florinha e a fotossÍntese

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O AUTOR
Para saber mais sobre Samuel Murgel Branco, consulte os sites www.moderna.com.br e
www.ismb.org.br
Samuel Murgel Branco
florinha e a fotossÍNTESE
Samuel Murgel Branco
Sugestões pedagógicas
e de atividades elaboradAs por:
Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do
Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos,
como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos.
Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde
Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie,
ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora
e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas
de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia,
em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo.
Preparando para a cidadania
Principais elementos da matéria orgânica
Vitaminas
Sais minerais
Princípios fotoquímicos ativos
Produtos de origem vegetal
Quando o aluno consegue identificar
os problemas e conflitos do dia a dia, tudo
o que aprende adquire sentido novo para
a sua vida e para a comunidade. O saber
teórico incorporado às experiências de vida
de cada um é condição importante para a
formação integral do aluno, pois estimula a
atitude crítica e responsável, preparando-o
para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante da comunidade e
possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula
especial para “ensinar” valores aos alunos,
estamos propondo que, em cada disciplina,
sejam discutidos os laços indissolúveis entre
os conteúdos estudados, os valores humanos e as atitudes individuais e coletivas.
Isso significa que os temas éticos, políticos
e estéticos devem ser realçados no processo
de apropriação do saber com os temas transversais, isto é, com temas que atravessam os
diferentes campos do conhecimento. É o que
veremos a seguir, a propósito deste livro.
A OBRA
Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--se em História Natural em 1956, especializando-se em Ciências Biológicas e da Terra
na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da Universidade de São Paulo (USP). Mais
tarde, como professor da USP, direcionou
sua carreira de pesquisador para a área de
Saneamento Básico e Ambiental, tornando--se um grande sanitarista, reconhecido por
seus estudos sobre a qualidade das águas
continentais e costeiras, com forte enfoque
em saúde pública no Brasil e na América
Latina. Orientou dezenas de mestrados e
doutorados, particularmente nas unidades
da USP de São Carlos e Saúde Pública em
São Paulo. Apaixonado desde sempre pela
natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e
pelas exuberantes florestas da Mata Atlântica, o que despertou sua curiosidade em
relação às particularidades dos diferentes
ambientes vivos. A união da paixão e do
conhecimento científico, bem como sua facilidade em escrever histórias, estimulou-o a
revelar para crianças e jovens as maravilhas
da natureza. Quando escrevia, buscava dar
conta de todo o universo que o cercava,
organizando seus conhecimentos e apresentando-os de maneira cativante aos leitores.
Assim, possui vários livros publicados, nos
quais narra com simplicidade os temas complexos das ciências ambientais.
Em 2004, foi criado o Instituto Samuel
Murgel Branco (ISMB), com a missão de
disseminar a obra desse notável professor,
estimular o conhecimento sobre as ciências
ambientais e conscientizar crianças, jovens e
adultos do seu incrível papel de preservar a
natureza em prol de um modelo de desenvolvimento em que riqueza é sinônimo de
qualidade de vida para todos.
Qual a importância central de
Florinha e a fotossíntese?
Não bastassem serem os maiores fornecedores de alimento para os animais,
as plantas ainda retiram gás carbônico da
atmosfera e devolvem a ela gás oxigênio,
vital para a maioria dos seres vivos. O autor
reforça a importância de o gás oxigênio que
respiramos ser produzido por organismos
clorofilados. Ao ler Florinha e a fotossíntese, as crianças também irão perceber que
plantas e animais estão conectados em um
ciclo no qual as plantas, por meio da fotossíntese, fornecem alimento, gás oxigênio e
ma†éria orgânica decomposta, e os animais
fornecem nutrientes (na forma de matéria
orgânica decomposta a partir de suas fezes
e cadáveres) e gás carbônico.
Este livro trata da importância das plantas
para os seres vivos, inclusive para o ser humano. Além da importância óbvia da fotossíntese e do papel dos organismos clorofilados na
base da maioria absoluta das cadeias alimentares, o autor expõe outros temas, como a
produção de madeira e remédios a partir das
plantas e as diferentes formas (substâncias)
que o carbono pode compor.
TEMAS ABORDADOS
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Fotossíntese
Fluxo da energia
Respiração celular
Seres autótrofos e heterótrofos
Cadeia alimentar
Relações alimentares
Ciclo da matéria
Pigmentos vegetais
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Enquanto nos livros de ficção conta-se
uma história, as obras de não ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena
história – como neste livro –, ela é sempre
pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área. No entanto, o
texto expositivo não se restringe à transmissão de informações. Isso porque ocorreu uma
incrível mudança com a crescente ampliação
dos campos do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o
que tornou a informação bastante acessível
nos dias de hoje. Por isso mesmo, o leitor
precisa ter condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas um olhar
crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da autonomia do pensar e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe
que a informação seja contextualizada: que
parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se
reduza a abstrações, mas adquira sentido
vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque
se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento
que vai além do esforço solitário de reflexão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza
cada um na busca de outras explicações
possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar
às atividades individuais os trabalhos em
equipe, os projetos coletivos, as discussões
em classe e os debates.
Explorando o tema
Os cientistas acreditam que a atmosfera
primitiva da Terra era muito diferente da
atual, e uma das mais significativas diferenças era, justamente, a ausência de gás
oxigênio. Independentemente disso, a vida
conseguiu surgir e proliferar. Em determinado momento, organismos que produziam
gás oxigênio como subproduto de seu metabolismo surgiram, e o aspecto físico, que
atualmente conhecemos, da Terra vista do
espaço, começou a se transformar – aparentemente, há 2,5 bilhões de anos, segundo
indícios geológicos. Esses organismos, semelhantes às cianobactérias atuais, começaram
a depositar gás oxigênio na atmosfera que,
lentamente, começou a mudar.
Com o aumento na concentração de gás
oxigênio a atmosfera começou a adquirir
sua tão característica cor azul. Além disso,
o caminho para o aparecimento dos seres
3
em uma unidade chamada caloria – a energia necessária para subir em 1 ºC um grama
de água. Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos que proveem energia ou
substâncias estruturais que são requeridas
para o crescimento, a manutenção e o reparo das células e demais estruturas corporais.
Os nutrientes encontrados nos alimentos
podem ser classificados em grandes grupos,
como: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas, fibras e minerais.
Os carboidratos são a principal fonte de
energia do corpo. Carboidratos simples são
utilizados mais rapidamente, outros, de estrutura mais complexa, estão mais ligados
à estocagem de energia para uso posterior.
Os lipídeos (gorduras e óleos) também são
uma importante fonte de energia, em média o dobro das calorias presentes na mesma
quantidade de carboidrato. No entanto,
algumas formas de gordura animal – se
consumidas em excesso – podem fazer mal à
saúde dos seres humanos. As proteínas são o
principal componente estrutural das células
dos seres vivos, de fato, elas representam
metade do peso seco delas. As vitaminas
são substâncias que contêm carbono e que
são necessárias em quantidades diminutas.
Elas não são sintetizadas pelo organismo,
logo, o que é considerado uma vitamina
para determinada espécie de ser vivo pode
não o ser para outra. Os minerais são substâncias que não contêm carbono – por isso,
são consideradas inorgânicas – e que são
essenciais para diversas funções celulares,
principalmente para o fluxo de líquidos e
para a sinalização celular.
aeróbios estava aberto. Não fossem esses
seres diminutos, não teriam existido dinossauros e nós não teríamos surgido. Ainda
hoje, dependemos dos organismos fotossintetizantes para a fabricação e reposição do
gás oxigênio atmosférico. Uma questão bem
atual diz respeito à acidificação dos oceanos,
devido ao aumento da concentração de gás
carbônico na atmosfera. Uma parcela significativa das algas marinhas do fitoplancto
possui “esqueletos” calcários. Eles são afetados pela acidificação dos oceanos que faz
com que eles apresentem malformações,
cujas consequências para esses organismos
e, portanto, para a sua fotossíntese ainda
são desconhecidas.
Além de possibilitar a vida de todos os organismos aeróbios, as plantas fornecem alimento para nós e para os animais dos quais
nos alimentamos, materiais que utilizamos
diariamente, como madeira para tábuas e
lenha, fibras para produzir papel e tecidos,
princípios ativos que compõem remédios,
essências para perfumes etc.
Apesar das cianobactérias não dependerem dos animais para seu ciclo de vida básico, a imensa maioria das espécies de plantas
terrestres atuais depende, algumas delas
inteiramente, de animais (principalmente
de insetos, aves e morcegos) para serem
polinizadas e terem seus frutos dispersados.
Dos 92 elementos naturais conhecidos,
aproximadamente 25 são considerados essenciais para a vida. Desses 25, tão somente
quatro constituem mais de 96% dos corpos
dos seres vivos. São eles: o oxigênio, o carbono, o hidrogênio e o nitrogênio. Esses
elementos correspondem, respectivamente,
a 65; 18,5; 9,5 e 3,3 por cento do peso de um
ser humano (em valores aproximados).
Para se obter esses elementos é necessário ter uma dieta saudável. Para tanto,
é indispensável comer diferentes tipos de
alimentos e nas quantidades adequadas.
Desse modo, é possível obter as quantidades
adequadas de energia e de nutrientes para
exercer as atividades cotidianas. A energia
contida nos alimentos é usualmente medida
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Ao desenvolver as atividades sugeridas,
é importante que o enfoque interdisciplinar seja buscado, para estabelecer relações
entre o que os alunos aprendem em sala
de aula e o que vivenciam em seu cotidiano. Explorar, observar e discutir promove
a construção de conceitos, procedimentos,
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9/28/11 9:01 AM
O AUTOR
Para saber mais sobre Samuel Murgel Branco, consulte os sites www.moderna.com.br e
www.ismb.org.br
Samuel Murgel Branco
florinha e a fotossÍNTESE
Samuel Murgel Branco
Sugestões pedagógicas
e de atividades elaboradAs por:
Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do
Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos,
como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos.
Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde
Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie,
ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora
e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas
de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia,
em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo.
Preparando para a cidadania
Principais elementos da matéria orgânica
Vitaminas
Sais minerais
Princípios fotoquímicos ativos
Produtos de origem vegetal
Quando o aluno consegue identificar
os problemas e conflitos do dia a dia, tudo
o que aprende adquire sentido novo para
a sua vida e para a comunidade. O saber
teórico incorporado às experiências de vida
de cada um é condição importante para a
formação integral do aluno, pois estimula a
atitude crítica e responsável, preparando-o
para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante da comunidade e
possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula
especial para “ensinar” valores aos alunos,
estamos propondo que, em cada disciplina,
sejam discutidos os laços indissolúveis entre
os conteúdos estudados, os valores humanos e as atitudes individuais e coletivas.
Isso significa que os temas éticos, políticos
e estéticos devem ser realçados no processo
de apropriação do saber com os temas transversais, isto é, com temas que atravessam os
diferentes campos do conhecimento. É o que
veremos a seguir, a propósito deste livro.
