova.pro.br www.feiradeciencias.com.br www.oba.org.br www.cbpf.br/tirinhasdefisica www.googleearth.com http://inga.ufu.br/~silvestr/educacao/erros/ http://www.cdcc.sc.usp.br> Filmes: Série Cosmos - Carl Sagan Contato – Carl Sagan Série Espaçonave Terra – TV Escola Formação do Universo – TV Escola Revistas: Astronomy Brasil – O Universo em suas mãos. Editora Duetto. Disponível em www.revistaastronomy.com.br (Descontinuada no início de 2007). Scientific American Brasil. Editora Duetto. Disponível em: www.sciam.com.br Livros: A Produção do Saber Docente no Ensino de Ciências: Uma Proposta de Intervenção. Christiane Gippo. Editora IBPEX, 1999. POSSÍVEIS DIFICULDADES ( LIMITES) Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS Os professores de Ciências acharem que quem deve trabalhar Astronomia com os alunos são os professores de Geografia. O tema Astronomia ser deixado de lado ou trabalhado de maneira superficial devido às dificuldades encontradas pelos professores no assunto. O professor sentir dificuldade em trabalhar com as abordagens devido ao grande número de alunos em sala de aula. O professor se preocupar com o tumulto e com a sujeira produzida pelos alunos durante a organização dos trabalhos. FORMAS DE CONTORNO ( POSSIBILIDADES) Astronomia é um conteúdo contemplado tanto pela disciplina de Ciências quanto por Geografia. O enfoque dado por Geografia é um e não substitui o que deve ser dado em Ciências. Ao contrário, uma disciplina complementa a outra. O fato dos professores de Ciências não terem estudado sobre Astronomia em suas graduações é fato consumado, portanto, o devem fazer agora. Esperamos que as instituições de ensino corrijam tal questão para os novos professores. O professor pode pedir apoio da orientação escolar ou de estagiários para ajudarem no desenvolvimento dos projetos ou para dividir a turma em dois grupos e ficar com um, enquanto o professor fica com o outro. Antes do início de cada trabalho, o professor pode conversar com a turma a respeito do tema, dos objetivos, do que espera que os alunos realizem com a atividade proposta e comentar que, como a atividade requer recortes e montagens, cada equipe fará a limpeza do seu espaço, e que a organização demonstrada pela equipe também será avaliada. REFERÊNCIAS BORTOLOZZO, Silvia e MALUHY, Suzana. Projeto Educação para o século XXI. Link da Ciência. São Paulo, v. 5ª série, 2004, Editora Moderna Ltda. COSTA, José Roberto V. Astronomia e Astrologia. Qual é a diferença? Disponível em: < http://www.zenite.nu> . Acesso em 24 de julho de 2007, às 15: 17 h. Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected]) O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS FERRAZ NETO, Luiz. Breve Histórico de Enigma Céu. Disponível em: <http://feiradeciencias.com.br>. Acesso em 19 de julho de 2007, ‘as 16: 40 h. OLIVEIRA, Henrique Jesus Quintino de. Ciências para Professores do Ensino Fundamental – Astronomia. Disponível em: <http://www.cdcc.sc.usp.br > março de 2007. Acesso em 24 de julho de 2007, às 15: 40 h. QUEIROZ, Alex Sander Barros e JAFELICE, Luiz Carlos. Ensino de Astronomia nos 1º. E 2º. Ciclos do Nível Fundamental e na Educação de Jovens e Adultos: exemplos e discussões. In: Simpósio Nacional de Ensino de Física. Curitiba, 2003. XV SNEF, Curitiba, 2003. p. 729 a 734. SEVERINO, Elizabeth Z. G.; SOUSA, Paula F. F. de e KAWAMURA, m. Regina. Representação do Sistema Solar: Uma Proposta de Atividade para o Ensino Médio. In: Simpósio Nacional de Ensino de Física. Curitiba, 2003. XV SNEF, Curitiba, 2003. p. 1153 a 1161. TREVISAN, Rute Helena. et al. O Aprendizado dos Conceitos de Astronomia no Ensino Fundamental. In: Simpósio Nacional de Ensino de Física. Curitiba, 2003. XV SNEF, Curitiba, 2003. p. 1877 a 1884. Iara A. B. Buratto. Prof. PDE. ([email protected])