UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM FÍSICA E VOLUÇÃO DA EXCENTRICIDADE DOS SISTEMAS BINÁRIOS COM COMPONENTE EVOLUÍDA . F LODOALDO DE L IMA S IMÕES N ETO NATAL - RN DEZEMBRO 2010 F LODOALDO DE L IMA S IMÕES N ETO E VOLUÇÃO DA EXCENTRICIDADE DOS SISTEMAS BINÁRIOS COM COMPONENTE EVOLUÍDA . Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de PósGraduação em Física do Departamento de Física Teórica e Experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para a obtenção do grau de mestre em Física. Orientador: José Dias do Nascimento Júnior NATAL - RN DEZEMBRO 2010 A GRADECIMENTOS • A minha família, pelo amor incondicional e por sempre acreditar e me apoiar em todas as minhas escolhas; • Ao Prof. José Dias do Nascimento Júnior, pela orientação durante este trabalho; • A todos os professores do DFTE que contribuiram de forma direta ou indireta para a minha formação acadêmica; • Ao colega Jefferson Soares que me ajudou em vários momentos da iniciação científica e também durante a construção deste trabalho; • Aos vários colegas que dividiram a sala Mário Schenberg e ajudaram a manter um ambiente agradável nas horas do café; • As colegas Crislane Souza, Juliana Cerqueira e Noélia, cujo companherismo e várias horas de estudo foram fundamentais para enfrentar (e vencer) as disciplinas obrigatórias da pós-graduação; • Aos professores José Ronaldo Pereira da Silva (UERN) e José Renan de Medeiros (DFTE/UFRN), pelas correções e sugestões, que contribuiram para o melhoramento deste trabalho; • Ao grupo de astrofísica; • Aos funcionários da PPG-Física, DFTE e CCET; • À CAPES, pelo apoio financeiro. i Evolução da excentricidade dos sistemas binários com componente evoluída. por Flodoaldo de Lima Simões Neto Resumo No presente estudo, é revisitada a teoria que prevê a circularização por efeito da maré dos sistemas binários, contendo componente evoluída. Tais sistemas sofrem interações gravitacionais que tendem a sincronizar o período orbital com o perído de rotação e tornar as órbitas circulares (Zahn 1977, 1989, 1992). Seguindo a teoria de Zahn, foi calculada, neste trabalho, a integral que descreve a variação da excentricidade em um sistema binário sob a influência da força de maré e foram comparados os resultados teóricos das integrais com observações recentes para 260 sistemas binários com elementos orbitais publicados. Os resultados descritos aqui confirmam por um lado o sucesso da teoria Zahn, sob a luz dos novos dados e novos modelos evolutivos e, por outro, aponta para a necessidade de uma melhor descrição do papel da convecção nessa teoria. ii Evolution of eccentricity in binary systems with evolved components by Flodoaldo De Lima Simões Neto Abstract On this study we have revisited the predicted tidal circularization theory in close binary systems with a evolved component. Close binaries suffer tidal interactions that tend to synchronize periods and circularize the orbits (Zahn 1977, 1989, 1992). According to Zahn’s theory we compute the integral that give us the variation of the eccentricity in a binary under the influence of tidal force and we compare the integral results with new observations for 260 binary systems with orbital solutions. Our results confirm the success of the Zahn’s theory with a new data and new stellar evolutionary models, on the other hand, our results points to the need for a better description of the role of convection on this theory. iii LISTA DE FIGURAS 2.1 Órbita individual de cada estrela de um sistema binário e a órbita relativa do sistema. O semi-eixo maior da órbita relativa de M1 em torno de M2 é a soma dos semi-eixos das órbitas de cada estrela em volta do centro de massa (C.M.). Os índices 1 e 2 referem-se às estrelas primária e secundária, respectivamente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2 5 Para uma normal n inclinada com relação ao plano orbital a um ângulo i em relação a linha de visão do observador, então a velocidade de rotação projetada é v sin i. 2.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 A geometria de Roche, mostrando as superfícies equipotenciais em um sistema binário. Quando nenhuma das componentes, M2 ou M1 , preenche o interior do contorno mostrado (Lóbulo de Roche), o sistema não está trocando massa. Quando uma das componentes evoluiu e expandiu o suficiente para preencher seu Lóbulo de Roche, o material flui através L1 (o primeiro ponto de Lagrange) para a outra estrela. Quando ambos os lóbulos são preenchidos, é provável que no sistema de contato ocorra mistura entre os materiais das componentes. Envoltórios comuns transbordam em ambos os lóbulos, e o material traportado que passa de L2 pode deixar o sistema, geralmente levando momentum angular. (Fonte da figura: Barblan et. al (1998)) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iv 12 2.4 A direita: Traço evolutivo de uma estrela de 1.3 M , calculado por Thomas em 1967. A esquerda: A evolução da estrutura interna de uma estrela de 1.3 M ( Figuras retiradas do livro Stellar Structure and Evolution Rudolf Kippenhahn & Alfred Weigert, 1994) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1 14 Representação das protuberâncias de maré em um sistema binário. A região escura representa a deformação devido a interação gravitacional entre as componentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2 16 Torques na componente primária do sistema binário. O circulo a esquerda é a componente primária do sistema binário e o ponto a direita representa a componente secundária (figura retirada do artigo tidal dissipation in binary system, Zahn em 2008). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.1 18 Diagrama H-R contendo todas as estrelas encontradas na literatura. Os circulos abertos representam as estrelas binárias que não foram consideradas nesse trabalho por estar na sequência principal, os círculos pretos representam estrelas estudadas e são consideradas evoluídas e os triângulos são estrelas que ainda não possuem todos os dados necessários para o estudo da evolução da ecentricidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2 Diagrama H-R contendo todas as estrelas estudadas neste trabalho com os erros da temperatura e da luminosidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.3 27 28 Evolução da profundidade do envoltório convectivo (em massa) representado em função do logaritmo temperatura efetiva. Os traços representam respectivamente as massas: 1.0 M (linha sólida), 1.2 M (pontos), 1.5 M (traço curto), 2.0 M (traço longo), 2.5 M (pontos - traço curto), 3.0 M (pontos - traço longo) e 4.0 M (traço curto - traço longo). Nesta figura os círculos abertos representam os valores da Mzc das componentes primárias das estrelas binárias. Os traçados foram calculados para [Fe/H] = 0. . . . . . 5.1 30 A excentricidade dos sistemas binários em função do logarítmo do período orbital para todos os sistemas binários descritos na tabela. Os pontos fechados representam as componentes primárias dos sistemas binários. Os valores são provenientes de diversos autores, como mostra a tabela A e B (encontradas no apêndice) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v 33 5.2 Figura da evolução teórica prevista da taxa de excentricidade versus a excentricidade obtida por métodos observacionais. Nessa figura o valor de f foi calculado com f = 1. Os pontos fechados representam as componentes primárias dos sistemas binários com componente evoluída. . . . . . . . . . . 5.3 35 Figura da evolução teórica prevista da taxa de excentricidade versus a excentricidade obtida por métodos observacionais. Para essa figura utiliza-se 2/3 α 4/3 os valores dos envoltórios convectivos em f 0 = MMenv . Os pontos 2 fechados representam as componentes primárias dos sistemas binários com componente evoluída. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.4 36 Figura de comparação entre o resultado teórico e observacional, normalizado. No eixo X é mostrada a referência da estrela na base apresentada nesse trabalho. Para todas as componentes primárias, com f = 1. . . . . . . 5.5 37 Figura de comparação entre o resultado teórico e observacional, normalizado. No eixo X é mostrada a referência da estrela na base apresentada nesse trabalho. Para essa figura utiliza-se os valores dos envoltórios con 2/3 M α 4/3 0 vectivos, com f = Menv . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 vi 38 SUMÁRIO 1 Introdução 1 2 Propriedades dos sistemas binários 4 2.1 Parâmetros orbitais dos sistemas binários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2.1.1 Semi-eixo maior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.1.2 A excentricidade orbital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.1.3 O período orbital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.1.4 O tempo de passagem pelo periastro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.1.5 Inclinação da órbita i . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.1.6 Velocidade de rotação projetada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.2 Leis de Kepler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.3 Parâmetros estelares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.3.1 Temperatura efetiva (Tef f ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.3.2 Luminosidade (L) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.3.3 Sistemas de magnitudes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.3.4 Tipo espectral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Classificação dos sistemas binários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.4 vii 2.5 3 4 5 6 2.4.1 Classificação por método de descobrimento . . . . . . . . . . . . . . 10 2.4.2 Classificação por estado físico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 2.4.3 Classificação do segundo estado evolutivo . . . . . . . . . . . . . . . 13 Envoltório convectivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Aspectos teóricos dos efeitos de maré 15 3.1 Teoria de Marés . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 3.2 Evolução da excentricidade orbital via forças de maré . . . . . . . . . . . . . 17 3.2.1 24 O Valor da integral I(t) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dados observacionais das estrelas binárias com componente evoluída 25 4.1 Os modelos evolutivos e estatus evolutivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 4.2 A profundidade do envoltório convectivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Resultados e discussões 31 5.1 Período e excentricidade nos sistemas binários . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 5.2 Evolução da excentricidade devido as forças de maré . . . . . . . . . . . . . 32 Perspectivas 40 A Tabela 42 B Constantes físicas e astronômicas 58 viii CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO "A mente crédula (...) experimenta um grande prazer em acreditar em coisas estranhas, e quanto mais estranhas forem, mais facilmente serão aceitas; mas nunca leva em consideração as coisas simples e plausíveis, pois todo mundo pode acreditar nelas." Samuel Butler, Characters(1667-9) Estrelas binárias são pares de estrelas unidas por uma força de atração gravitacional e em órbita em torno de um centro de massa comum às duas componentes. As observações astronômicas estimam que 60 - 70% das estrelas em nossa Galáxia fazem parte de sistemas binários ou múltiplos 1 . Além dessa grande frequência, as estrelas binárias fornecem parâmetros fundamentais, como a massa e raios das componentes, com maior precisão e guardam importantes características da sua formação. Portanto é importante determinar as propriedades desses sistemas e assim entender melhor um dos principais componentes de nossa Galáxia. Os primeiros pares de estrelas duplas já eram observadas há pelo menos 3 séculos. Por volta de 1775, William Herschel começou a catalogar estrelas duplas. Grande parte dos astrônomos desse período supunham que todas as estrelas possuíam o mesmo brilho 1 Um sistema múltiplo contém 3 ou mais estrelas ligadas por força gravitacional 1 Capítulo 1. Introdução 2 intrínseco e, portanto, pares com brilho bastante diferentes deveriam estar distantes. Em 1804, Herschel confirmou a teoria2 proposta por John Michell (1767), que muitas dessas estrelas possuíam vínculos físicos entre elas (órbitas elípticas como previstas pela gravitação de Newton), e para diferenciá-las das estrelas duplas as nomeou de estrelas binárias. O filho de Herschel continuou a catalogar as estrelas duplas e atualmente, devido ao trabalho de vários pesquisadores, o número atual de sistemas binários tem crescido ano após ano. No entanto, atualmente ainda existem poucas estrelas com seus elementos orbitais completamente determinados. As primeiras binárias astrométricas catalogadas foram Sirius e Procyon e o movimento senoidal delas foi traçado por Friedrich Wilhelm Bessel, por volta de 1844. A primeira binária espectroscópica catalogada foi a componente de maior brilho do sistema Mizar, em 1889 por Antonia C. Maury em Harvard. Ela reconheceu a linha de absorção Ca II K (cálcio ionizado), que se dividia em duas componentes, com separação variável. No mesmo ano, H.C. Vogel reportou mudanças periódicas no comprimento de onda do espectro da estrela Algol, mostrando ser um sistema binário espectroscópico de linha única. As bases físicas do estudo evolutivo estelar foram desenvolvidas inicialmente por Gamow (1939), quando foi descoberto que as gigantes vermelhas representam uma fase de evolução, em que o