Prova ACESSO DIRETO (GABARITO)

Propaganda
Processo Seletivo de Residência Médica da Aliança Saúde PUCPR - Santa Casa para 2009
03 de dezembro de 2008
ESPECIALIDADES DE ACESSO DIRETO
N.º DO CARTÃO
NOME (LETRA DE FORMA)
ASSINATURA
INFORMAÇÕES / INSTRUÇÕES:
1. A prova é constituída de 100 questões objetivas.
2. Verifique se a prova está completa.
3. A compreensão e a interpretação das questões constituem partes integrantes da prova, razão pela qual os
fiscais não poderão interferir.
4. Transcreva as respostas para o Cartão-Resposta com caneta esferográfica com tinta preta, assinalando uma
única resposta para cada questão.
5. Preencha totalmente o espaço
correspondente, conforme o modelo:
6. Não serão consideradas questões não assinaladas ou que contenham mais de uma resposta, emenda ou
rasura.
7. É de plena e total responsabilidade do candidato o correto preenchimento do Cartão-Resposta.
8. Os candidatos deverão entregar a prova juntamente com o Cartão-Resposta.
9. O Cartão-Resposta é personalizado, não podendo ser substituído.
Duração total da prova: 3 horas
-----------------------------------------------------------------------Anote o seu gabarito.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62.
63.
64.
65.
66.
67.
68.
69.
70.
71.
72.
73.
74.
75.
76.
77.
78.
79.
80.
81.
82.
83.
84.
85.
86.
87.
88.
89.
90.
91.
92.
93.
94.
95.
96.
97.
98.
99.
100.
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 1
MEDICINA DA FAMÍLIA E
COMUNITÁRIA
1. Diversos estudos já sugeriram que a vasectomia é um
fator de risco para o câncer de próstata. Embora
nenhum desses estudos tenha apresentado um
resultado especialmente forte e a hipótese seja
biologicamente implausível, investigadores da Nova
Zelândia trataram dessa questão em uma amostra
nacional. Os casos foram todos os 3.186 homens que
desenvolveram câncer de próstata durante um
período de 34 meses e foram identificados através de
um registro nacional de câncer. Os controles foram
identificados no registro de eleitores e foram pareados
aos casos pela idade. Os casos e os controles foram
entrevistados por telefone para determinar se eles
haviam sofrido uma vasectomia. A estimativa do risco
relativo obtida pela pesquisa foi de 0,92, tendo
intervalo de confiança de 0,75 a 0,98. A partir desse
estudo de caso-controle, é CORRETO afirmar:
A. O procedimento de vasectomia é considerado um
fator de risco elevado para o câncer de próstata.
B. Não há associação entre o procedimento de
vasectomia e o câncer de próstata.
C. A estimativa do risco relativo não é o cálculo ideal
para se comparar freqüência da exposição entre
casos e controles.
D. O procedimento da vasectomia é considerado um
fator de risco baixo, indicando proteção para o
câncer de próstata.
E. A abordagem mais segura para aferir a
exposição é o pareamento dos casos e dos
controles.
em pós-operatório de urgência foram mais
transfundidos. Eles receberam em média 4,4 ± 3,7
CHA e apresentaram maior letalidade no CTI (39,8%
versus 13,2%; p < 0,0001) e no hospital (48,8%
versus 20,3%; p < 0,0001). A letalidade correlacionou2
se com o número de CHA transfundidos (R = 0,91).
Na análise multivariada, os fatores relacionados com a
necessidade de transfusão foram cirrose hepática,
ventilação mecânica (VM), tipo e duração da
internação no CTI, hematócrito e escore SAPS II. A
transfusão de CHA é freqüente no CTI,
particularmente nos pacientes internados por
problemas clínicos e após cirurgias de emergência,
com internação prolongada, em VM e com cirrose
hepática. O limiar transfusional observado foi mais
baixo que aquele assinalado pela literatura. A
transfusão de CHA foi associada com maior
letalidade. O desenho desse estudo epidemiológico
pode ser classificado como:
A.
B.
C.
D.
E.
Estudo de Coorte Prospectivo.
Estudo Observacional Caso-Controle.
Estudo de Coorte Retrospectivo.
Estudo Seccional ou Transversal.
Estudo Ecológico.
Referência Bibliográfica: FLETCHER, R. H.;
FLETCHER,
S.
W.
Epidemiologia
Clínica:
Elementos Essenciais. 4 ed. Porto Alegre: Artmed,
2006. Pág. 107.
3. A metanálise é um estudo que fornece estimativas
mais precisas das magnitudes de efeito do que as
disponíveis em qualquer um dos estudos isolados.
São desvantagens da metanálise, EXCETO:
A. Viés de publicação.
B. Divergência encontrada entre os vários estudos.
C. Não existência de dados suficientes para o
desenvolvimento do estudo.
D. Acesso indireto às informações.
E. Capacidade de Síntese de Informação.
Referência Bibliográfica: JUSTO, L. P.; SOARES, B.
G.O.; CALIL, H. M. Revisão Sistemática, Metanálise
e Medicina Baseada em Evidências: Considerações
Conceituais. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 2005.
Pág. 242–247.
Referência Bibliográfica: FLETCHER, R. H.;
FLETCHER,
S.
W.
Epidemiologia
Clínica:
Elementos Essenciais. 4 ed. Porto Alegre: Artmed,
2006. Pág. 125.
4. Um estudo com Proteína C Ativada apresentou uma
2. A transfusão de concentrado de hemácias (CHA) é
muito freqüente no centro de tratamento intensivo
(CTI), mas as conseqüências da anemia nos
pacientes gravemente enfermos ainda são obscuras.
O objetivo desse estudo foi avaliar a freqüência, as
indicações, os limiares transfusionais e o prognóstico
dos pacientes criticamente enfermos que receberam
CHA. O estudo foi realizado no CTI médico-cirúrgico
de um hospital universitário durante 16 meses. Foram
coletados dados demográficos, clínicos e os
relacionados à transfusão de CHA. A regressão
logística binária foi utilizada após as análises
univariadas. Dos 698 pacientes internados, 244 (35%)
foram transfundidos com CHA. Os pacientes clínicos e
redução na mortalidade por sepsis 24,7% contra
30,8% dos que utilizaram o placebo, com uma
redução do risco relativo de 19,4% (IC 95%, 6,6% 30,5%) e uma redução do risco absoluto de 6,1%.
Tendo em vista o estudo relatado, qual é o número de
tratamentos necessários para evitar um desfecho
adicional?
A.
B.
C.
D.
E.
06.
16.
12.
32.
60.
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 2
Referência Bibliográfica: HAYNES, R. B.; SACKETT,
D. L.; GUYATT, G. H.; TUGWELL, P. Epidemiologia
Clínica: Como realizar Pesquisa na Prática. 3 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2008. Pág. 155.
5. Com relação aos atestados de óbitos fetais, é
B.
C.
D.
E.
Referência Bibliográfica: FLETCHER, R. H.;
FLETCHER,
S.
W.
Epidemiologia
Clínica:
Elementos Essenciais. 4 ed. Porto Alegre: Artmed,
2006. Pág. 83-96.
CORRETO afirmar que:
A. O médico que prestou assistência à mãe é
obrigado a preencher a declaração de óbito em
fetos com IG igual ou superior a 14 semanas
e/ou peso igual ou superior a 400g.
B. O médico que prestou assistência à mãe é
obrigado a preencher a declaração de óbito em
fetos com IG igual ou superior a 24 semanas e
peso de 600g.
C. O médico que prestou assistência à mãe é
obrigado a preencher a declaração de óbito em
fetos com IG igual ou superior a 20 semanas e/ou
peso igual ou superior a 500g.
D. O médico que prestou assistência à mãe é
obrigado a preencher a declaração de óbito em
qualquer fase do desenvolvimento fetal e com
qualquer peso fetal.
E. O médico que prestou assistência à mãe deve
preencher a declaração de óbito fetal em
qualquer fase do desenvolvimento fetal e dentro
das 3 primeiras horas após o óbito.
Referência Bibliográfica: DUNCAN B.B.; SCHMIDT
M.I.; GIUGLIANI E.R.J. Medicina ambulatorial:
Condutas de Atenção Primária Baseadas em
Evidências. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Pág.
152.
6. Considere as seguintes afirmações:
I.
II.
III.
IV.
Os estudos de prevalência fornecem evidências
fracas de causa e efeito, pois os estudos de
causa e efeito pressupõem uma dimensão
temporal enquanto os estudos de prevalência
são um corte transversal no tempo.
Tendo em vista todas as mortes por doenças
coronarianas, 25% a 40% ocorrem dentro de 24
horas após o início dos sintomas em pessoas
que não apresentam evidências prévias da
doença, um estudo de prevalência iria
superestimar a carga real dessa doença.
O estudo de incidência se define como um grupo
de pessoas que têm algo em comum quando são
reunidas pela primeira vez e, então, são
acompanhadas por um período de tempo para
que se verifique o desenvolvimento do desfecho.
A prevalência pode ser o resultado da incidência
de uma doença. Mesmo que os estudos de
prevalência possam trazer hipóteses promissoras
acerca de risco, prognóstico, tratamento e
prevenção, elas precisam ser testadas por
estudos consistentes que incluam casos
incidentes.
As afirmações II e IV são incorretas.
As afirmações I, II e III são corretas.
Todas as afirmações são corretas.
Somente afirmação II é incorreta.
7. Para expressar a freqüência de uma doença em
estudos observacionais são utilizados alguns cálculos
estatísticos. Para os tipos de estudos observacionais
Coorte e Transversal, utilizamos respectivamente:
A.
B.
C.
D.
E.
Incidência Cumulativa e Taxa de Incidência.
Taxa de Incidência e Prevalência.
Risco Relativo e Taxa de Incidência.
Taxa de Incidência e Incidência Cumulativa.
Risco Absoluto e Risco Relativo.
Referência
Bibliográfica:
HULLEY,
S.
B.;
CUMMINGS, S. R.; BROWNER, W. S.; GRADY, D. G.;
NEWMAN, T. B. Delineando a Pesquisa Clínica:
Uma Abordagem Epidemiológica. 3 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2008. Pág. 128.
8. Dona Maria José, 48 anos, há 3 anos vem sendo
acompanhada na US, com o diagnóstico de
hipertensão arterial sistêmica crônica. Ela apresentou
estenose mitral como conseqüência de febre
reumática. Foi a óbito por insuficiência cardíaca
congestiva desencadeada pela lesão valvar mitral.
Nota-se que o médico que a acompanhava na US
preencheu a parte I do atestado , referente à causa da
morte, nas linhas (a), (b), (c), (d) com os seguintes
diagnósticos respectivamente : Insuficiência cardíaca
congestiva (ICC), Estenose mitral, Cardiopatia
reumatismal e Febre reumática. Assinale a alternativa
CORRETA a respeito desse atestado de óbito:
A. Está preenchido corretamente porque coloca a
causa básica, que é a febre reumática, no item
(d).
B. Está preenchido corretamente porque a letra (a)
do atestado de óbito se destina à causa básica ,
ou seja, à doença que levou à morte.
C. Está preenchido incorretamente porque a
insuficiência cardíaca é a causa terminal e
deveria estar no item (d).
D. Está preenchido incorretamente porque coloca
como causa terminal a ICC, quando deveria ser a
estenose mitral.
E. Está preenchido corretamente porque, apesar de
a paciente ter tido febre reumática, a causa
básica da morte foi ICC.
Referência Bibliográfica: DUNCAN B.B.; SCHMIDT
M.I.; GIUGLIANI E.R.J. Medicina ambulatorial:
Condutas de Atenção Primária Baseadas em
Evidências. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Pág.
152-153.
