2° H11 / SP T Esta prova contém um total de 6 B 01.06.2010 questões. INSTRUÇÕES: Verifique se sua prova está completa. Preencha corretamente todos os dados solicitados no cabeçalho. Resoluções e respostas somente a tinta (azul ou preta). Utilize os espaços determinados para responder as perguntas, não ultrapassando seus limites. Evite rasuras e o uso de corretivos. Questões com rasuras ou corretivo não serão revisadas. Resoluções e respostas que estiverem a lápis ou em forma de esquema não serão corrigidas. Boa prova! DIAGRAMA 01 utilize para responder à QUESTÃO 05 (páginas internas) REPÚBLICA ROMANA INSTITUIÇÕES Q01. Sobre o declínio da Grécia Antiga, assinale V (VERDADEIRO) ou F (FALSO): (1,0) As Guerras do Peloponeso são o conflito entre as cidades-Estado gregas, pouco tempo depois da vitória contra os persas, do qual Atenas saiu-se vencedora. A vitória nas Guerras Médicas trouxe um período de grande prosperidade ao mundo grego, principalmente para Atenas, que vive então seu esplendor cultural e político. Aproveitando-se do caos entre os gregos no início do século IV a.C, os macedônios liderados por Alexandre submetem as cidades-Estado ao seu domínio, liquidando a independência da Grécia. Na transição para o Período Clássico (séculos VI - IV a.C.), todas as cidades-Estado gregas passaram pelas transformações econômicas, sociais e políticas que levaram à democracia. Q02. No período Homérico (séculos XII-VIII a.C.), surgiram famosos poemas, em meio à crise que se seguiu a um grande conflito no mar Egeu; no período Arcaico (séculos VIII-VI a.C.), os gregos enfrentaram um problema interno com solução externa, enquanto consolidavam as instituições das suas cidades-Estado; no período Clássico (séculos VI-IV a.C.), duas grandes guerras marcaram o apogeu e a queda da civilização grega; no período Helenístico (séculos IV-II a.C.) um poderoso e breve império conquistou a Grécia e a Pérsia, forjando uma nova cultura. (total: 2,0) Quem foi o famoso conquistador e único imperador do período Helenístico? (0,5) ...................................................................................................... Quanto ao tipo de economia e de trabalho, indique as diferenças entre Esparta e Atenas. (0,5) ...................................................................................................... ...................................................................................................... Explique por que a Ilíada e a Odisséia foram fundamentais para o mundo grego. (1,0) ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... Q03. Quando os exércitos de Otávio venceram as forças de Marco Antonio e Cleópatra, encerrando as Guerras Civis, as transformações vividas no mundo romano acabaram por levar a uma nova estrutura de poder. Durante os próximos quatro séculos, Otávio e seus sucessores foram os verdadeiros senhores de Roma, mesmo preservando as estruturas tradicionais da República. (total: 2,0) Qual instituição torna-se o centro do poder no Império? (0,5) ...................................................................................................... Em meio às Guerras Civis, grandes generais chegaram a partilhar o poder entre si nos chamados triunviratos. Por que esses acordos fracassaram? (0,5) ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... De que maneira a expansão territorial agravou tensões sociais e impasses políticos? (1,0) ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... para responder esta questão, utilize os TEXTOS 01/02 (última página) Q04. Péricles e Platão, ambos atenienses, discutindo o mesmo tema, reconhecendo-lhe um mesmo elemento essencial, discordam todavia – e radicalmente – em suas conclusões. (total: 2,0) Qual seria o principal perigo da democracia, segundo Platão? (0,5) ...................................................................................................... De que maneira a democracia assegurava a igualdade, de acordo com Péricles? (0,5) ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... Conciliando os elementos dos dois textos, qual seria a essência da democracia? (1,0) ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... para responder esta questão, utilize o DIAGRAMA 01 (primeira página) Q05. Sobre as instituições da República Romana, podemos perceber no diagrama algumas preocupações formais – e algumas contradições políticas. (total: 2,0) Qual seria a magistratura especial surgida a partir das lutas sociais do início da República? (0,5) ...................................................................................................... Qual era o papel de cada uma das três principais instituições da República Romana? (0,5) ...................................................................................................... ...................................................................................................... Comprove a partir do diagrama a preocupação da República em evitar a concentração de poderes. (1,0) ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... para responder esta questão, utilize o TEXTO 03 (última página) Q06. No texto do professor Barry Strauss, discute-se o contexto geral das Guerras Médicas, conflito que representaria um momento de glória do mundo grego. (total: 1,0) Qual importante batalha marcaria a expedição de Xerxes, segundo ataque à Grécia? (0,5) ...................................................................................................... Transcreva