Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 Nervo femural (um dos ramos terminais do plexo lombar) Origem. origina-se de L2, L3 e L4 Trajecto: oblíquo para baixo e para fora, relacionado com o bordo externo do psoas, passa atrás do ligamento inguinal, fita íleo-púbica, passa fora do anel femural estando separado da artéria pelo ligamento íleo-pectíneo. Terminação: termina no anel femural Ramos terminais: emite 2 ramos superficiais (muito sensitivos)-destinam-se à pele e tb a músculos-responsáveis pela inervação até ao joelho cutâneo femural anterior medial-vai até ao pectíneo cutâneo femural anterior lateral-inerva o sartóris e depois vai até ao tecido celular subcutâneo. e 2 ramos profundos (sobretudo motores) (destina-se ao quadricipede) um para o quadricipete e que se divide em 4 ramos para as várias porções Inerva o pectíneo e chega à pele para juntamente com o lateral inervar a região anterior da coxa Nervo safeno Nervo safeno- o mais comprido que vem até ao pé, acompanha a veia safena interna (magna)...Extende-se até ao bordo interno do pé e contribui para inervar a pele da região antero-interna da perna e bordo interior do pé. Quando se tem varizes e se opera tem que se ter cuidado com o nervo. Plexo sagrado resulta da união do tronco lombosagrado (L4 e L5) com as raízes de S1, S2 e S3. Tem relações com: o músculo piriformes, depois com a aponevrose pélvica e vasos ilíacos internos. ramos colaterais: nervo do piriformes nervo glúteo superior (sai por cima do piriformes) logo à saída da escavação pélvica para o pequeno e médio glúteo, inerva tb o tensor da fáscia lata 1 Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 sai da bacia pelo foramen grande ciático nervo glúteo inferior (sai por baixo do piriformes) inerva o músculo grande glúteo nervo cutâneo femural posterior alcança a região poplitea inerva a pele da região poplitea ramo terminal nervo ciático Nervo ciático é o nervo misto mais comprido e volumoso do corpo Origem: nasce a nível do bordo inferior do piriforme Trajecto: 2 Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 Desce na região posterior da coxa, após a sua origem sai da bacia pelo foramen grande ciático, na região glútea à frente do grande glúteo a atrás dos músculos da bacia:piriformes, obturador interno e génios. Desce entre duas formações ósseas: por dentro a tuberosidade isquiática e por fora o grande trocanter, estando mais perto deste útimo do que da primeira. Onde se espeta a agulha? Nos quadrantes superior da região glútea e pica-se no externo. O nervo ciático desce na coxa à frente da longa porção do bicipete femural. Depois já que o bicipete femural vai para a cabeça da fíbula, o ciático mantém-se na região média da coxa, relacionado por fora com o bicipete e por dentro o semimembranoso e o semi tendinoso, terminando acima da região poplitea emitindo dois ramos. Às vezes numa das coxas não há nervo ciático e os dois terminais começam logo na escavação pélvica. Ramos terminais: nervo tibial nervo peroneal comum 3 Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 Nervo peroneal comum Origem: ramo externo da bifurcação do nervo ciático, começa na maior parte dos casos um pouco acima da região poplitea. inerva músculos da loca anterior e lateral da perna Trajecto: oblíquo para baixo e para fora em direcção à cabeça da fíbula, contorna-a, alcança o colo da fíbula (na espessura do músculo) e na região antero lateral termina bifurcando-se em peronial profundo e peronial superficial. ramos colaterais: ramo articular para o joelho nervo cutâneo sural lateral (há vários cutâneos surais vindos de locais nervos diferentes)-pode dar 2 ramos o peronial profundo e o peronial superficial. Pode ainda haver outro ramo vindo do profundo que acompanha o superficial. dirige-se para a pele e tem um ramo que se une com o cutâneo sural medial responsável pela zona lateral da perna (?). ramo para o músculo tibial anterior Terminação: nervo peroneal profundo Origem é logo abaixo do colo da fíbula é sempre profundo Trajecto:oblíquo descendente, à frente do ligamento interósseo, juntamente com a artéria tibial e veias tibiais anteriores. Qd desce torna-se mais superficial mas sempre sub-aponevrótico (atrás). Por isso dizer que a aponevrose está intacta é equivalente a “ausência de lesão” do nervo porque ele está para dentro da aponevrose ao contrário do superficial que no 1/3 distal da perna é superficial. Passa atrás do retináculo dos extensores e chega ao dorso do pé. Terminação: termina quando chega ao dorso do pé em 2 ramos: nervo lateral (inerva também o curto extensor dos dedos e nervo medial. Continua a acompanhar a artéria dorsal do pé e termina entre o 1º e 2º dedos constituindo os dorsais digitais para o hallux e para o segundo dedo. Para que serve(?):para os músculos da loca anterior da perna e para uma zona pequena da sensibilidade entre o 1º e 2ºdedos. nervo peroneal superficial primeiro entre os músculos e no 1/3 inferior da perna torna-se cada vez mais superficial e perfura a aponevrose na união do 1/3 médio com o 1/3 superior (?) e passa à frente do retináculo dos extensores e chega ao pé, onde dá 2 ramos terminais (por vezes 3): nervo cutâneo dorsal medial nervo cutâneo dorsal externo Originam os nervos digitais dorsais comuns e próprios Dá ramos responsáveis pela metade distal antero-externa da perna e dorso do pé. 4 Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 Nervo tibial (outro ramo do ciático)(?)