RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Tramadol Azevedos 50 mg cápsulas 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada cápsula de Tramadol Azevedos contém 50 mg de cloridrato de tramadol Excipiente(s) com efeito conhecido: Cada cápsula contém 0,4 mg de Para-hidroxibenzoato de metilo. Cada cápsula contém 0,1 mg de Para-hidroxibenzoato de propilo. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Cápsula 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da dor moderada a intensa. 4.2 Posologia e modo de administração Posologia A posologia deve ser adaptada à intensidade da dor e à sensibilidade do doente. Deve geralmente ser escolhida a dose analgésica eficaz mais baixa. Modo de administração Salvo prescrição médica em contrário, Tramadol Azevedos deve ser administrado da seguinte maneira: Adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade: A dose habitual de Tramadol Azevedos cápsulas é de 50-100 mg (1-2 cápsulas), de 6/6 horas ou de 8/8 horas, devendo ser ajustada à resposta. Não se devem exceder doses diárias de 400 mg de princípio ativo, exceto em circunstâncias clínicas especiais. No entanto doses de 800 mg/dia no pós-operatório, ou mesmo superiores em casos de dor oncológica, são bem tolerados. A administração de Tramadol Azevedos não se deve prolongar nunca para além do tempo absolutamente necessário. Caso a natureza e a gravidade da afeção venham a aconselhar um tratamento analgésico mais prolongado, deve proceder-se a uma monitorização cuidadosa e regular (eventualmente com pausas no tratamento) para decidir se e, até que ponto, há necessidade de continuar o tratamento. Doentes idosos Em doentes idosos até 75 anos, sem insuficiência hepática ou renal clinicamente estabelecida, não é habitualmente necessário qualquer ajuste posológico. Em doentes com mais de 75 anos o tempo de eliminação pode estar aumentado. Deste modo, se necessário, os intervalos entre as doses devem ser prolongados em função das necessidades do doente. Doentes com insuficiência renal/diálise e insuficiência hepática Em doentes com insuficiência renal e/ ou hepática, a eliminação do tramadol encontra-se prolongada. Nestes doentes, o prolongamento do intervalo entre as doses deverá ser criteriosamente considerado em função das necessidades do doente. 4.3 Contraindicações O Tramadol Azevedos está contraindicado em doentes com hipersensibilidade ao tramadol ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.. O Tramadol Azevedos está também contraindicado em caso de intoxicações agudas pelo álcool, hipnóticos, analgésicos, opiáceos ou fármacos psicotrópicos, e ainda em doentes que estejam a ser tratados com inibidores da MAO ou que tomaram estes fármacos durante os últimos 14 dias. Tramadol Azevedos não deve ser utilizado para o tratamento de privação de estupefacientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Tramadol Azevedos deve ser utilizado com cuidado especial em doentes com dependência de opiáceos, em doentes com lesões cranianas, em estado de choque, com grau reduzido da consciência de causa desconhecida, com perturbações do centro respiratório e da função respiratória, e da pressão intracraneana aumentada. Em doentes sensíveis aos opiáceos, o medicamento deve ser administrado com precaução. Tem-se notificado a ocorrência de convulsões em doentes tratados com níveis posológicos de tramadol. Este risco pode aumentar se as doses de tramadol excederem o limite máximo diário recomendado (400 mg). Além disso, o tramadol pode aumentar o risco de convulsões cerebrais em doentes medicados com outros fármacos suscetíveis de diminuírem o limiar para convulsões cerebrais (ver "Interações medicamentosas e outras formas de interação"). Doentes com epilepsia ou os que se mostrem suscetíveis de sofrerem convulsões cerebrais, só devem ser tratados com Tramadol Azevedos se existir uma necessidade clínica imperiosa. O Tramadol apresenta um baixo potencial de dependência. A administração prolongada deste medicamento pode causar o desenvolvimento de tolerância e dependência psíquica e física. Por isso, em doentes com tendência para o abuso ou para a dependência de medicamentos, o tratamento com Tramadol Azevedos só deve ser realizado a curto prazo e sob estrita vigilância médica. O Tramadol não está indicado como terapêutica de substituição em doentes dependentes de opióides. Embora seja um agonista opióide o tramadol não suprime os sintomas de privação da morfina. Tramadol Azevedos contém Para-hidroxibenzoato de metilo e Para-hidroxibenzoato de propilo. Podem causar reações alérgicas (possivelmente retardadas). 