A OBRA
Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--se em História Natural em 1956, especializando-se em Ciências Biológicas e da Terra
na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da Universidade de São Paulo (USP). Mais
tarde, como professor da USP, direcionou
sua carreira de pesquisador para a área de
Saneamento Básico e Ambiental, tornando--se um grande sanitarista, reconhecido por
seus estudos sobre a qualidade das águas
continentais e costeiras, com forte enfoque
em saúde pública no Brasil e na América
Latina. Orientou dezenas de mestrados e
doutorados, particularmente nas unidades
da USP de São Carlos e Saúde Pública em
São Paulo. Apaixonado desde sempre pela
natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e
pelas exuberantes florestas da Mata Atlântica, o que despertou sua curiosidade em
relação às particularidades dos diferentes
ambientes vivos. A união da paixão e do
conhecimento científico, bem como sua facilidade em escrever histórias, estimulou-o a
revelar para crianças e jovens as maravilhas
da natureza. Quando escrevia, buscava dar
conta de todo o universo que o cercava,
organizando seus conhecimentos e apresentando-os de maneira cativante aos leitores.
Assim, possui vários livros publicados, nos
quais narra com simplicidade os temas complexos das ciências ambientais.
Em 2004, foi criado o Instituto Samuel
Murgel Branco (ISMB), com a missão de
disseminar a obra desse notável professor,
estimular o conhecimento sobre as ciências
ambientais e conscientizar crianças, jovens e
adultos do seu incrível papel de preservar a
natureza em prol de um modelo de desenvolvimento em que riqueza é sinônimo de
qualidade de vida para todos.
Qual a importância central de
Florinha e a fotossíntese?
Não bastassem serem os maiores fornecedores de alimento para os animais,
as plantas ainda retiram gás carbônico da
atmosfera e devolvem a ela gás oxigênio,
vital para a maioria dos seres vivos. O autor
reforça a importância de o gás oxigênio que
respiramos ser produzido por organismos
clorofilados. Ao ler Florinha e a fotossíntese, as crianças também irão perceber que
plantas e animais estão conectados em um
ciclo no qual as plantas, por meio da fotossíntese, fornecem alimento, gás oxigênio e
ma†éria orgânica decomposta, e os animais
fornecem nutrientes (na forma de matéria
orgânica decomposta a partir de suas fezes
e cadáveres) e gás carbônico.
Este livro trata da importância das plantas
para os seres vivos, inclusive para o ser humano. Além da importância óbvia da fotossíntese e do papel dos organismos clorofilados na
base da maioria absoluta das cadeias alimentares, o autor expõe outros temas, como a
produção de madeira e remédios a partir das
plantas e as diferentes formas (substâncias)
que o carbono pode compor.
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Fotossíntese
Fluxo da energia
Respiração celular
Seres autótrofos e heterótrofos
Cadeia alimentar
Relações alimentares
Ciclo da matéria
Pigmentos vegetais
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Enquanto nos livros de ficção conta-se
uma história, as obras de não ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena
história – como neste livro –, ela é sempre
pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área. No entanto, o
texto expositivo não se restringe à transmissão de informações. Isso porque ocorreu uma
incrível mudança com a crescente ampliação
dos campos do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o
que tornou a informação bastante acessível
nos dias de hoje. Por isso mesmo, o leitor
precisa ter condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas um olhar
crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da autonomia do pensar e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe
que a informação seja contextualizada: que
parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se
reduza a abstrações, mas adquira sentido
vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque
se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento
que vai além do esforço solitário de reflexão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza
cada um na busca de outras explicações
possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar
às atividades individuais os trabalhos em
equipe, os projetos coletivos, as discussões
em classe e os debates.
Explorando o tema
Os cientistas acreditam que a atmosfera
primitiva da Terra era muito diferente da
atual, e uma das mais significativas diferenças era, justamente, a ausência de gás
oxigênio. Independentemente disso, a vida
conseguiu surgir e proliferar. Em determinado momento, organismos que produziam
gás oxigênio como subproduto de seu metabolismo surgiram, e o aspecto físico, que
atualmente conhecemos, da Terra vista do
espaço, começou a se transformar – aparentemente, há 2,5 bilhões de anos, segundo
indícios geológicos. Esses organismos, semelhantes às cianobactérias atuais, começaram
a depositar gás oxigênio na atmosfera que,
lentamente, começou a mudar.
Com o aumento na concentração de gás
oxigênio a atmosfera começou a adquirir
sua tão característica cor azul. Além disso,
o caminho para o aparecimento dos seres
3
em uma unidade chamada caloria – a energia necessária para subir em 1 ºC um grama
de água. Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos que proveem energia ou
substâncias estruturais que são requeridas
para o crescimento, a manutenção e o reparo das células e demais estruturas corporais.
Os nutrientes encontrados nos alimentos
podem ser classificados em grandes grupos,
como: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas, fibras e minerais.
Os carboidratos são a principal fonte de
energia do corpo. Carboidratos simples são
utilizados mais rapidamente, outros, de estrutura mais complexa, estão mais ligados
à estocagem de energia para uso posterior.
Os lipídeos (gorduras e óleos) também são
uma importante fonte de energia, em média o dobro das calorias presentes na mesma
quantidade de carboidrato. No entanto,
algumas formas de gordura animal – se
consumidas em excesso – podem fazer mal à
saúde dos seres humanos. As proteínas são o
principal componente estrutural das células
dos seres vivos, de fato, elas representam
metade do peso seco delas. As vitaminas
são substâncias que contêm carbono e que
são necessárias em quantidades diminutas.
Elas não são sintetizadas pelo organismo,
logo, o que é considerado uma vitamina
para determinada espécie de ser vivo pode
não o ser para outra. Os minerais são substâncias que não contêm carbono – por isso,
são consideradas inorgânicas – e que são
essenciais para diversas funções celulares,
principalmente para o fluxo de líquidos e
para a sinalização celular.
aeróbios estava aberto. Não fossem esses
seres diminutos, não teriam existido dinossauros e nós não teríamos surgido. Ainda
hoje, dependemos dos organismos fotossintetizantes para a fabricação e reposição do
gás oxigênio atmosférico. Uma questão bem
atual diz respeito à acidificação dos oceanos,
devido ao aumento da concentração de gás
carbônico na atmosfera. Uma parcela significativa das algas marinhas do fitoplancto
possui “esqueletos” calcários. Eles são afetados pela acidificação dos oceanos que faz
com que eles apresentem malformações,
cujas consequências para esses organismos
e, portanto, para a sua fotossíntese ainda
são desconhecidas.
Além de possibilitar a vida de todos os organismos aeróbios, as plantas fornecem alimento para nós e para os animais dos quais
nos alimentamos, materiais que utilizamos
diariamente, como madeira para tábuas e
lenha, fibras para produzir papel e tecidos,
princípios ativos que compõem remédios,
essências para perfumes etc.
Apesar das cianobactérias não dependerem dos animais para seu ciclo de vida básico, a imensa maioria das espécies de plantas
terrestres atuais depende, algumas delas
inteiramente, de animais (principalmente
de insetos, aves e morcegos) para serem
polinizadas e terem seus frutos dispersados.
Dos 92 elementos naturais conhecidos,
aproximadamente 25 são considerados essenciais para a vida. Desses 25, tão somente
quatro constituem mais de 96% dos corpos
dos seres vivos. São eles: o oxigênio, o carbono, o hidrogênio e o nitrogênio. Esses
elementos correspondem, respectivamente,
a 65; 18,5; 9,5 e 3,3 por cento do peso de um
ser humano (em valores aproximados).
Para se obter esses elementos é necessário ter uma dieta saudável. Para tanto,
é indispensável comer diferentes tipos de
alimentos e nas quantidades adequadas.
Desse modo, é possível obter as quantidades
adequadas de energia e de nutrientes para
exercer as atividades cotidianas. A energia
contida nos alimentos é usualmente medida
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Ao desenvolver as atividades sugeridas,
é importante que o enfoque interdisciplinar seja buscado, para estabelecer relações
entre o que os alunos aprendem em sala
de aula e o que vivenciam em seu cotidiano. Explorar, observar e discutir promove
a construção de conceitos, procedimentos,
4
9/28/11 9:01 AM
O AUTOR
Para saber mais sobre Samuel Murgel Branco, consulte os sites www.moderna.com.br e
www.ismb.org.br
Samuel Murgel Branco
florinha e a fotossÍNTESE
Samuel Murgel Branco
Sugestões pedagógicas
e de atividades elaboradAs por:
Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do
Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos,
como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos.
Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde
Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie,
ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora
e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas
de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia,
em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo.
Preparando para a cidadania
Principais elementos da matéria orgânica
Vitaminas
Sais minerais
Princípios fotoquímicos ativos
Produtos de origem vegetal
Quando o aluno consegue identificar
os problemas e conflitos do dia a dia, tudo
o que aprende adquire sentido novo para
a sua vida e para a comunidade. O saber
teórico incorporado às experiências de vida
de cada um é condição importante para a
formação integral do aluno, pois estimula a
atitude crítica e responsável, preparando-o
para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante da comunidade e
possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula
especial para “ensinar” valores aos alunos,
estamos propondo que, em cada disciplina,
sejam discutidos os laços indissolúveis entre
os conteúdos estudados, os valores humanos e as atitudes individuais e coletivas.
Isso significa que os temas éticos, políticos
e estéticos devem ser realçados no processo
de apropriação do saber com os temas transversais, isto é, com temas que atravessam os
diferentes campos do conhecimento. É o que
veremos a seguir, a propósito deste livro.
A OBRA
Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--se em História Natural em 1956, especializando-se em Ciências Biológicas e da Terra
na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da Universidade de São Paulo (USP). Mais
tarde, como professor da USP, direcionou
sua carreira de pesquisador para a área de
Saneamento Básico e Ambiental, tornando--se um grande sanitarista, reconhecido por
seus estudos sobre a qualidade das águas
continentais e costeiras, com forte enfoque
em saúde pública no Brasil e na América
Latina. Orientou dezenas de mestrados e
doutorados, particularmente nas unidades
da USP de São Carlos e Saúde Pública em
São Paulo. Apaixonado desde sempre pela
natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e
pelas exuberantes florestas da Mata Atlântica, o que despertou sua curiosidade em
relação às particularidades dos diferentes
ambientes vivos. A união da paixão e do
conhecimento científico, bem como sua facilidade em escrever histórias, estimulou-o a
revelar para crianças e jovens as maravilhas
da natureza. Quando escrevia, buscava dar
conta de todo o universo que o cercava,
organizando seus conhecimentos e apresentando-os de maneira cativante aos leitores.
Assim, possui vários livros publicados, nos
quais narra com simplicidade os temas complexos das ciências ambientais.
Em 2004, foi criado o Instituto Samuel
Murgel Branco (ISMB), com a missão de
disseminar a obra desse notável professor,
estimular o conhecimento sobre as ciências
ambientais e conscientizar crianças, jovens e
adultos do seu incrível papel de preservar a
natureza em prol de um modelo de desenvolvimento em que riqueza é sinônimo de
qualidade de vida para todos.
Qual a importância central de
Florinha e a fotossíntese?
