Rochas sedimentares ROCHA SEDIMENTAR Formada a partir da compactação e/ou cimentação de fragmentos produzidos pela ação dos agentes de intemperismo e pedogênese sobre a rocha pré-existente. Rocha sedimentar Sedimento? ◦ Latim: assento, deposição ◦ Aquilo que se depositou Deposição! ◦ Pressupõe movimento, transporte. ◦ Transporte físico e químico. Erosão e Intemperismo ! INTEMPERISMO Intemperísmo: conjunto de modificações FÍSICAS (desagregação) e QUÍMICA (decomposição) da rocha. A ÁGUA e o CALOR atuam fisicamente sobre a rocha diminuindo o seu tamanho e quimicamente alterando sua composição química. Se essa influência for em grau mais elevado o INTEMPERISMO ou METEORIZAÇÃO é mais rápido. Uma vez alterado forma-se o manto de intemperização (regolito), do qual o SOLO é a parte mais superficial. Tipos de Intemperismo Intemperísmo físico ◦ Fragmentação por ação do gelo ◦ Liberação de pressão ◦ Expansão e contração termal ◦ Organismos Intemperísmo químico ◦ Hidratação ◦ Dissolução ◦ Hidrólise ◦ Acidólise ◦ Oxidação Intemperismo físico Fragmentação por ação do gelo. A água líquida ocupa as fissuras da rocha (a) que posteriormente congelada, expande e exerce pressão nas paredes (b) Intemperismo físico Liberação de pressão Os plútons (batólitos) se cristalizam sob enorme pressão e são estáveis, se a rocha é elevada e exposta a erosão, a pressão é reduzida e se formam juntas de planares de alívio. Estas descontinuidades servem de caminhos para a percolação das águas que promovem a alteração química. a) antes da erosão; b) depois da erosão Intemperismo físico Expansão e contração termal ◦ O volume das rochas muda conforme é aquecida e depois resfriada. ◦ A temperatura em alguns lugares pode variar de 50ºC durante o dia a -30ºC durante a noite. ◦ As rochas são más condutoras de calor: esquentam e se expandem mais na parte externa do que na parte interna. ◦ Os minerais escuros absorvem e perdem calor (esquentam e resfriam) mais rapidamente, promovendo uma expansão diferencial entre eles. Intemperismo físico Organismos ◦ Animais, plantas e bactérias alteram física e quimicamente as rochas. ◦ Animais que vivem em tocas (vermes, répteis, roedores, cupins e formigas) misturam solo e partículas de sedimento e, trazem material das profundezas para a superfície, onde posteriormente o intemperísmo ocorre. As raízes das árvores penetram nas fraturas das rochas, promovendo alterações químicas e físicas. Intemperismo físico provocado por organismos A fragmentação das rochas - Bloco único de1 m de lado -Volume = 1 m3 - Superfície específica = 6 m2 -8 fragmentos, de 0,5 m de lado -Volume = ( 0,5 )3 x 8 = 1 m3 - Superfície específica = 12 m Ruptura ao longo de fraturas A fragmentação das rochas aumenta a superfície exposta ao ar e a água abrindo caminho para o intemperismo químico Intemperismo químico A água da chuva (rica em O2) é o principal agente do intemperismo químico. Quando as rochas afloram, seus minerais entram em desequilíbrio e, através de uma série de reações químicas, transformam-se em outros minerais, mais estáveis nesse novo ambiente. Em interação com o CO2 da atmosfera, essa água adquire caráter ácido. ◦ CO2 + H2O H2CO3 ◦ H2CO3 H+ + HCO3◦ HCO3 - H = CO32- Hidratação As cargas elétricas insaturadas na superfície dos grãos minerais atraem as moléculas de água, que funcionam como dipolos devido à sua morfologia As moléculas de água entram na estrutura do mineral. Exemplo de transformação da anidrita em gipso: CaSO4 + 2H2O CaSO42H20 Dissolução Solubilização completa 2+ ◦ Calcita : CaCO3 Ca + CO3 + ◦ Halita : NaCl Na + Cl 2- A dissolução intensa das rochas pode levar a formação de carvernas. Hidrólise Os principais minerais formadores de rochas são os silicatos e quando em contato com a água esses minerais sofrem hidrolise. Na maior parte dos ambiente na terra a água tem pH entre 5 e 9. Acidólise Nos ambientes mais frios, a decomposição da matéria orgânica não é total e, formam-se ácidos orgânicos que diminuem bastante o pH da água, sendo capazes de complexar Fe e Al, colocando-os em solução. Em pH ácidos (<5,0) a acidólise é o processo dominante na decomposição dos minerais primários. Oxidação Alguns elementos podem estar presentes nos minerais em diferentes estados de oxidação. Exemplo: Fe2+ Fe3+ biotita, anfibólitos, piroxênios, olivinas são liberados para a solução sob a forma Fe3+ A intensidade do intemperismo aumenta com a pluviosidade, resultando num solo com maior proporção de minerais secundários (fração argila). A cada faixa de pluviosidade corresponde uma composição preponderante dos minerais secundários. Fatores de formação do solo C : clima (água, calor) R : rocha (material de origem) O : organismos (vegetais e animais ) T : topografia (relevo) I : Idade (tempo) O clima afeta a distribuição das plantas e animais