4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação Tramadol Azevedos não deve ser associado aos inibidores da MAO. A utilização simultânea de Tramadol Azevedos e de substâncias dotadas de ação depressora do sistema nervoso central, incluindo o álcool, poderá potenciar os respetivos efeitos sobre o sistema nervoso central. Os resultados obtidos em estudos farmacocinéticos vieram mostrar que a administração simultânea ou anterior de cimetidina (inibidor enzimático) não deverá provocar interações clinicamente relevantes. A administração concomitante ou anterior de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e encurtar a duração da ação terapêutica. A associação de agonistas/antagonistas mistos (por exemplo, buprenorfina, nalbufina, pentazocina) ao tramadol não é aconselhável porque o efeito analgésico de um agonista puro pode ser teoricamente reduzido em tais circunstâncias. A administração de tramadol pode provocar convulsões e aumentar o potencial convulsivante dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN), dos antidepressivos tricíclicos, dos antipsicóticos e de outros fármacos suscetíveis de diminuir o limiar convulsivante (como a bupropiona, a mirtazapina ou o tetra-hidrocanabinol). O uso concomitante de tramadol e fármacos serotoninérgicos, como inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN), inibidores da MAO (ver secção 4.3), antidepressivos tricíclicos ou mirtazapina, pode desencadear síndrome serotoninérgica. É provável estar-se na presença de síndrome serotoninérgica quando se observa uma das manifestações seguintes: - clónus espontâneo - clónus ocular ou induzido com agitação ou diaforese - tremor e hiperreflexia - hipertonia e temperatura corporal > 38ºC com clónus ocular ou induzido A suspensão dos medicamentos serotoninérgicos geralmente conduz a uma rápida melhoria. O tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas. A suspensão dos medicamentos serotoninérgicos geralmente conduz a uma rápida melhoria. O tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas. A administração concomitante de tramadol e derivados cumarínicos (ex.: varfarina) deve ser efetuada com cuidado uma vez que foram notificados casos de aumento do INR e equimoses em alguns doentes. Outros fármacos dotados de conhecida ação inibitória sobre CYP3A4, como cetoconazol e eritromicina, podem inibir o metabolismo do tramadol (N-desmetilação) e, provavelmente, também a biotransformação do metabolito ativo O-desmetilado. O significado clínico de uma interação deste género não foi ainda investigado. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Gravidez Os resultados obtidos em estudos com animais tratados com tramadol vieram a revelar, após a administração de doses muito elevadas, a ocorrência de efeitos sobre o desenvolvimento dos órgãos, a ossificação e a mortalidade das crias recém-nascidas. Não se observaram, porém, quaisquer efeitos teratogénicos. O Tramadol atravessa a barreira placentária. Não existem provas concludentes da segurança do tramadol na gravidez de seres humanos. Por isso, o Tramadol Azevedos não deve ser administrado a mulheres grávidas. O tramadol - administrado antes ou durante o trabalho de parto - não afeta a contractilidade uterina. No recém-nascido podem verificar-se alterações da frequência respiratória que, geralmente, não têm significado clínico. Aleitamento Durante o período de lactação, cerca de 0,1% da dose materna é excretada no leite. Não se recomenda a administração de Tramadol Azevedos no período de amamentação. Após a administração de uma dose única de tramadol não é, geralmente, necessário interromper a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Mesmo quando tomado de acordo com as instruções, Tramadol Azevedos pode influenciar a capacidade para a condução de veículos e a utilização de máquinas. Isto aplica-se sobretudo quando tomado em associação com outras substâncias psicotrópicas. 