Cronologia e Etimologia dos Elementos Químicos

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C r o n o l o g i a
Ee l e E mt ei m
n to ol so g Qi au í dm oi sc o s
Os elementos químicos serão citados em ordem cronológica, à exceção dos
primeiros, conhecidos desde tempos ancestrais e impossíveis de datação.
São dadas para cada elemento, as seguintes informações: nome, símbolo e
posição na tabela periódica, data da descoberta ou isolamento, origem do
nome, nome do descobridor ou sintetizador e, eventualmente, outras
informações relevantes.
Campus Macaé
Carbono, C, 6 - Conhecido desde tempos ancestrais. Do grego carbo
(carvão). Constitui apenas 0,09 % da crosta da Terra mas é o elemento mais
L I N K Simportante
:
para a vida. Pode existir como diamante e grafita, em estado livre
e combinado. Desde 1985 é conhecido na forma alotrópica molecular C60, o
SIGA | SIGMA | SiBI
buckminster-fullereno, popularmente "buckyball", um dos compostos da
SAP | SIRHu
família dos fullerenos. Seu isótopo 14C, com meia vida de 5730 anos, é
CAPES | CNPq | FINEP
importante para a datação arqueológica. O isótopo 13C é importante para a
FAPERJ | SBQ | ANP
determinação da estrutura de moléculas orgânicas por Ressonância
ABIQUIM | ABQ
Magnética Nuclear.
Enxofre, S, 16 - Conhecido desde tempos ancestrais. Do sânscrito, sulvere;
símbolo do latim, sulphur.
Cobre, Cu, 29 - Conhecido de muitas civilizações antigas, desde 9000 a.C..;
do latim Cuprum, de Cyprus, ilha em que foi descoberto e de onde provinha o
metal para os romanos. Jóias anteriores a 9000 a.C., confeccionadas com
este elemento, foram encontradas no atual Iraque.
Chumbo, Pb, 82 - Metal conhecido desde tempos ancestrais, usado em
esculturas egípcias de 5000 a.C. e, pelos romanos, em tubulações de
chumbo para distribuição de água; mencionado na Bíblia e no Livro de Job. O
símbolo provém do latim plumbum.
Estanho, Sn, 50 - Desde 3500 a.C.. Um dos primeiros elementos metálicos
usados pelo homem, no Egito, na liga bronze: 80% Cu, 20% Sn. Nome e
símbolo, do latim stannum.O nome inglês, "tin", reflete a raiz Tinia, deusa
etrusca.
Ferro, Fe, 26 - Conhecido desde ca. 1100 a.C.; O uso do ferro deu nome à
Idade do Ferro. O símbolo provém do latim, ferrum. Em inglês antigo, "iren",
em alemão, "eisen".
Prata, Ag, 47 - Conhecida desde tempos ancestrais. Acúmulos de rejeitos de
escórias indicam que a prata era separada do chumbo desde 3000 a.C. Do
provençal. plata (lâmina de metal); o símbolo Ag deriva do latim argentum.
Mercúrio, Hg, 80 - Conhecido desde tempos ancestrais, por chineses e
egípcios; encontrado em tumbas de 1500 a.C. Foi associado ao planeta
Mercúrio, deus romano da eloquência, sabedoria e comércio. Em grego,
hydrargyrus (hydro = água) + (argyrus = prata), ou seja, prata líquida; o
símbolo Hg, do latim hidrargyrum (prata líquida).
Ouro, Au, 79 - Conhecido desde civilizações ancestrais. No sânscrito jval e
no anglo-saxônico geolo, significam "ouro"; o símbolo Au, do latim aurum
(brilhoso).
Arsênio, As, 33 - Compostos de arsênio eram minerados por chineses,
gregos e egípcios, em tempos ancestrais. Em 1250, o primeiro isolamento do
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metal, pelo alquimista alemão Albertus Magnus. - 1. Do latim arsenicum
(masculino, porque antigamente pensava-se que metais teriam sexo); - 2. do
grego arsenikon, nome que provém de arsenicum, o ouro-pimento (em inglês,
"orpiment"), pigmento amarelo usado nos tempos da Grécia e Roma antigas,
por propriedades afrodisíacas.
Antimônio, Sb, 51 - Reconhecido em compostos de civilizações antigas. No
Sec. 17, foi identificado como metal. Do grego anti + monos (não sozinho).
Símbolo, do latim stibium (marca).
Bismuto, Bi, 83 - Conhecido desde o Sec. 15. - 1. do grego bismuthos
(alvaiade de chumbo), porque antigamente era confundido com estanho e
chumbo; - 2. do alemão weisse masse (massa branca), depois, wissmuth.
Descoberta do elemento, creditada, em 1753, francês Claude Geoffroy, o
Jovem.
Fósforo, P, 15 // 1669 - Descoberto pelo médico alemão Hennig Brandt. Do
grego phosphoros (portador de luz, porque, por lenta oxidação ao ar à
temperatura ordinária brilha no escuro.
Cobalto, Co, 27 // 1735 - Isolado pelo químico sueco Georg Brandt. Há
milhares de anos, já era conhecido dos egípcios a fabricação de vidro azul
com traços de minerais de cobalto. Kobold, do alemão antigo, gnomo
malígno, ou espírito malígno, conhecido dos mineiros e associado ao Nickel,
ambos prejudiciais a outros minerais das minas da Alemanha, tornando-os
venenosos.
Platina, Pt, 78 // 1741 - Há indícios de uso nas civilizações pré-colombianas
nas Américas. Descoberta, em 1741, pelo inglês Charles Wood, que a
designou, do espanhol, platina (diminutivo de prata).
Zinco, Zn, 30 // 1746 - Minérios usados em tempos medievais, na China e
Índia; no Sec. 13, o primeiro isolamento do metal, na Índia; em 1746, o
primeiro isolamento do metal puro, na Europa, pelo químico alemão Andreas
Sigismund Marggraf. De zink palavra alemã de origem incerta.
