ÍNDICE ÍNDICE .................................................................................................................................................. 1 Indice das ilustrações e tabelas ........................................................................................................... 2 1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3 2. O QUE É UM MANGAL? TERRA OU MAR? ....................................................................................... 4 2.1 HISTÓRIA........................................................................................................................................ 4 2.2 EVOLUÇÃO ..................................................................................................................................... 5 2.3 A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO MANGAL................................................................................. 6 3. A BIOLOGIA DOS MANGAIS ............................................................................................................. 7 3.1 TAXONOMIA E GENÉTICA .............................................................................................................. 7 3.2 MORFOLOGIA E ANATOMIA .......................................................................................................... 8 3.2.1 A ANATOMIA DAS RAÍZES ........................................................................................................... 8 3.2.2 ANATOMIA DOS TRONCOS ......................................................................................................... 9 3.2.3 ANATOMIA DAS FOLHAS ............................................................................................................ 9 3.2.4 ANATOMIA DAS SEMENTES E DAS PLANTAS JOVENS (REBENTOS).......................................... 10 3.2.5 FISIOLOGIA (A REGULAÇÃO DO SAL) ........................................................................................ 10 3.2.6 REPRODUÇÃO, DISPERSÃO E COLONIZAÇÃO ........................................................................... 11 4. A FAUNA DESTE ECOSSISTEMA ..................................................................................................... 12 4.1 A IMPORTÃNCIA ECOLÓGICA E ECONÓMICA DO MANGAL ........................................................ 13 6. ECOSSISTEMA CONDENADO?........................................................................................................ 14 6.1 O MANGAL, ECOSSISTEMA EM PERIGO: PRESSÃO ANTRÓPICA.................................................. 14 6.2 O QUE FAZER PARA PROTEGER E PRESERVAR ESTE ECOSSISTEMA ÚNICO E FRÁGIL? ............... 15 7.ANÁLISE SWOT APLICADA AOS MANGAIS...................................................................................... 16 8.CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 17 GLOSSÁRIO ........................................................................................................................................ 17 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................... 20 BIBLIOGRAFIA ESPECíFICA ................................................................................................................. 20 1 ANEXOS ............................................................................................................................................. 21 Uma curiosidade................................................................................................................................ 27 Gostava de discutir a curiosidade Indice das ilustrações e tabelas Fig. 1 - Distribuição Geográfica dos Mangais ........................................................................................ 21 Fig. 2 - Hibiscus Tiliaceus ....................................................................................................................... 23 Fig. 3 - Barringtonia acutângula ............................................................................................................ 23 Fig. 4 - Avicennia.................................................................................................................................... 24 Fig. 5 - Rizophora ................................................................................................................................... 24 Fig. 6 - Salinidade................................................................................................................................... 25 Fig. 7 - Perioftalmo ................................................................................................................................ 25 Tabela 1- Espécies de mangais, taxonomia e a sua distribuição global ................................................ 