Não bastassem serem os maiores fornecedores de alimento para os animais,
as plantas ainda retiram gás carbônico da
atmosfera e devolvem a ela gás oxigênio,
vital para a maioria dos seres vivos. O autor
reforça a importância de o gás oxigênio que
respiramos ser produzido por organismos
clorofilados. Ao ler Florinha e a fotossíntese, as crianças também irão perceber que
plantas e animais estão conectados em um
ciclo no qual as plantas, por meio da fotossíntese, fornecem alimento, gás oxigênio e
ma†éria orgânica decomposta, e os animais
fornecem nutrientes (na forma de matéria
orgânica decomposta a partir de suas fezes
e cadáveres) e gás carbônico.
Este livro trata da importância das plantas
para os seres vivos, inclusive para o ser humano. Além da importância óbvia da fotossíntese e do papel dos organismos clorofilados na
base da maioria absoluta das cadeias alimentares, o autor expõe outros temas, como a
produção de madeira e remédios a partir das
plantas e as diferentes formas (substâncias)
que o carbono pode compor.
TEMAS ABORDADOS
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Fotossíntese
Fluxo da energia
Respiração celular
Seres autótrofos e heterótrofos
Cadeia alimentar
Relações alimentares
Ciclo da matéria
Pigmentos vegetais
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Enquanto nos livros de ficção conta-se
uma história, as obras de não ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena
história – como neste livro –, ela é sempre
pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área. No entanto, o
texto expositivo não se restringe à transmissão de informações. Isso porque ocorreu uma
incrível mudança com a crescente ampliação
dos campos do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o
que tornou a informação bastante acessível
nos dias de hoje. Por isso mesmo, o leitor
precisa ter condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas um olhar
crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da autonomia do pensar e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe
que a informação seja contextualizada: que
parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se
reduza a abstrações, mas adquira sentido
vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque
se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento
que vai além do esforço solitário de reflexão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza
cada um na busca de outras explicações
possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar
às atividades individuais os trabalhos em
equipe, os projetos coletivos, as discussões
em classe e os debates.
Explorando o tema
Os cientistas acreditam que a atmosfera
primitiva da Terra era muito diferente da
atual, e uma das mais significativas diferenças era, justamente, a ausência de gás
oxigênio. Independentemente disso, a vida
conseguiu surgir e proliferar. Em determinado momento, organismos que produziam
gás oxigênio como subproduto de seu metabolismo surgiram, e o aspecto físico, que
atualmente conhecemos, da Terra vista do
espaço, começou a se transformar – aparentemente, há 2,5 bilhões de anos, segundo
indícios geológicos. Esses organismos, semelhantes às cianobactérias atuais, começaram
a depositar gás oxigênio na atmosfera que,
lentamente, começou a mudar.
Com o aumento na concentração de gás
oxigênio a atmosfera começou a adquirir
sua tão característica cor azul. Além disso,
o caminho para o aparecimento dos seres
3
em uma unidade chamada caloria – a energia necessária para subir em 1 ºC um grama
de água. Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos que proveem energia ou
substâncias estruturais que são requeridas
para o crescimento, a manutenção e o reparo das células e demais estruturas corporais.
Os nutrientes encontrados nos alimentos
podem ser classificados em grandes grupos,
como: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas, fibras e minerais.
Os carboidratos são a principal fonte de
energia do corpo. Carboidratos simples são
utilizados mais rapidamente, outros, de estrutura mais complexa, estão mais ligados
à estocagem de energia para uso posterior.
Os lipídeos (gorduras e óleos) também são
uma importante fonte de energia, em média o dobro das calorias presentes na mesma
quantidade de carboidrato. No entanto,
algumas formas de gordura animal – se
consumidas em excesso – podem fazer mal à
saúde dos seres humanos. As proteínas são o
principal componente estrutural das células
dos seres vivos, de fato, elas representam
metade do peso seco delas. As vitaminas
são substâncias que contêm carbono e que
são necessárias em quantidades diminutas.
Elas não são sintetizadas pelo organismo,
logo, o que é considerado uma vitamina
para determinada espécie de ser vivo pode
não o ser para outra. Os minerais são substâncias que não contêm carbono – por isso,
são consideradas inorgânicas – e que são
essenciais para diversas funções celulares,
principalmente para o fluxo de líquidos e
para a sinalização celular.
aeróbios estava aberto. Não fossem esses
seres diminutos, não teriam existido dinossauros e nós não teríamos surgido. Ainda
hoje, dependemos dos organismos fotossintetizantes para a fabricação e reposição do
gás oxigênio atmosférico. Uma questão bem
atual diz respeito à acidificação dos oceanos,
devido ao aumento da concentração de gás
carbônico na atmosfera. Uma parcela significativa das algas marinhas do fitoplancto
possui “esqueletos” calcários. Eles são afetados pela acidificação dos oceanos que faz
com que eles apresentem malformações,
cujas consequências para esses organismos
e, portanto, para a sua fotossíntese ainda
são desconhecidas.
Além de possibilitar a vida de todos os organismos aeróbios, as plantas fornecem alimento para nós e para os animais dos quais
nos alimentamos, materiais que utilizamos
diariamente, como madeira para tábuas e
lenha, fibras para produzir papel e tecidos,
princípios ativos que compõem remédios,
essências para perfumes etc.
Apesar das cianobactérias não dependerem dos animais para seu ciclo de vida básico, a imensa maioria das espécies de plantas
terrestres atuais depende, algumas delas
inteiramente, de animais (principalmente
de insetos, aves e morcegos) para serem
polinizadas e terem seus frutos dispersados.
Dos 92 elementos naturais conhecidos,
aproximadamente 25 são considerados essenciais para a vida. Desses 25, tão somente
quatro constituem mais de 96% dos corpos
dos seres vivos. São eles: o oxigênio, o carbono, o hidrogênio e o nitrogênio. Esses
elementos correspondem, respectivamente,
a 65; 18,5; 9,5 e 3,3 por cento do peso de um
ser humano (em valores aproximados).
Para se obter esses elementos é necessário ter uma dieta saudável. Para tanto,
é indispensável comer diferentes tipos de
alimentos e nas quantidades adequadas.
Desse modo, é possível obter as quantidades
adequadas de energia e de nutrientes para
exercer as atividades cotidianas. A energia
contida nos alimentos é usualmente medida
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Ao desenvolver as atividades sugeridas,
é importante que o enfoque interdisciplinar seja buscado, para estabelecer relações
entre o que os alunos aprendem em sala
de aula e o que vivenciam em seu cotidiano. Explorar, observar e discutir promove
a construção de conceitos, procedimentos,
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9/28/11 9:01 AM
O AUTOR
Para saber mais sobre Samuel Murgel Branco, consulte os sites www.moderna.com.br e
www.ismb.org.br
Samuel Murgel Branco
florinha e a fotossÍNTESE
Samuel Murgel Branco
Sugestões pedagógicas
e de atividades elaboradAs por:
Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do
Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos,
como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos.
Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde
Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie,
ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora
e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas
de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia,
em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo.
Preparando para a cidadania
Principais elementos da matéria orgânica
Vitaminas
Sais minerais
Princípios fotoquímicos ativos
Produtos de origem vegetal
Quando o aluno consegue identificar
os problemas e conflitos do dia a dia, tudo
o que aprende adquire sentido novo para
a sua vida e para a comunidade. O saber
teórico incorporado às experiências de vida
de cada um é condição importante para a
formação integral do aluno, pois estimula a
atitude crítica e responsável, preparando-o
para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante da comunidade e
possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula
especial para “ensinar” valores aos alunos,
estamos propondo que, em cada disciplina,
sejam discutidos os laços indissolúveis entre
os conteúdos estudados, os valores humanos e as atitudes individuais e coletivas.
Isso significa que os temas éticos, políticos
e estéticos devem ser realçados no processo
de apropriação do saber com os temas transversais, isto é, com temas que atravessam os
diferentes campos do conhecimento. É o que
veremos a seguir, a propósito deste livro.
A OBRA
Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--se em História Natural em 1956, especializando-se em Ciências Biológicas e da Terra
na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da Universidade de São Paulo (USP). Mais
tarde, como professor da USP, direcionou
sua carreira de pesquisador para a área de
Saneamento Básico e Ambiental, tornando--se um grande sanitarista, reconhecido por
seus estudos sobre a qualidade das águas
continentais e costeiras, com forte enfoque
em saúde pública no Brasil e na América
Latina. Orientou dezenas de mestrados e
doutorados, particularmente nas unidades
da USP de São Carlos e Saúde Pública em
São Paulo. Apaixonado desde sempre pela
natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e
pelas exuberantes florestas da Mata Atlântica, o que despertou sua curiosidade em
relação às particularidades dos diferentes
ambientes vivos. A união da paixão e do
conhecimento científico, bem como sua facilidade em escrever histórias, estimulou-o a
revelar para crianças e jovens as maravilhas
da natureza. Quando escrevia, buscava dar
conta de todo o universo que o cercava,
organizando seus conhecimentos e apresentando-os de maneira cativante aos leitores.
Assim, possui vários livros publicados, nos
quais narra com simplicidade os temas complexos das ciências ambientais.
Em 2004, foi criado o Instituto Samuel
Murgel Branco (ISMB), com a missão de
disseminar a obra desse notável professor,
estimular o conhecimento sobre as ciências
ambientais e conscientizar crianças, jovens e
adultos do seu incrível papel de preservar a
natureza em prol de um modelo de desenvolvimento em que riqueza é sinônimo de
qualidade de vida para todos.
Qual a importância central de
Florinha e a fotossíntese?
Não bastassem serem os maiores fornecedores de alimento para os animais,
as plantas ainda retiram gás carbônico da
atmosfera e devolvem a ela gás oxigênio,
vital para a maioria dos seres vivos. O autor
reforça a importância de o gás oxigênio que
respiramos ser produzido por organismos
clorofilados. Ao ler Florinha e a fotossíntese, as crianças também irão perceber que
plantas e animais estão conectados em um
ciclo no qual as plantas, por meio da fotossíntese, fornecem alimento, gás oxigênio e
ma†éria orgânica decomposta, e os animais
fornecem nutrientes (na forma de matéria
orgânica decomposta a partir de suas fezes
e cadáveres) e gás carbônico.
Este livro trata da importância das plantas
para os seres vivos, inclusive para o ser humano. Além da importância óbvia da fotossíntese e do papel dos organismos clorofilados na
base da maioria absoluta das cadeias alimentares, o autor expõe outros temas, como a
produção de madeira e remédios a partir das
plantas e as diferentes formas (substâncias)
que o carbono pode compor.
TEMAS ABORDADOS
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Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 1
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Fotossíntese
Fluxo da energia
Respiração celular
Seres autótrofos e heterótrofos
Cadeia alimentar
Relações alimentares
Ciclo da matéria
Pigmentos vegetais
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Enquanto nos livros de ficção conta-se
uma história, as obras de não ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena
história – como neste livro –, ela é sempre
pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área. No entanto, o
texto expositivo não se restringe à transmissão de informações. Isso porque ocorreu uma
incrível mudança com a crescente ampliação
dos campos do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o
que tornou a informação bastante acessível
nos dias de hoje. Por isso mesmo, o leitor
precisa ter condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas um olhar
crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da autonomia do pensar e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe
que a informação seja contextualizada: que
parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se
reduza a abstrações, mas adquira sentido
vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque
se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento
que vai além do esforço solitário de reflexão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza
cada um na busca de outras explicações
possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar
às atividades individuais os trabalhos em
equipe, os projetos coletivos, as discussões
em classe e os debates.
