Noções introdutórias à dimensão ético-moral da ação humana 1. AGIR Assinala as afirmações que se seguem como pertencendo à moral ou á ética 1 2 3 Contribuir monetariamente para uma obra de caridade Omitir a verdade a um amigo que se encontra em estado terminal Refletir sobre os princípios gerais que devem guiar a conduta do ser humano em relação aos outros 4 Perguntar pela origem do sentido do bem e do mal 5 Desistir de ir ao cinema para ajudar o irmão a estudar para o teste 6 Não insultar os outros porque o insulto é uma forma de agressão 7 Questionar se em alguma circunstância o homicídio poderá se aceitável 8 Agir em função da sua consciência 9 Não aceitar um suborno por contrariar os seus princípios 10 Determinar os princípios da dignidade humana 2.Lê o texto com atenção Moral Ética X X X X X X X X X X PENSAR Uma comissão, constituída por especialistas em várias áreas – medicina, teologia, filosofia e outras -, é criada com o objetivo de refletir sobre o problema da eutanásia, debatendo a questão dos seus fundamentos, a fim de redigir um código de normas que os profissionais de saúde devem levar em consideração para decidirem se vão ou não recorrer a essa prática, nos casos concretos com que se virem confrontados 2.1. Nesta situação específica, relativamente ao trabalho desenvolvido pelos referidos especialistas, distingue o plano da ética do plano da moral. Ética Moral 2.2. Mostra porque é que no caso da eutanásia a reflexão ética é de facto relevante? Páginas 117/118 Os dilemas morais colocam-nos perante a exigência de reflexão que torne claro o raciocínio deliberativo (decisão) e que permita justificar a moralidade das nossas ações (ajudar ou não a morrer) É a este nível que a ética, enquanto reflexão sobre como devemos viver, pretende dar o seu contributo. Ora a eutanásia é uma situação de dilema moral entre o respeito pela vontade e a livre decisão de alguém que quer morrer e a gravidade de acabar com a vida humana. Tal decisão não pode ser tomada com ligeireza e não tem uma solução objetiva. Temos de ponderar bem o que é melhor fazer. 2.3. Explicita a relação que é possível estabelecer entre moral e ética. A moral é um conjunto de normas e juízos de caráter prescritivo, proporcionando uma resposta à pergunta o que devo fazer? A ética procura compreender a moral com vista à sua fundamentação. A reflexão ética parte da moral, e a moral é influenciada/fundamentada por essa reflexão, podendo sofrer alterações. Há assim uma interação entre a moral e a ética Página 118 3. Assinala, para as afirmações seguintes, se são verdadeiras ou falsas Ética normativa Meta-ética Ética prática 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Responde à questão “Como devemos viver?” Procura princípios morais fundamentais/gerais que permitam distinguir a correção/incorreção das ações. As suas teorias fazem propostas normativas sobre como agir e que tipo de pessoa ser Responde à questão “O que é a moralidade?” Procura descobrir a origem, natureza e significado dos princípios éticos (estuda os juízos e conceitos morais) Não faz nenhuma proposta sobre que moralidade adotar Responde a questões particulares “A guerra do Iraque é justa?” Procura responder-lhes baseando-se em princípios éticos gerais Emite juízos de valor e de obrigação moral sobre a questão concreta com base nesses princípios A ética ocupa-se apenas de problemas normativos A ética é formada por disciplinas normativas e por uma disciplina não normativa Perguntar se a pena de morte é errada é levantar um problema normativo Perguntar que princípios morais básicos devemos adotar é levantar um problema não normativo Perguntar se a moralidade consiste em factos ou sentimentos é levantar um problema não normativo As respostas aos problemas não normativos dizem-nos em que consiste a moralidade A ética normativa responde ao problema de saber o que é a moralidade A ética normativa fornece uma resposta para o problema de saber o que é a moralidade A ética prática fornece uma resposta a problemas normativos gerais A meta-ética procura saber qual é a natureza da moralidade e o que é uma justificação moral A meta-ética diz-nos que princípios devemos adotar nas nossas vidas A meta-ética apresenta teorias sobre se a moralidade é ou não objetiva A afirmação “Mentir é de facto errado” é própria da meta-ética A afirmação “Os nossos princípios, para serem moralmente válidos, têm de resultar de uma justificação imparcial” é própria da ética normativa A afirmação “Sem sentimentos de benevolência, a moralidade é apenas conversa”, é própria da ética normativa V F X X X X X X X X X X X X X X 4. A dimensão ético-moral envolve não apenas o eu, mas também o outro. Assim temos deveres não apenas para connosco, mas também para com ou outros. 