Projecto de Execução (Arquitectura Paisagista)

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D.G.I.E.- DIRECÇÃO GERAL DE INFRAESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS
POSTO TERRITORIAL DA G.N.R. RESENDE
VOLUME 1 - ARQUITECTURA
MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
PROJECTO DE EXECUÇÃO - ARQ. PAISAGISTA
(Imagem)
DOCUMENTO Nº :
Nome
30165 PE AP MD 0501 0
Assinatura
Data
Sandra Candeias
2009-06-27
Ana Riscado
2009-06-28
Verificado :
Sandra Candeias
2009-06-28
Aprovado p/
Expedição:
Alberto Barradas
2009-05-29
Elaborado :
Revisto :
Histórico de Alterações
Revisão
Data
Descrição
0
29-05-2009
Emissão para cliente
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ÍNDICE
1
OBJECTIVO E ÂMBITO......................................................................................... 4
2
DESCRIÇÃO DO PROJECTO ............................................................................... 4
2.1
Pavimentos ...................................................................................................................7
2.2
Mobiliário Urbano .........................................................................................................7
2.3
Iluminação.....................................................................................................................8
2.4
Material Vegetal ............................................................................................................8
2.5
Rede de Rega................................................................................................................9
2.6
Redes de Drenagem de Superfície ..............................................................................9
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1
OBJECTIVO E ÂMBITO
O presente Projecto de Execução de Arquitectura Paisagista reporta-se à proposta para o
ordenamento dos espaços exteriores remanescentes da implantação do edifício do futuro
Posto Territorial da G.N.R. de Resende, definida no projecto de arquitectura, de forma a
garantir a sua melhor adaptação ao programa estabelecido e conferindo a melhor
funcionalidade do edifício com a sua envolvente directa.
2
DESCRIÇÃO DO PROJECTO
O posto territorial insere-se fora do centro urbano de Resende, numa área que ainda
apresenta uma forte componente agrícola, onde se podem observar vários terrenos ocupados
por pomares e vinhas, sendo que a própria área de intervenção consistia num pomar de
cerejeiras.
Fig. 1. Envolvente da área de Intervenção
Fig. 2. Área de intervenção
No entanto, a expansão urbana já se faz sentir, nomeadamente com a presença de uma
Escola a Sul, e de alguns aglomerados habitacionais que se concentram sobretudo a
Nascente e a Poente.
A área de intervenção, com cerca de 4 400 m2, é delimitada a poente pela Rua da Ermida, a
sul pela Rua Monsenhor Manuel de Almeida, a nascente por um arruamento local de acesso
a uma zona habitacional, e a norte pelo muro e vedação da Escola existente.
O presente projecto de Arquitectura Paisagista define o desenho das áreas remanescentes
da implantação do edificado. Neste sentido, procedeu-se à organização dos diferentes
espaços exteriores para os quais foram também definidas as respectivas implantação e
altimetria. Foram igualmente definidos os materiais e o material vegetal a empregar, no
sentido de conferir àqueles espaços a melhor qualidade funcional e estética, na sua
integração com a envolvente directa.
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De um modo geral, no conjunto do espaço exterior, criaram-se três sub-espaços
funcionalmente distintos: a zona de entrada principal do Posto, voltada a norte, a zona junto à
entrada nascente do edifício que inclui o acesso automóvel e a zona destinada ao exercício
de parada militar e as áreas plantadas de enquadramento ao edifício, a nascente e a poente.
Para a zona de entrada principal ao edifício, e com o objectivo de vencer a diferença
altimétrica entre a cota de soleira daquele e a cota do nível da Rua Monsenhor Manuel de
Almeida, propõe-se uma escadaria e um conjunto de duas rampas de acesso. Adoçados à
fachada principal do edifício, propõem-se dois canteiros-banco, os quais regularizam as áreas
de circulação pedonal e enquadram o edifício, conferindo-lhe volume, cores e textura através
de vegetação arbustiva e herbácea.
Houve a intenção de alargar o passeio norte da Rua Monsenhor Manuel de Almeida, de modo
a conferir melhores condições de conforto, de acessibilidade e mobilidade ao peão, e de
prever uma zona destinada ao estacionamento automóvel ao longo daquele, com capacidade
para 14 lugares. Os arruamentos que contornam o lote a nascente e a poente serão também
reperfilados, de modo a possibilitar a existência de passeios com uma largura mínima de
1.5m. Propõe-se que estes passeios sejam pavimentados com calçada de granito, e que a
bolsa de estacionamento seja executada em cubos de granito, mantendo-se, desta forma,
uma uniformidade na intervenção no espaço público.
Prevê-se ainda a reimplantação de duas passadeiras de peões existentes, e a implantação de
uma nova no extremo norte da área de intervenção, de modo a melhor se adequarem às
novas necessidades de atravessamento pedonal.
