O AUTOR Para saber mais sobre Samuel Murgel Branco, consulte os sites www.moderna.com.br e www.ismb.org.br Samuel Murgel Branco florinha e a fotossÍNTESE Samuel Murgel Branco Sugestões pedagógicas e de atividades elaboradAs por: Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos, como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos. Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie, ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia, em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo. Preparando para a cidadania Principais elementos da matéria orgânica Vitaminas Sais minerais Princípios fotoquímicos ativos Produtos de origem vegetal Quando o aluno consegue identificar os problemas e conflitos do dia a dia, tudo o que aprende adquire sentido novo para a sua vida e para a comunidade. O saber teórico incorporado às experiências de vida de cada um é condição importante para a formação integral do aluno, pois estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante da comunidade e possível agente transformador. Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinar” valores aos alunos, estamos propondo que, em cada disciplina, sejam discutidos os laços indissolúveis entre os conteúdos estudados, os valores humanos e as atitudes individuais e coletivas. Isso significa que os temas éticos, políticos e estéticos devem ser realçados no processo de apropriação do saber com os temas transversais, isto é, com temas que atravessam os diferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, a propósito deste livro. A OBRA Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--se em História Natural em 1956, especializando-se em Ciências Biológicas e da Terra na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Mais tarde, como professor da USP, direcionou sua carreira de pesquisador para a área de Saneamento Básico e Ambiental, tornando--se um grande sanitarista, reconhecido por seus estudos sobre a qualidade das águas continentais e costeiras, com forte enfoque em saúde pública no Brasil e na América Latina. Orientou dezenas de mestrados e doutorados, particularmente nas unidades da USP de São Carlos e Saúde Pública em São Paulo. Apaixonado desde sempre pela natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e pelas exuberantes florestas da Mata Atlântica, o que despertou sua curiosidade em relação às particularidades dos diferentes ambientes vivos. A união da paixão e do conhecimento científico, bem como sua facilidade em escrever histórias, estimulou-o a revelar para crianças e jovens as maravilhas da natureza. Quando escrevia, buscava dar conta de todo o universo que o cercava, organizando seus conhecimentos e apresentando-os de maneira cativante aos leitores. Assim, possui vários livros publicados, nos quais narra com simplicidade os temas complexos das ciências ambientais. Em 2004, foi criado o Instituto Samuel Murgel Branco (ISMB), com a missão de disseminar a obra desse notável professor, estimular o conhecimento sobre as ciências ambientais e conscientizar crianças, jovens e adultos do seu incrível papel de preservar a natureza em prol de um modelo de desenvolvimento em que riqueza é sinônimo de qualidade de vida para todos. Qual a importância central de Florinha e a fotossíntese? Não bastassem serem os maiores fornecedores de alimento para os animais, as plantas ainda retiram gás carbônico da atmosfera e devolvem a ela gás oxigênio, vital para a maioria dos seres vivos. O autor reforça a importância de o gás oxigênio que respiramos ser produzido por organismos clorofilados. Ao ler Florinha e a fotossíntese, as crianças também irão perceber que plantas e animais estão conectados em um ciclo no qual as plantas, por meio da fotossíntese, fornecem alimento, gás oxigênio e ma†éria orgânica decomposta, e os animais fornecem nutrientes (na forma de matéria orgânica decomposta a partir de suas fezes e cadáveres) e gás carbônico. Este livro trata da importância das plantas para os seres vivos, inclusive para o ser humano. Além da importância óbvia da fotossíntese e do papel dos organismos clorofilados na base da maioria absoluta das cadeias alimentares, o autor expõe outros temas, como a produção de madeira e remédios a partir das plantas e as diferentes formas (substâncias) que o carbono pode compor. TEMAS ABORDADOS • • • • • • • • 2 Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 1 • • • • • Fotossíntese Fluxo da energia Respiração celular Seres autótrofos e heterótrofos Cadeia alimentar Relações alimentares Ciclo da matéria Pigmentos vegetais SUGESTÕES PEDAGÓGICAS Formando o leitor Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obras de não ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo quando o autor se utiliza de uma pequena história – como neste livro –, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão do assunto de determinada área. No entanto, o texto expositivo não se restringe à transmissão de informações. Isso porque ocorreu uma incrível mudança com a crescente ampliação dos campos do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a informação bastante acessível nos dias de hoje. Por isso mesmo, o leitor precisa ter condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas um olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da autonomia do pensar e do agir. A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja contextualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final, retorne à realidade vivida, para que não se reduza a abstrações, mas adquira sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser uma aventura apenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos. Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esforço solitário de reflexão, porque se faz também pelo diálogo, pelo confronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de outras explicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar às atividades individuais os trabalhos em equipe, os projetos coletivos, as discussões em classe e os debates. Explorando o tema Os cientistas acreditam que a atmosfera primitiva da Terra era muito diferente da atual, e uma das mais significativas diferenças era, justamente, a ausência de gás oxigênio. Independentemente disso, a vida conseguiu surgir e proliferar. Em determinado momento, organismos que produziam gás oxigênio como subproduto de seu metabolismo surgiram, e o aspecto físico, que atualmente conhecemos, da Terra vista do espaço, começou a se transformar – aparentemente, há 2,5 bilhões de anos, segundo indícios geológicos. Esses organismos, semelhantes às cianobactérias atuais, começaram a depositar gás oxigênio na atmosfera que, lentamente, começou a mudar. Com o aumento na concentração de gás oxigênio a atmosfera começou a adquirir sua tão característica cor azul. Além disso, o caminho para o aparecimento dos seres 3 em uma unidade chamada caloria – a energia necessária para subir em 1 ºC um grama de água. Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos que proveem energia ou substâncias estruturais que são requeridas para o crescimento, a manutenção e o reparo das células e demais estruturas corporais. Os nutrientes encontrados nos alimentos podem ser classificados em grandes grupos, como: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas, fibras e minerais. Os carboidratos são a principal fonte de energia do corpo. Carboidratos simples são utilizados mais rapidamente, outros, de estrutura mais complexa, estão mais ligados à estocagem de energia para uso posterior. Os lipídeos (gorduras e óleos) também são uma importante fonte de energia, em média o dobro das calorias presentes na mesma quantidade de carboidrato. No entanto, algumas formas de gordura animal – se consumidas em excesso – podem fazer mal à saúde dos seres humanos. As proteínas são o principal componente estrutural das células dos seres vivos, de fato, elas representam metade do peso seco delas. As vitaminas são substâncias que contêm carbono e que são necessárias em quantidades diminutas. Elas não são sintetizadas pelo organismo, logo, o que é considerado uma vitamina para determinada espécie de ser vivo pode não o ser para outra. Os minerais são substâncias que não contêm carbono – por isso, são consideradas inorgânicas – e que são essenciais para diversas funções celulares, principalmente para o fluxo de líquidos e para a sinalização celular. aeróbios estava aberto. Não fossem esses seres diminutos, não teriam existido dinossauros e nós não teríamos surgido. Ainda hoje, dependemos dos organismos fotossintetizantes para a fabricação e reposição do gás oxigênio atmosférico. Uma questão bem atual diz respeito à acidificação dos oceanos, devido ao aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera. Uma parcela significativa das algas marinhas do fitoplancto possui “esqueletos” calcários. Eles são afetados pela acidificação dos oceanos que faz com que eles apresentem malformações, cujas consequências para esses organismos e, portanto, para a sua fotossíntese ainda são desconhecidas. Além de possibilitar a vida de todos os organismos aeróbios, as plantas fornecem alimento para nós e para os animais dos quais nos alimentamos, materiais que utilizamos diariamente, como madeira para tábuas e lenha, fibras para produzir papel e tecidos, princípios ativos que compõem remédios, essências para perfumes etc. Apesar das cianobactérias não dependerem dos animais para seu ciclo de vida básico, a imensa maioria das espécies de plantas terrestres atuais depende, algumas delas inteiramente, de animais (principalmente de insetos, aves e morcegos) para serem polinizadas e terem seus frutos dispersados. Dos 92 elementos naturais conhecidos, aproximadamente 25 são considerados essenciais para a vida. Desses 25, tão somente quatro constituem mais de 96% dos corpos dos seres vivos. São eles: o oxigênio, o carbono, o hidrogênio e o nitrogênio. Esses elementos correspondem, respectivamente, a 65; 18,5; 9,5 e 3,3 por cento do peso de um ser humano (em valores aproximados). Para se obter esses elementos é necessário ter uma dieta saudável. Para tanto, é indispensável comer diferentes tipos de alimentos e nas quantidades adequadas. Desse modo, é possível obter as quantidades adequadas de energia e de nutrientes para exercer as atividades cotidianas. A energia contida nos alimentos é usualmente medida SUGESTÕES DE ATIVIDADES Ao desenvolver as atividades sugeridas, é importante que o enfoque interdisciplinar seja buscado, para estabelecer relações entre o que os alunos aprendem em sala de aula e o que vivenciam em seu cotidiano. Explorar, observar e discutir promove a construção de conceitos, procedimentos, 4 9/28/11 9:01 AM O AUTOR Para saber mais sobre Samuel Murgel Branco, consulte os sites www.moderna.com.br e www.ismb.org.br Samuel Murgel Branco florinha e a fotossÍNTESE Samuel Murgel Branco Sugestões pedagógicas e de atividades elaboradAs por: Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos, como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos. Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie, ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia, em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo. Preparando para a cidadania Principais elementos da matéria orgânica Vitaminas Sais minerais Princípios fotoquímicos ativos Produtos de origem vegetal Quando o aluno consegue identificar os problemas e conflitos do dia a dia, tudo o que aprende adquire sentido novo para a sua vida e para a comunidade. O saber teórico incorporado às experiências de vida de cada um é condição importante para a formação integral do aluno, pois estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante da comunidade e possível agente transformador. Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinar” valores aos alunos, estamos propondo que, em cada disciplina, sejam discutidos os laços indissolúveis entre os conteúdos estudados, os valores humanos e as atitudes individuais e coletivas. Isso significa que os temas éticos, políticos e estéticos devem ser realçados no processo de apropriação do saber com os temas transversais, isto é, com temas que atravessam os diferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, a propósito deste livro. A OBRA Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--se em História Natural em 1956, especializando-se em Ciências Biológicas e da Terra na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Mais tarde, como professor da USP, direcionou sua carreira de pesquisador para a área de Saneamento Básico e Ambiental, tornando--se um grande sanitarista, reconhecido por seus estudos sobre a qualidade das águas continentais e costeiras, com forte enfoque em saúde pública no Brasil e na América Latina. Orientou dezenas de mestrados e doutorados, particularmente nas unidades da USP de São Carlos e Saúde Pública em São Paulo. Apaixonado desde sempre pela natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e pelas exuberantes florestas da Mata Atlântica, o que despertou sua curiosidade em relação às particularidades dos diferentes ambientes vivos. A união da paixão e do conhecimento científico, bem como sua facilidade em escrever histórias, estimulou-o a revelar para crianças e jovens as maravilhas da natureza. Quando escrevia, buscava dar conta de todo o universo que o cercava, organizando seus conhecimentos e apresentando-os de maneira cativante aos leitores. Assim, possui vários livros publicados, nos quais narra com simplicidade os temas complexos das ciências ambientais. Em 2004, foi criado o Instituto Samuel Murgel Branco (ISMB), com a missão de disseminar a obra desse notável professor, estimular o conhecimento sobre as ciências ambientais e conscientizar crianças, jovens e adultos do seu incrível papel de preservar a natureza em prol de um modelo de desenvolvimento em que riqueza é sinônimo de qualidade de vida para todos. Qual a importância central de Florinha e a fotossíntese? Não bastassem serem os maiores fornecedores de alimento para os animais, as plantas ainda retiram gás carbônico da atmosfera e devolvem a ela gás oxigênio, vital para a maioria dos seres vivos. O autor reforça a importância de o gás oxigênio que respiramos ser produzido por organismos clorofilados. Ao ler Florinha e a fotossíntese, as crianças também irão perceber que plantas e animais estão conectados em um ciclo no qual as plantas, por meio da fotossíntese, fornecem alimento, gás oxigênio e ma†éria orgânica decomposta, e os animais fornecem nutrientes (na forma de matéria orgânica decomposta a partir de suas fezes e cadáveres) e gás carbônico. Este livro trata da importância das plantas para os seres vivos, inclusive para o ser humano. Além da importância óbvia da fotossíntese e do papel dos organismos clorofilados na base da maioria absoluta das cadeias alimentares, o autor expõe outros temas, como a produção de madeira e remédios a partir das plantas e as diferentes formas (substâncias) que o carbono pode compor. TEMAS ABORDADOS • • • • • • • • 2 Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 1 • • • • • Fotossíntese Fluxo da energia Respiração celular Seres autótrofos e heterótrofos Cadeia alimentar Relações alimentares Ciclo da matéria Pigmentos vegetais SUGESTÕES PEDAGÓGICAS Formando o leitor Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obras de não ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo quando o autor se utiliza de uma pequena história – como neste livro –, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão do assunto de determinada área. No entanto, o texto expositivo não se restringe à transmissão de informações. Isso porque ocorreu uma incrível mudança com a crescente ampliação dos campos do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a informação bastante acessível nos dias de hoje. Por isso mesmo, o leitor precisa ter condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas um olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da autonomia do pensar e do agir. A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja contextualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final, retorne à realidade vivida, para que não se reduza a abstrações, mas adquira sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser uma aventura apenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos. Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esforço solitário de reflexão, porque se faz também pelo diálogo, pelo confronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de outras explicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar às atividades individuais os trabalhos em equipe, os projetos coletivos, as discussões em classe e os debates. Explorando o tema Os cientistas acreditam que a atmosfera primitiva da Terra era muito diferente da atual, e uma das mais significativas diferenças era, justamente, a ausência de gás oxigênio. Independentemente disso, a vida conseguiu surgir e proliferar. Em determinado momento, organismos que produziam gás oxigênio como subproduto de seu metabolismo surgiram, e o aspecto físico, que atualmente conhecemos, da Terra vista do espaço, começou a se transformar – aparentemente, há 2,5 bilhões de anos, segundo indícios geológicos. Esses organismos, semelhantes às cianobactérias atuais, começaram a depositar gás oxigênio na atmosfera que, lentamente, começou a mudar. Com o aumento na concentração de gás oxigênio a atmosfera começou a adquirir sua tão característica cor azul. Além disso, o caminho para o aparecimento dos seres 3 em uma unidade chamada caloria – a energia necessária para subir em 1 ºC um grama de água. Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos que proveem energia ou substâncias estruturais que são requeridas para o crescimento, a manutenção e o reparo das células e demais estruturas corporais. Os nutrientes encontrados nos alimentos podem ser classificados em grandes grupos, como: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas, fibras e minerais. Os carboidratos são a principal fonte de energia do corpo. Carboidratos simples são utilizados mais rapidamente, outros, de estrutura mais complexa, estão mais ligados à estocagem de energia para uso posterior. Os lipídeos (gorduras e óleos) também são uma importante fonte de energia, em média o dobro das calorias presentes na mesma quantidade de carboidrato. No entanto, algumas formas de gordura animal – se consumidas em excesso – podem fazer mal à saúde dos seres humanos. As proteínas são o principal componente estrutural das células dos seres vivos, de fato, elas representam metade do peso seco delas. As vitaminas são substâncias que contêm carbono e que são necessárias em quantidades diminutas. Elas não são sintetizadas pelo organismo, logo, o que é considerado uma vitamina para determinada espécie de ser vivo pode não o ser para outra. Os minerais são substâncias que não contêm carbono – por isso, são consideradas inorgânicas – e que são essenciais para diversas funções celulares, principalmente para o fluxo de líquidos e para a sinalização celular. aeróbios estava aberto. Não fossem esses seres diminutos, não teriam existido dinossauros e nós não teríamos surgido. Ainda hoje, dependemos dos organismos fotossintetizantes para a fabricação e reposição do gás oxigênio atmosférico. Uma questão bem atual diz respeito à acidificação dos oceanos, devido ao aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera. Uma parcela significativa das algas marinhas do fitoplancto possui “esqueletos” calcários. Eles são afetados pela acidificação dos oceanos que faz com que eles apresentem malformações, cujas consequências para esses organismos e, portanto, para a sua fotossíntese ainda são desconhecidas. Além de possibilitar a vida de todos os organismos aeróbios, as plantas fornecem alimento para nós e para os animais dos quais nos alimentamos, materiais que utilizamos diariamente, como madeira para tábuas e lenha, fibras para produzir papel e tecidos, princípios ativos que compõem remédios, essências para perfumes etc. Apesar das cianobactérias não dependerem dos animais para seu ciclo de vida básico, a imensa maioria das espécies de plantas terrestres atuais depende, algumas delas inteiramente, de animais (principalmente de insetos, aves e morcegos) para serem polinizadas e terem seus frutos dispersados. Dos 92 elementos naturais conhecidos, aproximadamente 25 são considerados essenciais para a vida. Desses 25, tão somente quatro constituem mais de 96% dos corpos dos seres vivos. São eles: o oxigênio, o carbono, o hidrogênio e o nitrogênio. Esses elementos correspondem, respectivamente, a 65; 18,5; 9,5 e 3,3 por cento do peso de um ser humano (em valores aproximados). Para se obter esses elementos é necessário ter uma dieta saudável. Para tanto, é indispensável comer diferentes tipos de alimentos e nas quantidades adequadas. Desse modo, é possível obter as quantidades adequadas de energia e de nutrientes para exercer as atividades cotidianas. A energia contida nos alimentos é usualmente medida SUGESTÕES DE ATIVIDADES Ao desenvolver as atividades sugeridas, é importante que o enfoque interdisciplinar seja buscado, para estabelecer relações entre o que os alunos aprendem em sala de aula e o que vivenciam em seu cotidiano. Explorar, observar e discutir promove a construção de conceitos, procedimentos, 4 9/28/11 9:01 AM O AUTOR Para saber mais sobre Samuel Murgel Branco, consulte os sites www.moderna.com.br e www.ismb.org.br Samuel Murgel Branco florinha e a fotossÍNTESE Samuel Murgel Branco Sugestões pedagógicas e de atividades elaboradAs por: Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos, como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos. Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie, ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia, em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo. Preparando para a cidadania Principais elementos da matéria orgânica Vitaminas Sais minerais Princípios fotoquímicos ativos Produtos de origem vegetal Quando o aluno consegue identificar os problemas e conflitos do dia a dia, tudo o que aprende adquire sentido novo para a sua vida e para a comunidade. O saber teórico incorporado às experiências de vida de cada um é condição importante para a formação integral do aluno, pois estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante da comunidade e possível agente transformador. Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinar” valores aos alunos, estamos propondo que, em cada disciplina, sejam discutidos os laços indissolúveis entre os conteúdos estudados, os valores humanos e as atitudes individuais e coletivas. Isso significa que os temas éticos, políticos e estéticos devem ser realçados no processo de apropriação do saber com os temas transversais, isto é, com temas que atravessam os diferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, a propósito deste livro. A OBRA Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--se em História Natural em 1956, especializando-se em Ciências Biológicas e da Terra na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Mais tarde, como professor da USP, direcionou sua carreira de pesquisador para a área de Saneamento Básico e Ambiental, tornando--se um grande sanitarista, reconhecido por seus estudos sobre a qualidade das águas continentais e costeiras, com forte enfoque em saúde pública no Brasil e na América Latina. Orientou dezenas de mestrados e doutorados, particularmente nas unidades da USP de São Carlos e Saúde Pública em São Paulo. Apaixonado desde sempre pela natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e pelas exuberantes florestas da Mata Atlântica, o que despertou sua curiosidade em relação às particularidades dos diferentes ambientes vivos. A união da paixão e do conhecimento científico, bem como sua facilidade em escrever histórias, estimulou-o a revelar para crianças e jovens as maravilhas da natureza. Quando escrevia, buscava dar conta de todo o universo que o cercava, organizando seus conhecimentos e apresentando-os de maneira cativante aos leitores. Assim, possui vários livros publicados, nos quais narra com simplicidade os temas complexos das ciências ambientais. Em 2004, foi criado o Instituto Samuel Murgel Branco (ISMB), com a missão de disseminar a obra desse notável professor, estimular o conhecimento sobre as ciências ambientais e conscientizar crianças, jovens e adultos do seu incrível papel de preservar a natureza em prol de um modelo de desenvolvimento em que riqueza é sinônimo de qualidade de vida para todos. Qual a importância central de Florinha e a fotossíntese? Não bastassem serem os maiores fornecedores de alimento para os animais, as plantas ainda retiram gás carbônico da atmosfera e devolvem a ela gás oxigênio, vital para a maioria dos seres vivos. O autor reforça a importância de o gás oxigênio que respiramos ser produzido por organismos clorofilados. Ao ler Florinha e a fotossíntese, as crianças também irão perceber que plantas e animais estão conectados em um ciclo no qual as plantas, por meio da fotossíntese, fornecem alimento, gás oxigênio e ma†éria orgânica decomposta, e os animais fornecem nutrientes (na forma de matéria orgânica decomposta a partir de suas fezes e cadáveres) e gás carbônico. Este livro trata da importância das plantas para os seres vivos, inclusive para o ser humano. Além da importância óbvia da fotossíntese e do papel dos organismos clorofilados na base da maioria absoluta das cadeias alimentares, o autor expõe outros temas, como a produção de madeira e remédios a partir das plantas e as diferentes formas (substâncias) que o carbono pode compor. TEMAS ABORDADOS • • • • • • • • 2 Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 1 • • • • • Fotossíntese Fluxo da energia Respiração celular Seres autótrofos e heterótrofos Cadeia alimentar Relações alimentares Ciclo da matéria Pigmentos vegetais SUGESTÕES PEDAGÓGICAS Formando o leitor Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obras de não ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo quando o autor se utiliza de uma pequena história – como neste livro –, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão do assunto de determinada área. No entanto, o texto expositivo não se restringe à transmissão de informações. Isso porque ocorreu uma incrível mudança com a crescente ampliação dos campos do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a informação bastante acessível nos dias de hoje. Por isso mesmo, o leitor precisa ter condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas um olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da autonomia do pensar e do agir. A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja contextualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final, retorne à realidade vivida, para que não se reduza a abstrações, mas adquira sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser uma aventura apenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos. Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esforço solitário de reflexão, porque se faz também pelo diálogo, pelo confronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de outras explicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar às atividades individuais os trabalhos em equipe, os projetos coletivos, as discussões em classe e os debates. Explorando o tema Os cientistas acreditam que a atmosfera primitiva da Terra era muito diferente da atual, e uma das mais significativas diferenças era, justamente, a ausência de gás oxigênio. Independentemente disso, a vida conseguiu surgir e proliferar. Em determinado momento, organismos que produziam gás oxigênio como subproduto de seu metabolismo surgiram, e o aspecto físico, que atualmente conhecemos, da Terra vista do espaço, começou a se transformar – aparentemente, há 2,5 bilhões de anos, segundo indícios geológicos. Esses organismos, semelhantes às cianobactérias atuais, começaram a depositar gás oxigênio na atmosfera que, lentamente, começou a mudar. Com o aumento na concentração de gás oxigênio a atmosfera começou a adquirir sua tão característica cor azul. Além disso, o caminho para o aparecimento dos seres 3 em uma unidade chamada caloria – a energia necessária para subir em 1 ºC um grama de água. Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos que proveem energia ou substâncias estruturais que são requeridas para o crescimento, a manutenção e o reparo das células e demais estruturas corporais. Os nutrientes encontrados nos alimentos podem ser classificados em grandes grupos, como: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas, fibras e minerais. Os carboidratos são a principal fonte de energia do corpo. Carboidratos simples são utilizados mais rapidamente, outros, de estrutura mais complexa, estão mais ligados à estocagem de energia para uso posterior. Os lipídeos (gorduras e óleos) também são uma importante fonte de energia, em média o dobro das calorias presentes na mesma quantidade de carboidrato. No entanto, algumas formas de gordura animal – se consumidas em excesso – podem fazer mal à saúde dos seres humanos. As proteínas são o principal componente estrutural das células dos seres vivos, de fato, elas representam metade do peso seco delas. As vitaminas são substâncias que contêm carbono e que são necessárias em quantidades diminutas. Elas não são sintetizadas pelo organismo, logo, o que é considerado uma vitamina para determinada espécie de ser vivo pode não o ser para outra. Os minerais são substâncias que não contêm carbono – por isso, são consideradas inorgânicas – e que são essenciais para diversas funções celulares, principalmente para o fluxo de líquidos e para a sinalização celular. aeróbios estava aberto. Não fossem esses seres diminutos, não teriam existido dinossauros e nós não teríamos surgido. Ainda hoje, dependemos dos organismos fotossintetizantes para a fabricação e reposição do gás oxigênio atmosférico. Uma questão bem atual diz respeito à acidificação dos oceanos, devido ao aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera. Uma parcela significativa das algas marinhas do fitoplancto possui “esqueletos” calcários. Eles são afetados pela acidificação dos oceanos que faz com que eles apresentem malformações, cujas consequências para esses organismos e, portanto, para a sua fotossíntese ainda são desconhecidas. Além de possibilitar a vida de todos os organismos aeróbios, as plantas fornecem alimento para nós e para os animais dos quais nos alimentamos, materiais que utilizamos diariamente, como madeira para tábuas e lenha, fibras para produzir papel e tecidos, princípios ativos que compõem remédios, essências para perfumes etc. Apesar das cianobactérias não dependerem dos animais para seu ciclo de vida básico, a imensa maioria das espécies de plantas terrestres atuais depende, algumas delas inteiramente, de animais (principalmente de insetos, aves e morcegos) para serem polinizadas e terem seus frutos dispersados. Dos 92 elementos naturais conhecidos, aproximadamente 25 são considerados essenciais para a vida. Desses 25, tão somente quatro constituem mais de 96% dos corpos dos seres vivos. São eles: o oxigênio, o carbono, o hidrogênio e o nitrogênio. Esses elementos correspondem, respectivamente, a 65; 18,5; 9,5 e 3,3 por cento do peso de um ser humano (em valores aproximados). Para se obter esses elementos é necessário ter uma dieta saudável. Para tanto, é indispensável comer diferentes tipos de alimentos e nas quantidades adequadas. Desse modo, é possível obter as quantidades adequadas de energia e de nutrientes para exercer as atividades cotidianas. A energia contida nos alimentos é usualmente medida SUGESTÕES DE ATIVIDADES Ao desenvolver as atividades sugeridas, é importante que o enfoque interdisciplinar seja buscado, para estabelecer relações entre o que os alunos aprendem em sala de aula e o que vivenciam em seu cotidiano. Explorar, observar e discutir promove a construção de conceitos, procedimentos, 4 9/28/11 9:01 AM O AUTOR Para saber mais sobre Samuel Murgel Branco, consulte os sites www.moderna.com.br e www.ismb.org.br Samuel Murgel Branco florinha e a fotossÍNTESE Samuel Murgel Branco Sugestões pedagógicas e de atividades elaboradAs por: Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos, como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos. Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie, ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia, em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo. Preparando para a cidadania Principais elementos da matéria orgânica Vitaminas Sais minerais Princípios fotoquímicos ativos Produtos de origem vegetal Quando o aluno consegue identificar os problemas e conflitos do dia a dia, tudo o que aprende adquire sentido novo para a sua vida e para a comunidade. O saber teórico incorporado às experiências de vida de cada um é condição importante para a formação integral do aluno, pois estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante da comunidade e possível agente transformador. Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinar” valores aos alunos, estamos propondo que, em cada disciplina, sejam discutidos os laços indissolúveis entre os conteúdos estudados, os valores humanos e as atitudes individuais e coletivas. Isso significa que os temas éticos, políticos e estéticos devem ser realçados no processo de apropriação do saber com os temas transversais, isto é, com temas que atravessam os diferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, a propósito deste livro. A OBRA Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--se em História Natural em 1956, especializando-se em Ciências Biológicas e da Terra na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Mais tarde, como professor da USP, direcionou sua carreira de pesquisador para a área de Saneamento Básico e Ambiental, tornando--se um grande sanitarista, reconhecido por seus estudos sobre a qualidade das águas continentais e costeiras, com forte enfoque em saúde pública no Brasil e na América Latina. Orientou dezenas de mestrados e doutorados, particularmente nas unidades da USP de São Carlos e Saúde Pública em São Paulo. Apaixonado desde sempre pela natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e pelas exuberantes florestas da Mata Atlântica, o que despertou sua curiosidade em relação às particularidades dos diferentes ambientes vivos. A união da paixão e do conhecimento científico, bem como sua facilidade em escrever histórias, estimulou-o a revelar para crianças e jovens as maravilhas da natureza. Quando escrevia, buscava dar conta de todo o universo que o cercava, organizando seus conhecimentos e apresentando-os de maneira cativante aos leitores. Assim, possui vários livros publicados, nos quais narra com simplicidade os temas complexos das ciências ambientais. Em 2004, foi criado o Instituto Samuel Murgel Branco (ISMB), com a missão de disseminar a obra desse notável professor, estimular o conhecimento sobre as ciências ambientais e conscientizar crianças, jovens e adultos do seu incrível papel de preservar a natureza em prol de um modelo de desenvolvimento em que riqueza é sinônimo de qualidade de vida para todos. Qual a importância central de Florinha e a fotossíntese? Não bastassem serem os maiores fornecedores de alimento para os animais, as plantas ainda retiram gás carbônico da atmosfera e devolvem a ela gás oxigênio, vital para a maioria dos seres vivos. O autor reforça a importância de o gás oxigênio que respiramos ser produzido por organismos clorofilados. Ao ler Florinha e a fotossíntese, as crianças também irão perceber que plantas e animais estão conectados em um ciclo no qual as plantas, por meio da fotossíntese, fornecem alimento, gás oxigênio e ma†éria orgânica decomposta, e os animais fornecem nutrientes (na forma de matéria orgânica decomposta a partir de suas fezes e cadáveres) e gás carbônico. Este livro trata da importância das plantas para os seres vivos, inclusive para o ser humano. Além da importância óbvia da fotossíntese e do papel dos organismos clorofilados na base da maioria absoluta das cadeias alimentares, o autor expõe outros temas, como a produção de madeira e remédios a partir das plantas e as diferentes formas (substâncias) que o carbono pode compor. TEMAS ABORDADOS • • • • • • • • 2 Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 1 • • • • • Fotossíntese Fluxo da energia Respiração celular Seres autótrofos e heterótrofos Cadeia alimentar Relações alimentares Ciclo da matéria Pigmentos vegetais SUGESTÕES PEDAGÓGICAS Formando o leitor Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obras de não ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo quando o autor se utiliza de uma pequena história – como neste livro –, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão do assunto de determinada área. No entanto, o texto expositivo não se restringe à transmissão de informações. Isso porque ocorreu uma incrível mudança com a crescente ampliação dos campos do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a informação bastante acessível nos dias de hoje. Por isso mesmo, o leitor precisa ter condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas um olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da autonomia do pensar e do agir. A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja contextualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final, retorne à realidade vivida, para que não se reduza a abstrações, mas adquira sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser uma aventura apenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos. Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esforço solitário de reflexão, porque se faz também pelo diálogo, pelo confronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de outras explicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar às atividades individuais os trabalhos em equipe, os projetos coletivos, as discussões em classe e os debates. Explorando o tema Os cientistas acreditam que a atmosfera primitiva da Terra era muito diferente da atual, e uma das mais significativas diferenças era, justamente, a ausência de gás oxigênio. Independentemente disso, a vida conseguiu surgir e proliferar. Em determinado momento, organismos que produziam gás oxigênio como subproduto de seu metabolismo surgiram, e o aspecto físico, que atualmente conhecemos, da Terra vista do espaço, começou a se transformar – aparentemente, há 2,5 bilhões de anos, segundo indícios geológicos. Esses organismos, semelhantes às cianobactérias atuais, começaram a depositar gás oxigênio na atmosfera que, lentamente, começou a mudar. Com o aumento na concentração de gás oxigênio a atmosfera começou a adquirir sua tão característica cor azul. Além disso, o caminho para o aparecimento dos seres 3 em uma unidade chamada caloria – a energia necessária para subir em 1 ºC um grama de água. Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos que proveem energia ou substâncias estruturais que são requeridas para o crescimento, a manutenção e o reparo das células e demais estruturas corporais. Os nutrientes encontrados nos alimentos podem ser classificados em grandes grupos, como: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas, fibras e minerais. Os carboidratos são a principal fonte de energia do corpo. Carboidratos simples são utilizados mais rapidamente, outros, de estrutura mais complexa, estão mais ligados à estocagem de energia para uso posterior. Os lipídeos (gorduras e óleos) também são uma importante fonte de energia, em média o dobro das calorias presentes na mesma quantidade de carboidrato. No entanto, algumas formas de gordura animal – se consumidas em excesso – podem fazer mal à saúde dos seres humanos. As proteínas são o principal componente estrutural das células dos seres vivos, de fato, elas representam metade do peso seco delas. As vitaminas são substâncias que contêm carbono e que são necessárias em quantidades diminutas. Elas não são sintetizadas pelo organismo, logo, o que é considerado uma vitamina para determinada espécie de ser vivo pode não o ser para outra. Os minerais são substâncias que não contêm carbono – por isso, são consideradas inorgânicas – e que são essenciais para diversas funções celulares, principalmente para o fluxo de líquidos e para a sinalização celular. aeróbios estava aberto. Não fossem esses seres diminutos, não teriam existido dinossauros e nós não teríamos surgido. Ainda hoje, dependemos dos organismos fotossintetizantes para a fabricação e reposição do gás oxigênio atmosférico. Uma questão bem atual diz respeito à acidificação dos oceanos, devido ao aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera. Uma parcela significativa das algas marinhas do fitoplancto possui “esqueletos” calcários. Eles são afetados pela acidificação dos oceanos que faz com que eles apresentem malformações, cujas consequências para esses organismos e, portanto, para a sua fotossíntese ainda são desconhecidas. Além de possibilitar a vida de todos os organismos aeróbios, as plantas fornecem alimento para nós e para os animais dos quais nos alimentamos, materiais que utilizamos diariamente, como madeira para tábuas e lenha, fibras para produzir papel e tecidos, princípios ativos que compõem remédios, essências para perfumes etc. Apesar das cianobactérias não dependerem dos animais para seu ciclo de vida básico, a imensa maioria das espécies de plantas terrestres atuais depende, algumas delas inteiramente, de animais (principalmente de insetos, aves e morcegos) para serem polinizadas e terem seus frutos dispersados. Dos 92 elementos naturais conhecidos, aproximadamente 25 são considerados essenciais para a vida. Desses 25, tão somente quatro constituem mais de 96% dos corpos dos seres vivos. São eles: o oxigênio, o carbono, o hidrogênio e o nitrogênio. Esses elementos correspondem, respectivamente, a 65; 18,5; 9,5 e 3,3 por cento do peso de um ser humano (em valores aproximados). Para se obter esses elementos é necessário ter uma dieta saudável. Para tanto, é indispensável comer diferentes tipos de alimentos e nas quantidades adequadas. Desse modo, é possível obter as quantidades adequadas de energia e de nutrientes para exercer as atividades cotidianas. A energia contida nos alimentos é usualmente medida SUGESTÕES DE ATIVIDADES Ao desenvolver as atividades sugeridas, é importante que o enfoque interdisciplinar seja buscado, para estabelecer relações entre o que os alunos aprendem em sala de aula e o que vivenciam em seu cotidiano. Explorar, observar e discutir promove a construção de conceitos, procedimentos, 4 9/28/11 9:01 AM Energia solar valores e atitudes, permitindo assim aos alunos estabelecerem relações e ampliarem o universo de conhecimentos de modo significativo. Os alunos são curiosos e gostam de situações desafiadoras. Portanto, ao estruturar as atividades, oriente-os e apresente questões de modo que se construam situações problematizadoras que os incentivem a buscar respostas e soluções. Bom trabalho! Divida a turma em grupos e solicite a cada um deles que faça uma pesquisa sobre os usos da energia solar (pelos seres humanos) para gerar eletricidade, aquecer água, desidratar alimentos etc. Eles deverão produzir um registro escrito e ilustrado das informações obtidas. Esses registros deverão ser apresentados para os demais grupos de modo que os alunos que os produziram tenham que explicar aos colegas o uso da energia solar que pesquisaram. Estimule-os a pensar em quais outros processos a luz do Sol tem papel importantíssimo. Ajude-os a lembrar da importância da luz para as plantas. ATIVIDADES PARA ANTES DA LEITURA Levantamento de plantas alimentícias ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA Solicite aos alunos que façam um levantamento do número aproximado de espécies vegetais que são utilizadas como alimento no Brasil e daquelas que são vendidas na região onde moram. Peça também que eles levantem o nome e a quantidade (novamente, com valor aproximado) de algumas espécies que são consumidas, mas que dificilmente são vendidas em mercados e outros estabelecimentos comerciais. Eles devem visitar mercados, feiras populares, perguntar aos pais ou avós, procurar na internet, em bibliotecas etc. Com as listas prontas, solicite aos alunos que construam gráficos de barras, comparando os números encontrados. Ajude-os a interpretar o gráfico obtido propondo questões como: O número de espécies que são utilizadas na região onde vivem é grande em comparação ao total de espécies do Brasil? O número de espécies que são consumidas mas não comercializadas é grande? Dos tipos de vegetais obtidos nas listas levantadas pelos alunos, quantos são costumeiramente consumidos por eles? Se achar adequado, solicite que façam uma pesquisa para descobrir quais são as culturas com maior área plantada no Brasil (soja, cana etc.). Quantas dessas culturas são utilizadas em nossa alimentação diária? Uma estratégia para envolver os alunos é apresentar questões complementares, convidando-os a refletir sobre os temas abordados. Ofereça subsídios para facilitar a leitura e contornar dificuldades, como: identificar a estrutura do texto, esclarecer dúvidas de vocabulários e compreensão, novos conceitos e concordância com o autor. Proponha questões e reflexões sobre os temas abordados, como: • Na página 8, se achar adequado ao nível cognitivo dos alunos, pergunte se eles conhecem outros organismos que, assim como as plantas, não têm boca (amebas e outros micro-organismos, por exemplo). Esses organismos não fabricam o próprio alimento, então como eles se alimentam (absorvem o alimento pela parede do corpo)? • Na página 8, pergunte se algum dos alunos sabe o que é a fotossíntese (o que é produzido, o que é necessário para que seja produzido, como é produzido?). Peça que prestem atenção à continuação da história e que comparem o que acabaram de dizer com o que será apresentado no livro. • Na página 10, conte aos alunos que quase 20% do peso de uma pessoa é de átomos de carbono. 