Tronco Encefálico - Musse Jereissati

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NEURO
ANATOMIA
Estrutura e Funções do
Tronco encefálico &
Cerebelo
PROF. MUSSE JEREISSATI
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Feito com Apple Keynote
AGORA,
NÃO!
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Controle Motor Somático
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Tronco Encefálico
(Tronco Cerebral)
• Situa-se sobre a base do osso Occipital
•Estende-se da medula espinal até o diencéfalo
•Inferior ao cérebro e anterior ao cerebelo
•Continua como medula (forame magno) sem limite anatômico
claro;
•Divisões (sentido caudal -> Rostral):
•Bulbo raquidiano (medula oblonga)
•Ponte
•Mesencéfalo
•TE contém muitos tratos de fibras descendentes e ascendentes.
•Contém uma matriz de neurônios = formação reticular
•Apenas 4,4% do peso total do encéfalo
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TE - Posterior
Ventrículo III
n. Troclear IV
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TE - Posterior
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TE - Anterior
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O Bulbo (Medula Oblonga)
é a parte do tronco encefálico que fica ente a medula
espinal e a ponte (no interior do crânio).
Origem embriológica: mielencéfalo
Limites:
Superior: sulco bulbopontino
Inferior: decussação das pirâmides ou plano
transversal entre o occipital e o atlas.
O Bulbo (Medula Oblonga)
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Propriocepção (Cinestesia)
É o termo utilizado para nomear a capacidade em
reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição
e orientação, a força exercida pelos músculos e a
posição de cada parte do corpo em relação às demais,
sem utilizar a visão. Este tipo específico de percepção
permite a manutenção do equilíbrio postural e a
realização de diversas atividades práticas.
A percepção somatosensorial envolve tanto exterocepção quanto a
propriocepção.
Exterocepção envolve sensação de tato, pressão, dor e temperatura através
dos receptores da pele.
Propriocepção - sensação de posição e movimento via receptores dos
músculos, tendões e articulações.
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Anatomia funcional do Bulbo
Pirâmide: fibras nervosas descendentes (substância branca)
relacionadas com a motricidade (movimentos) voluntária (trato
corticospinal ou piramidal)
Decussação das pirâmides: cruzamento de lado de
85% das fibras do trato corticospinal ou piramidal da
motricidade voluntária.
Oliva: centro de associação para a postura, o equilíbrio e o
tônus muscular.
Tubérculo grácil: parte da via aferente da sensibilidade
proprioceptiva consciente do membro inferior.
Tubérculo cuneiforme: parte da via aferente da
sensibilidade proprioceptiva consciente do membro superior.
Decussação das Pirâmides
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A Ponte
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A Ponte
Conceito: parte do tronco encefálico situada na frente do
cerebelo, acima do bulbo e embaixo do mesencéfalo.
Origem embriológica: metencéfalo.
Limites:
a) superior: fossa interpeduncular;
b) inferior: sulco bulbopontino;
c)lateral: emergência do nervo trigêmeo.
Sulco basilar: para a artéria basilar no centro da face anterior.
Anatomia Funcional da Ponte
Na base, a parte anterior da ponte:
a) fibras nervosas descendentes (substância branca) relacionadas com
a motricidade voluntária (trato corticospinal ou piramidal e trato
corticonuclear);
b) fibras nervosas transversais para o cerebelo;
c) núcleos pontinos de substância cinzenta.
Corpo trapezoide: participa da via da audição.
Lemnisco medial: participa da via aferente da sensibilidade
proprioceptiva consciente.
Anatomia Funcional do Mesencéfalo
Base dos pedúnculos cerebrais: vias descendentes dos tratos
corticospinal e corticonuclear da motricidade voluntária.
Tegmento:
a- Substância negra: centro de associação da motricidade
somática extrapiramidal.
b- Núcleo rubro: centro de associação da motricidade
somática extrapiramidal.
c- Núcleos dos nervos cranianos: oculomotor, troclear e parte
do trigêmeo.
Teto:
a- Colículo superior: coordenação dos movimentos do bulbo do
olho.
b- Colículo inferior: via aferente da audição.
Aqueduto do mesencéfalo: passagem para o líquido
cerebrospinal, comunicação do terceiro ventrículo (acima) com o
quarto ventrículo (abaixo).
O Mesencéfalo
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Quarto Ventrículo
Locus ceruleus: estrutura pertencente à formação reticular
relacionada provavelmente com o sono.