Assinale a alternativa CORRETA:
A. Somente as afirmações I e III são corretas.
9. A causalidade é importante na prática clínica, pois ela
orienta três atividades clínicas: prevenção, diagnóstico
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 3
e tratamento. O clínico necessita de respostas para
suas questões e precisa saber o grau de
confiabilidade dessas informações para a tomada de
decisão. A capacidade das informações de pesquisa
de direcionar decisões clínicas depende de sua força
científica. Os clínicos precisam situar onde as
informações se encontram em um espectro de
certeza, de uma idéia baseada no raciocínio, na
intuição ou na tradição, a evidências fortes de
pesquisa. Atualmente, as informações clínicas são
classificadas segundo sua força científica, baseandose nas evidências acumuladas a partir de muitas
investigações, ou seja, cada uma delas avaliada em
relação ao seu mérito científico. Em relação aos
estudos epidemiológicos, considere as afirmações a
seguir, que apresentam características de três
diferentes desenhos de estudos. Em seguida, assinale
a alternativa com a CORRETA correlação.
Referência
Bibliográfica:
HULLEY,
S.
B.;
CUMMINGS, S. R.; BROWNER, W. S.; GRADY, D. G.;
NEWMAN, T. B. Delineando a Pesquisa Clínica:
Uma Abordagem Epidemiológica. 3 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2008. Pág. 117, 127, 133.
10. Com relação ao diagnóstico de depressão, qual dos
sintomas abaixo é fundamental?
A.
B.
C.
D.
E.
Perda de prazer ou interesse.
Concentração e atenção reduzidas.
Auto-estima reduzida.
Ideação suicida.
Idéias de culpa ou inutilidade.
Referência Bibliográfica: DUNCAN, B. B; SCHMIDT,
M. I.; GIUGLIANI, E. R. J. Medicina ambulatorial:
Condutas de Atenção Primária Baseadas em
Evidências. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Pág.
87.
11. Foi realizado um estudo sobre a capacidade dos
I.
Estes estudos são o segundo método na escala
de evidenciação científica, sendo menos
rigorosos que os estudos clínicos randomizados.
Apresentam uma poderosa estratégia para definir
a incidência de uma condição clínica, sendo útil
também para investigar suas possíveis causas. O
risco de viés é aumentado por causa das
potenciais diferenças de características entre os
participantes expostos e os controles, podendo
haver uma busca desigual nos dois grupos, com
busca menos intensa no grupo- controle.
II. Surgiram com estudos epidemiológicos que
buscavam identificar fatores de risco para as
doenças. São bons ponto de partida ao gerar e
explorar hipóteses causais, especialmente para
doenças raras. Estão em terceiro lugar na
evidenciação científica. Este delineamento é
muito mais fácil e rápido de implementar, pois os
desfechos indesejáveis já ocorreram.
III. Estudos úteis quando se quer descrever variáveis
e seus padrões de distribuição. Não é necessário
esperar pela ocorrência do desfecho, fazendo
com que sejam rápidos e de baixo custo. São,
porém, pouco práticos para estudar doenças
raras em amostra de indivíduos da população
geral. Estão no degrau mais baixo da escala de
evidências.
A. I – Estudos de Caso-Controle; II – Estudos de
Ecológicos; III – Estudos Transversais.
B. I – Estudos Caso-Controle; II – Estudos de
Coorte; III – Estudos Observacionais.
C. I – Estudos de Coorte; II – Estudos de CasoControle; III – Estudos Transversais.
D. I – Estudos de Coorte; II – Estudos de
Intervenção; III – Estudos Ecológicos.
E. I – Estudos Observacionais; II – Estudos CasoControle; III – Estudos Ecológicos.
clínicos de diagnosticar infecção estreptocócica em
149 pacientes que vieram à emergência de um
hospital com dor de garganta. As impressões clínicas
foram comparadas aos resultados de culturas
orofaríngeas para estreptococcus do grupo A. Dos 37
pacientes que apresentaram cultura orofaríngea
positiva, 27 foram diagnosticados pelos médicos como
tendo faringite estreptocócica. Entre 112 pacientes
que apresentaram cultura negativa, os médicos
diagnosticaram que 35 deles apresentavam a doença.
Com base nesse relato, qual o cálculo estatístico que
você utiliza para saber em qual porcentagem dos
pacientes o médico estava certo quando supôs a
ausência da faringe estreptocócica nos pacientes?
A.
B.
C.
D.
E.
Sensibilidade.
Especificidade.
Valor Preditivo Positivo.
Valor Preditivo Negativo.
Prevalência.
Referência Bibliográfica: FLETCHER, R. H.;
FLETCHER,
S.
W.
Epidemiologia
Clínica:
Elementos Essenciais. 4 ed. Porto Alegre: Artmed,
2006. Pág. 61.
12. Para o clínico, é um dilema determinar se o paciente
tem a doença ou não, dados os resultados de um
teste. O valor preditivo é a probabilidade de ter a
doença após o resultado do teste ser conhecido.
Esse valor pode responder à pergunta: “Se o
resultado de teste do meu paciente for positivo (ou
negativo), qual é a probabilidade de ele ter (ou não
ter) a doença?” Tendo em vista seu conhecimento a
respeito de valor preditivo, é INCORRETO afirmar:
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 4
A. Quanto mais sensível for um teste, maior será
seu valor preditivo negativo, ou seja, mais
confiante o clínico pode ficar de que um resultado
de teste negativo descarte a doença que está
sendo pesquisada.
B. Quanto mais específico for o teste, maior será o
valor preditivo positivo, ou seja, mais confiante o
clínico pode ficar de que um teste positivo
confirme ou feche um diagnóstico que está sendo
pesquisado.
C. O valor preditivo é influenciado pela prevalência,
sendo assim, ele depende do contexto em que o
teste é utilizado.
D. Os resultados negativos, mesmo para um teste
muito sensível, quando aplicados a pacientes
com alta probabilidade de ter a doença, serão,
em grande parte, falso-negativos.
E. O valor preditivo de um teste não é uma
propriedade de teste por si só. Ele é determinado
pela sensibilidade e especificidade do teste e
pela incidência da doença na população que está
sendo testada.
Referência Bibliográfica: FLETCHER, R. H.;
FLETCHER,
S.
W.
Epidemiologia
Clínica:
Elementos Essenciais. 4 ed. Porto Alegre: Artmed,
2006. Pág. 68.
13. Você está concluindo sua residência e foi contratado
para clinicar em uma cidade pequena. Você quer se
manter atualizado sobre os novos avanços em sua
área, mesmo havendo poucos colegas em sua
comunidade. Todas as alternativas a seguir podem
ser pertinentes, mas qual será a mais útil para você?
A. Assinar alguns bons periódicos.
B. Assinar um serviço que revise a literatura em sua
especialidade.
C. Comprar novas edições de livros textos
impressos.
D. Fazer buscas no MEDLINE com regularidade.
E. Manter contato com colegas em seu programa de
treinamento através de e-mail e telefone.
Referência Bibliográfica: FLETCHER, R. H.;
FLETCHER,
S.
W.
Epidemiologia
Clínica:
Elementos Essenciais. 4 ed. Porto Alegre: Artmed,
2006. Pág. 259-269.
14. J.S.H., 10 meses, vem à Unidade de Saúde perto de
sua casa, trazida por sua mãe, a fim de colocar em dia
sua vacinação, vindo de outra cidade onde havia
dificuldade de acesso aos serviços de saúde.
Constatou-se que a criança havia recebido todas as
vacinas previstas para os 5 primeiros meses de idade
e, desde então, nenhuma outra vacina lhe foi aplicada.
Nesse caso, a conduta mais adequada seria:
A. Fazer a tríplice bacteriana com componente
pertussis celular, Hib, poliomielite e planejar
vacina para febre amarela se área endêmica, não
se esquecendo da terceira dose da hepatite B.
B. Fazer PPD para depois avaliar necessidade da
BCG.
C. Fazer testes sorológicos e somente depois dos
resultados completar esquema vacinal para
aquelas doenças das quais se esperava
imunidade positiva.
D. Completar esquema vacinal para difteria, tétano,
coqueluche, poliomielite, Hib e rotavírus, não se
esquecendo da dose de hepatite B.
E. Completar o esquema vacinal sem necessidade
de exames sorológicos para comprovar a
necessidade de vacinas para as doenças
previstas no PNI, refazendo BCG independente
de cicatriz vacinal em deltóide direito.
Referência Bibliográfica: DUNCAN B.B.; SCHMIDT
M.I.; GIUGLIANI E.R.J. Medicina ambulatorial:
Condutas de Atenção Primária Baseadas em
Evidências. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Pág.
1296-1300.
15. M.F.A., 32 anos, vem à Unidade de Saúde para
acompanhamento de pré-natal de baixo risco. Traz
exames solicitados de rotina no 2˚ trimestre da
gestação, dentre eles uma curva glicêmica, que
evidenciou glicemia de jejum = 110mg/dL e glicemia
2h após a ingestão de 75g de glicose = 164mg/dL.
Sabendo-se que no 1˚ trimestre da gestação coletouse glicemia de jejum = 77mg/dL, qual o diagnóstico da
paciente e a terapêutica que deve ser iniciada?
A. Tolerância diminuída à glicose, orientação
dietética.
B. Tolerância diminuída à glicose, iniciar insulina.
C. DM gestacional, iniciar hipoglicemiante oral.
D. DM gestacional, iniciar insulina.
E. DM gestacional, orientação dietética.
Referência Bibliográfica: DUNCAN, B. B.; SCHMIDT,
M. I.; GIUGLIANI, E. R. J. Medicina ambulatorial:
Condutas de Atenção Primária Baseadas em
Evidências. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Pág.
376-381.
16. Segundo os dados do Ministério da Saúde do Brasil,
publicados em 2007, a Mortalidade Neonatal Precoce
reflete, de maneira geral, as condições sócioeconômicas e de saúde da mãe, bem como a
inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao
recém-nascido. A seguir apresentaremos uma tabela
referente aos Dados Estatísticos da Taxa de
Mortalidade Neonatal Precoce do Brasil e Grandes
Regiões, no período de 1991 a 2004.
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 5
Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce (por mil
nascidos vivos)
Brasil e Grandes Regiões, 1991, 1997, 2000 e 2004
Regiões 1991(a) 1997(b) 2000(c) 2004(c)
REGIÕES
1991
1997 (b) 2000 (c) 2004 (c)
(a)
Brasil
18,5
15,6
13,5
11,5
Norte
16,1
16,5
14,8
12,8
Nordeste
18,3
21,0
19,7
17,6
Sudeste
16,4
12,3
9,5
7,6
Sul
11,5
8,6
8,6
7,4
Centro12,9
12,4
10,7
9,2
Oeste
Fonte: Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos
(Sinasc) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
Notas:
(a): Taxa estimada.
(b): Dados diretos para RJ, SP, RS e MS; dados indiretos
para demais unidades da Federação.
(c): Dados diretos para ES, RJ, SP, PR, SC, RS, MS e
DF; dados indiretos para demais unidades da Federação.
A partir desses dados podemos afirmar:
I.
II.
III.
IV.
V.
A Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce
estima o risco de um nascido vivo morrer
durante a primeira semana de vida, isto é, do
0 a 6º dia de vida completo.
Um dos usos da taxa de Mortalidade
Neonatal Precoce é o de contribuir na
avaliação dos níveis de saúde e de
desenvolvimento
sócio-econômico
da
população, prestando- se para comparações
nacionais e internacionais.
A mortalidade neonatal precoce pode estar
subestimada pela exclusão de óbitos
declarados como natimortos, mas ocorridos,
na verdade, pouco após o parto. Esse viés é
também uma das causas de subnumeração
de nascidos vivos.
A redução da mortalidade neonatal precoce
entre 1991 e 2004 no Brasil decorre,
principalmente,
do
decréscimo
mais
acentuado ocorrido nas regiões Norte e
Centro-Oeste.
O valor observado na região Nordeste, em
2004, é 2,4 vezes maior que o observado na
região Sul.
Assinale a alternativa CORRETA:
A.
B.
C.
D.
E.
Somente as alternativas I, II e V estão incorretas.
As alternativas I, II, III e V estão corretas.
Somente as alternativas III e IV estão incorretas.
Somente as alternativas I, II e V estão corretas.
Todas as alternativas estão corretas.
Referência Bibliográfica: Ministério da Saúde do
Brasil. Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil:
conceitos
e
aplicações
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2007/CapituloC.pdf.
- 2 ed. Brasília, 2008. Pág.110-111.