5 Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 2 ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA • Na página 11, antes de a folhinha explicar para Florinha o papel da clorofila, quando ela pergunta se basta colocar água, carbono e “outros ingredientes” para se produzir matéria orgânica, pergunte aos alunos se eles sabem o que falta (clorofila) para que aqueles ingredientes sejam transformados em matéria orgânica. • Na página 12, para se certificar de que os alunos entenderam que a energia contida nos alimentos, sejam eles de origem animal ou vegetal, é a energia do Sol estocada, pergunte a eles: De onde vem a energia contida no grão de arroz? E na batata? E no bife? Peça que façam uma lista com o que considerarem provável. • Na página 21, pergunte aos alunos se eles sabem o que o termo asfixiado significa. Ajude-os a deduzir seu significado a partir do contexto encontrado no livro. • Na página 22, para mostrar o efeito que a mudança de um único átomo pode causar nas propriedades de uma substância, esclareça que o monóxido de carbono difere do dióxido de carbono de apenas um átomo de oxigênio. Monte dois esquemas: uma molécula de CO2 (com 3 bolinhas de isopor, sendo 2 iguais) e uma de CO (com 2 bolinhas de isopor diferentes). • Na página 24, pergunte se os alunos conhecem algum medicamento derivado de planta. Medicamentos comuns são chás feitos de ervas, como boldo, capim-santo etc. Exemplos que podem ser dados pelo professor são o ácido acetilsalicílico (aspirina), derivado de Spiraea ulmaria; a codeína, um analgésico e antitussígeno derivado de Papaver somniferum; a cânfora, derivado de Cinnamomum camphora etc. • Na página 24, peça aos alunos que citem outras qualidades das plantas que julguem importantes. Estimule-os a discutir, por exemplo, se a aparência de um organismo é algo que deve ser levado em conta ou se devemos priorizar somente aquelas características que estão associadas a processos essenciais sem os quais não sobreviveríamos. Após a leitura verifique o que os alunos aprenderam, se são capazes de contar o que leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça relação entre o que foi estudado e a vida cotidiana, propondo as atividades a seguir. Plantas carnívoras Conte aos alunos que existem espécies de plantas que, além da fotossíntese, obtêm nutrientes por outros meios. Um desses grupos é o das plantas carnívoras. Solicite aos alunos que façam desenhos de como eles imaginam que seja e se alimente uma planta carnívora. Após essa atividade, peça que façam uma pesquisa sobre essas plantas na biblioteca, internet, entrevistando parentes e, caso exista, no Jardim Botânico local. Eventualmente, é possível encontrar plantas carnívoras para vender em lojas de plantas. Se possível, adquira alguns indivíduos de espécies diferentes para manter na escola e ilustrar os diferentes modos de obtenção de presas. Sugira à turma que comparem os desenhos feitos antes da pesquisa com as ilustrações e fotografias das espécies que encontraram após essa busca. Quais são as principais diferenças notadas? Como era o modo de captura do alimento nos desenhos? E na realidade? E com relação aos animais que essas plantas são capazes de capturar para se alimentar, existem diferenças entre o que eles previram e o que encontraram? Produção de gás Esse experimento servirá para ilustrar a produção de gás oxigênio por uma planta aquática. No entanto, a demonstração de que o gás produzido é de fato oxigênio gasoso é algo que foge ao escopo do ensino fundamental I. Portanto, esse experimento servirá apenas para ilustrar a produção de gás. Para realizar esse experimento proceda do seguinte modo. 6 Compre alguns ramos de Elodea, uma espécie de planta aquática muito comum em lojas de aquário. Separe um béquer grande; um funil de vidro (ou outro material transparente) cuja circunferência maior encaixe dentro desse béquer, mas que não seja maior do que o béquer em altura; e um tubo de ensaio. Coloque alguns ramos de Elodea no béquer e encha-o com água. Coloque o funil invertido (com a parte maior virada para baixo) dentro do béquer, de modo que ele cubra todos os ramos de Elodea; ele deve ficar completamente preenchido por água. Coloque o tubo de ensaio sobre a ponta do funil dentro do béquer. Para fazer isso, certifique-se de que o funil esteja totalmente submerso no béquer, a aproximadamente um dedo abaixo da superfície. Encha completamente o tubo de ensaio com água e tampe-o com um dedo de modo que a água não escorra quando você virá-lo de cabeça para baixo. Coloque o tubo de ensaio, com seu dedo ainda fechando sua boca, sob a superfície da água do béquer. Retire o dedo da abertura do tubo de ensaio, mas mantenha a boca do tubo sob a água. Acomode o tubo de ensaio sobre a ponta do funil. Pergunte aos alunos se eles têm alguma ideia para estimular a fotossíntese da planta que, está dentro do béquer. Ajude-os a perceber que, se colocarem a montagem sob uma fonte de luz intensa (uma lâmpada potente, por exemplo), a fotossíntese será estimulada. Advirta-os, no entanto, de que luz demais pode fazer mal. Com efeito, depois de uma certa intensidade, a luz não estimula mais a fotossíntese, mas sim inibe-a. Pergunte à turma o que ocorre quando as plantas fazem fotossíntese, que substância elas liberam (gás oxigênio). Então, peça que reparem na montagem que você fez com o béquer, o funil e o tubo de ensaio. O que eles imaginam que vai ocorrer caso os ramos de Elodea liberem gás na água? Auxilie-os a perceber que, caso haja produção de gás, ele será direcionado pelo funil e irá se acumular no fundo do tubo de ensaio, formando uma bolha de gás nesse local. E se não houver liberação de gás pelos ramos da planta? Ajude-os a perceber que, nesse caso, nada ocorrerá. Solicite aos alunos que desenhem a montagem como ela está naquele momento, e como ela deverá ficar caso exista a liberação de gás pelos ramos da planta. Teste em casa quanto tempo será necessário deixar a montagem sob a lâmpada para que haja depósito suficiente de gás no fundo do tubo de ensaio. Na sala de aula, deixe a montagem exposta pelo tempo previamente determinado (alternativamente, de um dia para o outro) e peça aos alunos que a analisem. Ela está mais parecida com qual desenho, aquele que previa a liberação de gás, ou o outro que não previa tal ocorrência? Houve depósito de gás no fundo do tubo de ensaio (espera--se que sim)? O que isso representa (que a planta liberou gás na água)? Eles acham que essa explicação – liberação de gás produzido pela planta na água – é boa? Alguém poderia sugerir uma explicação alternativa para o que aconteceu? Caso alguém sugira uma explicação diferente, ouça-a com atenção e ajude-os a entender as razões pelas quais as explicações alternativas sugeridas não são suficientes para explicar o fenômeno. brir o material vegetal. Aguarde entre 15 e 25 minutos e, utilizando a peneira, retire o material triturado de cada mistura, deixando apenas álcool nos copos. Pegue as tiras de papel-filtro e mergulhe uma em cada copo. Coloque somente uma das pontas de cada tira no álcool. Deixe as tiras nos copos, por aproximadamente duas horas (o ideal é fazer esse experimento em casa, antes de prepará-lo para os alunos, para determinar com maior precisão os intervalos apropriados), sem mexer nelas. Após esse período, retire as tiras dos copos e coloque-as para secar presas por um pregador em um varal à sombra. Uma vez secas, as tiras de papel devem apresentar faixas de cores variadas. Pergunte aos alunos de onde vieram aquelas cores (das folhas). Explique a eles que, ao triturar as folhas, as células da planta são esmagadas e seu conteúdo extravasa e é carregado pelo álcool através da folha de papel-filtro. Entre os componentes que existem dentro da célula das plantas e que são extravasados quando as células são trituradas está a clorofila, que é o pigmento que dá a cor verde às plantas. No entanto, como pode ser visto nas tiras que foram mergulhadas nas soluções de álcool com materiais vegetais com cores diferentes do verde, o verde não é o único pigmento presente nas plantas. Mesmo plantas que são verdes podem apresentar pequenas quantidades de pigmentos de outras cores. Diferentes pigmentos são carregados por distâncias diferentes no papel-filtro, e é isso que causa o padrão de cores em faixas no papel. Extraindo pigmentos de uma folha Para extrair os pigmentos de material vegetal, você precisará dos seguintes materiais: • Material vegetal para a extração, de preferência uma flor bem colorida, com algumas folhas verdes e com outras cores além do verde (como o repolho roxo ou a beterraba, por exemplo). • Um pouco de álcool. • Copos plásticos, de preferência transparentes. • Papel-filtro cortado em tiras mais compridas que os copos que serão utilizados. • Um pilão, ou um cabo de colher de pau. • Almofariz, ou algum recipiente que o substitua. • Uma peneira de cozinha. Triture, um por vez, cada material vegetal no almofariz e coloque cada um deles em um copo. Coloque álcool nos copos até co7 9/28/11 9:01 AM Energia solar valores e atitudes, permitindo assim aos alunos estabelecerem relações e ampliarem o universo de conhecimentos de modo significativo. Os alunos são curiosos e gostam de situações desafiadoras. Portanto, ao estruturar as atividades, oriente-os e apresente questões de modo que se construam situações problematizadoras que os incentivem a buscar respostas e soluções. Bom trabalho! Divida a turma em grupos e solicite a cada um deles que faça uma pesquisa sobre os usos da energia solar (pelos seres humanos) para gerar eletricidade, aquecer água, desidratar alimentos etc. Eles deverão produzir um registro escrito e ilustrado das informações obtidas. Esses registros deverão ser apresentados para os demais grupos de modo que os alunos que os produziram tenham que explicar aos colegas o uso da energia solar que pesquisaram. Estimule-os a pensar em quais outros processos a luz do Sol tem papel importantíssimo. Ajude-os a lembrar da importância da luz para as plantas. ATIVIDADES PARA ANTES DA LEITURA Levantamento de plantas alimentícias ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA Solicite aos alunos que façam um levantamento do número aproximado de espécies vegetais que são utilizadas como alimento no Brasil e daquelas que são vendidas na região onde moram. Peça também que eles levantem o nome e a quantidade (novamente, com valor aproximado) de algumas espécies que são consumidas, mas que dificilmente são vendidas em mercados e outros estabelecimentos comerciais. Eles devem visitar mercados, feiras populares, perguntar aos pais ou avós, procurar na internet, em bibliotecas etc. Com as listas prontas, solicite aos alunos que construam gráficos de barras, comparando os números encontrados. Ajude-os a interpretar o gráfico obtido propondo questões como: O número de espécies que são utilizadas na região onde vivem é grande em comparação ao total de espécies do Brasil? O número de espécies que são consumidas mas não comercializadas é grande? Dos tipos de vegetais obtidos nas listas levantadas pelos alunos, quantos são costumeiramente consumidos por eles? Se achar adequado, solicite que façam uma pesquisa para descobrir quais são as culturas com maior área plantada no Brasil (soja, cana etc.). Quantas dessas culturas são utilizadas em nossa alimentação diária? Uma estratégia para envolver os alunos é apresentar questões complementares, convidando-os a refletir sobre os temas abordados. Ofereça subsídios para facilitar a leitura e contornar dificuldades, como: identificar a estrutura do texto, esclarecer dúvidas de vocabulários e compreensão, novos conceitos e concordância com o autor. Proponha questões e reflexões sobre os temas abordados, como: • Na página 8, se achar adequado ao nível cognitivo dos alunos, pergunte se eles conhecem outros organismos que, assim como as plantas, não têm boca (amebas e outros micro-organismos, por exemplo). Esses organismos não fabricam o próprio alimento, então como eles se alimentam (absorvem o alimento pela parede do corpo)? • Na página 8, pergunte se algum dos alunos sabe o que é a fotossíntese (o que é produzido, o que é necessário para que seja produzido, como é produzido?). Peça que prestem atenção à continuação da história e que comparem o que acabaram de dizer com o que será apresentado no livro. • Na página 10, conte aos alunos que quase 20% do peso de uma pessoa é de átomos de carbono. 