Tramadol AZ _aprov 05-13

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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
Tramadol Azevedos 50 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula de Tramadol Azevedos contém 50 mg de cloridrato de tramadol
Excipiente(s) com efeito conhecido:
Cada cápsula contém 0,4 mg de Para-hidroxibenzoato de metilo.
Cada cápsula contém 0,1 mg de Para-hidroxibenzoato de propilo.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da dor moderada a intensa.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
A posologia deve ser adaptada à intensidade da dor e à sensibilidade do doente.
Deve geralmente ser escolhida a dose analgésica eficaz mais baixa.
Modo de administração
Salvo prescrição médica em contrário, Tramadol Azevedos deve ser administrado da seguinte
maneira:
Adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade:
A dose habitual de Tramadol Azevedos cápsulas é de 50-100 mg (1-2 cápsulas), de 6/6 horas ou
de 8/8 horas, devendo ser ajustada à resposta.
Não se devem exceder doses diárias de 400 mg de princípio ativo, exceto em circunstâncias
clínicas especiais.
No entanto doses de 800 mg/dia no pós-operatório, ou mesmo superiores em casos de dor
oncológica, são bem tolerados.
A administração de Tramadol Azevedos não se deve prolongar nunca para além do tempo
absolutamente necessário. Caso a natureza e a gravidade da afeção venham a aconselhar um
tratamento analgésico mais prolongado, deve proceder-se a uma monitorização cuidadosa e
regular (eventualmente com pausas no tratamento) para decidir se e, até que ponto, há
necessidade de continuar o tratamento.
Doentes idosos
Em doentes idosos até 75 anos, sem insuficiência hepática ou renal clinicamente estabelecida, não
é habitualmente necessário qualquer ajuste posológico. Em doentes com mais de 75 anos o
tempo de eliminação pode estar aumentado. Deste modo, se necessário, os intervalos entre as
doses devem ser prolongados em função das necessidades do doente.
Doentes com insuficiência renal/diálise e insuficiência hepática
Em doentes com insuficiência renal e/ ou hepática, a eliminação do tramadol encontra-se
prolongada. Nestes doentes, o prolongamento do intervalo entre as doses deverá ser
criteriosamente considerado em função das necessidades do doente.
4.3 Contraindicações
O Tramadol Azevedos está contraindicado em doentes com hipersensibilidade ao tramadol ou a
qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1..
O Tramadol Azevedos está também contraindicado em caso de intoxicações agudas pelo álcool,
hipnóticos, analgésicos, opiáceos ou fármacos psicotrópicos, e ainda em doentes que estejam a ser
tratados com inibidores da MAO ou que tomaram estes fármacos durante os últimos 14 dias.
Tramadol Azevedos não deve ser utilizado para o tratamento de privação de estupefacientes.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Tramadol Azevedos deve ser utilizado com cuidado especial em doentes com dependência de
opiáceos, em doentes com lesões cranianas, em estado de choque, com grau reduzido da
consciência de causa desconhecida, com perturbações do centro respiratório e da função
respiratória, e da pressão intracraneana aumentada.
Em doentes sensíveis aos opiáceos, o medicamento deve ser administrado com precaução.
Tem-se notificado a ocorrência de convulsões em doentes tratados com níveis posológicos de
tramadol. Este risco pode aumentar se as doses de tramadol excederem o limite máximo diário
recomendado (400 mg). Além disso, o tramadol pode aumentar o risco de convulsões cerebrais
em doentes medicados com outros fármacos suscetíveis de diminuírem o limiar para convulsões
cerebrais (ver "Interações medicamentosas e outras formas de interação"). Doentes com epilepsia
ou os que se mostrem suscetíveis de sofrerem convulsões cerebrais, só devem ser tratados com
Tramadol Azevedos se existir uma necessidade clínica imperiosa.
O Tramadol apresenta um baixo potencial de dependência. A administração prolongada deste
medicamento pode causar o desenvolvimento de tolerância e dependência psíquica e física. Por
isso, em doentes com tendência para o abuso ou para a dependência de medicamentos, o
tratamento com Tramadol Azevedos só deve ser realizado a curto prazo e sob estrita vigilância
médica.
O Tramadol não está indicado como terapêutica de substituição em doentes dependentes de
opióides. Embora seja um agonista opióide o tramadol não suprime os sintomas de privação da
morfina.