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Grandes Vias
Ascendentes – Levam a
informação até o SNC
Descendentes – Levam
informação do SNC,
após a “interpretação”
até o órgão efetuador
e outros órgãos. Vem da
“tomada de outras
atitudes”, como
desligar a chapa, mudar
de posição, lavar a
mão...
VIAS AFERENTES
É uma corrente de neurônios na qual o impulso nervoso
captado em um receptor periférico é conduzido até os
centros de associação no sistema nervoso central.
Classificação:
Vias aferentes da sensibilidade
Vias aferentes proprioceptivas inconscientes ou da postura e do equilíbrio
Vias aferentes sensoriais (visão, audição, gosto e olfato)
Vias aferentes da sensibilidade
Classificação de acordo com a localização do receptor:
Sensibilidade exteroceptiva: receptores na pele
Sensibilidade proprioceptiva: receptores nos músculos, articulações e
ossos
Sensibilidade interoceptiva: receptores nas vísceras (estômago, pulmões
etc.)
VIAS EFERENTES
São (uma corrente de) neurônios na qual o impulso nervoso
originado em um centro de associação do sistema nervoso central é
conduzido ao órgão efetuador (responsável pela resposta,
geralmente músculo).
Classificação:
Vias eferentes da motricidade somática [Sistemas motores “Reflexo”, “Piramidal
(voluntário) e “Extrapiramidal (automático)]
Vias eferentes da motricidade autônoma
Importante:
O efetuador, é o músculo esquelético que é comum aos três sistemas.
O centro de associação do sistema motor reflexo está na medula, portanto é um
centro segmentar.
O centro de associação do sistema motor extrapiramidal (automático) encontra-se
nos núcleos da base, no tronco encefálico e no diencéfalo, portanto é um centro
suprassegmentar.
O centro de associação do sistema motor piramidal (voluntário) está no córtex
cerebral, portanto é um centro de associação cortical.
Vias Ascendentes da medula
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Homúnculo
Sensitivo
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Homúnculo
Sensitivo
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Sistema Motor Piramidal(Voluntário)
Compreende o ato motor que depende diretamente da vontade de
agir em determinado momento.
Suas vias principais são: o trato piramidal por passar pela pirâmide
do bulbo ou trato córtico-espinal porque se origina no giro précentral do córtex e termina na medula e o trato córtico-nuclear.
Núcleos dos Sistemas Descendentes
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Motricidade
temos 2 tipos básicos de motricidade: voluntária
e involuntária.
1)Voluntária: relacionada com o sistema
piramidal ( existe nos mamíferos).
2)Involuntária:
a)movimento Reflexo ( relacionado com o arco
reflexo – base anatômica).
b)movimento Automático ( relacionado com o
sistema extra piramidal).
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Sistema Extrapiramidal (SEP)
É constituído pelo núcleos da base (base
anatômica do): NUCLEO CAUDADO, PUTAME,
GLOBO PÁLIDO (esses 2 últimos juntos formam o
NÚCLEO LENTICULADO )e o NÚCLEO SUB
TALÂMICO.
O tálamo que é o maior dos núcleos basais não
pertence ao SEP. É uma estrutura muito mais
complexa que realiza todas as funções (sensitivo,
motor, visual, auditivo, extra piramidal etc.).
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Sistema Extrapiramidal (SEP)
Existem ainda 2 estruturas do SEP que não estão
localizadas na base do encéfalo, e sim, no tronco
cerebral, que são a SUBSTÂNCIA NEGRA e o
NÚCLEO RUBRO (ambos localizados no mesencéfalo).
A Substância Negra é muito importante nas patologias
do SEP.
Do ponto de vista fisiológico, o núcleo caudado, o
putame e o globo pálido juntos formam o que
chamamos de CORPO ESTRIADO.
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Sistema Extrapiramidal (SEP)
Estes núcleos basais comunicam-se entre si através de vias de
ida e volta e utilizam 1 ou mais neurotransmissores específicos
para cada via: a maioria das patologias do SEP tem como
principal fisiopatologia
o desequilíbrio bioquímico deste
sistema de neurotransmissores (muito mais do que lesões
anatômicas do SEP).
A)POSTURA CORPORAL:
Um Parkinsoniano e um coreico têm as posturas alteradas.