combustível para a fusão do hidrogênio se esgota no centro da estrela. Dessa forma a vida na sequência principal de uma estrela é proporcional à quantidade deste combustível (em massa) dividido pela respectiva taxa de consumo (luminosidade), levando a uma relação de tempo de vida na sequência principal de aproximadamente 1010 anos(M/M )−2,5 . Para os sistemas binários o estudo segue a mesma base desenvolvida para estrelas simples. Em 1953, Otto Struve identificou o paradoxo de Algol. Esse paradoxo consiste no fato de que um número considerável de sistemas binários, a maioria eclipsantes (ex.: Algol), é composto por uma estrela mais evoluída (uma gigante vermelha) que também é a estrela menos massiva. Gerard P. Kuiper, em 1941, sugeriu que poderia haver transferência de massa entre as componentes unidas (lóbulos de Roche) dos sistemas binários. Atualmente o estudo dos sistemas binários é composto por um grande número de complexos fenômenos astrofísicos. Um dos importantes aspectos da evolução dos sistemas binários é sua evolução dinâmica devido à força de maré. É esse fenômeno que atua sobre a estrela causando a 2 Essa teoria baseava-se em resultados estatísticos. Capítulo 1. Introdução 3 circularização da órbita e modificando os parâmetros do sistema. Nos dias atuais abordase o problema da interação entre as componentes, mais especificamente baseado na teoria de maré desenvolvida por Jahn Paul Zahn e colaboradores (1966, 1977, 1989 e 1992). A deformação de uma estrela binária deve-se à atração gravitacional de sua companheira que induz uma mudança de fase dos bojos de maré. A distribuição assimétrica da massa exerce um torque sobre a estrela, levando a uma troca de momentum angular entre a sua rotação e movimento orbital, como veremos nos capítulos seguintes. Sistemas binários espectroscópicos mostram uma transição crítica entre órbitas circulares e com períodos curtos e órbitas excêntricas com longo períodos. De maneira geal, o período orbital (Porb ) cresce com a idade nas estrelas da sequência principal. Essas observações são explicadas por interações dissipativas de maré. A teoria de marés em equilíbrio supõe equilíbrio hidrostático instantâneo e atribui a dissipação da energia aos movimentos convectivos turbulentos no interior da estrela (Zahn 1966, 1977). A teoria foi confirmada e calibrada por Verbunt & Phinney (1995) através do estudo comparativo com estrelas binárias contendo uma gigante vermelha. O período predito para a transição de estrelas binárias do tipo Solar com idades da ordem de 1010 anos é Pcirc = 2 dias (Goodman & Oh, 1997). Devido à grande influência do mecanismo de circularização pela força de maré, existe uma grande discrepância entre as observações e a teoria. O objetivo principal nesta dissertação é aplicar a teoria de Zahn para estrelas evoluídas com diferentes profundidades de envoltório convectivo. Para este objetivo foi construída uma base composta por 260 sistemas binários para os quais conhecemos os parâmetros orbitais do sistema (excentricidade e período orbital) e os parâmetros fundamentais evolutivos (massa das componentes, luminosidade, temperatura efetiva, idade e profundidade da zona convectiva). Aplica-se nesses sistemas a equação da evolução da excentricidade, sob a influência da força de maré, desenvolvida por Zahn (1977). Sob a luz de novos dados observacionais descritos na literatura nos últimos anos e novos modelos evolutivos calculados com o código evolucional TGEC (The Toulouse-Geneva Stellar Evolution Code) revisitamos o problema. Os resultados obtidos neste trabalho foram então confrontados com os obtidos por Verbunt e Phinney (1995). Esta análise está apresentada e discutida nos capítulos 4 e 5. CAPÍTULO 2 PROPRIEDADES DOS SISTEMAS BINÁRIOS "Astronomia incita a alma a olhar para as alturas e nos leva a partir deste mundo para o outro. " Platão Neste capítulo serão apresentados importantes parâmetros físicos para o estudo e especificação de um sistema binário. Primeiramente serão abordados os aspectos físicos relativos à órbita e em seguida discutidos os parâmetros relativos ao estado evolutivo das componentes do sistema binário. 2.1 Parâmetros orbitais dos sistemas binários Nos sistemas binários, as duas estrelas do sistema estão ligadas devido a ação de uma força gravitacional que varia na razão inversa do quadrado da distância entre as componentes, como descrito na Lei da gravitação universal. Cada estrela se move ao longo de uma elipse que tem o centro de massa (C.M.) do sistema em um dos focos. Para uma completa descrição do movimento orbital de um sistema binário são usados os seguintes parâmetros. 4 Capítulo 2. Propriedades dos sistemas binários 2.1.1 5 Semi-eixo maior O semi-eixo maior da órbita, a, determina o comprimento da órbita do sistema binário1 . Geometricamente, o semi-eixo maior de um sistema binário é: b1 + b2 + d2 + d1 = b1 + d1 + b2 + d2 = (a1 + a2 )2 = 2a. (2.1) onde a1 = b1 + d1 e a2 = b2 + d2 . Portanto a = a1 + a2 , onde a1 e a2 são os semi-eixos maiores da órbita relativa de uma estrela em relação a outra. Figura 2.1: Órbita individual de cada estrela de um sistema binário e a órbita relativa do sistema. O semi-eixo maior da órbita relativa de M1 em torno de M2 é a soma dos semieixos das órbitas de cada estrela em volta do centro de massa (C.M.). Os índices 1 e 2 referem-se às estrelas primária e secundária, respectivamente. 2.1.2 A excentricidade orbital A excentricidade, e, da órbita de um sistema binário é um valor compreendido entre 0 e 1, onde 0 representa uma órbita circular e tende a 1 quanto maior for a diferença entre o semi-eixo maior da elipse. Matematicamente a equação que define a excentricidade de uma elipse é: e2 = 1 − b2 a2 (2.2) Onde b é o semi-eixo menor da elipse. De uma forma geral podemos classificar a 1 Onde a órbita do sistema binário refere-se à órbita da estrela secundária relativa à estrela primária. Capítulo 2. Propriedades dos sistemas binários 6 forma da órbita, para sistemas fechados, da seguinte maneira: Tabela Seção cônica Excentricidade Seção Cônica e=0 órbita circular 0<e<1 órbita Elíptica e=1 órbita Parabólica Para órbitas abertas, no caso de órbitas de asteróides, temos e > 1 e a seção cônica será uma hiperbóla. Mas esse tipo de descrição não é aplicado para sistemas binários. 2.1.3 O período orbital O período orbital, Porb , é definido como tempo necessário para que as compo- nentes de um sistema binário percorram toda sua órbita. Esse tempo pode ser de algumas horas para alguns sistemas e até de alguns milhares de anos para outros. 2.1.4 O tempo de passagem pelo periastro Periastro é o ponto de maior aproximação entre as duas componentes do sistema binário. Para fins observacionais, o tempo de passagem pelo periastro (T ) é adotado como sendo o referencial de partida para a contagem do período orbital. 2.1.5 Inclinação da órbita i Representa a inclinação da órbita em relação ao plano da eclíptica (plano em que a componente primária gira em torno da componente secundária). Dependendo do ângulo, a estrela poderá apresentar movimento aparente progressivo (se 0◦ ≤ i ≤ 90◦ ) ou, movimento aparente retrógrado (se 90◦ < i ≤ 180◦ ). 2.1.6 Velocidade de rotação projetada A velocidade de rotação projetada de uma estrela é a velocidade medida na li- nha de visada do observador, medida em km s−1 . Observacionalmente pode ser dada Capítulo 2. Propriedades dos sistemas binários 7 como a medida do alargamento Doppler das linhas espectrais de uma estrela e nos dá sua velocidade de rotação a menos de um fator de projeção sini2 . Figura 2.2: Para uma normal n inclinada com relação ao plano orbital a um ângulo i em relação a linha de visão do observador, então a velocidade de rotação projetada é v sin i. Outra importante observável é a velocidade radial, que é medida espectroscopicamente devido ao deslocamento das linhas. A partir da velocidade radial, também podemos definir os parâmetros K1 e K2 (também medida em km s−1 ) que são as semi-amplitude da velocidade radial para as componentes primárias e secundária, repectivamente. 2.2 Leis de Kepler Com os parâmetros orbitais definidos, podemos descrever geometricamente as órbitas de um sistema binário a partir das três leis de Kepler. Entre 1609 e 1618, Johannes Kepler publicou suas Leis a partir de observações precisas da órbita de Marte, cuidadosamente feita por Tycho Brahe. Com base nisso descreveu o formato da órbita dos planetas em volta do Sol como uma elipse (primeira Lei), explicou como os planetas se movem em torno do Sol (segunda Lei) e obteve uma relação entre a extensão da órbita e seu período (terceira Lei). Historicamente, essas leis representam um importante avanço na Astronomia. Elas permitiram um cálculo muito mais preciso das posições nas tabelas astronômicas 2 A abreviação inglesa sin corresponde a função seno. Capítulo 2. Propriedades dos sistemas binários 8 e introduziram um conceito revolucionário: um fenômeno físico pode simplesmente ser descrito por equações matemáticas. Kepler usou suas leis para descrever órbitas de planetas em torno do Sol, mas essas leis são aplicáveis a qualquer sistema que gira em torno de um centro de massa comum. As leis podem ser descritas da seguinte forma: • Primeira lei (lei das órbitas): Todos os planetas se movem em órbitas elípticas tendo o sol em um dos focos. • Segunda lei (lei das áreas): Uma linha unindo qualquer planeta ao Sol varre áreas iguais em períodos de tempo iguais. • Terceira lei (lei dos períodos): O quadrado do período de qualquer planeta orbitando o Sol é proporcional ao cubo da distância média entre o planeta e o Sol. 2.3 Parâmetros estelares Trata-se aqui de diversos parâmetros que caracterizam fisicamente as estrelas per- tencentes aos sistemas binários. 2.3.1 Temperatura efetiva (Tef f ) A temperatura efetiva (medida na escala Kelvin) descreve a temperatura superfi- cial da estrela. Supondo que a estrela se comporta como um corpo negro, podemos usar a lei de Stefan-Boltzmann para encontrar a temperatura efetiva na superfície da estrela: 4 Tef f 1/4 I = σ (2.3) Onde I é a potência emitida por unidade de área e σ é a constante de StefanBoltzmann. Capítulo 2. Propriedades dos sistemas binários 2.3.2 9 Luminosidade (L) A luminosidade descreve a energia total irradiada pela superfície da estrela (em todas as direções e em todos os comprimentos de onda) por unidade de tempo (segundos), assumindo que a estrela é esférica e irradia como um corpo negro. Logo, a luminosidade é definida pela relação: 4 L = 4πR2 σTef f (2.4) Onde R é raio da estrela medido em unidade de raios solares R . 2.3.3 Sistemas de magnitudes O sistema mais usado é o sistema UBV, desenvolvido por Harold Lester Johnson e William Wilson Morgan em 1951, que define magnitude aparente em três bandas espectrais: U de ultravioleta, B de blue (azul), e V de visual (amarelo). Essas magnitudes têm seus comprimentos de onda efetivos em 3600 Å, 4200 Å e 5500 Å. A magnitude aparente de uma estrela mede seu brilho aparente, que depende da distância. Para comparar os brilhos intrínsecos de duas estrelas, usa-se uma medida de brilho que independe da distância. Para isso, é definida a magnitude absoluta (M) como a magnitude teórica que a estrela teria se estivesse a 10 parsecs de um observador na Terra. É descrita pela seguinte relação: MV = V − 5logD(pc) + 5 + Av. (2.5) MB = B − 5logD(pc) + 5 + Av. (2.6) Onde D é a distância do observador até a estrela em parsecs e Av representa a absorção interestelar. Para sistemas próximos, Av = 0. Capítulo 2. Propriedades dos sistemas binários 2.3.4 10 Tipo espectral A classificação espectral é feita de acordo com as linhas presentes no espectro da estrela. Essas linhas correspondem às linhas de absorção dos átomos no interior da estrela. Historicamente a sequência de classificação é definida como: O, B, A, F, G, K e M. De uma forma geral, pode-se dizer que: • Estrela de tipo O: São estrelas que possuem linhas de hidrogênio fracas. São estrelas com azul mais intenso; • Estrela de tipo B: Possuem linhas intensas de hidrogênio, mas apresentam também linhas de absorção do hélio; • Estrela de tipo A: Possuem as linhas mais intensas do hidrogênio e não apresentam linhas do hélio; • Estrela de tipo F: As linhas de elementos mais pesados que o hélio tornam-se intensas; • Estrela de tipo G: As linhas de metais e as linhas de hidrogênio possuem a mesma intensidade; • Estrela de tipo K: As linhas principais presentes no espectro são de elementos neutros; • Estrela de tipo M: As linhas de moléculas aparecem no espectro. 2.4 Classificação dos sistemas binários Atualmente os sistemas binários são classificados devido: (a) como eles são des- cobertos e estudados; (b) ao seu estado físico atual; (c) e ao seu estado evolutivo. Em seguida será feito um resumo sobre cada um dos classificadores. 