PIMUD Programa de Informações Médicas UD Esta é uma cortesia, cópia de matéria publicada no jornal “Folha de S. Paulo”. Exame de câncer de pele fica mais fácil Novo microscópio desenvolvido nos EUA permite diagnóstico mais precoce e evita biópsias desnecessárias Aparelho de análise de lesões dermatológicas custa R$ 100 mil e chega a hospitais brasileiros em breve Uma nova tecnologia que permite diagnosticar câncer de pele de forma não invasiva vai chegar em alguns meses ao Brasil. O exame é feito com o microscópio confocal, um sistema óptico que utiliza lentes, laser de diodo e um programa de computador. O equipamento produz imagens que mostram alterações nas células e nos seus núcleos com precisão comparável à do exame histopatológico feito em laboratório com fragmentos de pele removidos cirurgicamente. A nova tecnologia pode evitar biópsias desnecessárias. Segundo a dermatologista Cristiane Benvenuto Andrade, gestora de oncologia do hospital Albert Einstein, de cada seis biópsias feitas hoje, apenas uma tem resultado positivo para câncer de pele. "É a promessa do futuro", diz a dermatologista Juliana Casagrande, da equipe de oncologia cutânea do hospital A. C. Camargo. Tanto o A. C. Camargo quanto o Einstein iniciaram os trâmites para adquirir o equipamento. A nova tecnologia será um dos destaques do Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que será realizado no início de setembro, no Rio de Janeiro. O microscópio confocal só era utilizado experimentalmente, em poucos centros de pesquisa na América do Norte, na Europa e na Austrália. No ano passado, a FDA, agência americana que regula remédios e alimentos, aprovou o aparelho para análise de lesões de pele com pigmentos (indicam risco de melanoma) em pacientes. Nos EUA, o microscópio já está sendo usado em consultórios e clínicas particulares. O fabricante começou o processo para pedir a aprovação do microscópio confocal na Anvisa. Mas as instituições já podem pedir o aparelho para pesquisa científica. "Os trabalhos científicos têm mostrado que a microscopia confocal permite detectar lesões malignas em fases muito iniciais. O diagnóstico precoce é fundamental no tratamento do melanoma", diz Francisco Macedo Paschoal, da regional São Paulo da SBD. O melanoma não é o câncer de pele mais comum, mas é o mais grave de todos. O uso do microscópio confocal tem sido mais estudado para esse tipo de câncer, mas a tecnologia tem várias outras aplicações promissoras. "Ela também apresenta bom diagnóstico de carcinoma basocelular, um tipo comum de câncer de pele, e ajuda na investigação de outras lesões de pele, como inflamações", diz Casagrande. No caso de câncer, a tecnologia é especialmente útil para tumores difíceis de diagnosticar, quando há lesões muito extensas ou em grande quantidade. UD diagnóstico por imagem Ultrassonografia e Mamografia Digital com Qualidade 32212402 "Se a pessoa tem um monte de pintas suspeitas espalhadas pelo corpo, é complicado retirar cirurgicamente todas as lesões", exemplifica Casagrande. A tecnologia que chega agora ao país também é útil para acompanhar o tratamento após o diagnóstico. Como é totalmente não invasivo (nem o laser atinge a pele, porque é usado em potência muito baixa, apenas como fonte luminosa), pode ser repetido várias vezes, para verificar se não houve regressão da doença. UD diagnóstico por imagem Ultrassonografia e Mamografia Digital com Qualidade 32212402