AVCI NA FASE AGUDA Tratamento clínico pós-trombólise Antonio Cezar Ribeiro Galvão Hospital Nove de Julho AVCI: suporte clínico inicial • • • • • • • • • Assegurar ventilação adequada (S/N: intubar + VM) Hidratação adequada Exames gerais ECG Correção dos distúrbios metabólicos (principalmente hipo e hiperglicemia) Controle pressórico: PA rigorosamente < 180 X 110 mmHg ( S/N: nitroprussiato ou labetalol) Jejum nas primeiras 24 hrs Profilaxia de TVP e TEP Fisioterapia motora e respiratória precoce. Recomendações após a trombólise • Transferir paciente do Pronto-atendimento para a UTI. • Não utilizar antiagregante ou anticoagulante nas primeiras 24 hrs. • Não realizar cateterização arterial ou punção venosa profunda nas primeiras 24 hrs. • Não passar sonda vesical até 30 minutos do término do r-TPA; se possível não sondar nas primeiras 24 hrs. • Evitar SNG ou SNE nas primeiras 24 hrs. • Realizar TC de crânio, Hb, Ht, TP e TTPA entre 12-24 hrs para controle evolutivo. Primeiras 2 horas: cada 15 minutos De 2 a 6 horas: cada 30 minutos • Controle da pressão arterial De 6 a 24 horas: cada hora Manter níveis < 180 X 105 e evitar PAS < 140 • Controle temperatura axilar: cada 2 horas; evitar hipertermia. • Controle da glicemia 4/4 hrs ► S/N: protocolo de Insulina. • Profilaxia de TVP/ TEP: compressão pneumática, meias elásticas. Manejo das complicações após a trombólise HIPOTENSÃO ARTERIAL HEMORRAGIA CEREBRAL REOCLUSÃO ARTERIAL Infusão de cristaloides S/N: uso de drogas vasoativas Petequial (HT1= margem do infarto; HT2 = na área do infarto s/ efeito de massa) Intraparenquimatosa (HP1 = < 30% da área infartada; HP2 = > 30% com efeito de massa) Ocorrendo piora neurológica = aumento de 4 ptos do INH: -Suspender infusão r-TPA -TC de crânio urgente -Colher coagulograma completo -Infundir crioprecipitado, plasma fresco, plaquetas - Convocar NC para cogitar cirurgia Trombólise intra-arterial ??? AVCI: investigação específica após atendimento de urgência • • • • • • • Ressonância magnética Ecocardiograma (transesofágico se for o caso) Doppler de carótidas Doppler transcraniano Angiografia ( por RNM, Angio-CT ou digital) Líquor Pesquisa de trombofilia e vasculites AVCI : investigação etiológica (classificação TOAST) Aterosclerose de grandes artérias (êmbolo artério-arterial quase sempre) Doença de pequenos vasos (infarto lacunar, HAS grave, DM) Cardioembólico Dissecção arterial cervical Trombofilias Vasculites Indeterminado AVCI: profilaxia secundária ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS Aspirina: benéfica nas primeiras 48 hrs (325 a 500 mg/ dia) Clopidrogel: efeito demora alguns dias (dose de ataque? 300mg) Outros antiagregantes (Cilostazol, Triflusal, Dipiridamol) : sem estudos) ANTICOAGULANTES Heparina endovenosa e heparinas de baixo peso molecular: - pouco eficazes na fase aguda. - uso reservado para: ICTs de repetição, Trombose basilar, AVCI em progressão. AVCIs embólicos: heparina de baixo peso Warfarina. Novos anticoagulantes ( Dabigatrana, Rivaroxaban, Apixaban): - aprovados apenas para FA crônica não valvar. AVCI: complicações na fase aguda Convulsões Edema cerebral (infartos extensos = AVCI “maligno” Transformação hemorrágica Ocorrem em 10% dos casos Sem indicação de tratamento profilático Geralmente no território da CM ou no cerebelo Máximo do 2º ao 5º dia Tratamento: -hiperventilação, diuréticos osmóticos, NaCl hipertônico - barbitúricos (eficácia discutível) - hipotermia (poucos estudos) -corticoides (não funcionam) -- craniectomia descompressiva ; DVP (hidrocefalia) Achado frequente quando visualizada RNM Minoria é sintomática Aumento de incidência após a trombólise Grandes hematomas : cirurgia depende do quadro clínico CRANIECTOMIA DESCOMPRESSIVA NO AVCI AGUDO Muito eficaz nos AVCIs cerebelares. Em AVCIs supratentoriais extensos: (território da cerebral média) - envolvimento de > 50% do território da CM. - sinais de herniação na neuroimagem. - idade < 65 anos (????). - volume ≥ 145 cm3 visto à RNM. - extensão: 12 cm ou mais.