Alimentos biofortificados reduzem deficiência nutricional infantil A EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) irá produzir alimentos biofortificados, com potencial para reduzir as deficiências nutricionais de crianças de baixa renda. Nos próximos quatro anos, pesquisadores da Embrapa vão avaliar o potencial desses alimentos na merenda escolar e seus efeitos para reverter o quadro de deficiência nutricional. Arroz, mandioca, feijão-caupi e batata-doce são alguns dos produtos já desenvolvidos com mais nutrientes, que podem ser capazes de resolver o alto grau de deficiência de ferro, zinco e vitamina A em crianças do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, São Luís, capital maranhense, e Pacatuba, em Sergipe. Micronutrientes no organismo O objetivo das pesquisas e do esforço inicial de avaliação dos alimentos biofortificados é reduzir o quadro verificado em algumas regiões do país, que concentram grande número de crianças com baixas taxas de micronutrientes no organismo, o que pode acabar levando à anemia, à baixa resistência imunológica e até ao comprometimento do desenvolvimento intelectual na infância. Os pesquisadores da Embrapa já fizeram testes de aceitação de alguns produtos biofortificados e colheram dados nutricionais e medidas corporais de estudantes de escolas de Pacatuba, onde encontraram quadros de desnutrição crônica. O mesmo trabalho será feito em São Luís e no Vale do Jequitinhonha. Segundo a Embrapa, o projeto de biofortificação de alimentos conta com o apoio de parceiros do Brasil e do exterior. Em Sergipe, já foram instaladas áreas de cultivo desses alimentos, onde são feitas as análises que servirão de ponto de partida para a popularização do programa.