B) FÁCIES (aqui deve-se observar):
Movimentação facial (mímica automática, facial ou emocional)
Movimento automático de piscamento
Normal: piscamos 20vezes/min.
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Distúrbios do Sistema Extrapiramidal
Piscamento pode ser: Reflexo, Automático ou
Voluntário
O Parkinsoniano e o coreico podem alterar a
mímica facial automática.
- O Parkinsoniano quase não tem expressão, mímica
facial (fácies “congelada”, não demonstra emoção) e
tem o piscamento automático bastante diminuído.
-Se o movimento coreico afetar a face, ele faz mil e
uma expressões faciais automáticas e pisca muitas
vezes.
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Distúrbios do Sistema
Extrapiramidal
MOVIMENTOS CORPORAIS
As doenças do SEP são doenças dos movimentos (um
indivíduo que apresenta alteração do SEP tem alterados
os seus movimentos).
Ex¹.: Parkinsoniano tem repertório motor muito
pequeno, uma pobreza e lentidão dos movimentos.
Ex².:Coreico: movimentação corporal riquíssima,
desordenada, incoordenada.
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Distúrbios do Sistema
Extrapiramidal
MARCHA
Ex¹.: Marcha Parkinsoniana é muito característica:
arrastando os pés e passos curtos (produz ruído
característico).
EX².: Marcha do coreico pode ser completa, bizarra (se
o movimento coréico atingir os membros inferiores):
marcha sem padrão; o movimento coréico é imprevisível.
Marcha Coreica
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Distúrbios do Sistema Extrapiramidal
FALA:
Ex¹.: Parkinson: fala monótona, baixo e num só tom
(não dão entonações).
Ex².: Coreia: quando atinge a musculatura fonatória
é afetada, apresenta distúrbios da fala.
OBS: Fala e marcha só são voluntárias para se começar e para
interromper. Os movimentos automáticos exigem pouco
esforço e atenção e cansam muito pouco.
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Distúrbios do Sistema Extrapiramidal
TÔNUS MUSCULAR:
O Tônus muscular (estado de semicontração
involuntária que os músculos apresentam quando
estão em repouso completo) é uma função reflexa,
porém as influências supra-segmentares são tão
importantes, que tanto as patologias do SEP como do
Sistema Piramidal dão alteração de tônus.
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Sistema extrapiramidal (SEP)
É a base na anatômica da motricidade automática.
É o conjunto de estruturas localizadas principalmente
na região basal do encéfalo que controla ou regula a
postura corporal, a movimentação automática e o
tônus muscular. Portanto, é um sistema de integração
motora e exerce estas funções.
É chamado desta forma por que há muito tempo os anatomistas
consideravam que todas as vias neuronais que não passassem pelas
pirâmides bulbares no seu trajeto até a medula, seriam vias extra piramidais.
Baseado nesta definição os sistemas cerebelar e vestibular seriam extra
piramidais. porém as patologias cerebelares e vestibulares dão
manifestações clínicas e tem fisiopatologia completa diferentes das
patologias que acometem o conjunto de estruturas que hoje chamamos
sistema extra piramidal(SEP).
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Doença de Parkinson
Desordem progressiva do movimento devido à disfunção dos
neurônios secretores de dopamina nos NÚCLEOS da base,
que controlam e ajustam a transmissão dos comandos
conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo
humano. Não somente os neurônios dopaminérgicos estão
envolvidos, mas outras estruturas produtoras de serotonina,
noradrenalina e acetilcolina estão envolvidos na gênese da
doença.
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Doença de Parkinson
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Sistema Motor Extrapiramidal (Automático)
Compreende os atos motores que realizamos sem necessidade da intervenção
de nossa vontade para cada movimento porque já se encontram “registrados e
gravados” em nosso sistema nervoso central. Recebem a denominação de vias
extrapiramidais.
Os centros de associação estão situados nos núcleos da base (putame,
núcleo caudado, claustro, globo pálido), no diencéfalo (núcleo
subtalâmico) e no tronco encefálico (núcleo rubro, substância negra)
Os tratos mais conhecidos são: retículo-espinal, rubro-espinal,
teto-espinal e vestíbulo espinal.
Tratos Extrapiramidais
1)Trato retículo-espinal
É a via extrapiramidal com maiores atribuições. Estão
relacionados com o tônus muscular, com movimentos dos
músculos axiais e com os movimentos envolvidos no andar.