22 2 1.INTRODUÇÃO Foi-nos pedido pela Professora Doutora Ana Ramos Pereira, da cadeira de Análise de Ambiente Físico, a elaboração de um trabalho cujo tema era livre desde que respeitássemos a condição de analisar qualquer ambiente. A nossa escolha recaiu sobre o ecossistema das Florestas de Maré – Os Mangais. O mangal é um ecossistema muito dinâmico, talvez o ecossistema mais dinâmico de todos, mas isso não significa que tenha sido muito estudado e, por conseguinte, seja muito bem conhecido. Nessa medida, a sua enorme importância nos seus múltiplos aspectos, só agora começa a ser verdadeiramente compreendida. Assim a escolha, o desenvolvimento e a apresentação deste tema não foi fácil, mas também não impediu que o concretizássemos. Entendemos que por ser um ecossistema muito frágil, devia ser trazido à ribalta, para que tal como nós aprendemos ao longo da sua elaboração, os nossos colegas tivessem conhecimento da sua existência e enriquecessem mais os seus conhecimentos. Consideramos importante para o bom desenvolvimento de um geógrafo, analisar e estudar estes ecossistemas tão necessários e ao mesmo tempo tão frágeis. A informação recolhida através da internet e de um trabalho científico serviram de base para a elaboração deste trabalho. A pesquisa demorou algum tempo e a informação obtida encontra-se em inglês, tendo sido necessário traduzi-la para português, isto porque considerámos ser informação fidedigna e de alto valor científico. Assim, vamos proceder ao desenvolvimento do nosso trabalho. 3 2. O QUE É UM MANGAL? TERRA OU MAR? Os manguais são um grupo muito diverso de árvores não relacionadas umas com as outras, como as palmeiras, arbustos, plantas trepadeiras ou rastejantes de caule delgado e fetos, que partilham a capacidade de viverem em solos alagadiços e salinos sujeitos a uma inundação regular. São plantas altamente especializadas que desenvolveram adaptações excepcionais em relação às condições ambientais únicas, nas quais podem ser encontradas. São um grupo de, aproximadamente, 80 espécies de mangais, que podem encontrar-seno mundo. Na maioria das vezes aparecem em áreas costeiras abrigadas, tropicais e intertropicais, sujeitas à influência das marés. Uma área influenciada pela maré pode ser interpretada como sendo uma linha de costa inundada pelos extremos das marés ou pode referir-se, de uma forma muito mais ampla, às comunidades das margens dos rios aonde as marés provocam alguma oscilação no nível da água mas não alteram a salinidade??. Por esse motivo os mangais podem ser encontrados não só a habitar as extensas áreas rasas de lodo ou terras lamacentas sob a influência das marés, mas também ao longo das margens dos rios num ambiente de água doce e não salobra. Os manguais podem ser divididos em dois grupos distintos, os exclusivos e os não exclusivos. O grupo dos mangais exclusivos é o maior grupo, compreendendo cerca de 60 espécies e, estes estão confinados às áreas “entre-marés”, não sendo encontradas dentro de nenhum outro tipo de comunidade vegetal. As restantes 20 espécies de plantas consideradas como mangais são as espécies não exclusivas e não estão limitadas ao ambiente típico do mangal, sendo muitas vezes encontradas em áreas mais terrestres (def) e mais secas. Como exemplos destes mangais não exclusivos podemos referir as espécies Hibiscus tiliaceus e Barringtonia acutangula. 2.1 HISTÓRIA Os mangais são conhecidos e estudados, ainda que muito superficialmente, desde tempos muito recuados. Os registos escritos mais antigos de descrições sobre a árvore Rhizophora do mar Vermelho e do golfo Pérsico datam de antes de 4 Cristo. No entanto, só no século XX é que se deu uma verdadeira explosão de interesse relativamente a esta floresta e a este ecossistema.(cá está) Os “mangais” têm um elo histórico longo com a cultura e civilização humanas. Nas ilhas Salomão, os corpos dos mortos eram colocados em águas dos mangais e aí eram realizados rituais sagrados. Os portugueses, muito provavelmente, foram os primeiros europeus a visitar as florestas de mangal no oceano Índico, por volta do século XIV e aprenderam a tradicional técnica indiana de exploração agrícola de arrozal e criação de peixe nos mangais. Isto é ilustrado pelas cartas que os vice-reis da Índia enviaram ao rei de Portugal. Fonte bibliográfica Já no século XIX, os britânicos utilizaram os conhecimentos práticos que os indianos tinham desenvolvido ao longo de séculos para gerirem as florestas de mangal nos Sunderbans, em Bengala, para produzirem madeira para construção e vigas e pranchas de madeira, destinada à construção de navios para a poderosa marinha do império. 2.2 EVOLUÇÃO Os “mangais” evoluíram de plantas terrestres para plantas, de certa forma, marinhas. Foram encontrados fósseis de pólen de mangais em depósitos inferiores de ambientes estuarinos, o que sugere uma evolução destas plantas de um meio não marinho para um meio de estuário, com águas salobras. Num passado muito distante estas plantas adaptaram-se à água salobra e tornaram-se no núcleo ou na base da flora da floresta de mangal. A diversidade dos mangais é muito mais elevada no Índico e no Pacífico Ocidental do que no Atlântico Ocidental e nas Caraíbas. Foram apresentadas duas possibilidades concorrentes para explicarem este padrão. A hipótese do “Centro de Origem”, indicando que todos os géneros de plantas de “mangue” surgiram inicialmente no Índico e no Pacífico Ocidental e, depois disso, ter-se-iam difundido para outras regiões. Por outro lado, a hipótese da vicariância refere que todos os “mangais” se teriam originado junto do mar de Tethys, e que posteriormente o movimento dos continentes terá separado e isolado a flora em diferentes regiões da 5 Terra, onde a diversificação originou diferentes floras. As provas apoiam a hipótese da vicariância, propondo o mar de Tethys como a origem dos mangais, demonstrando que a muito maior diversidade de mangais no Índico e Pacífico Ocidental se relaciona com as condições aí existentes, que favoreceram