17. O Sr. J.S., 27 anos, acompanhado na sua US por
Esquizofrenia, iniciou o uso de haloperidol 5mg/dia
com bom controle dos sintomas, porém vem
apresentando espasmos da língua e músculos da
face, pescoço e costas. Do que o médico de família e
comunidade deveria suspeitar e que conduta deveria
tomar?
A. Início de sintomas positivos da Esquizofrenia;
aumentar a dose do haldol.
B. Acatisia, reduzir a dose do haldol ou trocar de
fármaco.
C. Discinesia
tardia;
iniciar
fármacos
antiparkinsonianos.
D. Início de sintomas negativos da Esquizofrenia;
aumentar a dose do haldol.
E. Distonia
Aguda;
iniciar
fármacos
antiparkinsonianos.
Referência Bibliográfica: DUNCAN, B. B; SCHMIDT,
M. I.; GIUGLIANI, E. R. J. Medicina ambulatorial:
Condutas de Atenção Primária Baseadas em
Evidências. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Pág.
892.
Observe a Figura apresentada abaixo e responda às
questões 18, 19 e 20:
18. A Figura acima representa o delineamento de um
estudo observacional.
VERDADEIRA:
Assinale
a
alternativa
A. A Figura representa o delineamento de um
estudo de coorte retrospectivo, em que o
investigador: a) identifica uma coorte montada no
passado; b) coleta dados sobre as variáveis
preditoras (medidas no passado) e c) coleta
dados sobre as variáveis de desfecho (medidas
no passado ou no presente).
B. A Figura representa o delineamento de um
estudo de coorte prospectivo, em que o
investigador:
a) seleciona uma amostra da
população (a linha pontilhada representa o
tamanho grande e indefinido dessa população);
b) mede as variáveis preditoras (nesse caso,
determina se há ou não um fator de risco
dicotômico presente [área sombreada]) e c)
mede, durante o seguimento, o desfecho (nesse
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 6
caso, se ocorreu uma doença [borda em
negrito]).
C. A Figura representa o delineamento de um
estudo de caso-controle aninhado, em que o
investigador: a) identifica uma coorte com
amostras biológicas, imagens ou dados
armazenados em um banco;
b) identifica os
participantes que desenvolveram o desfecho
durante o surgimento (casos); c) seleciona uma
amostra do restante da coorte (controles) e d)
mede as variáveis preditoras nos casos e nos
controles.
D. A Figura representa o delineamento de um
estudo de dupla-coorte prospectivo, em que o
investigador: a) seleciona as amostras de duas
populações com níveis diferentes de preditor e b)
mede as variáveis de desfecho durante o
seguimento. Os estudos de dupla-coorte também
podem ser realizados retrospectivamente.
E. A Figura representa o delineamento de um
estudo transversal, em que o investigador: a)
seleciona uma amostra da população e b) mede
as variáveis preditora e de desfecho (p. ex.,
presença ou ausência de fator de risco e de
doença).
Referência
Bibliográfica:
HULLEY,
S.
B.;
CUMMINGS, S. R.; BROWNER, W. S.; GRADY, D. G.;
NEWMAN, T. B. Delineando a Pesquisa Clínica:
Uma Abordagem Epidemiológica. 3 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2008. Pág. 117.
19. Tendo em vista o estudo representado na figura
acima, a vantagem e a desvantagem desse estudo
são, respectivamente:
A. Medir variáveis importantes de forma completa e
acurada; é uma forma cara e ineficiente para se
estudar desfechos raros.
B. O investigador pode introduzir novas medidas
que não estavam disponíveis no início do estudo
e para muitas questões de pesquisa; não é
possível armazenar materiais para análise
posterior em uma subamostra de sujeitos do
estudo.
C. É a única forma factível de estudar exposições
raras e exposições a potenciais fatores de risco
ocupacionais e ambientais; o problema do
confundimento é acentuado nesses estudos.
D. É um estudo muito mais barato e consome
menos tempo; o controle limitado que o
investigador tem sobre como delinear a
estratégia de amostragem da população e sobre
a natureza.
E. Não é necessário esperar pela ocorrência do
desfecho; é pouco prático para estudar doenças
raras em amostras diferentes da população geral.
20. Tendo em vista o estudo representado na figura
acima, qual estratégia é recomendada para evitar o
viés de aferição do estudo?
A. Ajuste multivariável.
B. Randomização, alocando os pacientes para os
grupos de uma forma que possibilite a cada
paciente a mesma probabilidade de ficar num dos
grupos.
C. Garantir que aqueles que registram os desfechos
não estejam cientes do grupo a que cada
paciente pertence.
D. Estratificação.
E. Pareamento.
Referência Bibliográfica: FLETCHER, R. H.;
FLETCHER,
S.
W.
Epidemiologia
Clínica:
Elementos Essenciais. 4 ed. Porto Alegre: Artmed,
2006. Pág. 146.
PEDIATRIA
21. A cetoacidose é um distúrbio metabólico grave. É
muitas vezes a primeira manifestação do Diabetes
Mellitus tipo 1 na criança. Considerando esse quadro,
assinale a alteração metabólica que não é habitual no
momento da internação:
A.
B.
C.
D.
E.
Referência
Bibliográfica:
MONTE,
O.
Endocrinologia para o Pediatra. 3.ed. São Paulo:
Atheneu, 2006. Pág. 357.
22. Considerando
que o coma representa uma
emergência neurológica relativamente comum,
assinale a alternativa CORRETA:
I.
II.
Referência
Bibliográfica:
HULLEY,
S.
B.;
CUMMINGS, S. R.; BROWNER, W. S.; GRADY, D. G.;
NEWMAN, T. B. Delineando a Pesquisa Clínica:
Uma Abordagem Epidemiológica. 3 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2008. Pág. 118.
Hipopotassemia devido à perda renal de
potássio.
Acidose metabólica com pCO2 diminuído.
Hiponatremia devido à diluição do plasma pela
hiperosmolaridade e hiperlipimia.
Leucocitose com desvio dos neutrófilos à
esquerda.
Presença de glicosúria e cetonúria.
III.
São três os grupos fisiopatológicos do coma:
lesões estruturais do SNC supratentoriais; lesões
estruturais do SNC infratentorial e sofrimento
difuso.
Na lesão do tegmento mesencefálico, as pupilas
apresentam-se
de
médio
tamanho
e
fotorreagentes.
A formação reticular ascendente do tronco
encefálico desempenha um papel primordial no
mecanismo do coma.
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 7
IV.
Na lesão pontina as pupilas se apresentam
midriátricas simétricas não reagentes.
A.
B.
C.
D.
E.
Apenas as alternativas II e III estão corretas.
Todas as alternativas estão corretas.
Apenas a alternativa IV está incorreta.
Apenas a alternativa II está incorreta.
Apenas as alternativas I e III estão corretas.
Referência Bibliográfica: DIAMENT, A.; CYPEL, S.
Neurologia Infantil. 4 ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
Pág. 1599-1617.
26. Qual das cardiopatias abaixo relacionadas é ductus
dependente?
A.
B.
C.
D.
E.
Tetralogia de Fallot.
Drenagem anômala total de veias pulmonares.
Truncus arteriosus tipo I.
Transposição dos grandes vasos da base com
CIV.
Atresia pulmonar com septo íntegro.
Referência Bibliográfica: JÚNIOR, D. C.; LOPEZ, F.
A. Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de
Pediatria. 1 ed. São Paulo: Manole, 2006. Pág. 554.
23. A Leucemia Mielóide Aguda caracteriza-se por 8
subtipos, de acordo com a classificação morfológica
FAB (French, American, British). No caso das crianças
portadoras de Síndrome de Down, qual é o subtipo
mais freqüente?
A.
B.
C.
D.
E.
M3 – promielocítica.
M4 – mielomonocítica.
M7 – megacariocítica.
M5 – monocítica.
M6 – eritroleucemia.
27. É observada eosinofilia nas seguintes situações,
EXCETO:
A.
B.
C.
D.
E.
Infecção por Toxocara.
Infecção por Giárdia.
Doença de Hodgkin.
Periarterite nodosa.
Alergia.
Referência Bibliográfica: BEHRMAN, R. E.,
KLIEGMAN, R. M., JENSON, H. B. Tratado de
Pediatria. 15 ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan,
1997. Capítulo: 122.2.
Referência Bibliográfica: MARCONDES, E.; VAZ, F.
A. C; RAMOS, J. L. A.; OKAY Y. Pediatria Básica:
Pediatria Clínica Geral, tomo II. 9.ed. São Paulo:
Sarvier, 2003. Pág. 932.
28. No diagnóstico da Doença de Hirchsprung, o exame
de manometria retal revela:
24. Qual das cardiopatias congênitas abaixo descritas
pode se apresentar com quadro de insuficiência
cardíaca grave inclusive com choque cardiogênico na
segunda ou na terceira semana de vida?
A.
B.
C.
D.
E.
Coarctação da aorta.
Comunicação interatrial.
Comunicação interventricular.
Tetralogia de Fallot.
Atresia tricúspide.
Referência Bibliográfica: JÚNIOR, D. C.; LOPEZ,
F.A. Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de
Pediatria. 1 ed. São Paulo: Manole, 2006. Pág. 563.
25. Com
relação às doenças dos Erros Inatos do
Metabolismo (EIM), é INCORRETO afirmar:
A. A apresentação clínica dos EIM podem
manifestar-se como: progressiva, intermitente,
aguda e crônica.
B. A fenilcetonúria é uma aminoacidopatia.
C. A mucopolissacaridose é considerada uma
doença de acúmulo ou distúrbio do grupo das
macromoléculas.
D. A leucinose é um distúrbio do ciclo da uréia.
E. A galactose é uma doença do metabolismo dos
carboidratos.
Referência Bibliográfica: DIAMENT, A.; CYPEL, S.
Neurologia Infantil. 4 ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
Pág. 499-543.
A.
B.
C.
D.
E.
Hipertonia do esfíncter anal externo.
Inibição da contração pubo-retal.
Ausência de reflexo inibitório reto-anal.
Hipotonia do esfíncter anal interno.
Hipertonia segmentar do reto.
Referência Bibliográfica: JÚNIOR, D. C.; LOPEZ,
F.A.Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de
Pediatria. 1 ed. São Paulo: Manole, 2006. Pág. 898.
29. Um lactente de 5 meses de idade evoluiu com
gastroenterite cursando com desidratação e acidose
metabólica. Utilizou leite materno até 3 meses de
idade e atualmente é alimentado com fórmula infantil
de primeiro semestre na diluição correta. Seu peso se
mantém no percentil 25 desde o nascimento. Dado
esse contexto, qual a opção mais indicada na
realimentação dessa criança?
A.
B.
C.
D.
E.
Fórmula infantil com caseína sem lactose.
Manter a fórmula infantil de primeiro semestre.
Fórmula infantil com proteína de soja.
Hidrolisado protéico.
Fórmula infantil com baixo teor de lactose.
Referência Bibliográfica: LOPEZ, F. A.; BRASIL, A.
L. D. Nutrição e Dietética em Clínica Pediátrica. São
Paulo: Atheneu, 2003. Pág. 207.
30. “Todo adolescente tem direito à consulta, à educação
sexual e ao acesso à informação sobre contracepção,
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 8
levando-se em consideração sua importância no
processo educativo.” Essa é uma afirmação:
A. Do Artigo 103 do Código de Ética Médica do
Conselho Federal de Medicina.
B. Da Norma Federal de maio de 2001.
C. Do Artigo 47 do Código de Ética Médica do
Conselho Federal de Medicina.
D. Do Fórum 2002 “Adolescência, Contracepção e
Ética”.
E. Da Sociedade Brasileira de Pediatria/2004.
Referência Bibliográfica: JÚNIOR, D. C.; LOPEZ, F.
A. Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de
Pediatria. 1 ed. São Paulo: Manole, 2006. Pág. 414.
recém-nascido de 35 semanas de idade
gestacional, parto cesareana por sofrimento fetal,
pesou 4.000 gramas. A mãe teve diabetes gestacional
classe D. Seu Apgar foi 4 e 7. Com 1 hora de vida
está gemente, mantendo uma freqüência respiratória
de 65 inspirações por minuto. Sua glicemia, neste
momento, é de 29 mg/dl. Nesse caso, qual a melhor
conduta?
estatura de 143 cm (75ºP) e peso de 49 kg (90ºP),
pubarca Grau 3 e telarca Grau 2 pela escala de
Tanner. Dado esse contexto, assinale a resposta
CORRETA:
A. A paciente não é obesa porque o índice de
massa corporal (IMC) é de 24.
B. A principal causa de litíase biliar em criança é a
obesidade.
C. O risco de apresentar dislipemia está associado
mais ao excesso de peso do que à distribuição
do tecido gorduroso.
D. O
hiperinsulinismo
aparece
quando
há
hiperglicemia.
E. A etiologia endógena é a mais provável devido à
antecipação da puberdade.
31. Um
A.
B.
C.
D.
E.
Manter uma taxa de infusão de glicose de 4
mg/kg/minuto via endovenosa, após administrar 2
ml/kg de glicose a 10%.
Seio materno.
Fórmula infantil no copinho.
Glicose via oral.
Ofertar 200 mg/kg de glicose endovenoso
seguido de pelo menos 8,6 g/kg/dia de glicose.
Referência
Bibliográfica:
MONTE,
O.
Endocrinologia para o Pediatra. 3.ed. São Paulo:
Atheneu, 2006. Pág. 433.
34. “Desrespeitar
o direto do paciente de decidir
livremente sobre a execução de práticas diagnósticas,
salvo em caso de iminente perigo de vida”. Essa
afirmação encontra-se:
A. Artigo 47 do Código de Ética Médica do Conselho
Federal de Medicina.
B. Lei número 8.069/90.
C. CES/CNE 11.33 de 2001.
D. Artigo 56 do Código de Ética Médica.
E. Norma Federal 5489/2005.
Referência Bibliográfica: JÚNIOR, D. C.; LOPEZ,
F.A.Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de
Pediatria. 1 ed. São Paulo: Manole, 2006. Pág. 9.
Referência Bibliográfica: JÚNIOR, D. C.; LOPEZ,
F.A.Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de
Pediatria. 1 ed. São Paulo: Manole, 2006. Pág. 13501351.
35. Um menino de 9 anos de idade é sempre rejeitado
32. De acordo com as estatísticas, o Meduloblastoma é o
tumor de sistema nervoso central mais comum da
infância. O quadro clínico geralmente caracteriza-se
por sinais e sintomas decorrentes de hipertensão
intracraniana. Assinale a alternativa que mais se
relaciona a esse quadro:
A.
B.
C.
D.
E.
Cefaléia, vômitos e marcha instável.
Cefaléia e crises convulsivas generalizadas.
Cefaléia e crises convulsivas focais.
Cefaléia, vômitos e amaurose.
Cefaléia, vômitos e paralisia de membros
inferiores.
Referência Bibliográfica: MARCONDES, E.; VAZ, F.
A. C; RAMOS, J. L. A; OKAY, Y. Pediatria Básica:
Pediatria Clínica Geral, tomo II. 9 ed. São Paulo:
Sarvier, 2003. Pág. 952.
pelos companheiros. Ninguém quer sentar-se perto
dele. Ele nunca é convidado para as festas de
aniversário. Às vezes se indispõe com os colegas
dado seu comportamento agressivo. Faz comentários
satíricos e diz gracejos dos quais ninguém ri.
Freqüentemente se auto-elogia e fica agressivo
quando em desacordo com um colega. Qual das
formas seguintes de tratamento tem mais
probabilidade de ser eficaz para essa criança?
A.
B.
C.
D.
E.
Metilfenidato.
Treinamento de Sociabilidade.
Psicoterapia.
Modificação Comportamental.
Colônia de Férias.
Referência Bibliográfica: BEHRMAN, R. E.,
KLIEGMAN, R. M., JENSON, H. B. Tratado de
Pediatria. 15 ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan,
1997. Capítulo: 120.
33. Uma menina de 10 anos apresenta ganho excessivo
de peso desde os 7 anos, após mudança da família
para um apartamento. Pais saudáveis, ele com 177
cm (50ºP) e 79 kg (75ºP) e ela com 160 cm (25ºP) e
48 kg (10ºP). Ao exame, a paciente apresenta
36. Uma criança de 4 anos de idade, com bloqueio do
desenvolvimento pôndero-estatural, emite fezes
volumosas, que pingam óleo na tábua do vaso. O
diagnóstico mais provável é:
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 9
A.
B.
C.
D.
E.
C. Haemoplhilus influenzae.
D. Enterococcus faecium.
E. Neisseria meningitidis.
Giardíase.
Enteropatia glútem-sensível.
Deficiência de Sacarose-isomaltase.
Fibrose Cística.
Hipotireoidismo.
Referência Bibliográfica: BEHRMAN, R. E.,
KLIEGMAN, R. M., JENSON, H. B. Tratado de
Pediatria. 15 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1997. Capítulo: 1264.
Referência
Bibliográfica:
SALOMÃO,
R.;
PIGNATARI, A. C. C. Guias de Medicina
Ambulatorial e Hospitalar – UNIFESP/Escola
Paulista de Medicina.1 ed. São Paulo: Manole, 2004.
Pág. 9.
37. Qual das características abaixo relacionadas não está
associada com sopro inocente na infância?
A.
B.
C.
D.
E.
Mais audíveis nos estados
hipercinéticos.
Não apresenta irradiação.
As bulhas em geral são normais.
Pode ser do tipo diastólico.
Pode ser do tipo contínuo.
circulatórios
Referência Bibliográfica: JÚNIOR, D. C.; LOPEZ, F.
A. Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de
Pediatria. 1 ed. São Paulo: Manole, 2006. Pág. 581.
38. Em qual das situações abaixo não é isolado o agente
etiológico no leite materno:
A.
B.
C.
D.
E.
Rubéola.
Citomegalovírus.
Sarampo.
Vírus HIV em pacientes sintomáticas.
Vírus HIV em pacientes assintomáticas.
Referência Bibliográfica: JÚNIOR, D. C.; LOPEZ, F.
A. Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de
Pediatria. 1 ed. São Paulo: Manole, 2006. Pág. 289290.
CLÍNICA MÉDICA
41. A niacina (ácido nicotínico) tem sido utilizada durante
décadas para o tratamento das dislipidemias. Sobre
ela, é CORRETO afirmar:
A. A dose mais eficaz dessa droga é de cerca de
500 mg/dia.
B. Hiperglicemia é um dos efeitos colaterais
possíveis.
C. É particularmente eficaz em reduzir LDL
colesterol, sendo esta sua principal indicação.
D. Essa droga aumenta a mobilização de ácidos
graxos para a periferia.
E. Inibe a absorção intestinal de esteróis.
Referência Bibliográfica: BRAUNWALD, E. Tratado
de Doenças Cardiovasculares. 7 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006. Pág. 1025.
42. Paciente do sexo masculino, 45 anos, com história de
39. Em relação ao trauma na infância, podemos afirmar
que:
A. É a terceira causa de óbito nas crianças de 5 a
10 anos.
B. No traumatismo crânioencefálico moderado a
escala de Glasgow está entre 7-10.
C. As fraturas de costelas são bastante freqüentes
nos pré-escolares que sofrem trauma toráxico.
D. A hipotensão é um sinal precoce que pode
indicar hipovolemia no politraumatizado.
E. Hipotensão, hipotermia e bradicardia são
características do trauma espinhal.
Referência Bibliográfica: GARCIA, P. C. R.; PIVA, J.
P. Medicina Intensiva em Pediatria. São Paulo:
Revinter, 2005. Pág. 563-579.
40. A
Vancomicina é associada à ceftriaxona no
tratamento empírico de algumas meningites
bacterianas adquiridas na comunidade para permitir o
tratamento eficaz de qual microrganismo?
cólicas nefréticas de repetição há pelo menos 10
anos. Vem à consulta com os seguintes exames:
creatinina plasmática- 0,9 mg/dl, cálcio sérico- 9,0
mg/dl e urina de 24 horas com volume de 1800 ml,
cálcio urinário- 380 mg/dia (valor de referência- até
300 mg/dia) e citratúria de 589 mg/dia (valor de
referência- acima de 320 mg/dia). Todas as medidas
abaixo podem ser utilizadas no tratamento, EXCETO:
A. Ingestão hídrica maior que dois litros ao dia.
B. Diurético tiazídico.
C. Restrição da ingestão diária de cálcio (menor que
500 mg/dia).
D. Aumento da ingestão de sucos cítricos, como
suco de laranja ou limão.
E. Restrição moderada da ingestão de sal e
proteínas de origem animal.
Referência Bibliográfica: RIELLA, M. C. Princípios
de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletrolíticos. 4 ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. Pág. 617.
43. Uma mulher de 42 anos é trazida à sala de
A. Streptococcus pneumoniae.
B. Staphylococcus aureus.
emergências médicas devido a um quadro clínico
caracterizado por Hipotensão Arterial, pele fria e
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 10
entretanto, apresenta maior facilidade na maneira
de administração.
C. Os nitratos endovenosos, mas não os
sublinguais, são contra-indicados se o paciente
tiver feito uso de sildenafil nas últimas 24 horas.
D. A combinação de clopidogrel e aspirina aumenta
o risco de sangramento e não reduz mortalidade.
Não é, portanto, indicada.
E. A heparina deve ser ajustada para que se atinja
um valor de TTPa entre 2 e 3 vezes o valorcontrole.
esturpor. Os exames acusam Glicemia: 60 mg/dl;
Sódio sérico: 112 mEq/l e Potássio sérico: 6,0 mEq/l.
Dado esse quadro, qual das causas abaixo NÃO é
compatível com uma das causas da patologia que
acomete essa paciente?
A.
B.
C.
D.
E.
Insulinoma.
Tuberculose.
Auto-imunidade.
Blastomicose.
HIV.
Referência Bibliográfica: WIENER, C. M.; FAUCI, A.
S.; BRAUNWALD, E.; KASPER, D. L.; HAUSER, S. L.;
LONGO, D. L.; JAMESON, J. L.; LOSCALZO, J.
Harrison's Principles Of Internal Medicine.17 ed.
Estados Unidos da América: McGraw-Hill, 2008.
Capítulo: 336. Seção: Hipofunção do Córtex Adrenal.
Referência Bibliográfica: BRAUNWALD, E. Tratado
de Doenças Cardiovasculares. 7 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006. Pág. 1249.
47. Qual(is)
afirmação(ões)
CORRETA(S)?
abaixo
está(ão)
44. Homem, 67 anos, com histórico de fraqueza muscular
progressiva por 10 anos. Ao exame físico apresentava
fraqueza muscular proximal e também nas mãos e
pés. CPK (creatinofosfoquinase) era duas vezes o
valor normal. Eletroneuromiografia evidencia miosite
ativa com achados de neuropatia sobreposta. Sem
história familiar. Dos diagnósticos a seguir, qual é o
mais adequado?
I.
A recuperação de uma isquemia de pequenos
vasos freqüentemente começa horas ou dias
após o início, mas na maioria dos casos há
incapacidade grave e permanente.
A complicação de uma gravidez ou o período
pós-parto
ou
septicemia
favorecem
o
aparecimento da doença de Moyamoya.
Manifestações clínicas motoras e sensoriais
ocorrem por infarto na parte ventro-lateral do
tálamo.
Hemiparesia motora pura ocorre por infarto no
braço posterior da cápsula interna ou basis
pontis, e quase sempre estão envolvidos a face,
o braço e a perna.
Trombose das artérias penetrantes causam
lacunas, sendo os principais fatores de risco a
hipertensão arterial e a idade.
II.
III.
A.
B.
C.
D.
E.
Dermatomiosite.
Lupus Eritematoso Sistêmico.
Miosite de corpo de inclusão.
Distrofia Muscular.
Miopatia Sarcóidel.
Referência Bibliográfica: AUSIELLO, D.; GOLDMAN,
L Tratado de Medicina Interna. 19 ed. São Paulo:
Elsevier, 2005. Volume 2. Pág. 2305.
