a globalização comercial

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A GLOBALIZAÇÃO COMERCIAL – O COMÉRCIO NO PASSADO
E PRESENTE – UMA VIAGEM
Guelfo Luis Munhoz Rodrigues 1
RESUMO
Este artigo discutirá o desenvolvimento da globalização no âmbito comercial ao longo da
história desde as épocas mais remotas da antiguidade, chegando aos dias atuais com a
comercialização através dos mais avançados aspectos da tecnologia. Haverá uma síntese dos
aspectos da Teoria clássica da Administração, chegando às abordagens relativas ao Marketing,
Logística com a interface destas atividades humanas com a comercialização e conseqüente
globalização comercial.
PALAVRAS-CHAVE: Globalização, comércio, história, Marketing, Logística.
ABSTRACT
This article will argue, the globalization development in the commercial scope along the history
since the remotest times in the antique, arriving until current days with the commercialization
through the technology more advanced aspects. There will be a synthesis of the Administration
classical Theory aspects, arriving to the relative approaches to the Marketing, Logistics with the
interface human activities with the commercialization and consequent commercial globalization.
WORDS-KEY: Globalization, commerce, history, Marketing, Logistics.
INTRODUÇÃO
Costumeiramente nos deparamos com o termo globalização que surgiu
recentemente, na década de 80, quando a economia mundial começou a mudar os seus
conceitos. Porém ao fazer uma pesquisa simples, foi fácil identificar alguns aspectos e
fatos que remontam à antiguidade, tratando-se de um tipo de globalização que levou os
povos desta época a expandirem seus territórios ou o comércio. De modo rudimentar no
início, com o advento do escambo que foi substituído aos poucos pelos produtos que
cada nação tinha: artesanatos diversos, alimentos, minérios, a tecnologia naval da época,
1
Guelfo Luis Munhoz Rodrigues é graduado em Administração nas Faculdades Unidas do Vale do
Araguaia, Especialista em MBA- Gestão Empresarial pela mesma instituição atua na Docência do Ensino
Superior no Curso de Administração ministrando a disciplina Teoria Geral da Administração, ministra
também no Curso de Assistência Social na disciplina Gestão Social nas Faculdades Unidas do Vale do
Araguaia. Trabalha ainda como Encarregado de Compras e Gestor de Segurança e Saúde do Trabalho na
Transportadora Vale da Serra Ltda. Email: [email protected]
as forças bélicas etc., todo o movimento comercial sempre envolveu um grande
contingente de pessoas, equipamentos, transportes e movimentação de materiais, o que é
interessante observar que tal fato acontece até os dias de hoje pois, toda a
comercialização está envolta numa gama de atividades que não basta, o simples ato de
produzir e vender, de maneira intrínseca estão envolvidas diversas atividades correlatas
entre estes atos. Modernamente falando, encontramos nas teorias administrativas o
inicio de abordagens que levaram os cientistas da administração a desenvolverem seus
conceitos que deram subsídios à profissionalização e ao surgimento de disciplinas e
ramos da atividade econômica voltadas para o entendimento e prática de todos os
aspectos da comercialização. Encontramos neste campo o Marketing, a Logística, que
cada um ao seu tempo trouxe á luz do conhecimento elementos que fizeram a economia
de todo o mundo desenvolver-se rapidamente no século XX, e ainda no século XXI,
sempre com as inovações tecnológicas que, em virtude do crescimento e aprimoramento
das técnicas e conceitos de gestão e gerenciamento fazem do comércio global uma
constante na vida do cidadão comum.
A HISTÓRIA
Estamos no Século XXI, onde o comércio toma as mais diversas formas
visando o atendimento das diferentes necessidades humanas: saciar a fome, a
vestimenta, o supérfluo, os desejos mais íntimos de consumo, e a denotação de poder e
posse, demonstrando de forma mais ou menos direta a grande subjetividade humana.