a diversificação. Os mangais terão surgido na Terra logo após as primeiras angiospérmicas, há cerca de 114 milhões de anos. Os géneros Avicennia e Rhizophora, os dois mais representativos, foram provavelmente os primeiros a evoluir, aparecendo próximo do final do Cretácico.. O importante género Avicennia só surgiu nesta região no final do Miocénico, há cerca de 10 milhões de anos. Um estudo sobre o pólen, a partir de amostras do final do Holocénico, efectuado na Bermuda, aponta para que os mangais ali estivessem implantados nos últimos 3000 anos, quando o nível do mar apresentou um decréscimo de 26 para 7 centímetros por século Nos tempos geológicos mais recentes (quais?), a movimentação dos continentes propiciou uma dispersão e uma mescla de genes o que aumentou enormemente o processo evolucionário. vago As modificações na distribuição dos “mangais” podem revelar pormenores sobre os paleo-climas e sobre as modificações ou mudanças no nível do mar. 2.3 A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO MANGAL Os mangais são encontrados no planeta entre as latitudes 32º Norte e 38º Sul e existem em todos os continentes, talvez à excepção da Europa. Como sabemos a distribuição dos continentes ou das terras emersas e dos oceanos, consequentemente das linhas de costa ou “franjas” oceânicas, é muito diferente nos dois hemisférios, sendo decisivo para as áreas onde encontramos este ecossistema. Seja como for, os limites superior e inferior desta extensão são determinados pela temperatura, embora a precipitação atmosférica e o nível de protecção do vento e da energia das ondas, sejam factores que afectam a extensão desta floresta e a sua diversidade. 6 Os mangais ocorrem mais frequentemente em áreas onde a temperatura média do mês mais frio é superior a 20ºC e onde a variação entre as estações não excede os 10ºC. Temperaturas inferiores limitam a distribuição deste ecossistema, uma vez que impossibilitam o seu aparecimento e desenvolvimento.Bem As áreas onde encontramos uma grande variedade de espécies de “mangais” são ao longo de linhas de costa que recebem uma elevada precipitação e elevado escoamento, relacionando-se com a desembocadura dos rios e com uma forte infiltração vinda de terras mais interiores para as áreas sob a influência das marés. Estas áreas habitualmente estão sujeitas a um processo de forte sedimentação, proporcionam uma vasta diversidade de tipos de substrato, bem como de níveis de nutrientes, que transformam estas áreas em meios físicos, químicos e biológicos muito favoráveis para o crescimento do “mangal”. A estrutura física desta floresta requer a protecção de ventos fortes, uma vez que a acção do vento gera ondas e estas impedem a fixação, o estabelecimento e o desenvolvimento das sementes. Em consequência, as comunidades de mangais desenvolvem-se dentro de áreas costeiras abrigadas, circundantes a estuários muito recortados, baías e ilhas, em águas de pouca profundidade, que podem estar protegidas por recifes. Não citam as figuras ao longo do texto. Certamente já leram artigos científicos onde tal sucede. Também não encontro nenhuma referência bibliográfica 3. A BIOLOGIA DOS MANGAIS 3.1 TAXONOMIA E GENÉTICA Em 1986, foram identificados três grupos de espécies demangais: um grupo principal, um grupo secundário e um terceiro grupo de espécies associadas. As espécies principais são os verdadeiros mangais e são identificadas pela maioria ou pela totalidade das seguintes características: desenvolvem-se exclusivamente no mangal, desempenham o principal papel na estrutura da comunidade e têm a capacidade de formar mangais genuínos, têm adaptações morfológicas ao ambiente, particularmente raízes aéreas e mecanismos especializados para a troca 7 de gases, mecanismos fisiológicos para a exclusão de sais ou a sua excreção, reprodução vivípara e estão separados taxonomicamente dos seus parentes terrestres. Os mangais propriamente ditos estão separados dos seus parentes mais próximos pelo menos ao nível do género e, muitas vezes, ao nível da família ou da subfamília. As espécies de mangais secundárias são elementos da vegetação menos notáveis e raramente formam mangais genuínos. Os mangais propriamente ditos contêm 34 espécies dentro de 9 géneros e 5 famílias. As espécies secundárias contribuem com mais 20 espécies dentro de 11 géneros e 11 famílias, o que resulta no total de 54 espécies de mangais, incluídas em 20 géneros e 16 famílias. Ao conciliar as indicações comuns, identificaram-se 65 espécies de mangais, em 22 géneros de 16 famílias (Tabela 1). 3.2 MORFOLOGIA E ANATOMIA 3.2.1 A ANATOMIA DAS RAÍZES Os mangais estão muito bem adaptados ao meio ambiente costeiro, com raízes respiratórias expostas, com extensos suportes e apoios para as raízes, folhas excretoras de sal e com propágulos vivíparos que se dispersam na água. Estes propágulos são órgãos pluricelulares autónomos de propagação/reprodução que podem produzir um novo vegetal e, a par das raízes e das folhas, são um dos grandes segredos dos mangais para colonizarem o seu difícil ou meio ou ambiente!. Estas adaptações variam entre os taxa e com a natureza físico-química do habitat. Talvez a mais extraordinária adaptação dos mangais sejam as raízes em forma de estaca da Rhizophora, os pneumatóforos da Avicennia,Sonneratia e Lumnitzera, as raízes em forma de cotovelo da Bruguiera, Ceriops e Xylocarpus e as raízes em forma de pilar do Xylocarpus e da Heritiera. As raízes de muitos dos mangais não penetram muito fundo no substrato anaeróbico. Como alternativa as árvores desenvolvem raízes laterais profusas para apoio. A sua eficácia esta bem demonstrada pelas árvores de mangal mais altas, encontradas no Equador, as quais alcançam alturas de mais de 60 metros e podem ter mais de 100 anos de idade. 