Na zona de entrada a nascente, a qual tem como principal propósito o tráfego automóvel de
acesso à parada militar e às garagens, propõe-se um pavimento em cubos de granito, para o
qual as caixas foram devidamente dimensionadas de acordo com a capacidade de carga.
Conforme estabelecido no programa entregue pelo cliente, foi prevista a implantação de uma
zona destinada ao exercício da parada militar, aberta a poente e contida a sul e a nascente
pelos corpos edificados do posto, e a norte, pelo muro contíguo à escola existente.
Propõe-se a definição de uma zona pedonal na envolvência directa das fachadas do edifício e
de uma zona plantada, cuja forma resulta do desenho ortogonal da parada. A estereotomia da
parada foi definida por linhas marcantes, materializadas por paralelepípedos em pedra de
granito, as quais realçam os painéis de drenagem superficial e a forma geométrica daquela.
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Ainda para a zona da parada, prevê-se a plantação de quatro exemplares da espécie Acer,
em conjuntos de dois, em caldeira e em zona verde, os quais irão fechar o espaço a sul e a
poente, proporcionando condições de conforto para a criação de uma pequena zona de
estadia com dois bancos de jardim.
Pretende-se que o grupo gerador seja devidamente integrado no espaço exterior, de forma a
não se constituir como um elemento dissonante no espaço. Neste sentido propõe-se que
aquele equipamento seja implantado na continuidade do edifício das garagens, adoçando-se
ao muro que separa o lote da Escola, ficando, desta forma, encaixado na zona plantada junto
da entrada automóvel a nascente, o que lhe confere facilidade de acesso.
Por motivos de segurança, o grupo gerador será delimitado por uma vedação metálica
pintada, que se constituirá como uma estrutura leve e transparente a qual será ornamentada
por trepadeiras com folhagens outonais, conferindo-lhe uma escala de pequeno jardim, a qual
é reforçada pelas lajetas de granito propostas para o caminho de acesso.
Na zona de entrada a nascente, o alargamento do acesso, em frente ao conjunto das
garagens, permitiu a criação de uma bolsa de estacionamento automóvel com capacidade
para 10 lugares, dispostos a 90º. Nesta zona, devido à exiguidade do espaço de intervenção,
optou-se por colocar o peão e o automóvel a circular em simultâneo, não havendo clara
diferenciação entre circuitos pedonais e viários.
Nas zonas verdes de enquadramento aos edifícios, é intenção do projecto manter o pomar de
cerejeiras existente, de forma a conservar um traço da imagem rural que caracteriza a
paisagem envolvente, agora com uma função estética e simbólica.
Por outro lado, e de forma a quebrar a rigidez da quadrícula do pomar, propõe-se a criação
de uma orla arbórea e arbustiva, que produza um efeito de “almofada” verde e confira ao
espaço conforto e privacidade. Pretende-se que esta orla seja densa e rica em cores e
texturas, sendo constituída por exemplares com interesse ornamental, autóctones ou
adaptados às condições edafoclimáticas da região, de forma a contribuir para o equilíbrio
ecológico dos ecossistemas locais e a minimizar os custos de manutenção com os espaços
plantados.
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2.1
Pavimentos
De um modo geral, propõe-se que os pavimentos a aplicar sejam em pedra de granito,
conforme dominância na zona, em calçada ou em cubos, conforme se destinam a percursos
pedonais ou viários. De igual modo, nas áreas incluídas no interior do lote, os lancis, os
remates, assim como os desenhos de pavimento que enformam a parada, serão executados
em paralelepípedos de pedra granítica. Para os arruamentos reperfilados, que contornam o
lote, os lancis são propostos em pedra de granito da mesma natureza.
O capeamento e o revestimento dos muros de betão, assim como o revestimento das
escadas propostas, serão efectuados com pedra de granito, à semelhança da utilizada na
fachada principal do edifício, de forma a conferir uniformidade ao conjunto.
As escadas definidas serão revestidas a pedra de granito, assim como os capeamentos e os
revestimentos dos muros de betão propostos, à semelhança da pedra utilizada no edifício.
Na zona plantada junto ao grupo gerador, o acesso será efectuado em lajetas de granito,
dado que se trata de uma zona com utilização esporádica.
Uma vez que se propõe o reperfilamento dos arruamentos a nascente, a norte e a poente,
propõe-se que seja efectuada uma ripagem do betuminoso asfáltico existente, seguida de
uma recarga, de modo a que a superfície se apresente no final da obra homogénea.
2.2
Mobiliário Urbano
O acesso à parada, far-se-á a partir da Rua da Ermida, através de um portão automático, o
qual é complementado por uma porta de homem e por uma vedação em perfis tubulares, na
qual se inclui o armário dos contadores, formando, assim, um conjunto com uma imagem
homogénea, em aço galvanizado pintado, conforme definido no projecto tipo fornecido pelo
Cliente. Dando continuidade a esta imagem, todo o lote será delimitado por uma vedação
metálica pintada, tipo “Bekaert”, funcionando como uma barreira transparente, que
acompanha e se adapta à altimetria dos muros que enformam o espaço de intervenção.
