-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Chamado de HPV, aparece na forma de doenças como condiloma acuminado, verruga genital ou crista de galo. -Há mais de 200 subtipos do HPV. Alguns deles causam apenas verrugas comuns no corpo, enquanto outros afetam a região genital, podendo causar lesões que, se não tratadas, culminarão em câncer de colo uterino. A infecção pelo HPV é muito comum e pode acontecer de maneira que o hospedeiro não se de conta, por isso é preciso que todos tenham consciência dessa doença. Podemos vários modos de transmissão do HPV: -Pode acontecer por meio do sexo oral. -Também é possível a contaminação por meio de objetos como toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários ou banheiras. Todavia vale ressaltar que esse modo de transmissão não é certo (é apenas uma hipótese já que o vírus pode estar nesses objetos). -Contato direto com a pele contaminada, mesmo quando não aparenta lesão alguma. O diagnóstico do HPV pode ser confirmado por biópsia, embora isso seja raramente necessário. A biópsia é indicada quando: -Há dúvida diagnóstica ou neoplasia (tumor). -As lesões não reagirem ao tratamento de praxe. -As lesões aumentam durante ou depois do tratamento. -O paciente é portador também do vírus HIV. As alterações causadas pelo HPV no útero têm a mesma gravidade do que as observadas em displasias leves ou neoplasia intra-epitelial de grau 1 (ambos são pequenos temores). O exame mais comum para o diagnóstico da doença é o Papanicolau, que só surte efeito nas mulheres. Em certos casos, por causa do caráter latente, o vírus pode não ser detectado, assim como, em outros, o exame resulta num falso diagnóstico de HPV. A infecção apresenta três cursos pelos quais pode seguir: -Crescer se transformando em lesões mais graves, quase imunes ao tratamento comum, com grande tendência para desenvolvimento de câncer. -Provocar o aparecimento de lesões, em 30% dos casos, que regridem e desaparecem espontaneamente. -Na metade das ocorrências, a infecção é passageira, apresentando completa eliminação do vírus (caso o indivíduo seja imunologicamente competente). A infecção pelo vírus pode acontecer subclinicamente ou apresentando lesões macroscópicas. -Subclínica: Mais comumo em homens e mulheres, do que as lesões macroscópicas, é diagnosticada indiretamente pela observação da reação da área exposta ao ácido acético. Esse vírus pode permanecer num organismo sem se manifestar por até décadas, sem provocar lesões, apenas identificável através da percepção de seu DNA. -Macroscópica:Também chamadas de exofíticas, são as lesões que se apresentam visivelmente. As lesões, se não tratadas podem evoluir e se tornar carcinomas invasivos. Fumantes e pessoas com outro tipo de infecção no útero são mais propensas à evolução do quadro clínico para uma situação mais grave. -Não há maneira de se prevenir completamente segura. -Estima-se que o usar camisinha consiga prevenir aproximadamente entre 70% e 80% das transmissões, e só não é mais eficaz porque o vírus pode estar em outros lugares, não necessariamente no pênis, mas também na epiderme da região pubiana, períneo e ânus. -A novidade é a chegada de uma vacina que pode prevenir a infecção pelos dois tipos mais comuns de HPV, o 6 e o 11, responsáveis por grande maioria (mais ou menos 90%) das verrugas, e também dos dois tipos mais perigosos, o 16 e o 18, responsáveis por grande parte (cerca de 70%) dos casos de câncer de colo do útero. -A vacina intensifica a produção de anticorpos distintos para cada subtipo do HPV. A proteção contra a infecção varia de acordo com a quantidade de anticorpos produzidos pela pessoa vacinada, presença desses anticorpos no lugar da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo; mais de 5 anos (a vacina ainda não se encontra em circulação). -Grande parte dos homens não manifesta a doença, mas mesmo assim são transmissores do vírus -As mulheres são mais vulneráveis. Há mais casos de HPV nelas, já que o HPV é