2)Trato rubro-espinal
Origina-se no núcleo rubro. Controla os movimentos dos
membros particularmente dos músculos flexores.
3)Trato teto-espinal
Sua origem está no colículo superior. Atua em movimentos
reflexos decorrentes de estímulos visuais.
4) Trato vestíbulo-espinal
Forma-se na área vestibular do quarto ventrículo. Controla
movimentos dos membros particularmente os extensores e
também atua em movimentos relacionados com o equilíbrio
Tratos Piramidais e Extrapiramidais
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Sistema Piramidal e Extrapiramidal
O sistema piramidal compreende as fibras dos tratos córtico-nuclear e
córtico-espinhal, assim como as áreas corticais onde a maioria delas
tem origem.
Todas as vias motoras somáticas não compreendidas nesta definição
fazem parte do sistema extrapiramidal.
O Sistema Extrapiramidal compreende:
A. As chamadas áreas extrapiramidais do córtex cerebral;
B. Todo o cerebelo;
C. Vários núcleos do telencéfalo, tais como o núcleo subtalâmico, alguns
núcleos talâmicos e núcleos do corpo estriado;
D. Vários núcleos e áreas do tronco encefálico (núcleo rubro, núcleo olivar
inferior, substância negra, núcleos vestibulares, formação reticular e tecto
mesencefálico)
As conexões destas estruturas e as vias que as ligam ao neurônio motor
inferior constituem as vias extrapiramidais.
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Funções (simplificado)
O sistema piramidal é responsável pela execução dos movimentos
voluntários. O sistema extrapiramidal é responsável pelos movimentos
automáticos que compreendem os chamados automatismos primários
ou instintivos, e os automatismos secundários.
Automatismos Primários - são movimentos inatos que não dependem
da aprendizagem, tais como o choro, a sucção e a deglutição.
Automatismos Secundários - se estabelecem após um período de
aprendizagem, como a dança, a marcha e a natação. A fase de aprendizagem
depende do sistema piramidal, passando ao domínio do extrapiramidal quando se tornam
automáticos.
Alterações:
- Piramidal: paresias/paralisias – dificuldade de realização de
movimentos voluntários
- Extrapiramidal: regulação do tônus e da postura – hipercinesias e
alterações do tônus
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Terminologia:
decussação: formação anatômica constituída por fibras
nervosas que se cruzam obliquamente o plano mediano e têm
a mesma direção. (Pirâmides do bulbo 85-90% decussam)
trato: feixe de fibras nervosas com a mesma origem, mesma
função e mesmo destino.
fascículo: trato mais compacto
lemnisco: fita (feixe de fibras sensitivas que vão ao tálamo)
funículo:cordão (substância branca da medula espinhal).
Contém vários tratos ou fascículos.
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Controle Motor Somático
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O Cerebelo
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Coordenação Motora
•Cerebelo: refinamento do sistema motor
•É necessário para controle e regulação normais da
contração muscular;
•Principal função: coordenação do movimento;
•O cerebelo é a parte do cérebro através do qual o
córtex motor obtém a síntese e coordenação das
contrações musculares individuais necessárias para
a realização dos movimentos voluntários normais.
•Na ausência do cerebelo os movimentos são grosseiros,
incoordenados, desajeitados e trêmulos;
•As lesões de cerebelo não causam fraqueza mas sim perda
da coordenação e incapacidade de avaliar e regular “ a
rapidez o limite e a força do movimento”;
Marcha Atáxica
Ataxia Cerebelar
•A manifestação clinica de lesões cerebelares é Ataxia;
•A característica essencial da ataxia é que os
movimentos não são organizados normalmente;
•A ataxia não é especifica de doença cerebelar pode
ser encontrada quando há comprometimento da
propriocepção e lesões que envolve o lobo frontal;
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•Outras manifestações comuns de doenças cerebelares:
Nistagmo, dificuldade de caminhar e perturbação no
equilíbrio.
Tipos de Marcha
Marcha Espástica (ceifante): pernas semi-fletidas com as
pernas se cruzando. Acomete Neurônio Motor Superior.
Marcha Hemiplégica ou Parética: situações de AVC onde
o paciente arrasta o MMII e trás próximo do corpo o MMSS
acometido. Acomete Neurônio Motor Periférico.
Marcha Cerebelar (ebriosa): marcha típica do bêbado, não
há coordenação dos movimentos.
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