Explorando o tema
Os cientistas acreditam que a atmosfera
primitiva da Terra era muito diferente da
atual, e uma das mais significativas diferenças era, justamente, a ausência de gás
oxigênio. Independentemente disso, a vida
conseguiu surgir e proliferar. Em determinado momento, organismos que produziam
gás oxigênio como subproduto de seu metabolismo surgiram, e o aspecto físico, que
atualmente conhecemos, da Terra vista do
espaço, começou a se transformar – aparentemente, há 2,5 bilhões de anos, segundo
indícios geológicos. Esses organismos, semelhantes às cianobactérias atuais, começaram
a depositar gás oxigênio na atmosfera que,
lentamente, começou a mudar.
Com o aumento na concentração de gás
oxigênio a atmosfera começou a adquirir
sua tão característica cor azul. Além disso,
o caminho para o aparecimento dos seres
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em uma unidade chamada caloria – a energia necessária para subir em 1 ºC um grama
de água. Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos que proveem energia ou
substâncias estruturais que são requeridas
para o crescimento, a manutenção e o reparo das células e demais estruturas corporais.
Os nutrientes encontrados nos alimentos
podem ser classificados em grandes grupos,
como: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas, fibras e minerais.
Os carboidratos são a principal fonte de
energia do corpo. Carboidratos simples são
utilizados mais rapidamente, outros, de estrutura mais complexa, estão mais ligados
à estocagem de energia para uso posterior.
Os lipídeos (gorduras e óleos) também são
uma importante fonte de energia, em média o dobro das calorias presentes na mesma
quantidade de carboidrato. No entanto,
algumas formas de gordura animal – se
consumidas em excesso – podem fazer mal à
saúde dos seres humanos. As proteínas são o
principal componente estrutural das células
dos seres vivos, de fato, elas representam
metade do peso seco delas. As vitaminas
são substâncias que contêm carbono e que
são necessárias em quantidades diminutas.
Elas não são sintetizadas pelo organismo,
logo, o que é considerado uma vitamina
para determinada espécie de ser vivo pode
não o ser para outra. Os minerais são substâncias que não contêm carbono – por isso,
são consideradas inorgânicas – e que são
essenciais para diversas funções celulares,
principalmente para o fluxo de líquidos e
para a sinalização celular.
aeróbios estava aberto. Não fossem esses
seres diminutos, não teriam existido dinossauros e nós não teríamos surgido. Ainda
hoje, dependemos dos organismos fotossintetizantes para a fabricação e reposição do
gás oxigênio atmosférico. Uma questão bem
atual diz respeito à acidificação dos oceanos,
devido ao aumento da concentração de gás
carbônico na atmosfera. Uma parcela significativa das algas marinhas do fitoplancto
possui “esqueletos” calcários. Eles são afetados pela acidificação dos oceanos que faz
com que eles apresentem malformações,
cujas consequências para esses organismos
e, portanto, para a sua fotossíntese ainda
são desconhecidas.
Além de possibilitar a vida de todos os organismos aeróbios, as plantas fornecem alimento para nós e para os animais dos quais
nos alimentamos, materiais que utilizamos
diariamente, como madeira para tábuas e
lenha, fibras para produzir papel e tecidos,
princípios ativos que compõem remédios,
essências para perfumes etc.
Apesar das cianobactérias não dependerem dos animais para seu ciclo de vida básico, a imensa maioria das espécies de plantas
terrestres atuais depende, algumas delas
inteiramente, de animais (principalmente
de insetos, aves e morcegos) para serem
polinizadas e terem seus frutos dispersados.
Dos 92 elementos naturais conhecidos,
aproximadamente 25 são considerados essenciais para a vida. Desses 25, tão somente
quatro constituem mais de 96% dos corpos
dos seres vivos. São eles: o oxigênio, o carbono, o hidrogênio e o nitrogênio. Esses
elementos correspondem, respectivamente,
a 65; 18,5; 9,5 e 3,3 por cento do peso de um
ser humano (em valores aproximados).
Para se obter esses elementos é necessário ter uma dieta saudável. Para tanto,
é indispensável comer diferentes tipos de
alimentos e nas quantidades adequadas.
Desse modo, é possível obter as quantidades
adequadas de energia e de nutrientes para
exercer as atividades cotidianas. A energia
contida nos alimentos é usualmente medida
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Ao desenvolver as atividades sugeridas,
é importante que o enfoque interdisciplinar seja buscado, para estabelecer relações
entre o que os alunos aprendem em sala
de aula e o que vivenciam em seu cotidiano. Explorar, observar e discutir promove
a construção de conceitos, procedimentos,
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Energia solar
valores e atitudes, permitindo assim aos
alunos estabelecerem relações e ampliarem
o universo de conhecimentos de modo significativo.
Os alunos são curiosos e gostam de situações desafiadoras. Portanto, ao estruturar
as atividades, oriente-os e apresente questões de modo que se construam situações
problematizadoras que os incentivem a
buscar respostas e soluções.
Bom trabalho!
Divida a turma em grupos e solicite a
cada um deles que faça uma pesquisa sobre os usos da energia solar (pelos seres
humanos) para gerar eletricidade, aquecer
água, desidratar alimentos etc. Eles deverão
produzir um registro escrito e ilustrado das
informações obtidas. Esses registros deverão
ser apresentados para os demais grupos
de modo que os alunos que os produziram
tenham que explicar aos colegas o uso da
energia solar que pesquisaram. Estimule-os a
pensar em quais outros processos a luz do Sol
tem papel importantíssimo. Ajude-os a lembrar da importância da luz para as plantas.
ATIVIDADES
PARA ANTES DA LEITURA
Levantamento de plantas alimentícias
ATIVIDADES
PARA DURANTE A LEITURA
Solicite aos alunos que façam um levantamento do número aproximado de
espécies vegetais que são utilizadas como
alimento no Brasil e daquelas que são vendidas na região onde moram. Peça também
que eles levantem o nome e a quantidade
(novamente, com valor aproximado) de
algumas espécies que são consumidas, mas
que dificilmente são vendidas em mercados
e outros estabelecimentos comerciais. Eles
devem visitar mercados, feiras populares,
perguntar aos pais ou avós, procurar na
internet, em bibliotecas etc. Com as listas
prontas, solicite aos alunos que construam
gráficos de barras, comparando os números encontrados. Ajude-os a interpretar o
gráfico obtido propondo questões como:
O número de espécies que são utilizadas
na região onde vivem é grande em comparação ao total de espécies do Brasil? O número de espécies que são consumidas mas
não comercializadas é grande? Dos tipos de
vegetais obtidos nas listas levantadas pelos alunos, quantos são costumeiramente
consumidos por eles? Se achar adequado,
solicite que façam uma pesquisa para descobrir quais são as culturas com maior área
plantada no Brasil (soja, cana etc.). Quantas
dessas culturas são utilizadas em nossa alimentação diária?
Uma estratégia para envolver os alunos
é apresentar questões complementares,
convidando-os a refletir sobre os temas
abordados. Ofereça subsídios para facilitar
a leitura e contornar dificuldades, como:
identificar a estrutura do texto, esclarecer
dúvidas de vocabulários e compreensão,
novos conceitos e concordância com o autor. Proponha questões e reflexões sobre os
temas abordados, como:
• Na página 8, se achar adequado ao
nível cognitivo dos alunos, pergunte se eles
conhecem outros organismos que, assim
como as plantas, não têm boca (amebas e
outros micro-organismos, por exemplo). Esses organismos não fabricam o próprio alimento, então como eles se alimentam (absorvem o alimento pela parede do corpo)?
• Na página 8, pergunte se algum dos
alunos sabe o que é a fotossíntese (o que é
produzido, o que é necessário para que seja
produzido, como é produzido?). Peça que
prestem atenção à continuação da história
e que comparem o que acabaram de dizer
com o que será apresentado no livro.
• Na página 10, conte aos alunos que
quase 20% do peso de uma pessoa é de
átomos de carbono.
5
Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 2
ATIVIDADES
PARA DEPOIS DA LEITURA
• Na página 11, antes de a folhinha explicar para Florinha o papel da clorofila,
quando ela pergunta se basta colocar água,
carbono e “outros ingredientes” para se
produzir matéria orgânica, pergunte aos
alunos se eles sabem o que falta (clorofila)
para que aqueles ingredientes sejam transformados em matéria orgânica.
• Na página 12, para se certificar de que
os alunos entenderam que a energia contida
nos alimentos, sejam eles de origem animal
ou vegetal, é a energia do Sol estocada,
pergunte a eles: De onde vem a energia
contida no grão de arroz? E na batata? E no
bife? Peça que façam uma lista com o que
considerarem provável.
• Na página 21, pergunte aos alunos se
eles sabem o que o termo asfixiado significa.
Ajude-os a deduzir seu significado a partir
do contexto encontrado no livro.
• Na página 22, para mostrar o efeito
que a mudança de um único átomo pode
causar nas propriedades de uma substância,
esclareça que o monóxido de carbono difere
do dióxido de carbono de apenas um átomo
de oxigênio. Monte dois esquemas: uma
molécula de CO2 (com 3 bolinhas de isopor,
sendo 2 iguais) e uma de CO (com 2 bolinhas
de isopor diferentes).
• Na página 24, pergunte se os alunos
conhecem algum medicamento derivado
de planta. Medicamentos comuns são chás
feitos de ervas, como boldo, capim-santo
etc. Exemplos que podem ser dados pelo
professor são o ácido acetilsalicílico (aspirina), derivado de Spiraea ulmaria; a codeína,
um analgésico e antitussígeno derivado de
Papaver somniferum; a cânfora, derivado de
Cinnamomum camphora etc.
• Na página 24, peça aos alunos que
citem outras qualidades das plantas que
julguem importantes. Estimule-os a discutir,
por exemplo, se a aparência de um organismo é algo que deve ser levado em conta ou
se devemos priorizar somente aquelas características que estão associadas a processos
essenciais sem os quais não sobreviveríamos.
Após a leitura verifique o que os alunos
aprenderam, se são capazes de contar o que
leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça
relação entre o que foi estudado e a vida
cotidiana, propondo as atividades a seguir.
Plantas carnívoras
Conte aos alunos que existem espécies
de plantas que, além da fotossíntese, obtêm nutrientes por outros meios. Um desses
grupos é o das plantas carnívoras. Solicite
aos alunos que façam desenhos de como
eles imaginam que seja e se alimente uma
planta carnívora. Após essa atividade, peça
que façam uma pesquisa sobre essas plantas
na biblioteca, internet, entrevistando parentes e, caso exista, no Jardim Botânico local.
Eventualmente, é possível encontrar plantas
carnívoras para vender em lojas de plantas.