Propõe-se a colocação de dois bancos de jardim sob as copas das duas árvores plantadas
em caldeira, na zona de passeio, junto ao corpo do edifício principal do posto, a qual reúne as
condições de conforto desejáveis para a estadia.
Junto à fachada principal propõe-se a aplicação de uma guarda em aço pintado que irá ladear
a rampa, prolongando-se até à escadaria proposta a nascente. Ainda nesta fachada, prevê-se
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uma porta de homem com as características da já definida acima, que permitirá o acesso
secundário directo ao interior da parada e ao restante edifício.
2.3
Iluminação
Dado que existem equipamentos de iluminação pública viária no local, propõe-se que estes
sejam reimplantados de acordo com os novos reperfilamentos dos passeios, nomeadamente
na Rua Monsenhor Manuel de Almeida e no arruamento a nascente do lote.
Uma vez que se trata de espaço público, o empreiteiro deverá contactar a EDP para que esta
proceda à execução dos trabalhos associados ao reposicionamento da iluminação pública em
conformidade com a nova organização do espaço.
Foi compatibilizada com a especialidade de electricidade, a proposta de iluminação exterior
do edifício, nomeadamente, da aplicação dos projectores nas fachadas do edifício e dos focos
decorativos na fachada principal, estando a mesma definida no projecto da especialidade de
instalações eléctricas.
2.4
Material Vegetal
O conceito geral para a definição do presente plano de plantação baseia-se na manutenção
do pomar de cerejeiras (Prunus cerasus) e, sempre que possível, propõe-se a sua
colmatação com exemplares que terão de ser transplantados, devido à implantação do
edificado.
Prevê-se a plantação de uma orla arbóreo-arbustiva, composta por um conjunto de espécies
autóctones, dispostas organicamente, envolvendo todas as áreas plantadas.
O conjunto de árvores de médio e grande porte, de crescimento rápido a plantar, inclui os
exemplares de Prunus cerasus transplantados, exemplares de Acer pseudoplatanus, Acer
palmatum e Pinus pinea, espécie esta, que se irá pontuar o espaço e constituir-se como um
elemento marcante.
Os maciços arbustivos são compostos por espécies caducas e perenes de Acca sellowiana,
Arbutus
unedo,
Crataegus
monogyna,
Citysus
scoparius,
Ilex
aquifolium,
Prunus
laurocerasus, Prunus lusitanica e Viburnum tinus, os quais irão conferir uma riqueza em
termos de diversidade de formas e texturas ao espaço.
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Estão previstos dois canteiros-banco adoçados à fachada principal do edifício. O canteirobanco que antecede as escadas será plantado com duas espécies de arbustos de pequeno
porte: Stachys lanata em primeiro plano, e Daphne retusa como pano de fundo, nele se
destacando um exempler de Acer palmatum, tornando este recanto mais convidativo à
estadia. No canteiro-banco junto às rampas de acesso, propõe-se o seu revestimento com
Stachys lanata, que confere uma superfície homogénea e texturada.
Para a zona verde que recorta a parada a sul, propõe-se o prolongamento da orla arbórea e
arbustiva já descrita, criando volumetrias interessantes no alçado do muro do limite da
propriedade. A escolha das duas árvores plantadas na zona verde citada, privilegiou uma
espécie caduca e com folhagem outonal interessante de forma a marcar o espaço e a
conferir-lhe identidade – o Acer pseudoplatanus. São propostas outras duas árvores da
mesma espécie, em caldeira, junto à fachada a poente, criando-se assim, uma cortina que
enforma a parada a sul e a poente, conferindo-lhe uma escala humana.
A vedação envolvente ao grupo gerador suportará o desenvolvimento de trepadeiras da
espécie Parthenocissus tricuspidata, as quais irão integrar aquele, funcionando como uma
barreira visual e conferindo colorações interessantes ao longo do ano.
Como revestimento das zonas verdes propõe-se a instalação de uma sementeira de relvado
rústico adaptado às condições edafoclimáticas e a utilização da casca de pinheiro sob a
plantação dos maciços arbóreo-arbustivos.
2.5
Rede de Rega
Previu-se que as áreas plantadas fossem dotadas com sistema de rega automático,
nomeadamente, com sistema de gota-a-gota nos dois canteiros contíguos à fachada principal,
com pulverizadores na área envolvente ao grupo gerador e com aspersores na zona
remanescente, de forma a se garantir uma maior probabilidade de sucesso para o material
vegetal plantado e semeado e se reduzirem os encargos com a manutenção.
2.6
Redes de Drenagem de Superfície
No que respeita à drenagem superficial, o projecto definiu a altimetria do espaço, bem como
as pendentes dos pavimentos, que serviram de base para o cálculo do sistema de drenagem,
definido em projecto específico.
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