geologia dos corpos máfico-ultramáficos da região de - pibic

LIVRO DE RESUMOS DO XXIII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPA - 2012: ISSN 2176-1213.
GEOLOGIA DOS CORPOS MÁFICO-ULTRAMÁFICOS DA REGIÃO DE ARAPOEMA–PAU
D’ARCO (TO), CINTURÃO ARAGUAIA.
Luisa Dias BARROS (Bolsista PIBIC/UFPA) – [email protected]
Prof. Dr. Paulo Sérgio de Sousa GORAYEB (Orientador) – [email protected]
Faculdade de Geologia, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Instituto de
Geociências.
A região de Arapoema–Pau D’Arco localizada no sudeste do estado do Tocantins se insere no
contexto geológico do Cinturão Araguaia, que compreende uma unidade geotectônica do
Neoproterozóico, situada no centro-norte do Brasil com mais de 1200 km de extensão. Neste
estudo foi identificado um conjunto de rochas que compreendem metabasaltos com estruturas
em almofada (pillow basalts), serpentinitos, listwanitos, silexitos, metachert e mármores,
denominado Suíte Ofiolítica Arapoema–Pau D’Arco. As rochas dessa suíte estão encaixadas
tectonicamente em filitos da Formação Couto Magalhães (Grupo Tocantins). Os estudos
petrográficos revelaram que os metabasaltos apresentam cor verde clara e, apesar das
transformações metamorficas ainda preservam texturas primárias microporfiríticas, destacando
fenocristais de plagioclásio deformados e saussuritizados, envolvidos numa matriz
intergranular/intersertal constituída por grânulos de minerais máficos e/ou material vítreo nos
espaços intergranulares das ripas de plagioclásio e mais raramente textura traquítica, com
arranjo orientado subparalelamente dos finos cristais de plagioclásio. Além do plagioclásio
primário a associação mineralógica se completa com albita, clorita, tremolita-actinolita, epídoto,
quartzo e minerais opacos. Nos afloramentos ainda são visíveis estruturas almofadadas típicas
de extravasamento de lavas em assoalhos oceânicos profundos. Os serpentinitos apresentam
feições texturais pseudomórficas, do tipo mesh ou bastite que representam pseudomorfos de
cristais primários de olivina e piroxênio, respectivamente, e também texturas nãopseudomórficas, caracterizados por agregados lamelares e fibroradiais de serpentinas. Os
serpentinitos encontram-se intensamente seccionadas por veios de carbonato, serpentina e
quartzo. Os serpentinitos representam muito provavelmente peridotitos de origem mantélica.
Os listwanitos são tipos especiais de serpentinitos com expressiva quantidade de carbonatos
entremeados à serpentina formados por processos metassomáticos de fundo oceânico,
transformando profundamente os peridotitos mantélicos.O reconhecimento destas associações
de rochas máfico-ultramáficas associadas com silexitos, metacherts e mármores, que
representam a porção sedimentar da suíte, tem sido interpretada como resquícios incompletos
de suítes ofiolíticas que representam o registro de uma crosta oceânica antiga relacionada ao
estágio de oceanização da Bacia Araguaia, no Neoproterozóico. Posteriormente, todo o
conjunto de rochas foi metamorfizado em condições da fácies xisto-verde baixo, com
estimativas de temperaturas entre 350 a 400°C.
Palavras-chave: Suíte
Neoproterozóico.
Ofiolítica,
Pau
D’Arco-Arapoema,
Cinturão
Araguaia,
Titulo do projeto do orientador: INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DA AMAZÔNIA – INCTGEOCIAM. FINANCIAMENTO: MCT/CNPQ/FAPESPA, PROC. NO. 573733/2008-2.
Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq:
Grande-área: Ciências Exatas e da Terra
Área: Geociências
Subárea: Petrologia