45. Quais dos sintomas abaixo estão relacionados com
doença de Crohn na forma fibroestenosante?
A.
B.
C.
D.
E.
Perda de peso, febre e diarréia.
Suboclusão ou oclusão intestinal.
Diarréia com muco, pus e sangue.
Fístulas e abscessos perianais.
Dilatação aguda do cólon.
Referência Bibliográfica: LOPES, J. G. Temas de
Atualização em Gastroenterologia. 1 ed. Rio de
Janeiro: 2005. Pág. 329.
46. Quanto ao tratamento da angina instável e do infarto
agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do
segmento ST, é CORRETO afirmar:
A. A morfina não deve ser realizada como rotina,
mas habitualmente deve ser empregada em
pacientes com dor persistente apesar de nitratos
e beta-bloqueadores.
B. A heparina convencional é semelhante à
enoxaparina
no
desfecho
combinado
morte/infarto do miocárdio, independentemente
do escore de risco de TIMI. A segunda droga,
IV.
V.
A.
B.
C.
D.
E.
I e II estão corretas.
I, II, IV estão corretas.
Só a afirmação III está correta.
III, IV, V estão corretas.
IV e V estão corretas.
Referência Bibliográfica: SMITH, W. S.; JOHNSTON,
S. C.; EASTON, J. D. Cerebrovascular diseases. In:
Harrison´s principles of interne medicine. 16 ed.
New York: McGraw-Hill 2005. Pág. 2378-2379.
48. Paciente masculino, 35 anos, pedreiro, morador de
Curitiba, chega ao pronto-socorro com quadro de
cefaléia e mialgias intensas que se iniciaram há 2 dias
e estavam piorando progressivamente. No dia da
consulta, notou urina escura e coloração amarelada
na pele. Familiares referem que o paciente não viaja
há mais de 6 meses. Ao exame apresenta-se em
regular estado geral, febril, letárgico, com força
muscular e tônus muscular preservados, porém havia
rigidez de nuca +/4+, icterícia +++/IV, petéquias
subconjuntivais, fígado e baço não eram palpáveis.
Colhido líquor, este era claro, com 98 leucócitos,
sendo 80% de células linfomononucleares. Glicose e
proteínas eram normais. Não se observaram bactérias
no GRAM; leucograma com 14.500 leucócitos, 20%
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 11
bastões; 70% de segmentados e 0 (zero) eosinófilo e
plaquetas=74.000; Na+ = 135 mEq/l; K+ = 2,0 mEq/l;
creatinina = 5,2mg/dl; bilirrubina total de 12 mg/dl com
9,0 de direta; AST(TGO) e ALT(TGP) de 100 e 110 UI.
Com esses dados, você pode considerar como
principal hipótese:
A.
B.
C.
D.
E.
Febre Amarela.
SIDA com infecção pelo Citomegalovírus.
Dengue Visceral.
Leptospirose.
Meningite.
Referência Bibliográfica: FOCACCIA, R. V. Tratado
de Infectologia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Pág.
1239.
49. Com relação à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
(DPOC), correlacione as colunas abaixo e assinale a
alternativa CORRETA:
I.
II.
III.
IV.
V.
A.
B.
C.
D.
E.
VEF1/CVF<70%; VEF1
entre
50
e
79%
previsto; com ou sem
sintomas.
VEF1/CVF<70%;
VEF1≥80%
previsto;
com ou sem sintomas.
PaO2≤60mmHg;
Sat.O2≤90%;
com
falência
cardíaca
direita.
Broncodilatadores de
longa
duração
+
corticosteróides
inalados + reabilitação,
sem necessidade de
O2 domiciliar.
Corticosteróides
sistêmicos
+
Oxigenoterapia.
( )
DPOC muito
grave (grau IV).
( )
DPOC grave
(grau III).
( )
DPOC
moderado (grau
II).
( )
DPOC
Exacerbado.
( )
DPOC leve (grau
I).
I, IV, III, V, II.
V, IV, III, I, II.
IV, V, I, II, III.
III, I, IV, II, V.
III, IV, I, V, II.
Referência Bibliográfica: NERY, L. E.; FERNANDES,
A. N. L.; PERFEITO, J. A. J. Guia de PneumologiaUNIFESP. 1 ed. Barueri: Manole, 2006. Pág. 185.
50. Com relação ao uso de anticoagulantes orais, como a
Warfarina, é CORRETO afirmar o seguinte, EXCETO:
A. Agem carboxilando resíduos de y glutamil dos
fatores de coagulação de interesse no caso.
B. Agem nos fatores V-VIII-XIII e XII.
C. Sangramentos importantes e perigosos estão
presentes quanto mais elevado estiver o RNI.
D. O seu efeito pode ser potencializado por
medicamentos, excesso de uso de álcool e
deficiência concomitante de Vitamina K alimentar.
E. O sangramento pode ser grave ou oculto e pode
mascarar a presença de lesões patológicas
digestivas.
Referência Bibliográfica: GOLDMAN, L.
Medicine. 23 ed. Saunders, 2008. Pág. 1313.
Cecil
51. Quais são os critérios de Child-Turcotte modificado
por Pugh para prognosticar a cirrose hepática?
A. AST, ALT, GGT, TAP e Fosfatase alcalina.
B. Ascite, Síndrome hepatorrenal, GGT, TAP e
Bilirrubinas.
C. Encefalopatia, TAP, Albumina, Bilirrubinas e ALT.
D. AST, VGM, GGT, Bilirrubinas e Etilismo.
E. TAP,
Albumina,
Bilirrubinas,
Ascite
e
Encefalopatia.
Referência Bibliográfica: MATOS, A. A. Compêndio
de Hepatologia. 1 ed. São Paulo: Fundação Byk,
1991. Pág. 369.
52. O tromboembolismo pulmonar (TEP) agudo é situação
clínica comum associada à alta morbidade e
mortalidade, quando o tratamento não é instituído de
forma adequada. Como a sua apresentação clínica é
variável, estima-se que 50% dos casos de TEP agudo
não são diagnosticados; portanto, é fundamental
identificar os doentes em risco, seguir investigação
diagnóstica e iniciar o tratamento recomendado. Dado
esse contexto, assinale a alternativa INCORRETA:
A. O dímero-D tem baixa sensibilidade, porém alta
especificidade para seu diagnóstico.
B. Os sintomas mais comuns são a dispnéia e a dor
torácica. A repercussão clínica dependerá da
extensão da obstrução vascular.
C. Cirurgia abdominal e pélvica, pós-operatório em
UTI, puerpério, varizes, TEP prévio comprovado
são alguns dos fatores de risco maiores.
D. A angiotomografia de tórax (angioTC) permite
visualizar os trombos centrais e periféricos, bem
como revelar alterações do parênquima
pulmonar, mediastinais ou pleurais que possam
justificar o quadro clínico, além de não ser
invasiva.
E. O uso de trombolíticos ainda é questionável.
Atualmente é indicado no TEP maciço com
instabilidade hemodinâmica.
Referência Bibliográfica: NERY, L. E.; FERNANDES,
A. L. G.; PERFEITO, J. A. J. Guia de PneumologiaUNIFESP. 1 ed. Barueri: Manole, 2006. Pág. 268.
53. A nefrolitíase por ácido úrico vem aumentando em
freqüência nos últimos anos, principalmente em
pacientes obesos, portadores de síndrome metabólica
e diabéticos. Nesses pacientes, a anormalidade
metabólica mais comumente observada é:
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 12
A. Hiperuricemia.
B. Hiperuricosúria (maior que 750 mg/dia de ácido
úrico).
C. Urina com pH constantemente ácido.
D. Volume urinário acima de 2 litros ao dia.
E. Hiperoxalúria (maior que 45 mg/dia de oxalato).
Referência
Bibliográfica:
FAUCI,
A.
S.;
BRAUNWALD, E.; KASPER, D. L.; HAUSER, S. L.;
LONGO, D. L.; JAMESON, J. L.; LOSCALZO, J.
Harrisson’s Principles of Internal Medicine. 17 ed.
New York: Mc Graw Hill, 2008. Pág. 1819.
54. Um homem de 75 anos de idade, geralmente com boa
saúde, começou a notar problemas há quatro meses
os quais estão piorando. Apresenta dificuldade para
levantar-se de poltronas baixas e dos vasos
sanitários. O que mais provavelmente apresenta esse
paciente?
A.
B.
C.
D.
E.
Fraqueza muscular proximal.
Pobres movimentos finos nos dedos.
Disdiadococinesia.
Fraqueza muscular distal.
Apraxia de marcha.
Referência Bibliográfica: ANSCHEL, D. Pretest
Neurology. 5 ed. New York: Mcgraw-Hill, 2004. Pág.
4.
55. Paciente feminina, de 28 anos, relata ter percebido
aparecimento de “nodulação no pescoço” há 4 meses,
de crescimento progressivo e indolor. Ao se proceder
ao exame, delimita-se, pela palpação da tireóide, um
nódulo firme , de 3 cm de diâmetro aproximadamente,
indolor à palpação. Dado esse quadro, qual exame
complementar
você
escolheria
levando
em
consideração seu maior poder de elucidação
diagnóstica, sabendo que o TSH da paciente está
normal?
A.
B.
C.
D.
E.
Cintilografia de tireóide.
Ultassonografia de tireóide.
Dosagem de calcitonina e tireoglobulina.
Dosagem de T3, T4 e TSH.
Punção aspirativa com agulha fina.
Referência
Bibliográfica:
FAUCI,
A.
S.;
BRAUNWALD, E.; KASPER, D. L.; HAUSER, S. L.;
LONGO, D. L.; JAMESON, J. L.; LOSCALZO, J.
Harrisson’s Principles of Internal Medicine. 17 ed.
New York: Mc Graw Hill, 2008. Capítulo: 335. Figura:
335-14.
56. Uma paciente, com 25 anos de idade, há três dias
apresenta febre, cefaléia intensa retroorbital, mialgia e
exantema cutâneo morbiliforme. Há oito dias retornou
de Fortaleza e há um dia começou a apresentar
petéquias, epistaxe e teste do torniquete positivo. Sua
pressão arterial é de 120/70 mmHg e sua pulsação,
de 80 bpm, a temperatura é de 36,7º C. Os exames
laboratoriais mostraram plaquetas de 80.000,
leucopenia, tempos de protrombina e tromboplastina
parcial normais e sorologia para dengue (IgM)
positiva. Esse quadro caracteriza diagnóstico de:
A.
B.
C.
D.
E.
Dengue hemorrágica.
Dengue clássica.
Síndrome de choque da dengue.
Dengue hemorrágica com CIVD.
Dengue com comprometimento neurológico.
Referência Bibliográfica: FOCACCIA, R. V. Tratado
de Infectologia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Pág.
343.
57. O tratamento da taquicardia ventricular sustentada
que não causa descompensação hemodinâmica pode
ser feito clinicamente com que droga?
A.
B.
C.
D.
E.
Adenosina.
Verapamil.
Digoxina.
Procainamida.
Metoprolol.
Referência Bibliográfica: BRAUNWALD E. Tratado
de Doenças Cardiovasculares. 7. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006. Pág. 843.
58. Paciente de 62 anos, masculino, com insuficiência
renal crônica terminal, ocasionada por nefropatia
diabética, é internado por fratura de colo de fêmur.
Apresenta os seguintes exames laboratoriais: cálcio
sérico- 10,2 mg/dl; fósforo- 5,5 mg/dl e PTH
(paratormônio) intacto de 22 pg/ml (valor de
referência- 10-65 pg/ml). Durante a cirurgia, foi
realizada uma biópsia óssea. O achado mais provável
é de:
A.
B.
C.
D.
E.
Osteíte fibrosa cística.
Osteomalácia.
Osteopetrose.
Doença óssea adinâmica.
Hiperparatireoidismo primário.
Referência
Bibliográfica:
FAUCI,
A.
S.;
BRAUNWALD, E.; KASPER, D. L.; HAUSER, S. L.;
LONGO, D. L.; JAMESON, J. L.; LOSCALZO, J.
Harrisson’s Principles of Internal Medicine. 17 ed.
New York: Mc Graw Hill, 2008. Pág. 1765.