Se possível, adquira alguns indivíduos de
espécies diferentes para manter na escola
e ilustrar os diferentes modos de obtenção
de presas. Sugira à turma que comparem
os desenhos feitos antes da pesquisa com
as ilustrações e fotografias das espécies
que encontraram após essa busca. Quais
são as principais diferenças notadas? Como
era o modo de captura do alimento nos
desenhos? E na realidade? E com relação
aos animais que essas plantas são capazes
de capturar para se alimentar, existem diferenças entre o que eles previram e o que
encontraram?
Produção de gás
Esse experimento servirá para ilustrar a
produção de gás oxigênio por uma planta
aquática. No entanto, a demonstração de
que o gás produzido é de fato oxigênio gasoso é algo que foge ao escopo do ensino
fundamental I. Portanto, esse experimento
servirá apenas para ilustrar a produção de
gás. Para realizar esse experimento proceda
do seguinte modo.
6
Compre alguns ramos de Elodea, uma
espécie de planta aquática muito comum
em lojas de aquário. Separe um béquer
grande; um funil de vidro (ou outro material
transparente) cuja circunferência maior encaixe dentro desse béquer, mas que não seja
maior do que o béquer em altura; e um tubo
de ensaio. Coloque alguns ramos de Elodea
no béquer e encha-o com água. Coloque o
funil invertido (com a parte maior virada
para baixo) dentro do béquer, de modo que
ele cubra todos os ramos de Elodea; ele deve
ficar completamente preenchido por água.
Coloque o tubo de ensaio sobre a ponta
do funil dentro do béquer. Para fazer isso,
certifique-se de que o funil esteja totalmente submerso no béquer, a aproximadamente
um dedo abaixo da superfície. Encha completamente o tubo de ensaio com água e
tampe-o com um dedo de modo que a água
não escorra quando você virá-lo de cabeça
para baixo. Coloque o tubo de ensaio, com
seu dedo ainda fechando sua boca, sob a superfície da água do béquer. Retire o dedo da
abertura do tubo de ensaio, mas mantenha
a boca do tubo sob a água. Acomode o tubo
de ensaio sobre a ponta do funil.
Pergunte aos alunos se eles têm alguma
ideia para estimular a fotossíntese da planta que, está dentro do béquer. Ajude-os a
perceber que, se colocarem a montagem
sob uma fonte de luz intensa (uma lâmpada potente, por exemplo), a fotossíntese
será estimulada. Advirta-os, no entanto,
de que luz demais pode fazer mal. Com
efeito, depois de uma certa intensidade, a
luz não estimula mais a fotossíntese, mas
sim inibe-a. Pergunte à turma o que ocorre
quando as plantas fazem fotossíntese, que
substância elas liberam (gás oxigênio). Então, peça que reparem na montagem que
você fez com o béquer, o funil e o tubo de
ensaio. O que eles imaginam que vai ocorrer caso os ramos de Elodea liberem gás na
água? Auxilie-os a perceber que, caso haja
produção de gás, ele será direcionado pelo
funil e irá se acumular no fundo do tubo de
ensaio, formando uma bolha de gás nesse
local. E se não houver liberação de gás pelos
ramos da planta? Ajude-os a perceber que,
nesse caso, nada ocorrerá. Solicite aos alunos que desenhem a montagem como ela
está naquele momento, e como ela deverá
ficar caso exista a liberação de gás pelos ramos da planta. Teste em casa quanto tempo
será necessário deixar a montagem sob a
lâmpada para que haja depósito suficiente
de gás no fundo do tubo de ensaio. Na sala
de aula, deixe a montagem exposta pelo
tempo previamente determinado (alternativamente, de um dia para o outro) e peça
aos alunos que a analisem. Ela está mais
parecida com qual desenho, aquele que
previa a liberação de gás, ou o outro que
não previa tal ocorrência? Houve depósito
de gás no fundo do tubo de ensaio (espera--se que sim)? O que isso representa (que a
planta liberou gás na água)? Eles acham que
essa explicação – liberação de gás produzido
pela planta na água – é boa? Alguém poderia sugerir uma explicação alternativa para
o que aconteceu? Caso alguém sugira uma
explicação diferente, ouça-a com atenção e
ajude-os a entender as razões pelas quais as
explicações alternativas sugeridas não são
suficientes para explicar o fenômeno.
brir o material vegetal. Aguarde entre 15 e
25 minutos e, utilizando a peneira, retire o
material triturado de cada mistura, deixando apenas álcool nos copos. Pegue as tiras
de papel-filtro e mergulhe uma em cada
copo. Coloque somente uma das pontas de
cada tira no álcool. Deixe as tiras nos copos,
por aproximadamente duas horas (o ideal
é fazer esse experimento em casa, antes de
prepará-lo para os alunos, para determinar
com maior precisão os intervalos apropriados), sem mexer nelas. Após esse período,
retire as tiras dos copos e coloque-as para
secar presas por um pregador em um varal
à sombra. Uma vez secas, as tiras de papel
devem apresentar faixas de cores variadas.
Pergunte aos alunos de onde vieram aquelas cores (das folhas). Explique a eles que,
ao triturar as folhas, as células da planta
são esmagadas e seu conteúdo extravasa e
é carregado pelo álcool através da folha de
papel-filtro. Entre os componentes que existem dentro da célula das plantas e que são
extravasados quando as células são trituradas está a clorofila, que é o pigmento que
dá a cor verde às plantas. No entanto, como
pode ser visto nas tiras que foram mergulhadas nas soluções de álcool com materiais
vegetais com cores diferentes do verde,
o verde não é o único pigmento presente
nas plantas. Mesmo plantas que são verdes
podem apresentar pequenas quantidades
de pigmentos de outras cores. Diferentes
pigmentos são carregados por distâncias
diferentes no papel-filtro, e é isso que causa
o padrão de cores em faixas no papel.
Extraindo pigmentos de uma folha
Para extrair os pigmentos de material vegetal, você precisará dos seguintes materiais:
• Material vegetal para a extração, de preferência uma flor bem colorida, com algumas folhas verdes e com outras cores
além do verde (como o repolho roxo ou a
beterraba, por exemplo).
• Um pouco de álcool.
• Copos plásticos, de preferência transparentes.
• Papel-filtro cortado em tiras mais compridas que os copos que serão utilizados.
• Um pilão, ou um cabo de colher de pau.
• Almofariz, ou algum recipiente que o
substitua.
• Uma peneira de cozinha.
Triture, um por vez, cada material vegetal
no almofariz e coloque cada um deles em
um copo. Coloque álcool nos copos até co7
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Energia solar
valores e atitudes, permitindo assim aos
alunos estabelecerem relações e ampliarem
o universo de conhecimentos de modo significativo.
Os alunos são curiosos e gostam de situações desafiadoras. Portanto, ao estruturar
as atividades, oriente-os e apresente questões de modo que se construam situações
problematizadoras que os incentivem a
buscar respostas e soluções.
Bom trabalho!
Divida a turma em grupos e solicite a
cada um deles que faça uma pesquisa sobre os usos da energia solar (pelos seres
humanos) para gerar eletricidade, aquecer
água, desidratar alimentos etc. Eles deverão
produzir um registro escrito e ilustrado das
informações obtidas. Esses registros deverão
ser apresentados para os demais grupos
de modo que os alunos que os produziram
tenham que explicar aos colegas o uso da
energia solar que pesquisaram. Estimule-os a
pensar em quais outros processos a luz do Sol
tem papel importantíssimo. Ajude-os a lembrar da importância da luz para as plantas.
ATIVIDADES
PARA ANTES DA LEITURA
Levantamento de plantas alimentícias
ATIVIDADES
PARA DURANTE A LEITURA
Solicite aos alunos que façam um levantamento do número aproximado de
espécies vegetais que são utilizadas como
alimento no Brasil e daquelas que são vendidas na região onde moram. Peça também
que eles levantem o nome e a quantidade
(novamente, com valor aproximado) de
algumas espécies que são consumidas, mas
que dificilmente são vendidas em mercados
e outros estabelecimentos comerciais. Eles
devem visitar mercados, feiras populares,
perguntar aos pais ou avós, procurar na
internet, em bibliotecas etc. Com as listas
prontas, solicite aos alunos que construam
gráficos de barras, comparando os números encontrados. Ajude-os a interpretar o
gráfico obtido propondo questões como:
O número de espécies que são utilizadas
na região onde vivem é grande em comparação ao total de espécies do Brasil? O número de espécies que são consumidas mas
não comercializadas é grande? Dos tipos de
vegetais obtidos nas listas levantadas pelos alunos, quantos são costumeiramente
consumidos por eles? Se achar adequado,
solicite que façam uma pesquisa para descobrir quais são as culturas com maior área
plantada no Brasil (soja, cana etc.). Quantas
dessas culturas são utilizadas em nossa alimentação diária?
Uma estratégia para envolver os alunos
é apresentar questões complementares,
convidando-os a refletir sobre os temas
abordados. Ofereça subsídios para facilitar
a leitura e contornar dificuldades, como:
identificar a estrutura do texto, esclarecer
dúvidas de vocabulários e compreensão,
novos conceitos e concordância com o autor. Proponha questões e reflexões sobre os
temas abordados, como:
• Na página 8, se achar adequado ao
nível cognitivo dos alunos, pergunte se eles
conhecem outros organismos que, assim
como as plantas, não têm boca (amebas e
outros micro-organismos, por exemplo). Esses organismos não fabricam o próprio alimento, então como eles se alimentam (absorvem o alimento pela parede do corpo)?
• Na página 8, pergunte se algum dos
alunos sabe o que é a fotossíntese (o que é
produzido, o que é necessário para que seja
produzido, como é produzido?). Peça que
prestem atenção à continuação da história
e que comparem o que acabaram de dizer
com o que será apresentado no livro.
• Na página 10, conte aos alunos que
quase 20% do peso de uma pessoa é de
átomos de carbono.
5
Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 2
ATIVIDADES
PARA DEPOIS DA LEITURA
• Na página 11, antes de a folhinha explicar para Florinha o papel da clorofila,
quando ela pergunta se basta colocar água,
carbono e “outros ingredientes” para se
produzir matéria orgânica, pergunte aos
alunos se eles sabem o que falta (clorofila)
para que aqueles ingredientes sejam transformados em matéria orgânica.
• Na página 12, para se certificar de que
os alunos entenderam que a energia contida
nos alimentos, sejam eles de origem animal
ou vegetal, é a energia do Sol estocada,
pergunte a eles: De onde vem a energia
contida no grão de arroz? E na batata? E no
bife? Peça que façam uma lista com o que
considerarem provável.
• Na página 21, pergunte aos alunos se
eles sabem o que o termo asfixiado significa.
Ajude-os a deduzir seu significado a partir
do contexto encontrado no livro.
• Na página 22, para mostrar o efeito
que a mudança de um único átomo pode
causar nas propriedades de uma substância,
esclareça que o monóxido de carbono difere
do dióxido de carbono de apenas um átomo
de oxigênio. Monte dois esquemas: uma
molécula de CO2 (com 3 bolinhas de isopor,
sendo 2 iguais) e uma de CO (com 2 bolinhas
de isopor diferentes).