Níquel, Ni, 28 // 1751 - Isolado da nicolita, pelo químico sueco Axel Fredrik
Cronstedt. 1. do alemão "Kupfernickel", que significa cobre falso; 2. do
alemão Nickel, nome de um gnomo que, segundo a mitologia, habitava as
minas da Alemanha, associada a outro, o Kobalt. (ant. Kobold)
Bismuto, Bi, 83
// 1753 - Identificado por Claude Geoffroy.
Magnésio, Mg, 12 // 1755; 1808 - Reconhecido como elemento, por
Joseph Black. Só em 1808, isolado e identificado, por Sir Humphry Davy. Do
grego Magnesia, cidade da Tessália, na Grécia antiga.
Hidrogênio, H, 1 // 1766 - Provavelmente descoberto no Sec. 16, por
Paracelsus e investigado em 1766 por Henry Cavendish, que mostrou que, da
queima do hidrogênio resulta água. Dewar preparou hidrogênio líquido e sólido
em 1898. Do grego hydro (água) + genes (formação).
Flúor, F, 9 // 1771; 1886 - Em 1771, primeiramente identificado por Karl
W. Scheele. De isolamento dificílimo, devido à extrema reatividade do gás, só
75 anos após, em 1886, foi isolado na forma elementar pura, pelo químico
francês F. Henry Moissan, pelo que, recebeu o Prêmio Nobel em 1906. Do
latim fluere (fluir), por ser, a fluorita, usada como fluido.
Nitrogênio, N, 7 // Em 1772, primeiramente, produzido pelo químico e físico
escocês Daniel Rutherford ("mephitic air"); Priestley (1780) chama-o
"phlogisticated air"; Cavendish (1785) produziu ácido nítrico do ar, pelo que,
designou-o nitrogen ("niter-producing"). Do latim nitrum e do grego nitron
(soda ativa) + genes (formação). Sinônimo obsoleto: azoto. Com 78% do ar,
vol/vol, domina a composição da atmosfera terrestre. Composto de nitrogênio
de uso mais recente: azida de sódio, NaN3, empregada nos "airbags", para
proteção do motorista de carros; muito explosivo, decompõe-se pelo impacto,
liberando grandes volumes de gás.
Cloro, Cl, 17 // 1774 - Descoberto pelo químico sueco Carl Wilhelm
Scheele; erroneamente identificado como composto contendo oxigênio. Em
1810, identificado por Sir Humphry Davy como o elemento cloro. Do grego
khloros (verde pálido, amarelo esverdeado).
Manganês, Mn, 25 // 1774 - Isolado pelo químico sueco Johan Gottlieb
Gahn. Do latim magnesia (íman), pelas propriedades magnéticas da
pirolusita, ou lithos magnëtis, pedra magnesiana (de Magnésia, na Tessália).
Há também registro da origem de magnesia nigra, não magnética (MnO2),
transformada em magnesium, mais tarde em manganese.
Oxigênio, O, 8 // 1774 - O crédito da descoberta é geralmente, dado ao
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químico inglês Joseph Priestley, mas, Carl W. Scheele, em Uppsala, Suécia,
descobriu-o primeiro, só o tendo publicado tardiamente. O crédito pela
designação do elemento é de Antoine Laurent Lavoisier, que, incorretamente,
pensou que o oxigênio seria necessário à formação de todos os ácidos.
Raizes gregas: ox-, oxal-, oxy-, de oxys (ácido) + genes (formação).
Bário, Ba, 56 // 1774; 1808 - Em 1774, o químico sueco Karl Wilhelm
Scheele já distinguira a barita da cal. O elemento bário, descoberto e isolado
em 1808, pelo químico inglês Sir Humphry Davy. 1. Do grego barys
(pesado); 2. de barita, mineral em que foi descoberto.
Molibdênio, Mo, 42 // 1778 - O químico sueco Carl Wilhelm Scheele
isolou-o e designou-o, do grego, molybdos (chumbo), por tê-lo isolado da
molibdenita (que se pensava ser minério de chumbo; também confundido com
grafita (chumbo preto)).
Cromo, Cr, 24 // 1780 - Descoberto por -Nicholas Louis Vauquelin. Do
grego khroma (cor) - o metal forma muitos sais coloridos.
Telúrio, Te, 52 // 1782 - Descoberto, na Transilvânia, pelo inspetor de
minas e cientista amador alemão Franz J. Müller; só conhecido em 1798, em
uma publicação do químico alemão Martin H. Klaproth, que lhe deu o nome,
mas registrou o crédito a Müller. Do grego tellus, que significa Terra.
Tungstênio, W, 74 // 1783 - Descoberto por dois irmãos espanhóis - Juan
José e Fausto d'Elhuyar y de Suvisa - que o isolaram do mineral volframita,
em inglês, wolframite, de onde provém o símbolo. Do sueco tung + sten
(pedra dura), por sua alta densidade (19,3 g/cm3).
Zircônio, Zr, 40 // 1787 - O mineral zircônia foi conhecido desde tempos
ancestrais. O metal só foi descoberto em 1787, por Martin Heinrich Klaproth.
E o metal impuro foi isolado por Jöns Jacob Berzelius, em 1824. 1) de zircão,
por ter sido descoberto neste mineral; 2) do persa zargun (cor de ouro).
Estrôncio, Sr, 38 // 1790 - Descoberto e designado pelo cientista irlandês
Adair Crawford, que primeiro o identificou na vila escocesa de Strontian, onde
foi descoberto. Sais de estrôncio vermelhos são muito usados em fogos de
artifício e em tubos de TV a cores.
Ítrio, I, 53 // 1789; 1841 - Identificado, pelo químico finlandês Johann
Gadolin. De Ytterby, vila sueca próxima a Estocolmo, de onde proveio o
mineral de terras raras.