59. Com relação ao metabolismo da cobalamina, assinale
a assertiva ERRADA:
A.
B.
C.
D.
É estocada nos tecidos.
Metade da cobalamina está estocada no fígado.
A perda diária é em torno de 1µg.
A deficiência pode levar 5 a 10 anos para se
tornar evidente.
E. A cobalamina é lábil e não resiste às altas
temperaturas de cozimento dos alimentos.
Referência Bibliográfica: GOLDMAN, L.
Medicine. 23 ed. Saunders, 2008. Pág. 1313.
Cecil
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 13
60. Achados
na Leucemia Linfoblástica Aguda que
contribuem para que essa doença tenha evolução
mais conturbada no adulto são, EXCETO:
A. Grande freqüência das translocações t(9;22) e
t(8;14).
B. Alta incidência do fenótipo misto, linfóide e
mielóide.
C. Maior freqüência do fenótipo “early pré-B”.
D. Maior incidência de leucocitose elevada de início.
E. Resposta lenta à quimioterapia e presença
freqüente de massas mediastinais.
Referência Bibliográfica: LORENZI, T. F. Manual de
Hematologia – Propedêutica e Clínica. São Paulo:
Guanabara-Koogan, 2006. Pág. 375.
CIRURGIA GERAL
Leia o enunciado a seguir e responda as questões 61 e
62:
O paciente J. L., 55 anos, foi internado em um
hospital desta cidade para correção de hérnia incisional.
A história mórbida pregressa revelou que o paciente é
portador de enfisema pulmonar, não incapacitante para
as atividades normais diárias, diagnosticado há mais de 5
anos. É fumante há mais de 30 anos (20 cigarros ao dia).
Há 3 anos foi operado em situação de emergência para
tratamento de úlcera perfurada.
Após 2 dias de internação, o paciente foi submetido
à correção da eventração, em que se utilizou uma tela de
polipropileno. Três meses após a operação para correção
da hérnia incisional, o paciente retornou com dor na área
da incisão e com sinais flogisticos locais.
Em consulta ao prontuário médico desse doente,
obtivemos as seguintes informações:
1. Foi operado há 3 anos para tratamento de úlcera
duodenal perfurada com 6 horas de evolução.
2. Foi realizado sutura da úlcera, omentoplastia e
drenagem ampla da cavidade abdominal. A
síntese da parede abdominal foi realizada em 2
planos: músculo aponeurótico, com sutura
contínua de poliglactina, e cutâneo com náilon 3
0.
3. Apesar da infecção pulmonar, a evolução pósoperatória foi satisfatória, e o doente recebeu alta
em 7 dias.
61. Assinale a alternativa CORRETA:
A. O uso de pontos totais de reforço teria diminuído
os riscos de hérnia incisional.
B. A hérnia incisional é conseqüência do
fechamento incorreto da parede abdominal com
sutura contínua de um fio absorvível sintético
como a poliglactina, quando foi submetido ao
tratamento da úlcera perfurada.
C. A hérnia incisional geralmente aparece nos
primeiro 3 meses após a operação.
D. A infecção pulmonar não pode ser considerada
infecção hospitalar, visto que era esperada num
doente portador de enfizema.
E. A drenagem da cavidade abdominal foi primordial
no tratamento de úlceras duodenais perfuradas
com peritonite difusa.
Referência Bibliográfica: Surgery: basic science
and clinica evidence (Norton: Surgery) Norton JÁ,
Barie PS, Bollinger RR, Chang AE. Surgery: basic
science and clinica evidence (Norton: Surgery). 2008;
Springer , New York. Pág, 813 ; Sabiston Textbook of
Surgery: Expert Consult: On line print ,Townsend
CM, Beauchamp DR, Ever MB, Mattox KL 2007. Pág.
213; Surgical Infectious Diseases. Richard Howard
& Richard Simmons. Pág. 972.
62. Assinale a alternativa CORRETA:
A. Quanto à classificação ASA, poderemos
considerar o paciente como ASA 4.
B. A infecção de área cirúrgica é a segunda causa
mais freqüente de infecção hospitalar.
C. As infecções de área cirúrgica ocorrem até 30
dias após a intervenção. O diagnóstico mais
provável é de rejeição da tela.
D. As telas de polipropileno são microporosas; logo,
não são incorporadas no local da implantação e
sim encapsuladas.
E. O tabagismo por si só não é fator de risco no que
concerne às infecções cirúrgicas.
Referência Bibliográfica: American Journal of
Infectious Control , vol 27,
n° 2, april 1999.
Guidelines for prevention of Surgical Site Infection,
1999. Center of Disease Control and Preventio
Hospital
Infection
Control
Practices
Advisory
Committee; Surgical Infectious Diseases. Richard
Howard & Richard Simmons. Pág. 401 a 503. The
influence of porosity on the integration histology of
two polypropylene meshes fot the treatment of
abdominal wall defects in dogs. Greca, Fernando et
als. Hernia 12: 45-49 2008.
Leia o enunciado a seguir e responda as questões 63, 64
e 65:
O paciente T. S., 67 anos, foi submetido à
ressecção anterior do reto por adenocarcinoma em seu
1/3 médio. A mobilização do reto foi difícil devido à
extensão do tumor e à extirpação total do mesorreto, o
que resultou na transfusão de 4 unidades de papa de
hemácias. Foi realizada uma anastomose há 5 cm da
margem anal, utilizando-se de sutura mecânica.
No sexto dia de pós-operatório, o paciente
começou a apresentar distensão abdominal, náuseas e
vômitos. Através de ecografia abdominal, observou-se
grande quantidade de líquido livre na cavidade peritoneal.
O paciente foi levado à laparotomia, que evidenciou
deiscência de anastomose associada à peritonite fecal.
Optou-se por lavagem e drenagem da cavidade e desvio
do trânsito fecal por meio de ileostomia em alça.
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 14
Referência
Bibliográfica:
DANI,
R.
Gastroenterologia Essencial. 3 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan. 2006. Pág. 320.
63. Assinale a alternativa CORRETA:
A. Em relação ao grau de contaminação,
poderemos classificar a primeira operação como
Classe III e a segunda como Classe IV.
B. As anastomoses gastrintestinais realizadas com
sutura
mecânica
apresentam
resultados
melhores que as realizadas manualmente.
C. A transfusão sangüínea não aumenta os riscos
de infecção.
D. Do ponto de vista oncológico, a ressecção do
mesorreto não tem relação com a recidiva
tumoral.
E. O aumento da resposta inflamatória sistêmica
decorrente da transfusão sangüínea aumenta os
riscos de recidiva tumoral.
Referência Bibliográfica: American Journal of
Infectious Control , vol 27,
n° 2, april 1999 .
Guidelines for prevention of Surgical Site Infection
1999. Center of Disease Control and Preventio
Hospital
Infection
Control
Practices
Advisory
Committee.; Mecanical sutures in digestive surgery.
Guidelines of the French Society of Digestive Surgery.
Journal de Chirurgie, 2000, feb 137 (1) 5.; Surgical
treatment of rectal cancer in the ASCRS Texbook of
colon and rectal surgery. Bruce Wolff, James W.
Fleshman, David Beck, John Pemberton and Steven
Wexner. ; Infectiou and immunologic consequences
of blood transfusion. Critical care. June 2004 vol 8,
supl 2, S18-23.; Perioperative allogenic blood
transfusion, the related cytokine response and
long-term survival after potentially curative resection of
colorectal cancer. Clinical Oncology (2006) 18: 60-66.
64. Assinale a alternativa CORRETA:
A. Tanto no intestino como na pele, as células
musculares lisas não estão envolvidas na
produção do colágeno.
B. O choque, e conseqüentemente a diminuição da
perfusão tecidual, não tem influência na
cicatrização das anastomoses intestinais.
C. A deiscência de anastomose pode resultar
futuramente em estenose da mesma.
D. As deiscências de anastomoses intestinais
geralmente ocorrem no início da fase inflamatória
da cicatrização.
E. O ganho da força tênsil é mais rápido na pele que
no intestino.
Referência Bibliográfica: Wound healing Surgical
Clinics of North America, vol 77, june 1997.;
Postoperative Complications in the ASCRS
Texbook of colon and rectal surgery. Bruce Wolff,
James W. Fleshman, David Beck, John Pemberton and
Steven Wexner.
65. Para investigação de icterícia obstrutiva, o exame
mais indicado atualmente é:
A.
B.
C.
D.
E.
Colangiografia transparietohepática.
Colangiografia trans-cística.
Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada.
Colangiorressonância.
Colecistograma oral.
66. O diagnóstico de Colecistite Calculosa Aguda com
cálculos impactados no infundíbulo causando cólicas
biliares pode ser confirmado pelos exames de imagem
abaixo, EXCETO:
A.
B.
C.
D.
E.
Colecistograma oral.
Tomografia computadorizada.
Ressonância Magnética.
Ultrassonografia.
Pet-Scan.
Referência Bibliográfica: WAY, L. W; DOHERTY,
G.M. Cirurgia – Diagnóstico e Tratamento. 11 ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Pág. 495.
67. Quanto a deiscências de anastomoses, podemos
AFIRMAR:
A. Raramente as deiscências ocorrem por falhas
técnicas.
B. A criação de um estoma, como ileostomia ou
colostomia, teria evitado a deiscência da
anastomose.
C. Entre as anastomoses gastrintestinais, as
anastomoses colo-anais têm os mesmos índices
de complicações que as anastomoses entre o
íleo e o cólon transverso.
D. A conduta tomada durante a segunda operação
foi precipitada. Sendo uma deiscência bloqueada,
o paciente não necessitaria de uma laparotomia.
E. Nas anastomoses colorretais, a incidência de
deiscências está relacionada com a distância da
anastomose em relação à margem anal.
Referência
Bibliográfica:
Postoperative
Complications in the ASCRS Texbook of colon and
rectal surgery. Bruce Wolff, James W. Fleshman, David
Beck, John Pemberton and Steven Wexner.
68. Nos casos de Púrpura Trombocitopênica Idiopática,
podemos afirmar que:
A. Os casos graves têm a alternativa de tratamento
conservador,
sem
a
necessidade
de
corticosteróides.
B. A esplenectomia é a forma mais efetiva de
tratamento para as formas de moderadas a
graves.
C. A esplenomegalia geralmente está presente.
D. Após a esplenectomia não há necessidade de
vacinas anti-haemophilus.
E. As plaquetas levam de 6 a 8 semanas para
normalizarem.
Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G.
M. Cirurgia – Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Pág. 548.
69. Em paciente com carcinoma de canal anal, o ideal é:
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 15
A. Radioquimio exclusiva, reservando-se a cirurgia
para os casos de resgate.
B. Amputação abdomino-perineal seguido de radioquimioterapia.
C. Ressecção local.
D. Crioablação.
E. Ressecção anterior.
Referência
Bibliográfica:
STEWART,
F.A.;
SAUNDERS, M.I. Combined radiotherapy and
chemotherapy: Clinical application and evaluation.
Basic clinical radiobiology. London: Arnold, 1997:195202.
70. No Esôfago de Barrett, podemos afirmar que:
A. O conceito atual de Esôfago de Barrett restringese somente à metaplasia intestinal no esôfago
distal.
B. A incidência de adenocarcinoma é elevada nas
metaplasias intestinais do esôfago distal e tem
aumentado nos últimos anos.
C. O aspecto histológico da metaplasia intestinal no
esôfago distal mostra células caliciformes
também chamadas de células azuis quando
coradas pelo corante “alcian blue”.
D. É consenso que o esôfago de Barrett deve ser
tratado por meio de cirurgia anti-refluxo.
E. Na presença de displasia de alto grau, é
consenso que este paciente deva ser
encaminhado para terapia por ablação com a
coagulação por plasma de argônio.
Referência Bibliográfica: SOBED – Soc. Brasileira de
Endoscopia Digestiva. Endoscopia Gastrointestinal
Terapêutica. 1 ed. São Paulo: Tecmed, 2007. Pág.
381.
71. Paciente masculino, 65 anos, etilista, admitido no
pronto atendimento com história de hematêmese há
algumas horas. HMP: vômitos com sangue anterior.
