Estudo morfológico dos efeitos da hipervitaminose E na proliferação celular do intestino delgado de ratos Anderson Roberto de Souza 1e Ana Cláudia Dinamarco Mestriner 1 1 Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto 1. Objetivos O objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos da hipervitaminose E sobre a proliferação celular do epitélio do intestino delgado de ratos [1]. significativa, a taxa de proliferação celular do epitélio do intestino delgado de ratos. 2. Material e Métodos Foram utilizados 12 ratos machos albinos, variedade Wistar, pesando entre 180 e 200 g, divididos em grupos controle e tratado. O grupo controle recebeu apenas água, enquanto o grupo tratado recebeu água com vitamina E diluída na dose de 1,5 mg/Kg/dia, por 120 dias [2,3]. Semanalmente, avaliou-se o ganho de peso dos animais experimentais de ambos os grupos. Cinco horas pré-eutanásia os animais controles e tratados receberam injeção intraperitoneal de colchicina (0,1mg/100g de peso corpóreo), bloqueando as mitoses em metáfase. Os animais dos dois grupos foram eutanasiados no mesmo período do dia, para evitar interferência do ritmo circadiano na cinética do epitélio intestinal. Os animais foram anestesiados por inalação de monóxido de carbono, e após incisão mediana na sua região abdominal, foram sacrificados por secção da aorta abdominal. Fragmentos do duodeno foram coletados, fixados em Bouin e incluídos em parafina. Secções com 5 µm de espessura foram analisadas em microscopia de luz. Foram contados o total de células de 30 criptas de cada grupo experimental e estabelecido o número de células em interfase e mitose (Fig 1). Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente por Teste t de Student considerando significativo p<0,05. 3. Resultados Os resultados demonstraram que, apesar de lipossolúvel, a vitamina E parece não influenciar na deposição de triglicerídeos nas células adiposas, sendo equivalentes os ganhos de peso dos animais tratados e controles. Além disso, demonstraram que a hipervitaminose E não altera, de forma Figura 1: Secção longitudinal das criptas de animais controle mostrando células em interfase com núcleo esférico e cromatina descondensada (setas pretas) e células em mitose com cromossomos condensados na placa equatorial da célula, ocupando posição mais central nas criptas (setas vermelhas). Aum. total: 400X. 4. Conclusões Os resultados permitiram concluir que a hipervitaminose E não altera de forma significativa o ganho de peso e a proliferação celular do intestino delgado de ratos. 5. Referências Bibliográficas [1] AHERNE, A. W.; CAMPLEJOHN, R. S.; WRIGHT, N. A. An introduction to cell Population Kinetics. London: Edward Arnold, [2] HENRY, C. L. Vitamin E toxicity. Disponível em: <http://www.emedicine.com/med/topic2384.ht m>. Acesso em 9 set. 2006. [3] VON EYE, G. Vitaminas lipossolúveis. 2005. Disponível em: <http/www.abcdocorposalutar.com.Br/artigo.ph p?codART=380&VAI+lER%21>. Acesso em: 30 ago.2005.