8 As raízes especializadas são lugares importantes para as trocas gasosas dos mangais que vivem num substrato anaeróbico. As superfícies expostas podem ter numerosas lenticelas, que são agregados de células respiratórias. A Avicennia tem pneumatóforos, que são raízes apontadas para cima apetrechados com as lenticelas através das quais o oxigénio se difunde passivamente. As lenticelas podem ser fechadas, parcialmente abertas ou completamente abertas, dependendo das condições do te. Os pneumatóforos esponjosos geralmente são curtos, com 30 cm, mas crescem muito mais e tornam-se muito mais numerosos na Avicennia marina, quando vive em condições anaeróbias ou com poluição petrolífera. O oxigénio também pode passar através das partes não “lenticelulares” dos pneumatóforos que geralmente não têm ramos. No entanto, após a guerra do Golfo Pérsico de 1991, os mangais no golfo Arábico começaram a desenvolver pneumatóforos ramificados e raízes adventícias, o que poderá ser um sintoma de um grande poder de adaptabilidade e de sobrevivência destes vegetais. As raízes aéreas são modificadas para uma vida acima do solo. 3.2.2 ANATOMIA DOS TRONCOS Existem características anatómicas únicas dos troncos dos mangais, o crescimento dos anéis é manifestamente anómalo ou completamente ausente, tornando difícil atribuir idade às árvores. O tronco dos mangais tem características especiais que possibilitam às árvores ultrapassar o alto potencial osmótico da água salgada e a transpiração provocada pelas temperaturas elevadas. A condução da água através dos troncos e ramificações é fortemente influenciada pelo tamanho e pela distribuição dos vasos. 3.2.3 ANATOMIA DAS FOLHAS As folhas dos mangais são quase como couro, com nervuras pouco distintas e sem revestimento nas nervuras. A cutícula é lisa, grossa e tem pêlos, o que dá à planta uma aparência lustrosa. As folhas têm um tamanho médio(ordem de grandeza?) e estão dispostas num padrão entrecruzado modificado, com cada par num ângulo inferior a 180º em relação ao par que o precede. Esta disposição reduz 9 a sombra feita pelas próprias folhas e favorece um sistema de ramos que preenche o espaço de forma mais eficiente, em termos fotossintéticos. Nas folhas dos mangais existem seis tipos de estomas e estes tipos diferem entre si na disposição das células de defesa e das células secundárias. Na maioria das espécies uma protuberância cuticular bicuda cobre o lado exterior do poro estomático ou o lado exterior e interior ao mesmo tempo. Estas formações reduzem a respiração estomática o que é importante devido à elevada concentração de sais na água e à falta de “água fisiológica” de que as árvores sofrem. 3.2.4 ANATOMIA DAS SEMENTES E DAS PLANTAS JOVENS (REBENTOS) Uma vez que se iniciou a fase de crescimento, o desenvolvimento embrionário subsequente é extra ovular. No entanto, a semente madura é envolvida por um pericarpo que é completamente originado a partir da parede do ovário. Desde o fim da histodiferenciação até as sementes maduras estarem abcisadas, as células do cotilédone tornam-se muito vacuolarizadas e contém grandes quantidades de açúcares solúveis, os quais constituem as maiores reservas de nutrientes da semente madura. 3.2.5 FISIOLOGIA (A REGULAÇÃO DO SAL) Os mangais são fisiologicamente tolerantes aos elevados níveis de sal e têm mecanismos para conseguir obter água doce, apesar do forte potencial osmótico dos sedimentos. Evitam quantidades abundantes de sal através de uma combinação de exclusão e de excreção de sal e de, acumulação de sal. Por exemplo, a Rhizophora, a Bruguiera e a Ceriops possuem filtros muito eficientes nos seus sistemas de raízes. Outros géneros como a Avicennia, a Acanthus e a Aegiceras, absorvem algum sal, mas excretam-no através de glândulas especializadas para isso, que têm nas suas folhas. À medida que a salinidade da água aumenta, algumas espécies tornam-se simplesmente mais moderadas na sua utilização da água, conseguindo deste modo, uma maior tolerância. No sul da Florida, a Rhizophora mangle, Mangue Vermelho, diminui a sua tensão ao sal ao usar a superfície da água como a sua única fonte de 10 água. Na estação húmida, a biomassa de raízes finas aumenta a resposta à salinidade decrescente da superfície das águas elevando directamente a absorção de água com baixa salinidade. A maioria das espécies de mangais regula directamente os sais. Todavia, elas podem também acumular ou sintetizar outras substâncias dissolvidas para regular e manter o equilíbrio osmótico. Uma vez que as raízes dos mangais excluem os sais quando extraem água do solo, os sais no solo poderiam tornar-se muito concentrados, criando gradientes osmóticos fortes. No entanto, substâncias poliméricas viscosas na seiva limitam a razão do fluxo e diminuem a transpiração. Isto, combinado com uma elevada eficiência no uso da água, reduz a velocidade de ascensão da água e impede os sais de se acumularem no solo em redor das raízes, o que ajuda os mangais a conservarem a água e a regularem as concentrações