• Na página 24, pergunte se os alunos
conhecem algum medicamento derivado
de planta. Medicamentos comuns são chás
feitos de ervas, como boldo, capim-santo
etc. Exemplos que podem ser dados pelo
professor são o ácido acetilsalicílico (aspirina), derivado de Spiraea ulmaria; a codeína,
um analgésico e antitussígeno derivado de
Papaver somniferum; a cânfora, derivado de
Cinnamomum camphora etc.
• Na página 24, peça aos alunos que
citem outras qualidades das plantas que
julguem importantes. Estimule-os a discutir,
por exemplo, se a aparência de um organismo é algo que deve ser levado em conta ou
se devemos priorizar somente aquelas características que estão associadas a processos
essenciais sem os quais não sobreviveríamos.
Após a leitura verifique o que os alunos
aprenderam, se são capazes de contar o que
leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça
relação entre o que foi estudado e a vida
cotidiana, propondo as atividades a seguir.
Plantas carnívoras
Conte aos alunos que existem espécies
de plantas que, além da fotossíntese, obtêm nutrientes por outros meios. Um desses
grupos é o das plantas carnívoras. Solicite
aos alunos que façam desenhos de como
eles imaginam que seja e se alimente uma
planta carnívora. Após essa atividade, peça
que façam uma pesquisa sobre essas plantas
na biblioteca, internet, entrevistando parentes e, caso exista, no Jardim Botânico local.
Eventualmente, é possível encontrar plantas
carnívoras para vender em lojas de plantas.
Se possível, adquira alguns indivíduos de
espécies diferentes para manter na escola
e ilustrar os diferentes modos de obtenção
de presas. Sugira à turma que comparem
os desenhos feitos antes da pesquisa com
as ilustrações e fotografias das espécies
que encontraram após essa busca. Quais
são as principais diferenças notadas? Como
era o modo de captura do alimento nos
desenhos? E na realidade? E com relação
aos animais que essas plantas são capazes
de capturar para se alimentar, existem diferenças entre o que eles previram e o que
encontraram?
Produção de gás
Esse experimento servirá para ilustrar a
produção de gás oxigênio por uma planta
aquática. No entanto, a demonstração de
que o gás produzido é de fato oxigênio gasoso é algo que foge ao escopo do ensino
fundamental I. Portanto, esse experimento
servirá apenas para ilustrar a produção de
gás. Para realizar esse experimento proceda
do seguinte modo.
6
Compre alguns ramos de Elodea, uma
espécie de planta aquática muito comum
em lojas de aquário. Separe um béquer
grande; um funil de vidro (ou outro material
transparente) cuja circunferência maior encaixe dentro desse béquer, mas que não seja
maior do que o béquer em altura; e um tubo
de ensaio. Coloque alguns ramos de Elodea
no béquer e encha-o com água. Coloque o
funil invertido (com a parte maior virada
para baixo) dentro do béquer, de modo que
ele cubra todos os ramos de Elodea; ele deve
ficar completamente preenchido por água.
Coloque o tubo de ensaio sobre a ponta
do funil dentro do béquer. Para fazer isso,
certifique-se de que o funil esteja totalmente submerso no béquer, a aproximadamente
um dedo abaixo da superfície. Encha completamente o tubo de ensaio com água e
tampe-o com um dedo de modo que a água
não escorra quando você virá-lo de cabeça
para baixo. Coloque o tubo de ensaio, com
seu dedo ainda fechando sua boca, sob a superfície da água do béquer. Retire o dedo da
abertura do tubo de ensaio, mas mantenha
a boca do tubo sob a água. Acomode o tubo
de ensaio sobre a ponta do funil.
Pergunte aos alunos se eles têm alguma
ideia para estimular a fotossíntese da planta que, está dentro do béquer. Ajude-os a
perceber que, se colocarem a montagem
sob uma fonte de luz intensa (uma lâmpada potente, por exemplo), a fotossíntese
será estimulada. Advirta-os, no entanto,
de que luz demais pode fazer mal. Com
efeito, depois de uma certa intensidade, a
luz não estimula mais a fotossíntese, mas
sim inibe-a. Pergunte à turma o que ocorre
quando as plantas fazem fotossíntese, que
substância elas liberam (gás oxigênio). Então, peça que reparem na montagem que
você fez com o béquer, o funil e o tubo de
ensaio. O que eles imaginam que vai ocorrer caso os ramos de Elodea liberem gás na
água? Auxilie-os a perceber que, caso haja
produção de gás, ele será direcionado pelo
funil e irá se acumular no fundo do tubo de
ensaio, formando uma bolha de gás nesse
local. E se não houver liberação de gás pelos
ramos da planta? Ajude-os a perceber que,
nesse caso, nada ocorrerá. Solicite aos alunos que desenhem a montagem como ela
está naquele momento, e como ela deverá
ficar caso exista a liberação de gás pelos ramos da planta. Teste em casa quanto tempo
será necessário deixar a montagem sob a
lâmpada para que haja depósito suficiente
de gás no fundo do tubo de ensaio. Na sala
de aula, deixe a montagem exposta pelo
tempo previamente determinado (alternativamente, de um dia para o outro) e peça
aos alunos que a analisem. Ela está mais
parecida com qual desenho, aquele que
previa a liberação de gás, ou o outro que
não previa tal ocorrência? Houve depósito
de gás no fundo do tubo de ensaio (espera--se que sim)? O que isso representa (que a
planta liberou gás na água)? Eles acham que
essa explicação – liberação de gás produzido
pela planta na água – é boa? Alguém poderia sugerir uma explicação alternativa para
o que aconteceu? Caso alguém sugira uma
explicação diferente, ouça-a com atenção e
ajude-os a entender as razões pelas quais as
explicações alternativas sugeridas não são
suficientes para explicar o fenômeno.
brir o material vegetal. Aguarde entre 15 e
25 minutos e, utilizando a peneira, retire o
material triturado de cada mistura, deixando apenas álcool nos copos. Pegue as tiras
de papel-filtro e mergulhe uma em cada
copo. Coloque somente uma das pontas de
cada tira no álcool. Deixe as tiras nos copos,
por aproximadamente duas horas (o ideal
é fazer esse experimento em casa, antes de
prepará-lo para os alunos, para determinar
com maior precisão os intervalos apropriados), sem mexer nelas. Após esse período,
retire as tiras dos copos e coloque-as para
secar presas por um pregador em um varal
à sombra. Uma vez secas, as tiras de papel
devem apresentar faixas de cores variadas.
Pergunte aos alunos de onde vieram aquelas cores (das folhas). Explique a eles que,
ao triturar as folhas, as células da planta
são esmagadas e seu conteúdo extravasa e
é carregado pelo álcool através da folha de
papel-filtro. Entre os componentes que existem dentro da célula das plantas e que são
extravasados quando as células são trituradas está a clorofila, que é o pigmento que
dá a cor verde às plantas. No entanto, como
pode ser visto nas tiras que foram mergulhadas nas soluções de álcool com materiais
vegetais com cores diferentes do verde,
o verde não é o único pigmento presente
nas plantas. Mesmo plantas que são verdes
podem apresentar pequenas quantidades
de pigmentos de outras cores. Diferentes
pigmentos são carregados por distâncias
diferentes no papel-filtro, e é isso que causa
o padrão de cores em faixas no papel.
Extraindo pigmentos de uma folha
Para extrair os pigmentos de material vegetal, você precisará dos seguintes materiais:
• Material vegetal para a extração, de preferência uma flor bem colorida, com algumas folhas verdes e com outras cores
além do verde (como o repolho roxo ou a
beterraba, por exemplo).
• Um pouco de álcool.
• Copos plásticos, de preferência transparentes.
• Papel-filtro cortado em tiras mais compridas que os copos que serão utilizados.
• Um pilão, ou um cabo de colher de pau.
• Almofariz, ou algum recipiente que o
substitua.
• Uma peneira de cozinha.
Triture, um por vez, cada material vegetal
no almofariz e coloque cada um deles em
um copo. Coloque álcool nos copos até co7
9/28/11 9:01 AM
Energia solar
valores e atitudes, permitindo assim aos
alunos estabelecerem relações e ampliarem
o universo de conhecimentos de modo significativo.
Os alunos são curiosos e gostam de situações desafiadoras. Portanto, ao estruturar
as atividades, oriente-os e apresente questões de modo que se construam situações
problematizadoras que os incentivem a
buscar respostas e soluções.
Bom trabalho!
Divida a turma em grupos e solicite a
cada um deles que faça uma pesquisa sobre os usos da energia solar (pelos seres
humanos) para gerar eletricidade, aquecer
água, desidratar alimentos etc. Eles deverão
produzir um registro escrito e ilustrado das
informações obtidas. Esses registros deverão
ser apresentados para os demais grupos
de modo que os alunos que os produziram
tenham que explicar aos colegas o uso da
energia solar que pesquisaram. Estimule-os a
pensar em quais outros processos a luz do Sol
tem papel importantíssimo. Ajude-os a lembrar da importância da luz para as plantas.
ATIVIDADES
PARA ANTES DA LEITURA
Levantamento de plantas alimentícias
ATIVIDADES
PARA DURANTE A LEITURA
Solicite aos alunos que façam um levantamento do número aproximado de
espécies vegetais que são utilizadas como
alimento no Brasil e daquelas que são vendidas na região onde moram. Peça também
que eles levantem o nome e a quantidade
(novamente, com valor aproximado) de
algumas espécies que são consumidas, mas
que dificilmente são vendidas em mercados
e outros estabelecimentos comerciais. Eles
devem visitar mercados, feiras populares,
perguntar aos pais ou avós, procurar na
internet, em bibliotecas etc. Com as listas
prontas, solicite aos alunos que construam
gráficos de barras, comparando os números encontrados. Ajude-os a interpretar o
gráfico obtido propondo questões como:
O número de espécies que são utilizadas
na região onde vivem é grande em comparação ao total de espécies do Brasil? O número de espécies que são consumidas mas
não comercializadas é grande? Dos tipos de
vegetais obtidos nas listas levantadas pelos alunos, quantos são costumeiramente
consumidos por eles? Se achar adequado,
solicite que façam uma pesquisa para descobrir quais são as culturas com maior área
plantada no Brasil (soja, cana etc.). Quantas
dessas culturas são utilizadas em nossa alimentação diária?
Uma estratégia para envolver os alunos
é apresentar questões complementares,
convidando-os a refletir sobre os temas
abordados. Ofereça subsídios para facilitar
a leitura e contornar dificuldades, como:
identificar a estrutura do texto, esclarecer
dúvidas de vocabulários e compreensão,
novos conceitos e concordância com o autor. Proponha questões e reflexões sobre os
temas abordados, como:
• Na página 8, se achar adequado ao
nível cognitivo dos alunos, pergunte se eles
conhecem outros organismos que, assim
como as plantas, não têm boca (amebas e
outros micro-organismos, por exemplo). Esses organismos não fabricam o próprio alimento, então como eles se alimentam (absorvem o alimento pela parede do corpo)?
• Na página 8, pergunte se algum dos
alunos sabe o que é a fotossíntese (o que é
produzido, o que é necessário para que seja
produzido, como é produzido?). Peça que
prestem atenção à continuação da história
e que comparem o que acabaram de dizer
com o que será apresentado no livro.