Obviamente com o advento da tecnologia, todo este movimento acontece de maneira
muito dinâmica, chegando à casa dos milhões de dólares por dia de movimentação
financeira no Brasil e no mundo.
Para analisarmos o fenômeno da globalização comercial devemos entender que
tal movimento remonta a antiguidade da humanidade, este fato demonstra claramente o
instinto humano de sempre buscar o melhor para si e para os seus próximos. Não
obstante, há que se entender que esta busca, nem sempre foi pacífica, havendo em
diversos momentos o confronte bélico entre as diversas nações e povos, inclusive nos
nossos tempos.
Por definição a palavra comércio deriva do latim “commerciu” que tem
significação de permutação, troca, compra e venda de produtos ou valores, mercado,
negócio, tráfico. O ato de comerciar também do latim “commerciare” que é exercer a
profissão de negociante, negociar, fazer comércio. Tais definições demonstram que o
ato de comercializar, denota a complexidade das relações humanas, pois a necessidade
de um pode significar o excedente do outro e assim as relações humanas se
desenvolvem a partir do suprimento ou abastecimento de um “bem” a quem dele
necessite em troca de alguma forma de recompensa a quem detinha tal “bem”; esta
recompensa nos dias de hoje é feito através do dinheiro “moeda” porém, nem sempre
foi assim, havendo momentos na historia em que o escambo era a forma mais usual de
comercio.
Toda a evolução humana deu-se em torno do comércio, em maior ou menor
grau, desde as épocas mais remotas, datamos aqui o comércio por volta de 3000 a.C, na
costa do mediterrâneo oriental onde florescia o comercio, o povo Semita fixou-se desde
5000 anos antes. Entre estes colonizadores encontravam-se os Hebreus, o primeiro povo
da história a abandonar o politeísmo, as realizações dos Semitas não se limitaram ao
campo religioso, outro grupo de colonizadores os Fenícios, distinguiu-se no comércio e
na navegação. O seu comercio dominou grande parte do mediterrâneo oriental e a sua
arte na construção naval e na navegação, permitiu-lhes estender a sua influência até a
Espanha, Secília e ao norte da África.
Todo este movimento aflorou-se e intensificou-se com a origem do alfabeto,
onde os primeiros colonos Semitas que se estabeleceram ao longo da costa
mediterrânea, primitivamente pastores e caçadores, não tardaram a transformar-se em
agricultores, em breve se tornariam também artífices, mercadores e comerciantes que
percorriam os mares. A cidade de Biblo, um pouco ao norte da atual Beirute,
transformou-se no centro do comercio interno e mesmo externo dos Semitas, que
também estabeleceram contatos com a grande civilização do Egito, ao sul. Remontando
pelo menos 2.600 anos a.C, conta-se entre as mais antigas cidades habitadas do mundo.
Foi em Biblo que se começou a utilizar a escrita alfabética. Existiam formas mais
antigas de escrita, como a hieroglífica e a cuneiforme, originária da mesopotâmia e
comum em toda a Ásia ocidental o ano de 2.000 a.C, contudo, parece que foi entre os
fenícios e os cananeus que o alfabeto surgiu pela primeira vez.
Os mercadores fenícios levaram o papiro para a Grécia, onde se criou a
palavra “bíblia” derivada da cidade de Biblo, para descrever os livros feitos com ele. A
palavra “biblia” provêm daquele termo grego, enquanto o papiro deu origem à palavra
“papel”.
O inicio do comercio entre os povos: nas costas do mediterrâneo habitadas
pelos Semitas ocidentais a terra fértil escasseava e não era suficiente manter uma
população em crescimento, pois em breve tempo, surgiu a necessidade de importar
cereais e gado, que eram pagos com os belos produtos artísticos locais. A princípio, os
principais mercados abastecedores dos Semitas eram o Egito e a mesopotâmia,
posteriormente, e à medida que as colônias se estendiam ao longo das rotas comerciais
do mediterrâneo, ilhas como a Sicilia passaram a fornecer cereais em troca de produtos
manufaturados, enquanto a Sardenha abastecia o mercado de estanho e ferro.