internas de sal. 3.2.6 REPRODUÇÃO, DISPERSÃO E COLONIZAÇÃO Existem quatro métodos de reprodução dos mangais: viviparidade, criptoviviparidade, germinação normal no solo e propagação vegetativa. A viviparidade, o crescimento prematuro da nova geração enquanto ainda está ligada à planta materna é uma adaptação única aos habitats marinhos de águas pouco profundas. As espécies verdadeiramente vivíparas permanecem unidas à planta materna durante um ano inteiro, enquanto a descendência criptovivípara fica unida apenas por um ou dois meses. Há quem sugira que os padrões de reprodução vivípara possibilitam aos rebentos desenvolver alguma tolerância à salinidade antes de serem libertados da planta progenitora. O “timing” de reprodução do mangal depende das condições ambientais locais e pode variar significativamente dentro da amplitude de cada espécie. A floração parece ser controlada pela duração dos dias, ao passo que a temperatura do ar regula o período para a maturação do fruto. A dispersão dos propágulos depende da sua flutuabilidade e longevidade e, ainda, da actividade das marés e das correntes. Apesar de tudo isto, os propágulos dos mangais têm uma mortalidade muito elevada durante a sua dispersão. 11 Os propágulos podem dispersar-se a grandes distâncias a partir da árvore mãe, mas mesmo os que ficam a distâncias muito pequenas, como dois ou três metros têm uma percentagem muito elevada de mortalidade, uma vez que são danificados ou comidos por predadores (caranguejos e alguns insectos). Estes níveis elevados de predação das sementes têm efeitos muito evidentes na dinâmica da população de mangais e obstam à regeneração. A mortalidade não está confinada aos propágulos, os mangais também estão vulneráveis durante as fases iniciais de crescimento e de colonização. 4. A FAUNA DESTE ECOSSISTEMA A fauna existente neste ecossistema é muito variada e em grande quantidade, desde os animais que vivem no mangal, toda a sua vida, aos que se reproduzem neste habitat e aqui vivem desde o nascimento e nas suas fases juvenis, até aos animais que apenas procuram o mangal para se alimentarem ou para encontrar refúgio, em virtude de os seus habitats estarem em fragmentação e em desaparecimento acelerados. Os animais do mangal são de todas as variedades, o zooplâncton, as esponjas e ascídias, os caranguejos, camarões e muitos outros crustáceos, os moluscos, os insectos, como é evidente, os peixes e, ainda, os anfíbios, as aves e os mamíferos. Desta forma será obrigatório falar de animais muito maiores, mais conhecidos, mais “importantes” e até mais bonitos do que o Perioftalmo, mas não se pode falar do mangal sem referir este pequeno peixe. E porquê o Perioftalmo (mais conhecido por Saltador-da-Lama)? É que este pequeno peixe encerra na sua biologia e no seu comportamento a “essência” do mangal. Não foram apenas as árvores e outros vegetais do mangal que fizeram adaptações fantásticas para conseguirem colonizar este ambiente, o pequeno Perioftalmo também as fez: este peixe vive na água e vive … em terra firme! Os Saltadores-da-Lama são peixes completamente anfíbios e estão perfeitamente adaptados ao solo pantanoso do habitat de “entre” as marés. Sobrevivem na maré baixa escondendo-se ou permanecendo em poças de água, 12 debaixo de algas ou mesmo enterrando-se no lodo, o que os ajuda a manterem-se húmidos e a escaparem aos predadores. Todavia são tão activos dentro como fora de água, uma vez que têm adaptações anatómica e fisiológicas que lhes permitem estar tão à vontade num meio como no outro. Estes peixes conseguem respirar através da pele, tal como os anfíbios, e através da mucosa do interior da boca e da garganta, da faringe. Têm ainda as câmaras branquiais muito alargadas e, quando o peixe se encontra fora da água, mantém os opérculos fechados com água dentro destas câmaras que são muito vascularizadas, o que lhe permite continuar a respirar e a manter-se fora de água. Caça e alimenta-se fora de água e até luta com os seus semelhantes por território também fora de água e isto porque, para além de conseguir respirar fora de água, também se consegue movimentar com facilidade. 4.1 A IMPORTÃNCIA ECOLÓGICA E ECONÓMICA DO MANGAL Os cientistas, ao longo do tempo, foram colocando um grande valor na função ecológica dos ecossistemas dos “mangais” mas, apenas recentemente, a comunidade de uma forma mais ampla, começa a reconhecer o papel multifacetado que a floresta de mangal desempenha no ambiente. Quando se avalia a importância destes ecossistemas através de uma perspectiva científica é necessário tentar identificar e medir estes valores. Notavelmente, estes valores podem ser divididos em valores ecológicos, valores para a comunidade e valores económicos. A partir de uma perspectiva ecológica, os “mangais” são um ecossistema muito significativo e único. Sustentam uma grande diversidade de plantas, árvores como as palmeiras, arbustos e fetos que desenvolveram adaptações espectaculares para prevalecerem e prosperarem nestas condições ambientais. São utilizados por uma enorme quantidade de organismos como área de reprodução, como viveiro e ainda como área de alimentação. Os mangais desempenham um papel muito valioso na protecção da linha de costa, reduzindo a erosão provocada pelos ciclones e atenuando o impacto das ondulas. A produtividade é um conceito usado para descrever a função ou o valor ecológico de uma comunidade de vegetação e pode ser calculada através de medições da quantidade de material vivo ou orgânico, tal como folhas, ramos, 13 troncos e raízes, que é produzida neste ecossistema num determinado espaço de tempo. A produtividade do mangal é muito importante na função e na saúde da cadeia alimentar marinha. Tal como as outras plantas, convertem a energia do sol em matéria orgânica através do processo da fotossíntese. Quando os ramos e as folhas caem no solo são aproveitadas por uma grande variedade de animais, tal como moluscos, crustáceos e vermes, como uma fonte primária de alimento. Estes consumidores de “nível primário” por sua vez vão sustentar uma enorme quantidade e variedade de consumidores “secundários”, onde se incluem peixes pequenos e predadores jovens, alguns dos quais, quando crescem e se tornam adultos, vão incorporar o terceiro nível de consumidores. De um modo geral, um nível elevado de matéria orgânica ou uma produtividade elevada significa que um número maior e um leque mais diversificado de animais, podem ser sustentados dentro de um ecossistema particular. 6. ECOSSISTEMA CONDENADO? 6.1 O MANGAL, ECOSSISTEMA EM PERIGO: PRESSÃO ANTRÓPICA Os mangais são áreas protegidas por legislação, mas isso não impede a sua degradação e destruição. As agressões aos mangais colocam em risco a sobrevivência de espécies animais e vegetais deste Bioma e todas as que nele passam e nidificam, e que são quase todas.vago A desflorestação que tem acontecido por todas estas áreas e a intensificação da urbanização nas faixas litorais, sobrevalorizou estes espaços devido à sua proximidade dos centros urbanos e ao seu potencial económico e turístico. O facto da maior parte da população mundial viver nas áreas costeiras, a pesca excessiva, a aquicultura que é feita nestes ecossistemas têm, em conjunto, sido as principais causas do seu desaparecimento e degradação. Mas estas não são as únicas. A pressão antrópica faz-se sentir por outras razões, não menos 14 importantes, através da poluição, do despejo de entulhos, das pedreiras, dos rasgos das estradas, dos poluentes excessivos usados na agricultura, da construção de barragens e o facto de estes estuários serem encarados como excelentes locais para instalar indústrias navais, petroquímicas e metalúrgicas leva também ao seu desaparecimento, esquecendo aqueles que sobrevivem do que colhem neste ecossistema. A moda actual é, em alguns países, a construção de estradas, portos, marinas e tanques para viveiros de camarões. Mas o mangal vai sobrevivendo e vaise regenerando, apesar de também ir desaparecendo por todas as razões citadas. 6.2 O QUE FAZER PARA PROTEGER E PRESERVAR ESTE ECOSSISTEMA ÚNICO E FRÁGIL? Para um desenvolvimento que se quer sustentável, é necessário existir uma manutenção destes e doutros recursos naturais. Para isso, esta floresta precisa de ser restaurada, através da plantação das espécies de mangais características de cada habitat. Devem ser reduzidas e mesmo eliminadas as descargas de materiais poluentes contaminantes e contaminados, mesmo os que têm origem no oceano, tais como as malfadadas marés negras e devem ser também reduzidos os gases de efeito de estufa. Finalmente e não menos importante, deve ser redistribuída mais equitativamente a riqueza, de forma a evitar ou eliminar a pressão existente sobre este ecossistema por parte das populações mais pobres. 15 7.ANÁLISE SWOT ver plano PONTOS FORTES Enorme contribuição Biodiversidade PONTOS FRACOS para a Ecossistema frágil Estreita valência ecológica Fonte de subsistência de população da faixa litoral Enorme potencial de adaptabilidade Auto – regeneração/resiliência repetição OPORTUNIDADES AMEAÇAS Ecoturismo Desflorestação Pesca desportiva Contaminação Medicamentos Construção de barragens Madeira Urbanização Aquicultura sustentável Poluição doméstica e não só Educação ambiental Turismo Meio de manutenção para crustáceos com alto valor comercial Tsunamis Ciclones tropicais Efeito de gases de estufa Aumento do nível médio das águas do mar Subida/aumento da temperatura 16 8.CONCLUSÃO O tão aclamado e necessário desenvolvimento sustentável pressupõe a manutenção dos recursos naturais a longo prazo e, paralelamente, equilíbrio entre o crescimento económico e a equidade social. É ponto assente que a sustentabilidade nas regiões costeiras só será obtida a partir do momento em que o homem possibilite a sua conservação, a integridade dos processos naturais e o combate às desigualdades regionais. É necessária a conservação das áreas costeiras, consideradas um dos tripés da sustentabilidade, e a redução das desigualdades existentes. Pensamos ser um grande desafio, mas faz parte de um processo permanente que se centraliza na valorização humana e na vida. Podemos talvez juntar à nossa conclusão a frase e o parágrafo que finalizaram a nossa apresentação sobre este tema. Estima-se que, em 2050, a população mundial possa vir a aumentar para cerca de 12 mil milhões de pessoas. Destas, cerca de 60 por cento deverá viver a menos de 60 km do mar. As actividades agrícolas e industriais necessárias para sustentar esta população irão aumentar as já significativas pressões sobre as férteis áreas costeiras ESTUDAR E COMPREENDER PARA USUFRUIR E PRESERVAR GLOSSÁRIO Estas palavras que constam do glossário deviam ser assinaladas ao longo do texto, por exemplo, com um asterisco, cujo significado o leitor