APENAS o trecho que descreve a primeira fase do conflito entre persas e gregos. (0,5) ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... TEXTOS 01/02 utilize para responder à QUESTÃO 04 (páginas internas) Nossas instituições não copiam as leis dos estados vizinhos; somos mais um modelo para eles do que seus imitadores. Nossa administração favorece muitos em lugar de poucos; é por isso chamada de democracia. Observando as leis, vemos que elas oferecem justiça eqüitativa a todos em seus assuntos privados; nos assuntos públicos, nenhuma prevalência social supera a reputação do talento, considerações de classe não interferem no mérito – tampouco pode a pobreza barrar o caminho de um homem apto para servir ao Estado, de forma alguma deixado à sombra em virtude dessa sua condição [...] onde quer que [nossos] inimigos se enfrentem com uma fração apenas de nossas forças, o sucesso contra um destacamento é louvado como uma vitória sobre a cidade, e uma derrota como um revés sofrido nas mãos de todo o nosso povo [...] Nossos homens públicos têm, além da política, assuntos privados para conduzir, e nossos cidadãos comuns, ainda que ocupados com suas próprias atividades, continuam sendo juízes equilibrados dos assuntos públicos; ao contrário de outras cidades, consideramos aquele que não toma parte nesses deveres não como um indivíduo pouco ambicioso, mas como um inútil, e nós atenienses acreditamo-nos aptos a julgar todo tipo de questão – ao invés de enxergar nas discussões um obstáculo à ação, vemo-las como preliminares indispensáveis de qualquer atitude sábia [...] Tal é a Atenas pela qual esses homens, decididos a não perdê-la, nobremente lutaram e morreram; e pela qual cada um daqueles que ainda não tombaram estão igualmente prontos a sofrer [...] Para a Atenas que ora celebrei [a maior glória] está naquilo que estes [jovens] fizeram por ela [...] Por terem escolhido morrer resistindo a viver submetidos, eles esquivaram-se apenas da desonra – para enfrentar o perigo face a face e, depois de um breve momento, abandonados pela fortuna, sucumbir não ao seu medo, mas à sua glória. PÉRICLES (ca.495-429 a.C.) Oração aos Atenienses discurso em honra aos primeiros mortos na Guerra do Peloponeso (430 a.C.) __ O que eu ia dizer há pouco é: não é o desejo insaciável desse bem, e a indiferença por todo o resto, que muda esse governo e o obriga a recorrer à tirania? [...] Quando um Estado democrático, sedento de liberdade, passa a ser dominado por maus chefes, que fazem com que [o povo] se embriague com esse vinho puro para além de toda decência, então, se os seus magistrados não se mostram inteiramente dóceis e não lhe concedem um alto grau de liberdade, ele castiga-os, acusando-os de serem criminosos e oligarcas [...] Não é inevitável que, num Estado assim, o espírito de liberdade se estenda a tudo? [...] Bem, vês o resultado de todos esses abusos acumulados? Compreendes que tornam a alma dos cidadãos tão melindrosa que, à mínima aparência de opressão, estes se indignam e revoltam? E acabam, como sabes, por não se importar com as leis escritas ou não-escritas, para que não tenham nenhum senhor [...] Devido ao desregramento geral, reduz[-se] a democracia à escravidão, pois é certo que todo excesso costuma provocar uma viva reação [...] Desse modo, o excesso de liberdade conduz a um excesso de servidão, tanto no indivíduo quanto no Estado. PLATÃO TEXTO 03 (429-347 a.C.) República diálogo político-filosófico (ca. 387 a.C.) utilize para responder à QUESTÃO 06 (páginas internas) Na primavera de 480 a.C., os membros da aliança grega contra a Pérsia, a Liga Helênica, se reuniram no estreito de Corinto para traçar uma estratégia. Os persas estavam chegando, invadindo a Grécia com toda a sua força. Era o último estágio de uma guerra que já durava uma geração. A guerra começou quando Atenas insultou o poderoso Império Persa, prometendo ser sua aliada em 508 a.C., mas depois renegou a promessa [...] Muito pior, Atenas depois forneceu ajuda militar à Revolta Jônica de 499494 a.C., uma rebelião de súditos gregos [...] da Pérsia na Anatólia Ocidental [Ásia Menor] [...] A Pérsia abafou [a rebelião numa batalha naval decisiva no litoral de] [...] Mileto, líder da revolta. Agora era o momento de vingança contra Atenas. O imperador Dario da Pérsia mandara uma armada através do mar Egeu para invadir Atenas em 490 a.C.. Mas, na Batalha de Maratona, em território ateniense, a 38 km de Atenas, a infantaria ateniense esmagou os soldados persas e salvou o seu país [...] Os gregos [...] combinaram uma estratégia de defesa com três elementos básicos. Primeiro, como a Pérsia atacaria por terra e por mar, a reação dos gregos seria com um exército e uma marinha. O Peloponeso forneceria a maioria dos soldados, desde que Atenas concentrasse toda a [força] na sua grande marinha. Segundo, como a Pérsia estava atacando Atenas pelo norte da Grécia, em vez de pular de ilha em ilha no mar Egeu, os aliados preparariam uma defesa avançada [naquela região]. Seria melhor deter os persas ali do que nas portas de Atenas. Terceiro, o tempo trabalhava a favor dos gregos. Por razões políticas, [Xerxes, o novo] imperador persa queria uma vitória rápida, e por razões logísticas os intendentes persas não poderiam garantir suprimentos para seu enorme exército por muito tempo. Assim, era do interesse dos gregos prolongar a guerra até que os persas desistissem. BARRY STRAUSS A Batalha de Salamina Rio de Janeiro: Record, 2007