Ao exame: PA 90X50 P: 110. Emagrecido, palidez
cutâneo-mucosa +++/4. Sudorese fria. Aranhas
vasculares no tórax e abdômen. Ginecomastia.
Piparote ++. Nesse caso, qual a conduta inicial mais
adequada, segundo o consenso de Baveno IV:
A. Endoscopia Digestiva de urgência para
diagnóstico e ligadura elástica das varizes para
tratamento do sangramento agudo.
B. Balão de Sengstaken-Blakemore como primeira
alternativa para o tratamento.
C. Tratamento clínico com Inibidor da Bomba de
Próton em altas doses, betabloqueadores e
análogo da Somatostatina como a Terlipressina.
D. TIPS, Shunts cirúrgicos ou Transplante hepático.
E. Iniciar reposição rápida de Solução salina
isotônica por acesso venoso calibroso. Pode-se
utilizar expansores de plasma para estabilidade
hemodinâmica.
Referência Bibliográfica: SOBED – Soc. Brasileira de
Endoscopia Digestiva. Endoscopia Gastrointestinal
Terapêutica. 1 ed. São Paulo: Tecmedd, 2007. Pág.
381.
72. Com
relação à Hemorragia Digestiva Baixa, é
CORRETO afirmar que:
A. Devido à baixa resolução espontânea das
hemorragias digestivas baixas, a abordagem
inicial deve ser agressiva, e o tratamento
cirúrgico indicado de forma rotineira.
B. Em casos de dificuldade diagnóstica por meio da
colonoscopia, a angiografia possui uma
sensibilidade maior que a cintilografia.
C. O débito acima de 0,1 ml por minuto é suficiente
para o diagnóstico angiográfico e posterior
embolização.
D. Doença diverticular cólica foi a principal causa de
sangramento, segundo uma revisão apresentada
no DDW 2004.
E. Não é possível a realização de colonoscopia de
urgência na vigência de sangramento, pois o
paciente não está com o cólon preparado.
Referência Bibliográfica: SOBED – Soc. Brasileira de
Endoscopia Digestiva. Endoscopia Gastrointestinal
Terapêutica. 1 ed. São Paulo: Tecmedd, 2007. Pág.
979.
73. Paciente do sexo masculino, 50 anos, apresentando
dor retroesternal há 4 semanas com investigação
cardiológica normal. Nesse caso, qual exame solicitar
e por quê?
A. Mais de uma correta.
B. Endoscopia Digestiva Alta para investigação de
esofagite.
C. PHmetria de 24 horas para investigação de
refluxo gastro-esofágico com sintoma atípico.
D. Manometria esofágica para investigação de
distúrbio de motilidade (esôfago em quebranozes e espasmo difuso do esôfago).
E. Iniciar tratamento clínico com bloqueador de
canal de cálcio ou vasodilatador, pois estão
indicados tanto para isquemia miocárdica quanto
para distúrbios de motilidade esofágica.
Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G.
M. Cirurgia – Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Pág. 391.
74. Em paciente cirrótico com nódulo hipervascularizado
medindo 4 cm, com trombose portal associada e
alfafetoproteína com alteração significativa, o provável
diagnóstico é:
A. Doença metastática de provável origem coloretal.
B. Colangiocarcinoma, pois a alfafetoproteína é
marcador específico desse tipo de câncer.
C. Doença de Caroli.
D. Hepatocarcinoma.
E. Rabdomiossarcoma.
Referência Bibliográfica: FORNER, A.; RODRÍGUEZ,
L. C.; REIG, M.; RIMOL; J.; VARELA; M. Early
Diagnosis of Primary Liver Cancer: Imaging Versus
Genetics. Rev Esp Enferm Dig. 2008 Jul; 100(7): 423-9.
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 16
75. Qual das lesões polipóides colônicas abaixo possui
maior risco para uma transformação maligna?
A.
B.
C.
D.
E.
Hamartoma.
Adenoma serrilhado.
Adenoma viloso.
Adenoma Tubular.
Pólipo hiperplásico.
Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G.
M. Cirurgia – Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Pág. 588.
absorção. A partir desse
alternativa INCORRETA:
contexto,
assinale
a
A. Aumento da motilidade gástrica.
B. Diarréia.
C. Redução da absorção de sais biliares e aumento
da incidência de cálculos biliares.
D. Maior absorção de oxalato de cálcio e aumento
da incidência de cálculos renais.
E. Maior absorção de vitamina B12.
Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho
Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo:
Atheneu, 2005. Cap. 58, Pág. 786-788.
76. Paciente de 25 anos, masculino, deu entrada no
pronto-socorro trazido por familiares, vítima de
ferimento por arma branca em hemitórax esquerdo,
local de entrada com ferimento inciso, linear de 2 cm
de extensão, localizado em 5º. espaço intercostal na
linha axilar anterior. Na avaliação inicial, apresenta:
vias áreas pérvias, taquipnéia, diminuição do MV e
timpanismo à percussão em hemitórax esquerdo,
jugulares distendidas, saturação de 80%, com O2 10
litros/min,
taquicardia,
bulhas
cardíacas
normofonéticas, PA de 90 X 60 mmHg, extremidades
com perfusão lentificada. Nesse caso, as condutas
preconizadas seriam:
I. Drenagem torácica imediata com dreno em selo
d’água para tratamento do pneumotórax.
II. Punção no 2º. espaço intercostal, na linha
hemiclavicular esquerda para descompressão
de pneumotórax hipertensivo.
III. Radiografia de tórax e confirmação do
pneumotórax. Somente após a confirmação,
deve-se realizar procedimento cirúrgico.
IV. Administração de cristalóides através de dois
acessos venosos de grosso calibre em
membros superiores.
V. Administração imediata de sangue O negativo
para reposição volêmica.
São consideradas VERDADEIRAS as afirmações:
A.
B.
C.
D.
E.
I, IV.
II, V.
III, IV.
II, IV.
I, V.
Referência Bibliográfica: FELICIANO, D. V.;
MATTTOX, K. L.; MOORE, E. E. Trauma. 5 ed. Estados
Unidos da América: McGraw-Hill, 2008. Cap. 25, Pág.
517-522; Suporte Avançado de Vida par Médicos. 7
ed. Colégio Americano dos Cirurgiões e Comitê de
Trauma. Cap. 1 e 4.
78. Paciente feminina, 47 anos, previamente hígida, deu
entrada, no pronto atendimento, às 20 horas, com
história de dor em hipocôndrio direito de forte
intensidade, de início pela manhã do mesmo dia,
associado à náusea e vômitos biliosos. Nega
episódios
semelhantes
anteriores.
Nega
comorbidades associadas. Ao exame físico, a
paciente mostra-se estável hemodinamicamente,
anictérica, com dor à palpação abdominal em
quadrante superior direito e sinal de Murphy positivo.
O restante do exame físico apresenta-se sem
alterações. Referente ao provável diagnóstico do
enunciado acima, assinale a alternativa CORRETA:
A. A paciente referida apresenta quadro clínico
compatível com cólica biliar – dor biliar, podendo
ser liberada sem maiores investigações. Deverá
apenas ser submetida à analgesia intra-hospitalar
e receber alta com orientações dietéticas.
B. O sintoma mais importante de um quadro de
colecistite aguda é a dor. Ao contrário da cólica
biliar, a dor da colecistite aguda persiste por mais
de seis horas.
C. A colangioressonância é o exame diagnóstico de
escolha no caso de colecistite aguda e sempre
deverá ser realizado na investigação desse
quadro clínico.
D. A prioridade do tratamento da colecistite aguda é
o uso de antibióticos parenterais, sendo o
tratamento cirúrgico uma segunda opção.
E. A colecistectomia no caso de um quadro de
colecistite aguda não deverá ser realizada
precocemente pelo risco aumentado de lesão de
vias biliares nesses casos.
Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho
Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo:
Atheneu, 2005. Cap. 125 – 126.
79. Com relação às hérnias inguinais, assinale a resposta
CERTA:
77. Após ressecção distal extensa de intestino delgado
(íleo), o paciente apresenta efeitos relacionados à
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 17
A. A hérnia crural – femoral é mais comum em
mulheres. Durante a correção cirúrgica desse tipo
de hérnia, é imprescindível o uso de uma técnica
que inclua o fechamento do espaço femoral.
B. A hérnia inguinal indireta, também chamada de
oblíqua externa, é formada por um saco
peritoneal que se exterioriza pelo ânulo inguinal
profundo medialmente aos vasos epigástricos.
C. A hérnia inguinal direta é mais comumente
encontrada em pacientes jovens, sendo incomum
em pacientes com idade avançada.
D. A cirurgia para hérnia inguinal é classificada
como cirurgia contaminada e haverá indicação de
antibióticoprofilaxia.
E. A técnica de Lichtenstein para reparo cirúrgico de
hérnias inguinais é pouco utilizada pelo alto
índice de recidiva herniário.
Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho
Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo:
Atheneu, 2005. Cap. 154.
80. Em relação aos tumores endócrinos do pâncreas,
assinale a alternativa CORRETA:
A. A tríade de Whipple, caracterizada por sintomas
de hipoglicemia, níveis séricos de glicose abaixo
de 50mg/dl e a melhora imediatados sintomas
após administração de glicose, é encontrada em
pacientes com somatostatinoma, o tumor
endócrino mais comum do pâncreas.
B. A histologia é capaz de diferenciar gastrinoma
benigno e maligno, não sendo necessária a
avaliação da presença ou não de metástases.
C. A grande maioria dos glucagonomas são
benignos. Os glucagonomas malignos são raros
e ocorrem em menos de 5% dos casos.
D. A associação de hipergastrinemia e hiposecreção
gástrica é altamente sugestiva de gastrinoma.
E. A hipoglicemia é responsável pela maioria dos
sintomas e sinais de pacientes com insulinoma e
é decorrente do excesso de insulina, que, por
sua vez, inibe a produção hepática de glicose e
estimula a utilização periférica de glicose pelos
músculos e pelo tecido adiposo.
Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho
Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo:
Atheneu, 2005. Cap. 145.
GINECOLOGIA E
OBSTETRÍCIA
81. A infecção causada pelo vírus herpes simplex tipo II
(HSV II) ocorre por um derrame viral na pele ou em
membrana das mucosas acometidas. A seguir os
anticorpos neutralizantes são produzidos no início da
infecção e persistem, mas não previnem recidivas da
fase ativa da doença. Baseado nesse contexto,
podemos afirmar que em relação à patogenicidade e à
transmissibilidade do HSV II:
A. A transmissão do vírus (HSV II) é mais comum
entre parceiros assintomáticos que eliminam
vírus, do que entre parceiros com lesões ativas.
B. A transmissão do vírus (HSV II) ocorre somente
pelo contato com as vesículas abertas.
C. A fricção das mucosas e rompimento das
vesículas no ato sexual é um meio pouco
provável para a entrada do vírus.
D. A transmissão do vírus (HSV II) ocorre pelo
contato com vesículas abertas, não havendo
contágio em indivíduo assintomáticos.
E. O vírus (HSV II) somente é transmitido quando
ocorrem fissuras na pele, durante a relação
sexual.
Referência Bibliográfica: Manual de Controle
Ginecologia e Obstetrícia das Doenças Sexualmente
Transmissíveis. 4 ed. Brasília: 2006. Pág. 47.
82. Um médico plantonista atende uma jovem vítima de
estupro. Em seguida ele recomenda um esquema
profilático de antibiótico terapia, todos em dose única,
em associação visando a uma proteção contra a sífilis,
clamídia, trichomonas e gonorréia, respectivamente.
Assinale, desse modo, a seqüência e dose
CORRETAMENTE recomendada:
A. Azitromicina 1g VO; Ceriaxona 250 mg IM;
Metronidazol 2g VO e Penicilina G benzatina
2.400.000 ui-IM.
B. Ceftriaxona 250 mg IM; Azitromicina 1g VO;
Metronidazol 2g VO e Penicilina G benzatina
2.400.000 ui -IM.
C. Penicilina G benzatina 1.200.000 ui –IM;
Azitromicina 1g VO; Metronidazol 3g VO e
Ceftriaxona 500 mg IM.
D. Penicilina G benzatina 2.400.000 ui –IM;
Azitromicina 1g VO; Metronidazol 2 g VO e
Ceftriaxona 250 mg IM.
E. Penicilina G benzatina 1.200.00 ui IM;
Azitromicina 1g VO; Metrondazol 2g VO e
Ceftriaxona
250
mg
IM.
Referência Bibliográfica: Ministério
Manual da FEBRASGO. 2004.
da
Saúde.
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 18
83. Uma adolescente é atendida em um pronto-socorro,
em estado geral grave. O médico plantonista constata
diagnóstico de gravidez ectópica (tubárea) com
hemorragia. A paciente evolui pra um quadro clínico
de choque. Nesse caso, qual é a melhor conduta?
A.
B.
C.
D.
E.
Videolaporoscopia.
Administração de Metotrexato.
Hemotransfusão.
Expansor de plasma e hemotransfussão.
Laparotomia mediana.
ser causada
denominadas:
por
duas
espécies
bacterianas,
A. Streptococcus
agalactiae
e
Chlamydia
trachomatis.
B. Streptococcus
agalactiae
e
Neisseria
gohorrhoeae.
C. Chlamydia trachomatis e Sthaphylococcus
aureus.
D. Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
E. Neisseria gohorrhoeae e Sthaphylococcus
aureus.
Referência Bibliográfica: BEREK, J. S. Novak:
Tratado de Ginecologia. 14 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. Pág. 462-470.
Referência Bibliográfica: BEREK, J. S. Novak:
Tratado de Ginecologia. 14 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. Pág. 404.
84. Paciente com 42 anos de idade, com queixa de
sangramento vaginal e dor pélvica, é atendida por um
ótimo ginecologista. O médico, após examiná-la,
relata à senhora que se trata de um mioma uterino,
cuja porção se localiza na espessura da parede
uterina, levando a pouca ou quase nenhuma
deformidade das camadas externas e internas do
útero. Nesse caso, a que tipo de mioma o
ginecologista se refere?
A.
B.
C.
D.
E.
Mioma subseroso.
Mioma intramural.
Mioma submucoso.
Mioma intraligamentar.
Sarcoma uterino.
87. Um residente (R3) de ginecologia atende uma mulher
em idade reprodutiva. A paciente se queixa de “dor à
evacuação” e demonstra muita preocupação, pois
observou sangue nas fezes. A seguir realizou uma
colonoscopia com resultado normal. Referia também
ciclos menstruais irregulares. Após solicitar alguns
exames complementares, o residente esclareceu a
paciente de que se tratava de uma endometriose do
tipo:
A.
B.
C.
D.
E.
Referência Bibliográfica: BEREK, J. S. Novak:
Tratado de Ginecologia. 14 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. Pág. 593.
Endometriose Peritoneal.
Endometriose Septo Reto-Vaginal.
Endometriose Vesical.
Endometriose Ovariana.
Endometrioma do Ovário.
Referência Bibliográfica: BEREK, J. S. Novak:
Tratado de Ginecologia. 14 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. Pág. 308-399, 842.
85. Assinale a alternativa que evidencia respectivamente
maior fator de risco de Ca de mama e o tipo de
neoplasia mamária mais freqüente na mulher.
A. TRH por mais de 4 anos; carcinoma de ductos
mamários.
B. Nuliparidade; carcinoma de lóbulos mamários.
C. Parente de primeiro grau com antecedente de
câncer de mama; carcinoma de lóbulos
mamários.
D. Hiperplasia ductal atípica; carcinoma de ductosmamários.
E. Hiperlasia ductal atípica; carcinoma de lóbulos
mamários.
Referência Bibliográfica: BEREK, J. S. Novak:
Tratado de Ginecologia. 14 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. Pág. 1177.; HALBE, H. W.
Tratado de Ginecologia. 14 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. Pág. 2019-2023.
86. Existe
uma síndrome que ocasiona pequenos
abscessos na superfície hepática. Na fase aguda,
forma um exsudato purulento na cápsula de Glisson.
Na forma crônica, forma aderências do tipo "corda de
violino "entre a superfície hepática e a parede
abdominal anterior. A síndrome acima descrita pode
88. O médico receitou um antibiótico para uma jovem,
com diagnóstico de infecção das vias aéreas de
repetição. A jovem percebeu que ele estava
preocupado com o efeito da medicação em relação ao
seu ACO (anovulatário - oral). Durante a prescrição, o
médico ressaltou que o fármaco (ATB) pode interferir
na ação de ACO, diminuindo a sua eficácia
contraceptiva. Nesse caso, qual é o antibiótico mais
provável receitado pelo médico?
A.
B.
C.
D.
E.
Rifampicina.
Eritromicina.
Penicilina.
Azitromicina.
Doxicilina.
Referência Bibliográfica: BEREK, J. S. Novak:
Tratado de Ginecologia. 14 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. Pág. 189-205.
89. A AIDS caracteriza-se por contagem de linfócitos T D4
+, abaixo de 200 células/mm3. Freqüentemente está
associada a doenças encontradas em pacientes com
grave disfunção imune celular. A fase tardia da AIDS
revela complicações infecciosas secundárias. Nessa
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 19
Referência Bibliográfica: RESENDE, J. Obstetrícia.
10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Pág.
1361.
classificação existe uma doença na mulher soro
positiva indicadora de AIDS que é:
A.
B.
C.
D.
E.
Candidiase vulvar.
Herpes vírus simplex tipo II (HSV II).
Cervicite crônica.
Câncer cervical invasivo.
HPV ( papilomavirus-humano).
Referência Bibliográfica: BEREK, J. S. Novak:
Tratado de Ginecologia. 14 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. Pág. 1031.
90. A síndrome dos ovários policisticos (SOP) pode ter
origem genética ou estar relacionada à resistência à
insulina, ou também a um distúrbio do ovário. Porém
existem
alguns fatores agravantes para o
desenvolvimento da SOP, como por exemplo:
A.
B.
C.
D.
E.
Relação FSH /LH aumentada.
Obesidade.
Sedentarismo.
Hipertensão Arterial.
Usuária de pílula de baixa dosagem.
Referência Bibliográfica: BEREK, J. S. Novak:
Tratado de Ginecologia. 14 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. Pág. 794-819.
91. A experiência clínica demonstra que o fármaco ideal
para o tratamento hipotensor da eclâmpsia deveria:
reduzir a pressão arterial, principalmente a diastólica;
atuar predominantemente sobre o fator humoral,
responsável pela hipertensão; amenizar a resistência
circulatória geral; melhorar o fluxo sangüíneo em
cérebro, rins e sistema útero placentário; elevar o
débito cardíaco e diminuir a excitabilidade
neuropsíquica. Quais as drogas hipotensoras que
mais se aproximam desses efeitos?
93. Ao realizar uma cardiotocografia basal em uma
paciente portadora de gestação de alto risco
registraram-se oscilações dos batimentos cardíacos
fetais (bpm) com amplitude variando entre 10 e 25
bpm e freqüência acima de duas oscilações por
minuto. Com base nesses dados podemos afirmar:
A. Padrão silencioso, feto terminal.
B. Padrão saltatório, indicando maior solicitação da
hemodinâmica fetal.
C. Padrão ondulatório, normal, feto reativo.
D. Padrão comprimido, feto dormindo ou sob ação
de fármacos depressores do SNC.
E. Presença de DIP umbilical
Referência Bibliográfica: RESENDE, J. Obstetrícia.
10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Pág.
1003.
94. Após a ocorrência do parto e da dequitação, iniciam-
se os fenômenos involutivos do útero, começando
com crise genital seguida de recuperação. Podemos
afirmar que a fase regenerativa por cicatrização do
endométrio acontece:
A.
B.
C.
D.
E.
Entre o 5° e o 25° dia.
Entre o 10º e o 20º dia.
Entre o 5º e o 20° dia.
Entre o 8° e o 30° dia.
Entre o 10º e o 25º dia.
Referência Bibliográfica: RESENDE, J. Obstetrícia.
10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Pág.
390.
95. A ocorrência de quadro de choque hemorrágico
A.
B.
C.
D.
E.
Hidralazina e clorpromazina.
Metildopa e nifedipina.
Nifedipina e nitroprussiato de sódio.
Diazóxido e sulfato de magnésio.
Hidralazina e nifedipina.
Referência Bibliográfica: RESENDE, J. Obstetrícia.
10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Pág.
703-748.
92. Gestante
em
período
expulsivo, com
feto
macrossômico, uma vez liberado o pólo cefálico,
apresenta encravamento da cintura escapular
(distócia de ombro) com conseqüente dificuldade para
extração fetal. Considerando esse contexto, qual é a
primeira manobra a ser realizada para resolução da
distócia?
A.
B.
C.
D.
E.
Manobra de McRoberts.
Manobra de Mauriceau.
Manobra de Zavanelli.
Sinfisiotomia.
Manobra de Champetier de Ribes.
durante o ciclo grávido puerperal é uma realidade.
Conhecidas
as
mais
importantes
alterações
fisiopatológicas presentes nos choques em geral, é de
extrema utilidade conhecer os principais responsáveis
(mediadores humorais) e as respectivas ações
danosas suscitadas por sua liberação excessiva.
Dado esse contexto, assinale a afirmação
INCORRETA.
A.
B.
C.
D.
E.
Angiotensina: vasoconstrição.
Cininas: aumento da permeabilidade capilar.
Serotonina: vasoplegia.
Tromboxane: vasoconstrição.
Prostaciclina: vasodilatação e agregação das
células sangüíneas.
Referência Bibliográfica: RESENDE, J. Obstetrícia.
10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Pág.
882.
96. São indicações de imunoprofilaxia anti-D durante a
gravidez, EXCETO:
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009
Pág. 20
A.
B.
C.
D.
E.
Morte fetal intra-uterina.
Cordocentese.
Mola hidatiforme.
Coombs indireto maior que 1/16.
Circlagem do colo uterino.
Referência Bibliográfica: Tratado de Obstetrícia
Febrasgo. Reimpressão 2001.Revinter. Pág. 857.
97. O Índice de Bishop avalia fatores determinantes para
a progressão ou não do trabalho de parto, não
estando incluído entre eles:
A.
B.
C.
D.
E.
Dilatação e apagamento do colo.
Variedade de posição.
Altura da apresentação (De Lee).
Posição do colo.
Consistência do colo.
Referência Bibliográfica: Programa Mãe Curitibana
- Protocolo de Emergências e Urgências em
Obstetrícia nas Maternidades Vinculadas ao
Programa – Pág. 62.
98. Quando a divisão gemelar ocorre a partir do 13º dia
da fecundação, o resultado dessa divisão será:
A.
B.
C.
D.
E.
Gestação monocoriônica e diamniótica.
Gestação monocoriônica e monoamiótica.
Gestação dicoriônica e diamniótica.
Síndrome de Turner.
Acoplamento fetal.
Referência Bibliográfica: RESENDE, J. Obstetrícia.
10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Pág.
954.
99. Gestante de primeiro trimestre refere sangramento
intermitente, sanioso, com aspecto de “suco de
ameixa”. A palpação abdominal mostra útero
aumentado de volume, amolecido, incompatível com a
idade gestacional referida. A ultra-sonografia mostra
imagem de “flocos de neve”. A primeira hipótese
diagnóstica deve ser:
A.
B.
C.
D.
E.
Neoplasia trofoblástica gestacional.
Abortamento incompleto.
Placenta prévia total.
Abortamento retido.
Ameaça de abortamento.
Referência Bibliográfica: Tratado de Obstetrícia
Febrasgo. Reimpressão 2001. Revinter. Pág. 452.
No terceiro período do trabalho de parto, quando a
placenta se desprende e se apresenta pela face
materna, o mecanismo é chamado de:
100.
A.
B.
C.
D.
E.
Artifício de Jacob-Dublin.
Baudelocque – Schultze.
Hematoma retroplacentário.
Baudelocque – Duncan.
Procedimento de Harvey.
Referência Bibliográfica: RESENDE, J. Obstetrícia.
10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Pág.
355.
Download