Os fenícios fabricavam tecidos com lã da sua própria produção e da
mesopotâmia e com estopa e linho do Egito. Com marfim, pedras preciosas e metais
importados, criaram uma indústria de joalheria.
Nos grandes portos, como Tiro, Sidon, Trípolis e Arvad, fervilhava uma
atividade incessante enquanto barcos à vela de casco largo – os Gaulos –
desembarcavam matérias-primas diversas, eram carregados com belos produtos
manufaturados que se tornaram famosos em todo o mundo antigo. Todo este comércio
causava também a “inveja” daqueles que queriam ter ou “adquirir” de toda e qualquer
forma as benesses de todo e qualquer tipo de mercadoria, por esta razão os portos acima
citados, eram defendidos de ataques constantes dos povos vizinhos, que vinham em suas
galeras de guerra, armados principalmente com aríetes à proa destes barcos, a defesa era
facilitada pela localização geográfica que se situavam em promontórios ou ilhotas ao
largo; só o porto de Sídon ficava no continente.
A pressão comercial da concorrência já dava os primeiros passos, onde os
Fenícios impelidos pelo avanço da civilização Grega “seus rivais no comércio” foram
procurando novos mercados cada vez mais ao ocidente e estabelecendo novas colônias
em Cádis, na Espanha, em Malta, no norte da África, na Sicilia e na Sardenha.
Ao longo dos séculos podemos observar a evolução comercial em todos os
povos, em todos os momentos notamos a busca constante de difundir o comercio entre
as diversas nações, no sentido de garantirem a sua subsistência e ainda, chegando
efetivamente até o livre comercio entre as nações existentes nos dias atuais.
Obviamente houve certa maturação de todo este processo, modernamente
falando podemos citar a revolução industrial. Neste contexto, Chiavenato (2004, p.33)
nos ensina que com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e sua
posterior aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho que modificou
completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas
mudanças de ordem econômica, política e social que, em um lapso de um século, foram
maiores do que todas as mudanças ocorridas no milênio anterior. É a chamada
Revolução Industrial que se iniciou na Inglaterra e que pode ser dividida em duas
épocas distintas, a saber:
• 1780 a 1860: lª Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro.
• 1860 a 1914: 2ª Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade.
A Revolução Industrial surgiu como uma bola de neve em aceleração
crescente e alcançou todo seu ímpeto a partir do século XIX. Tal evento provocou o
surgimento das fábricas e o aparecimento da empresa industrial e, com isso provocou as
seguintes mudanças na época:
Aparecimento das fábricas e das empresas industriais.
• Substituição do artesão pelo operário especializado.
• Crescimento das cidades e aumento da necessidade de administração
pública.
• Surgimento dos sindicatos como organização proletária a partir do início do
século XIX. Somente a partir de 1890 alguns deles foram legalizados.
• Início do marxismo em função da exploração capitalista.
• Doutrina social da Igreja para contrabalançar o conflito entre capital e
trabalho.
• Primeiras experiências sobre administração de empresas.
• Consolidação da administração como área de conhecimento.
• Início da Era Industrial que se prolongou até a última década do século XX.