5 Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 2 ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA • Na página 11, antes de a folhinha explicar para Florinha o papel da clorofila, quando ela pergunta se basta colocar água, carbono e “outros ingredientes” para se produzir matéria orgânica, pergunte aos alunos se eles sabem o que falta (clorofila) para que aqueles ingredientes sejam transformados em matéria orgânica. • Na página 12, para se certificar de que os alunos entenderam que a energia contida nos alimentos, sejam eles de origem animal ou vegetal, é a energia do Sol estocada, pergunte a eles: De onde vem a energia contida no grão de arroz? E na batata? E no bife? Peça que façam uma lista com o que considerarem provável. • Na página 21, pergunte aos alunos se eles sabem o que o termo asfixiado significa. Ajude-os a deduzir seu significado a partir do contexto encontrado no livro. • Na página 22, para mostrar o efeito que a mudança de um único átomo pode causar nas propriedades de uma substância, esclareça que o monóxido de carbono difere do dióxido de carbono de apenas um átomo de oxigênio. Monte dois esquemas: uma molécula de CO2 (com 3 bolinhas de isopor, sendo 2 iguais) e uma de CO (com 2 bolinhas de isopor diferentes). • Na página 24, pergunte se os alunos conhecem algum medicamento derivado de planta. Medicamentos comuns são chás feitos de ervas, como boldo, capim-santo etc. Exemplos que podem ser dados pelo professor são o ácido acetilsalicílico (aspirina), derivado de Spiraea ulmaria; a codeína, um analgésico e antitussígeno derivado de Papaver somniferum; a cânfora, derivado de Cinnamomum camphora etc. • Na página 24, peça aos alunos que citem outras qualidades das plantas que julguem importantes. Estimule-os a discutir, por exemplo, se a aparência de um organismo é algo que deve ser levado em conta ou se devemos priorizar somente aquelas características que estão associadas a processos essenciais sem os quais não sobreviveríamos. Após a leitura verifique o que os alunos aprenderam, se são capazes de contar o que leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça relação entre o que foi estudado e a vida cotidiana, propondo as atividades a seguir. Plantas carnívoras Conte aos alunos que existem espécies de plantas que, além da fotossíntese, obtêm nutrientes por outros meios. Um desses grupos é o das plantas carnívoras. Solicite aos alunos que façam desenhos de como eles imaginam que seja e se alimente uma planta carnívora. Após essa atividade, peça que façam uma pesquisa sobre essas plantas na biblioteca, internet, entrevistando parentes e, caso exista, no Jardim Botânico local. Eventualmente, é possível encontrar plantas carnívoras para vender em lojas de plantas. Se possível, adquira alguns indivíduos de espécies diferentes para manter na escola e ilustrar os diferentes modos de obtenção de presas. Sugira à turma que comparem os desenhos feitos antes da pesquisa com as ilustrações e fotografias das espécies que encontraram após essa busca. Quais são as principais diferenças notadas? Como era o modo de captura do alimento nos desenhos? E na realidade? E com relação aos animais que essas plantas são capazes de capturar para se alimentar, existem diferenças entre o que eles previram e o que encontraram? Produção de gás Esse experimento servirá para ilustrar a produção de gás oxigênio por uma planta aquática. No entanto, a demonstração de que o gás produzido é de fato oxigênio gasoso é algo que foge ao escopo do ensino fundamental I. Portanto, esse experimento servirá apenas para ilustrar a produção de gás. Para realizar esse experimento proceda do seguinte modo. 6 Compre alguns ramos de Elodea, uma espécie de planta aquática muito comum em lojas de aquário. Separe um béquer grande; um funil de vidro (ou outro material transparente) cuja circunferência maior encaixe dentro desse béquer, mas que não seja maior do que o béquer em altura; e um tubo de ensaio. Coloque alguns ramos de Elodea no béquer e encha-o com água. Coloque o funil invertido (com a parte maior virada para baixo) dentro do béquer, de modo que ele cubra todos os ramos de Elodea; ele deve ficar completamente preenchido por água. Coloque o tubo de ensaio sobre a ponta do funil dentro do béquer. Para fazer isso, certifique-se de que o funil esteja totalmente submerso no béquer, a aproximadamente um dedo abaixo da superfície. Encha completamente o tubo de ensaio com água e tampe-o com um dedo de modo que a água não escorra quando você virá-lo de cabeça para baixo. Coloque o tubo de ensaio, com seu dedo ainda fechando sua boca, sob a superfície da água do béquer. Retire o dedo da abertura do tubo de ensaio, mas mantenha a boca do tubo sob a água. Acomode o tubo de ensaio sobre a ponta do funil. Pergunte aos alunos se eles têm alguma ideia para estimular a fotossíntese da planta que, está dentro do béquer. Ajude-os a perceber que, se colocarem a montagem sob uma fonte de luz intensa (uma lâmpada potente, por exemplo), a fotossíntese será estimulada. Advirta-os, no entanto, de que luz demais pode fazer mal. Com efeito, depois de uma certa intensidade, a luz não estimula mais a fotossíntese, mas sim inibe-a. Pergunte à turma o que ocorre quando as plantas fazem fotossíntese, que substância elas liberam (gás oxigênio). Então, peça que reparem na montagem que você fez com o béquer, o funil e o tubo de ensaio. O que eles imaginam que vai ocorrer caso os ramos de Elodea liberem gás na água? Auxilie-os a perceber que, caso haja produção de gás, ele será direcionado pelo funil e irá se acumular no fundo do tubo de ensaio, formando uma bolha de gás nesse local. E se não houver liberação de gás pelos ramos da planta? Ajude-os a perceber que, nesse caso, nada ocorrerá. Solicite aos alunos que desenhem a montagem como ela está naquele momento, e como ela deverá ficar caso exista a liberação de gás pelos ramos da planta. Teste em casa quanto tempo será necessário deixar a montagem sob a lâmpada para que haja depósito suficiente de gás no fundo do tubo de ensaio. Na sala de aula, deixe a montagem exposta pelo tempo previamente determinado (alternativamente, de um dia para o outro) e peça aos alunos que a analisem. Ela está mais parecida com qual desenho, aquele que previa a liberação de gás, ou o outro que não previa tal ocorrência? Houve depósito de gás no fundo do tubo de ensaio (espera--se que sim)? O que isso representa (que a planta liberou gás na água)? Eles acham que essa explicação – liberação de gás produzido pela planta na água – é boa? Alguém poderia sugerir uma explicação alternativa para o que aconteceu? Caso alguém sugira uma explicação diferente, ouça-a com atenção e ajude-os a entender as razões pelas quais as explicações alternativas sugeridas não são suficientes para explicar o fenômeno. brir o material vegetal. Aguarde entre 15 e 25 minutos e, utilizando a peneira, retire o material triturado de cada mistura, deixando apenas álcool nos copos. Pegue as tiras de papel-filtro e mergulhe uma em cada copo. Coloque somente uma das pontas de cada tira no álcool. Deixe as tiras nos copos, por aproximadamente duas horas (o ideal é fazer esse experimento em casa, antes de prepará-lo para os alunos, para determinar com maior precisão os intervalos apropriados), sem mexer nelas. Após esse período, retire as tiras dos copos e coloque-as para secar presas por um pregador em um varal à sombra. Uma vez secas, as tiras de papel devem apresentar faixas de cores variadas. Pergunte aos alunos de onde vieram aquelas cores (das folhas). Explique a eles que, ao triturar as folhas, as células da planta são esmagadas e seu conteúdo extravasa e é carregado pelo álcool através da folha de papel-filtro. Entre os componentes que existem dentro da célula das plantas e que são extravasados quando as células são trituradas está a clorofila, que é o pigmento que dá a cor verde às plantas. No entanto, como pode ser visto nas tiras que foram mergulhadas nas soluções de álcool com materiais vegetais com cores diferentes do verde, o verde não é o único pigmento presente nas plantas. Mesmo plantas que são verdes podem apresentar pequenas quantidades de pigmentos de outras cores. Diferentes pigmentos são carregados por distâncias diferentes no papel-filtro, e é isso que causa o padrão de cores em faixas no papel. Extraindo pigmentos de uma folha Para extrair os pigmentos de material vegetal, você precisará dos seguintes materiais: • Material vegetal para a extração, de preferência uma flor bem colorida, com algumas folhas verdes e com outras cores além do verde (como o repolho roxo ou a beterraba, por exemplo). • Um pouco de álcool. • Copos plásticos, de preferência transparentes. • Papel-filtro cortado em tiras mais compridas que os copos que serão utilizados. • Um pilão, ou um cabo de colher de pau. • Almofariz, ou algum recipiente que o substitua. • Uma peneira de cozinha. Triture, um por vez, cada material vegetal no almofariz e coloque cada um deles em um copo. Coloque álcool nos copos até co7 9/28/11 9:01 AM Energia solar valores e atitudes, permitindo assim aos alunos estabelecerem relações e ampliarem o universo de conhecimentos de modo significativo. Os alunos são curiosos e gostam de situações desafiadoras. Portanto, ao estruturar as atividades, oriente-os e apresente questões de modo que se construam situações problematizadoras que os incentivem a buscar respostas e soluções. Bom trabalho! Divida a turma em grupos e solicite a cada um deles que faça uma pesquisa sobre os usos da energia solar (pelos seres humanos) para gerar eletricidade, aquecer água, desidratar alimentos etc. Eles deverão produzir um registro escrito e ilustrado das informações obtidas. Esses registros deverão ser apresentados para os demais grupos de modo que os alunos que os produziram tenham que explicar aos colegas o uso da energia solar que pesquisaram. Estimule-os a pensar em quais outros processos a luz do Sol tem papel importantíssimo. Ajude-os a lembrar da importância da luz para as plantas. ATIVIDADES PARA ANTES DA LEITURA Levantamento de plantas alimentícias ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA Solicite aos alunos que façam um levantamento do número aproximado de espécies vegetais que são utilizadas como alimento no Brasil e daquelas que são vendidas na região onde moram. Peça também que eles levantem o nome e a quantidade (novamente, com valor aproximado) de algumas espécies que são consumidas, mas que dificilmente são vendidas em mercados e outros estabelecimentos comerciais. Eles devem visitar mercados, feiras populares, perguntar aos pais ou avós, procurar na internet, em bibliotecas etc. Com as listas prontas, solicite aos alunos que construam gráficos de barras, comparando os números encontrados. Ajude-os a interpretar o gráfico obtido propondo questões como: O número de espécies que são utilizadas na região onde vivem é grande em comparação ao total de espécies do Brasil? O número de espécies que são consumidas mas não comercializadas é grande? Dos tipos de vegetais obtidos nas listas levantadas pelos alunos, quantos são costumeiramente consumidos por eles? Se achar adequado, solicite que façam uma pesquisa para descobrir quais são as culturas com maior área plantada no Brasil (soja, cana etc.). Quantas dessas culturas são utilizadas em nossa alimentação diária? Uma estratégia para envolver os alunos é apresentar questões complementares, convidando-os a refletir sobre os temas abordados. Ofereça subsídios para facilitar a leitura e contornar dificuldades, como: identificar a estrutura do texto, esclarecer dúvidas de vocabulários e compreensão, novos conceitos e concordância com o autor. Proponha questões e reflexões sobre os temas abordados, como: • Na página 8, se achar adequado ao nível cognitivo dos alunos, pergunte se eles conhecem outros organismos que, assim como as plantas, não têm boca (amebas e outros micro-organismos, por exemplo). Esses organismos não fabricam o próprio alimento, então como eles se alimentam (absorvem o alimento pela parede do corpo)? • Na página 8, pergunte se algum dos alunos sabe o que é a fotossíntese (o que é produzido, o que é necessário para que seja produzido, como é produzido?). Peça que prestem atenção à continuação da história e que comparem o que acabaram de dizer com o que será apresentado no livro. • Na página 10, conte aos alunos que quase 20% do peso de uma pessoa é de átomos de carbono. 