• Na página 10, conte aos alunos que
quase 20% do peso de uma pessoa é de
átomos de carbono.
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Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 2
ATIVIDADES
PARA DEPOIS DA LEITURA
• Na página 11, antes de a folhinha explicar para Florinha o papel da clorofila,
quando ela pergunta se basta colocar água,
carbono e “outros ingredientes” para se
produzir matéria orgânica, pergunte aos
alunos se eles sabem o que falta (clorofila)
para que aqueles ingredientes sejam transformados em matéria orgânica.
• Na página 12, para se certificar de que
os alunos entenderam que a energia contida
nos alimentos, sejam eles de origem animal
ou vegetal, é a energia do Sol estocada,
pergunte a eles: De onde vem a energia
contida no grão de arroz? E na batata? E no
bife? Peça que façam uma lista com o que
considerarem provável.
• Na página 21, pergunte aos alunos se
eles sabem o que o termo asfixiado significa.
Ajude-os a deduzir seu significado a partir
do contexto encontrado no livro.
• Na página 22, para mostrar o efeito
que a mudança de um único átomo pode
causar nas propriedades de uma substância,
esclareça que o monóxido de carbono difere
do dióxido de carbono de apenas um átomo
de oxigênio. Monte dois esquemas: uma
molécula de CO2 (com 3 bolinhas de isopor,
sendo 2 iguais) e uma de CO (com 2 bolinhas
de isopor diferentes).
• Na página 24, pergunte se os alunos
conhecem algum medicamento derivado
de planta. Medicamentos comuns são chás
feitos de ervas, como boldo, capim-santo
etc. Exemplos que podem ser dados pelo
professor são o ácido acetilsalicílico (aspirina), derivado de Spiraea ulmaria; a codeína,
um analgésico e antitussígeno derivado de
Papaver somniferum; a cânfora, derivado de
Cinnamomum camphora etc.
• Na página 24, peça aos alunos que
citem outras qualidades das plantas que
julguem importantes. Estimule-os a discutir,
por exemplo, se a aparência de um organismo é algo que deve ser levado em conta ou
se devemos priorizar somente aquelas características que estão associadas a processos
essenciais sem os quais não sobreviveríamos.
Após a leitura verifique o que os alunos
aprenderam, se são capazes de contar o que
leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça
relação entre o que foi estudado e a vida
cotidiana, propondo as atividades a seguir.
Plantas carnívoras
Conte aos alunos que existem espécies
de plantas que, além da fotossíntese, obtêm nutrientes por outros meios. Um desses
grupos é o das plantas carnívoras. Solicite
aos alunos que façam desenhos de como
eles imaginam que seja e se alimente uma
planta carnívora. Após essa atividade, peça
que façam uma pesquisa sobre essas plantas
na biblioteca, internet, entrevistando parentes e, caso exista, no Jardim Botânico local.
Eventualmente, é possível encontrar plantas
carnívoras para vender em lojas de plantas.
Se possível, adquira alguns indivíduos de
espécies diferentes para manter na escola
e ilustrar os diferentes modos de obtenção
de presas. Sugira à turma que comparem
os desenhos feitos antes da pesquisa com
as ilustrações e fotografias das espécies
que encontraram após essa busca. Quais
são as principais diferenças notadas? Como
era o modo de captura do alimento nos
desenhos? E na realidade? E com relação
aos animais que essas plantas são capazes
de capturar para se alimentar, existem diferenças entre o que eles previram e o que
encontraram?
Produção de gás
Esse experimento servirá para ilustrar a
produção de gás oxigênio por uma planta
aquática. No entanto, a demonstração de
que o gás produzido é de fato oxigênio gasoso é algo que foge ao escopo do ensino
fundamental I. Portanto, esse experimento
servirá apenas para ilustrar a produção de
gás. Para realizar esse experimento proceda
do seguinte modo.
6
Compre alguns ramos de Elodea, uma
espécie de planta aquática muito comum
em lojas de aquário. Separe um béquer
grande; um funil de vidro (ou outro material
transparente) cuja circunferência maior encaixe dentro desse béquer, mas que não seja
maior do que o béquer em altura; e um tubo
de ensaio. Coloque alguns ramos de Elodea
no béquer e encha-o com água. Coloque o
funil invertido (com a parte maior virada
para baixo) dentro do béquer, de modo que
ele cubra todos os ramos de Elodea; ele deve
ficar completamente preenchido por água.
Coloque o tubo de ensaio sobre a ponta
do funil dentro do béquer. Para fazer isso,
certifique-se de que o funil esteja totalmente submerso no béquer, a aproximadamente
um dedo abaixo da superfície. Encha completamente o tubo de ensaio com água e
tampe-o com um dedo de modo que a água
não escorra quando você virá-lo de cabeça
para baixo. Coloque o tubo de ensaio, com
seu dedo ainda fechando sua boca, sob a superfície da água do béquer. Retire o dedo da
abertura do tubo de ensaio, mas mantenha
a boca do tubo sob a água. Acomode o tubo
de ensaio sobre a ponta do funil.
Pergunte aos alunos se eles têm alguma
ideia para estimular a fotossíntese da planta que, está dentro do béquer. Ajude-os a
perceber que, se colocarem a montagem
sob uma fonte de luz intensa (uma lâmpada potente, por exemplo), a fotossíntese
será estimulada. Advirta-os, no entanto,
de que luz demais pode fazer mal. Com
efeito, depois de uma certa intensidade, a
luz não estimula mais a fotossíntese, mas
sim inibe-a. Pergunte à turma o que ocorre
quando as plantas fazem fotossíntese, que
substância elas liberam (gás oxigênio). Então, peça que reparem na montagem que
você fez com o béquer, o funil e o tubo de
ensaio. O que eles imaginam que vai ocorrer caso os ramos de Elodea liberem gás na
água? Auxilie-os a perceber que, caso haja
produção de gás, ele será direcionado pelo
funil e irá se acumular no fundo do tubo de
ensaio, formando uma bolha de gás nesse
local. E se não houver liberação de gás pelos
ramos da planta? Ajude-os a perceber que,
nesse caso, nada ocorrerá. Solicite aos alunos que desenhem a montagem como ela
está naquele momento, e como ela deverá
ficar caso exista a liberação de gás pelos ramos da planta. Teste em casa quanto tempo
será necessário deixar a montagem sob a
lâmpada para que haja depósito suficiente
de gás no fundo do tubo de ensaio. Na sala
de aula, deixe a montagem exposta pelo
tempo previamente determinado (alternativamente, de um dia para o outro) e peça
aos alunos que a analisem. Ela está mais
parecida com qual desenho, aquele que
previa a liberação de gás, ou o outro que
não previa tal ocorrência? Houve depósito
de gás no fundo do tubo de ensaio (espera--se que sim)? O que isso representa (que a
planta liberou gás na água)? Eles acham que
essa explicação – liberação de gás produzido
pela planta na água – é boa? Alguém poderia sugerir uma explicação alternativa para
o que aconteceu? Caso alguém sugira uma
explicação diferente, ouça-a com atenção e
ajude-os a entender as razões pelas quais as
explicações alternativas sugeridas não são
suficientes para explicar o fenômeno.
brir o material vegetal. Aguarde entre 15 e
25 minutos e, utilizando a peneira, retire o
material triturado de cada mistura, deixando apenas álcool nos copos. Pegue as tiras
de papel-filtro e mergulhe uma em cada
copo. Coloque somente uma das pontas de
cada tira no álcool. Deixe as tiras nos copos,
por aproximadamente duas horas (o ideal
é fazer esse experimento em casa, antes de
prepará-lo para os alunos, para determinar
com maior precisão os intervalos apropriados), sem mexer nelas. Após esse período,
retire as tiras dos copos e coloque-as para
secar presas por um pregador em um varal
à sombra. Uma vez secas, as tiras de papel
devem apresentar faixas de cores variadas.
Pergunte aos alunos de onde vieram aquelas cores (das folhas). Explique a eles que,
ao triturar as folhas, as células da planta
são esmagadas e seu conteúdo extravasa e
é carregado pelo álcool através da folha de
papel-filtro. Entre os componentes que existem dentro da célula das plantas e que são
extravasados quando as células são trituradas está a clorofila, que é o pigmento que
dá a cor verde às plantas. No entanto, como
pode ser visto nas tiras que foram mergulhadas nas soluções de álcool com materiais
vegetais com cores diferentes do verde,
o verde não é o único pigmento presente
nas plantas. Mesmo plantas que são verdes
podem apresentar pequenas quantidades
de pigmentos de outras cores. Diferentes
pigmentos são carregados por distâncias
diferentes no papel-filtro, e é isso que causa
o padrão de cores em faixas no papel.
Extraindo pigmentos de uma folha
Para extrair os pigmentos de material vegetal, você precisará dos seguintes materiais:
• Material vegetal para a extração, de preferência uma flor bem colorida, com algumas folhas verdes e com outras cores
além do verde (como o repolho roxo ou a
beterraba, por exemplo).
• Um pouco de álcool.
• Copos plásticos, de preferência transparentes.
• Papel-filtro cortado em tiras mais compridas que os copos que serão utilizados.
• Um pilão, ou um cabo de colher de pau.
• Almofariz, ou algum recipiente que o
substitua.
• Uma peneira de cozinha.
Triture, um por vez, cada material vegetal
no almofariz e coloque cada um deles em
um copo. Coloque álcool nos copos até co7
9/28/11 9:01 AM
Energia solar
valores e atitudes, permitindo assim aos
alunos estabelecerem relações e ampliarem
o universo de conhecimentos de modo significativo.
Os alunos são curiosos e gostam de situações desafiadoras. Portanto, ao estruturar
as atividades, oriente-os e apresente questões de modo que se construam situações
problematizadoras que os incentivem a
buscar respostas e soluções.
Bom trabalho!
Divida a turma em grupos e solicite a
cada um deles que faça uma pesquisa sobre os usos da energia solar (pelos seres
humanos) para gerar eletricidade, aquecer
água, desidratar alimentos etc. Eles deverão
produzir um registro escrito e ilustrado das
informações obtidas. Esses registros deverão
ser apresentados para os demais grupos
de modo que os alunos que os produziram
tenham que explicar aos colegas o uso da
energia solar que pesquisaram. Estimule-os a
pensar em quais outros processos a luz do Sol
tem papel importantíssimo. Ajude-os a lembrar da importância da luz para as plantas.
