A Alta Idade Média - Fragmentação de Roma (+- entre séc IV e V): civilização greco-romana, tradições germânicas e visão cristã. -Invasores germânicos fundaram reinos em diversas regiões que antes eram de Roma. -COMITATUS: fidelidade mútua entre os chefes de tribos e seus guerreiros (união entre seus guerreiros). Fidelidade aos parentes e a um chefe tribal. A Alta Idade Média - Reinos germanos: só podia ser julgado pela lei da sua própria tribo ( não usariam mais o direito romano). - Ruralização das regiões (cidades cada vez menores) OBS: algumas cidades italianas conservaram suas moedas e instituições, inclusive o comércio entre si e com Constantinopla (até 1453). A Alta Idade Média -Império Bizantino – um “multi” império: Nova Roma (até 1453). Tinham bibliotecas, praças, mercados, escolas etc. Estudavam literatura, filosofia, ciência, direito etc. Na cidade: usavam o título de Imperador Romano, adotavam a religião cristã, tinham a cultura grega e usavam da administração romana. Reino Franco (Gália) O primeiro rei dos francos foi Clóvis (fundador da Dinastia dos Merovíngios). Em 496, Clóvis se converteu ao cristianismo. Em seguida a Igreja se aliou à expansão do poder de Clóvis. Em 511, após a morte de Clóvis, o Reino dos Francos foi dividido em quatro partes (costume germânico fazer a partilha dos bens do falecido entre os seus varões). Resultado: monarquia enfraquecida e reino dividido. Por fim, em 628, Dagoberto I subiu ao trono e estabeleceu que, daí por diante, os reis francos teriam um único sucessor. Após o reinado de Dagoberto I, vieram os reis indolentes (não cumpriam as funções administrativas). Quem administrava o reino era o prefeito do palácio (quase um primeiroministro). Um desses prefeitos, Pepino de Heristal, tornou o cargo hereditário e passou-o a seu filho Carlos Martel. Carlos Martel notabilizou-se por vencer os árabes (em 732) detendo a invasão muçulmana na região central da Europa. O filho de Carlos Martel, Pepino, o Breve, incentivado pelo papa Zacarias, depôs Childerico III (coroado em 743) e assumiu o trono e fez-se aclamar rei. Com isso, iniciou-se uma nova dinastia, a dos carolíngios, nome derivado de Carolus (Carlos, em latim). O sucessor de Pepino, o Breve, foi seu filho Carlos Magno. Império Carolíngio Coroação de Carlos Magno pelo Papa Leão III em 800 Carlos Magno anexou fronteiras do Estado e as áreas de influência da Igreja. Extenso território: administrado pelos condes (250 condados), nobres que deviam fidelidade ao governante. Durante o Império: retomada de estudos de textos gregos e latinos, matemática, astronomia, artes, música, gramática, retórica etc. - Grandes proprietário rurais com o poder e a Europa Ocidental virou uma colcha de retalhos de governos locais. - Enfraquecimento do poder dos reis medievais. - Nobres e donos da terra: poder que antes eram dos reis agora disputam entre si. - Castelania: área ao redor do castelo (jurisdição) tornou-se a unidade política e poder virou local. - Igreja se torna o CAMINHO PARA O CÉU e disseminação dos mosteiros: CENTRO DE CULTURA ERUDITA. Carlos Magno morre em 814. É sucedido por seu filho, Luis, O Piedoso (até 840). Os filhos de Luis disputaram, durante três anos, a sucessão do império. Em 843, pelo Tratado de Verdun, o Império Carolíngio foi dividido em três reinos distintos. Islamismo O Islamismo, é a religião que mais cresce atualmente, 1/4 da população Mundial, é Muçulmana, segundo o último censo realizado pela ONU (aproximadamente 1 bilhão e 500 milhões). Islamismo religião monoteísta: um único Deus. É fundamentada nos ensinamentos de Mohammed, ou Muhammad, chamado pelos ocidentais de Maomé. Nascido em Meca, no ano 570, Maomé começou sua pregação aos 40 anos, na região onde atualmente corresponde ao território da Arábia Saudita. A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são os muçulmanos (Muslim, em árabe), aquele que se subordina a Deus. A Alta Idade Média Islamismo Maomé, com o monoteísmo, ataca as crenças tradicionais e gera oposição dos governantes e dos comerciantes coloca em risco os lucros que Meca tinha com suas peregrinações. Existiam mais de 300 ídolos e todos eram adorados na cidade de Meca. Maomé foge de Meca para Medina na busca de seguidores (Hégira – ano 1 para os árabes). A união entre o caráter religioso + caráter político: geram um Estado Muçulmano. Jihad: fé perfeita no Ocidente: “Guerra Santa”. Islamismo prega a obediência a um único Deus. Sunitas (sunna – tradição – relato da vida, da palavra e das ações de Maomé) – 90% Xiitas significa “partidário de Ali” – Ali Abu Talib, califa (soberano muçulmano) que se casou com Fátima, filha de Maomé, e acabou assassinado. Obedecem exclusivamente às revelações divinas de Maomé – em árabe “Quram” ou “Corão” ou Al Quran (Alcorão) ATENÇÃO: A maior parte do mar mediterrâneo fica sob o domínio muçulmano na Alta Idade Média. Com isso: ocorre o isolamento da Europa Ocidental e como consequência: ajuda na ruralização econômica dos impérios e a consolidação do Feudalismo. Influência na Península Ibérica (711 até 1492) Documentário: Islã - O império da Fé (2009) “Islã: O Império de Fé” é um documentário com a história do Islã desde a sua formação, iniciando em Meca e Medina, no século VII até glória do Império Otomano 1.000 anos mais tarde. Essa série em três episódios apresenta a riqueza da cultura islâmica e o papel fundamental desempenhado pelo Islã na preservação da antiga sabedoria do Oriente e no aproveitamento da cultura do Ocidente, numa época em que a maior parte da Europa tinha seus problemas diante da Idade das Trevas. Médicos, matemáticos e astrônomos muçulmanos aumentaram os limites do conhecimento humano e arquitetos muçulmanos criaram alguns dos edifícios mais belos do mundo. Aula 8 – Alta Idade Média – Sociedade Medieval Sociedade Ganha nova forma: entre séc. IX e XI Poder local acaba se consolidando: os nobres Poder UNIVERSAL: a Igreja Feudalismo: importância dada à terra, atividades agrícolas, baixa mobilidade social, fragmentação política, papel fundamental da religiosidade cristã e da Igreja. Economia - Unidade produtiva: o senhorio – satisfazer a necessidade local e era quase “autossuficiente”. - Comércio sobrevivia de forma irregular. Sociedade - Propriedade transmitida por hereditariedade -Baixa mobilidade social 3 ordens ou estamentos (sociedade estamental) - os que oravam pela salvação de todos (o clero) - os que lutavam pela proteção da sociedade (os nobres) - os que trabalhavam para alimentar todos (os servos) Dentro da igreja há também uma estrutura social. Observamos isso no filme O Nome da Rosa “O nome da Rosa” trata da história ocorrida no ano de 1327 num Mosteiro Beneditino Italiano que continha, na época, o maior acervo Cristão do mundo, mas que poucas pessoas tinha acesso. O período Renascentista que se desenvolveu na Europa entre 1300 e 1650, vai contra o pensamento da Igreja, porque o Renascimento pregava a valorização do homem e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural da religião. Dessa forma, o personagem que é um Monge Renascentista usava da Ciência e da razão para dar solução aos crimes do ocorridos no mosteiro. Isso desagradava a Santa Inquisição, na figura do Inquisidor Bernardo Gui que realmente existiu e foi considerado um dos mais severos inquisidores. Os senhores feudais ligavam-se aos demais por meio da suserania e vassalagem. O suserano oferecia terras à proteção de um vassalo (obrigação de cuidá-las e de auxiliar ao seu suserano em guerras e pagamento de impostos). Mas, a concessão poderia ser também de exploração de direitos de pedágio em pontes ou estradas, de recolhimento de alíquotas em uma aldeia ou região etc. 90% da população medieval: camponeses (a maioria vivia nos domínios senhoriais). Esses domínios eram divididos em: Reserva - parte do domínio explorada diretamente pelo senhor. Os Mansos - pequenas extensões de terra, cada uma delas explorada por uma família de camponeses. Os servos deviam “obrigações” ao Senhor Feudal TALHA: Fornecer a maior parte de sua produção para o senhor, como uma troca pelo uso da terra do feudo CORVEIA: Trabalhar um número de dias por semana nas terras do manso senhorial (terras do Senhor Feudal). BANALIDADES: Pagar, em forma de produtos, pelo uso de moinhos, celeiros, adegas etc. MÃO-MORTA: O pagamento pelo uso da terra dos filhos de um servo morto; Além do dízimo pago para a Igreja Católica – tostão de Pedro. Igreja A maior proprietária de terras por causa das alianças com imperadores romanos e reis medievais. A igreja servida para divulgar as posições ideológicas da época: Deus teria colocado os servos na terra para trabalhar, os guerreiros (nobres) para defender a cristandade e o clero para propagandear a palavra de Deus. Iluminura medieval, Livro das Horas, mostrando o trabalho no campo, realizado pelos servos. Os nobres estão ligados entre si (mesmo com o Rei, através de RELAÇÕES de VASSALAGEM)