2.4.1 Classificação por método de descobrimento • Pares com movimento próprio comum: Onde duas estrelas são observadas próximas e movem-se juntas no céu, mas o período orbital é muito longo para ser calculado. Capítulo 2. Propriedades dos sistemas binários 11 • Sistemas binários visuais: São sistemas que estão suficientemente separados para serem resolvidos por telescópios. Normalmente os períodos são longos (20 a 700 anos). • Sistemas binários astrométricos: São sistemas onde as componentes estão bastante próximas, mostrando apenas uma imagem que muda de orientação com o período orbital ou move-se periodicamente no céu. • Sistema binário eclipsante: Uma estrela do sistema, periodicamente, passa em frente a sua companheira eclipsando-a parcialmente ou completamente. Então, variando, temporariamente, a luminosidade recebida em nosso referencial. • Sistemas binários de espectro: São sistemas onde o espectro de uma única imagem mostra duas linhas com duas estrelas de diferentes tipos espectrais. Não há deslocamento Doppler observado no espectro. • Sistemas binários espectroscópicos: São sistemas descobertos por efeito Doppler (variação das linhas espectrais) de uma ou das duas componentes do sistema. O efeito Doppler observado é produto de uma combinação da velocidade radial do centro de massa do sistema binário e da variação resultante do movimento orbital de cada componente em torno do centro de massa. Esse movimento é tal que quando uma das estrelas se afasta de nós, apresenta-se um desvio positivo no comprimento de onda das linhas do espectro. E quando a outra componente se aproxima, apresenta um desvio negativo no comprimento de onda das suas linhas espectrais. Os sistemas binários espectroscópicos podem ser subdivididos em: sistema binário espectroscópico de linha única (SB1) onde apenas uma das linhas do espectro do sistema é vista. Sistema binário espectroscópico de linha dupla (SB2), onde as duas linhas são distinguíveis. Existem também os Sistema binário espectroscópico de linha tripla (SB3) com três linhas observadas. É importante mencionar que a determinação de sistemas binários espectroscópicos deve-se aos avanços da astronomia espectroscópica, para medidas confiáveis da velocidade radial das estrelas. 2.4.2 Classificação por estado físico Sistemas binários também são classificados em termos da massas das compo- nentes e estado evolutivo das duas componentes do sistema e a extensão que elas preenchem os lóbulos de Roche (ver figura 2.3). Capítulo 2. Propriedades dos sistemas binários 12 O limite de Roche é definido como sendo a região do espaço ao redor de uma estrela, pertencente a um sistema binário, na qual o material orbital está gravitacionalmente vinculado a essa estrela. Figura 2.3: A geometria de Roche, mostrando as superfícies equipotenciais em um sistema binário. Quando nenhuma das componentes, M2 ou M1 , preenche o interior do contorno mostrado (Lóbulo de Roche), o sistema não está trocando massa. Quando uma das componentes evoluiu e expandiu o suficiente para preencher seu Lóbulo de Roche, o material flui através L1 (o primeiro ponto de Lagrange) para a outra estrela. Quando ambos os lóbulos são preenchidos, é provável que no sistema de contato ocorra mistura entre os materiais das componentes. Envoltórios comuns transbordam em ambos os lóbulos, e o material traportado que passa de L2 pode deixar o sistema, geralmente levando momentum angular. (Fonte da figura: Barblan et. al (1998)) • Sistemas separados3 : Nenhum dos sistemas preenche o limite de Roche. • Sistema Semi-separado4 : Onde um dos limites é preenchido. • Binárias de contato5 : As duas componentes preenchem seus limites de Roche. 3 Do inglês: Detached systems Do inglês: Semi-detached 5 Do inglês: Contact binaries 4 Capítulo 2. Propriedades dos sistemas binários 2.4.3 13 Classificação do segundo estado evolutivo Atribuir ao sistemas binários o seu lugar em um cenário evolutivo é o mais in- certo dos métodos, mas também é aquele que oferece uma compreensão mais física. Essas classes são nomeadas por um protótipo (por exemplo: estrelas Beta Lyrae, variáveis Algol e as estrelas V 471 Tauri). Muitas vezes, o protótipo não é muito típico de sua classe. Existem pelo menos 50 classes nominadas na literatura, muitas reconhecidas apenas por especialistas. 2.5 Envoltório convectivo Segundo a teoria de evolução estelar, após a exaustão do hidrogênio no centro da estrela, acontece a queima do hélio no núcleo, a estrela deixa assim a sequência principal. Para uma estrela com massa da ordem de 1M há o desenvolvimento da zona convectiva externa após 7,0 x 109 anos. Nesta fase a estrutura da estrela passa de menos de 1% convectiva para uma estrela de aproximadamente 80% convectiva. Dependendo da camada da estrela, a energia pode ser transportada por convecção ou radiação. Nas camadas internas, a energia gerada no interior da estrela é transportada por radiação. Nas camadas mais externas, ocorre a convecção, onde o plasma mais quente é transportado para superfície e o plasma mais frio desce até o fundo da região convectiva. Na figura 2.4 é mostrada a evolução de uma estrela de 1,3 M , na esquerda é representado o traçado evolutivo calculado por Thomas em 1967. No eixo horizontal temos o logarítmo da temperatura e no eixo vertical o logarítmo da luminosidada. Nesse traçado são indicados momentos evolutivos dessa estrela, onde: A ao C, a estrela segue o ramo da sequência principal; C a D, o ramo das subgigantes; D onde a estrela entra no ramo das gigantes vermelhas. Ainda na figura 2.4, a direita é mostrada a representação da evolução da região interna da estrela de 1,3 M . Onde o eixo horizontal mostra o tempo de vida da estrela (em giga anos) e eixo vertical a profundidade (em massa) da estrela. Nota-se que no início da vida da estrela ela é praticamente radiativa (representada pela região tracejada), nesse momento a estrela está queimando o hidrogênio do núcleo. Quando a estrela atinge o tempo de vida necessário e entra no ramo das gigantes vermelhas temos um aprofundamento da região convectiva (representada pelas ” nuvens” Capítulo 2. Propriedades dos sistemas binários 14 na figura). Portanto, é observado que para estrelas ditas evoluídas temos uma efetiva zona (ou camada) convectiva superficial. Muitos fenômenos estão relacionados com as envolvidos nas camadas convectivas. Será tratada neste trabalho a influência da evolução da convecção superfical sobre o efeito de maré do ponto de vista evolutivo. Figura 2.4: A direita: Traço evolutivo de uma estrela de 1.3 M , calculado por Thomas em 1967. A esquerda: A evolução da estrutura interna de uma estrela de 1.3 M ( Figuras retiradas do livro Stellar Structure and Evolution Rudolf Kippenhahn & Alfred Weigert, 1994) CAPÍTULO 3 ASPECTOS TEÓRICOS DOS EFEITOS DE MARÉ "O estudo das estrelas binárias é a estrada real para nossa compreensão da evolução estelar. " Henry Norris Russel Devido a interação gravitacional1 entre as componentes do sistema binário há o surgimento de protuberâncias na direção da linha que une os seus centros de massa, que são denominadas protuberâncias de maré 2 . Essa interação que produz as protuberâncias nas componentes é chamada de efeito de maré3 , essas protuberâncias são mostradas na figura 3.1. Com o surgimento das protuberâncias de maré, outro fenômeno atua em cada estrela: o torque de maré. Originalmente discutido por Darwin (1879) 4 , este fenômeno modifica o momentum angular das componentes do sistema binário quando a rotação não está sincronizada com o movimento orbital do sistema binário, levando a um estado de sincronização, ou seja, o período orbital é igual ao período rotacional. 1 Citando a lei da gravitação universal: Os corpos se atraem na razão direta de suas massas e na razão inversa do quadrado da distância entre elas. 2 Do inglês: tidal bulges. Do inglês: Tidal effect 4 No contexto do estudo do sistema planeta-satélite 3 15 Capítulo 3. Aspectos teóricos dos efeitos de maré 16 Figura 3.1: Representação das protuberâncias de maré em um sistema binário. A região escura representa a deformação devido a interação gravitacional entre as componentes. Outro fator resultante da interação de maré é a redução da excentricidade da órbita da estrela (ou circularização), pois devido à falta de simetria da órbita(e 6= 0) há variações de energia cinética no movimento orbital das componentes, levando o sistema a estabilizar-se quando a energia cinética for mínima, ou seja, tornando a órbita da estrela circular (excentricidade igual a 0). Para a análise teórica dos efeitos descritos, deve-se levar em conta a distribuição de massa, a excentricidade, período orbital do sistema binário, além do raio da componente primária. Neste capítulo, será estudada a circularização5 por efeito de maré, com base na teoria da circularização desenvolvida por Zahn (1966, 1977, 1989). Testaremos esta teoria para as componentes primárias dos sistemas binários totalmente convectivos (modelização) e para o sistema cujas componentes dos sistemas possuam diferentes envoltórios convectivos. 3.1 Teoria de Marés Como já foi discutido, devido à atração gravitacional entre as componentes do sistema binário, há o surgimento de marés nas superfícies das estrelas. A teoria distingue dois tipos de marés: Marés de equilíbrio, que consistem em uma fricção turbulenta, ou seja, a interação entre o movimento convectivo e o fluxo da maré (Zahn, 1966); e Marés dinâmicas, que consistem em um amortecimento radiativo no envoltório radiativo da estrela (Zahn, 1977). 5 Do inglês: Tidal Circularization Capítulo 3. Aspectos teóricos dos efeitos de maré 17 Em estrelas que possuem uma região convectiva externa, o mecanismo de fricção turbulenta atua com mais intensidade (Zahn, 1989). Essa teoria é confirmada por observações que mostram que a maioria dos sistemas binários próximos, com órbita circular, possui uma componente com envoltório convectivo (Zahn, 1966). No modelo de Zahn (1966), cada componente possui marés que induzem um atraso de fase do campo externo da força. Isso ocorre por efeito da viscosidade turbulenta no envoltório convectivo. Assim, esse desalinhamento dos bojos de maré em relação à linha que une os dois centros de massa irá introduzir um torque resultante entre as componentes. Isso fará com que este torque favoreça uma mudança no momentum angular das componentes individuais, cujos efeitos serão refletidos em uma variação dos elementos orbitais do sistema binário. Uma importante consideração na teoria de marés é a descrição da distribuição das camadas internas de uma estrela. Esta consideração separa o estudo em dois modelos: os modelos para estrelas do tipo tardio6 (com tipos espectrais F, G, K e M), as quais são constituídas basicamente de um centro radiativo e um envoltório convectivo, e os modelos para estrelas do tipo precoce7 (com tipos espectrais O, B e A), constituídas de um centro convectivo e um envoltório radiativo. 3.2 Evolução da excentricidade orbital via forças de maré Considerando um sistema binário com órbita quase circular com semi-eixo maior a, período Porb e excentricidade e. As forças de maré na estrela primária com massa M1 e raio R1 causadas pela estrela secundária de massa M2 , podem ser decompostas em marés estáticas e marés variáveis. Segundo Phinney (1992), a maré estática distorce o equipotencial da superfície em uma altura aproximada de (M2 /M1 )(R14 /a3 ), mas como ela é estática não há deslocamento ou dissipação na estrela primária. Na figura 3.2, é mostrada a representação das forças que atuam sobre os bojos formados na componente primária do sistema binário. Onde M representa a componente 6 7 Do inglês: Late-type Do inglês: Early-type Capítulo 3. Aspectos teóricos dos efeitos de maré 18 Figura 3.2: Torques na componente primária do sistema binário. O circulo a esquerda é a componente primária do sistema binário e o ponto a direita representa a componente secundária (figura retirada do artigo tidal dissipation in binary system, Zahn em 2008). primária e m a componente secundária, f1 e f2 as forças aplicadas sobre os bojos, α a variação do ângulo da linha que une as duas componentes, Ω o movimento de rotação da estrela primária e ω o movimento orbital do sistema. Como as forças aplicadas sobre as protuberâncias são diferentes o movimento de rotação Ω tente a sincronizar com o orbital ω. A maré variável é mais facilmente visualizada do ponto de vista de um observador que está na superfície da componente primária do sistema. No curso da órbita, o observador verá a componente secundária variar a uma distância de aproximadamente ±ae. Mas como descrito pela segunda lei de Kepler, a velocidade orbital angular varia com o inverso quadrado da distância a estrela secundária, enquanto a companheira rotaciona a uma velocidade constante de 2π/Porb . Assim a estrela secundária oscilará para frente e para trás por um angulo de ≈ e medido em referência do céu observado. Portanto, as marés variáveis proporcionam deslocamentos horizontais e verticais na amplitude ξ de: ξ ≈ M1 M2 r4 a3 e, (3.1) Com R1 sendo o raio da componente primária, R2 o raio da componente secundária, r a distância entre os centros das componentes do sistema binário e a o semi-eixo Capítulo 3. Aspectos teóricos dos efeitos de maré 19 maior. ξ varia com a frequência orbital Ωb = 2π/Porb , portanto, a superfície da estrela primária deve se mover a uma velocidade u ≈ Ωb ξ, e possuir um gradiente de velocidade: ∇u ≈ Ωb ξ/r. (3.2) Pode-se assumir inicialmente que há uma viscocidade superficial ν diferente de zero apenas na superfície da estrela de espessura H e densidade ρ, distância r entre as componentes. Então a taxa de dissipação viscosa de energia no movimento orientado pela variação da maré é dada pela seguinte equação: Ėdiss ≈ 4πr2 Hρν|∇u|2 . (3.3) Se a estrela primária for convectiva na superfície, a viscosidade mais importante será a viscosidade superficial, que é: ν = νsuper ≈ HvH , (3.4) onde vH é a velocidade do movimento do envoltório convectivo. Substituindo a equação do gradiente da velocidade (3.2) na equação (3.3), tem-se: Ėdiss ≈ 4πr2 HρνΩ2b ξ2 . r2 (3.5) Usando a equação para viscosidade superficial (3.4): Ėdiss ≈ 4πH 2 ρvH Ω2b ξ 2 . (3.6) E finalmente usando a variação da amplitude das marés (3.1), na equação (3.6) encontra-se: Ėdiss ≈ 4πρvH H 2 Ω2b M1 M2 2 r8 a6 e2 . (3.7) Isso ocorre devido a energia orbital. Esta é a diferença da energia total entre um sistema de órbitas excêntricas e um sistema de órbita circular com o mesmo momentum Capítulo 3. Aspectos teóricos dos efeitos de maré 20 angular (conservado durante a evolução da estrela): Ee = 1 e2 GM2 M1 . 