5 Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 2 ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA • Na página 11, antes de a folhinha explicar para Florinha o papel da clorofila, quando ela pergunta se basta colocar água, carbono e “outros ingredientes” para se produzir matéria orgânica, pergunte aos alunos se eles sabem o que falta (clorofila) para que aqueles ingredientes sejam transformados em matéria orgânica. • Na página 12, para se certificar de que os alunos entenderam que a energia contida nos alimentos, sejam eles de origem animal ou vegetal, é a energia do Sol estocada, pergunte a eles: De onde vem a energia contida no grão de arroz? E na batata? E no bife? Peça que façam uma lista com o que considerarem provável. • Na página 21, pergunte aos alunos se eles sabem o que o termo asfixiado significa. Ajude-os a deduzir seu significado a partir do contexto encontrado no livro. • Na página 22, para mostrar o efeito que a mudança de um único átomo pode causar nas propriedades de uma substância, esclareça que o monóxido de carbono difere do dióxido de carbono de apenas um átomo de oxigênio. Monte dois esquemas: uma molécula de CO2 (com 3 bolinhas de isopor, sendo 2 iguais) e uma de CO (com 2 bolinhas de isopor diferentes). • Na página 24, pergunte se os alunos conhecem algum medicamento derivado de planta. Medicamentos comuns são chás feitos de ervas, como boldo, capim-santo etc. Exemplos que podem ser dados pelo professor são o ácido acetilsalicílico (aspirina), derivado de Spiraea ulmaria; a codeína, um analgésico e antitussígeno derivado de Papaver somniferum; a cânfora, derivado de Cinnamomum camphora etc. • Na página 24, peça aos alunos que citem outras qualidades das plantas que julguem importantes. Estimule-os a discutir, por exemplo, se a aparência de um organismo é algo que deve ser levado em conta ou se devemos priorizar somente aquelas características que estão associadas a processos essenciais sem os quais não sobreviveríamos. Após a leitura verifique o que os alunos aprenderam, se são capazes de contar o que leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça relação entre o que foi estudado e a vida cotidiana, propondo as atividades a seguir. Plantas carnívoras Conte aos alunos que existem espécies de plantas que, além da fotossíntese, obtêm nutrientes por outros meios. Um desses grupos é o das plantas carnívoras. Solicite aos alunos que façam desenhos de como eles imaginam que seja e se alimente uma planta carnívora. Após essa atividade, peça que façam uma pesquisa sobre essas plantas na biblioteca, internet, entrevistando parentes e, caso exista, no Jardim Botânico local. Eventualmente, é possível encontrar plantas carnívoras para vender em lojas de plantas. Se possível, adquira alguns indivíduos de espécies diferentes para manter na escola e ilustrar os diferentes modos de obtenção de presas. Sugira à turma que comparem os desenhos feitos antes da pesquisa com as ilustrações e fotografias das espécies que encontraram após essa busca. Quais são as principais diferenças notadas? Como era o modo de captura do alimento nos desenhos? E na realidade? E com relação aos animais que essas plantas são capazes de capturar para se alimentar, existem diferenças entre o que eles previram e o que encontraram? Produção de gás Esse experimento servirá para ilustrar a produção de gás oxigênio por uma planta aquática. No entanto, a demonstração de que o gás produzido é de fato oxigênio gasoso é algo que foge ao escopo do ensino fundamental I. Portanto, esse experimento servirá apenas para ilustrar a produção de gás. Para realizar esse experimento proceda do seguinte modo. 6 Compre alguns ramos de Elodea, uma espécie de planta aquática muito comum em lojas de aquário. Separe um béquer grande; um funil de vidro (ou outro material transparente) cuja circunferência maior encaixe dentro desse béquer, mas que não seja maior do que o béquer em altura; e um tubo de ensaio. Coloque alguns ramos de Elodea no béquer e encha-o com água. Coloque o funil invertido (com a parte maior virada para baixo) dentro do béquer, de modo que ele cubra todos os ramos de Elodea; ele deve ficar completamente preenchido por água. Coloque o tubo de ensaio sobre a ponta do funil dentro do béquer. Para fazer isso, certifique-se de que o funil esteja totalmente submerso no béquer, a aproximadamente um dedo abaixo da superfície. Encha completamente o tubo de ensaio com água e tampe-o com um dedo de modo que a água não escorra quando você virá-lo de cabeça para baixo. Coloque o tubo de ensaio, com seu dedo ainda fechando sua boca, sob a superfície da água do béquer. Retire o dedo da abertura do tubo de ensaio, mas mantenha a boca do tubo sob a água. Acomode o tubo de ensaio sobre a ponta do funil. Pergunte aos alunos se eles têm alguma ideia para estimular a fotossíntese da planta que, está dentro do béquer. Ajude-os a perceber que, se colocarem a montagem sob uma fonte de luz intensa (uma lâmpada potente, por exemplo), a fotossíntese será estimulada. Advirta-os, no entanto, de que luz demais pode fazer mal. Com efeito, depois de uma certa intensidade, a luz não estimula mais a fotossíntese, mas sim inibe-a. Pergunte à turma o que ocorre quando as plantas fazem fotossíntese, que substância elas liberam (gás oxigênio). Então, peça que reparem na montagem que você fez com o béquer, o funil e o tubo de ensaio. O que eles imaginam que vai ocorrer caso os ramos de Elodea liberem gás na água? Auxilie-os a perceber que, caso haja produção de gás, ele será direcionado pelo funil e irá se acumular no fundo do tubo de ensaio, formando uma bolha de gás nesse local. E se não houver liberação de gás pelos ramos da planta? Ajude-os a perceber que, nesse caso, nada ocorrerá. Solicite aos alunos que desenhem a montagem como ela está naquele momento, e como ela deverá ficar caso exista a liberação de gás pelos ramos da planta. Teste em casa quanto tempo será necessário deixar a montagem sob a lâmpada para que haja depósito suficiente de gás no fundo do tubo de ensaio. Na sala de aula, deixe a montagem exposta pelo tempo previamente determinado (alternativamente, de um dia para o outro) e peça aos alunos que a analisem. Ela está mais parecida com qual desenho, aquele que previa a liberação de gás, ou o outro que não previa tal ocorrência? Houve depósito de gás no fundo do tubo de ensaio (espera--se que sim)? O que isso representa (que a planta liberou gás na água)? Eles acham que essa explicação – liberação de gás produzido pela planta na água – é boa? Alguém poderia sugerir uma explicação alternativa para o que aconteceu? Caso alguém sugira uma explicação diferente, ouça-a com atenção e ajude-os a entender as razões pelas quais as explicações alternativas sugeridas não são suficientes para explicar o fenômeno. brir o material vegetal. Aguarde entre 15 e 25 minutos e, utilizando a peneira, retire o material triturado de cada mistura, deixando apenas álcool nos copos. Pegue as tiras de papel-filtro e mergulhe uma em cada copo. Coloque somente uma das pontas de cada tira no álcool. Deixe as tiras nos copos, por aproximadamente duas horas (o ideal é fazer esse experimento em casa, antes de prepará-lo para os alunos, para determinar com maior precisão os intervalos apropriados), sem mexer nelas. Após esse período, retire as tiras dos copos e coloque-as para secar presas por um pregador em um varal à sombra. Uma vez secas, as tiras de papel devem apresentar faixas de cores variadas. Pergunte aos alunos de onde vieram aquelas cores (das folhas). Explique a eles que, ao triturar as folhas, as células da planta são esmagadas e seu conteúdo extravasa e é carregado pelo álcool através da folha de papel-filtro. Entre os componentes que existem dentro da célula das plantas e que são extravasados quando as células são trituradas está a clorofila, que é o pigmento que dá a cor verde às plantas. No entanto, como pode ser visto nas tiras que foram mergulhadas nas soluções de álcool com materiais vegetais com cores diferentes do verde, o verde não é o único pigmento presente nas plantas. Mesmo plantas que são verdes podem apresentar pequenas quantidades de pigmentos de outras cores. Diferentes pigmentos são carregados por distâncias diferentes no papel-filtro, e é isso que causa o padrão de cores em faixas no papel. Extraindo pigmentos de uma folha Para extrair os pigmentos de material vegetal, você precisará dos seguintes materiais: • Material vegetal para a extração, de preferência uma flor bem colorida, com algumas folhas verdes e com outras cores além do verde (como o repolho roxo ou a beterraba, por exemplo). • Um pouco de álcool. • Copos plásticos, de preferência transparentes. • Papel-filtro cortado em tiras mais compridas que os copos que serão utilizados. • Um pilão, ou um cabo de colher de pau. • Almofariz, ou algum recipiente que o substitua. • Uma peneira de cozinha. Triture, um por vez, cada material vegetal no almofariz e coloque cada um deles em um copo. Coloque álcool nos copos até co7 9/28/11 9:01 AM Energia solar valores e atitudes, permitindo assim aos alunos estabelecerem relações e ampliarem o universo de conhecimentos de modo significativo. Os alunos são curiosos e gostam de situações desafiadoras. Portanto, ao estruturar as atividades, oriente-os e apresente questões de modo que se construam situações problematizadoras que os incentivem a buscar respostas e soluções. Bom trabalho! Divida a turma em grupos e solicite a cada um deles que faça uma pesquisa sobre os usos da energia solar (pelos seres humanos) para gerar eletricidade, aquecer água, desidratar alimentos etc. Eles deverão produzir um registro escrito e ilustrado das informações obtidas. Esses registros deverão ser apresentados para os demais grupos de modo que os alunos que os produziram tenham que explicar aos colegas o uso da energia solar que pesquisaram. Estimule-os a pensar em quais