Urânio, U, 92 // 1789; 1841 - É o último e o mais pesado da série dos
elementos naturais. Descoberto em 1789 pelo químico alemão Martin J.
Klaproth. Em 1841, o metal foi isolado e identificado pelo químico francês
Eugène-Melchoir Peligot. Em 1886, foi identificado pelo físico francês Henri
Becquerel como o primeiro dos elementos radioativos; e, em 1944, foi o
primeiro elemento usado, por Enrico Fermi, em reação nuclear autosustentável, no trabalho de que resultou a bomba atômica. Designado em
homenagem ao planeta Uranus, descoberto coincidentemente com o
elemento. Sinônimo (obsoleto): uranita.
Titânio, Ti, 22 // 1791 - Descoberto pelo pastor inglês, mineralogista
amador, Reverendo William Gregor. Do grego Titans, personagens da
mitologia grega (os primeiros filhos da Terra).
Berílio, Be, 4 // 1798; 1828 - Em 1798, foi descoberto pelo químico francês
Nicholas Louis Vauquelin, mas só em 1828, foi isolado pela primeira vez,
independentemente, por Friedrich Wöhler. Somente em 1957, o metal tornouse disponível comercialmente. -1. Do grego beryllos (cristal); - 2. De glykis,
porque seus sais têm sabor adocicado. 3. Do grego glucinium.
Vanádio, V, 23 // 1801 Descoberto pelo químico mexicano Andrés
Manuel del Rio, que removeu sua reinvidicaçao de crédito, perante a disputa
pela descoberta. Redescoberto em 1830 pelo químico sueco Nils G.
Sefström. Nomenclatura proveniente de Vanadis, deusa da mitologia
escandinava, pela beleza das múltiplas cores de seus compostos.
Nióbio, Nb, 41 //
1801 - Descoberto pelo inglês Charles Hatchett,
associado ao tântalo, em uma amostra de columbita. 1. De Niobe,
personagem mitológica grega, filha de Tantalo. 2. Nome original, columbio, em
homenagem a Cristovão Colombo.
Tântalo, Ta, 73 // 1802 - Descoberto pelo químico sueco Anders Gustav
Ekeberg, que o isolou de minerais provenientes da vila sueca Ytterby; mas, o
tântalo puro só ficou disponível em 1903. De "Tantalus", personagem
mitológico da Grécia, pai de Niobe, rainha de Tebas, condenado a morrer de
sede (alusão ao caráter não absorvente ou à dificuldade em dissolver seus
sais minerais em ácido).
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Ródio, Rh, 45 //
1803 - Descoberto pelo químico inglês William Hyde
Wollaston. Do grego rhodon, por causa da cor rosada de seus sais.
Paládio, Pd, 46 // 1803 - De Pallas, asteróide descoberto em 1802,
pouco antes da descoberta do elemento, em 1803, pelo químico inglês
William Hyde Wollaston, em uma amostra de platina.
Cério, Ce, 58 // 1803 - Descoberto, simultaneamente, pelo químico sueco
Jöns Jacob Berzelius e os químicos alemães Wilhelm Hisinger e Martin
Klaproth. Só em 1875 veio a ser preparado na forma metálica pura. De Ceres,
asteróide descoberto dois anos antes do elemento.
Ósmio, Os, 76
//
1803 - Descoberto pelo químico inglês Smithson
Tennant no resíduo da dissolução de platina em água régia. Do grego osme
(cheiro), porque seu tetróxido tem forte odor, prejudicial. Sinônimo: no estado
nativo, por vezes denominado osmita.
Irídio, Ir, 77 // 1803 - Descoberto com o ósmio, pelo químico inglês
Smithson Tennant, por processo semelhante ao empregado para o ósmio. Do
latim iris (arco-iris), pela iridescência de seus compostos, exibindo diversas
cores.
Sódio, Na, 11 //
1807 - Isolado e identificado pelo químico inglês, Sir
Humphry Davy. Do latim medieval sodanun, medicamento para cefaléia, nos
tempos ancestrais; o símbolo provém do latim natrium (carbonato de sódio).
Potássio, K, 19 // 1807 - Isolado por Sir Humphry Davy. Do ingl.
potash, pot (pote) + ash, porque, antigamente, queimava-se madeira, ou
plantas, em potes ("pot") de ferro, para produzir a cinza ("ash"), a ser usada
como fertilizante. O símbolo provém do latim kalium (álcali).
Boro, B, 5 // 1808 Isolado pelo químico Sir Humphry Davy e,
independentemente, pelos químicos franceses Joseph-Louis Gay-Lussac e
Louis Jacques Thénard. 1. do árabe buraq; 2. do persa burah.
Cálcio, Ca, 20
// 1808 – O metal cálcio, foi isolado em 1808 por Sir
Humphry Davy. Do latim calx (cal), que já era usada pelos romanos, desde
os anos 100 a. C.
Iodo, I, 53 // 1811 - Descoberto pelo químico francês Bernard Courtois. Do
grego iödës (cor violeta).
Lítio, Li, 3
//
1817 - Descoberto por Johan August Arfwedson, no
laboratório de J. J. Berzelius, em Estocolmo. Do grego. lithos (pedra), porque
foi descoberto no mineral rochoso, petalita, contrastando com sódio e
potássio, ambos descobertos em cinzas minerais; seu óxido, do grego lithia.
Só isolado em 1821, por William T. Brande. Curiosidades: é o elemento
metálico mais leve e muito macio, podendo ser cortado a faca; com grande
capacidade calorífica, pode absorver grandes quantidades de calor com
pequena elevação de temperatura.
Selênio, Se, 34 // 1817 - Descoberto pelo químico sueco Jöns Jakob
Berzelius, que o identificou como impureza do ácido sulfúrico de uma fábrica
na Suécia. Do grego selene (Lua), por ser semelhante ao do grego Tellus
(Terra).