ATIVIDADES
PARA ANTES DA LEITURA
Levantamento de plantas alimentícias
ATIVIDADES
PARA DURANTE A LEITURA
Solicite aos alunos que façam um levantamento do número aproximado de
espécies vegetais que são utilizadas como
alimento no Brasil e daquelas que são vendidas na região onde moram. Peça também
que eles levantem o nome e a quantidade
(novamente, com valor aproximado) de
algumas espécies que são consumidas, mas
que dificilmente são vendidas em mercados
e outros estabelecimentos comerciais. Eles
devem visitar mercados, feiras populares,
perguntar aos pais ou avós, procurar na
internet, em bibliotecas etc. Com as listas
prontas, solicite aos alunos que construam
gráficos de barras, comparando os números encontrados. Ajude-os a interpretar o
gráfico obtido propondo questões como:
O número de espécies que são utilizadas
na região onde vivem é grande em comparação ao total de espécies do Brasil? O número de espécies que são consumidas mas
não comercializadas é grande? Dos tipos de
vegetais obtidos nas listas levantadas pelos alunos, quantos são costumeiramente
consumidos por eles? Se achar adequado,
solicite que façam uma pesquisa para descobrir quais são as culturas com maior área
plantada no Brasil (soja, cana etc.). Quantas
dessas culturas são utilizadas em nossa alimentação diária?
Uma estratégia para envolver os alunos
é apresentar questões complementares,
convidando-os a refletir sobre os temas
abordados. Ofereça subsídios para facilitar
a leitura e contornar dificuldades, como:
identificar a estrutura do texto, esclarecer
dúvidas de vocabulários e compreensão,
novos conceitos e concordância com o autor. Proponha questões e reflexões sobre os
temas abordados, como:
• Na página 8, se achar adequado ao
nível cognitivo dos alunos, pergunte se eles
conhecem outros organismos que, assim
como as plantas, não têm boca (amebas e
outros micro-organismos, por exemplo). Esses organismos não fabricam o próprio alimento, então como eles se alimentam (absorvem o alimento pela parede do corpo)?
• Na página 8, pergunte se algum dos
alunos sabe o que é a fotossíntese (o que é
produzido, o que é necessário para que seja
produzido, como é produzido?). Peça que
prestem atenção à continuação da história
e que comparem o que acabaram de dizer
com o que será apresentado no livro.
• Na página 10, conte aos alunos que
quase 20% do peso de uma pessoa é de
átomos de carbono.
5
Encarte Florinha e a fotossíntese.indd 2
ATIVIDADES
PARA DEPOIS DA LEITURA
• Na página 11, antes de a folhinha explicar para Florinha o papel da clorofila,
quando ela pergunta se basta colocar água,
carbono e “outros ingredientes” para se
produzir matéria orgânica, pergunte aos
alunos se eles sabem o que falta (clorofila)
para que aqueles ingredientes sejam transformados em matéria orgânica.
• Na página 12, para se certificar de que
os alunos entenderam que a energia contida
nos alimentos, sejam eles de origem animal
ou vegetal, é a energia do Sol estocada,
pergunte a eles: De onde vem a energia
contida no grão de arroz? E na batata? E no
bife? Peça que façam uma lista com o que
considerarem provável.
• Na página 21, pergunte aos alunos se
eles sabem o que o termo asfixiado significa.
Ajude-os a deduzir seu significado a partir
do contexto encontrado no livro.
• Na página 22, para mostrar o efeito
que a mudança de um único átomo pode
causar nas propriedades de uma substância,
esclareça que o monóxido de carbono difere
do dióxido de carbono de apenas um átomo
de oxigênio. Monte dois esquemas: uma
molécula de CO2 (com 3 bolinhas de isopor,
sendo 2 iguais) e uma de CO (com 2 bolinhas
de isopor diferentes).
• Na página 24, pergunte se os alunos
conhecem algum medicamento derivado
de planta. Medicamentos comuns são chás
feitos de ervas, como boldo, capim-santo
etc. Exemplos que podem ser dados pelo
professor são o ácido acetilsalicílico (aspirina), derivado de Spiraea ulmaria; a codeína,
um analgésico e antitussígeno derivado de
Papaver somniferum; a cânfora, derivado de
Cinnamomum camphora etc.
• Na página 24, peça aos alunos que
citem outras qualidades das plantas que
julguem importantes. Estimule-os a discutir,
por exemplo, se a aparência de um organismo é algo que deve ser levado em conta ou
se devemos priorizar somente aquelas características que estão associadas a processos
essenciais sem os quais não sobreviveríamos.
Após a leitura verifique o que os alunos
aprenderam, se são capazes de contar o que
leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça
relação entre o que foi estudado e a vida
cotidiana, propondo as atividades a seguir.
Plantas carnívoras
Conte aos alunos que existem espécies
de plantas que, além da fotossíntese, obtêm nutrientes por outros meios. Um desses
grupos é o das plantas carnívoras. Solicite
aos alunos que façam desenhos de como
eles imaginam que seja e se alimente uma
planta carnívora. Após essa atividade, peça
que façam uma pesquisa sobre essas plantas
na biblioteca, internet, entrevistando parentes e, caso exista, no Jardim Botânico local.
Eventualmente, é possível encontrar plantas
carnívoras para vender em lojas de plantas.
Se possível, adquira alguns indivíduos de
espécies diferentes para manter na escola
e ilustrar os diferentes modos de obtenção
de presas. Sugira à turma que comparem
os desenhos feitos antes da pesquisa com
as ilustrações e fotografias das espécies
que encontraram após essa busca. Quais
são as principais diferenças notadas? Como
era o modo de captura do alimento nos
desenhos? E na realidade? E com relação
aos animais que essas plantas são capazes
de capturar para se alimentar, existem diferenças entre o que eles previram e o que
encontraram?
Produção de gás
Esse experimento servirá para ilustrar a
produção de gás oxigênio por uma planta
aquática. No entanto, a demonstração de
que o gás produzido é de fato oxigênio gasoso é algo que foge ao escopo do ensino
fundamental I. Portanto, esse experimento
servirá apenas para ilustrar a produção de
gás. Para realizar esse experimento proceda
do seguinte modo.
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Compre alguns ramos de Elodea, uma
espécie de planta aquática muito comum
em lojas de aquário. Separe um béquer
grande; um funil de vidro (ou outro material
transparente) cuja circunferência maior encaixe dentro desse béquer, mas que não seja
maior do que o béquer em altura; e um tubo
de ensaio. Coloque alguns ramos de Elodea
no béquer e encha-o com água. Coloque o
funil invertido (com a parte maior virada
para baixo) dentro do béquer, de modo que
ele cubra todos os ramos de Elodea; ele deve
ficar completamente preenchido por água.
Coloque o tubo de ensaio sobre a ponta
do funil dentro do béquer. Para fazer isso,
certifique-se de que o funil esteja totalmente submerso no béquer, a aproximadamente
um dedo abaixo da superfície. Encha completamente o tubo de ensaio com água e
tampe-o com um dedo de modo que a água
não escorra quando você virá-lo de cabeça
para baixo. Coloque o tubo de ensaio, com
seu dedo ainda fechando sua boca, sob a superfície da água do béquer. Retire o dedo da
abertura do tubo de ensaio, mas mantenha
a boca do tubo sob a água. Acomode o tubo
de ensaio sobre a ponta do funil.
Pergunte aos alunos se eles têm alguma
ideia para estimular a fotossíntese da planta que, está dentro do béquer. Ajude-os a
perceber que, se colocarem a montagem
sob uma fonte de luz intensa (uma lâmpada potente, por exemplo), a fotossíntese
será estimulada. Advirta-os, no entanto,
de que luz demais pode fazer mal. Com
efeito, depois de uma certa intensidade, a
luz não estimula mais a fotossíntese, mas
sim inibe-a. Pergunte à turma o que ocorre
quando as plantas fazem fotossíntese, que
substância elas liberam (gás oxigênio). Então, peça que reparem na montagem que
você fez com o béquer, o funil e o tubo de
ensaio. O que eles imaginam que vai ocorrer caso os ramos de Elodea liberem gás na
água? Auxilie-os a perceber que, caso haja
produção de gás, ele será direcionado pelo
funil e irá se acumular no fundo do tubo de
ensaio, formando uma bolha de gás nesse
local. E se não houver liberação de gás pelos
ramos da planta? Ajude-os a perceber que,
nesse caso, nada ocorrerá. Solicite aos alunos que desenhem a montagem como ela
está naquele momento, e como ela deverá
ficar caso exista a liberação de gás pelos ramos da planta. Teste em casa quanto tempo
será necessário deixar a montagem sob a
lâmpada para que haja depósito suficiente
de gás no fundo do tubo de ensaio. Na sala
de aula, deixe a montagem exposta pelo
tempo previamente determinado (alternativamente, de um dia para o outro) e peça
aos alunos que a analisem. Ela está mais
parecida com qual desenho, aquele que
previa a liberação de gás, ou o outro que
não previa tal ocorrência? Houve depósito
de gás no fundo do tubo de ensaio (espera--se que sim)? O que isso representa (que a
planta liberou gás na água)? Eles acham que
essa explicação – liberação de gás produzido
pela planta na água – é boa? Alguém poderia sugerir uma explicação alternativa para
o que aconteceu? Caso alguém sugira uma
explicação diferente, ouça-a com atenção e
ajude-os a entender as razões pelas quais as
explicações alternativas sugeridas não são
suficientes para explicar o fenômeno.
brir o material vegetal. Aguarde entre 15 e
25 minutos e, utilizando a peneira, retire o
material triturado de cada mistura, deixando apenas álcool nos copos. Pegue as tiras
de papel-filtro e mergulhe uma em cada
copo. Coloque somente uma das pontas de
cada tira no álcool. Deixe as tiras nos copos,
por aproximadamente duas horas (o ideal
é fazer esse experimento em casa, antes de
prepará-lo para os alunos, para determinar
com maior precisão os intervalos apropriados), sem mexer nelas. Após esse período,
retire as tiras dos copos e coloque-as para
secar presas por um pregador em um varal
à sombra. Uma vez secas, as tiras de papel
devem apresentar faixas de cores variadas.
Pergunte aos alunos de onde vieram aquelas cores (das folhas). Explique a eles que,
ao triturar as folhas, as células da planta
são esmagadas e seu conteúdo extravasa e
é carregado pelo álcool através da folha de
papel-filtro. Entre os componentes que existem dentro da célula das plantas e que são
extravasados quando as células são trituradas está a clorofila, que é o pigmento que
dá a cor verde às plantas. No entanto, como
pode ser visto nas tiras que foram mergulhadas nas soluções de álcool com materiais
vegetais com cores diferentes do verde,
o verde não é o único pigmento presente
nas plantas. Mesmo plantas que são verdes
podem apresentar pequenas quantidades
de pigmentos de outras cores. Diferentes
pigmentos são carregados por distâncias
diferentes no papel-filtro, e é isso que causa
o padrão de cores em faixas no papel.
Extraindo pigmentos de uma folha
Para extrair os pigmentos de material vegetal, você precisará dos seguintes materiais:
• Material vegetal para a extração, de preferência uma flor bem colorida, com algumas folhas verdes e com outras cores
além do verde (como o repolho roxo ou a
beterraba, por exemplo).
• Um pouco de álcool.
• Copos plásticos, de preferência transparentes.
• Papel-filtro cortado em tiras mais compridas que os copos que serão utilizados.
• Um pilão, ou um cabo de colher de pau.
• Almofariz, ou algum recipiente que o
substitua.
• Uma peneira de cozinha.
Triture, um por vez, cada material vegetal
no almofariz e coloque cada um deles em
um copo. Coloque álcool nos copos até co7
9/28/11 9:01 AM
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