ALGORITMO GENÉTICO E APLICAÇÕES EM QUÍMICA Marcos Alexandre Bezerra de Melo1 e Benjamim Henrique de Lima e Silva2 Introdução É comum, muitas vezes, não só em química, mas em diversas ciências, surgirem situações onde se deve levar em conta uma série de fatores que influenciam um determinado processo. Devemos decidir, portanto, qual desses fatores irá produzir a melhor resposta baseada em algum parâmetro pré-estabelecido. Neste caso, é interessante realizar uma otimização numérica do sistema, isto é, deve-se encontrar as condições que irão fornecer a melhor resposta dos parâmetros. Há diversos algoritmos para resolver problemas de otimização, porém algoritmos baseados em gradientes ou hipóteses de diferenciabilidade muitas vezes se mostram inadequados para resolver problemas altamente não-lineares. Para esses tipos de problemas o Algoritmo Genético (AG) tem se mostrado uma alternativa bastante robusta. O AG, Holland [1], foi desenvolvido por Holland na década de 70 inspirado pela teoria Dawiniana da evolução das espécies e é freqüentemente descrito como um método de busca que não utiliza informaçõs sobre gradiente e pode ser combinado com outros métodos para refinamento das buscas quando há aproximação de um ponto de máximo ou de mínimo local. possam ser codificadas de maneira análoga aos cromossomos biológicos. Sendo assim o algoritmo genético se assemelha muito ao processo evolutivo natural. O algoritmo genético básico envolve cinco passos: codificação das variáveis, criação da população inicial, avaliação da resposta, cruzamento e mutação, Haupt & Haupt [2], Sivanandam & Deepa [3] e Gopi [4]. B. Funções de Teste Foram utilizadas várias funções de teste, dentre elas: y = x+10*sin(5*x)+7*cos(4*x)+sin(x) e verificamos que nem sempre o algoritmo básico converge para o ótimo, mostrando-se bastante dependente dos parâmetros de inicialização. Resultados e Discussão Foram feitas várias simulações com diversas funções de teste com pontos críticos conhecidos para avaliar a robustez do método básico do algoritmo genético. Os resultados nem sempre foram satisfatórios, mas indicam que versões mais completas do método podem fornecer bons resultados. Referências [1] Material e métodos [2] A. Metodologia O AG é montado de maneira que as informações referentes a um determinado processo ou problema [3] [4] HOLLAND, J. 1975. Adaptation in Natural and Artificial Systems, University of Michigan Press, Ann Arbor. HAUPT, R. L.; HAUPT, S. E. 2004. Practical genetic algorithms, 2ed. John Wiley & Sons, Inc. SIVANANDAM, S.N.; DEEPA, S. N. 2008. Introduction to genetic algorithms. Springer. GOPI, E.S. 2007. Algorithms collections for digital signal processing applications using Matlab©. Springer. ________________ 1. Primeiro Autor é Professor Assistente da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada – UAST. Estrada da Fazenda Saco, S/N, Serra Talhada, PE, CEP 56900-000. E-mail: [email protected] 2. Segundo Autor é aluno do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada – UAST. E-mail: [email protected] Figura 1. Função de teste y = x+10*sin(5*x)+7*cos(4*x)+sin(x) e convergência do método de Algoritmo Genético (pontos em vermelho).