2 a (3.8) Pode-se relacionar a frequência orbital com as massas das componentes dos sistemas binário e substituir na equação (3.7). Usando a relação do centro de massa: M1 d1 = M2 d2 , (3.9) onde M1 e M2 são, respectivamente, as massas das componentes primárias e secundárias e d1 e d2 são as distâncias das componentes do sistemas binários até o centro de gravidade. Em um sistema binário, deve haver equilíbrio entre as forças gravitacional e centrífuga para que exista uma órbita estável. Portanto: GM1 M2 = M1 d1 Ω21 = M2 Ω22 d2 , 2 (d1 + d2 ) (3.10) onde G é a constante gravitacional e Ω1 e Ω2 são as velocidades angulares das componentes primária e secundária, respectivamente. Para que as duas estrelas permaneçam em fase, ou seja, se mantenham em velocidade constante ao centro de gravidade, devemos ter Ω1 = Ω2 = Ωb e para que (3.10) também seja válida, devemos ter as condições mostradas em (3.9), que são as duas estrelas orbitando em torno do centro de massa do sistema. Usando Ω1 = Ω2 = Ωb : GM1 M2 = M1 d1 Ω2b . (d1 + d2 )2 (3.11) GM1 M2 1 . (d1 + d2 )2 M1 d1 (3.12) (M2 d2 ) . d1 (3.13) Explicitando Ωb Ω2b = A relação (3.9) fornece: M1 = Capítulo 3. Aspectos teóricos dos efeitos de maré 21 Somando M2 nos dois lados da igualdade: M1 + M2 = M2 d2 +1 d1 M2 = d1 d2 + d1 1 (3.14) . Que é igual a: M2 M1 + M2 = . d1 d1 + d2 (3.15) Usando a equação (3.15) na equação (3.12): Ω2 = G(M1 + M2 ) . (d1 + d2 )3 (3.16) Com a relação geométrica entre os semi-eixos maiores e a distância de cada componente até o centro de massa do sistema e substituindo na equação anterior, têm-se: (3.17) d1 + d2 = a. E substituindo na equação (3.16): Ω2 = G(M1 + M2 ) . (a)3 (3.18) Finalmente a taxa de dissipação da energia: Ėdiss ≈ 4πρvH H 2 G(M1 + M2 ) (a)3 M1 M2 2 r8 a6 e2 . (3.19) Fazendo dEe /dt = −Ėdiss e usando (3.8): dEe 1 GM2 M1 de GM2 M1 de = 2e = e . dt 2 a dt a dt (3.20) Calculando a igualdade mostrada anteriormente dEe /dt = −Ėdiss , obtemos a taxa de dissipação de energia negativa na equação: GM2 M1 de G(M1 + M2 ) e = −4πρvH H 2 a dt (a)3 M1 M2 2 r8 a6 e2 . (3.21) Capítulo 3. Aspectos teóricos dos efeitos de maré 22 Cancelando os termos que aparecem nos dois lados da igualdade e explicitanto a excentricidade: (M1 + M2 ) 1 de − = 4πρvH H 2 e dt M1 M2 M1 M2 2 r8 a8 . (3.22) Na camada convectiva de uma estrela de luminosidade L, o fluxo F = L/(4πr2 ) é 3 transportado por convecção, F ≈ ρvH . Portanto a frequência da turbulência8 1/τf turb é: 1 τf turb vH ≈ ≈ H L 4πr2 ρH 3 1/3 (3.23) . Substituindo a equação anterior na equação (3.22), encontra-se que o tempo de circularização é dado por: 1 1 de =− = τc e dt L 4πr4 ρH 1/3 4πρH 3 M1 + M2 M1 M2 M2 M1 2 r 8 . a (3.24) A massa da camada viscosa é dada por Mcv = 4πρr2 H e pode ser substituindo em (3.24), Phinney (1992) usa a equação anterior e calcula o tempo de circularização para componente primária. Para uma gigante vermelha, Phinney descreve a seguinte equação para a escala de tempo τc na qual a circularização deve ocorrer: 1 dlne ≡ τ dt = f L 1/3 Menv R12 Menv M2 M1 + M2 M1 M1 M1 (3.25) 8 R . a (3.26) Onde M1 , L e R1 representam, respectivamente, a massa, a luminosidade e o raio da estrela com maré dissipativa (geralmente a maior gigante ou subgigante). Menv é a massa do envoltório convectivo, M2 é a massa da estrela companheira, e a é o semi-eixo maior da órbita da binária. f é um número adimensional dependente de características da viscosidade e convecção da estrela. Na seção 5.2 será discutido o valor de f . No artigo de Verbunt e Phinney (1995), a equação para a escala de tempo na qual a circularização ocorre é reescrita como: 8 Do inglês: eddy turnover frequency Capítulo 3. Aspectos teóricos dos efeitos de maré dlne 1 ≡ ≈ −1, 7f τc dt Tef f 4500K 4/3 Menv M 23 2/3 M M2 M1 + M2 M1 M1 M1 8 R anos−1 .(3.27) a Para encontrar a variação total da excentricade deve-se resolver a equação integral (3.26) para o tempo de vida t da estrela: Z ∆lne = 0 t dt0 . τc (t0 ) (3.28) Ao aplicar essas equações em sistemas binários é necessário especificar o sistema estudado. Neste trabalho serão tratados sistemas semi-separados e sistemas separados. Para estudar o efeito da circularização em sistemas binários separados, foi reagrupada a equação (3.27) e (3.28) em partes que são independentes das órbitas e partes onde há influência da força de maré. Z t I(t) ≡ 0 Tef f (t0 ) 4500k 4/3 Menv (t0 ) M 2/3 R(t0 ) R 8 dt0 . (3.29) Conforme a evolução da estrela. Resolvendo a integral da equação (3.27) e fazendo q ∝ M2 /M1 e aplicando a terceira lei de Kepler para relacionar o semi-eixo maior a ao período orbital Porb , é encontrada: −5 ∆ln(e) = −1, 7 × 10 f M1 M −11/3 q(1 + q)−5/3 I(t) (Porb )−16/3 (3.30) Capítulo 3. Aspectos teóricos dos efeitos de maré 3.2.1 24 O Valor da integral I(t) A integral I(t) é definida pela equação (3.29). Observa-se que o valor dela au- menta com a evolução da estrela, portanto, seu valor pode ser integrado ao longo de traçados evolutivos de estrelas. Segundo Verbunt (1995), o tratamento analítico é uma boa aproximação para I(t) por duas razões: é possível fazer boas estimativas com maior velocidade e os traçados evolutivos são normalmente compostos por poucos pontos, impossibilitando assim uma integração numérica direta e algumas vezes os autores não publicam a massa do núcleo ou pontos finais. Usando a relação L/L = (Mc /0.16M )7.3 , e a equação: L 4πR2 σT 4 R = = ≈ 2 4 L 4πR σT R T T 2 s L L (3.31) encontramos R/R = (Mc /0.16M )4.7 . Com dt = 0.007c2 dMc /L e resolvendo a integral, têm-se: 8 I = 7, 6 × 10 R R 6,51 anos (3.32) CAPÍTULO 4 DADOS OBSERVACIONAIS DAS ESTRELAS BINÁRIAS COM COMPONENTE EVOLUÍDA "Todo grande progresso da ciência resultou de uma nova audácia da imaginação.". John Dewey Com o objetivo de confrontar os resultados do modelo proposto por Zahn (1966) é apresentado neste trabalho uma base de dados composta por 260 sistemas binários com parâmetros orbitais e estruturais determinados. As estrelas selecionadas possuem tipo espectrais de F até K (componente primária). Neste capítulo serão apresentados os modelos evolutivos utilizados no presente trabalho e as principais características evolutivas e estruturais das estrelas que compõem a base estudada. 4.1 Os modelos evolutivos e estatus evolutivo Neste trabalho foram utilizados dois conjuntos de modelos evolutivos para o es- tudo dos sistemas binários. Para o diagrama H-R, foram utilizados os traçados de Claret (2004), onde o modelo estelar é calculado para a metalicidade Solar (Z = 0, 02 e X = 0, 70). As massas estelares calculadas no modelo estão entre 0.8 M e 125 M . Os modelos foram 25 Capítulo 4. Dados observacionais das estrelas binárias com componente evoluída 26 calculados desde a pré-sequência principal (PMS) até a exaustão de carbono no núcleo, para as estrelas mais massivas. As temperaturas dos modelos mais massivos foram corrigidas para ventos estelares, enquanto os modelos de menor temperatura efetiva são calculados usando o tratamento das equações de estado (CEFF1 ). Esse modelo fornece informações necessárias para o estudo da evolução de marés para sistemas binários, pois como já foi descrito, a escala de tempo necessária a sincronização e circularização para estrelas depende não somente da massa, raio e temperatura das componentes como também da profundidade do envoltório convectivo. Uma vez que os modelos de Claret não fornecem a massa do envoltório convectivo, foram utilizados os modelos de do Nascimento et al. (2000), calculados a partir do código evolutivo TGEC. Esse modelo fornece uma descrição dos envoltórios convectivos, em função da massa da estrela para massas entre 1.0 M e 4.0 M . O método utilizado para encontrar a massa do envoltório convectivo das componentes primárias do sistema binário será descrito detalhadamente ao longo seção 4.2. A temperatura efetiva de uma estrela e sua luminosidade possuem uma relação, e essa relação é comumente ilustrada em um diagrama bidimensional chamado diagrama Hertzsprung-Russel (ou diagrama H-R), onde o eixo vertical representa a luminosidade e o eixo horizontal sua temperatura efetiva (normalmente a temperatura é mostrada em escala logarítmica); por razões históricas a temperatura decresce para direita. Através dos traços evolutivos é possível estudar o estado evolutivo da componente primária (geralmente a mais brilhante) do sistema binário e também é possível obter os valores teóricos das massas da componente primária. O diagrama H-R com vários sistemas binários encontrados na literatura está representado na figura 4.1. Nessa figura estão representados o modelos para: 0.8 M , 1.0 M , 1.49 M , 2.0 M , 2.51 M , 3.98 M , 5.01 M e 6.31 M . Os modelos aqui apresentados foram calculados por Claret (2004). Na figura 4.2 são apresentadas as 260 componentes primárias selecionadas para este trabalho. 1 Em 1973 Eggleton, Faulkner e Flannery definiram a equação de estado EFF, que envolve descrições químicas para o interior das estrelas. Ela descreve a mistura para gases ideais (incluindo elétrons parcialmente degenerados), e determina a equilíbrio de ionização pela equação de Saha (1920) com funções partição. Na equação de Saha, foi adicionado um termo que representa a pressão Coulomb de ionização, essa melhora no modelo é chamada de CEFF. Capítulo 4. Dados observacionais das estrelas binárias com componente evoluída 27 Figura 4.1: Diagrama H-R contendo todas as estrelas encontradas na literatura. Os circulos abertos representam as estrelas binárias que não foram consideradas nesse trabalho por estar na sequência principal, os círculos pretos representam estrelas estudadas e são consideradas evoluídas e os triângulos são estrelas que ainda não possuem todos os dados necessários para o estudo da evolução da ecentricidade. 4.2 A profundidade do envoltório convectivo Para a determinação da profundidade do envoltório convectivo em função da temperatura efetiva (Tef f ) da componente primária e sua massa (M1 ) utiliza-se uma interpolação da massa e temperatura efetiva da estrela primária no diagrama da profundidade Capítulo 4. Dados observacionais das estrelas binárias com componente evoluída 28 Figura 4.2: Diagrama H-R contendo todas as estrelas estudadas neste trabalho com os erros da temperatura e da luminosidade. do envoltório convectivo em função do logaritmo da temperatura efetiva, com base nos traçados evolutivos calculados por do Nascimento et al. (2000). Os valores resultantes estão expostos na tabela B no apêndice deste trabalho. O diagrama obtido com o resultado para todas as componentes primárias, e suas respectivas massas dos envoltórios convectivos (Mzc) é mostrado na figura 4.3. Observando a figura 4.3, pode-se sublinhar que a Mzc para a base de estrelas Capítulo 4. Dados observacionais das estrelas binárias com componente evoluída 29 binárias com componente evoluída está distribuída entre valores de Mzc de aproximadamente 0.1 (1% convectiva) até valores de Mzc de aproximadamente 0.85 (85% convectiva). Tais valores representam uma larga diferença estrutural, reflexo da evolução ao longo do ramo das gigantes vermelhas (RGB2 ). 2 Do inglês: Red Giant branch Capítulo 4. Dados observacionais das estrelas binárias com componente evoluída 30 Figura 4.3: Evolução da profundidade do envoltório convectivo (em massa) representado em função do logaritmo temperatura efetiva. Os traços representam respectivamente as massas: 1.0 M (linha sólida), 1.2 M (pontos), 1.5 M (traço curto), 2.0 M (traço longo), 2.5 M (pontos - traço curto), 3.0 M (pontos - traço longo) e 4.0 M (traço curto - traço longo). Nesta figura os círculos abertos representam os valores da Mzc das componentes primárias das estrelas binárias. Os traçados foram calculados para [Fe/H] = 0. CAPÍTULO 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES "É mais frequente que a confiança seja gerada pela ignorância do que pelo conhecimento: são os que conhecem pouco, e não os que conhecem muito, os que afirmam tão positivamente que este ou aquele problema nunca será solucionado pela ciência. " Charles Darwin, introdução, The descent of man (1871) No presente capítulo, serão apresentados os resultados da análise do comportamento da excentricidade em função do período orbital e comparado com os valores obtidos quando utilizamos o formalismo proposto por Zahn (1966, 1977, 1989) e Verbunt & Phinney (1995). 