Chiavenato (2003, p. 38) vem subsidiar nosso entendimento sobre este
processo de globalização comercial quando nos ensina que:
O século XIX assistiu a um monumental desfile de inovações e mudanças no
cenário empresarial. O mundo estava mudando. E as empresas também. As
condições para o aparecimento da teoria administrativa estavam se
consolidando. Nos Estados Unidos, por volta de 1820 o maior negócio
empresarial foram as estradas de ferro, empreendimentos privados e que
constituíram um poderoso núcleo de investimentos de toda uma classe de
investidores. Foi a partir das estradas de ferro que as ações de investimento e
o ramo de seguros se tornaram populares. As ferrovias permitiram o
desbravamento do território e provocaram o fenômeno da urbanização que
criou novas necessidades de habitação, alimentação, roupa, luz e
aquecimento, o que se traduziu em um rápido crescimento das empresas
voltadas para o consumo direto. Em 1871, a Inglaterra era a maior potência
econômica mundial. Em 1865, John D. Rockefeller (1839-1937) funda a
Standard Oil. Em 1890, Carnegie funda o truste de aço, ultrapassando
rapidamente a produção de toda a Inglaterra. Swift e Armour formam o
truste das conservas. Guggenheim forma o truste do cobre e Mello, o truste
do alumínio. Logo a seguir, teve início a integração vertical nas empresas.
Os "criadores de impérios" (empire builders) passaram a comprar e a
integrar concorrentes, fornecedores ou distribuidores para garantir seus
interesses. Juntamente com as empresas e instalações vinham também os
antigos donos e os respectivos empregados. Surgiram os primitivos impérios
industriais, aglomerados de empresas que se tornaram grandes demais para
serem dirigidos pelos pequenos grupos familiares. Logo apareceram os
gerentes profissionais, os primeiros organizadores que se preocupavam mais
com a fábrica do que com vendas ou compras. As empresas manufaturavam,
comprando matérias-primas e vendendo produtos por meio de agentes
comissionados, atacadistas ou intermediários. Até essa época, os
empresários achavam melhor ampliar sua produção do que organizar uma
rede de distribuição e vendas. Na década de 1880, a Westinghouse e a
General Electric dominavam o ramo de bens duráveis e criaram
organizações próprias de vendas com vendedores treinados, dando início ao
que hoje denominamos "marketing". Ambas assumiram a organização do
tipo funcional que seria adotada pela maioria das empresas americanas.
A teoria da administração nos ensina que no inicio do século XX, com o
advento da teoria clássica da administração iniciava-se o movimento de organização
administrativa das empresas, que vinham de certa forma “lutando” para estabeleceremse e perpetuarem nas suas respectivas áreas de atuação. Um dos seus maiores estudiosos
Henri Fayol 2 , defende entre outras coisas as funções básicas da empresa, sendo que
demonstra claramente a funções comerciais da empresa que nada mais é do que a
compra e venda de bens ou serviços, visto que “todas” as empresas de alguma maneira
compram ou vendem algum bem ou serviço.
É claro que notadamente todo e qualquer estudo das teorias administrativas
acabam levando ao pesquisador uma gama de informações técnicas do todo
administrativo, com o aprofundamento e com a profissionalização das pessoas
envolvidas no processo administrativo, ao longo do tempo surgiram disciplinas e/ou
ramos especializados na questão comercial e suas ramificações, das quais podemos citar
o Marketing, a logística, Vendas, Relações comerciais etc.
CONCEITUANDO O MARKETING
O conceito de marketing afirma que a chave para atingir os objetivos da
organização consiste em determinar as necessidades e os desejos dos mercados-alvo e
satisfazê-lo mais eficaz e eficientemente do que a concorrente Fonte: Kotler (2005).
2
Jules Henri Fayol (Istambul, 29 de Julho de 1841 - Paris, 19 de Novembro de 1925) foi um
engenheiro de minas francês e um dos teóricos clássicos da Ciência da Administração, sendo o
fundador da Teoria Clássica da Administração
Nada mais focado na comercialização visando o consumo do que o
desenvolvimento das ações de marketing, que necessariamente engloba o todo
organizacional; buscando o atendimento das necessidades dos clientes.
Kotler (2005)
Resumidamente falando (não é objetivo estender-me no tema) o Marketing
atua basicamente em quatro pontos principais, ou seja:
PRODUTO
Um produto ou serviço é considerado adequado ao consumo quando atende às
necessidades e aos desejos de seus consumidores-alvos.