indiretamente através da sua influencia sobre o solo Climas do Brasil Material de origem Ordem de estabilidade dos minerais frente ao intemperismo (Série de Goldich) Estabilidade dos minerais Taxa de alteração Mais estável Mais lenta Óxido de Ferro (hematita) Hidróxido de Alumínio (gibsita) Quartzo Argiliminerais Muscovita Ortoclásio Biotita Anfibólios Piroxênios Anortita Olivina Calcita Halita Menos estável Mais rápida Fitogeografia Perfil de alteração de solo típico, O perfil de solo típico é constituído, da base para o topo, pela rocha inalterada, saprolito e solum. O solum compreende os horizontes afetados pela pedogênese (O, A, E e B). O solo compreende o saprolito (C) e o solum. Perfil de alteração de solo típico, O perfil de solo típico é constituído, da base para o topo, pela rocha inalterada, saprolito e solum. O solum compreende os horizontes afetados pela pedogênese (O, A, E e B). O solo compreende o saprolito (C) e o solum. A concentração hidrogeniônica nas imediações das raízes das plantas pode ser muito grande (baixo pH), facilitando trocas iônicas com os grãos minerais. O tipo e a intensidade do INTEMPERISMO podem ser relacionados ao CLIMA (temperatura, e pluviosidade) e a VEGETAÇÃO. O intemperismo químico é mais pronunciado nos trópicos. Nas regiões polares e nos desertos, o intemperismo é mínimo. Influência da TOPOGRAFIA na intensidade do intemperismo. A: Boa infiltração e boa drenagem favorecem o intemperismo químico. B: Boa infiltração e má drenagem desfavorecem o intemperismo químico. C: Má infiltração e má drenagem desfavorecem o intemperismo químico e favorecem a erosão. TRANSPORTE VENTO VENTO VENTO E CHUVA FLUXO GRAVITACIONAL DE MASSA Água PROCESSOS ALUVIAIS PROCESSOS ALUVIAIS ASPECTO MEANDRANTE E ANASTOMASADO DO RIO PARAÍBA DO SUL Processos de transporte e deposição de sedimentos no meio marinho TIPOS DE ARREBENTAÇÃO AÇÃO DO SOL E DA LUA SOBRE A MARÉ As marés são fenômenos gerados pela atração gravitacional entre a Terra o Sol e a Lua Principais forças atuantes sobre grãos livres em movimento: a - força-peso (P) e sua reação, o empuxo (E), b - força de coesão (C) entre partículas, c - força ascendente (A), introduzida devido à turbulência gerada no fluido pela presença de um obstáculo d - esforço tangencial (T) exercido pelo fluido sobre o grão. Distância de Transporte Curta Moderada Longa SEDIMENTAÇÃO EROSÃO E SEDIMENTAÇÃO Cenários da existência de um grão sedimentar, com quantificação relativa das taxas de intemperismo (I), erosão (E) e deposição (D). CLASSIFICAÇÃO DOS SEDIMENTOS segundo a granulometria Intervalo granulométrico Classificação nominal Diagênese Processos e produtos diagenéticos ◦ ◦ ◦ ◦ Compactação Dissolução Cimentação Recristalização Representação esquemática dos três principais estágios de evolução hidrodinâmica de um depósito sedimentar liquefeito: 1. 2. 3. Equilíbrio instável: fluidificação; Quebra do equilíbrio instável e início da ressedimentação; Final da ressedimentação: equilíbrio estável. Representação genérica de rochas sedimentares, com indicação de seus componentes principais. Classificação das rochas sedimentares Nome e tamanho do sedimento Descrição Nome da rocha Detritícas (Clásticos) Cascalho (>2mm) Areia (0,0625 - 2mm) Lama (<0,0625mm) Partículas arredondadas de cascalho Partículas angulares de cascalho Principalmente areia de quartzo Quartzo com >25% de feldspato Principalmente Silte Silte e Argila Principalmente Argila textura Variada Variada Cristalina Cristalina Conglomerado Brecha Arenito Arcósio Siltito Lamito* Lutito Argilito* Químicas Calcita Dolomita Gipsita Halita Calcário Dolomito Carbonatos Gesso Halita Evaporitos Bioquímicas (Orgânicas) Clástica Normalmente Cristalina ------------ Conchas de Carbonato de Cálcio Calcário Conchas microscopicamente alteradas Silex de SiO2 Principalmente carbono de restos de Carvão plantas e alteradas *Folhelhos: lamitos e argilitos que são friáveis, ou seja se romprem em planos rigorosamente espaçados Nomenclatura das rochas sedimentares Rochas Terrígeas Rochas Carbonáticas Diagrama para classificação de rochas carbonáticas Critérios e termos usuais na classificação de rochas sedimentares terrígenas e carbonáticas Os termos grafados em azul, verde e vermelho correspondas rochas de granulação cascalho, areia e argila Diagrama para classificação de rochas lutáceas Depósitos de cascalhos intercalados com areia Conglomerado Arenito Arenito Folhelho Ritmito Durante o Oligoceno (Terciário), a porção central da Bacia de Taubaté foi ocupada por um extenso lago, onde foram depositadas as camadas de argilas esverdeadas da Formação Tremembé. Estas argilas, de composição esmectítica, são lavradas para uso industrial. Calcário (CaCO3) Jazida de Calcário Gipsita (CaSO4) Evaporito Halita (NaCl) Evaporito Silex (SiO2) Carvão Mineral