UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL Departamento de Fitotecnia Melhoramento Vegetal Obtenção e conservação de Variabilidade no Melhoramento Vegetal MAIA, Luciano C. da Professor Adjunto Engº Agronomo nômade = coletor …muitas espécies A informação... ANIMAIS DOMESTICAÇÃO CIVILIZAÇÕES A informação... PLANTAS DOMESTICAÇÃO CIVILIZAÇÕES A informação... DOMESTICAÇÃO PLANTAS+ANIMAIS CIVILIZAÇÕES TÉCNICAS HOMEM MODERNO ± 4000 ANOS UNIFORMIDADE DAS ESPÉCIES UTILIZADAS HOJE... POUCOS PADRÕES DE CULTIVO = REDUÇÃO DA VARIABILIDADE DOMESTICAÇÃO SELEÇÃO REDUÇÃO DA VARIABILIDADE DESAFIO ATUAL E FUTURO CONSERVAÇÃO OBTENÇÃO Variabilidade no Melhoramento Vegetal Conteúdo 1-Bases genéticas da evolução 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação natural induzida física química Alterações na estrutura e no número de cromossomo 2.3-Recombinação gênica 2.4-Hibridação 2.5-Migração 2.6-Divergência Gênica 2.7-Introgressão 2.8-Redução de Variabilidade genética 2.8.1-Seleção natural 2.8.2-Seleção artificial 3-Centros de Origem e de diversidade genética 4-Preservação de Germoplasma Introdução • Como as variações surgem? • Por que são mantidas? • Como são mantidas? • Sempre são mantidas? REDUÇÃO DA VARIABILIDADE REDUÇÃO DA VARIABILIDADE REDUÇÃO DA VARIABILIDADE Agricultura 1. Espécies domesticadas Plantas cultivadas pelo homem 2 Espécies silvestres Plantas nunca cultivadas pelo homem Domesticação é um processo que transforma algo silvestre em algo familiar, próprio para o utilização humana. latim = trazer para junto da morada do homem Agricultura Características adquiridas pelas plantas domesticadas • • • • • • • • Plantas mais robustas Gigantismo dos órgãos (frutos e sementes) Perda dos mecanismos de dispersão natural Florescimento uniforme Precocidade Perda de dormência das sementes Tendência de mudança de hábito rasteiro para arbustivo Aumento da produção de sementes pelo aumento da inflorescência e/ou do número de inflorescências. • Perda de estruturas de defesa • Redução de substâncias, alterações na cor, sabor e odor Agricultura Evolução e Variabilidade principio básico da vida na terra Utilização pelo homem homem moderno domesticação x seleção Melhoramento - Arte e Ciência para a manutenção da vida humana uso destas forças naturais em favor da nossa existência 1-Bases genéticas da evolução Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 1-Bases genéticas da evolução As primeiras idéias de Darwin ~ 1848 O homem pode mudar uma espécie pelos sucessivos ciclos de seleção….. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 1-Bases genéticas da evolução Ilhas Galápagos – Os tentilhões de Darwin Diferenças aparecem nos individuos de uma espécie… A natureza seleciona essas diferenças em virtude de alguma força presente no ambiente… A natureza pode mudar uma espécie pelos sucessivos ciclos de seleção/acúmulo destas diferenças… Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 1-Bases genéticas da evolução Seleção natural – A origem das espécies (1859) 1) Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, idênticos entre si. 2) Ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou faz adaptação destes a diferentes meios 3) Diferenças entre indivíduos de uma espécie 4) Origem de novas espécies Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 1-Bases genéticas da evolução Os experimentos de Mendel - 1865 Hereditariedade As características fenotípicas são determinadas por unidades discretas que são herdadas intactas ao longo de gerações. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 1-Bases genéticas da evolução Teoria Sintética da Evolução 1-Processo que amplia a variabilidade 2- Processo que orienta as populações para maior adaptação Variabilidade Genética Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 1-Bases genéticas da evolução Diversidade genética X Variabilidade genética • Diversidade genética: – Referente ao número de espécies num ecossistema – Diferenças entre indivíduos de espécies diferentes Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 1-Bases genéticas da evolução Diversidade genética X Variabilidade genética • Variabilidade genética: diferenças entre indivíduos da mesma espécie Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 1-Bases genéticas da evolução Importância da variabilidade genética ? • Essencial para o melhoramento genético – Melhoramento é baseado em seleção e/ou hibridação e seleção Presença de variabilidade genética Ausência de variabilidade genética Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 1-Bases genéticas da evolução Importância da variabilidade genética ? • Necessária a conservação para o uso atual e futuro – Fonte de genes – Fonte de alelos • Fonte de resistência/tolerância a patógenos/pragas (bióticos) • Fonte de resistência/tolerância a estresse abióticos Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 1-Bases genéticas da evolução Fenótipo P = g + e + ge As diferentes expressões de um caráter constituem o que denominamos de fenótipo. Para o melhoramento é importante testar um mesmo genótipo em vários ambientes Um genótipo que muitas vezes não tem importância na China, pode apresentar aqui no Brasil alguma característica importante para o melhoramento, em reposta ao ambiente. -por isso são necessários os bancos de germoplasmas PARA CONSERVAR, ADAPTAR E TESTAR GENÓTIPOS EM DIFERENTES AMBIENTES 2-Fatores de evolução: a)Criação b)Incremento de variabilidade genética Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação natural induzida fisica quimica Alterações na estrutura e no número de cromossomo 2.3-Recombinação gênica 2.4-Hibridação 2.5-Migração 2.6-Divergência Gênica 2.7-Introgressão 2.8-Redução de Variabilidade genética 2.8.1-Seleção natural 2.8.2-Seleção artificial 3-Centros de Origem e de diversidade genética 4-Preservação de Germoplasma Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Origem e Incremento da Variabilidade Genética CRIAR VARIABILIDADE MUTAÇÃO (única maneira conhecida) INCREMENTO DA VARIABILIDADE RECOMBINAÇÃO GÊNICA HIBRIDAÇÃO POLIPLOIDIA INTROGRESSÃO 2.1-Mutações Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação Conceitos Mudanças hereditárias que refletem em alterações morfológicas. Oenothera Lamarckiana Hugo de Vires (1903) Qualquer alteração súbita e hereditária no conjunto gênico de um organismo que não é explicável pela recombinação da variabilidade genética pré-existente. Zara et al. (2001) Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Obtenção de mutações MUTAÇÕES ESPONTÂNEAS MUTAÇÕES INDUZIDAS NATUREZA Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação Conceitos Mudanças hereditárias que refletem em alterações morfológicas. Oenothera Lamarckiana Hugo de Vires (1903) Qualquer alteração súbita e hereditária no conjunto gênico de um organismo que não é explicável pela recombinação da variabilidade genética pré-existente. Zara et al. (2001) Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação Gênica (ou mutação de ponto) Gene 1, loco 1, alelo A Gene 1, loco 1, alelo a A atatatatataatat Proteína A Rosa Branca a atatatatggggg Proteína a Rosa Vermelha Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação Gênica (ou mutação de ponto) Gene 1, loco 1, alelo A Gene 1, loco 1, alelo a A atatatatataatat Proteína A Rosa Branca a atatatatggggg Proteína a Rosa Vermelha Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação Gênica (ou mutação de ponto) Exemplo Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação Gênica (ou mutação de ponto) Exemplo Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação Gênica (ou mutação de ponto) Exemplo – Gene Rht1 Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação Gênica (????) Exemplo – Laranja Baiana (Washington Navel) Alterações na estrutura e no número de cromossomos Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo Mutações estruturais: Modificam a estrutura do cromossomo, partes deste são perdidas ou rearranjadas. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo Deficiência/deleção Duplicação Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.1-Mutação Cromossômica Inversão Translocação Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo Mutações numéricas: alteram o número de conjuntos cromossômicos: Euploidias - alteração de um genoma inteiro originando células cujo número de cromossomos é um múltiplo exato do número haplóide característico da espécie. Aneuploidias - perda ou ganho de um ou poucos cromossomos. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo NUMÉRICAS Euploidias (genoma inteiro) - (podem ser autopoliploidia ou alopoliploidia) Monoploidias (n) quando há apenas um genoma. Triploidias (3n) quando há três genomas. Poliploidias (4n, 5n, ...) quando há quatro ou mais genomas. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo NUMÉRICAS Euploidia: Descreve os casos onde há repetição de conjuntos básicos de cromossomos de uma ou mais espécies. Tabela 2. Exemplo de organismo euploide com 3 cromossomos ( A, B e C). Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo Tipos de Poliploidia: Autopoliploides: Tem conjuntos cromossômicos múltiplos com origem dentro de uma espécie. Alopoliploides: Tem conjuntos de duas ou mais espécies diferentes. Formam-se apenas entre espécies proximamente relacionadas. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo Aneuploidias (Somias – alguns cromossomos) Nulissomia (2n-2) cromossomos perda de um par inteiro de Monossomia (2n-1) cariótipo. um cromossomo a menos no Trissomia (2n+1) um cromossomo a mais no cariótipo. trissonomia do 21 Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo Aneuplóides: O conjunto de cromossomos NÃO corresponde a um múltiplo perfeito do conjunto básico de cromossomos do grupo. Essa variação pode envolver a adição ou deleção de cromossomos. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo Alterações Estruturais – Trechos de cromossomos ARROZ MILHO Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo Poliploidia BB AA Triticum monococcum AABB Triticum durum Aegilops speltoides ABD AABBDD DD Tricitum aestivum TRIGO ATUAL Aegilops squarrosa Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo x RR Secale cereale AABB Triticum durum AABBRR – Triticale Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética Mutação: Alterações na estrutura e no número de cromossomo . Poliploidia Geralmente plantas poliplóides são mais vigorosas, com órgãos maiores!!! Em torno de 40% das espécies cultivadas são poliplóides: Alfafa (Medicago sativa); Algodão (Gossypium hirsutum); Batata (Solanum tuberosum); Batata doce (Ipomoea batatas); Café (Coffea arabica); Cana de açúcar (Saccharum officinarum); Fumo (Nicotiana tabacum); Morango (Fragraria ananassa); Trigo (Triticum aestivum). 2.3 Recombinação Gênica Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.3-Recombinação Gênica PERMUTA (Crossing-Over) Troca de partes entre cromossomos homólogos durante a meiose. É um dos principais fatores para a variabilidade genética. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.3-Recombinação Gênica PERMUTA (Crossing-Over) Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.2-Hibridação 2.3-Recombinação Gênica Exemplo: Cruzamento sem ocorrências de recombinação A B DOMINATES A B a b a b A=alta B=Tolerante Al+++ a=baixa b=sensível Al+++ X A B A B A B a b A B a b a b a b F2 alta tolerante Al+++ alta alta tolerante Al+++ tolerante Al+++ baixa sensível Al+++ Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.2-Hibridação 2.3-Recombinação Gênica Exemplo: Cruzamento com ocorrências de recombinação A B DOMINATES A B a b a b A=alta B=Tolerante Al+++ a=baixa b=sensível Al+++ X A B A B A B a b A B a b a B a b F2 alta tolerante Al+++ alta alta tolerante Al+++ tolerante Al+++ baixa Tolerante Al+++ Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.3-Recombinação Gênica O PODER DA RECOMBINAÇÃO GENICA Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.3-Recombinação Gênica RECOMBINAÇÃO Padrão de associação de genes num “novo” individuo “C”, oriundos da segregação independe destes genes contidos no seus genitores A e B. Num individuo A os genes estão num padrão de associação (combinação 1). Num individuo B, estes mesmos genes estão num outro padrão de associação (combinação 2). O individuo C, resultante (filho) do cruzamento destes dois indivíduos A e B, irão gerar uma nova associação destes genes, essa nova re-associação é chamada de recombinação (recombinação genética). 