gripe a - Germano de Sousa

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gripe a
Como lidar com ela?
Tendo passado pouco mais de três meses após do primeiro alerta
dado pela Organização Mundial da Saúde sobre o aparecimento
da gripe suína, o Ministério da Saúde reconheceu que o vírus
Influenza A (H1N1), causador da nova doença, já circula em território nacional, sendo responsável por mais de duas centenas de
casos, dos quais, alguns são de transmissão secundária.
A transmissão secundária significa que, com o número crescente de casos, o vírus passou a circular
livremente entre as pessoas, principalmente em ambientes fechados e aglomerados, como os transportes
públicos, centros comerciais, etc., explica a Drª Maria Favila de Menezes, Patologista Clínico do Centro de
Medicina Laboratorial Germano de Sousa. “No início do Outono e do Inverno, no regresso às aulas, quando
as crianças voltarem a conviver umas com as outras, a epidemia vai alastrar.” A especialista ressalta, porém,
que isso não quer dizer que haverá maior mortalidade por causa da doença. “Estatisticamente, os casos de
morte por gripe A são cerca de 1/3 inferiores em relação aos causados pela gripe comum.”
gripe a como lidar com ela ?
principais orientações da direcção geral de saúde
diagnóstico laboratorial do vírus h1n1
Quais os sintomas da Gripe A?
Os vírus Influenza são vírus RNA da família Orthomyxoviridae, muito diferentes entre si e com elevada
taxa de evolução. Estes vírus afectam o epitélio respiratório. Devido á lesão causada nas barreiras de
defesa do organismo, podem condicionar infecções bacterianas secundárias, como a pneumonia, que
são as principais causas de morte pelo vírus H1N1. A pandemia do vírus Influenza A de 2009 originou-se
numa nova variante do vírus da gripe suína (subtipo H1N1).
São as importantes variações antigénicas sofridas pelo vírus Influenza A, que são responsáveis pelos
graves outbreaks do vírus de Influenza e que resultam em epidemias ou pandemias. Esta situação ocorre
cada 10 - 15 anos desde 1918.
Febre de início súbito (superior a 38º C), tosse, dores de garganta, dores musculares, dores de cabeça, arrepios de frio, cansaço, diarreia ou vómitos (embora não sendo típicos da gripe sazonal, têm sido verificados
em alguns dos casos recentes de infecção pelo novo vírus da Gripe A (H1N1)).
O que fazer se tivermos os sintomas da Gripe A?
· Se ficar doente, permaneça em casa. Se estiver com sintomas de gripe, fique em casa
e contacte a Linha Saúde 24, pelo número 808 24 24 24.
· Se tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com um lenço de papel
· Cubra a boca e o nariz com um lenço de papel ou com o antebraço, mas nunca com a mão!
De imediato, deposite no lixo o lenço utilizado.
· Lave as mãos frequentemente com água e sabão!
Em alternativa, pode usar toalhetes à base de solução alcoólica.
· Evite contactos desnecessários com pessoas com gripe.
Como nos podemos prevenir da doença?
· Alguns cuidados básicos de higiene podem ser tomados, como lavar as mãos frequentemente com
água e sabão, evitar tocar nos olhos, na boca e no nariz após contacto com superfícies, não partilhar
objectos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar, que deve
ser descartado de imediato.
· Guardar uma distância de pelo menos 1 metro quando falar com outras pessoas.
· Não cumprimentar com abraços, beijos ou apertos de mão.
· Limpe frequentemente as superfícies ou objectos mais sujeitos a contacto,
com os produtos de limpeza habituais.
· Evite frequentar espaços públicos fechados e pouco arejados.
· Estas medidas são também muito importantes nas crianças.
Devemos usar máscaras de protecção?
As máscaras, mesmo quando bem utilizadas, só evitam o contágio de outras pessoas,
não evitam o contágio do próprio.
Qual a diferença entre a gripe comum e a Influenza A / H1N1 ?
Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus Influenza. Os sintomas são muito parecidos e podem
ser confundidos. É importante frisar que, na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico
leve e quase 100% evoluem para a cura. Isso também ocorre na nova gripe. Em ambos os casos, o total
de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%.
Este material é da responsabilidade do Centro de Medicina Laboratorial Dr. Germano de Sousa. Tem um
carácter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, ligue para Linha Saúde 24 - 800 24 24 24.
A pesquisa laboratorial da presença do vírus Influenza A / H1N1 como agente etiológico
da gripe A, é da maior importância, na medida em que permite, por um lado a administração atempada do tratamento anti-viral, nos casos necessários, e por outro lado,
permite a implementação de medidas de contenção de contágio mais eficazes nos casos
identificados como sendo H1N1, e desse modo permitindo o retorno mais cedo à vida
laboral e social de todos os casos que não forem identificados como H1N1, diminuindo a
contagiosidade, mais até do que permitir uma contagem epidemiológica.
O aparecimento de uma infecção respiratória aguda ou de um quadro clínico semelhante à gripe, acompanhado de febre, não permite por si só, conhecer a sua etiologia. A febre alta pode estar presente em
mais de 90% dos indivíduos infectados com o vírus influenza, assim como também nos doentes adultos
afectados pelo vírus parainfluenza, rhinovírus, adenovírus, coronavírus, enterovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) e metapneumovírus.
Dos doentes adultos, com quadro clínico sugestivo de gripe ou infecção aguda das vias aéreas, só um terço
tem vírus influenza. Os restantes doentes estarão eventualmente infectados por outros vírus respiratórios,
nomeadamente pelo rhinovírus, que corresponde a cerca de 20% dos casos.
Cerca de 80% dos casos de infecções respiratórias, em crianças, corresponde a infecções pelo VSR.
No actual quadro pandémico e perante a actual disponibilidade dos agentes anti-virais, deve ser feita a
identificação do agente etiológico por detrás do quadro gripal, para instituição de terapêutica anti-viral em
grupos de risco como as crianças, os idosos, os imunossuprimidos e o pessoal que trabalha na saúde.
A identificação e o tratamento precoces podem evitar o uso desnecessário de antibióticos e reduzir os
internamentos hospitalares decorrentes das complicações da infecção.
o diagnóstico laboratorial do vírus h1n1
No nosso laboratório, é possível fazer a investigação laboratorial dos indivíduos
com suspeita de infecção pelo vírus Influenza A / H1N1 assim como o diagnóstico diferencial
com outros 17 agentes virais de infecções respiratórias:
· Vírus Influenza A / H1N1
· Vírus Influenza A, B e C
· Vírus Parainfluenza 1, 2, 3, 4ª e 4 b
· Rhinovírus
· Adenovírus
· Coronavírus
· Echovírus
· Bocavírus
· Vírus sincicial respiratório A e B (VSR)
· Metapneumovírus A e B
O teste efectuado no nosso laboratório permite não só detectar, como também, caracterizar, a eventual
presença do vírus Influenza A / H1N1, assim como dos outros 17 tipos mais comuns de vírus humanos que
causam infecções respiratórias, nos diferentes tipos de amostras clínicas.
A detecção viral é executada por RT-PCR (PCR-transcritase reversa), com amplificação de um fragmento
específico do genoma viral de 120-330 pb. A visualização do produto amplificado é possível graças ao
uso de uma plataforma tecnológica nova, baseada em arrays de baixa densidade: CLART® (Clinical Array
Technology).
A pesquisa por RT-PCR permite a obtenção de resultados em apenas 24 horas, permitindo descartar os
doentes não atingidos pelo novo vírus.
O teste RT-PCR, baseados na amplificação de fragmentos específicos do genoma viral, numa região muito
preservada, e a subsequente detecção por hibridação, com sondas específicas, apresentam elevada especificidade e elevada sensibilidade pois permite a detecção a partir de quantidades mínimas de material
genómico viral.
Colheita de amostras:
· 2 zaragatoas de exsudado nasal (esquerdo e direito)
· 1 zaragatoa de exsudado da orofaringe
www.germanodesousa.com
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