outros processos a luz do Sol tem papel importantíssimo. Ajude-os a lembrar da importância da luz para as plantas. ATIVIDADES PARA ANTES DA LEITURA Levantamento de plantas alimentícias ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA Solicite aos alunos que façam um levantamento do número aproximado de espécies vegetais que são utilizadas como alimento no Brasil e daquelas que são vendidas na região onde moram. Peça também que eles levantem o nome e a quantidade (novamente, com valor aproximado) de algumas espécies que são consumidas, mas que dificilmente são vendidas em mercados e outros estabelecimentos comerciais. Eles devem visitar mercados, feiras populares, perguntar aos pais ou avós, procurar na internet, em bibliotecas etc. Com as listas prontas, solicite aos alunos que construam gráficos de barras, comparando os números encontrados. Ajude-os a interpretar o gráfico obtido propondo questões como: O número de espécies que são utilizadas na região onde vivem é grande em comparação ao total de espécies do Brasil? O número de espécies que são consumidas mas não comercializadas é grande? Dos tipos de vegetais obtidos nas listas levantadas pelos alunos, quantos são costumeiramente consumidos por eles? Se achar adequado, solicite que façam uma pesquisa para descobrir quais são as culturas com maior área plantada no Brasil (soja, cana etc.). Quantas dessas culturas são utilizadas em nossa alimentação diária? Uma estratégia para envolver os alunos é apresentar questões complementares, convidando-os a refletir sobre os temas abordados. Ofereça subsídios para facilitar a leitura e contornar dificuldades, como: identificar a estrutura do texto, esclarecer dúvidas de vocabulários e compreensão, novos conceitos e concordância com o autor. Proponha questões e reflexões sobre os temas abordados, como: • Na página 8, se achar adequado ao nível cognitivo dos alunos, pergunte se eles conhecem outros organismos que, assim como as plantas, não têm boca (amebas e outros micro-organismos, por exemplo). Esses organismos não fabricam o próprio alimento, então como eles se alimentam (absorvem o alimento pela parede do corpo)? • Na página 8, pergunte se algum dos alunos sabe o que é a fotossíntese (o que é produzido, o que é necessário para que seja produzido, como é produzido?). Peça que prestem atenção à continuação da história e que comparem o que acabaram de dizer com o que será apresentado no livro. • Na página 10, conte aos alunos que quase 20% do peso de uma pessoa é de átomos de carbono. 5 Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 2 ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA • Na página 11, antes de a folhinha explicar para Florinha o papel da clorofila, quando ela pergunta se basta colocar água, carbono e “outros ingredientes” para se produzir matéria orgânica, pergunte aos alunos se eles sabem o que falta (clorofila) para que aqueles ingredientes sejam transformados em matéria orgânica. • Na página 12, para se certificar de que os alunos entenderam que a energia contida nos alimentos, sejam eles de origem animal ou vegetal, é a energia do Sol estocada, pergunte a eles: De onde vem a energia contida no grão de arroz? E na batata? E no bife? Peça que façam uma lista com o que considerarem provável. • Na página 21, pergunte aos alunos se eles sabem o que o termo asfixiado significa. Ajude-os a deduzir seu significado a partir do contexto encontrado no livro. • Na página 22, para mostrar o efeito que a mudança de um único átomo pode causar nas propriedades de uma substância, esclareça que o monóxido de carbono difere do dióxido de carbono de apenas um átomo de oxigênio. Monte dois esquemas: uma molécula de CO2 (com 3 bolinhas de isopor, sendo 2 iguais) e uma de CO (com 2 bolinhas de isopor diferentes). • Na página 24, pergunte se os alunos conhecem algum medicamento derivado de planta. Medicamentos comuns são chás feitos de ervas, como boldo, capim-santo etc. Exemplos que podem ser dados pelo professor são o ácido acetilsalicílico (aspirina), derivado de Spiraea ulmaria; a codeína, um analgésico e antitussígeno derivado de Papaver somniferum; a cânfora, derivado de Cinnamomum camphora etc. • Na página 24, peça aos alunos que citem outras qualidades das plantas que julguem importantes. Estimule-os a discutir, por exemplo, se a aparência de um organismo é algo que deve ser levado em conta ou se devemos priorizar somente aquelas características que estão associadas a processos essenciais sem os quais não sobreviveríamos. Após a leitura verifique o que os alunos aprenderam, se são capazes de contar o que leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça relação entre o que foi estudado e a vida cotidiana, propondo as atividades a seguir. Plantas carnívoras Conte aos alunos que existem espécies de plantas que, além da fotossíntese, obtêm nutrientes por outros meios. Um desses grupos é o das plantas carnívoras. Solicite aos alunos que façam desenhos de como eles imaginam que seja e se alimente uma planta carnívora. Após essa atividade, peça que façam uma pesquisa sobre essas plantas na biblioteca, internet, entrevistando parentes e, caso exista, no Jardim Botânico local. Eventualmente, é possível encontrar plantas carnívoras para vender em lojas de plantas. Se possível, adquira alguns indivíduos de espécies diferentes para manter na escola e ilustrar os diferentes modos de obtenção de presas. Sugira à turma que comparem os desenhos feitos antes da pesquisa com as ilustrações e fotografias das espécies que encontraram após essa busca. Quais são as principais diferenças notadas? Como era o modo de captura do alimento nos desenhos? E na realidade? E com relação aos animais que essas plantas são capazes de capturar para se alimentar, existem diferenças entre o que eles previram e o que encontraram? Produção de gás Esse experimento servirá para ilustrar a produção de gás oxigênio por uma planta aquática. No entanto, a demonstração de que o gás produzido é de fato oxigênio gasoso é algo que foge ao escopo do ensino fundamental I. Portanto, esse experimento servirá apenas para ilustrar a produção de gás. Para realizar esse experimento proceda do seguinte modo. 6 Compre alguns ramos de Elodea, uma espécie de planta aquática muito comum em lojas de aquário. Separe um béquer grande; um funil de vidro (ou outro material transparente) cuja circunferência maior encaixe dentro desse béquer, mas que não seja maior do que o béquer em altura; e um tubo de ensaio. Coloque alguns ramos de Elodea no béquer e encha-o com água. Coloque o funil invertido (com a parte maior virada para baixo) dentro do béquer, de modo que ele cubra todos os ramos de Elodea; ele deve ficar completamente preenchido por água. Coloque o tubo de ensaio sobre a ponta do funil dentro do béquer. Para fazer isso, certifique-se de que o funil esteja totalmente submerso no béquer, a aproximadamente um dedo abaixo da superfície. Encha completamente o tubo de ensaio com água e tampe-o com um dedo de modo que a água não escorra quando você virá-lo de cabeça para baixo. Coloque o tubo de ensaio, com seu dedo ainda fechando sua boca, sob a superfície da água do béquer. Retire o dedo da abertura do tubo de ensaio, mas mantenha a boca do tubo sob a água. Acomode o tubo de ensaio sobre a ponta do funil. Pergunte aos alunos se eles têm alguma ideia para estimular a fotossíntese da planta que, está dentro do béquer. Ajude-os a perceber que, se colocarem a montagem sob uma fonte de luz intensa (uma lâmpada potente, por exemplo), a fotossíntese será estimulada. Advirta-os, no entanto, de que luz demais pode fazer mal. Com efeito, depois de uma certa intensidade, a luz não estimula mais a fotossíntese, mas sim inibe-a. Pergunte à turma o que ocorre quando as plantas fazem fotossíntese, que substância elas liberam (gás oxigênio). Então, peça que reparem na montagem que você fez com o béquer, o funil e o tubo de ensaio. O que eles imaginam que vai ocorrer caso os ramos de Elodea liberem gás na água? Auxilie-os a perceber que, caso haja produção de gás, ele será direcionado pelo funil e irá se acumular no fundo do tubo de ensaio, formando uma bolha de gás nesse local. E se não houver liberação de gás pelos ramos da planta? Ajude-os a perceber que, nesse caso, nada ocorrerá. Solicite aos alunos que desenhem a montagem como ela está naquele momento, e como ela deverá ficar caso exista a liberação de gás pelos ramos da planta. Teste em casa quanto tempo será necessário deixar a montagem sob a lâmpada para que haja depósito suficiente de gás no fundo do tubo de ensaio. Na sala de aula, deixe a montagem exposta pelo tempo previamente determinado (alternativamente, de um dia para o outro) e peça aos alunos que a analisem. Ela está mais parecida com qual desenho, aquele que previa a liberação de gás, ou o outro que não previa tal ocorrência? Houve depósito de gás no fundo do tubo de ensaio (espera--se que sim)? O que isso representa (que a planta liberou gás na água)? Eles acham que essa explicação – liberação de gás produzido pela planta na água – é boa? Alguém poderia sugerir uma explicação alternativa para o que aconteceu? Caso alguém sugira uma explicação diferente, ouça-a com atenção e ajude-os a entender as razões pelas quais as explicações alternativas sugeridas não são suficientes para explicar o fenômeno. brir o material vegetal. Aguarde entre 15 e 25 minutos e, utilizando a peneira, retire o material triturado de cada mistura, deixando apenas álcool nos copos. Pegue as tiras de papel-filtro e mergulhe uma em cada copo. Coloque somente uma das pontas de cada tira no álcool. Deixe as tiras nos copos, por aproximadamente duas horas (o ideal é fazer esse experimento em casa, antes de prepará-lo para os alunos, para determinar com maior precisão os intervalos apropriados), sem mexer nelas. Após esse período, retire as tiras dos copos e coloque-as para secar presas por um pregador em um varal à sombra. Uma vez secas, as tiras de papel devem apresentar faixas de cores variadas. Pergunte aos alunos de onde vieram aquelas cores (das folhas). Explique a eles que, ao triturar as folhas, as células da planta são esmagadas e seu conteúdo extravasa e é carregado pelo álcool através da folha de papel-filtro. Entre os componentes que existem dentro da célula das plantas e que são extravasados quando as células são trituradas está a clorofila, que é o pigmento que dá a cor verde às plantas. No entanto, como pode ser visto nas tiras que foram mergulhadas nas soluções de álcool com materiais vegetais com cores diferentes do verde, o verde não é o único pigmento presente nas plantas. Mesmo plantas que são verdes podem apresentar pequenas quantidades de pigmentos de outras cores. Diferentes pigmentos são carregados por distâncias diferentes no papel-filtro, e é isso que causa o padrão de cores em faixas no papel. Extraindo pigmentos de uma folha Para extrair os pigmentos de material vegetal, você precisará dos seguintes materiais: • Material vegetal para a extração, de preferência uma flor bem colorida, com algumas folhas verdes e com outras cores além do verde (como o repolho roxo ou a beterraba, por exemplo). • Um pouco de álcool. • Copos plásticos, de preferência transparentes. • Papel-filtro cortado em tiras mais compridas que os copos que serão utilizados. • Um pilão, ou um cabo de colher de pau. • Almofariz, ou algum recipiente que o substitua. • Uma peneira de cozinha. Triture, um por vez, cada material vegetal no almofariz e coloque cada um deles em um copo. Coloque álcool nos copos até co7 9/28/11 9:01 AM