-inerva a região posterior da perna e pé Origem: a nível do ângulo superior do cavado popliteu continuando o nervo ciático desce na região medial poplitea entre o tricipete sural e os músculos profundos da perna. Atravessa a arcada do solear. durante o seu trajecto acompanha a artéria tibial superior (?) e passa a nível da goteira calcaneana medial Terminação:a nível da goteira calcaneana medial por bifurcação originando os nervos: plantar medial plantar lateral Ramos colaterais: para todos os músculos da região posterior da perna. Dá ainda um ramo cutâneo (para a pele) sural medial (vem do tibial) que se une com o sural lateral (do peroneal comum) formando o nervo sural. Nervo sural (sensitivo) nasce na região poplitea desce ao longo da face posterior da perna acompanhando a pequena veia safena inerva a região posterior da perna e o bordo externo do pé Nervo plantar medial (?) Caminha junto ao bordo interno do pé, para dentro da mucosa (?) do abductor do hallux. Termina a nível da base dos metatársicos emitindo 2 ou 3 ramos terminais que formam os digitais plantares comuns que por sua vez formam os digitais plantares próprias para o 1º,2º, 3º e metade interna do 4º dedo (?). (?) fornece inervação para os plantares internos do pé à excepção do abductor do halux (?) inervado pelo plantar externo. (?) fornece ainda inervação do 1º lombricóide Nervo plantar lateral (?) Origem: bordo interno do pé e cruza obliquamente a planta do pé em direcção ao bordo externo do pé quando chega ao 4º espaço interósseo muda de direcção para dentro descrevendo uma arcada acompanhando a artéria plantar externa em direcção 5 Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 ao 1º espaço metatársico. Inerva o aductor e os outros lombricóides (pq está mais para fora). inerva o 2º, 3º e 4º lombricóides; os interósseos (pq o nervo tem trajecto transversal e ali torna-se profundo). 6 Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 Sistematização da inervação do membro inferior INERVAÇÃO MOTORA ANCA: Inervação motora todos os músculos são inervados pelo plexo sagrado à excepção do obturador externo que é inervado pelo nervo obturador. COXA: Inervação motora região ântero-externa tensor da fáscia lata – nervo glúteo superior (colateral do plexo sagrado) 7 Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 sartório e quadricípete femural – inervados pelos ramos terminais do nervo femural região interna todos os adutores e gracilis – nervo obturador; Uma parte inferior do aductor magno é ainda inervada por um colateral do nervo ciático músculo pectíneo – nervo femural região posterior bicipete femural, semimembranoso e semitendinoso – nervo ciático PERNA: Inervação motora região anterior nervo peroneal profundo; no entanto o tibial anterior ainda recebe um ramo do peroneal comum região externa nervo peroneal superficial região posterior nervo tibial PÉ: Inervação motora região dorsal curto extensor dos dedos – ramo lateral do nervo peroneal profundo região plantar interna - músculos do halux (excepto adutor do halux) – nervo plantar medial externa – os que se dirigem para o 5º dedo – nervo plantar lateral médios – (?) o curto flexor dos dedos e o quadrado plantar – nervo plantar medial e lateral 1º lombricóide – nervo plantar medial Últimos lombricóides – nervo plantar externo Interósseo – plantar lateral 8 Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 INERVAÇÃO SENSITIVA COXA: Inervação sensitiva região anterior parte superior da raíz da coxa ilioinguinal e genitofemural 2/3 inferiores ramos cutâneos do nervo femural região posterior cutâneo femural posterior (do ciático) região interna nervo femural (em cima) nervo obturador (em baixo) 9 Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 PERNA Inervação sensitiva região antero-externa metade superior – nervo cutâneo sural lateral (do peroneal comum) metade inferior – nervo peroneal superficial região antero-interna nervo safeno (terminal do femural) região posterior nervo sural que vem do tibial e do peronial comum 10 Anatomia I Membro Inferior 1º Ano 2004/2005 PÉ Inervação sensitiva face plantar para fora da linha imaginária que vai do 4º dedo até ao calcâneo – nervo plantar lateral para dentro a essa linha – nervo plantar medial para trás dessa linha – ramos colaterais do nervo tibial face dorsal na sua maior extensão (mais perto do eixo do pé) inervado pelo peronial superior; contudo há uma zona mais externa que é inervada pelo nevo sural (acompanha a veia safena externa). Na zona interna é o nervo safeno interno (ramo do femural). zona entre hallux e o 2º dedo – nervo peronial profundo 11