Tramadol Azevedos contém Para-hidroxibenzoato de metilo e Para-hidroxibenzoato de propilo.
Podem causar reações alérgicas (possivelmente retardadas).
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Tramadol Azevedos não deve ser associado aos inibidores da MAO.
A utilização simultânea de Tramadol Azevedos e de substâncias dotadas de ação depressora do
sistema nervoso central, incluindo o álcool, poderá potenciar os respetivos efeitos sobre o sistema
nervoso central.
Os resultados obtidos em estudos farmacocinéticos vieram mostrar que a administração
simultânea ou anterior de cimetidina (inibidor enzimático) não deverá provocar interações
clinicamente relevantes. A administração concomitante ou anterior de carbamazepina (indutor
enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e encurtar a duração da ação terapêutica.
A associação de agonistas/antagonistas mistos (por exemplo, buprenorfina, nalbufina,
pentazocina) ao tramadol não é aconselhável porque o efeito analgésico de um agonista puro pode
ser teoricamente reduzido em tais circunstâncias.
A administração de tramadol pode provocar convulsões e aumentar o potencial convulsivante dos
inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), dos inibidores seletivos da recaptação da
serotonina e da noradrenalina (ISRSN), dos antidepressivos tricíclicos, dos antipsicóticos e de
outros fármacos suscetíveis de diminuir o limiar convulsivante (como a bupropiona, a
mirtazapina ou o tetra-hidrocanabinol).
O uso concomitante de tramadol e fármacos serotoninérgicos, como inibidores seletivos da
recaptação de serotonina (ISRSs), inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da
noradrenalina (ISRSN), inibidores da MAO (ver secção 4.3), antidepressivos tricíclicos ou
mirtazapina, pode desencadear síndrome serotoninérgica. É provável estar-se na presença de
síndrome serotoninérgica quando se observa uma das manifestações seguintes:
- clónus espontâneo
- clónus ocular ou induzido com agitação ou diaforese
- tremor e hiperreflexia
- hipertonia e temperatura corporal > 38ºC com clónus ocular ou induzido
A suspensão dos medicamentos serotoninérgicos geralmente conduz a uma rápida melhoria. O
tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas.
A suspensão dos medicamentos serotoninérgicos geralmente conduz a uma rápida melhoria. O
tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas.
A administração concomitante de tramadol e derivados cumarínicos (ex.: varfarina) deve ser
efetuada com cuidado uma vez que foram notificados casos de aumento do INR e equimoses em
alguns doentes.
Outros fármacos dotados de conhecida ação inibitória sobre CYP3A4, como cetoconazol e
eritromicina, podem inibir o metabolismo do tramadol (N-desmetilação) e, provavelmente,
também a biotransformação do metabolito ativo O-desmetilado. O significado clínico de uma
interação deste género não foi ainda investigado.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Os resultados obtidos em estudos com animais tratados com tramadol vieram a revelar, após a
administração de doses muito elevadas, a ocorrência de efeitos sobre o desenvolvimento dos
órgãos, a ossificação e a mortalidade das crias recém-nascidas. Não se observaram, porém,
quaisquer efeitos teratogénicos. O Tramadol atravessa a barreira placentária. Não existem provas
concludentes da segurança do tramadol na gravidez de seres humanos. Por isso, o Tramadol
Azevedos não deve ser administrado a mulheres grávidas.
O tramadol - administrado antes ou durante o trabalho de parto - não afeta a contractilidade
uterina.
No recém-nascido podem verificar-se alterações da frequência respiratória que, geralmente, não
têm significado clínico.
Aleitamento
Durante o período de lactação, cerca de 0,1% da dose materna é excretada no leite. Não se
recomenda a administração de Tramadol Azevedos no período de amamentação. Após a
administração de uma dose única de tramadol não é, geralmente, necessário interromper a
amamentação.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Mesmo quando tomado de acordo com as instruções, Tramadol Azevedos pode influenciar a
capacidade para a condução de veículos e a utilização de máquinas. Isto aplica-se sobretudo
quando tomado em associação com outras substâncias psicotrópicas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada
classe de frequência.
Os efeitos adversos mais frequentemente referidos são náuseas e tonturas, ambos ocorrendo em
mais de 10% dos doentes.
Doenças cardíacas:
Pouco frequentes (<1%): regulação cardiovascular (palpitações, taquicardia, hipotensão postural e
colapso cardiovascular). Estes efeitos secundários podem ocorrer em especial quando da
administração intravenosa e em doentes sujeitos a stress físico.
Raros (< 0,1%): bradicardia, aumento da tensão arterial.
Doenças do Sistema Nervoso:
Muito frequentes (>10%): tonturas;
Frequentes (1-10%): cefaleias, confusão;
Raros (<0,1%): alterações do apetite, parestesia, tremores, depressão respiratória, convulsões
epileptiformes.
Após a administração de doses que se situem consideravelmente acima dos níveis posológicos
recomendados e quando da administração simultânea de outras substâncias com ação depressora
central (ver ponto 4.5. "Interações medicamentosas e outras formas de interação"), pode ocorrer
depressão respiratória.
Ocorreram convulsões epileptiformes sobretudo após a administração de altas doses de tramadol
ou após a administração concomitante de fármacos capazes de diminuir o limiar para convulsões
(ver ponto 4.4. "Advertências e precauções especiais de utilização" e ver ponto 4.5. "Interações
medicamentosas e outras formas de interação").
Perturbações do foro psiquiátrico:
Raros (<0,1%): alucinações, confusão, distúrbios do sono e pesadelos.
Após a administração de Tramadol Azevedos podem ocorrer diversos efeitos secundários
psíquicos, cuja intensidade e natureza variam de indivíduo para indivíduo (consoante a
personalidade e duração do tratamento). Estes incluem alterações de humor (geralmente estado
eufórico, ocasionalmente disforia), alteração da atividade (normalmente diminuição, por vezes
intensificação) e alterações da capacidade cognitiva e sensorial (por exemplo, indefinição
decisional, distúrbios da perceção).
Pode verificar-se dependência.
Afeções oculares:
Raros (<0,1%): visão turva.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Foi notificado o agravamento da asma, embora não tenha sido estabelecida qualquer relação
causal.
Doenças gastrointestinais:
Muito frequentes (>10%): naúseas;
Frequentes (1-10%): vómitos; obstipação; secura da boca;
Pouco frequentes (<1%): ânsia de vomitar, irritações gastrointestinais (sensação de pressão no
estômago, enfartamento).
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Frequentes (1-10%): sudação;
Pouco frequentes (<1%): reações cutâneas (prurido, exantema, urticária).
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:
Raros (<0,1%): fraqueza motora.
Afeções hepatobiliares:
Nalguns casos isolados foram notificados aumentos dos valores dos enzimas hepáticos numa
relação temporal com a utilização de tramadol segundo as instruções terapêuticas.
Doenças renais e urinárias:
Raros (<0,1%): perturbações da micção (dificuldades em urinar e retenção urinária).
Organismo em geral:
Raros (<0,1%): reações alérgicas (por exemplo, dispneia, broncospasmo, respiração sibilante,
edema angioneurótico) e choque anafilático. Os sintomas próprios das reações de privação,
semelhantes aos que ocorrem durante uma terapêutica de privação de opiáceos, podem
manifestar-se do seguinte modo: agitação, ansiedade, nervosismo, insónias, hipercinésia, tremor e
sintomas gastrointestinais.
Outros sintomas que foram muito raramente notificados com a descontinuação do uso de
tramadol, incluem: ataque de pânico, ansiedade grave, alucinações, parestesias, zumbidos e
sintomas pouco comuns do SNC.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante,
uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento.
Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas
através de:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: [email protected]
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Em princípio, uma intoxicação pelo tramadol deverá provocar os mesmos sintomas que se
observam com outros analgésicos de ação central (opiáceos). Há que contar, nomeadamente, com
miose, vómitos, colapso cardiovascular, alterações da consciência (culminando em coma),
convulsões e depressão respiratória, que pode ir até à paragem respiratória.
Tratamento
Devem aplicar-se as medidas gerais tendentes a manter desobstruídas as vias respiratórias
(aspiração!), e assegurar a manutenção da respiração e circulação de acordo com a sintomatologia
presente. Esvaziamento gástrico provocando o vómito (doente consciente) ou lavagem gástrica.
Utiliza-se como antídoto a naloxona em caso de depressão respiratória. No âmbito de ensaios
com animais, a administração de naloxona não exerceu qualquer efeito sobre as convulsões. Para
estes casos recomenda-se a administração i.v. de diazepam.
Através de hemodiálise ou de hemofiltração só se consegue eliminar do soro sanguíneo exíguas
quantidades de tramadol. Por isso, o tratamento da intoxicação aguda por Tramadol AZEVEDOS
exclusivamente por meio de hemodiálise ou de hemofiltração não é apropriado para a
desintoxicação do organismo.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.12 - Analgésicos estupefacientes, código ATC: N02A X02
O tramadol é um analgésico opióide de ação central. É um agonista puro, não seletivo, dos
recetores opióides miú, delta e kappa, com maior afinidade para os recetores miú. Mecanismos
adicionais que contribuem para a sua ação analgésica são a inibição da recaptação neuronal da
noradrenalina e a intensificação da libertação de serotonina.
O tramadol exerce um efeito antitússico. Contrariamente ao que se verifica com a morfina, a
administração de doses analgésicas de tramadol dentro de intervalos extensos não desenvolve
qualquer ação depressora da função respiratória. A sua administração não afeta a motilidade
gastrointestinal. As repercussões no sistema cardiovascular tendem a ser ligeiras. Refere-se para o
tramadol uma intensidade de ação correspondente a 1/10 -1/6 da inerente à morfina.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A taxa de absorção do tramadol é superior a 90% após administração oral. Em média, a
biodisponibilidade absoluta situa-se em cerca de 70%, e não é afetada pela ingestão concomitante
de alimentos. A diferença entre tramadol absorvido e disponível na forma não metabolizada devese, provavelmente, a um exíguo metabolismo de primeira passagem hepática. Após administração
oral, o efeito de primeira passagem situa-se num máximo de 30%.
O tramadol possui uma elevada afinidade tecidual (Vd,beta = 203 +/- 40 l). A taxa de ligação às
proteínas do plasma é de cerca de 20%.
O Tramadol atravessa a barreira hemato-encefálica e a placenta. A substância ativa, juntamente
com o seu derivado O-desmetilado, encontra-se em quantidades diminutas no leite materno (0,1%
e 0,02% respetivamente da dose administrada).
Independentemente da via de administração, a semivida de eliminação t ½,beta é de cerca de 6
horas.
Em doentes com mais de 75 anos de idade, pode verificar-se um prolongamento por um fator de
cerca de 1,4.
Em seres humanos, a metabolização do tramadol ocorre essencialmente pela N- e O-desmetilação
e pela conjugação dos produtos da O-desmetilação com o ácido glucorónico. O O-desmetiltramadol é o único metabolito farmacologicamente ativo. Em relação aos restantes metabolitos
existem consideráveis diferenças quantitativas interindividuais. Na urina identificaram-se até
agora 11 metabolitos. De acordo com os resultados obtidos em experiências com animais, a ação
farmacológica do O-desmetil tramadol excede a da substância original por um fator de 2-4. A sua
semivida biológica t ½,beta (n=6 indivíduos saudáveis) é de 7,9 horas (intervalos: 5,4 - 9,6
horas), sendo muito aproximada da do tramadol.
A inibição de um ou dos dois tipos de isoenzimas, CYP3A4 e CYP2D6, envolvidas na
biotransformação do tramadol, pode afetar a concentração plasmática de tramadol ou do seu
metabolito ativo. Até à data não foram relatadas interações clinicamente relevantes.
O tramadol e os seus metabolitos são eliminados quase exclusivamente por via renal. A
eliminação urinária cumulativa é de 90% da radioatividade total da dose administrada. Em caso
de disfunção hepática e renal, as semividas podem estar ligeiramente aumentadas. Em doentes
com cirrose hepática foram determinadas semividas de eliminação de 13,3 +/- 4,9 h (tramadol) e
de 18,5 +/- 9,4 h (O-desmetil-tramadol) e, num caso extremo, de 22,3h e de 36 h, respetivamente.
Em doentes com insuficiência renal (depuração da creatinina < 5 ml/min) os valores elevaram-se
a 11 +/- 3,2 h e a 16,9 +/- 3 h e, num caso extremo, a 19,5 h e 43,2 h, respetivamente.