deveria conhecer desde o início do trabalho. ANAERÓBIO – Que pode viver fora do contacto do ar ou oxigénio livre ANATOMIA – Ciência que trata da descrição e estrutura dos organismos animais e vegetais ANFÍBIO – Diz-se dos seres vivos que vivem tanto na terra como na água APICULADO – Que termina em apículo APÍCULO – Ponta pequena, curta e pouco resistente ASCÍDIA – Molusco tunicado da ordem dos acéfalos 17 BIOMA – Conjunto de seres vivos que ocupam uma dada área; conjunto biológico associado a uma zona climática da biosfera, por exemplo, deserto e savana BIOMASSA – Massa de matéria viva, animal ou vegetal, que vive em equilíbrio numa determinada ares da superfície terrestre; matéria orgânica vegetal usada como fonte de energia BRÂNQUIA – Designação dada aos órgãos respiratórios dos animais que vivem e respiram na água; guelra; fenda branquial CAULE – Haste das plantas; talo; tronco CÉLULA – A mais pequena porção do organismo capaz de vida independente; cada um dos elementos plásticos, microscópicos, dos tecidos orgânicos COLÓNIA – Agrupamento de indivíduos da mesma espécie COLONIZAR – Invadir ou ocupar um terreno ou uma área por plantas, animais ou microrganismos COTILÉDONE – Apêndice carnoso do embrião que contém os primeiros elementos nutritivos da planta COTILEDÓNEAS – Família de plantas caracterizadas por terem um ou dois cotilénodes CRUSTÁCEO – Classe de animais artrópodes de respiração branquial, cuja cabeça e tórax se apresentam unidos numa única peça (cefalotórax), cujo corpo é coberto por uma carapaça que mudam regularmente e que na cabeça apresentam dois pares de antenas (órgãos olfactivos e sensoriais) e dois olhos compostos CUTÍCULA – Película; epiderme das plantas novas DICOTILEDÓNEAS – Família de plantas, cujo embrião tem duas cotilénodes DICOTILEDÓNEO – Que tem duas cotilénodes ECOSSISTEMA – Comunidade de organismos constituída por produtores, compositores e decompositores, funcionalmente relacionados entre si e com o meio ambiente e considerados como uma entidade única ESPÉCIE – Conjunto de indivíduos de igual natureza ou essência, que oferecem caracteres comuns pelos quais de distinguem dos outros grupos de indivíduos pertencentes ao mesmo género ESTAME – Órgão masculino dos vegetais ESTOMA – Boca; orifício; poro; orifício microscópico e cavidade existente nas partes verdes das plantas, especialmente nas folhas, através do qual se efectuam trocas gasosas ESTOMÁTICO – Relativo ao estoma FAMÍLIA – Unidade de classificação dos seres vivos baseada em caracteres morfológicos e fisiológicos (Grupo taxionómico) FISIOLOGIA – Parte da Biologia que estuda as funções dos órgãos nos seres vivos, animais ou vegetais FLORAÇÃO – Aparecimento da flor; florescência; desenvolvimento da flor FOLHA – Órgão apendicular, de forma variada, geralmente plano e de cor verde que se desenvolve no caule e nos ramos das plantas e geralmente constituída por bainha, pecíolo e limbo FOTOSSÍNTESE – Processo químico através do qual os vegetais e certas bactérias e algas azuis produzem a sua própria matéria orgânica, a partir de energia luminosa e de substâncias simples, como a água e o dióxido de carbono, libertando no processo oxigénio para o meio FRUTIFICAÇÃO – Acto ou efeito de frutificar; formação, desenvolvimento do fruto FRUTOSE – Açúcar simples que se encontra nas frutas e no mel; levulose 18 GASTRÓPODE – Classe de moluscos com um pé na parte inferior do ventre, à qual pertencem o caracol, a lesma, etc. GENE – Porção de um cromossoma, considerada como a unidade hereditária ou genética, visto ser responsável pela transmissão das características hereditárias de uma geração para a seguinte. GÉNERO – Conjunto de seres com os mesmos caracteres essenciais; reunião de espécies que tem um ou mais caracteres comuns; agrupamento de espécies muito próximas GENÉTICA – Parte da Biologia que estuda a hereditariedade e as variações nos seres organizados GLICOSE – Açúcar redutor que se encontra nas uvas, nos frutos, no mel, etc. GLUCOSE – Glicose GUELRA – Aparelho respiratório dos animais que vivem ou podem viver na água e que não respiram por pulmões HALÓFILO – Que cresce em terreno salgado, que gosta de sal HALÓFITO – Designação genérica dos vegetais halófilos HAUSTO – Acção ou efeito de haurir; sorvo; aspiração HÍBRIDO – Animal ou planta que provém de duas espécies diferentes INTERTROPICAL – Que está entre os trópicos LABELO – Segmento inferior do invólucro floral; pétala inferior, especialmente da flor das orquídeas LENTICELA – Poro de ventilação, presente em caules e raízes que surgem acima do solo LIMBO – Parte larga da folha MANGAL – Mata de mangueiras MANGUE mangual– Margem lamacenta de portos ou rios, aonde chega a água salgada; nome genérico das várias plantas lenhosas que vegetam na embocadura dos rios africanos; árvore da América e África de casca taninosa MIRTÁCEAS – Família de plantas que têm por tipo a murta MOLUSCO – Animal de corpo mole, sem vértebras nem articulações e ordinariamente envolvido em concha calcária MONOCOTILEDÓNEAS – Plantas angiospérmicas caracterizadas por terem uma só cotilédone na semente MORFOLOGIA – Parte da Biologia que trata da forma exterior dos organismos e suas transformações NERVURA – Saliências lineares que percorrem o limbo das folhas NUCLEÓTIDO – Composto constituído por açúcar, ácido fosfórico e uma base nitrogenada e que representa uma unidade de ácido nucleico OPÉRCULO – Peça óssea dupla que protege as guelras de certos peixes OSMOSE – Processo no qual um solvente atravessa uma membrana selectivamente permeável de uma solução diluída para uma solução mais concentrada e que só termina quando se atinge o equilíbrio, ou seja, quando as duas soluções atingem a mesma concentração OSMÓTICO – Relativo à osmose PARÊNQUIMA – Tecido utricular dos vegetais também chamado polpa PARENQUIMATOSO – Relativo ao parênquima PERICARPO – Parte externa do fruto que envolve a semente PERIOFTALMIA – Inflamação no bordo das pálpebras PNEUMATÓFORO – Que contém ar; raiz que, em certas plantas que crescem na água, deixa a descoberto uma ponta, para exercer funções respiratórias 19 PNEUMOBRÂNQUIO – Diz-se dos peixes que respiram por brânquias e pulmões POLINIZAÇÃO – Passagem do pólen desde a antera ao estigma (angiospérmicas) ou á câmara polínica do óvulo (gimnospérmicas) POLINIZADOR – Diz-se do animal que poliniza POLINIZAR – Transportar o pólen das anteras para o estigma da planta PORO – Cada um dos pequenos orifícios de que estão crivados os vegetais; qualquer pequeno orifício que permita a passagem dos fluidos PROPÁGULO – Órgão de propagação pluricelular autónomo que pode produzir um vegetal PROTEÍNA – Substância orgânica, constituinte essencial de toda a matéria viva, formada por uma cadeia de moléculas de aminoácidos, compostos por carbono, hidrogénio, oxigénio, azoto e, por vezes, enxofre e fósforo RADICULADO – Que tem radículas ou raízes REBENTO – Renovo; botão não totalmente desenvolvido dos vegetais RECIFE – Um ou mais penhascos no mar e à flor da água RIZOMA – Caule subterrâneo horizontal SACAROSE – Nome científico do açúcar de cana ou de beterraba SAL – Substância resultante da combinação de um ácido com uma base SALOBRO – Diz-se do mar (como o Báltico) que tem mistura de águas doces e salgadas TAXINOMIA – Classificação científica; nomenclatura das classificações VACÚOLO – Espaço limitado na massa do citoplasma celular, que contém gases, líquidos, substâncias nutritivas de reserva ou substâncias de excreção VEGETATIVO – Que está no estado de vegetação VICARIANTE – Que substitui outro VIVIPARIDADE – Germinação precoce das sementes no fruto, enquanto ainda ligado à planta mãe BIBLIOGRAFIA National Geographic- Fevereiro de 2007 www.naturia.per.sg/buloh/verts www.mangrove.or.jp/isme/english www.magroveindiaorg mangrove.org/video/espanhol www.bsb.murdoch.edu.au/groups/mangrove www.mangroveactionproject.org pt.wikipedia.org/w/index.php BIBLIOGRAFIA ESPECíFICA 20 Kathiresan K. e Bingham B.L., Biology of Mangroves and Mangrove Ecosystems, in: ADVANCES IN MARINE BIOLOGY VOL 40: 81-251 (2001), Bellingham, WA 98225, USA, 2001, Pág. 4 a 145, acesso em 18 Março 2009. Disponivel: www.ac.wwu.edu/~bingham/mangroves.pdf ANEXOS Não citam as figuras no texto Fig.Fig. 1 - Distribuição Geográfica dos Mangais Fonte: www.ac.wwu.edu/~bingham/mangroves.pdf MANGAIS 21 Tabela 1- Espécies de mangais, taxonomia e a sua distribuição global 22 Fonte: www.ac.wwu.edu/~bingham/mangroves.pdf Fig. 2 - Hibiscus Tiliaceus Fonte: cms.jcu.edu.au/.../plantcairns/JCUDEV_006350 Fig. 3 - Barringtonia acutângula Fonte: florabase.calm.wa.gov.au/browse/profile/5289 23 Fig. 4 - Avicennia Fonte: www.pbase.com Fig. 5 - Rizophora Fonte: www.flickr.com/photos/alan_cressler/2252322835/ 24 Fig. 6 – Salinidade? Fonte: www.encora.eu/coastalwiki/Mangroves Fig. 7 - Perioftalmo Fonte:viaggi.ciao.it/In_generale__Opinione_772839 Fontes imagens – Apresentação borrowedearth.wordpress.com discordia.jalbum.net/.../mangrove_mirror_f.html http://farm3.static.flickr.com/2133/2474055349_7ca9db0107.jpg http://fcit.usf.edu/florida/photos/plants/mangro/mangro10.htm http://images.google.pt 25 http://ngm.nationalgeographic.com/2007/02/mangroves/warne-text http://pt.wikipedia.org/wiki/Garoupa http://pt.wikipedia.org/wiki/Tubar%C3%A3o-cabe%C3%A7a-chata http://scienceblogs.com/zooillogix/Mangrove.jpg http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/95/World_map_mangrove_distribut ion.png http://www.americas-photos.com/mexico/images/mangrove1.jpg http://www.marietta.edu/~biol/biomes/images/mangroves/mangrove_map.jpg http://www.peakoil.org.au/dave.kimble/rainforest/ecosystems/mangrove.creek.jpg http://www.sfrc.ufl.edu/4h/Red_mangrove/rhimanos.jpg http://www.travelblog.org/Photos/219193.html https://www.allposters.co.uk/-sp/Red-Mangrove... picasaweb.google.com/.../QnZ7nsfbGGcHbeTTh2Ilrw e www.onslownet.school.nz scienceblogs.com/zooillogix/2007/10/the_fish_... www.americas-photos.com www.americas-photos.com/mexico/mangrove.html www.ceo.org.br/onde/ondeob.htm www.encora.eu/coastalwiki/Mangroves www.encora.eu/coastalwiki/Mangroves www.floridastateparks.org/.../Photos-Park.cfm www.marietta.edu/~biol/biomes/mangroves.htm www.overmundo.com.br/banco/amor-verde-no-mangue www.sfrc.ufl.edu/4H/Red_mangrove/redmangr.htm 26 wwwsoc.nii.ac.jp/.../IPC-IOPC/excusion.html Uma curiosidade 27 Corte no manguezal Canal sendo construído p/ levar o esgoto do viveiro: este efluente poluirá o rio Mais mangue que foi desmatado 28 Destruição e desequilíbrio ambiental Depois de cortado, a área que era de manguezal fica totalmente descaracterizada O mangal foi cortado ao lado dos viveiros que prejudicam directamente a comunidade de Curral Velho. O esgoto dos viveiros está sendo direccionado ao longo do mangue até o rio. Fonte: www.midiaindependente.org/.../09/289748.shtml 29