SecultBA - Secretaria de Cultura - Governo do Estado da Bahia - Tragédia grega “7 contra Tebas” abre 13ª edição do Amostrão Vila Verão Fundo de Cultura Postado em: 05/01/2016 17:10 Com estreia em 8 de janeiro, o espetáculo é o 100º dirigido pelo encenador Marcio Meirelles e marca a conclusão da primeira turma da Universidade LIVRE de Teatro Vila Velha, depois de três anos de atividades. Foto: Marcio Meirelles Uma cidade sitiada, sob ameaças de invasão, e um governante que tenta a todo custo manter a ordem e controlar o medo da população. Esse é o mote da tragédia grega "7 Contra Tebas", escrita por Ésquilo e encenada em 467 a.C. A trama, criada há mais de 2.500 anos, pouco se distancia de fatos e sentimentos recentes do cenário político nacional e mundial, e ganha montagem baiana pelas mãos do encenador Marcio Meirelles, com estreia em 8 de janeiro, permanecendo em cartaz às sextas e sábados de janeiro e fevereiro, às 20h, no Teatro Vila Velha, e abrindo o 13º Amostrão Vila Verão. O espetáculo é acessível para cegos através de audiodescrição. O Teatro Vila Velha é gerido pela Sol Movimento da Cena e conta com o patrocínio da Petrobras e com o apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA). A montagem é a 100ª dirigida por Marcio Meirelles em 44 anos de carreira teatral e marca ainda a conclusão da primeira turma da Universidade LIVRE de Teatro Vila Velha, programa de formação de atores criado pelo artista em 2013. Em três anos de atividades, a Universidade LIVRE realizou 17 produções teatrais, além de oficinas de formação, leituras dramáticas, residências artísticas, participações em festivais, traduções de obras dramatúrgicas, audiodescrição de espetáculos de teatro e dança, entre outros trabalhos. "É necessário visitar as origens. Dos três autores cujos textos sobreviveram ao tempo, Ésquilo é o mais arcaico. Suas peças são narrativas alternadas com debates. Isso me interessou", diz Meirelles sobre a escolha de "7 contra Tebas", tragédia que narra a luta dos filhos de Édipo pelo trono da cidade de Tebas. "Tem muito a ver com o momento atual. Trata da cidade – uma cidade sitiada por forças inimigas e minada pela própria população que está contaminada por notícias e pelo medo. A peça pode ajudar a refletir. Tem a ver com Salvador, com o Brasil, com o mundo, com a Grécia e às questões que tem feito", complementa. A montagem leva ao palco 15 atores. Na peça, Etéocles, filho de Édipo, interpretado por Vinicius Bustani, contracena com um coro de virgens suplicantes que cantam a voz da cidade de Tebas, com a participação da atriz Sonia Leite. Assinada por Pedro Filho, a trilha sonora é baseada nos modos gregos de composição com ritmos afro-brasileiros, criando analogias entre os deuses gregos e os orixás. A coreografia é de Cristina Castro e Jônatas Raine. A tradução do texto é assinada pelo dramaturgo e pesquisador Marcus Mota, autor do livro "A dramaturgia musical de Ésquilo" (UnB, 2008), que esteve no Teatro Vila Velha em agosto de 2015, quando realizou seminário e discussões sobre a obra "7 contra Tebas" com a Universidade LIVRE. Amostrão Vila Verão 2016 Além de "7 contra Tebas", será apresentada, pela primeira vez, "Através do Espelho e o que Alice por lá Encontrou" (estreia em 13 de janeiro e temporada às quartas e quintas, 20h), versão teatral http://www.cultura.ba.gov.br 29/5/2017 6:36:04 - 1 para o romance deLewis Caroll, além da reestreia de "Ó Paí, Ó!" (apresentações nos dias 10, 17 e 24 de janeiro, domingos, 20h), um dos maiores sucessos do Bando de Teatro Olodum. Todas as peças são acessíveis para cegos através de audiodescrição. O Amostrão conta ainda com programação musical às terças-feiras e mais de vinte atividades formativas dentro do projeto Oficinas Vila Verão. A programação completa pode ser acessada no site do Teatro. Sobre Marcio Meirelles Marcio Meirelles iniciou a carreira teatral em 1972, em Salvador. Foi fundador do grupo Avelãz y Avestruz (1976-1989) e do espaço cultural A Fábrica (1982), dirigido por ele. Foi diretor de um dos maiores centros culturais do Brasil – o Teatro Castro Alves, em Salvador, entre 1987 e 1991. Contemplado com importantes prêmios em suas áreas de atuação, fez estágio na Circle Repertory Company (Nova York) e realizou oficinas e espetáculos na Europa e na África. Em 1990 criou, com Chica Carelli, o Bando de Teatro Olodum, que dirige até hoje. Em 1994, coordenou o projeto de reforma e revitalização do Teatro Vila Velha, do qual é diretor artístico. Foi homenageado pelo Troféu Copene de Teatro pelo conjunto de seu trabalho, em 1999; indicado ao Prêmio Shell, no Rio, pela encenação de “Candaces – a reconstrução do Fogo”, em 2003; Entre 2007 e 2010, foi Secretário de Cultura do Estado da Bahia. Em 2013, criou a universidade LIVRE de teatro vila velha, programa de formação em artes cênicas. Anualmente, o artista realiza oficinas e assina montagens em países da África e Europa. SERVIÇO: 7 Contra Tebas 8, 9, 15, 16, 22 e 23 de janeiro 19, 20, 26 e 27 de fevereiro sextas e sábados, 20h R$ 30 (inteira) e 15 (meia) classificação indicativa: 12 anos sessões com audiodescrição http://www.cultura.ba.gov.br 29/5/2017 6:36:04 - 2