4.8 Efeitos indesejáveis Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Os efeitos adversos mais frequentemente referidos são náuseas e tonturas, ambos ocorrendo em mais de 10% dos doentes. Doenças cardíacas: Pouco frequentes (<1%): regulação cardiovascular (palpitações, taquicardia, hipotensão postural e colapso cardiovascular). Estes efeitos secundários podem ocorrer em especial quando da administração intravenosa e em doentes sujeitos a stress físico. Raros (< 0,1%): bradicardia, aumento da tensão arterial. Doenças do Sistema Nervoso: Muito frequentes (>10%): tonturas; Frequentes (1-10%): cefaleias, confusão; Raros (<0,1%): alterações do apetite, parestesia, tremores, depressão respiratória, convulsões epileptiformes. Após a administração de doses que se situem consideravelmente acima dos níveis posológicos recomendados e quando da administração simultânea de outras substâncias com ação depressora central (ver ponto 4.5. "Interações medicamentosas e outras formas de interação"), pode ocorrer depressão respiratória. Ocorreram convulsões epileptiformes sobretudo após a administração de altas doses de tramadol ou após a administração concomitante de fármacos capazes de diminuir o limiar para convulsões (ver ponto 4.4. "Advertências e precauções especiais de utilização" e ver ponto 4.5. "Interações medicamentosas e outras formas de interação"). Perturbações do foro psiquiátrico: Raros (<0,1%): alucinações, confusão, distúrbios do sono e pesadelos. Após a administração de Tramadol Azevedos podem ocorrer diversos efeitos secundários psíquicos, cuja intensidade e natureza variam de indivíduo para indivíduo (consoante a personalidade e duração do tratamento). Estes incluem alterações de humor (geralmente estado eufórico, ocasionalmente disforia), alteração da atividade (normalmente diminuição, por vezes intensificação) e alterações da capacidade cognitiva e sensorial (por exemplo, indefinição decisional, distúrbios da perceção). Pode verificar-se dependência. Afeções oculares: Raros (<0,1%): visão turva. Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: Foi notificado o agravamento da asma, embora não tenha sido estabelecida qualquer relação causal. Doenças gastrointestinais: Muito frequentes (>10%): naúseas; Frequentes (1-10%): vómitos; obstipação; secura da boca; Pouco frequentes (<1%): ânsia de vomitar, irritações gastrointestinais (sensação de pressão no estômago, enfartamento). Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Frequentes (1-10%): sudação; Pouco frequentes (<1%): reações cutâneas (prurido, exantema, urticária). Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Raros (<0,1%): fraqueza motora. Afeções hepatobiliares: Nalguns casos isolados foram notificados aumentos dos valores dos enzimas hepáticos numa relação temporal com a utilização de tramadol segundo as instruções terapêuticas. Doenças renais e urinárias: Raros (<0,1%): perturbações da micção (dificuldades em urinar e retenção urinária). Organismo em geral: Raros (<0,1%): reações alérgicas (por exemplo, dispneia, broncospasmo, respiração sibilante, edema angioneurótico) e choque anafilático. Os sintomas próprios das reações de privação, semelhantes aos que ocorrem durante uma terapêutica de privação de opiáceos, podem manifestar-se do seguinte modo: agitação, ansiedade, nervosismo, insónias, hipercinésia, tremor e sintomas gastrointestinais. Outros sintomas que foram muito raramente notificados com a descontinuação do uso de tramadol, incluem: ataque de pânico, ansiedade grave, alucinações, parestesias, zumbidos e sintomas pouco comuns do SNC. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através de: INFARMED, I.P. Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa Tel: +351 21 798 71 40 Fax: + 351 21 798 73 97 Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage E-mail: [email protected] 4.9 Sobredosagem Sintomas Em princípio, uma intoxicação pelo tramadol deverá provocar os mesmos sintomas que se observam com outros analgésicos de ação central (opiáceos). Há que contar, nomeadamente, com miose, vómitos, colapso cardiovascular, alterações da consciência (culminando em coma), convulsões e depressão respiratória, que pode ir até à paragem respiratória. Tratamento Devem aplicar-se as medidas gerais tendentes a manter desobstruídas as vias respiratórias (aspiração!), e assegurar a manutenção da respiração e circulação de acordo com a sintomatologia presente. Esvaziamento gástrico provocando o vómito (doente consciente) ou lavagem gástrica. Utiliza-se como antídoto a naloxona em caso de depressão respiratória. No âmbito de ensaios com animais, a administração de naloxona não exerceu qualquer efeito sobre as convulsões. Para estes casos recomenda-se a administração i.v. de diazepam. Através de hemodiálise ou de hemofiltração só se consegue eliminar do soro sanguíneo exíguas quantidades de tramadol. Por isso, o tratamento da intoxicação aguda por Tramadol AZEVEDOS exclusivamente por meio de hemodiálise ou de hemofiltração não é apropriado para a desintoxicação do organismo. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: 2.12 - Analgésicos estupefacientes, código ATC: N02A X02 O tramadol é um analgésico opióide de ação central. É um agonista puro, não seletivo, dos recetores opióides miú, delta e kappa, com maior afinidade para os recetores miú. Mecanismos adicionais que contribuem para a sua ação analgésica são a inibição da recaptação neuronal da noradrenalina e a intensificação da libertação de serotonina. O tramadol exerce um efeito antitússico. Contrariamente ao que se verifica com a morfina, a administração de doses analgésicas de tramadol dentro de intervalos extensos não desenvolve qualquer ação depressora da função respiratória. A sua administração não afeta a motilidade gastrointestinal. As repercussões no sistema cardiovascular tendem a ser ligeiras. Refere-se para o tramadol uma intensidade de ação correspondente a 1/10 -1/6 da inerente à morfina. 5.2 Propriedades farmacocinéticas A taxa de absorção do tramadol é superior a 90% após administração oral. Em média, a biodisponibilidade absoluta situa-se em cerca de 70%, e não é afetada pela ingestão concomitante de alimentos. A diferença entre tramadol absorvido e disponível na forma não metabolizada devese, provavelmente, a um exíguo metabolismo de primeira passagem hepática. Após administração oral, o efeito de primeira passagem situa-se num máximo de 30%. O tramadol possui uma elevada afinidade tecidual (Vd,beta = 203 +/- 40 l). A taxa de ligação às proteínas do plasma é de cerca de 20%. O Tramadol atravessa a barreira hemato-encefálica e a placenta. A substância ativa, juntamente com o seu derivado O-desmetilado, encontra-se em quantidades diminutas no leite materno (0,1% e 0,02% respetivamente da dose administrada). Independentemente da via de administração, a semivida de eliminação t ½,beta é de cerca de 6 horas. Em doentes com mais de 75 anos de idade, pode verificar-se um prolongamento por um fator de cerca de 1,4. Em seres humanos, a metabolização do tramadol ocorre essencialmente pela N- e O-desmetilação e pela conjugação dos produtos da O-desmetilação com o ácido glucorónico. O O-desmetiltramadol é o único metabolito farmacologicamente ativo. Em relação aos restantes metabolitos existem consideráveis diferenças quantitativas interindividuais. Na urina identificaram-se até agora 11 metabolitos. De acordo com os resultados obtidos em experiências com animais, a ação farmacológica do O-desmetil tramadol excede a da substância original por um fator de 2-4. A sua semivida biológica t ½,beta (n=6 indivíduos saudáveis) é de 7,9 horas (intervalos: 5,4 - 9,6 horas), sendo muito aproximada da do tramadol. A inibição de um ou dos dois tipos de isoenzimas, CYP3A4 e CYP2D6, envolvidas na biotransformação do tramadol, pode afetar a concentração plasmática de tramadol ou do seu metabolito ativo. Até à data não foram relatadas interações clinicamente relevantes. O tramadol e os seus metabolitos são eliminados quase exclusivamente por via renal. A eliminação urinária cumulativa é de 90% da radioatividade total da dose administrada. Em caso de disfunção hepática e renal, as semividas podem estar ligeiramente aumentadas. Em doentes com cirrose hepática foram determinadas semividas de eliminação de 13,3 +/- 4,9 h (tramadol) e de 18,5 +/- 9,4 h (O-desmetil-tramadol) e, num caso extremo, de 22,3h e de 36 h, respetivamente. Em doentes com insuficiência renal (depuração da creatinina < 5 ml/min) os valores elevaram-se a 11 +/- 3,2 h e a 16,9 +/- 3 h e, num caso extremo, a 19,5 h e 43,2 h, respetivamente. Dentro dos níveis posológicos terapêuticos, o tramadol apresenta um perfil farmacocinético linear. A relação entre as concentrações séricas e a ação analgésica depende da dose administrada, verificando-se variações consideráveis em casos individuais. Uma concentração sérica de 100 a 300 ng/ml mostra-se geralmente eficaz. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Após administrações repetidas de tramadol por via oral e parentérica, durante 6 a 26 semanas, a ratos e cães, e durante 12 meses, a cães, por via oral, as análises hematológicas, bioquímicas e os exames histológicos não mostraram alterações atribuíveis à substância administrada. Sintomas nervosos centrais só ocorreram após a administração de doses elevadas que se situavam consideravelmente acima dos níveis posológicos terapêuticos: agitação motora, salivação, convulsões, menor aumento ponderal. Os ratos e os cães toleraram sem qualquer reação adversa a administração oral de doses de, respetivamente, 20 mg/kg e 10 mg/kg de peso corporal; os cães toleraram sem sintomas adversos a administração rectal de doses de 20 mg/kg de peso corporal. A partir de 50 mg/kg/dia, a administração de tramadol veio a causar nos ratos efeitos tóxicos e nas mães e deu origem a um aumento da taxa de mortalidade neonatal. Nas crias observaram-se atrasos do desenvolvimento na forma de perturbações da ossificação e atraso na abertura da vagina e dos olhos. A fertilidade dos machos não foi afetada. Após a administração de doses mais elevadas (a partir de 50 mg/kg/dia), as fêmeas apresentavam uma menor taxa de gravidez. Nos coelhos observaram-se a partir de doses de 125 mg/kg efeitos tóxicos nas mães, bem como anomalias esqueléticas na descendência. Em alguns sistemas experimentais in vitro houve evidência de efeitos mutagéneos. Experiências in vivo não apontaram para quaisquer efeitos mutagéneos. Com base nos conhecimentos até agora reunidos, o tramadol pode ser considerado como substância desprovida de efeitos mutagénicos. Realizaram-se, em ratos e ratinhos, estudos para avaliar o potencial carcinogénico do cloridrato de tramadol. O estudo realizado em ratos não forneceu evidência de um aumento, devido à substância ativa, da incidência de tumores. No âmbito do estudo em ratinhos observou-se uma maior incidência de adenomas de hepatócitos nos machos (aumento dose-dependente, não significativo, a partir de 15mg/kg) e um aumento do número de tumores pulmonares nas fêmeas de todos os grupos de dosagem (aumento significativo, mas não dose-dependente). 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Núcleo: Celulose microcristalina, Amido glicolato de sódio, Sílica coloidal anidra, Estearato de magnésio. Revestimento: Óxido de ferro amarelo (E172), Carmim de indigo (E132), Dióxido de titânio (E171), Lauril sulfato de sódio, Para-hidroxibenzoato de metilo (E218), Para-hidroxibenzoato de propilo (E216) Gelatina. 6.2 Incompatibilidades Não são conhecidas até à data qualquer incompatibilidade para este medicamento. 6.3 Prazo de validade 3 anos 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar a temperatura inferior a 25ºC. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente As cápsulas são embaladas em blisters de PVDC/PVC/Alumínio. O Tramadol Azevedos 50mg cápsulas é comercializado em caixas de 10,14,20,28,30,56,60 e 100 cápsulas. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações 6.6 Instruções de utilização e manipulação Não existem requisitos especiais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Laboratórios Azevedos - Indústria Farmacêutica, S.A. Edifícios Azevedos - Estrada Nacional 117-Km2 Alfragide 2614-503 Amadora 8. NÚMERO (S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO TRAMADOL AZEVEDOS 50MG CÁPSULAS Tramadol Azevedos 50 mg cápsulas Nº de registo: 5012265 - 10 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu Nº de registo: 5012273 - 14 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu Nº de registo: 5012307 - 20 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu Nº de registo: 5012315 - 28 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu Nº de registo: 5012323 - 30 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu Nº de registo: 5012331 - 56 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu Nº de registo: 5012349 - 60 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu Nº de registo: 5012356 - 100 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 27 de dezembro de 2006 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO