Nesta aula, ocê ai conhecer as primeiras produções literárias de

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LITERATURA PORTUGUESA I
AULA 01: TROVADORISMO. A LÍRICA E A ÉPICA TROVADORESCAS
TÓPICO 01: SITUAÇÃO HISTÓRICO-GEOGRÁFICA DE PORTUGAL
PALAVRA DA COORDENADORA DA DISCIPLINA DE LITERATURA
PORTUGUESA I
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Nesta aula, você vai conhecer as primeiras produções literárias de
Portugal, a partir do século XII. Era a época do Trovadorismo, com as
cantigas de amor, de amigo, de escárnio e de maldizer. Faziam sucesso,
também nesse período, as novelas de cavalaria, que lembram as produções
cinematográficas de aventura. Apesar de terem decorridos tantos séculos e
de estarmos no Brasil, ainda restam muitos traços da arte trovadoresca nos
nossos dias, principalmente na cultura popular.
VERSÃO TEXTUAL
Antecedentes históricos
A presença romana efetivou-se na Península Ibérica no contexto
da Segunda Guerra Púnica, no século II a.C. Era a luta entre os
interesses de Roma e de Cartago. Da Hispânia de então, os romanos,
dentre outras fontes econômicas, beneficiaram-se com a mineração de
outro e de prata, como as Três Minas, à época de Augusto (27 a.C.-14
a.C.), e os campos de Jales e da Gralheira.
Dos tempos da ocupação romana, destaca-se a figura mítica de Viriato.
Este líder bárbaro lusitano resistiu aos romanos no segundo século antes de
Cristo, mas que terminou assassinado (140 a.C). Sobre Viriato, assim se
refere Camões no Canto VIII de Os Lusíadas.
OS LUSÍADAS:
Sabe-se antigamente que trezentos
Já contra mil romanos pelejaram,
No tempo que os viris atrevimentos
De Viriato tanto se ilustraram,
E deles alcançando vencimentos
Memoráveis, de herança nos deixaram
Que os muitos, por ser poucos, não temamos;
O que despois mil vezes amostramos.
Vencida a resistência, deu-se a romanização da Península Ibérica. No
atual território português, restam obras arquitetônicas que testemunham a
importante presença latina, como pontes, aquedutos e vestígios de prédios
públicos. Herança maior foi deixada na língua neolatina derivada de
variantes do "sermo vulgaris", o português. Além disso, a presença romana
consolidou a presença do cristianismo em toda essa região pelo século III de
nossa era.
Do ponto de vista político-administrativo, vale lembrar que a Lusitânia
foi estabelecida pelo imperador Augusto, ainda no século I a.C. A autonomia
jurídica desse território romano tem um marco importante em 74 da era
cristão, quando o imperador Vespasiano estendeu à Lusitânia os privilégios
do direito romano.
No início do século V, bárbaros germânicos (suevos, vândalos e
visigodos) e alanos ocuparam diversas regiões da Península Ibérica.
Parceiros dos romanos, os visigodos dividiriam boa parte desse território do
século V com os suevos. Onde hoje é Portugal, dominaram os visigodos.
Em 711, inicia-se a ocupação muçulmana, que duraria cinco séculos. A
influência muçulmana somar-se-ia às contribuições étnicas e culturais dos
bárbaros e romanos, consolidando as características peculiares dos atuais
povos ibéricos. Os muçulmanos chamaram a península de Al-Andalus, que
foi emirato (756–929), califado (929–1031) e depois a dispersão em reinos
(taifas).
Em oposição à presença muçulmana, a partir das Astúrias, região ao
norte da península que se manteve fora do poder islâmico, organizou-se uma
demorada resistência cristã. Conforme avançava o poder cristão, formavamse novos reinos. Esse processo culminaria com a tomada de Granada em
1492 pelos chamados Reis Católicos. Vale ressaltar que, bem antes dessa
data, Portugal já alcançara sua autonomia como reino. Em 1249, D. Afonso
III consolidava o domínio português ao sul do país, ocupando os últimos
redutos muçulmanos (Albufeira, Faro, Loulé, Aljezur e Porches).
DO CONDADO PORTUCALENSE AO REINO DE PORTUGAL
Em 1096, D. Henrique de Borgonha recebeu de D. Afonso VI, rei de
Leão, a mão de sua filha bastarda D. Teresa e o Condado Portucalense, cujo
território correspondia à metade ao norte do atual território de Portugal. O
presente de casamento também se explica pelo fato de D. Henrique ter
ajudado D. Afonso VI na reconquista da Galiza. Além disso, teria em seu
vassalo um aliado contra seus inimigos políticos cristãos e islâmicos.
Dos filhos de D. Henrique, D. Afonso Henriques o sucedeu, tornando-se
o segundo conde de Portucale em 1112. Como discordasse da mãe, que
desejava unir o condado à Galiza, Afonso Henriques iniciou uma guerra pela
independência do reino de Leão, vindo a ser o primeiro soberano de
Portugal. O reconhecimento da soberania portuguesa ocorreria em 1143 por
Leão e Castela, e em 1179 pelo papa.
Vêm desse mesmo período os primeiros documentos do Trovadorismo
português, com textos preservados nos cancioneiros.
FONTES DAS IMAGENS
Responsável: PROF.ª Ana Márcia
Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual
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