5.1 Período e excentricidade nos sistemas binários Uma evidência para o processo a longo prazo da circularização pode ser obtida através de uma comparação sistemática entre os valores da excentricidade do sistema binário em função de seu período orbital. Uma importante série de trabalhos descreveu os 31 Capítulo 5. Resultados e discussões 32 aspectos gerais (tratamento estatístico) bem como os aspectos relacionados com questões dinâmicas. Entre outros, é importante citar Alexander (1973), Wilson e Stother (1975), Alladin e Parthasarathy (1978), tais trabalhos relacionados com questões dinâmicas. Para relacionar os valores das excentricidades dos sistemas binários com seus períodos orbitais, foi utilizado 260 sistemas binários (listados na base encontrada no apendice A). Essa amostra possui sistemas binários que vão desde o tipo espectral F até K, e 5 sistemas binários de diferentes tipos espectrais. A amostra estudada foi observada por diferentes configurações instrumentais. O objetivo neste trabalho foi de compor a base mais larga possível e depois restringir ao tipo espectral e classe de luminosidade interessada. Deve-se ressaltar que o estudo abordado nesse trabalho é importante, pois com uma amostra completa é possível comparar importantes características de diferentes sistemas binários e diferentes escalas de tempo. A figura 5.1 mostra a excentricidade dos sistemas binários em função do logarítmo do período orbital. O comportamento encontrado nessa figura é discutido por diversos autores, entre outro podemos citar Mermilliod & Mayor (1992) e Duquennoy et al. (1992). Basicamente é mostrado que a partir de um dado período orbital (aproximadamente um período de 10 dias) as órbitas dos sistemas binários são essencialmente circulares, ou seja, apresentam e ≤ 0, 2. Para um período orbital longo (Porb ≥ 1000 dias), não existem órbitas circulares. Na próxima seção serão discutidos os possíveis fatores evolutivos que podem causar uma diminuição da excentricidade. 5.2 Evolução da excentricidade devido as forças de maré Com o intuito de confrontar os resultados previstos com a teoria de Zahn e o comportamento observacional apresentado na figura 5.1, à luz da metodologia desenvolvida no artigo de Verbunt e Phinney (1995) foram novamente calculadas neste trabalho as equações fundamentais do efeito de maré. Foi utilizada a equação encontrada no capítulo 3, que é obtida a partir das equações de Zahn: −5 ∆ln(e) = −1, 7 × 10 f M1 M −11/3 M1 M2 R R 6,51 8 ×7, 6 × 10 M1 1+ M2 −5/3 (Porb )−16/3 (5.1) Capítulo 5. Resultados e discussões 33 Figura 5.1: A excentricidade dos sistemas binários em função do logarítmo do período orbital para todos os sistemas binários descritos na tabela. Os pontos fechados representam as componentes primárias dos sistemas binários. Os valores são provenientes de diversos autores, como mostra a tabela A e B (encontradas no apêndice) Os parâmetros estruturais e orbitais utilizados na equação acima foram definidos nos capítulos anteriores. A partir dessa equação foi determinado o valor da evolução da excentricidade dos sistemas binários sobre o tempo de vida da estrela. Os resultados são mostrados nas figuras 5.2 e 5.3. Na equação (5.1) é observado um importante parâmetro físico que influencia os Capítulo 5. Resultados e discussões 34 modelos utilizados para descrever a evolução das componentes dos sistemas binários: o parâmetro f . Esse parâmetro descreve a física da convecção e possui um valor adimensional. Fisicamente o valor de f depende da descrição física dos processos convectivos e viscosos. Zahn (1977) e Verbunt e Phinney (1995) utilizam f = 1 (estrela completamente convectiva) para a situação em que o tempo de circularização (τc ) for menor que o período orbital (Porb ). No tratamento clássico, Zahn (2008) define f como: f = M1 Menv 2/3 α 4/3 . 2 (5.2) Verbunt (1995) estabelece para a equação (3.18) que a Menv ≈ M1 e usa f = 1, 01 (α/2)4/3 onde α é o parâmetro de mistura 1 . Esse é um parâmetro livre e usado para calibrar os raios de estrelas evoluídas. Suas características dependem, fundamentalmente, da massa da estrela e algumas outras propriedades. Por ser um parâmetro livre, o α depende do modelo e vários autores usam diferentes valores. Zahn (1989) usa α = 2, 0 e f = 1, ou seja, Zahn fixa a estrela como sendo totalmente convectiva durante todo o ramo das gigantes vermelha (RGB), tal simplificação não é totalmente verdadeira. Neste trabalho utiliza-se o código TGEC e o valor de f foi calculado para cada estrela em função de seu estado evolutivo. Assim, foram calculadas as massas dos envoltórios convectivos das componentes primárias dos sistemas binários e aplicadas na equação (5.2). Portanto para cada componente primária é encontrado o valor de f individualmente. Na figura 5.2 é mostrado o resultado da evolução da excentricidade para f = 1 (caso padrão) e na figura 5.3 apresentamos o resultado da evolução da excentricidade em função do tempo, levando-se em consideração o parâmetro f calculado particularmente para cada estrela. Observa-se na figura 5.2 e na figura 5.3 uma aglomeração de estrelas na região que vai de 5 até 0. Estas estrelas já estão circularizadas e a equação da evolução da excentricidade (5.1) não influencia de forma significativa na mudança desse conjunto de estrelas. É importante observar que essas duas figuras, de forma geral, concordam com a figura 5.1, e que a abcissa nas figuras 5.2 e 5.3 são resultados da solução numérica da equação 5.1 para os casos: 1. f constante e igual a 1; 1 Do inglês: Mixing lenght parameter. Capítulo 5. Resultados e discussões 35 Figura 5.2: Figura da evolução teórica prevista da taxa de excentricidade versus a excentricidade obtida por métodos observacionais. Nessa figura o valor de f foi calculado com f = 1. Os pontos fechados representam as componentes primárias dos sistemas binários com componente evoluída. 2. f calculado para cada estrela dependente do seu estado evolutivo. Capítulo 5. Resultados e discussões 36 Figura 5.3: Figura da evolução teórica prevista da taxa de excentricidade versus a excentricidade obtida por métodos observacionais. Para essa figura utiliza-se os valores dos 2/3 α 4/3 envoltórios convectivos em f 0 = MMenv . Os pontos fechados representam as 2 componentes primárias dos sistemas binários com componente evoluída. Capítulo 5. Resultados e discussões 37 Figura 5.4: Figura de comparação entre o resultado teórico e observacional, normalizado. No eixo X é mostrada a referência da estrela na base apresentada nesse trabalho. Para todas as componentes primárias, com f = 1. Nas figuras 5.4 e 5.5 é apresentada a diferença entre os dois casos calculados. Os valores foram normalizados para uma melhor comparação e análise da diferença entre a evolução prevista da excentricidade para f = 1 e a evolução prevista da excentricidade com f variando respectivamente com o valor dos envoltórios convectivos. Os resultados obtidos a partir da análise destas figuras mostram que com a utilização do valor f = 1, ou seja, envoltórios convectivos constantes e com M zc = M1 , resulta Capítulo 5. Resultados e discussões 38 Figura 5.5: Figura de comparação entre o resultado teórico e observacional, normalizado. No eixo X é mostrada a referência da estrela na base apresentada nesse trabalho. Para 2/3 α 4/3 essa figura utiliza-se os valores dos envoltórios convectivos, com f 0 = MMenv . 2 em situações muito similares ao obtido quando é calculada com a massa do envoltório convectivo para cada estrela. Portanto não é encontrada uma diferença significativa na distribuição da posição de cada objeto quando compara-se o cálculo com f = 1 ou f variando com o estado evolutivo da estrela (figura 5.4 e 5.5). As variações das posições são raras, quando comparada as duas figuras. Capítulo 5. Resultados e discussões 39 Esse resultado aponta para o seguinte fato: a teoria de Zahn não leva em conta, em nenhum momento, a evolução da parcela convectiva da componente primária. Sabendo que a convecção é fundamental na teoria de maré, tal resultado sugere que seja reformulada afim de que a maré evolua com a variação da convecção da componente primária dos sistemas binários com componente evoluída. Tal resultado não invalida a teoria, porém mostra que a convecção não é levada em conta no desenvolvimento teórico. CAPÍTULO 6 PERSPECTIVAS "Nada é mais digno de nosso patrocínio que o fomento da ciência e da literatura. O conhecimento é, em todo e qualquer país, a base mais segura da felicidade pública." George Washington, discurso no Congresso, 8 de janeiro de 1790. No presente trabalho, os resultados obtidos mostram que a descrição da evolução da excentricidade com base na teoria de Zahn, para sistemas binários com componentes evoluídas, não leva em conta a evolução da convecção. Tal resultado aponta para a necessidade de um refinamento no que diz respeito a influência evolutiva do envoltório convectivo na evolução da força de maré destes sistemas. Os sistemas binários pertencentes à sequência principal mostrados por Torres (2010) possuem valores precisos dos parâmetros físicos e podem ser utilizados com vínculos físicos aos processos evolutivos. No entanto alguns desses sistemas não possuem parâmetros orbitais definidos que são essenciais para o teste da teoria de Zahn. Certamente, com a obtenção desses parâmetros poderão ser realizados novos testes para essa teoria. 40 Capítulo 6. Perspectivas 41 Para o futuro próximo, será possível enriquecer os resultados obtidos nesse trabalho com os seguintes pontos: • Estender esse trabalho para diversos estágios evolutivos ao longo do ramo das gigantes vermehas (RGB), com o objetivo de estudar a circularização em vários momentos da evolução estelar; • Refazer o presente trabalho à medida que mais parâmetros orbitais forem surgindo na literatura; • Os elementos químicos na superfície nos mostram os vínculos da evolução da convecção e desempenham um fator fundamental na evolução estelar, portanto um estudo da abundância de elementos leves nas componentes dos sistemas binários é importante para entender a influência do efeito de maré sobre esses elementos e estudar as escalas tempos associados a evolução da excentricidade; • O estudo do momentum angular dos sistemas binários com componente evoluída, traz a perspectiva de visualizar a influência da convecção na evolução do momentum angular. Parte dessas propostas irá compor o primeiro artigo baseado no desenvolvimento desta dissertação. APENDICE A TABELA Nas tabelas A e B estão descritos os parâmetros físicos e orbitais necessários para o estudo feito neste trabalho. Para questões comparativas a profundidade do envoltório convectivo foi repetido nas duas tabelas. Os 260 sistemas binários estão descritos da seguinte forma: Tabela A : Parâmetros físicos das componentes primárias dos sistemas binários. • Ordem : número estrela na base do trabalho; • Nome: em HD, número que identifica a estrela no catálogo Henry-Draper; • T.E.: Tipo espectral; • Magnitude Visual: Brilho visual de uma estrela; • Erro na Magnitude visual; • B-V: Correção Bolométrica; • Erro na Correção Bolométrica; • Paralax: Distância da estrela medido por Paralax; • Erro na Paralax; • Log L: Luminosidade da estrela em escala logarítmica; 42 Apendice A. Tabela • Erro na Luminosidade; • Log Tef f : Temperatura superficial da estrela; • Erro na Temperatura; • Mzc: Profundidade do envoltório convectivo (em massa solar). Tabela B : Parâmetros orbitais e físicos dos sistemas binários. • Ordem : número estrela na base do trabalho; • Mzc: Profundidade do envoltório convectivo (em massa solar); • R1 : Raio da componente primária (em raio solar); • M1 : Massa da componente primária (em massa solar); • M2 : Massa da componente secundária (em massa solar); • Porb : Período orbital (em dias); • e: excentricidade orbital; • K1 : semi-amplitude da velocidade radial da estrela primária; • K2 : semi-amplitude da velocidade radial da estrela secundária; • Vsini: Velocidade de Rotação. 43 K3III F8V HD 483 HD 2261 HD 3266 HD 3405 HD 3443 HD 3627 HD 4676 HD 5516 HD 6645 HD 7318 HD 7345 HD 7672 HD 8357 HD 8890 HD 9313 HD 9939 HD 10009 HD 10072 HD 10588 HD 10909 HD 11353 HD 11559 HD 11909 HD 13480 HD 13530 HD 13611 HD 14214 HD 15814 HD 16620 HD 16739 HD 17433 HD 18894 HD 19942 HD 20084 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 F5V G5IV F8V K0IV F9V F5IV F7V F9V G8II K0III G5III K1V K0III K2III K0IV G8III G8III F7V K0IV G5IV F8I K1IV G5III F7V K0III K0II G8III G8V G3V G4V K0III G2V G5V K1III HD 28 HD 123 2 T.E. 1 Nome Ordem 5.614 7.178 6.196 6.852 4.896 4.820 5.995 5.588 4.402 5.303 5.050 5.105 4.605 3.734 8.094 6.315 5.014 6.219 6.991 7.808 2.000 7.317 5.427 6.236 4.673 7.397 4.396 5.066 3.275 5.591 6.783 8.152 2.381 7.116 6.057 4.624 0.003 0.009 0.007 0.008 0.003 0.004 0.007 0.004 0.002 0.009 0.006 0.002 0.002 0.002 0.011 0.005 0.004 0.005 0.008 0.009 0.003 0.009 0.005 0.008 0.003 0.009 0.002 0.004 0.003 0.005 0.003 0.016 0.004 0.008 0.010 0.002 err. M.V. 0.893 1.019 0.604 0.992 0.586 0.453 0.575 0.594 0.889 0.933 0.815 0.921 0.941 1.139 0.929 0.908 0.884 0.531 0.902 0.972 0.635 0.828 0.891 0.491 1.045 1.211 0.948 0.517 1.298 0.715 0.638 0.669 1.089 0.650 0.646 1.043 B-V 0.004 0.013 0.008 0.009 0.004 0.010 0.008 0.004 0.012 0.010 0.009 0.004 0.019 0.004 0.012 0.005 0.004 0.005 0.012 0.012 0.003 0.011 0.007 0.009 0.004 0.013 0.004 0.004 0.020 0.005 0.004 0.021 0.009 0.009 0.011 0.019 err. B-V 9.205 5.580 30.850 22.815 40.250 49.970 34.925 37.940 8.920 16.385 10.680 5.185 17.200 12.380 7.685 7.095 13.420 26.200 23.825 9.835 7.605 22.075 12.825 19.475 8.545 4.055 13.390 43.965 32.150 69.495 30.050 18.970 42.185 19.230 49.470 25.375 Paralax 0.55 0.90 0.89 0.89 1.25 1.76 0.83 0.92 1.28 0.85 0.92 0.95 0.77 0.85 1.10 0.80 0.76 0.81 0.86 1.01 0.48 0.99 0.72 11.50 0.81 2.28 0.75 0.75 0.68 1.40 0.73 1.70 0.78 0.79 1.05 1.05 err. Paralax 1.826 1.684 0.456 0.579 0.741 0.560 0.423 0.518 2.337 1.458 1.896 2.530 1.698 2.425 0.997 1.777 1.736 0.574 0.453 0.918 3.356 0.362 1.612 0.818 2.328 1.964 2.003 0.583 1.863 0.022 0.252 0.112 1.878 0.510 0.112 1.401 Log L 0.025 0.065 0.012 0.017 0.013 0.015 0.010 0.010 0.058 0.022 0.036 0.073 0.019 0.029 0.058 0.046 0.024 0.013 0.015 0.042 0.027 0.019 0.024 0.202 0.039 0.194 0.024 0.007 0.009 0.009 0.010 0.037 0.008 0.017 