TANSULOSINA HCL Peso molecular: 445,0 Fórmula molecular: C20H28N2O5S,HCL CAS: 106463-17-6 DCB: 8296 Ação Terapêutica: hipertrofia prostática benigna. 1. Introdução A Hipertrofia prostática benigna representa o crescimento nodular de uma das regiões da próstata. Sua incidência aumenta progressivamente com a idade, ocorrendo em 40 % dos homens a partir dos 50 anos e em 90% daqueles com 80 anos. O crescimento da próstata comprime a uretra, causando obstrução mecânica ao fluxo da urina, o que leva à dificuldade para urinar. A urina estagnada na bexiga favorece o surgimento de infecção urinária e formação de cálculos. O esforço para urinar, em conseqüência da obstrução ao fluxo urinário, aumenta a pressão no interior da bexiga e provoca o aumento de suas camadas musculares. O aumento da pressão dentro da bexiga se transmite aos ureteres e aos rins, podendo levar à doença chamada hidronefrose e culminar com um quadro de insuficiência renal que deve ser tratado imediatamente. 2. Descrição: A tansulosina fixa-se seletiva e competitivamente aos receptores alfa1 pós-sinápticos, em particular aos do subtipo alfa1-A, que promovem a contração da musculatura lisa da próstata e da uretra e por meio dos quais se reduz a tensão. Aumenta o fluxo urinário máximo pela redução da tensão da musculatura lisa da próstata e da uretra e desse modo alivia a obstrução; também melhora o quadro de sintomas irritativos e obstrutivos, nos quais a instabilidade da bexiga e o tônus da musculatura lisa do trato urinário inferior têm um papel importante. Bloqueadores alfa1 podem diminuir a pressão arterial pela redução da resistência vascular periférica. Entretanto, durante estudos com tansulosina, não se observaram reduções clinicamente importantes dos valores de pressão arterial. A tansulosina é absorvida no intestino e sua biodisponibilidade é quase total. A tansulosina, primeiro antagonista específico do subtipo alfa-1A, demonstrou eficácia, proporcionando rápida melhora nos sintomas de HPB. Observou-se que a tansulosina melhora significativamente os sintomas de HPB e os scores de qualidade de vida após uma semana de tratamento . Além disso, os efeitos da tansulosina sobre a taxa de máximo fluxo urinário (QMAX) foram perceptíveis no primeiro dia de tratamento quando uma dose de 0,4 mg de tansulosina foi administrada. Aproximadamente 70% dos pacientes alcançaram melhora clínica significativa dos sintomas , que se manteve durante 12 meses de tratamento -1- IT_Tansulosina_04/04/11 3. Indicações: no tratamento dos sintomas funcionais da hipertrofia prostática benigna. 4. Posologia: a dose diária recomendada é de 0,4 mg, após o desjejum. 5. Efeitos Adversos: cefaléia, sonolência, astenia; hipotensão postural, vertigem, síncope; taquicardia. Ejaculação anormal e, com menor freqüência (1-2%). 6. Interações Medicamentosas: a administração de tansulosina conjuntamente com a cimetidina pode elevar a sua concentração e a associação com a furosemida, diminuir os níveis plasmáticos de tansulosina. 7. Contra-indicações: nos casos de hipotensão ortostática e na insuficiência hepática severa. Antes do tratamento e durante o mesmo, deve-se realizar toque retal. 8. Precauções: deve ser tomada em jejum já que, quando ingerida com alimentos, podem ter sua absorção diminuída. Pode produzir hipotensão. Deve-se excluir a possibilidade de outras afecções da próstata que possam causar sintomas similares à hiperplasia prostática benigna antes de se iniciar o tratamento. 9. Referências Bibliográficas MARTINDALE – The Complete Drug reference. 33th Edition. London, Pharmaceutical Press, 2002. ANDREJUS KOROLKOVAS – Dicionário Terapêutico Guanabara. Editora Guanabara Koogan, 2008. -2- IT_Tansulosina_04/04/11