2.4 Hibridação INTRA especifica Indivíduos da mesma espécie INTER especifica Indivíduos espécies próximas INTRA especifica Indivíduos da mesma espécie Hibridação Intra-especifica RUSTICIDADE PRODUÇÃO DE LEITE UNIR CARACTERISTICAS DIFERENTES Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.3-Hibridação Intra-especifica 2.2-Hibridação 2.4-Hibridação Incremento da variabilidade Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.3-Hibridação Intra-especifica 2.2-Hibridação 2.4-Hibridação Hibridação Intra-especifica Arroz Arroz x Oryza sativa subs indica Cultivar A x Oryza sativa subs indica Cultivar B Milho Oryza sativa subs japonica Cultivar A Oryza sativa subs japonica Cultivar B Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.3-Hibridação Intra-especifica 2.2-Hibridação 2.4-Hibridação Hibridação Intra-especifica Oryza sativa subs indica Oryza sativa subs japonica AINDA SÃO DA MESMA ESPÉCIE INTER especifica Indivíduos espécies próximas Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.3-Hibridação Inter-especifica 2.2-Hibridação 2.4-Hibridação Jumento égua MULA/BURRO Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.3-Hibridação Inter-especifica 2.2-Hibridação 2.4-Hibridação Hibridação Inter-especifica + Cucurbita moschata = Cucurbita maxima Abrobrinha japonesa Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.3-Hibridação Inter-especifica 2.2-Hibridação 2.4-Hibridação Hibridação Inter-especifica x Sorghum sudanense Sorghum bicolor Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.4-Hibridação Inter-especifica Hibridação Inter-especifica Calamondin Cicitranges Citradias Citrandarins Citrangedins Citrangequats Citrangeremos Citranges Citremonia Citrangores Citremons Citrumelos Citrumquats Eremolemons Eremoranges Eromoradias Faustrimedins Kumquats Lemandarins Lemonange Lemonimes Limequats Orangequats Procimequats Segentranges Tangelos Tangor C. reticulata Austera x Fortunella sp. Citranges x P. trifoliata P. trifoliata x C. aurantium P. trifoliata x C. reticulta (Fortunella sp x C. reticulata Austera) x P. trifoliata (P. trifoliata x C. sinensis ) x Fortunella sp. E. glauca x (P. trifoliata x C. sinensis) P. trifoliata x C. sinensis P. trifoliata x C. limonia C. sinensis x (C. sinensis x P. trifoliata) P. trifoliata x C. limon P. trifoliata x C. paradisi F. japonica x P. trifoliata Eremocitrus glauca x C. limon Meyer E. glauca x C. sinensis E. glauca x C. aurantium M. australasica x (Fortunella sp. X C. reticulata Calamondin) Fortunella sp. x Fortunella sp. C. limon x C. reticulata C. limon x C. sinensis C. limon x C. aurantifolia Fortunella sp. C. aurantifolia C. reticulata Satsuma x (F. japonica x F. margarita) (F. japonica x C. aurantifolia Mexican ) x F. hindsii P. trifoliata x C. sinensis F2 C. reticulata x C. paradisi C. sinensis x C. reticulata 2.5-Migração Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.5- Migração Responsável pela: Introdução de espécies, cultivares e genes / alelos em diferentes regiões. Desde o começo da agricultura... As grandes navegações... Até hoje... E amanhã... Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.5- Migração Responsável pela: Introdução de espécies, cultivares e genes / alelos em diferentes regiões. Formas: América Europa A espécie ou cultivar pode ser diretamente multiplicada e distribuída (no passado). A cultivar (se heterogênea) pode passar por seleção, para então ser multiplicada e distribuída. A cultivar pode ser utilizada em cruzamentos com cultivares já adaptadas (hoje). 2.6-Divergência genética Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.6-Divergência genética Divergência genética: Refere-se ao nível de heterogeneidade ou nível de variação genética de uma população ou de indivíduos de uma determinada espécie (ESTOPA, 2003). Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.6-Divergência genética x x Resulta em pouco incremento da variabilidade genética Resulta em muito incremento da variabilidade genética 2.7- Introgressão Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.7-Introgressão Introgressão (Palestra com professor Ian King!) Hibridação com espécies relacionadas (outras espécies ou outros gêneros), e posterior retrocruzamento com o genitor de interesse. = Hibridação interespecífica introgressiva: Geralmente não é o híbrido o explorado comercialmente!!! (difícil de obter ou não é vantajoso). Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.7-Introgressão Introgressão X Série de etapas: ... Triticum aestivum Aegilops speltoides - Utilizar um genótipo intermediário; - Técnicas para cultivar o híbrido; - Retrocruzamentos; - Técnicas para acompanhar o que se deseja introgredir; Triticum aestivum com segmento de cromossomo de Aegilops speltoides Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.7-Introgressão Introgressão Pensamento em Pool Gênico Problemas ou dificuldades: - Obtenção e / ou crescimento do F1 (fecundação, desenvolvimento do embrião, planta débil ou estéril); - A segregação não segue um padrão muito previsível (o gene em outro genoma de fundo, o gene em diferentes genomas em poliplóides); - O arraste gênico é mais grave (caracteres indesejados são doados juntamente com o desejado); Não é algo tão recente (a hibridação é feita desde que se sabe que plantas são sexuadas e o retrocruzamento desde o início do séc. passado), mas ainda é muito pouco explorado. 2.8-Redução de Variabilidade genética Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.8-Redução de Variabilidade genética Redução da variabilidade genética: Seleção natural; Seleção artificial. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.8-Redução de Variabilidade genética – Seleção Natural 2.8.1.1 Seleção natural – NA NATUREZA Biston betularia - pigmentação melândrica Mutações que representam vantagem adaptativa devem, ao longo das gerações, aumentar a frequência dos indivíduos portadores da mesma. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.8-Redução de Variabilidade genética – Seleção Natural 2.8.1.2. Seleção natural – NO CULTIVO Experimento (HARLAN e MARTINI, 1938): 1) Foram misturadas as mesmas quantidades de sementes de 11 cultivares de cevada. 2) Foram cultivadas/colhidas e as mesmas sementes foram posteriormente cultivadas/colhidas. O processo foi conduzido por 10 anos em 10 lugares. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.8-Redução de Variabilidade genética – Seleção Natural 2.8.1.2. Seleção natural – NO CULTIVO Tabela 13-1. Porcentagem de plantas de cada uma das 11 cultivares, após 12 anos de cultivo sucessivo. (ALLARD, 1971). Cultivar Coast and Trebi Gatami Smooth Awn Lion Meloy White Smyrna Hannchen Svanhals Deficiens Manchuria Total Davis California 72,4 0,2 0 1,6 5,4 13 6,8 0,4 0,2 0 100 Fargo N.Dakota 31,2 4 4,6 2,8 0 3,4 30,4 16 0,2 7,4 100 Ithaca New York 11,4 1,8 10,4 0,6 0 0 6,8 0,4 0 68,6 100 Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.8-Redução de Variabilidade genética – Seleção Natural Seleção natural indivíduos mais sofisticados perpetuam uma descendência Algumas características Resistência à doenças Resistência à insetos, outros herbívoros Ciclo ajustado ao clima Tolerância à fatores ambientais Habilidade competitiva intrínseca... Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.8-Redução de Variabilidade genética – Seleção Artificial 2.8.2. Seleção artificial Feita consciente e/ou inconscientemente pelo homem indivíduos de uma espécie que mais atendam as necessidades humanas Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.8-Seleção Artificial Seleção artificial em Brassica oleracea Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.8-Redução de Variabilidade genética – Seleção Artificial Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 2-Fatores de evolução: Criação e incremento de variabilidade genética 2.8-Redução de Variabilidade genética – Seleção Artificial 3-Centros de Origem e de diversidade genética Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 3-Centros de Origem VALVILOV (1923 a 1931) Centro de Origem Área geográfica na qual a espécie foi originada Centro de diversidade genética Local onde há grande diversidade genética da espécie cultivada e espécies relacionadas - Centro primário de diversidade Local onde a espécie foi domesticada - Centro secundário de diversidade Local onde a variação genética continuou a aumentar depois da domesticação Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 3-Centros de Origem Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 3-Centros de Origem 1-Centro Chines 4-Centro Oriente Próximo 2-Centro Indiano 6-Centro Etiope 2a-Centro Indo-Malaio 8a-Centro Sul-Americano 3-Centro Asiatico 8a-Centro Brasileiro-Paraguaio Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal Centro Brasileiro-Paraguaio Amendoim (Arachis hypogaea) Mandioca (Manihot utilissima) Abacaxi (Ananas comosa) Seringueira (Hevea brasiliensis) Maracujá (Passiflora edulis) Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa) Cajú (Anacardium occidentale) 4 - Preservação de Germoplasma Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 4-Preservação de germoplasmas RESERVATÓRIO DE GENES CENTROS DE DIVERSIDADE Tipos selvagens, híbridos entre tipos selvagens e cultivados Inços e híbridos Variedades primitivas Espécies do mesmo gênero CENTROS DE CULTIVO Variedades crioulas Variedades obsoletas Variedades modernas Tipos especiais PROGRAMAS DE MELHORAMENTO Linhagens elites Híbridos intra-específicos Híbridos inter-específicos Compostos Linhas avançadas Estoques genéticos (aneuplóides, mutantes, outros) Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 4-Preservação de germoplasmas GENE POOL ou GRUPO GÊNICO Inclui todas as cultivares, parentes silvestres e espécies silvestres afins, as quais contém genes com potencial uso no melhoramento. Classificação (HARLAN & DE WET, 1971) Grupo gênico Primário: acessos cultivados e silvestres características prontamente transferidas por cruzamento; com Grupo gênico secundário: acessos silvestres que podem doar genes para espécies cultivadas dentro de certas restrições; Ex. Híbridos com alguma viabilidade e fertilidade Grupo gênico terciário: acessos geneticamente muito distantes da espécie de interesse. A transferência de uma característica requer técnicas especiais. Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 4-Preservação de germoplasmas Germoplasma Patrimônio genético de uma espécie matéria prima do melhoramento. Germoplasma é composto por ACESSOS diferentes indivíduos de uma espécie Conservar fontes de genes para uso atual e futuro Evitar a perda dos Recursos Genéticos Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 4-Preservação de germoplasmas FORMAS DE CONSERVAÇÃO DO GERMOPLASMA IN SITU: Conservação da diversidade/variabilidade nos seus centros de origem e de diversidade genética EX SITU: Conservação de componentes da diversidade/variabilidade fora da seus hábitos naturais ON FARM: Conservação feita pelos agricultores nas áreas agrícolas de uso da espécie (sitios e/ou fazendas) variedades crioulas (landraces) Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 4-Preservação de germoplasmas IMPORTANTES BANCOS DE GERMOPLASMA DO MUNDO Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal 4-Preservação de germoplasmas IMPORTANTES BANCOS DE GERMOPLASMA DO BRASIL Obtenção de Variabilidade no Melhoramento Vegetal Considerações finais Conjunto de princípios da natureza Conjunto de princípios científicos Conjunto técnicas Obtenção/manutenção da variabilidade Melhoramento vegetal Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Departamento de Fitotecnia Disciplina de Melhoramento Genético de Plantas Obrigado! Carlos, Danyela, Eduardo e professor Antonio Costa de Oliveira