Processo Seletivo de Residência Médica da Aliança Saúde PUCPR – Santa Casa para 2009 03 de dezembro de 2008 ESPECIALIDADES: CIRURGIA PLÁSTICA CIRURGIA TORÁCICA CIRURGIA VASCULAR CIRURGIA CARDIOVASCULAR CIRURGIA DO TRAUMA CIRURGIA VIDEOLAPAROSCÓPICA COLOPROCTOLOGIA * Pré-Requisito: 2 anos de Cirurgia Geral N.º DO CARTÃO NOME (LETRA DE FORMA) ASSINATURA INFORMAÇÕES / INSTRUÇÕES: 1. A prova é constituída de 50 questões objetivas. 2. Verifique se a prova está completa. 3. A compreensão e a interpretação das questões constituem partes integrantes da prova, razão pela qual os fiscais não poderão interferir. 4. Transcreva as respostas para o Cartão-Resposta com caneta esferográfica com tinta preta, assinalando uma única resposta para cada questão. 5. Preencha totalmente o espaço correspondente, conforme o modelo: 6. Não serão consideradas questões não assinaladas ou que contenham mais de uma resposta, emenda ou rasura. 7. É de plena e total responsabilidade do candidato o correto preenchimento do Cartão-Resposta. 8. Os candidatos deverão entregar a prova juntamente com o Cartão-Resposta. 9. O Cartão-Resposta é personalizado, não podendo ser substituído. Duração total da prova: 3 horas -----------------------------------------------------------------------Anote o seu gabarito. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 1 1. Paciente do sexo feminino, 70 anos, submetida à colecistectomia por colecistite aguda e evoluindo com fístula biliar de alto débito no terceiro dia de pósoperatório. Suspeita-se de deiscência do coto cístico. Nesse caso, qual a melhor conduta a ser tomada? A. Laparotomia exploradora com clipagem do ducto cístico. B. Jejum e nutrição parenteral total. C. Colangiorressonância e conduta expectante. D. Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER) e papilotomia. E. CPER, papilotomia e endoprótese. E. O transplante de pâncreas pós-rim tem o mesmo índice de rejeição que o transplante duplo de rimpâncreas. Referência Bibliográfica: GARCIA, V. D.; FILHO, M. A.; NEUMANN, J. M; PESTANA, J. M. Transplante de órgãos e tecidos. 2 ed. São Paulo: Farma, 2006. 4. Referência Bibliográfica: SOBED – Soc. Brasileira de Endoscopia Digestiva. Endoscopia Gastrointestinal Terapêutica. 1 ed. São Paulo: Tecmedd, 2007. Pág. 1315. 2. A. B. C. D. E. Em relação às cadeias de disseminação linfáticas do câncer gástrico, é CORRETO afirmar: A. B. C. D. E. As cadeias correspondentes à curagem ganglionar D1 incluem além das cadeias anteriormente mencionadas, também a cadeia da gástrica esquerda. As cadeias correspondentes ao grupo N1 incluem: os grupos gangionares paracárdicos direito e esquerdo, da pequena e da grande curvatura e supra e infra pilóricos. A curagem gangionar D 3 é consenso atualmente como a melhor alternativa para o câncer gástrico. Uma ressecção oncológica R1 significa presença de resíduo tumoral macroscópico. A radiofreqüência é, no consenso médico, a melhor alternativa no tratamento paliativo do câncer gástrico avançado. Referência Bibliográfica: MARESCAUX, J. ; EVRARD, S. C. Ganglionnaires Dans le Cancer de l`estomac: Enjeux et Techniques Chirurgicales. Encycl Méd Chir (Elsevier Paris), Techniques chirurgicales – Appareil digestif, 40-329,1997, 5p. O diagnóstico de Colecistite Calculosa Aguda com cálculos impactados no infundíbulo causando cólicas biliares pode ser confirmado pelos exames de imagem abaixo, EXCETO: Colecistograma oral. Tomografia computadorizada. Ressonância Magnética. Ultrassonografia. Pet-Scan. Referência Bibliográfica: WAY, L. W; DOHERTY, G.M. Cirurgia – Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Pág. 495. 5. Para investigação de icterícia obstrutiva, o exame mais indicado atualmente é: A. B. C. D. E. Colangiografia transparietohepática. Colangiografia trans-cística. Colangiorressonância. Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada. Colecistograma oral. Referência Bibliográfica: DANI, R. Gastroenterologia Essencial. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2006. Pág. 320. 6. Em relação ao câncer do terço superior da via biliar (Klatskin), é CORRETO afirmar: A. Os do tipo I atingem e obstruem a convergência primária. 3. Em relação ao transplante pancreático, é CORRETO afirmar: B. Os do tipo III atingem ambas as convergências secundárias. C. A paliação através de anastomose bíleo-digestiva A. Paciente de 32 anos, diabético do tipo 1, com clearance de creatinina < de 20 ml/min, tem indicação de transplante isolado de pâncreas, pois ainda tem função renal residual. B. Paciente de 32 anos com infecção abdominal por bactéria fora transplantado de pâncreas há 2 meses. Nesse caso, o ideal é aumentar a imunossupressão pelo risco de a infecção desencadear rejeição. C. O transplante pancreático é feito de forma dita “ortotópica”. D. Paciente de 50 anos, diabético tipo 1, transplantado de rim há 5 anos, com alteração de creatinina pela diabetes, pode receber um transplante isolado de pâncreas. para o segmento VIII é a melhor opção cirúrgica. D. Apresenta um dos melhores prognósticos a longo prazo dos tumores digestivos. E. A tendência atual curativa é associar à ressecção de toda via biliar também a ressecção do lobo caudado. Referência Bibliográfica: LAUNOIS, B. ; HEAN, T. ; MEUNIER, B. Cancers de la voie biliaire principale. Encycl Méd Chir, Techniques Chirurgicales-Appareil Digestif,4-970-B, 2002, 24p. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 2 7. Nos casos de Púrpura Trombocitopênica Idiopática, podemos afirmar que: A. A esplenectomia é a forma mais efetiva de tratamento para as formas de moderadas a graves. B. Os casos graves têm a alternativa de tratamento conservador, sem a necessidade de corticosteróides. C. A esplenomegalia geralmente está presente. D. Após a esplenectomia não há necessidade de vacinas anti-haemophilus. E. As plaquetas levam de 6 a 8 semanas para normalizarem. Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G. M. Cirurgia – Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Pág. 548. 8. No Esôfago de Barrett, podemos AFIRMAR que: A. O conceito atual de Esôfago de Barrett restringese somente à metaplasia intestinal no esôfago distal. B. O aspecto histológico da metaplasia intestinal no esôfago distal mostra células caliciformes também chamadas de células azuis quando coradas pelo corante “alcian blue”. C. A incidência de adenocarcinoma é elevada nas metaplasias intestinais do esôfago distal e tem aumentado nos últimos anos. D. É consenso que o esôfago de Barrett deve ser tratado por meio de cirurgia anti-refluxo. E. Na presença de displasia de alto grau, é consenso que este paciente deva ser encaminhado para terapia por ablação com a coagulação por plasma de argônio. Referência Bibliográfica: SOBED – Soc. Brasileira de Endoscopia Digestiva. Endoscopia Gastrointestinal Terapêutica. 1 ed. São Paulo: Tecmed, 2007. Pág. 381. 10. Paciente masculino, 65 anos, etilista, admitido no pronto atendimento com história de hematêmese há algumas horas. HMP: vômitos com sangue anterior. Ao exame: PA 90X50 P: 110. Emagrecido, palidez cutâneo-mucosa +++/4. Sudorese fria. Aranhas vasculares no tórax e abdômen. Ginecomastia. Piparote ++. Nesse caso, qual a conduta inicial mais adequada, segundo o consenso de Baveno IV: A. Endoscopia Digestiva de urgência para diagnóstico e ligadura elástica das varizes para tratamento do sangramento agudo. B. Balão de Sengstaken-Blakemore como primeira alternativa para o tratamento. C. Tratamento clínico com Inibidor da Bomba de Próton em altas doses, betabloqueadores e análogo da Somatostatina como a Terlipressina. D. Iniciar reposição rápida de Solução salina isotônica por acesso venoso calibroso. Podem-se utilizar expansores de plasma para estabilidade hemodinâmica. E. TIPS, Shunts cirúrgicos ou Transplante hepático. Referência Bibliográfica: SOBED – Soc. Brasileira de Endoscopia Digestiva. Endoscopia Gastrointestinal Terapêutica. 1 ed. São Paulo: Tecmedd, 2007. Pág. 381. 11. Detectado câncer colo-retal na presença de metástases hepáticas e pulmonares, por onde começar? A. B. C. D. E. Pelo intestino devido ao risco de obstrução. Por onde a doença for mais avançada. Pelo fígado. Pelos pulmões. Pelo intestino e fígado simultaneamente. Referência Bibliográfica: CONSENSOS DO XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA, 2005. (à disposição no site do Colégio Brasileiro de Cirurgiões www.cbc.org.br). 12. Com relação à Hemorragia Digestiva Baixa, é CORRETO afirmar que: 9. Quanto ao câncer retal, é CORRETO afirmar: A. Quanto à preservação da ejaculação, esta é dependente do parassimpático lombar. B. A radioterapia para os tumores de terço médio e inferior deve ser, quando indicada, preferencialmente realizada após a cirurgia. C. A quimioterapia não deve ser feita para os tumores N1. D. Para pacientes com tumores aderidos à bexiga, o ideal é fazer o descolamento desses tumores dos órgãos vizinhos. E. A moderna cirurgia retal prevê total ressecção do mesoreto com preservação nervosa, sendo que a ereção é dependente do parassimpático sacral. Referência Bibliográfica: Tiret E. Exérèse totale du mésorectum et conservation de l´innervation autonome à destinée génito-urinaire dans la chirurgie du rectum. Encycl Méd Chir Techniques Chirurgicales-Appareil Digestif,40-610,1998,6p. A. Doença diverticular cólica foi a principal causa de sangramento, segundo uma revisão apresentada no DDW 2004. B. Devido à baixa resolução espontânea das hemorragias digestivas baixas, a abordagem inicial deve ser agressiva, e o tratamento cirúrgico indicado de forma rotineira. C. Em casos de dificuldade diagnóstica por meio da colonoscopia, a angiografia possui uma sensibilidade maior que a cintilografia. D. O débito acima de 0,1 ml por minuto é suficiente para o diagnóstico angiográfico e posterior embolização. E. Não é possível a realização de colonoscopia de urgência na vigência de sangramento, pois o paciente não está com o cólon preparado. Referência Bibliográfica: SOBED – Soc. Brasileira de Endoscopia Digestiva. Endoscopia Gastrointestinal Terapêutica. 1 ed. São Paulo: Tecmedd, 2007. Pág. 979. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 3 Referência Bibliográfica: GARCIA, V. D.; FILHO, M. A.; NEUMANN, JM; PESTANA, JM. Transplante de Órgãos e Tecidos. 2 ed. São Paulo: Farma, 2006. 13. Paciente do sexo masculino, 50 anos, apresentando dor retroesternal há 4 semanas com investigação cardiológica normal. Nesse caso, qual exame solicitar e por quê? 17. Em paciente com carcinoma de canal anal, o ideal é: A. Endoscopia Digestiva Alta para investigação de esofagite. B. PHmetria de 24 horas para investigação de refluxo gastro-esofágico com sintoma atípico. C. Mais de uma correta. D. Manometria esofágica para investigação de distúrbio de motilidade (esôfago em quebranozes e espasmo difuso do esôfago). E. Iniciar tratamento clínico com bloqueador de canal de cálcio ou vasodilatador, pois estão indicados tanto para isquemia miocárdica quanto para distúrbios de motilidade esofágica. Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G. M. Cirurgia – Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Pág. 391. A. Amputação abdomino-perineal seguido de radioquimioterapia. B. Radioquimio exclusiva, reservando-se a cirurgia para os casos de resgate. C. Ressecção local. D. Crioablação. E. Ressecção anterior. Referência Bibliográfica: STEWART, F.A.; SAUNDERS, M.I. Combined radiotherapy and chemotherapy: Clinical application and evaluation. Basic clinical radiobiology. London: Arnold, 1997:195202. maior risco para uma transformação maligna? de 52 anos sem co-morbidades faz diagnóstico de tumor de corpo gástrico de 4 cm ulcerado, com biópsia de adenocarcinoma pouco diferenciado e sem doença à distância. Nesse caso, a conduta seria: A. B. C. D. E. A. B. C. D. E. 14. Qual das lesões polipóides colônicas abaixo possui Adenoma viloso. Hamartoma. Adenoma serrilhado. Adenoma Tubular. Pólipo hiperplásico. Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G. M. Cirurgia – Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Pág. 588. 18. Paciente Radio-quimio somente. Gastrectomia subtotal com curagem D2. Gastrectomia polar superior. Gastrectomia total com curagem D2. Ressecção local. Referência Bibliográfica: LY, Q. P; SASSON, A. R. Modern Surgical Considerations for Gastric Cancer. J Natl Compr Canc Netw. 2008 Oct; 6(9): 88594. 15. Em paciente cirrótico com nódulo hipervascularizado medindo 4 cm, com trombose portal associada e alfafetoproteína com alteração significativa, o provável diagnóstico é: A. Doença metastática de provável origem coloretal. B. Colangiocarcinoma, pois a alfafetoproteína é marcador específico desse tipo de câncer. C. Doença de Caroli. D. Hepatocarcinoma. E. Rabdomiossarcoma. Referência Bibliográfica: FORNER, A.; RODRÍGUEZ, L. C.; REIG, M.; RIMOL; J.; VARELA; M. Early Diagnosis of Primary Liver Cancer: Imaging Versus Genetics. Rev Esp Enferm Dig. 2008 Jul; 100(7): 423-9. 16. Nos casos de pacientes com cirrose, são indicações de transplante de fígado: A. B. C. D. E. Hemorragia alta de repetição. Ascite descompensada. Hepatocarcinoma de 10 cm. Todas corretas. Questões b e c estão corretas. Leia o enunciado a seguir e responda às questões 19 e 20: O paciente J. L., 55 anos, foi internado em um hospital desta cidade para correção de hérnia incisional. A história mórbida pregressa revelou que o paciente é portador de enfisema pulmonar, não incapacitante para as atividades normais diárias, diagnosticado há mais de 5 anos. É fumante há mais de 30 anos (20 cigarros ao dia). Há 3 anos foi operado em situação de emergência para tratamento de úlcera perfurada. Após 2 dias de internação, o paciente foi submetido à correção da eventração, em que se utilizou uma tela de polipropileno. Três meses após a operação para correção da hérnia incisional, o paciente retornou com dor na área da incisão e com sinais flogisticos locais. Em consulta ao prontuário médico desse doente, obtivemos as seguintes informações: 1. Foi operado há 3 anos para tratamento de úlcera duodenal perfurada com 6 horas de evolução. 2. Foi realizado sutura da úlcera, omentoplastia e drenagem ampla da cavidade abdominal. A síntese da parede abdominal foi realizada em 2 planos: músculo aponeurótico, com sutura Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 4 contínua de poliglactina, e cutâneo com náilon 3 0. 3. Apesar da infecção pulmonar, a evolução pósoperatória foi satisfatória, e o doente recebeu alta em 7 dias. 19. Assinale a alternativa CORRETA: A. A hérnia incisional é conseqüência do fechamento incorreto da parede abdominal com sutura contínua de um fio absorvível sintético como a poliglactina, quando foi submetido ao tratamento da úlcera perfurada. B. A hérnia incisional geralmente aparece nos primeiro 3 meses após a operação. C. A infecção pulmonar não pode ser considerada infecção hospitalar, visto que era esperada num doente portador de enfizema. D. O uso de pontos totais de reforço teria diminuído os riscos de hérnia incisional. E. A drenagem da cavidade abdominal foi primordial no tratamento de úlceras duodenais perfuradas com peritonite difusa. Referência Bibliográfica: Surgery: basic science and clinica evidence (Norton: Surgery) Norton JÁ, Barie PS, Bollinger RR, Chang AE. Surgery: basic science and clinica evidence (Norton: Surgery). 2008; Springer , New York. Pág. 813 ; Sabiston Textbook of Surgery: Expert Consult: On line print ,Townsend CM, Beauchamp DR, Ever MB, Mattox KL 2007. Pág. 213; Surgical Infectious Diseases. Richard Howard & Richard Simmons. Pág. 972. 20. Assinale a alternativa CORRETA: A. A infecção de área cirúrgica é a segunda causa mais freqüente de infecção hospitalar. B. Quanto à classificação ASA, poderemos considerar o paciente como ASA 4. C. As infecções de área cirúrgica ocorrem até 30 dias após a intervenção. O diagnóstico mais provável é de rejeição da tela. D. As telas de polipropileno são microporosas; logo, não são incorporadas no local da implantação e sim encapsuladas. E. O tabagismo por si só não é fator de risco no que concerne às infecções cirúrgicas. Referência Bibliográfica: American Journal of Infectious Control , vol 27, n° 2, april 1999. Guidelines for prevention of Surgical Site Infection, 1999. Center of Disease Control and Preventio Hospital Infection Control Practices Advisory Committee; Surgical Infectious Diseases. Richard Howard & Richard Simmons. Pág. 401 a 503. The influence of porosity on the integration histology of two polypropylene meshes fot the treatment of abdominal wall defects in dogs. Greca, Fernando et als. Hernia 12: 45-49 2008. Leia o enunciado a seguir e responda às questões 21, 22 e 23: O paciente T. S., 67 anos, foi submetido à ressecção anterior do reto por adenocarcinoma em seu 1/3 médio. A mobilização do reto foi difícil devido à extensão do tumor e à extirpação total do mesorreto, o que resultou na transfusão de 4 unidades de papa de hemácias. Foi realizada uma anastomose há 5 cm da margem anal, utilizando-se de sutura mecânica. No sexto dia de pós-operatório, o paciente começou a apresentar distensão abdominal, náuseas e vômitos. Através de ecografia abdominal, observou-se grande quantidade de líquido livre na cavidade peritoneal. O paciente foi levado à laparotomia, que evidenciou deiscência de anastomose associada à peritonite fecal. Optou-se por lavagem e drenagem da cavidade e desvio do trânsito fecal por meio de ileostomia em alça. 21. Assinale a alternativa CORRETA: A. Em relação ao grau de contaminação, poderemos classificar a primeira operação como Classe III e a segunda como Classe IV. B. O aumento da resposta inflamatória sistêmica decorrente da transfusão sangüínea aumenta os riscos de recidiva tumoral. C. As anastomoses gastrintestinais realizadas com sutura mecânica apresentam resultados melhores que as realizadas manualmente. D. A transfusão sangüínea não aumenta os riscos de infecção. E. Do ponto de vista oncológico, a ressecção do mesorreto não tem relação com a recidiva tumoral. Referência Bibliográfica: American Journal of Infectious Control , vol 27, n° 2, april 1999 . Guidelines for prevention of Surgical Site Infection 1999. Center of Disease Control and Preventio Hospital Infection Control Practices Advisory Committee.; Mecanical sutures in digestive surgery. Guidelines of the French Society of Digestive Surgery. Journal de Chirurgie, 2000, feb 137 (1) 5.; Surgical treatment of rectal cancer in the ASCRS Texbook of colon and rectal surgery. Bruce Wolff, James W. Fleshman, David Beck, John Pemberton and Steven Wexner.; Infectiou and immunologic consequences of blood transfusion. Critical care. June 2004 vol 8, supl 2, S18-23. ; Perioperative allogenic blood transfusion, the related cytokine response and long-term survival after potentially curative resection of colorectal cancer. Clinical Oncology (2006) 18: 60-66. 22. Assinale a alternativa CORRETA: A. Tanto no intestino como na pele, as células musculares lisas não estão envolvidas na produção do colágeno. B. O choque, e conseqüentemente a diminuição da perfusão tecidual, não tem influência na cicatrização das anastomoses intestinais. C. As deiscências de anastomoses intestinais geralmente ocorrem no início da fase inflamatória da cicatrização. D. O ganho da força tênsil é mais rápido na pele que no intestino. E. A deiscência de anastomose pode resultar futuramente em estenose da mesma. Referência Bibliográfica: Wound healing Surgical Clinics of North America, vol 77, june 1997.; Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 5 Postoperative Complications in the ASCRS Texbook of colon and rectal surgery. Bruce Wolff, James W. Fleshman, David Beck, John Pemberton and Steven Wexner. 23. Quanto a deiscências de anastomoses, podemos AFIRMAR: A. Raramente as deiscências ocorrem por falhas técnicas. B. A criação de um estoma, como ileostomia ou colostomia, teria evitado a deiscência da anastomose. C. Nas anastomoses colorretais, a incidência de deiscências está relacionada com a distância da anastomose em relação à margem anal. D. Entre as anastomoses gastrintestinais, as anastomoses colo-anais têm os mesmos índices de complicações que as anastomoses entre o íleo e o cólon transverso. E. A conduta tomada durante a segunda operação foi precipitada. Sendo uma deiscência bloqueada, o paciente não necessitaria de uma laparotomia. Referência Bibliográfica: Postoperative Complications in the ASCRS Texbook of colon and rectal surgery. Bruce Wolff, James W. Fleshman, David Beck, John Pemberton and Steven Wexner. 24. Paciente feminina, 47 anos, previamente hígida, deu entrada, no pronto atendimento, às 20 horas, com história de dor em hipocôndrio direito de forte intensidade, de início pela manhã do mesmo dia, associado à náusea e vômitos biliosos. Nega episódios semelhantes anteriores. Nega comorbidades associadas. Ao exame físico, a paciente mostra-se estável hemodinamicamente, anictérica, com dor à palpação abdominal em quadrante superior direito e sinal de Murphy positivo. O restante do exame físico apresenta-se sem alterações. Referente ao provável diagnóstico do enunciado acima, assinale a alternativa CORRETA: A. O sintoma mais importante de um quadro de colecistite aguda é a dor. Ao contrário da cólica biliar, a dor da colecistite aguda persiste por mais de seis horas. B. A paciente referida apresenta quadro clínico compatível com cólica biliar – dor biliar, podendo ser liberada sem maiores investigações. Deverá apenas ser submetida à analgesia intra-hospitalar e receber alta com orientações dietéticas. C. A colangioressonância é o exame diagnóstico de escolha no caso de colecistite aguda e sempre deverá ser realizado na investigação desse quadro clínico. D. A prioridade do tratamento da colecistite aguda é o uso de antibióticos parenterais, sendo o tratamento cirúrgico uma segunda opção. E. A colecistectomia no caso de um quadro de colecistite aguda não deverá ser realizada precocemente pelo risco aumentado de lesão de vias biliares nesses casos. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 125 – 126. 25. Com relação às hérnias inguinais, assinale a resposta CERTA: A. A hérnia inguinal indireta, também chamada de oblíqua externa, é formada por um saco peritoneal que se exterioriza pelo ânulo inguinal profundo medialmente aos vasos epigástricos. B. A hérnia inguinal direta é mais comumente encontrada em pacientes jovens, sendo incomum em pacientes com idade avançada. C. A cirurgia para hérnia inguinal é classificada como cirurgia contaminada e haverá indicação de antibióticoprofilaxia. D. A hérnia crural – femoral é mais comum em mulheres. Durante a correção cirúrgica desse tipo de hérnia, é imprescindível o uso de uma técnica que inclua o fechamento do espaço femoral. E. A técnica de Lichtenstein para reparo cirúrgico de hérnias inguinais é pouco utilizada pelo alto índice de recidiva herniário. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 154. 26. Em relação aos tumores endócrinos do pâncreas, assinale a alternativa CORRETA: A. A tríade de Whipple, caracterizada por sintomas de hipoglicemia, níveis séricos de glicose abaixo de 50mg/dl e a melhora imediatados sintomas após administração de glicose, é encontrada em pacientes com somatostatinoma, o tumor endócrino mais comum do pâncreas. B. A hipoglicemia é responsável pela maioria dos sintomas e sinais de pacientes com insulinoma e é decorrente do excesso de insulina, que, por sua vez, inibe a produção hepática de glicose e estimula a utilização periférica de glicose pelos músculos e pelo tecido adiposo. C. A histologia é capaz de diferenciar gastrinoma benigno e maligno, não sendo necessária a avaliação da presença ou não de metástases. D. A grande maioria dos glucagonomas são benignos. Os glucagonomas malignos são raros e ocorrem em menos de 5% dos casos. E. A associação de hipergastrinemia e hiposecreção gástrica é altamente sugestiva de gastrinoma. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 145. 27. Em relação aos tumores do trato biliar extra-hepático, assinale a alternativa CORRETA: Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 6 A. Colelitíase é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de carcinoma de vesícula biliar, e o risco de desenvolvimento dessa neoplasia não tem relação direta com o tamanho do cálculo. B. Recorrência tumoral locorregional é rara em pacientes com colangiocarcinoma. C. Colangiocarcinoma hilar tem melhor prognóstico do que os carcinomas da metade ou do terço distal do ducto biliar extra-hepático. D. Colangite esclerosante primária bem como as doenças inflamatórias intestinais são um fator de risco para o desenvolvimento de colangiocarcinoma. E. Em pacientes com carcinoma de vesícula biliar T1b (tumor invade a muscular), está indicada a colecistectomia ampliada, que inclui colecistectomia com ressecção em cunha da fossa vesicular, incluindo 3 – 5 cm de margem do parênquima hepático normal, seguido de linfadenectomia cística, pericoledociana, gastroepática, pancreatoduodenal e paraaórtica. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 28. Paciente masculino, 61 anos de idade, refere início, há três meses, de disfagia progressiva para sólidos, pastosos e líquidos associada a emagrecimento de 7Kg nesse mesmo período. Após investigação detalhada do caso, foi diagnosticado câncer de esôfago. Em relação à essa patologia, assinale a alternativa INCORRETA: A. A dor de garganta e sialorréia são comuns nos estágios avançados dessa doença quando localizados nos segmentos cervical e torácico proximal. B. Disseminação hematogênica ocorre nas fases precoces da doença, sendo o fígado e os pulmões os órgãos preferências nesse processo. C. O objetivo comum do tratamento radical, curativo ou não, é realizar ressecção da maior extensão esofágica possível, já que a disseminação linfática submucosa axial é sempre extensa, mesmo em tumores não avançados. D. O procedimento cirúrgico de Akiyama (três acessos) apresenta grande agressividade operatória, porém das técnicas cirúrgicas utilizadas é aquela em que os princípios de ressecção oncológica são mais respeitados. E. O estômago é a víscera preferencial para substituir o esôfago nas ressecções por tumores do segmento torácico. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 29. 29. Assinale os fatores locais que impedem ou dificultam o fechamento espontâneo das fístulas: A. Todas as abaixo. B. Presença de abscesso intra-abdominal adjacente à fístula. C. Presença de corpo estranho. D. Fístula de trajeto curto. E. Doença residual (câncer, doença inflamatória intestinal, enterite actínica). Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 12. 30. Paciente de 27 anos dá entrada no pronto-socorro vítima de ferimento de arma branca em abdome (parede abdominal anterior periumbilical esquerda) e ferimento de arma branca em tórax (parede torácica anterior ao nível do quarto espaço intercostal à direita). Ao exame físico: paciente hemodinamicamente estável, freqüência respiratória de 18ipm, saturação de oxigênio 95%, murmúrio vesicular diminuído à direita, timpanismo à percussão torácica, dor abdominal difusa de moderada intensidade à palpação com sinais de irritação peritoneal. Em relação ao caso clínico exposto, assinale a alternativa CORRETA: A. Este paciente deve ser levado imediatamente ao centro cirúrgico e submetido à laparotomia mediana e à toracotomia antero-lateral direita pelo grande risco de lesão vascular torácica. B. Este paciente pode ser submetido a tratamento conservador em relação ao ferimento abdominal. C. Se durante a laparotomia para tratamento do ferimento abdominal fosse evidenciado lesão de intestino delgado a 40 cm do ângulo de Treitz grau II, a melhor conduta a ser adotada seria enterectomia segmentar. D. RX de tórax AP pode ser realizado como método de imagem diagnóstico auxiliar após avaliação primária, uma vez que o paciente está hemodinamicamente estável. E. A Toracocentese de alívio deveria ser realizada já na sala de emergência, após exame físico do paciente, pelo risco de pneumotórax hipertensivo. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 11. Advenced Trauma Life Support for Doctors – ATLS- SAVT – Manual do Curso para Alunos – Última Edição – Colégio Americano de Cirurgiões – Comitê de Trauma. 31. Referente ao diagnóstico e tratamento das fístulas pancreáticas: I. O diagnóstico é estabelecido pela dosagem de amilase na secreção, podendo alcançar 400.000 Somogyi/dl. II. O volume de drenagem pode ser bastante variável, de poucos mililitros a 1000 ml/dia. III. Fístulas com drenagem de 500 ml/dia são consideradas de baixo débito. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 7 IV. O tratamento clínico que consiste principalmente em jejum, nutrição parenteral e octreotida, não apresenta sucesso na maioria dos casos. V. Nos casos refratários ao tratamento clínico e endoscópico, para as fístulas localizadas na cauda do pâncreas e com ducto pancreático normal, está indicada a pancreatectomia distal com sutura do coto e ducto pancreático. São consideradas VERDADEIRAS as afirmações: A. B. C. D. E. II, III, IV. I, II, V. I, II, III. III, IV, V. I, IV, V. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Vol. II, Cap. 143, Pág. 1860-1862. 32. Referente às doenças que acometem a via biliar: I. Na hemobilia, quando o sangramento é ativo e intenso, pode ocorrer solidificação de coágulos e icterícia obstrutiva. II. A discinesia do esfíncter de Oddi é uma constrição funcional devido a uma alteração primária da motilidade e pode estar presente em pequena porcentagem de pacientes com síndrome pós-colecistectomia. III. Em caso de suspeita de cálculo em via biliar principal, a exploração transcística é a técnica mais comumente utilizada nas cirurgias videolaparoscópicas. IV. O câncer de ducto biliar extra-hepático é encontrado em mais da metade dos casos nas porções mais distais do ducto biliar comum. V. A síndrome de Mirizzi tipo II é definida como a compressão externa da via biliar principal por um cálculo impactado no infundíbulo vesicular, com processo inflamatório associado. São consideradas VERDADEIRAS as afirmações: A. B. C. D. E. II, III, IV. III, IV, V. I, II, V. I, IV,V. I, II, III. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Vol. II, Cap. 133, Pág. 1733; Cap. 135, Pág. 1758; Cap. 131, Pág. 1714; Cap. 129, Pág. 1701; Cap. 123, Pág. 1653. 33. Marcadores tumorais são substâncias próprias do organismo, cujo aparecimento ou aumento indica a presença e/ou estado de disseminação de tumores. Referente aos marcadores tumorais do aparelho digestivo: I. O antígeno carcinoembrionário (CEA) é útil na identificação de metástases colorretais e apresenta valor prognóstico no acompanhamento de pacientes. II. Concentrações séricas elevadas de alfa-1fetoproteína (AFP) estão presentes em 90-95% dos casos de carcinoma hepatocelular. III. A aplicação principal do antígeno carboidrato 19-9 (CA 19-9) acontece no diagnóstico e no acompanhamento de pacientes com carcinoma de pâncreas, hepatobiliar e gástrico. IV. Entre as principais causas benignas de aumento do CA 19-9 estão icterícia obstrutiva, colelitíase, hepatite crônica ativa e necrose hepática fulminante. V. O CEA é utilizado para screening e possui importância no diagnóstico diferencial de tumores primários do aparelho digestivo. São consideradas VERDADEIRAS as afirmações: A. B. C. D. E. I, II, III, IV. I, II, III, V. III, IV, V. I, III, IV. Todas estão corretas. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Vol. I, Cap. 2, Pág. 18-20. 34. A mensuração das pressões em vários pontos da luz do corpo do esôfago e nos esfíncteres superior e inferior é denominada manometria esofágica. Alterações motoras associadas aos dados clínicos determinam doenças e distúrbios da motilidade esofágica. Referente ao diagnóstico e tratamento das doenças motoras do esôfago: I. A acalasia apresenta disfagia e dor torácica como sintomas mais proeminentes. Na manometria apresenta ondas não peristálticas no corpo do esôfago, associadas ao relaxamento parcial ou incompleto do esfíncter esofágico inferior e freqüentemente à hipertensão esfincteriana (acima de 45mmHg). II. Muitas vezes confundida com dor torácica de origem coronariana, o esôfago em QuebraNozes (Nutcracker Esophagus) apresenta principalmente dor torácica de forte intensidade e contrações peristálticas de elevada amplitude (180mmHg), principalmente no esôfago distal. III. Na doença de Chagas, o paciente apresenta disfagia, regurgitação, dor torácica e retenção dos alimentos ingeridos. A manometria demonstra ondas peristálticas, abertura esfincteriana completa e ondas de pressão de baixa amplitude. IV. O tratamento invasivo na acalasia tem por objetivo romper a musculatura do esfíncter esofágico inferior por meio de dilatação pneumática ou por miotomia. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 8 A. B. C. D. Aumento da motilidade gástrica. Diarréia. Maior absorção de vitamina B12. Redução da absorção de sais biliares e aumento da incidência de cálculos biliares. E. Maior absorção de oxalato de cálcio e aumento da incidência de cálculos renais. V. Os bloqueadores de canais de cálcio têm sido indicados nas disfunções hipercontráteis. São consideradas VERDADEIRAS as afirmações: A. B. C. D. E. I, II, III, V. II, III, IV, V. I, II, IV, V. I, III, IV. Todas estão corretas. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Vol. I, Cap. 19, Pág. 335-342. Referência Bibliográfica: COELHO, J. C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirurgia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 58, Pág. 786-788. 37. Paciente de 25 anos, masculino, deu entrada no pronto-socorro trazido por familiares, vítima de ferimento por arma branca em hemitórax esquerdo, local de entrada com ferimento inciso, linear de 2 cm de extensão, localizado em 5º. espaço intercostal na linha axilar anterior. Na avaliação inicial, apresenta: vias áreas pérvias, taquipnéia, diminuição do MV e timpanismo à percussão em hemitórax esquerdo, jugulares distendidas, saturação de 80%, com O2 10 litros/min, taquicardia, bulhas cardíacas normofonéticas, PA de 90 X 60 mmHg, extremidades com perfusão lentificada. Nesse caso, as condutas preconizadas seriam: 35. Homem de 25 anos, trazido ao hospital por equipe especializada em socorro pré-hospitalar, vítima de acidente automobilístico com colisão lateral de alta energia (auto x auto), apresenta na avaliação inicial TCE leve, FCC em região frontal esquerda, FCC em antebraço esquerdo, contusão toraco-abdominal à esquerda, dor e rigidez abdominal em hipocôndrio esquerdo. PA 110x80 mmHg. Glasgow de 15. O exame tomográfico de abdome aponta lesão grau II de baço. Referente ao paciente acima, leia as afirmações abaixo: I. Drenagem torácica imediata com dreno em selo d’água para tratamento do pneumotórax. II. Punção no 2º. espaço intercostal, na linha hemiclavicular esquerda para descompressão de pneumotórax hipertensivo. III. Radiografia de tórax e confirmação do pneumotórax. Somente após a confirmação, deve-se realizar procedimento cirúrgico. IV. Administração de cristalóides através de dois acessos venosos de grosso calibre em membros superiores. V. Administração imediata de sangue O negativo para reposição volêmica. I. O tratamento conservador da lesão do baço pode ser indicado desde que o paciente permaneça estável hemodinamicamente. II. Mesmo havendo piora do TCE, com rebaixamento do nível de consciência e necessidade de intervenção neurocirúrgica, mantém-se a conduta expectante para a lesão de baço. III. O paciente pode apresentar lesão traumática em cauda do pâncreas e do intestino delgado. IV. São complicações do tratamento conservador da lesão esplênica: pseudoaneurisma, cistos e abscessos esplênicos. V. A lesão grau II citada é definida como hematoma em mais de 50% na área superficial ou em expansão, laceração maior que 3cm de profundidade. São consideradas VERDADEIRAS as afirmações: A. B. C. D. E. São consideradas VERDADEIRAS as afirmações: A. B. C. D. E. Referência Bibliográfica: FELICIANO, D. V.; MATTTOX, K. L.; MOORE, E. E. Trauma. 5 ed. Estados Unidos da América: McGraw-Hill, 2008. Cap. 25, Pág. 517-522; Suporte Avançado de Vida par Médicos. 7 ed. Colégio Americano dos Cirurgiões e Comitê de Trauma. Cap. 1 e 4. I, II, III I, III, IV III, IV, V I, II, V II, IV, V 38. Referência Bibliográfica: FELICIANO, D. V.; MATTTOX, K. L.; MOORE, E. E. Trauma. 5 ed. Estados Unidos da América: McGraw-Hill, 2008. Cap. 32, Pág. 669-680. 36. Após ressecção distal extensa de intestino delgado (íleo), o paciente apresenta efeitos relacionados à absorção. A partir desse contexto, assinale a alternativa INCORRETA: II, IV. I, IV. II, V. III, IV. I, V. (ANULADA) São causas de pancreatite aguda: A. Coledocolitíase, pâncreas bífido, iatrogenia (pósoperatória). B. Alcoolismo, picada de escorpião, trauma. C. Hipercalcemia, infecções virais, pancreatite familiar. D. Hiperlipidemia, diuréticos tiazídicos, corticosteróides. E. Todas as alternativas abaixo. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 9 Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G. M. Cirurgia - Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2004. 39. No trauma abdominal fechado, com paciente estável hemodinamicamente, após uma ecografia positiva para líquido livre em cavidade abdominal, qual seria a próxima conduta? A. B. C. D. E. Observação. Tomografia abdominal. Laparotomia exploradora. Radiografia para abdome agudo. Repetir ecografia após 1 hora. 42. O abdome agudo oclusivo possui várias causas. Das afirmativas abaixo, qual está ERRADA: A. A obstrução mecânica da luz intestinal pode ocorrer por íleo biliar, fecaloma e bezoar. B. Pode haver obstrução por lesão da parede intestinal como ocorre nas doenças inflamatórias, diverticulite de cólon e neoplasias. C. Os vômitos são fecalóides quando a obstrução ocorre antes do ângulo de Treitz. D. A obstrução extrínseca ao intestino pode ser decorrente de aderências, hérnias, volvo intestinal, abscessos e hematomas. E. Neoplasia de cólon e diverticulite são causas mais freqüentes de obstrução nos idosos. Referência Bibliográfica: MACHI, J.; STAREN, E. Ultrasound for Surgeons. Lippincott, USA: Landes Bioscience, 2005. Referência Bibliográfica: SCHWARTZ, S. I.; SHIRES, G. T.; SPENCER, F. C. Princípios de Cirurgia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1991. 40. Um paciente, vítima de ferimento por arma de fogo 43. Em relação à cicatrização normal de feridas por em abdome, foi submetido à laparotomia, múltiplas rafias de intestino delgado, ressecção de 20 cm de jejuno com anastomose término-terminal, colostomia a Hartman devido à perfuração de reto. O paciente teve episódios de vômitos no pós-operatório imediato, sendo aplicado metoclopramida 10 mg EV, havendo melhora dos vômitos. No primeiro dia pósoperatório, o paciente referiu ter dor, que não foi aliviada com dipirona EV. Foi então medicado com tramadol 50 mg EV, havendo alívio da dor. Após 15 minutos, o paciente começou novamente com vômitos. Qual é a provável causa desses últimos vômitos? segunda intenção, qual das situações abaixo está ERRADA: A. B. C. D. E. Estase gástrica. Liberação maciça de 5 HT. Estimulação vagal. Nenhuma das alternativas. Estimulação da zona quimiorreceptora opióide. A. Os macrófagos não interferem na formação do tecido de granulação. B. Na fase de hemostasia, ocorre a ativação do complemento e seqüência de eventos de inflamação. C. A formação do tecido de granulação é estimulada por níveis baixos de bactérias na ferida, mas é inibida quando o nível de contaminação é alto. D. A presença da fibronectina na matriz provisória do tecido conjuntivo auxilia a migração dos fibroblastos para o interior da ferida. E. A reepitalização da ferida ocorre a partir da movimentação dos ceratinócitos das bordas livres, dos folículos pilosos e glândulas sudoríparas. pelo Referência Bibliográfica: SCHWARTZ, S. I.; SHIRES, G. T.; SPENCER, F. C. Princípios de Cirurgia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1991. Cap.24 Pág.894-895. Referência Bibliográfica: IRION G. Feridas - Novas Abordagens, Manejo Clínico e Atlas em Cores. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Cap. 2 Cicatrização Normal, Pág. 17-25. 44. A respeito de translocação bacteriana, qual das afirmativas abaixo está ERRADA: 41. Qual das afirmativas abaixo sobre neoplasia de esôfago está ERRADA: A. Ocorre disfagia progressiva a sólidos e depois a líquidos. B. Acalasia, esôfago de Barret, tilose palmo-plantar, síndrome de Plummer-Vison são fatores associados à neoplasia de esôfago. C. Geralmente os 2/3 proximais do esôfago são acometidos por carcinoma epidermóide. D. Adenocarcinoma de esôfago tem boa resposta à radioterapia. E. Geralmente o 1/3 distal do esôfago é acometido por adenocarcinoma. Referência Bibliográfica: SCHWARTZ, S. I.; SHIRES, G. T.; SPENCER, F. C. Princípios de Cirurgia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1991. A. A translocação bacteriana é a passagem de bactérias viáveis do trato gastrointestinal para tecidos estéreis, após ultrapassarem a barreira mucosa. B. A prevenção da translocação bacteriana está ligada ao tratamento exclusivo com antibióticos. C. Obstrução intestinal, doenças inflamatórias intestinais, radioterapia, quimioterapia, hipovolemia e sepses são fatores que favorecem a translocação bacteriana. D. O uso da glutamina por via enteral é efetivo na prevenção da translocação bacteriana. E. Nos pacientes graves em UTI, a redução do fluxo sangüíneo e desfuncionalização entérica por jejum prolongado fazem com que ocorra rapidamente atrofia da mucosa intestinal e perda sua função de barreira. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 10 Referência Bibliográfica: ZILBERSTEIN, B. ; CECCONELLO, I. ; FELIX, V N ; PINOTTI, H. W. Infecção em Cirurgia do Aparelho Digestivo. São Paulo: Robe Editorial, 1994. Cap. 4, Pág. 83. 45. (ANULADA) Em relação à pielonefrite aguda, é CORRETO afirmar: A. Colicistite aguda, apendicite aguda, pancreatite, diverticulite e angina intestinal são diagnósticos diferenciais. B. Nos casos graves, além da dor, febre e calafrios, pode haver insuficiência renal aguda e hipotensão. C. A não identificação do fator predisponente, como obstrução das vias urinarias, é a principal causa de ausência de resposta ao tratamento e evolução para pielonefrite crônica. D. Todas as alternativas abaixo estão corretas. E. Pielonefrite enfisematosa ocorre comumente em pacientes diabéticos com obstrução do trato urinário superior, e os tratamentos operatórios para diminuir a mortalidade incluem nefrectomia e drenagem. Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G. M. Cirurgia - Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2004. Cap. 41, Pág. 868-869. 46. A respeito de carcinoma de próstata, qual das afirmativas abaixo está ERRADA: A. O paciente pode apresentar como um dos sintomas iniciais déficit neurológico agudo nos membros inferiores. B. O tratamento paliativo sob forma de privação androgênica, como orquiectomia bilateral ou uso de dietilestilbestrol, é eficaz em 70 a 80% dos pacientes sintomáticos. C. A radioterapia é eficaz nas dores ósseas de origem metastática. D. O uso de flutamida não tem demonstrado melhora na sobrevida dos pacientes em tratamento paliativo. E. Pacientes com linfonodos pélvicos visivelmente positivos não são candidatos à prostatectomia total. Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G. M. Cirurgia - Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2004. Cap. 41, Pág. 893-895 e Cap. 47, Pág. 1139. 47. Dado que a torção do cordão espermático, que é uma emergência cirúrgica, é mais comum no adolescente, qual das alternativas abaixo está ERRADA: A. Ocorre dor no abdome inferior de início súbito e edema escrotal. B. A orquipexia contralateral não é necessária. C. O testículo se apresenta retraído e hipersensível. D. Orquite e epididimite são diagnósticos diferenciais. E. Na torção completa pode haver infarto testicular dentro de 4 a 6 horas. Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G. M. Cirurgia - Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2004. Cap.41, Pág.904; SCHWARTZ, S. I.; SHIRES, G. T.; SPENCER, F. C.; Princípios de Cirurgia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1991. Cap. 40, Pág. 1448. 48. A doença de Hirschsprung ocorre devido à falha da migração das células nervosas mioentéricas parassimpáticas para o intestino distal. É correto afirmar que: A. As técnicas cirúrgicas utilizadas no tratamento definitivo são Swenson, Duhamel e Soave. B. Antes do tratamento cirúrgico definitivo, sempre deve ser realizada a colostomia. C. O tratamento conservador com enemas é muito eficaz para prevenir um quadro obstrutivo. D. O diagnóstico definitivo é feito pelo enema contrastado. E. É uma doença predominantemente do sexo feminino. Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G. M. Cirurgia - Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2004. Cap.46, Pág.1109-1110; SCHWARTZ, S. I.; SHIRES, G. T.; SPENCER, F. C. Princípios de Cirurgia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1991. Cap. 39, Pág. 1423-1424. 49. Considerando que o tumor de Wilms é uma neoplasia embrionária do rim, também chamado de nefroblastoma, qual das alternativas abaixo está ERRADA: A. Uma tumoração abdominal palpável está presente em quase todos os casos. B. A ecografia e tomografia abdominais geralmente distinguem o nefroblastoma de outros tumores. C. O tumor de Wilms está associado a anomalias geniturinárias. D. O pico de incidência dessa neoplasia ocorre dos 2 aos 3 anos de idade. E. É necessário realização de quimioterapia e radioterapia pré-operatória. Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G. M. Cirurgia - Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2004. Cap. 46, Pág.1128-1129. SCHWARTZ, S. I.; SHIRES, G. T.; SPENCER, F. C. Princípios de Cirurgia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1991. Cap. 39, Pág. 1434. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Processo Seletivo de Residência Médica 2009 Pág. 11 50. Considerando que a ruptura de aneurisma aórtico abdominal necessita de cirurgia de emergência, qual das afirmativas abaixo está ERRADA? A. O paciente refere dor abdominal súbita com irradiação para dorso e região inguinal, sensação de desmaio e síncope. B. A tomografia de abdome é fidedigna para hemorragia por aneurisma roto; portanto, deve ser realizada mesmo com paciente instável. C. Podem ocorrer vasoconstrição periférica, hipotensão e anúria, indicando choque e necessidade de reposição imediata de solução salina isotônica endovenosa. D. Pode haver massa abdominal pulsátil se o sangramento permanecer contido no tecido periaórtico. E. A ecografia abdominal revela a presença de aneurisma, mas não é fidedigna para a presença de hemorragia. Referência Bibliográfica: WAY, L. W.; DOHERTY, G. M. Cirurgia - Diagnóstico e Tratamento. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2004. Cap.35, Pág.700. LAWRENCE W. WAY, CURRENT. Surgical Diagnosis & Treatment.10 ed. Appleton & Lange, 1994. Cap.35, Pág.753.