• Qualidade e padronização; Design; Nome da marca; Embalagem; Garantias;
Serviços.
PRAÇA
A escolha da praça para o produto ou serviço só tem utilidade se posicionado
junto ao seu mercado consumidor-alvo
•
Ponto; Canais de distribuição; Locais; Transporte; Cobertura.
PREÇO
O produto deve ser certo, deve estar na praça certa e deve transferir a posse no
preço certo.
•
Atacado; Varejo; Desconto à vista; Desconto por quantidade; Prazo de
pagamento; Condições de financiamento.
PROMOÇÃO
O composto promocional do produto ou serviço compreende:
•
Publicidade; Propaganda; Promoção de vendas; Venda Pessoal; Relações
públicas.
Uma informação interessante a respeito do movimento de Marketing, é que
esta “função” ou ramo de atuação é praticamente a mesma em todo o mundo,
obviamente adequando-se as realidades do País, Estado, Cidade e o mais importante do
Cliente. Há ainda outras características que devem ser respeitadas, como exemplo: os
costumes locais, as religiões predominantes e algumas variáveis como, por exemplo:
variáveis sociais, políticas, econômicas e culturais. O importante neste aspecto é que o
foco é a comercialização do produto ou serviço a qual o marketing esta ligado, deve-se
fazer chegar ao cliente, respeitando as características do produto ou serviço, isto é, a
qualidade, o custo, a entrega, a moral e a segurança que devem estar agregadas ao
produto ou serviço para satisfazer o consumidor final (notadamente em todo o mundo é
assim).
A competitividade de produtos e serviços no mercado empresarial faz com que
as empresas adéqüem suas estratégias organizacionais bem como as suas táticas
operacionais para “atacar” o mercado consumidor, gerando assim uma guerra para
conseguir atender o cliente final.
Diante de todo o processo de globalização, um detalhe muito importante
abordado pela estratégia de Marketing é a Inovação Tecnológica, mesmo sabendo que o
envelhecimento rápido dos produtos tem acontecido com cada vez mais freqüência, tal
fato, em nenhum momento pode sobrepor a necessidade da inovação tecnológica
constante.
Todo e qualquer processo de comercialização está pautado em algumas bases,
uma delas sem sobra de dúvidas é a estruturação da equipe de vendas, pois esta equipe é
um ponto crucial para atingir a eficácia organizacional, porem para formar uma equipe
de venda eficaz há que se investir no capital humano, estes profissionais devem estar
integrados ao negócio. No passado, pelo protecionismo existente nos mercados das mais
diversas, não dávamos muito importância às equipes de vendas, agora porem, a
“história” é outra e a competitividade acirrada leva as empresas a olharem com outros
olhos este ponto.
Outra base muito importante a ser observada no processo de comercialização é
a logística, pois ai esta todos os atos de movimentação de um bem, desde a aquisição de
seus componentes fabris até a chegada às mãos dos clientes finais, desde os tempos
mais remotos àqueles que têm melhores condições de uma logística eficaz, garante para
si a conquista do mercado.
CONCEITUANDO LOGÍSTICA
Em sua origem, o conceito de logística estava essencialmente ligado às
operações militares. Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada
estratégia militar, os generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que
providenciassem o deslocamento, na hora certa, de munição, viveres, equipamentos e
socorro médico para o campo de batalha. Dentro desta visão, é exatamente isto que
ocorreu nas empresas durante um bom tempo, pois a necessidade de transporte de
produtos da fábrica para os depósitos ou para as lojas de seus clientes, a providência de
matéria prima em quantidade suficiente para garantir os seus níveis produção, em uma
observação resumida, entendia-se a logística como um centro de custo dentro da
organização sem agregar nenhum valor ao produto final, sem efeitos na estratégia,
enfim a logística é uma história a parte, no processo de comercialização.