transmitido por meio dos líquidos oriundos dos órgãos genitais e a mulher tem mais contato com o sêmen (proveniente dos homens) do que o homem com os fluidos vaginais (proveniente das mulheres). -É importante que as mulheres façam o exame de prevenção do câncer do colo, conhecido como "papanicolau" ou preventivo periodicamente. A maioria das pessoas que tem HPV não tem consciencia da própria infecção. O vírus se aloja na epiderme e nas mucosas e geralmente elas não apresentam sintomas. Outras casos apresentam verrugas na região genital. O HPV pode causar o aparecimento de verrugas nas regiões íntimas, tanto masculina quanto feminina, muito parecidas com as de outras partes do corpo. Igualmente a quaisquer outras, elas não doem e variam, podendo ser várias ou únicas, pequenas ou grandes, rosadas ou acastanhas. Quando não tratadas, essas verrugas podem crescer em tamanho e número. As verrugas genitais são popularmente conhecidas como “Crista de Galo”. Os médicos tendem chamá-las de condiloma Acuminado. O tratamento da infecção pelo vírus não visa a cura da doença, com eliminação do vírus. Visa, de fato, a remoção das verrugas , livrando o paciente de lesões por um tempo indeterminado, na maioria dos casos. O tratamento depende de diversos fatores como: -A idade da paciente; -O local e o número de lesões: -Se a mulher está grávida ou apresenta alguma doença ginecológica. -Após o tratamento é preciso que o paciente fique em observação. -O médico é a pessoa mais qualificadas para fornecer os avisos, informações e orientações necessárias. O tratamento do HPV conserva a fertilidade e raramente danifica o colo do útero. Durante a gravidez, verrugas e lesões podem aumentar consideravelmente. As verrugas podem ser removidas se estiverem sangrando ou obstruindo o canal do parto. É muito raro que o vírus seja transmitido de mãe pra filho. E, se for transferido e dos tipos 6 ou 11, o bebe pode sofrer de papiloma de laringe, isto é, lesões e verrugas na laringe As lesões provocadas pelo HPV podem ser retiradas. Esse tratamento pode ser feito por remoção, cauterização, congelamento ou aplicação de cremes no local. Entrevistado: Dr. Luiz Passos O que é a infecção pelo HPV? É uma doença infecciosa, de transmissão essencialmente sexual, também conhecida como verruga genital ou crista de galo. O HPV não tem sintomas e é mais incidente em mulheres entre 20 e 23 anos. A infecção pelo HPV é muito grave? Após o diagnóstico, a doença pode regredir até desaparecer ou progredir até o estágio de uma lesão pré-cancerosa. Isso depende do estágio imunológico de cada pessoa. O ânus e outros locais, como a boca, que tiveram contato com a lesão, também podem ser atingidos. Quais os sinais da doença? Quando a doença está em fase aguda, surgem verrugas (ou condilomas). Podem ser únicas ou múltiplas. Essas lesões são conhecidas no popular como ‘‘crista de galo’’. Há também lesões planas. Na maioria das vezes são microscópicas. Como fazer o tratamento da infecção? Ainda não existe medicação capaz de curar o HPV, mas os tratamentos têm se mostrado eficazes no controle da infecção. Os cuidados variam entre aplicações de laser para remover as verrugas ou uso tópico de substâncias que servem para retirar a lesão. Qual a relação do HPV com o câncer na vagina e no pênis? Alguns tipos de HPV podem progredir para o câncer genital. O exame preventivo é uma arma para evitar que a infecção piore e acabe causando uma lesão cancerígena. -30% dos casos de câncer no colo uterino são provocados pelo HPV -290 mil é o número de mulheres mortas por ano no mundo todo pelo cancer no colo uterino provocado pelo HPV -Dos 100 tipos de HPV, apenas 30 causam verrugas genitais -Dados nacionais apontam que entre 50% e 70% da população brasileira está ou será infectada por algum tipo do vírus HPV durante a vida -Os vírus 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer. -Os tipo 6 e 11, embora não causem câncer, respondem por mais de 50% dos casos de verrugas genitais