Dentro dos níveis posológicos terapêuticos, o tramadol apresenta um perfil farmacocinético
linear.
A relação entre as concentrações séricas e a ação analgésica depende da dose administrada,
verificando-se variações consideráveis em casos individuais. Uma concentração sérica de 100 a
300 ng/ml mostra-se geralmente eficaz.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Após administrações repetidas de tramadol por via oral e parentérica, durante 6 a 26 semanas, a
ratos e cães, e durante 12 meses, a cães, por via oral, as análises hematológicas, bioquímicas e os
exames histológicos não mostraram alterações atribuíveis à substância administrada. Sintomas
nervosos centrais só ocorreram após a administração de doses elevadas que se situavam
consideravelmente acima dos níveis posológicos terapêuticos: agitação motora, salivação,
convulsões, menor aumento ponderal. Os ratos e os cães toleraram sem qualquer reação adversa a
administração oral de doses de, respetivamente, 20 mg/kg e 10 mg/kg de peso corporal; os cães
toleraram sem sintomas adversos a administração rectal de doses de 20 mg/kg de peso corporal.
A partir de 50 mg/kg/dia, a administração de tramadol veio a causar nos ratos efeitos tóxicos e
nas mães e deu origem a um aumento da taxa de mortalidade neonatal. Nas crias observaram-se
atrasos do desenvolvimento na forma de perturbações da ossificação e atraso na abertura da
vagina e dos olhos. A fertilidade dos machos não foi afetada. Após a administração de doses mais
elevadas (a partir de 50 mg/kg/dia), as fêmeas apresentavam uma menor taxa de gravidez. Nos
coelhos observaram-se a partir de doses de 125 mg/kg efeitos tóxicos nas mães, bem como
anomalias esqueléticas na descendência.
Em alguns sistemas experimentais in vitro houve evidência de efeitos mutagéneos. Experiências
in vivo não apontaram para quaisquer efeitos mutagéneos. Com base nos conhecimentos até agora
reunidos, o tramadol pode ser considerado como substância desprovida de efeitos mutagénicos.
Realizaram-se, em ratos e ratinhos, estudos para avaliar o potencial carcinogénico do cloridrato
de tramadol. O estudo realizado em ratos não forneceu evidência de um aumento, devido à
substância ativa, da incidência de tumores. No âmbito do estudo em ratinhos observou-se uma
maior incidência de adenomas de hepatócitos nos machos (aumento dose-dependente, não
significativo, a partir de 15mg/kg) e um aumento do número de tumores pulmonares nas fêmeas
de todos os grupos de dosagem (aumento significativo, mas não dose-dependente).
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo:
Celulose microcristalina,
Amido glicolato de sódio,
Sílica coloidal anidra,
Estearato de magnésio.
Revestimento:
Óxido de ferro amarelo (E172),
Carmim de indigo (E132),
Dióxido de titânio (E171),
Lauril sulfato de sódio,
Para-hidroxibenzoato de metilo (E218),
Para-hidroxibenzoato de propilo (E216)
Gelatina.
6.2 Incompatibilidades
Não são conhecidas até à data qualquer incompatibilidade para este medicamento.
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
As cápsulas são embaladas em blisters de PVDC/PVC/Alumínio.
O Tramadol Azevedos 50mg cápsulas é comercializado em caixas de 10,14,20,28,30,56,60 e 100
cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações
6.6 Instruções de utilização e manipulação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Laboratórios Azevedos - Indústria Farmacêutica, S.A.
Edifícios Azevedos - Estrada Nacional 117-Km2 Alfragide
2614-503 Amadora
8. NÚMERO (S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
TRAMADOL AZEVEDOS 50MG CÁPSULAS
Tramadol Azevedos 50 mg cápsulas
Nº de registo: 5012265 - 10 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu
Nº de registo: 5012273 - 14 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu
Nº de registo: 5012307 - 20 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu
Nº de registo: 5012315 - 28 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu
Nº de registo: 5012323 - 30 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu
Nº de registo: 5012331 - 56 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu
Nº de registo: 5012349 - 60 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu
Nº de registo: 5012356 - 100 cápsulas, 50 mg, blisters de PVDC/PVC/Alu
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 27 de dezembro de 2006
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
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