Cádmio, Cd, 48
// 1817 - Descoberto, pelo químico alemão Fredrich
Stromeyer. Do grego kadmeia, de "Kadmean earth", antigo nome da
calamina (carbonato de cádmio) e do latim cadmia (carbonato de cádmio),
onde foi, primeiramente, descoberto.
Silício, Si, 14
//
1824 - Isolado por Jöns Jakob Berzelius. Do latim
silex, silic; silicium (nome dado ao "flint", silex). É o segundo elemento mais
abundante na terra.
Alumínio, Al, 13 // 1825 - Descoberto pelo químico dinamarquês Hans
Christian Oersted. Do latim. alumen, alum. Nomes propostos por Davy:
alumium ou aluminum; este último, adotado nos Estados Unidos; mas, na
Inglaterra e em muitos outros paises, alumínium, com a terminação ium,
usual para os metais.
Bromo, Br, 35
// 1826 - Primeiramente, produzido por um estudante de
química alemão, mas creditado ao químico francês Antoine-Jérôme Balard,
autor da publicação original. Do grego bromos (mau cheiro).
Tório, Th, 90
//
1828 - Descoberto pelo químico sueco Jöns Jakob
Berzelius e designado em homenagem a Thor, deus do trovão e ameaças, na
mitologia nórdica escandinava. Sua radioatividade passou desapercebida, por
ser um processo físico, ainda desconhecido, e, só descoberto em 1897, por
Henri Becquerel e o casal Curie.
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Lantânio, La, 57 // 1839 - Descoberto pelo químico sueco Carl Gustaf
Mosander. Do grego lanthaneis (significa ficar escondido na terra original).
Térbio, Tb, 65 // 1843 - Descoberto por Carl Gustaf Mosander que isolou o
óxido a partir do mineral yttria . De Ytterby, vila sueca onde foram
encontrados os óxidos naturais de ítrio, Y2O3 e de térbio, Tb2O3
Érbio, Er, 68
// 1843 - Descoberto por Carl Gustaf Mosander que isolou
o óxido a partir do mineral yttria. Como no caso do térbio, nome derivado da
vila sueca Ytterby, próxima de Estocolmo, onde foi encontrado.
Rutênio, Ru, 44 // 1844 - Descoberto pelo químico russo Karl Karlovich
Klaus. De Ruthenia, nome latino da Rússia.
Césio, Cs, 55
//
1860 - Descoberto pelos químicos alemães Robert
Bunsen e Gustav Kirchhoff. Do lat. caesius (azul celeste), porque, quando
aquecido, emite luz azul; tem duas linhas características na região azul do
espectro. Metal curioso: a) baixo ponto de fusão, 29oC, donde, funde na
palma da mão; b) Desde 1960, o International Committee of Weights and
Measures aprovou o isótopo 133Cs como a medida oficial de tempo, em
substituição à fração do tempo de rotação da Terra ao redor do Sol. 1 s =
duração de 9.192.631.770 vibrações da radiação emitida pelo 133Cs.
Rubídio, Rb, 37 // 1861 - Descoberto pelos químicos alemães Robert
Bunsen e Gustav Kirchhoff, que estudaram o mineral lepidolita. Do latim
rubidius (vermelho profundo, cor das linhas espectrais que emite, pelo que, é
usado na manufatura de tubos de raios catódicos e de TV).
Tálio, Tl, 81 // 1861 - Descoberto por Sir William Crookes. Do grego
thallos (broto verde), pela raia espectral emitida, pela qual foi identificado.
Extremamente tóxico: íons Tl3+ são ca. 40x103 vezes mais tóxicos do que o
cádmio e afetam diversos orgãos.
Índio, In, 49 // 1863 - Descoberto pelos químicos alemães Ferdinand
Reich e Hieronymous T. Richter ao procurar traços de tálio em amostras de
minério de zinco. Do latim indicum (índigo, ou violeta), cor da luz brilhante
emitida por suas raias espectrais.
Neodímio, Nd, 60 // 1865; 1925 - Lantanídeo, descoberto em 1885, pelo
mineralogista amador, Barão Carl Auer von Welsbach, que separou, do
mineral didímio, dois sais, um dos quais continha o neodímio, cujo nome vem
de neos (novo) + didymos (gêmeo). O outro sal continha o praseodímio. O
metal neodímio puro só foi isolado em 1925. No neodímio natural, 24% são do
isótopo radioativo 144Nd, com meia vida de 2 milhões de ano.
Hélio, He, 2
// 1868 - Gás nobre descoberto por Pierre Janssen. Do
grego Hélios (Sol), por ter sido primeiramente identificado no Sol.
Germânio, Ge, 32 // 1871; 1886 Foi previsto por Mendeleiev, em 1871, em
sua tabela periódica, que o chamou "eka-silício". Em 1886 foi descoberto pelo
químico alemão Clemens Winkler, que lhe deu o nome, do latim Germania,
nome da Alemanha.
Gálio, Ga, 31 // 1875 - Em 1871, Mendeleiev fez a predição teórica deste
elemento, que só veio a ser descoberto espectroscopicamente em 1875, pelo
químico francês Paul-Emile Lecoq de Boisbaudran que, no mesmo ano, isolou
o metal por eletrólise do hidróxido em KOH. Do latim gallia, nome latino da
França, pais do descobridor.
Itérbio, Yb, 70 // 1878 - Primeiro elemento das terras raras descoberto,
pelo químico francês Jean de Marignac, no mineral "erbia", que o designou-o
pelo nome da vila sueca Ytterby. Mas o itérbio puro só foi obtido em 1953.
Escândio, Sc, 21 // 1879 - Mendeleiev fez sua predição teórica, mas só
em 1879 foi descoberto por Lars Fredrik Nilson, de Uppsala, Suécia, que o
designou em honra a seu país natal, Scandia (Escandinávia)
Samário, Sm, 62
// 1879 - Descoberto pelo químico francês Paul-Émile
Lecoq de Boisbaudran, que identificara raias do espectro de absorção do
elemento no mineral samarskita. O nome é uma homenagem ao oficial do
exército russo e engenheiro de destaque, Coronel Samarski.
Hólmio, Ho, 67 //
1879 - Dois cientistas suiços notaram as suas raias
espectrais características, mas não conseguiram identificar o elemento, pelo
que, chamaram-no elemento X. Logo após, em 1879, o químico sueco Per
Teodor Cleve, trabalhando com o mineral "erbia", isolou e identificou o
elemento, nomeando-o por sua cidade natal, Holmia.
Túlio, Tm, 69 // 1879 - O químico sueco Per Teodor Cleve isolou este
elemento do seu óxido esverdeado, preparado a partir do mineral "erbia". O
nome provém de Thule, nome ancestral da Escandinávia.
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Praseodímio, Pr, 59 e Neodímio, Nd, 60 // 1865 Isolados e identificados
por um austríaco
o, mineralogista amador, Barão Carl Auer von Welsbach, que utilizou o
mineral chamado didymium, de composição semelhante à da mistura
comercial de terras raras da areia monazítica. Depois da eliminação do cério
e do tório, ele conseguiu separar dois sais, um contendo o praseodímio e o
outro, o neodímio. Só em 1925 o meio neodímio foi isolado. O nome
neodímio provém de "neo" (novo) + didymos (gêmeos).
Gadolínio, Gd, 64 // 1886 - Terra rara da série dos lantanídeos. Descoberto
pelos químicos franceses Jean de Marignac e Paul-Émile Lecoq de
Boisbaudran, que o identificaram a partir da gadolinita. Mineral e elemento
designados em homenagem ao químico finlandês Johan Gadolin.
Disprósio, Dy, 66
//
1886 - Terra rara da série dos lantanídeos.
Descoberto pelo químico francês Paul Émile Lecoq de Boisbaudron, em uma
mistura de óxido de érbio. Do grego dysprositos (dys = mal, difícil) + prositos
(encontrar, detectar, isolar). Só em 1950 foi preparado o elemento puro, com
o auxílio de técnicas de separação modernas, como a troca iônica
Argônio, Ar, 18 // 1894 - Primeiro gás nobre, descoberto e identificado,
por Sir William Ramsay e Lord Rayleigh. Do grego argon (preguiçoso, inativo,
qualidade que motivou sua aplicação comercial como enchimento de bulbos
de luz incandescente porque evitava a corrosão do filamento de tungstênio).
Obtido por destilação fracionada do ar líquido.
Hélio, He, 2 // 1895 - Gás nobre. Em 1868, sua presença no Sol já fora
indicada, espectroscopicamente, por Pierre Janssen e Lockyear; descoberto
na Terra pelos químicos escoceses Sir William Ramsay e Morris M. Travers,
em 1895, proveniente de depósitos terrestres de gás natural. Do grego helios
(Sol).
Neônio, Ne, 10 // 1898 - Um dos três gases nobres descobertos ou
isolados pelos químicos escoceses Sir William Ramsay e Morris Travers.
Obtido por destilação fracionada do ar líquido. Do grego neos (novo). Os
átomos dos gases de He e Ar energizados por descarga elétrica, emitem
radiação característica, de cor diferente, comumente usada em painéis e em
vitrines: a do argônio é púrpura, a do xenônio, azul-esverdeada e a do neônio,
laranja avermelhada.
Kriptônio, Kr, 36
// 1898 - Gás nobre descoberto pelos químicos
escoceses Sir William Ramsay e Morris M. Travers. Obtido por destilação
fracionada do ar líquido. Do grego kryptos (escondido). Desde 1960, o
comprimento de onda de uma das cores do espectro de emissão do isótopo
86Kr foi escolhido para definir o metro, que passou a ser exatamente
1.650.762,73 comprimentos de onda da raia espectral vermelho-laranja deste
isótopo; e, em 1983, o metro, que era a distância entre duas ranhuras
marcadas na barra de platina padrão, armazenada em Paris, foi redefinido,
passando a ser a velocidade da luz no vácuo, exatamente 299,792,458 m.s1. Desde 1963, conhece-se um seu composto fluorado, o KrF4.
Xenônio, Xe, 54 //
1898 - Gás nobre descoberto pelos químicos
escoceses Sir William Ramsay e Morris M. Travers. Do grego xenos
(estranho). Primeiro gás nobre a ser combinado com platina e flúor, deixando,
assim, de ser uma molécula monoatômica para formar um sólido.
Radônio, Rn, 86 //
1898 - Gás nobre descoberto por Friedrich Ernst
Dorn. Radioativo de risco.
Polônio, Po, 84 e Rádio, Ra, 88 //
1898 - Descobertos por Marie
Slodowska Curie
e Pierre Curie, em 1864. A descoberta do polônio precedeu a do rádio e seu
nome foi uma homenagem ao país natal de Marie Curie. Verificando que após
a extração do urânio ainda restava radioatividade residual na pechblenda. Eles
trataram toneladas do resíduo e nele identificaram, além das raias espectrais
do bário, outras, vermelhas, que eles atribuiram ao novo elemento, produto de
decaimento do urânio e do tório, o que deram o nome derivado do latim,
radius (raio). O elemento só foi isolado quatro anos depois.
Actínio, Ac, 89
//
1899; 1902 - Descoberto duas vezes,
independentemente: em 1899, pelo cientista francês André Debierne; e, em
1902, pelo químico alemão Friedrich (Fritz) Otto Giesel. Do grego aktis,
aktinos (raio, feixe) porque ele emite partículas ? brilha no escuro. Fortemente
radioativo (150 vezes mais do que o rádio), é usado para a produção de
neutrons.
Radônio, Rn, 86 // 1900 - Gás nobre descoberto pelo físico alemão
Friedrich Ernst Dorn, que lhe deu o nome de emanação do rádio. Outros
estudiosos de suas propriedades - William Ramsay e R. W. Whytlaw-Gray
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mudaram o nome para "niton", do latim nitens (brilhante), mas desde 1923 é
chamado de radônio.
Európio, Eu, 63 // 1901 - Isolado pelo químico francês Eugène-Anatole
Demarçay como impureza de uma amostra de samário-gadolínio. O nome é
uma homenagem à Europa.
Lutécio, Lu, 71 // 1907 - Descoberto pelo mineralogista austríaco, Barão
Carl Auer von Welsbach e pelo cientista francês Georges Urbain. O primeiro
quiz denomina-lo cassiopium, pela constelação Cassiopeia, mas Urbain deulhe o nome que vingou, baseado no nome antigo de Paris, Lutecia, ou
Parisorum, cidade do descobridor.
Protactínio, Pa, 91 // 1913 - Elemento natural, descoberto pelos físicos
alemães Kasimir Fajans e O. H. , Göhring, que lhe deram o nome de
"brevium", que, em 1949, passou a protactínio, do grego protos (primeiro) +
actinium (nome do nome produto de seu decaimento, o actínio, elemento 89).
Háfnio, Hf, 72 // 1923 - Previsto por Mendeleiev como elemento 72. Foi
difícil identifica-lo por causa da interferência do zircônio. Só em 1923 veio a
ser descoberto pelos químicos Dirk Coster, holandês, e George Karl von
Hevesey, húngaro. Embora nenhum dos descobridores fosse dinamarquês,
deram-lhe o nome "Hafnia", ou "Kjöbnhafn", nome latino de Copenhagen, em
honra a Niels Bohr, porque o elemento foi descoberto através da predição da
sua configuração eletrônica, baseada na teoria da mecânica quântica
desenvolvida por Bohr.
Rênio, Re, 75 // 1925 - As propriedades do rênio foram previstas, com
base na Tabela Periódica de Mendeleiev. Descoberto em minérios de platina
pelos químicos alemães Walter Wilhem Noddack, Ida Noddack-Tacke e Otto
Carl Berg. Do grego Rhenus (Reno, rio europeu).
Tecnécio, Tc, 43 // 1937 - Descoberto por Carlo Perrier e Emilio Segrè.
Identificado no espectro de alguns tipos de estrelas. Foi o primeiro elemento a
ser produzido artificialmente. Foi identificado, recentemente, identificado no
espectro de diversas estrelas e na Terra. Do grego technetos (artificial) porque
sua primeira produção ocorreu em laboratório, a partir de outro elemento.
Frâncio, Fr, 87 // 1939 - Descoberto pela química francesa Marguerite
Perey, do Instituto Curie, de Paris, e seu nome é uma homenagem à França,
país em que foi descoberto. Muito raro. Existe, na Terra, menos de 30g.
Netuno, Np, 93 // 1940 - Netuno, primeiro elemento transurânico produzido
artificialmente por Edwin M. McMillan e Philip H. Abelson, que usaram o
acelerador ciclotron da Universidade da Califórnia, em Berkeley, para
bombardear o elemento plutônio com partículas alfa. Já foram identificadas
quantidades traços de Np naturais, no minério de urânio. Do planeta Netuno,
cujo nome provém do deus romano dos mares.
Astatínio, At, 85 // 1940 - Produzido artificialmente, pela primeira vez, pelo
grupo de radioquímicos Dale R. Corson, Kenneth R. MacKenzie e Emilio
Segrè, na Universidade da Califórnia, Berkeley,que bombardearam um isótopo
do bismuto com partículas ?. Do grego astatos (instável). Produto de
decaimento do urânio e do tório, é o elemento natural mais raro (a qualquer
tempo menos de 30 g).
Plutônio, Pu, 94 // 1941 - Elemento natural que ocorre em quantidades
mínimas nos minérios de urânio. Foi o segundo elemento transurânico a ser
sintetizado. O químico americano Glenn T. Seaborg e colaboradores usaram o
acelerador ciclotron da Universidade da Califórnia, Berkeley. Só em 1946,
após o término da II Guerra Mundial, foi divulgada a descoberta deste
elemento. No final dos anos de 1960, o Pu foi usado para fornecer energia aos
equipamentos eletrônicos na excursão lunar do módulo (LEM) do Apollo.
Nome derivado do planeta Plutão.
Amerício, Am, 95 // 1944 - Quarto elemento transurânico descoberto pela
equipe de Glenn T. Seaborg, incluindo Ralph E. James, Leon O. Morgan e
Albert Ghiorso, que produziram o isótopo 241Am durante a II Guerra Mundial,
no Argonne National Laboratories da Universidade. de Chicago. O nome é
uma homenagem aos Estados Unidos da América, onde foi descoberto.
Cúrio, Cm, 96 // 1944 - Não ocorre naturalmente. Criado pela equipe de
Glenn T. Seaborg, incluindo Ralph A. James e Albert Ghiorso, que usaram o
acelerador ciclotron da Universidade da Califórnia, em Berkeley. A
identificação quimica foi feita, durante a II Guerra Mundial, no Argonne
National Laboratory da Universidade de Chicago. O nome é uma homenagem
a Pierre e Marie Curie.
Promécio, Pm, 61 // 1947 - Descoberto por um grupo de cientistas do Oak
Ridge National Laboratory (ORNL), L. A. Mirinskiy, I. E. Glendenin e C. D.
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Coryell, como elemento sintético, ainda não encontrado na crosta da Terra,
mas já identificado no espectro de diversas estrelas da galáxia de
Andrômeda.Seu nome deriva de Prometeus, deus grego que roubou o fogo do
céu. Propriedades químicas ainda pouco conhecidas.
Berkélio, Bk, 97 // 1949 Não ocorre naturalmente. Produzido pela
primeira vez pelo grupo de Stanley Thompson, Albert Ghiorso e Glenn
Seaborg, que bombardearam 241Am com partículas ?, no acelerador ciclotron
da Universidade. da Califórnia, Berkeley. O nome é uma homenagem à cidade
de Berkeley, local de sua descoberta.
Califórnio, 98 // 1950 - Produzido artificialmente pelos cientistas Stanley
Thompson, Albert Ghiorso, Glenn T. Seaborg e Kenneth Street Jr., que
usaram o acelerador ciclotron da Universidade. da Califórnia, Berkeley, para
bombardear 242Cu com partículas ?. O nome é uma homenagem ao Estado
da Califórnia, Estados Unidos da América.
Einsteinio, Es, 99 e Férmio, Fm 100 // 1952 - Descoberto por uma equipe
de cientistas
liderada por Albert Ghiorso, que investigou fragmentos residuais da explosão
do teste da primeira bomba de hidrogênio no Oceano Pacífico. Descobriram,
primeiramente, 100.000 átomos de um isótopo do Es e, mais tarde, de Fm. A
descoberta só foi divulgada em 1955. Os nomes são homenagens aos físicos
Albert Einstein e Enrico Fermi.
Mendelévio, Md, 101 // 1955 - Produzido artificialmente pelo grupo de
cientistas liderado por Albert Ghiorso, da Universidade. da Califórna, Berkeley,
que usou o acelerador ciclotron para o bombardeamento de einstênio-253
com partículas alfa. O nome é uma homenagem ao químico russo Dmitry
Mendeleyev.
Nobélio, No, 102 // 1958 - A descoberta deste elemento foi reinvidicada, em
1957, por um grupo de cientistas do Instituto Nobel, em Estocolmo, que
bombardearam um alvo de cúrio com feixe de 13C e observaram partículas ?,
que identificaram o elemento 102, nobélio; mas a descoberta não foi
confirmada. Em 1958, a equipe de cientistas da Universidade. da Califórnia,
Berkeley, liderada por Albert Ghiorso, identificou inequivocamente o isótopo
254No, de vida curta (meia vida 55 segundos). Eles usaram o Acelerador
Linear de Ions Pesados (HILAC, acrônimo de Heavy Ion Linear Accelerator) da
Universidade de Berkeley, para bombardear uma amostra de 244Cu e 246Cu
com 13C. A descoberta foi confirmada por um grupo de físicos russos de
Dubna, União Soviética. Ghiorso e colaboradores mantiveram o nome original
cunhado pelo grupo de Estocolmo, em honra a Alfred Nobel, descobridor da
dinamite.
Laurêncio, Lr, 103 // 1961 - Produzido artificialmente pela equipe de Albert
Ghiorso, com Torbjørn Sikkeland, Almond E. Larsh e Robert M. Latimer, que
usaram o acelerador HILAC da Universidade. da Califórnia, Berkeley; para
produzir o isótopo 258Lr, com meia vida de 4 segundos. Designado em honra
a Ernest O Lawrence, ex-Professor da Universidade da Califórnia, inventor do
ciclotron.
Ruterfórdio, Rf, 104 // 1964; 1969 Primeiro elemento dos
transactinídeos, criado pela equipe de cientistas liderado por Albert Ghiorso.
Descoberta e nomeação disputadas: a descoberta, primeiramente divulgada,
em 1964, por um grupo de cientistas russos, do Joint Institute for Nuclear
Research (JINR), Dubna, URSS, e o elemento, que, conforme o código de
designação da IUPAC, seria designado unnilquadium-260, o "un-nil-quad-ium"
(1-0-4-ium), por eles designado, "kurchatovium", em homenagem ao químico
van Kurchatov, chefe de pesquisas soviético. Em 1969, o grupo americano de
Ghiorso, usando o acelerador HILAC, de Lawrence Berkeley National
Laboratory, da Universidade. da Califórnia, divulgou a identificação positiva do
unnilquadium-257, propondo homenagem ao físico neozelandês Ernest
Rutherford. Este nome foi confirmado pela American Chemical Society
(ACS). Em 1994, em disputa, a IUPAC resolveu dar ao elemento químico
104, o nome "dubnio", em honra ao centro científico de Dubna. A ACS
rejeitou-o. Mas, por decisão final, a descoberta está compartilhada.
Dubnio, Db, 105 (Hânio, Ha, 105) // 1967; 1970 - Descoberta disputadas.
Em 1967, o grupo de cientistas russos do JINR., Dubna, URSS, divulgou ter
produzido o unnilpentium-260. Em 1970, o grupo da Universidade. da
Califórnia, Berkeley, liderado pelo físico norte-americano Albert Ghiorso,
usando o acelerador HILAC, identificou inequivocamente o unnilpentium-260,
não conseguindo reproduzir os resultados dos colegas russos. Deu ao novo
elemento o nome de Hânio em honra a Otto Hahn, descobridor da fissão
nuclear. O nome hânio foi endossado oficialmente pela Am. Chem. Soc.
Criado pela, IUPAC, em 1985, o Transfermium Working Group, após 5 anos
de trabalho, resolveu que o elemento 105 havia sido descoberto
independentemente pelos dois laboratórios, e a IUPAC decidiu adotar o nome
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independentemente pelos dois laboratórios, e a IUPAC decidiu adotar o nome
Dúbnio, para o elemento 105, em reconhecimento ao trabalho do centro de
Dubna, URSS.
Seabórgio, Sg, 106 // 1974; 1993 - Transactinídeo cuja descoberta e
nomeação foram disputadas. Em junho de 1974, um grupo do JINR, Dubna,
URSS, divulgou a produção do elemento 106, unnilhexium; mas a descoberta
não foi confirmada. Três meses depois, um grupo de cientistas do Lawrence
Livermore Laboratory e da Universidade da Califórnia, Berkeley, liderado por
Albert Ghiorso e incluindo Glenn T. Seaborg, divulgou a descoberta inequívoca
do uninilhexium-263, usando o acelerador HILAC. Em 1993, o trabalho do
grupo de Berkeley foi confirmado, e ele recebeu o crédito da descoberta do
elemento 106, que não ocorre naturalmente e do qual só foram sintetizados
alguns poucos átomos.