4.1. Indica as principais ideias defendidas pelo egoísmo ético. Página 123 O único fim é o bem próprio O nosso único dever é fazer o que é melhor para nós Mesmo quando agimos para o bem dos outros isso deve de ser apenas como meio para alcançar vantagens para nós 4.2. Apresenta argumentos que mostrem a sustentabilidade, ou não, do egoísmo ético. Páginas 124/125 Esta doutrina retira qualquer consistência à própria moralidade, no sentido em que secundariza significativamente o papel do outro. O outro é entendido como um ser diferente e inferior a mim na medida em que só as minhas vontades interessam. O outro é completamente instrumentalizado. Ora a moralidade exige que tenhamos em conta o outro, os seus interesses, os seus desejos, como se fosse um outro eu, num plano de igualdade e não de subalternização. Exige, por isso, o altruísmo A moralidade exige que nos coloquemos no lugar do outro, exige que ultrapassemos os nossos interesses individuais e que adotemos uma perspetiva universalizante que leve em consideração os interesses de todos 4.3. Esclarece porque temos deveres não apenas para connosco, mas também para com os outros. Página 126/127 Assim como na família existem pontos de vista diferentes e regras ditadas pela autoridade dos pais para tornar a via familiar estável e organizada, também na sociedade em geral e todas as instituições que a compõem, se podem encontrar quer os mesmos antagonismos, quer as regras, quer a autoridade. E é pelas mesmas razões que se impõem regras, normas, leis. Para garantir o bem de todos. Para tal são definidos não apenas os direitos de cada um, mas também os deveres, ou seja, aquilo que podemos receber e o que temos de dar à sociedade. Só com regras, normas e leis é que se assegura uma sociedade organizada e estável, capaz de promover o bem coletivo Viver numa sociedade organizada exige que o ser humano desenvolva uma consciência cívica, isto é, que tenha consciência de que a sua ação individual interfere com a vida dos outros cidadãos (desejos, interesses, direitos), pelo que deve pautar a sua ação pela melhoria da qualidade de vida, participando ativamente no aperfeiçoamento das instituições que estão ao serviço de todos (cumprir os seus deveres) 5. Considera a situação seguinte: O João, vizinho do Alberto e da Sónia, ao aperceber-se de que Sónia é vítima de violência doméstica, pondera três tipos de atuação. Não fazer nada, já que, como diz o ditado popular, “Entre marido e mulher ninguém mete a colher”. Denunciar o crime às autoridades. Comentar o sucedido com outros vizinho a fim de, conjuntamente, tomarem uma decisão. 5.1. Terá João algum tipo de responsabilidade moral, ao tomar conhecimento dos maus-tratos a que Sónia é submetida? Página 127 2º parágrafo João tem responsabilidade moral, porque estando ao seu alcance intervir perante uma situação de injustiça e de violência, não pode demitir-se de o fazer, sob a desculpa de que não tem nada que ver com a vida dos outros. A obrigação ética não é só para nós próprios, mas também para com os outros. E não somos só responsáveis por aquilo que fazemos de bem ou de mal, mas também o somos por aquilo que não fazemos de correto quando o podemos fazer e demitimo-nos dessa atitude 6. Assinala a opção correta Juízo moral De obrigação De valor Geral Particular 1 João é justo para os outros X 2 Ser virtuoso é praticar o bem X 3 O ciúme é um motivo errado X X 4 Foi errado o que o Manuel fez X X 5 Temos o dever de educar os nossos filhos X X 6 Há que não quebrar as promessas X X 7 Madre Teresa tinha uma personalidade bondosa X 8 Ser solidário é uma virtude X 9 Lançar uma Bomba atómica sobre Hiroxima foi um ato perverso X 10 Não devemos mentir X X X X X X X 7. Dá atenção aos seguintes argumentos falaciosos, e indica a premissa que permite evitá-lo 7.1. É natural comer carne. Logo não devemos tornamo-nos vegetarianos R: Devemos fazer o que é natural 7.2. Roubar pessoas é prejudicá-las. Assim sendo, roubar é errado. R: Prejudicar as pessoas é errado 7.3. Subornar um juiz é uma tentativa de colocar o sistema judicial ao serviço dos nossos interesses. Logo, subornar um juiz é moralmente errado. R: Colocar o sistema judicial ao serviço dos nossos interesses é errado 7.4. Há muita gente que não paga impostos. Logo, não devo pagar impostos R: devemos fazer o que muita gente faz 7.5. Os animais não têm importância moral porque, contrariamente aos seres humanos, não são racionais. R: Só os seres racionais têm importância moral