0.009 0.018 err. LogL Tabela A: Parâmetros físicos das componentes primárias dos sistemas binários. Mag. Visual 3.704 3.682 3.769 3.687 3.774 3.812 3.777 3.772 3.705 3.697 3.720 3.699 3.696 3.662 3.698 3.702 3.706 3.789 3.703 3.690 3.763 3.717 3.705 3.801 3.678 3.650 3.694 3.793 3.635 3.741 3.760 3.753 3.670 3.757 3.758 3.678 Log Tef f 0.001 0.002 0.004 0.012 0.002 0.004 0.002 0.003 0.002 0.002 0.018 0.001 0.003 0.001 0.012 0.012 0.002 0.002 0.002 0.002 0.001 0.002 0.004 0.003 0.002 0.007 0.003 0.009 0.007 0.001 0.001 0.005 0.003 0.004 0.021 0.003 err. Log Tef f 0.23 0.79 0.01 0.35 0.01 0.01 0.01 0.01 0.13 0.46 0.06 0.05 0.41 0.72 0.36 0.28 0.20 0.01 0.20 0.60 0.01 0.12 0.23 0.01 0.30 0.85 0.26 0.01 0.76 0.04 0.02 0.02 0.83 0.02 0.01 0.81 Mzc Apendice A. Tabela 44 Nome HD 21018 HD 21120 HD 21242 HD 21754 HD 22468 HD 23838 HD 24546 HD 26630 HD 27130 HD 27149 HD 27483 HD 27691 HD 27697 HD 27991 HD 28033 HD 28271 HD 28394 HD 28591 HD 29317 HD 30021 HD 30197 HD 30738 HD 30869 HD 32357 HD 33856 HD 34029 HD 34334 HD 49293 HD 50310 HD 57364 HD 58728 HD 58972 HD 59148 HD 59878 HD 60803 HD 61421 Ordem 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 F5IV G0V K0II K2III K3III F5IV G8III K0III K0III K3III G5III K3III K0III F5V F8V K0III G8III K0III G9III F7V F7V F8V F7V K0III F8IV F6V G4V G8V G0I F5IV G2III K1V K0II G5V G8III G0III T.E. 0.394 5.911 6.515 5.014 4.335 5.235 8.784 2.930 4.475 4.546 0.092 4.465 6.086 6.266 7.268 5.984 6.511 4.667 6.347 7.007 6.374 7.342 6.482 3.757 7.102 6.156 7.526 8.323 4.163 5.283 5.663 5.896 4.132 6.479 3.614 6.398 0.002 0.005 0.005 0.004 0.003 0.005 0.019 0.002 0.002 0.002 0.001 0.003 0.007 0.005 0.010 0.004 0.093 0.005 0.005 0.009 0.005 0.012 0.069 0.002 0.012 0.005 0.015 0.013 0.002 0.005 0.005 0.007 0.002 0.008 0.003 0.005 err. M.V. 0.402 0.603 0.998 1.119 1.449 0.460 1.060 1.214 1.115 1.277 0.779 1.215 1.119 0.511 0.536 1.223 0.593 1.128 1.015 0.525 0.549 0.560 0.545 0.987 0.505 0.463 0.694 0.760 0.935 0.433 0.775 0.886 1.120 0.879 0.893 0.851 B-V 0.010 0.005 0.012 0.006 0.006 0.005 0.030 0.003 0.025 0.004 0.011 0.027 0.010 0.007 0.011 0.010 0.106 0.005 0.012 0.010 0.007 0.015 0.094 0.006 0.015 0.009 0.014 0.013 0.002 0.005 0.005 0.009 0.002 0.009 0.010 0.007 err. B-V 285.925 22.845 7.055 8.520 8.205 29.405 3.680 17.850 8.935 13.450 77.290 9.105 5.180 24.135 19.385 10.800 8.155 5.710 8.600 23.100 18.225 21.505 21.460 21.235 21.235 21.820 21.805 21.365 4.470 24.460 9.465 34.515 8.705 19.905 15.185 3.085 Paralax 0.88 0.89 1.36 0.99 0.93 2.29 1.22 0.49 0.91 1.39 0.89 0.82 0.92 1.04 0.95 0.94 4.54 0.88 0.87 1.04 1.61 0.97 0.97 0.93 2.76 0.85 1.14 1.24 0.76 0.85 0.85 0.87 1.13 2.88 1.28 0.95 err. Paralax 0.810 0.831 1.736 2.228 2.735 0.856 1.422 2.465 2.400 2.099 2.148 2.437 2.231 0.623 0.417 1.685 1.484 2.718 1.639 0.367 0.831 0.302 0.645 1.877 0.399 0.747 0.249 -0.030 3.025 0.993 1.742 0.563 2.562 0.805 2.191 2.447 Log L 0.001 0.017 0.077 0.048 0.047 0.033 0.124 0.012 0.042 0.043 0.005 0.037 0.071 0.018 0.021 0.036 0.192 0.062 0.042 0.019 0.037 0.019 0.019 0.019 0.053 0.017 0.022 0.025 0.068 0.015 0.037 0.011 0.053 0.059 0.035 0.117 err. LogL Tabela A: Parâmetros físicos das componentes primárias dos sistemas binários. Mag. Visual 3.827 3.769 3.686 3.665 3.610 3.810 3.675 3.649 3.666 3.639 3.727 3.649 3.665 3.795 3.788 3.648 3.772 3.664 3.683 3.791 3.784 3.781 3.785 3.687 3.797 3.809 3.746 3.731 3.709 3.818 3.728 3.706 3.665 3.707 3.704 3.713 Log Tef f 0.011 0.001 0.005 0.001 0.009 0.003 0.005 0.005 0.004 0.002 0.007 0.009 0.002 0.005 0.004 0.004 0.039 0.019 0.041 0.003 0.002 0.004 0.033 0.003 0.009 0.005 0.007 0.003 0.000 0.005 0.002 0.002 0.000 0.002 0.002 0.004 err. Log Tef f 0.01 0.01 0.74 0.76 0.83 0.01 0.84 0.84 0.66 0.83 0.02 0.84 0.76 0.01 0.01 0.76 0.01 0.45 0.79 0.01 0.01 0.01 0.01 0.55 0.01 0.01 0.03 0.06 0.01 0.01 0.04 0.21 0.43 0.27 0.07 0.02 Mzc Apendice A. Tabela 45 Nome HD 61859 HD 62044 HD 62721 HD 64096 HD 64440 HD 65195 HD 65626 HD 66216 HD 68256 HD 69148 HD 73343 HD 73974 HD 74874 HD 75958 HD 76943 HD 77137 HD 77258 HD 78418 HD 78515 HD 79028 HD 79910 HD 81025 HD 81410 HD 81809 HD 81858 HD 83240 HD 86146 HD 88284 HD 90537 HD 92214 HD 94363 HD 95559 HD 95689 HD 97907 HD 99967 HD 101606 Ordem 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 F5V K0V K3III K0III K1V K0III K0III G8III K0III F5V K1III F8V G0V K1IV G2III K2III F9V K0III G5IV F8IV G2V F5V G6III G0III K0III K1III G8III G5V K2III G0V G5III K1II G1V K5III K1III F7V T.E. 5.719 6.313 5.316 1.872 8.971 6.117 4.906 4.212 3.606 5.113 5.006 5.412 5.392 7.367 6.369 5.234 5.192 5.147 5.967 4.463 6.893 3.965 5.565 3.387 6.908 9.030 5.727 5.993 4.937 6.493 9.064 3.715 5.162 4.877 4.263 6.020 0.005 0.004 0.005 0.002 0.018 0.005 0.004 0.002 0.003 0.003 0.003 0.005 0.004 0.008 0.005 0.003 0.002 0.004 0.005 0.002 0.005 0.002 0.002 0.004 0.009 0.024 0.003 0.008 0.003 0.005 0.025 0.002 0.004 0.003 0.003 0.007 err. M.V. 0.445 1.275 1.223 0.999 0.867 0.917 0.920 0.906 1.015 0.483 1.048 0.608 0.646 1.016 0.775 1.185 0.609 0.973 0.676 0.648 0.699 0.465 0.872 0.690 0.965 1.114 0.897 0.557 1.135 0.643 0.841 1.020 0.609 1.476 1.128 0.474 B-V 0.005 0.007 0.005 0.013 0.027 0.005 0.005 0.003 0.005 0.003 0.004 0.005 0.010 0.011 0.014 0.004 0.003 0.004 0.007 0.009 0.008 0.003 0.003 0.004 0.011 0.039 0.004 0.011 0.006 0.005 0.035 0.022 0.006 0.018 0.005 0.011 err. B-V 24.395 3.375 6.810 26.245 18.300 12.525 14.400 22.415 28.420 34.590 14.475 29.070 31.875 8.400 7.680 11.685 51.060 8.675 32.115 16.290 18.025 60.860 10.655 24.315 3.540 3.295 7.030 39.110 12.755 9.815 3.900 9.550 59.780 9.585 26.785 18.265 Paralax 0.73 0.78 0.81 0.86 1.19 0.84 0.89 0.87 0.96 0.71 0.86 1.29 1.02 0.86 1.09 1.00 0.72 0.85 0.96 0.53 0.74 1.30 0.64 2.04 0.90 1.56 0.74 1.38 0.78 0.73 15.00 0.50 0.95 0.83 0.79 0.95 err. Paralax 0.823 2.592 2.352 2.453 -0.120 1.357 1.722 1.618 1.697 0.767 1.738 0.823 0.760 1.252 1.642 1.897 0.421 2.092 0.531 1.715 0.669 0.733 1.711 1.808 2.162 1.444 2.016 0.321 1.916 1.342 1.174 2.603 0.297 2.408 1.538 0.958 Log L 0.013 0.090 0.049 0.014 0.027 0.028 0.026 0.017 0.014 0.009 0.025 0.019 0.014 0.042 0.058 0.036 0.006 0.041 0.013 0.014 0.017 0.009 0.025 0.035 0.098 0.168 0.043 0.015 0.026 0.031 0.685 0.022 0.007 0.036 0.013 0.022 err. LogL Tabela A: Parâmetros físicos das componentes primárias dos sistemas binários. Mag. Visual 3.814 3.639 3.648 3.685 3.709 3.700 3.699 3.702 3.683 3.803 3.677 3.768 3.758 3.682 3.728 3.654 3.768 3.690 3.751 3.758 3.745 3.808 3.708 3.748 3.691 3.666 3.704 3.782 3.663 3.759 3.714 3.682 3.768 3.605 3.664 3.806 Log Tef f 0.003 0.002 0.007 0.025 0.005 0.002 0.001 0.002 0.002 0.002 0.001 0.002 0.003 0.002 0.011 0.004 0.002 0.001 0.011 0.002 0.003 0.001 0.004 0.002 0.003 0.007 0.003 0.014 0.005 0.004 0.007 0.005 0.005 0.010 0.003 0.004 err. Log Tef f 0.01 0.85 0.85 0.16 0.16 0.41 0.32 0.27 0.79 0.01 0.83 0.01 0.02 0.73 0.04 0.85 0.01 0.34 0.03 0.01 0.03 0.01 0.19 0.01 0.34 0.82 0.15 0.01 0.85 0.01 0.12 0.20 0.01 0.78 0.82 0.01 Mzc Apendice A. Tabela 46 Nome HD 102713 HD 102928 HD 105981 HD 106760 HD 107700 HD 107760 HD 110024 HD 110318 HD 116378 HD 116594 HD 119458 HD 121370 HD 122223 HD 122767 HD 123999 HD 124547 HD 125351 HD 128171 HD 131041 HD 136905 HD 137052 HD 137107 HD 139195 HD 141544 HD 143313 HD 144069 HD 144889 HD 145206 HD 145849 HD 146361 HD 148856 HD 150680 HD 150708 HD 152404 HD 153472 HD 154732 Ordem 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 K0III K3III F5V G5V G0IV G8III G0V K3III K4III K4III F6IV K2V K1IV K0III G0V F5V K1III F6V G8IV K0III K3III F8IV K3III F7I G0IV G5III K0III G5V F5IV G9III G0V F8V K0III K2V K0III F5IV T.E. 6.107 6.365 9.140 8.593 2.827 2.782 5.592 5.632 5.394 6.173 4.198 8.206 6.004 5.255 5.053 4.924 7.340 5.944 9.151 4.806 4.806 4.816 7.950 4.336 2.678 5.984 6.437 8.830 5.807 5.483 7.991 4.798 4.993 5.663 5.632 5.734 0.005 0.005 0.032 0.015 0.004 0.002 0.008 0.003 0.004 0.005 0.004 0.009 0.005 0.005 0.005 0.002 0.011 0.007 0.033 0.002 0.002 0.004 0.010 0.003 0.002 0.003 0.005 0.016 0.009 0.003 0.009 0.003 0.003 0.003 0.003 0.005 err. M.V. 1.093 1.283 0.737 0.724 0.654 0.944 0.596 1.369 1.456 1.376 0.454 1.016 1.159 0.952 0.537 0.454 1.035 0.496 1.013 1.058 1.388 0.546 1.335 0.608 0.599 0.859 1.078 0.793 0.404 0.970 0.798 0.516 1.149 1.437 1.053 0.471 B-V 0.007 0.007 0.042 0.020 0.007 0.003 0.009 0.004 0.007 0.008 0.006 0.011 0.007 0.023 0.004 0.003 0.014 0.016 0.052 0.003 0.003 0.007 0.014 0.007 0.002 0.004 0.007 0.021 0.010 0.004 0.011 0.008 0.004 0.007 0.004 0.005 err. B-V 9.805 6.035 6.895 8.660 92.905 21.245 46.110 5.350 6.670 5.815 34.095 11.445 7.445 13.990 54.465 30.965 10.565 14.220 2.630 14.615 6.330 27.325 0.955 7.030 88.495 6.665 6.160 8.695 11.720 11.495 23.145 11.885 10.550 4.440 12.640 14.475 Paralax 0.54 0.58 1.44 1.24 0.60 1.00 0.98 0.60 0.91 0.80 4.00 0.96 0.85 0.70 1.24 0.99 1.00 0.87 2.08 0.69 0.49 0.78 0.92 0.80 0.75 0.76 0.93 1.21 1.90 1.05 0.67 0.72 0.93 1.00 1.00 0.70 err. Paralax 1.656 2.071 0.615 0.632 0.859 2.246 0.347 2.524 2.497 2.240 1.141 0.648 1.968 1.623 0.406 0.935 1.072 1.209 1.545 1.815 2.722 1.102 3.070 2.486 0.947 1.946 1.921 0.555 1.420 1.711 0.042 1.826 2.065 2.726 1.608 1.274 Log L 0.023 0.040 0.082 0.058 0.003 0.020 0.009 0.046 0.056 0.056 0.048 0.035 0.047 0.021 0.010 0.014 0.039 0.026 0.253 0.020 0.032 0.012 0.293 0.047 0.004 0.047 0.061 0.057 0.065 0.038 0.012 0.026 0.037 0.088 0.033 0.021 err. LogL Tabela A: Parâmetros físicos das componentes primárias dos sistemas binários. Mag. Visual 3.670 3.638 3.737 3.740 3.756 3.695 3.771 3.624 3.609 3.622 3.812 3.683 3.658 3.694 3.788 3.812 3.679 3.799 3.683 3.675 3.621 3.785 3.629 3.768 3.771 3.711 3.672 3.724 3.827 3.691 3.723 3.793 3.660 3.612 3.676 3.807 Log Tef f 0.001 0.002 0.010 0.006 0.003 0.001 0.003 0.010 0.004 0.002 0.003 0.007 0.003 0.004 0.023 0.008 0.003 0.006 0.009 0.001 0.009 0.003 0.003 0.004 0.010 0.003 0.006 0.006 0.017 0.003 0.023 0.002 0.003 0.010 0.002 0.006 err. Log Tef f 0.83 0.82 0.05 0.04 0.01 0.14 0.01 0.86 0.82 0.79 0.01 0.43 0.85 0.40 0.01 0.01 0.78 0.01 0.78 0.83 0.86 0.01 0.80 0.01 0.01 0.08 0.80 0.10 0.01 0.48 0.10 0.01 0.84 0.85 0.84 0.01 Mzc Apendice A. Tabela 47 Nome HD 155410 HD 155555 HD 155638 HD 155989 HD 157482 HD 158393 HD 158614 HD 158837 HD 160538 HD 160922 HD 163840 HD 165141 HD 166208 HD 166285 HD 166865 HD 166866 HD 169156 HD 169986 HD 170547 HD 170829 HD 172831 HD 172865 HD 173282 HD 175306 HD 175492 HD 175515 HD 176155 HD 176411 HD 176524 HD 177300 HD 178911 HD 179094 HD 179558 HD 179950 HD 181391 HD 183864 Ordem 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 G2I G8III G8III G5V K1IV G1V F8I K0III K1III F5I K0III G4III K0II F5V G5IV K1III G8IV G5II G0III K0III F7V K2V F5V G8III G8III G0V F5V K0III G8III G8IV G8III F9V G5III K0III G5IV K3III T.E. 7.371 4.993 4.855 7.938 5.895 6.700 7.202 4.823 4.022 5.331 5.575 4.594 4.636 6.343 6.938 6.133 6.490 6.271 6.389 4.666 5.683 6.008 5.679 5.005 7.104 6.311 4.785 6.612 5.583 5.375 8.542 5.563 8.605 8.104 6.874 5.072 0.005 0.002 0.004 0.011 0.005 0.005 0.010 0.002 0.004 0.010 0.005 0.001 0.003 0.005 0.004 0.005 0.003 0.007 0.010 0.003 0.005 0.005 0.005 0.004 0.007 0.003 0.002 0.005 0.003 0.005 0.023 0.005 0.011 0.010 0.004 0.003 err. M.V. 1.233 0.929 0.573 0.757 1.088 0.646 0.567 1.154 1.078 0.727 1.042 0.784 1.184 0.474 0.814 1.011 0.794 0.951 0.486 0.946 0.519 0.528 0.490 0.911 0.991 0.647 0.443 1.050 0.839 0.684 1.195 0.671 0.839 0.932 0.808 1.293 B-V 0.007 0.003 0.005 0.012 0.007 0.007 0.015 0.003 0.005 0.017 0.005 0.003 0.007 0.006 0.200 0.008 0.004 0.009 0.011 0.020 0.005 0.005 0.005 0.005 0.010 0.005 0.005 0.007 0.004 0.008 0.020 0.005 0.015 0.014 0.007 0.004 err. B-V 1.495 21.160 10.035 21.590 14.295 21.365 1.655 9.375 21.360 1.415 11.165 6.915 10.040 17.460 6.680 13.640 27.910 5.760 6.805 17.035 18.815 19.770 21.300 9.085 3.855 35.075 42.625 9.815 8.380 60.595 2.540 15.135 1.250 2.490 31.765 11.625 Paralax 1.00 0.77 1.12 1.04 0.49 1.57 0.83 0.46 0.77 0.72 0.79 0.63 0.43 0.95 1.32 0.88 0.67 0.86 1.05 0.87 1.81 3.50 0.73 0.50 0.94 0.65 0.53 0.80 1.19 1.42 1.38 1.16 1.15 0.67 0.74 0.53 err. Paralax 2.829 1.357 1.961 0.111 1.411 0.584 2.590 2.237 1.807 3.501 1.734 2.446 2.267 0.867 1.548 1.322 0.479 1.987 1.669 1.685 1.074 0.902 0.963 2.087 2.022 0.309 0.711 1.434 1.901 0.218 1.905 1.345 2.345 1.973 0.217 2.025 Log L 0.222 0.016 0.046 0.020 0.015 0.031 0.177 0.021 0.015 0.179 0.030 0.038 0.018 0.023 0.078 0.027 0.010 0.060 0.062 0.022 0.040 0.071 0.015 0.023 0.095 0.008 0.005 0.034 0.058 0.010 0.188 0.032 0.283 0.103 0.010 0.019 err. LogL Tabela A: Parâmetros físicos das componentes primárias dos sistemas binários. Mag. Visual 3.654 3.698 3.778 3.732 3.670 3.758 3.775 3.659 3.672 3.747 3.678 3.726 3.654 3.806 3.720 3.683 3.724 3.694 3.802 3.695 3.793 3.790 3.801 3.701 3.687 3.758 3.815 3.677 3.715 3.749 3.652 3.752 3.715 3.697 3.721 3.636 Log Tef f 0.013 0.003 0.002 0.003 0.001 0.002 0.008 0.001 0.001 0.003 0.001 0.001 0.002 0.009 0.042 0.004 0.002 0.002 0.003 0.006 0.002 0.004 0.002 0.001 0.002 0.003 0.008 0.001 0.001 0.015 0.039 0.002 0.003 0.004 0.002 0.004 err. Log Tef f 0.62 0.46 0.01 0.06 0.82 0.02 0.01 0.82 0.84 0.01 0.81 0.01 0.85 0.01 0.10 0.78 0.10 0.26 0.01 0.38 0.01 0.01 0.01 0.05 0.44 0.01 0.01 0.80 0.09 0.03 0.83 0.02 0.01 0.21 0.10 0.80 Mzc Apendice A. Tabela 48 Nome HD 185151 HD 185510 HD 188088 HD 189340 HD 189578 HD 189783 HD 191854 HD 193370 HD 193891 HD 194152 HD 194215 HD 196524 HD 196574 HD 196795 HD 196972 HD 197752 HD 198084 HD 199547 HD 199870 HD 202109 HD 202275 HD 202710 HD 202908 HD 204075 HD 204934 