A evolução do conceito e da aplicabilidade da logística trouxe ao meio, um
novo linguajar todo particular como exemplo destacamos: supply chain management
(Gerenciamento da cadeia de suprimentos) o comércio eletrônico, o B2B (Business to
Business- Negócios para negócios), Canais de Distribuição, Cadeia Logística,
Distribuição, Cross docking – Operação de rápida movimentação de produtos para
expedição, entre fornecedores e clientes (transbordo sem estocagem), ERP – Enterprise
Resource Planing – Sistema de Gestão integrada, Just-in-time – Métodos de
administração da produção que tem por finalidade produzir a quantidade no momento
de sua utilização.
De uma maneira gráfica abaixo esta demonstrada um Modelo Geral de Cadeia
de Suprimentos, destacada as interfaces em todos os momentos de relacionamento da
empresa com todos os fornecedores, os intermediários da rede de distribuição e por
último a interação com o cliente final.
Fluxos de informações , produtos ,serviços, finanças e conhecimento.
Rede de
Fornecedores
M
A
T
E
R
I
A
I
S
EMPRESA INTEGRADA
Compras
Rede de
Distribuição
Distribuição
Produção
C
O
N
S
U
M
I
D
O
R
F
I
N
A
L
Restrições de capacidade ,informação,competencias essenciais e recursos humanos
Independente do momento histórico pode-se entender que em todas as épocas
de expansão comercial, seja na antiguidade com a conquista de territórios ou de novas
rotas comerciais, seja na contemporaneidade, com as empresas atuando de forma
agressiva comercialmente falando, sempre existiu e existe uma visão macroeconômica e
uma visão microeconômica, isto é uma visão holística de amplo espectro, pois não basta
olhar apenas para o seu concorrente “da esquina”, tem que ter um olhar para o
concorrente em todos os cantos do mundo, pois o mundo fica a cada dia com as
distâncias menores e com as informações fluindo numa rapidez extrema, ai a melhor
estratégia é àquela que atingirá o cliente final com todas as características que ele espera
de um produto ou serviço, enfim, a melhor estratégia está sempre em atender os anseios
dos clientes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao abordar o tema A globalização comercial – o comércio no passado e
presente – uma viagem, demonstro que tal evento existe desde a antiguidade passando
por todas as épocas da nossa história, e é fato que sempre houve o envolvimento de
muitos recursos. Modernamente, diversos ramos da atividade humana demonstram que
toda e qualquer movimentação comercial envolve alem dos recursos financeiros, como
também, recursos humanos, materiais, informação e acima de tudo o foco é a
concretização da comercialização. Independente do tipo de comércio existente há que se
atender as necessidades dos clientes finais, não importa o contingente envolvido, o
dinheiro empregado na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, a melhor
logística na movimentação dos produtos e matérias primas em processo de produção ou
já acabadas, se algum aspecto deste não atender as características e necessidades dos
clientes que as adquirem, nada feito, tudo isto estará perdido. A comercialização nos
dias de hoje envolve inovação tecnológica, atividades de Marketing, alem é claro de
aspectos que atraiam os clientes, a concorrência sempre existiu acontece que agora ela é
global e não local, qualquer empreendedor agora concorre com empreendedores de todo
o mundo, não adianta pensar que o seu concorrente é o “seu João” ali da esquina que
não é não, o mercado de hoje (como na antiguidade) é uma guerra e, portanto deve estar
pautado de estratégias organizacionais e táticas operacionais, para que no mínimo a
empresa consiga manter-se e quem sabe com um trabalho profissional apoiado toda a
aplicação dos aspectos teóricos em práticas efetivas aplicadas in-loco.
Enfim, espero ter esclarecido que o evento globalização comercial existe desde
sempre e continuará num ritmo mais freqüente e dinâmico.
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SELEÇÕES DO REDER’S DIGEST; A História do Homem, 5. ed, Santelmo, Lisboa,
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