Disputa pelo nome: uma comissão internacional da IUPAC tentou impedir o
nome "Seaborgium", porque eo químico nuclear Seaborg, ainda estava vivo. O
elemento 106 seria chamado de Ruterfórdio, em homenagem a Ernest
Rutherford. A American Chemical Society rejeitou este nome em favor de
"Seaborgium".
Bohrium, Bh, 107 e Hassium, Hs, 108 // 1981 - O grupo do JINR, Dubna,
divulgou. em 1976, a síntese do elemento 107, unnilseptium, que não foi
confirmada. Em 24 fevereiro de. 1981, os físicos alemães Peter Armbruster e
Gottfried Münzenberg, do Laboratório de Pesquisa de Íons Pesados de
Darmstadt, Alemanha, divulgaram ter descoberto o elemento artificial
unnilseption, e propuseram o nome Nielsbohrium, em honra ao físico holandês
Niels Bohr. Em 1992, a IUPAC e a American Chemical Society confirmaram, o
nome proposto pelo grupo alemão, como Bohrium.
Em 14 mar. 1984, foi identificado, pela primeira vez, o elemento Hassium, Hs,
108, unniloctium, pelo grupo de físicos alemães do GSI, liderados por
Armburst e Münzenberg, que propuseram o nome hassium, com base em
hassia, nome latino do estado alemão. O Hs transmuta-se em isótopos do
Seabórgio, Rutherfórdio, Nobélio e Férmio.
As propriedades físicas do Bh e do Hs ainda são desconhecidas.
A descoberta foi confirmada pela IUPAC em 1992. Mas, quanto ao nome do
elemento 108, a IUPAC iniciou, em março de 1994, uma disputa, propondo
"hahnium", em homenagem ao químico alemão Otto Hahn. A American
Chemical Society rejeitou a proposição da IUPAC em favor dos nomes
propostos pelos descobridores.
Meitnério, Mt, 109 // 1982 Produzido artificialmente pelo grupo de
cientistas liderado por Peter Armbruster e Gottfried Münzenberg, do GSI,
Darmstadt, Alemanha, que, em 1982, divulgaram a descoberta do elemento
sintético 109, uninilennium. Eles bombardearam 209Bi com núcleos de 58Fe
acelerados. Propuseram o nome Meitnerium, em honra a Lise Meitner, física
austríaca que, juntamente com seu sobrinho, Otto R. Frisch, trabalharam com
Otto Hahn. Ela foi a primeira pessoa a imaginar a fissão nuclear espontânea
como o fracionamento do núcleo do urânio. A reivindicação foi confirmada em
1992 pela IUPAC e pela ACS, e o nome proposto pelos descobridores foi
aprovado.
Darmstadcio, Ds, 110 // 1994 - Em novembro de 1994, um grupo de
cientistas liderado por Peter Armbruster, do GSI, Darmstadt, Alemanha,
divulgou a criação de um novo elemento, de número 110, pelo sistema da
IUPAC, ununnilium (1-1-0-ium), já designado Darmstadcio. Em 1995-1996,
três diferentes grupos divulgaram a obtenção de quatro diferentes isótopos do
elemento 110. O crédito, porém, coube ao grupo internacional de cientistas do
GSI. Em 2002, o grupo GSI confirmou seus resultados e a produção de
outros isótopos. Os resultados dos grupos do LBNL e de Dubna/LLNL não
foram confirmados, e em agosto de 2003, foi confirmada a descoberta como
sendo do grupo do GSI, que, a convite da IUPAC, em 16 agosto de 2003,
nomearam-no "Darmstadtium", em homenagem a Darmstadt, Alemanha, onde
está localizado o GSI. Está previsto que o elemento 110 seja o superpesado
de meia vida mais longa, ca. 100 anos.
Unununium, Uuu, 111 // 1994 - Anunciado em 8 de dezembro 1994, um mês
após a criação do elemento 110 pelo grupo internacional de cientistas do GSI,
Darmstadt, Alemanha. Ainda é designado como unununium(1-1-1-ium).
Estando, na tabela periódica, na coluna do ouro e prata, presume-se que
tenha propriedades de metal, com meia vida de cerca de. 10 s.
Ununbiium, Uub, 112 // 1996 - Em 9 de fevereiro de 1996, cerca de um ano
após a síntese do elemento 111, o GSI anunciou a criação do elemento 112
pelo grupo liderado pelo físico alemão Peter Armbuster. Segundo o sistema de
código da IUPAC, este é o ununbiium, un-un-bi-ium, ou 1-1-2-ium, com meia
vida de cerca de 10 s.
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Uuq, 114, 116 // Os acréscimos de novos superpesados à tabela periódica
dos elementos prosseguem. Segundo divulgações do grupo do JINR/LLNI, o
elemento 288114 tem meia vida de cerca de. 3s; e o 292116, meia vida inferior
a 50 ?s. Elementos superpesados, além do Lr, não estão confirmados. Há um
número de transactinídeos previstos, com meia vida de milhões de anos; a
dificuldade reside na síntese.
Referências:
1. Stwertka, Albert, A guide to elements, Oxford Univ. Press, N. York, 1996.
2. Habashi, Fathi, The discovery of metals. Parts I & II. Historical Metallurgy
Notes, CIM Bull., abril 1994, p. 69.
3. Chem. & Eng. News 81 (34) set 8, 2003, pp. 26-190.
4. Cox, P. A., The Elements: Their Origins, abundance and distribution, Oxford
Univ. Press, N. York, 1989.
5. Flood, W. E., Scientific words. Their structure and meaning, Duel, Sloan &
Pearce, 1a ed., New York, 1960; - ibid, 2a ed., Oldburne Book Co., Londres,
1963; - ibid, The origin of chemical names, Oldbourne Book Co., Londres,
1963.
6. Weeks, Mary E., Discovery of the elements, J. Chem Ed., 1956.
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