HD 206301 HD 209318 HD 209813 HD 209943 HD 210763 HD 211416 HD 212280 HD 213429 HD 214511 HD 214850 HD 215182 Ordem 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 G2II G5IV F6V F7V G8IV K3III F5IV G4V K0III G9IV G2IV K1III G5II G0V K0III F5V G8III G8III K0III F8IV K2III K0II K5V G8III F5IV K3V K0III K0III F5I G4V F5V F5V F8V K3V K0III K2III T.E. 2.943 5.722 7.577 6.162 7.539 2.858 6.402 7.420 6.954 9.071 5.169 8.215 3.746 7.005 6.373 4.488 3.199 5.555 7.035 4.512 4.924 7.346 7.951 4.307 3.626 5.855 5.582 7.845 5.175 7.429 7.205 8.631 5.872 6.195 8.304 7.774 0.002 0.005 0.009 0.005 0.010 0.002 0.009 0.009 0.010 0.017 0.003 0.010 0.002 0.009 0.004 0.004 0.001 0.004 0.007 0.002 0.004 0.004 0.014 0.003 0.002 0.003 0.003 0.009 0.002 0.007 0.018 0.011 0.007 0.005 0.013 0.009 err. M.V. 0.859 0.731 0.459 0.568 0.700 1.417 0.500 0.686 1.064 1.061 0.677 1.102 1.002 0.607 0.979 0.525 0.993 0.974 1.153 0.551 1.185 1.159 1.228 0.949 0.454 1.101 1.080 1.016 0.655 0.669 0.438 0.393 0.599 1.036 1.247 1.225 B-V 0.004 0.005 0.013 0.008 0.013 0.003 0.009 0.011 0.014 0.027 0.004 0.016 0.005 0.010 0.007 0.009 0.002 0.005 0.010 0.003 0.005 0.007 0.025 0.006 0.008 0.004 0.004 0.013 0.018 0.008 0.019 0.014 0.009 0.008 0.015 0.013 err. B-V 14.920 30.325 11.940 38.420 6.965 16.495 10.645 26.630 6.695 5.175 30.530 3.935 8.280 19.635 2.155 53.790 21.640 12.435 4.800 36.735 8.795 4.190 54.080 8.360 33.025 5.850 7.925 6.900 1.685 19.395 12.560 6.320 40.450 70.295 4.220 3.495 Paralax 0.79 0.95 0.67 1.83 0.91 0.59 0.92 4.56 0.61 1.05 0.92 0.97 0.90 1.18 0.56 0.85 0.63 0.63 0.73 0.46 0.77 0.70 2.21 1.00 0.88 0.86 0.53 5.30 0.54 0.80 1.60 1.62 1.35 0.81 1.11 0.90 err. Paralax 2.463 0.694 0.702 0.272 1.236 2.691 1.278 0.115 1.636 1.012 0.894 1.611 2.706 0.526 2.814 0.640 2.087 1.616 1.934 0.967 2.268 1.930 -0.500 2.448 1.398 2.210 2.046 1.232 3.399 0.383 0.804 0.825 0.350 -0.120 1.586 1.950 Log L 0.022 0.013 0.024 0.020 0.053 0.015 0.036 0.069 0.038 0.080 0.013 0.096 0.045 0.025 0.100 0.007 0.012 0.021 0.061 0.005 0.036 0.067 0.017 0.049 0.011 0.060 0.028 0.248 0.121 0.018 0.052 0.099 0.014 0.005 0.101 0.100 err. LogL Tabela A: Parâmetros físicos das componentes primárias dos sistemas binários. Mag. Visual 3.711 3.738 3.810 3.779 3.745 3.616 3.798 3.748 3.674 3.675 3.751 3.668 3.685 3.768 3.689 3.791 3.686 3.690 3.660 3.784 3.654 3.659 3.647 3.694 3.812 3.668 3.672 3.682 3.760 3.753 3.816 3.830 3.771 3.679 3.644 3.648 Log Tef f 0.001 0.004 0.004 0.003 0.003 0.009 0.003 0.007 0.006 0.006 0.002 0.003 0.001 0.003 0.001 0.003 0.001 0.002 0.008 0.009 0.002 0.026 0.006 0.001 0.009 0.001 0.001 0.002 0.003 0.002 0.006 0.006 0.002 0.007 0.040 0.004 err. Log Tef f 0.02 0.04 0.01 0.01 0.03 0.85 0.01 0.03 0.83 0.58 0.03 0.84 0.14 0.01 0.10 0.01 0.40 0.67 0.85 0.01 0.85 0.85 0.74 0.08 0.01 0.71 0.80 0.74 0.01 0.03 0.01 0.01 0.01 0.51 0.75 0.83 Mzc Apendice A. Tabela 49 Nome HD 216219 HD 218658 HD 219113 HD 219834 HD 221950 HD 222317 HD 222404 HD 224085 HD 236433 HD 244138 HD 283882 HD 341475 HD 348635 BD+24 1959 BD+24 4742 BD+39 2849 BD+45 3310 BD+47 781 BD+61 1211 BD-5 1935 BW Aqr ZZ Boo SZ Cen EI Cep RZ Cha SW Cma CW Eri V624 Her RR Lyn FL Lyr WZ Oph CD Tau DM Vir Y Sex V zet And HD 30050 Ordem 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 Am + K0IV K1III+KV F5/6V F7V + F7V F7V + F7V F8V + F8V F8V + G8V Am + F0V A3m + A7V F2V + F2V A5V + A5V F5V + F5V F3V + F1V A7V + A7V F2V + F2V F7V + F8V K0IV K2III G5IV G8V GV G5V F9V G2IV G2V K3V K3V F5I K2IV K1IV G5V F6V G5IV K1IV G2III G5III T.E. - - - - - - - - - - - - - - - - 10.500 9.305 8.254 8.397 10.187 9.574 10.195 9.687 9.699 9.501 9.904 8.925 7.440 3.217 7.004 5.692 5.188 7.434 4.422 7.469 - - - - - - - - - - - - - - - - 0.034 0.017 0.015 0.015 0.042 0.026 0.060 0.027 0.025 0.050 0.042 0.015 0.009 0.002 0.007 0.007 0.009 0.015 0.004 0.008 err. M.V. 0.430 1.099 - - - - - - - - - - - - - - 0.779 1.009 0.747 0.804 0.775 0.756 0.615 0.781 0.814 1.070 0.966 0.920 1.010 1.035 0.660 0.454 0.791 0.793 0.797 0.660 B-V - - - - - - - - - - - - - - - - 0.042 0.026 0.019 0.020 0.051 0.035 0.071 0.038 0.034 0.031 0.067 0.021 0.014 0.006 0.008 0.010 0.010 0.019 0.005 0.010 err. B-V 6.220 17.240 8.780 2.560 12.330 6.640 7.680 13.340 6.830 5.260 1.460 5.380 4.960 1.490 9.590 1.540 5.580 7.230 10.040 18.635 4.920 7.685 3.055 4.755 5.380 18.930 3.215 0.610 23.680 72.275 20.310 32.260 48.220 11.385 14.650 10.720 Paralax 1.22 0.26 2.09 1.17 1.05 1.26 0.74 0.60 0.36 1.13 1.00 0.47 0.39 1.53 0.51 2.02 1.46 1.28 1.03 1.30 1.39 1.29 1.58 1.55 1.56 1.62 1.44 1.02 0.89 0.52 0.76 0.84 5.25 0.92 0.62 0.93 err. Paralax 1.186 1.920 0.634 0.700 0.631 0.350 0.336 1.260 1.560 0.930 1.540 0.940 1.055 1.750 0.940 0.790 0.268 0.604 0.647 0.070 0.501 0.353 0.868 0.733 0.631 -0.280 1.048 2.845 0.320 1.051 0.510 0.592 0.523 0.879 1.866 0.879 Log L 0.078 0.007 0.050 0.163 0.035 0.075 0.040 0.019 0.022 0.085 0.227 0.036 0.033 0.307 0.023 0.364 0.101 0.071 0.042 0.029 0.108 0.067 0.181 0.123 0.111 0.036 0.161 0.427 0.016 0.003 0.016 0.011 0.045 0.034 0.018 0.036 err. LogL Tabela A: Parâmetros físicos das componentes primárias dos sistemas binários. Mag. Visual 3.657 3.662 3.823 3.813 3.792 3.787 3.791 3.877 3.910 3.835 3.907 3.819 3.842 3.918 3.830 3.800 3.727 3.684 3.734 3.722 3.728 3.732 3.766 3.727 3.720 3.673 3.691 3.712 3.684 3.679 3.755 3.812 3.725 3.724 3.723 3.755 Log Tef f - - 0.011 - - - - - - - - - - - - - 0.017 0.005 0.006 0.004 0.019 0.010 0.020 0.010 0.007 0.008 0.012 0.016 0.003 0.002 0.002 0.004 0.005 0.004 0.002 0.010 err. Log Tef f 0.82 0.84 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.09 0.41 0.06 0.09 0.07 0.06 0.01 0.10 0.12 0.65 0.52 0.01 0.42 0.78 0.02 0.01 0.08 0.08 0.06 0.02 Mzc Apendice A. Tabela 50 Nome HD 114519 HD 118216 HD 121909 HD 163930 HD 165590 HD 184398 HD 200391 HD 210334 Ordem 253 254 255 256 257 258 259 260 K0IV + G2IV G0V + G5V K2III-II + A2V G0V + [MIV] F4V-IV + K0IV F8V-IV + G2V F2IV + K2IV G9IV + F4IV T.E. - - - - - - - - - - - - - - - - err. M.V. 0.744 0.570 1.124 0.620 0.530 0.610 0.407 0.592 B-V - - - - - - - - err. B-V 23.380 19.230 2.750 25.350 11.310 4.450 21.900 6.250 Paralax 0.35 0.60 0.32 1.31 0.66 1.53 0.23 1.28 err. Paralax 0.756 0.394 2.666 0.271 0.871 0.746 1.228 1.031 Log L Tabela A: Parâmetros físicos das componentes primárias dos sistemas binários. Mag. Visual 0.006 0.013 0.048 0.022 0.025 0.128 0.005 0.081 err. LogL 3.735 3.778 3.664 3.765 3.789 3.768 3.826 3.772 Log Tef f - - - - - - - - err. Log Tef f 0.10 0.01 0.55 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 Mzc Apendice A. Tabela 51 Apendice A. Tabela 52 Tabela B: Parâmetros orbitais e físicos dos sistemas binários. Ref. Nome Mzc Raio R1 M1 M2 Porb (R ) (M ) (M ) (dias) e K1 K2 Vsini 3.235 1 HD 28 0.81 7.392 1.749 0.797 72.930 0.270 16.400 35.970 2 HD 123 0.01 1.158 1.038 0.080 47.510 0.420 2.900 37.457 4.757 3 HD 483 0.02 1.839 1.162 1.147 23.498 0.510 54.600 55.320 61.040 4 HD 2261 0.83 13.270 2.194 0.009 3 848.830 0.340 5.800 1398.900 2.098 5 HD 3266 0.02 1.188 1.065 0.848 35.999 0.450 33.320 41.850 3.540 6 HD 3405 0.02 1.347 1.089 1.065 3.742 0.010 84.900 86.800 20.750 7 HD 3443 0.04 1.127 0.964 0.714 9 165.640 0.235 5.130 6.928 3.296 8 HD 3627 0.76 15.300 1.228 0.001 20 157.700 0.340 4.000 4132.800 2.000 9 HD 4676 0.01 1.695 1.279 1.251 13.825 0.240 57.500 58.800 18.310 10 HD 5516 0.26 13.710 2.992 2.705 115.710 0.010 17.900 19.800 18.310 11 HD 6645 0.85 16.080 1.834 0.015 1 551.000 0.083 5.070 637.040 3.871 12 HD 7318 0.3 21.510 3.469 0.012 7 473.000 0.820 8.300 2465.300 3.280 13 HD 7345 0.01 2.146 1.410 1.000 9.075 0.040 53.400 75.300 30.520 14 HD 7672 0.23 8.329 2.454 0.680 56.815 0.040 7.200 26.000 6.615 15 HD 8357 0.12 1.866 1.039 0.850 14.302 0.185 25.370 31.010 7.600 16 HD 8890 0.01 47.430 6.004 0.007 11 125.300 0.640 4.100 3289.800 8.892 17 HD 9313 0.6 4.008 1.414 0.464 53.504 0.390 24.300 73.983 4.511 18 HD 9939 0.2 2.213 1.091 0.815 25.210 0.110 35.200 47.112 2.591 19 HD 10009 0.01 1.709 1.212 1.009 10 540.000 0.798 9.328 11.203 12.210 20 HD 10072 0.2 9.541 2.654 0.004 7 581.000 0.368 3.010 1955.700 2.492 21 HD 10588 0.28 10.220 2.675 0.496 78.007 0.020 20.100 108.330 3.132 22 HD 10909 0.36 4.236 1.640 0.537 30.107 0.499 12.530 38.267 2.837 23 HD 11353 0.72 25.860 3.324 0.017 1 652.000 0.590 3.300 655.740 3.132 24 HD 11559 0.41 9.591 2.428 0.171 1 672.400 0.180 4.640 65.850 1.973 25 HD 11909 0.05 24.570 4.074 0.731 1 567.660 0.360 10.800 60.200 18.310 26 HD 13480 0.06 10.770 2.834 2.809 14.732 0.040 56.500 57.000 35.800 27 HD 13530 0.46 7.220 2.098 0.245 1 650.000 0.750 13.500 115.600 2.314 28 HD 13611 0.13 19.150 3.677 0.204 1 642.100 0.000 5.910 106.470 5.291 29 HD 14214 0.01 1.733 1.209 0.198 93.500 0.450 19.400 118.280 5.910 30 HD 15814 0.01 1.518 1.105 0.850 19.379 0.390 24.000 31.200 18.310 31 HD 16620 0.01 1.514 1.325 0.335 975.900 0.280 2.200 8.704 5.860 32 HD 16739 0.01 2.222 1.300 1.122 331.000 0.670 21.400 24.800 5.900 33 HD 17433 0.35 2.754 1.097 0.556 13.200 0.070 30.400 60.000 11.550 34 HD 18894 0.01 1.635 1.174 0.939 363.100 0.690 24.000 30.000 20.750 35 HD 19942 0.79 10.050 2.097 0.742 45.779 0.000 26.910 76.085 7.366 36 HD 20084 0.23 10.660 2.780 0.029 1 088.300 0.060 5.700 552.410 2.591 37 HD 21018 0.02 21.020 3.848 0.159 287.201 0.000 10.800 260.580 12.680 38 HD 21120 0.07 16.240 3.414 0.020 1 654.900 0.260 4.400 734.060 4.412 39 HD 21242 0.27 3.255 1.486 1.669 6.438 0.000 66.700 59.400 6.000 40 HD 21754 0.43 29.880 3.744 0.841 960.000 0.400 8.300 36.950 1.664 41 HD 22468 0.21 2.477 1.199 0.960 2.838 0.000 49.400 61.700 40.000 42 HD 23838 0.04 8.688 2.577 0.558 962.800 0.720 20.200 93.350 1455.000 43 HD 24546 0.01 2.427 1.522 1.452 30.438 0.630 51.900 54.400 18.310 44 HD 26630 0.01 41.570 5.278 0.308 283.272 0.060 20.700 354.500 5.889 45 HD 27130 0.06 1.109 0.944 0.683 5.609 0.000 61.100 84.400 8.600 46 HD 27149 0.03 1.431 1.032 0.909 75.648 0.230 31.000 35.200 6.714 47 HD 27483 0.01 1.905 1.394 1.339 3.059 0.020 71.000 73.900 12.210 48 HD 27691 0.01 1.349 1.096 3.717 4.000 0.060 36.100 10.645 5.446 49 HD 27697 0.55 12.240 2.586 0.029 529.800 0.420 3.000 269.960 2.098 50 HD 27991 0.01 1.887 1.168 1.060 2 295.090 0.715 12.367 13.629 24.420 Apendice A. Tabela 53 Tabela B: Parâmetros orbitais e físicos dos sistemas binários. Ref. Nome Mzc Raio R1 M1 M2 Porb (R ) (M ) (M ) (dias) e K1 K2 Vsini 51 HD 28033 0.01 1.297 1.177 1.286 8.551 0.230 16.500 15.106 3.969 52 HD 28271 0.01 2.351 1.366 0.065 460.700 0.314 19.350 404.110 17.850 53 HD 28394 0.01 1.336 1.247 0.407 238.870 0.240 6.500 19.900 58.760 54 HD 28591 0.79 9.508 2.019 1.413 21.291 0.000 29.650 42.354 14.900 55 HD 29317 0.45 35.960 4.134 0.598 121.000 0.020 28.200 195.090 4.806 56 HD 30021 0.01 5.268 2.032 0.780 42.328 0.000 27.500 71.649 13.810 57 HD 30197 0.76 11.760 1.128 0.113 107.503 0.210 8.500 84.996 2.000 58 HD 30738 0.01 1.434 1.227 2.059 5.751 0.350 19.700 11.738 8.695 59 HD 30869 0.01 1.759 1.301 0.176 143.530 0.610 18.000 133.370 12.580 60 HD 32357 0.76 20.380 2.889 0.570 80.175 0.350 22.700 115.050 7.169 61 HD 33856 0.84 27.780 3.020 0.042 1 031.400 0.100 8.700 625.180 2.640 62 HD 34029 0.02 13.930 3.210 2.720 104.021 0.000 26.100 30.800 35.000 63 HD 34334 0.83 19.760 1.821 0.509 434.800 0.100 14.800 52.930 1.253 64 HD 49293 0.66 24.690 3.340 0.139 1 760.900 0.400 4.000 96.250 18.370 65 HD 50310 0.84 28.710 3.116 0.160 1 066.000 0.090 4.100 79.910 2.235 66 HD 57364 0.84 7.672 1.730 0.517 21.208 0.000 26.500 88.600 16.000 67 HD 58728 0.01 2.151 1.446 1.200 1.933 0.030 96.200 115.900 37.720 68 HD 58972 0.83 46.970 2.375 0.119 389.000 0.310 18.600 372.720 8.892 69 HD 59148 0.76 20.300 2.880 2.761 1 601.200 0.350 16.300 17.000 18.310 70 HD 59878 0.74 10.490 2.302 0.056 746.300 0.510 12.000 491.640 2.000 71 HD 60803 0.01 2.517 1.352 1.327 26.189 0.219 47.260 48.160 18.310 72 HD 61421 0.01 1.883 1.346 0.072 14 847.100 0.360 1.700 31.910 18.920 73 HD 61859 0.01 2.463 1.494 1.289 31.500 0.210 45.200 52.400 12.210 74 HD 62044 0.82 9.240 1.567 0.893 19.605 0.000 34.200 60.000 29.790 75 HD 62721 0.78 32.980 1.573 0.017 1 519.700 0.330 7.200 679.820 2.098 76 HD 64096 0.01 1.370 1.113 0.459 8 467.000 0.690 4.000 9.691 7.813 77 HD 64440 0.2 28.980 4.319 0.032 2 554.000 0.380 10.900 1492.800 26.120 78 HD 65195 0.12 4.809 1.906 0.947 37.900 0.000 37.200 74.899 7.415 79 HD 65626 0.01 4.749 1.902 1.862 11.076 0.110 60.700 62.000 12.900 80 HD 66216 0.85 14.350 2.072 0.011 2 437.800 0.060 5.200 941.890 2.443 81 HD 68256 0.01 1.320 1.014 0.003 6 302.000 0.120 4.300 1623.200 3.280 82 HD 69148 0.15 13.330 3.098 0.543 89.065 0.190 22.700 129.450 2.985 83 HD 73343 0.82 8.211 1.590 0.270 21.643 0.000 17.200 101.200 29.000 84 HD 73974 0.34 16.680 3.281 0.060 994.400 0.806 9.800 538.810 23.660 85 HD 74874 0.01 8.573 2.566 0.010 5 492.000 0.610 7.300 1971.600 3.477 86 HD 75958 0.19 9.173 2.636 0.034 1 898.700 0.706 13.330 1039.200 2.049 87 HD 76943 0.01 1.877 1.387 0.003 7 980.700 0.150 4.000 2014.900 11.850 88 HD 77137 0.03 2.332 1.238 1.255 3.199 0.000 97.500 96.200 23.000 89 HD 77258 0.01 7.346 2.399 0.440 74.147 0.050 17.800 97.019 3.231 90 HD 78418 0.03 1.941 1.164 0.922 19.412 0.200 26.600 33.600 2.075 91 HD 78515 0.34 15.480 3.096 0.018 1 700.760 0.060 4.400 738.580 2.542 92 HD 79028 0.01 1.582 1.159 1.237 16.240 0.090 35.300 33.073 6.431 93 HD 79910 0.85 14.590 1.734 0.187 922.000 0.290 10.000 92.600 440.900 94 HD 81025 0.04 7.735 2.441 0.570 66.717 0.000 23.300 99.792 3.969 95 HD 81410 0.73 6.097 1.667 0.892 12.868 0.000 38.000 71.000 26.100 96 HD 81809 0.02 2.439 1.299 0.752 12 589.600 0.247 4.752 8.210 3.540 97 HD 81858 0.01 2.507 1.345 0.001 42 678.500 0.560 2.200 5607.100 3.920 98 HD 83240 0.83 10.940 2.081 0.012 2 834.000 0.320 6.300 1123.400 2.591 99 HD 86146 0.01 2.002 1.395 1.042 9.284 0.000 18.900 25.300 14.650 100 HD 88284 0.79 10.160 2.129 0.099 1 585.800 0.140 3.700 79.490 1.932 Apendice A. Tabela 54 Tabela B: Parâmetros orbitais e físicos dos sistemas binários. Ref. Nome Mzc Raio R1 M1 M2 Porb (R ) (M ) (M ) (dias) e K1 K2 Vsini 101 HD 90537 0.27 8.498 2.417 0.003 14 390.500 0.660 3.200 2991.200 3.477 102 HD 92214 0.32 9.687 2.533 0.069 1 200.000 0.100 4.000 146.710 17.940 103 HD 94363 0.41 6.351 2.006 0.071 1 166.000 0.380 4.400 123.830 3.233 104 HD 95559 0.16 1.107 0.885 0.878 1.526 0.000 109.140 109.960 37.840 105 HD 95689 0.16 23.970 3.954 0.002 16 070.700 0.350 2.000 3411.800 2.295 106 HD 97907 0.85 25.370 2.723 0.018 2 962.700 0.415 9.410 1440.600 2.443 107 HD 99967 0.85 34.800 3.184 2.038 74.861 0.030 28.800 45.000 25.460 108 HD 101606 0.01 2.027 1.424 1.330 267.508 0.853 39.070 41.840 18.310 109 HD 102713 0.01 3.528 1.719 0.982 32.864 0.090 37.300 65.309 7.169 110 HD 102928 0.84 9.448 1.912 0.305 486.700 0.310 13.900 87.090 3.505 111 HD 105981 0.85 46.020 2.435 0.502 461.000 0.170 14.300 69.340 4.168 112 HD 106760 0.84 17.220 2.336 0.126 1 314.300 0.430 6.500 120.060 29.950 113 HD 107700 0.01 7.083 2.434 0.151 396.490 0.600 25.300 408.360 3.920 114 HD 107760 0.1 1.255 0.921 0.884 5.415 0.070 67.200 70.000 14.650 115 HD 110024 0.48 9.969 2.356 0.293 972.400 0.590 10.500 84.500 1.406 116 HD 110318 0.01 3.810 1.877 0.690 44.414 0.250 25.900 70.475 40.890 117 HD 116378 0.1 2.255 1.189 0.681 17.764 0.120 14.700 25.648 2.985 118 HD 116594 0.8 13.830 2.334 0.583 1 366.800 0.190 15.200 60.830 1.489 119 HD 119458 0.08 11.890 2.945 0.325 149.720 0.170 20.800 188.530 3.477 120 HD 121370 0.01 2.860 1.427 0.103 494.173 0.260 8.400 116.570 30.180 121 HD 122223 0.01 17.050 3.701 0.235 207.357 0.550 12.700 199.670 8.892 122 HD 122767 0.8 63.140 4.711 0.075 1 189.180 0.871 10.270 647.900 6.037 123 HD 123999 0.01 3.196 1.540 1.561 9.605 0.190 67.400 66.500 18.310 124 HD 124547 0.86 44.030 2.839 0.260 605.800 0.140 12.700 138.480 2.938 125 HD 125351 0.83 12.040 2.194 0.500 212.085 0.570 20.100 88.210 1.000 126 HD 128171 0.78 8.523 1.968 0.339 10.722 0.014 20.170 117.190 37.840 127 HD 131041 0.01 3.386 1.633 1.319 12.820 0.390 58.300 72.200 25.390 128 HD 136905 0.78 5.028 1.364 0.908 11.135 0.000 38.600 58.000 41.980 129 HD 137052 0.01 2.334 1.485 0.423 226.950 0.680 14.000 49.150 10.970 130 HD 137107 0.01 1.418 1.061 0.905 15 179.500 0.270 4.500 5.276 10.620 131 HD 139195 0.4 8.876 2.281 0.006 5 324.000 0.345 3.860 1562.000 2.000 132 HD 141544 0.85 15.530 2.075 0.263 137.550 0.140 21.200 167.050 3.526 133 HD 143313 0.43 3.039 1.088 2.349 9.015 0.000 53.500 24.776 4.954 134 HD 144069 0.01 2.962 1.628 0.002 16 326.300 0.750 3.700 3045.400 9.827 135 HD 144889 0.79 25.070 1.677 0.007 2 230.000 0.140 2.770 688.530 2.000 136 HD 145206 0.82 35.910 1.802 0.019 2 084.800 0.550 11.500 1063.600 3.083 137 HD 145849 0.86 34.550 2.343 0.028 2 150.000 0.600 16.000 1329.400 3.083 138 HD 146361 0.01 1.429 1.139 1.104 1.140 0.020 63.400 65.400 45.000 139 HD 148856 0.14 18.050 3.501 0.966 410.575 0.550 12.800 46.380 6.630 140 HD 150680 0.01 2.759 1.366 0.002 12 596.100 0.450 4.000 2785.000 4.658 141 HD 150708 0.04 2.297 1.217 0.716 4.630 0.000 86.800 147.600 22.000 142 HD 152404 0.05 2.283 1.207 1.179 13.610 0.460 64.000 65.500 23.320 143 HD 153472 0.82 19.220 1.736 0.006 4 991.000 0.404 4.780 1503.500 2.542 144 HD 154732 0.83 10.310 1.873 0.314 786.000 0.300 10.000 59.670 1.970 145 HD 155410 0.8 18.360 1.590 0.021 876.250 0.610 4.800 365.930 2.000 146 HD 155555 0.1 1.549 0.970 0.906 1.682 0.000 84.900 90.900 31.500 147 HD 155638 0.21 13.070 2.989 2.859 27.537 0.000 48.300 50.500 5.000 148 HD 155989 0.01 18.480 3.646 0.453 122.560 0.320 20.100 161.910 2.985 149 HD 157482 0.02 4.921 1.942 1.366 2 018.800 0.672 12.890 18.320 27.000 150 HD 158393 0.83 14.840 1.700 1.718 30.969 0.000 48.600 48.100 9.000 Apendice A. Tabela 55 Tabela B: Parâmetros orbitais e físicos dos sistemas binários. Ref. Nome Mzc Raio R1 M1 M2 Porb (R ) (M ) (M ) (dias) e K1 K2 Vsini 151 HD 158614 0.03 1.366 1.026 1.026 16 830.400 0.170 5.400 5.400 8.912 152 HD 158837 0.09 11.080 2.865 0.631 418.242 0.200 16.800 76.330 3.602 153 HD 160538 0.8 7.718 1.763 0.016 903.800 0.072 3.353 372.790 5.052 154 HD 160922 0.01 1.778 1.301 1.033 5.280 0.040 35.400 44.600 18.310 155 HD 163840 0.01 1.453 1.109 0.714 881.808 0.411 11.225 17.445 5.000 156 HD 165141 0.44 14.500 2.873 0.007 5 200.000 0.180 3.900 1645.100 9.729 157 HD 166208 0.05 14.640 3.242 0.013 2 017.000 0.378 2.920 755.770 3.083 158 HD 166285 0.01 2.531 1.492 1.432 199.550 0.302 14.200 14.800 6.592 159 HD 166865 0.01 2.484 1.447 1.298 10.520 0.310 46.200 51.500 30.520 160 HD 166866 0.01 2.991 1.549 1.449 1 247.200 0.975 44.790 47.880 18.310 161 HD 169156 0.38 9.484 2.392 0.014 2 373.791 0.100 5.800 988.940 8.892 162 HD 169986 0.01 5.678 2.213 3.261 386.000 0.470 28.000 19.000 109.900 163 HD 170547 0.26 13.490 2.948 0.097 503.400 0.240 13.800 419.240 2.345 164 HD 170829 0.1 2.067 1.119 0.427 26.390 0.180 12.400 32.475 2.345 165 HD 172831 0.78 6.585 1.755 0.300 485.300 0.210 9.700 56.720 1.555 166 HD 172865 0.1 7.214 2.361 2.361 33 529.200 0.910 9.500 9.500 3.052 167 HD 173282 0.01 2.219 1.447 1.047 33.161 0.720 50.300 69.500 7.325 168 HD 175306 0.85 22.330 2.678 0.651 138.420 0.110 23.500 96.630 127.300 169 HD 175492 0.01 19.710 3.785 0.229 245.300 0.120 16.000 264.340 3.575 170 HD 175515 0.81 10.830 2.095 0.009 2 994.000 0.240 4.700 1059.100 2.098 171 HD 176155 0.01 60.270 6.445 0.030 1 435.000 0.010 3.500 745.120 13.810 172 HD 176411 0.84 12.130 2.098 0.125 1 270.600 0.270 5.200 87.520 2.102 173 HD 176524 0.82 21.090 2.745 0.088 258.480 0.210 6.000 187.430 2.542 174 HD 177300 0.01 18.610 3.900 0.102 778.000 0.310 19.300 736.670 8.941 175 HD 178911 0.02 1.992 1.213 0.950 1 296.300 0.589 6.570 8.390 6.348 176 HD 179094 0.82 7.745 1.637 1.463 28.590 0.040 40.300 45.100 3.000 177 HD 179558 0.06 1.305 0.982 0.006 2 561.000 0.190 4.600 796.810 2.738 178 HD 179950 0.01 8.900 2.689 1.949 7 319.000 0.510 10.000 13.800 8.545 179 HD 181391 0.46 6.413 1.978 0.829 266.544 0.830 29.900 71.370 2.955 180 HD 183864 0.62 42.700 4.341 0.214 296.000 0.000 15.300 311.010 5.495 181 HD 185151 0.83 15.990 1.739 1.150 40.143 0.010 41.000 62.000 33.980 182 HD 185510 0.75 10.700 0.940 0.126 20.662 0.094 12.560 93.700 19.530 183 HD 188088 0.51 1.283 0.861 0.863 46.817 0.690 48.800 48.700 0.112 184 HD 189340 0.01 1.437 1.171 1.184 1 786.270 0.593 4.688 4.639 6.104 185 HD 189578 0.01 1.893 1.620 2.002 14.042 0.065 41.600 33.660 6.726 186 HD 189783 0.01 1.965 1.618 5.045 4.470 0.100 41.300 13.245 8.794 187 HD 191854 0.03 1.623 1.088 0.845 31 124.900 0.492 3.974 5.118 1.343 188 HD 193370 0.01 50.590 6.129 0.042 2 440.000 0.510 9.600 1407.600 6.135 189 HD 193891 0.74 5.957 1.643 0.704 38.787 0.022 27.530 64.205 7.120 190 HD 194152 0.8 15.980 2.595 0.038 1 124.060 0.759 7.810 538.680 2.542 191 HD 194215 0.71 19.620 2.913 0.106 377.600 0.070 11.200 307.930 3.329 192 HD 196524 0.01 3.980 1.813 0.004 9 733.700 0.480 7.600 3222.500 26.020 193 HD 196574 0.08 22.910 3.915 0.196 205.200 0.000 9.800 196.090 3.329 194 HD 196795 0.74 0.957 0.789 0.513 920.200 0.750 4.100 6.300 6.836 195 HD 196972 0.85 14.860 1.990 0.009 2 809.000 0.421 4.320 946.100 2.000 196 HD 197752 0.85 22.350 2.674 0.013 2 506.000 0.380 4.700 957.440 2.246 197 HD 198084 0.01 2.755 1.448 1.412 523.360 0.547 8.330 8.540 5.005 198 HD 199547 0.85 14.850 2.029 0.008 2 871.000 0.630 3.500 870.820 2.000 199 HD 199870 0.67 8.970 2.196 0.406 635.100 0.440 6.400 34.600 2.113 200 HD 202109 0.4 15.640 3.004 0.005 6 489.000 0.220 3.300 1863.900 4.412 Apendice A. Tabela 56 Tabela B: Parâmetros orbitais e físicos dos sistemas binários. Ref. Nome Mzc Raio R1 M1 M2 Porb (R ) (M ) (M ) (dias) e K1 K2 Vsini 201 HD 202275 0.01 1.830 1.256 1.277 2 082.100 0.460 12.400 12.200 8.667 202 HD 202710 0.1 35.760 4.821 0.090 1 217.200 0.808 14.700 784.910 26.120 203 HD 202908 0.01 1.779 1.200 1.137 3.966 0.003 66.030 69.690 10.000 204 HD 204075 0.14 32.170 4.576 0.018 2 300.000 0.330 3.700 963.020 3.378 205 HD 204934 0.84 9.852 1.810 0.098 144.410 0.100 5.900 109.340 2.985 206 HD 206301 0.03 2.951 1.450 0.949 13.174 0.160 23.000 35.160 5.860 207 HD 209318 0.58 4.789 1.196 0.558 5.074 0.000 53.000 113.500 43.000 208 HD 209813 0.83 9.846 1.915 0.947 24.428 0.010 34.600 70.000 22.450 209 HD 209943 0.03 1.215 0.997 0.937 1.150 0.000 105.600 112.400 5.127 210 HD 210763 0.01 3.686 1.682 1.341 42.381 0.620 49.500 62.100 11.350 211 HD 211416 0.85 43.510 2.474 0.158 4 197.700 0.390 7.200 113.000 4.863 212 HD 212280 0.03 4.489 1.847 1.510 45.284 0.499 44.080 53.900 25.640 213 HD 213429 0.01 1.265 1.163 0.635 630.140 0.382 11.442 20.959 5.000 214 HD 214511 0.01 1.797 1.376 4.575 4.570 0.029 45.030 13.544 6.234 215 HD 214850 0.04 2.485 1.292 0.006 7 644.520 0.720 13.600 3082.600 2.394 216 HD 215182 0.02 21.550 3.884 0.781 818.000 0.150 14.200 70.580 1.803 217 HD 216219 0.02 2.843 1.424 0.004 4 098.036 0.101 3.110 1088.900 2.000 218 HD 218658 0.06 10.240 2.775 0.112 556.720 0.300 24.200 599.820 4.215 219 HD 219113 0.08 3.274 1.535 1.132 3.965 0.040 81.500 110.500 15.000 220 HD 219834 0.08 2.169 1.149 0.008 2 323.600 0.080 5.500 823.440 3.034 221 HD 221950 0.01 1.574 1.337 1.292 45.459 0.370 40.100 41.500 29.300 222 HD 222317 0.02 1.860 1.158 0.796 6.202 0.019 41.300 60.100 10.000 223 HD 222404 0.78 4.908 1.334 0.001 24 135.000 0.389 2.040 3610.300 2.000 224 HD 224085 0.42 2.074 0.902 0.976 6.724 0.030 36.800 34.000 41.310 225 HD 236433 0.01 33.330 4.799 0.040 2 440.000 0.140 15.100 1794.100 9.926 226 HD 244138 0.52 4.629 1.584 0.051 241.900 0.040 4.700 147.320 22.680 227 HD 283882 0.65 1.086 0.828 0.787 11.929 0.510 60.900 64.100 4.607 228 HD 341475 0.12 2.510 1.276 1.246 7.959 0.039 70.600 72.300 10.000 229 HD 348635 0.1 2.734 1.369 1.396 8.801 0.000 72.210 70.800 10.000 230 BD+24 1959 0.01 2.661 1.373 0.627 10.173 0.000 32.200 70.460 7.000 231 BD+24 4742 0.06 1.722 1.047 1.056 11.660 0.000 24.500 24.300 9.000 232 BD+39 2849 0.07 2.081 1.135 1.058 7.606 0.050 69.000 74.000 8.800 233 BD+45 3310 0.09 1.302 0.928 0.854 11 500.000 0.740 6.900 7.500 4.761 234 BD+47 781 0.06 2.393 1.253 1.268 8.038 0.000 75.700 74.800 9.000 235 BD+61 1211 0.41 2.875 1.081 0.746 7.492 0.000 27.600 40.000 42.630 236 BD-5 1935 0.09 1.599 1.001 0.892 6.051 0.030 76.400 85.700 10.000 237 BW Aqr 0.01 2.080 1.480 1.380 6.720 0.178 78.400 84.200 0.932 238 ZZ Boo 0.01 2.150 1.620 1.570 4.992 0.000 90.200 93.000 0.969 239 SZ Cen 0.01 3.620 2.280 2.320 4.108 0.000 111.300 109.400 1.018 240 EI Cep 0.01 2.330 1.680 1.770 8.439 0.000 81.200 76.900 1.054 241 RZ Cha 0.01 2.260 1.510 1.510 2.832 0.000 108.200 107.600 1.000 242 SW Cma 0.01 3.010 2.220 2.030 10.092 0.500 90.000 90.000 0.914 243 CW Eri 0.01 2.080 1.590 1.330 2.728 0.000 98.900 118.000 0.836 244 V624 Her 0.01 3.030 2.270 1.870 3.895 0.000 96.600 117.200 0.824 245 RR Lyn 0.01 2.500 2.000 1.550 9.945 0.080 65.700 87.200 0.775 246 FL Lyr 0.01 1.280 1.220 0.960 2.178 0.000 93.500 118.900 0.787 247 WZ Oph 0.01 1.330 1.130 1.110 4.184 0.000 85.900 87.000 0.982 248 CD Tau 0.01 1.800 1.440 1.370 3.435 0.000 94.400 102.000 0.949 249 DM Vir 0.01 1.760 1.450 1.450 4.669 0.000 91.100 90.700 0.991 250 Y Sex 0.01 1.568 1.471 0.287 0.420 0.000 40.000 218.000 0.195 Apendice A. Tabela 57 Tabela B: Parâmetros orbitais e físicos dos sistemas binários. Ref. Nome Mzc Raio R1 M1 M2 Porb (R ) (M ) (M ) (dias) e K1 K2 Vsini 251 V zet And 0.84 14.400 2.700 0.780 17.767 0.013 - - - 252 HD 30050 0.82 2.830 1.690 1.630 39.281 0.360 25.800 - - 253 HD 114519 0.01 4.000 1.440 1.410 4.798 0.000 89.700 86.000 - 254 HD 118216 0.01 3.100 1.500 0.800 2.613 0.040 9.500 - - 255 HD 121909 0.01 1.100 1.040 1.020 0.817 0.000 137.800 135.200 - 256 HD 163930 0.01 1.850 1.610 1.310 3.993 0.000 83.400 93.000 - 257 HD 165590 0.01 1.000 1.040 0.590 7 397.540 0.960 18.000 33.400 - 258 HD 184398 0.55 62.000 4.830 2.900 108.571 0.050 22.100 - - 259 HD 200391 0.01 1.070 1.100 1.050 0.698 0.020 138.500 149.300 - 260 HD 210334 0.1 2.720 1.270 1.230 1.983 0.000 116.100 115.600 - APENDICE B CONSTANTES FÍSICAS E ASTRONÔMICAS Constantes físicas e astronômicas usadas no textos estão listadas aqui com seus respectivos valores em unidades S.I. Constantes físicas Constante gravitacional = 6,673 ×10−11 N m2 /kg2 Constante de Stefan-Boltzmann (σ) = 5,67 ×10−8 W/m2 /K4 Constantes astronômicas Unidade Astronômica = 149 597 871 464 m Parsec = 3,086 ×1016 m Características Solares Massa = 1,9884 ×1030 kg Raio = 695,970 ×106 m Luminosidade = 3,85 ×1026 W Temperatura efetiva = 5778 K Idade = 4,6 ×109 anos Período Rotacional = 25 - 35 dias 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alexander, M. E. The Weak Friction Approximation and Tidal Evolution in Close Binary Systems. Astrophysics and Space Science, vol. 23, ed. 2, pág. 459, 1973. Alladin, S. M.; Parthasarathy, M. Tidal disruption and tidal coalescence in binary stellar systems. Royal Astronomical Society, Monthly Notices, vol. 184, pág. 871, 1978. Barblan, F.; Bartholdi, P.; North, P.; Burki, G.; Olson, E. C. Physical parameters of the Algol system TZ Eridani from simultaneous analysis of Geneva 7-colour light curves. Astronomy and Astrophysics Supplement, vol. 132, pág. 367, 1998. 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